Setor segurador é mais reconhecido que atrativo

Sofia Valentim, da Randstad, identifica as fatores que prejudicam a atratividade do setor segurador junto do público em geral. Solução pode estar nos colaboradores.

O setor segurador ocupa a 10.ª posição dos setores mais atrativos para se trabalhar em Portugal, tendo subido duas posições desde o ano passado. No entanto, é o 4.º setor mais reconhecido pelo público, segundo o estudo employer brand research 2024, que mede a perceção do público em geral quanto à atratividade e reconhecimento das empresas, resultado da parceria da Randstad e a empresa de estudos de mercado Kantar WorldPanel.

Em entrevista ao ECOseguros, Sofia Valentim, especialista no recrutamento de perfis de banking & insurance da Randstad Portugal, além de expor o que atrai e afasta o público do setor segurador, também revela onde as empresas apostam ou o devem fazer para subir no ranking.

Sofia Valentim, especialista no recrutamento de perfis de banking & insurance da Randstad Portugal, considera que “cada vez mais o setor tem que se preocupar em chegar perto das pessoas com as quais trabalha e com aqueles que trabalham na própria entidade, e ser o mais transparente possível.”

Desconhecimento dos benefícios no trabalho pesam no ranking

Neste estudo foram avaliadas empresas de 18 setores e o segurador ficou em 10.º lugar a nível de atratividade. Destacou-se aos olhos do público na saúde financeira em primeiro lugar, em segundo na reputação e em terceiro na segurança no emprego.

Importa salientar que a responsável realça que se trata de “um estudo de perceção” e não a realidade. Assim, uma empresa pode investir em proporcionar aos seus trabalhadores equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, por exemplo, e aí ser negativamente avaliada neste estudo. Neste caso, “não passou para o mercado” esse investimento, explica Sofia Valentim.

Nesse sentido, ainda que existam benefícios que tipicamente as seguradoras oferecem aos seus colaboradores, como salários acima da média, seguros de Saúde e Planos Poupança e Reforma (PPR), por exemplo, há quem desconheça ou não associe estas vantagens ao setor, explica Sofia Valentim.

Quanto à distância da posição que ocupa entre o nível da atratividade e o reconhecimento, esta deve-se a vários fatores, nomeadamente, à visão que a população tem do setor segurador, ao desconhecimento que a sociedade tem dos benefícios do setor, à procura das empresas por colaboradores com competências muito especializadas (como o atuário) e, também, por não deixar muitas vezes claro aos candidatos a vagas de emprego os planos de progressão de carreira, explica Sofia Valentim.

A visão da sociedade sobre o setor segurador é “uma questão cultural” onde há pessoas que ainda vêem o setor segurador como um setor “cinzento, pesado e burocrático”, afetando a sua atratividade.

Além disso, a especialista refere que a sociedade ainda não associa, ou desconhece, determinados benefícios no trabalho ao setor segurador. Como, por exemplo, há quem desconheça que o setor tende a oferecer uma remuneração acima da média, determinados produtos de seguro, também tende a oferecer descontos aos colaboradores, e o contrato coletivo do setor prevê 35 horas de trabalho semanal.

Ainda assim, há quem conheça as vantagens mas não as considere como fatores determinantes, como a oferta de determinados benefícios em produtos de seguro. “Quando estamos numa fase inicial de carreira, [esses benefícios] não são tão bem percecionados”.

Entre eles está o seguro de saúde, que muitos jovens ainda usufruem o dos pais numa fase inicial da carreira e os Planos Poupança Reforma que alguns jovens vêem “numa lógica longínqua” ou já decidiram que serão os próprios a poupar para a reforma e não a entidade empregadora, explicita Sofia Valentim.

Outro fator muito valorizado, especialmente entre os da Geração Z, é a clareza quanto à “progressão de carreira”. No entanto, à exceção das consultoras, as empresas em Portugal não expõem esse plano “de forma muito linear e estruturada”, disse a responsável. “Também por isso acabam por não ser dos setores considerados mais atrativos para para trabalhar”, acrescentou.

Ainda nos fatores que podem afastar o público em geral de querer ingressar numa carreira no setor está o facto de as seguradoras procurarem (além dos profissionais que integram áreas transversais, como marketing) profissionais altamente especializados, particularmente perfis de “matemáticos que fazem a parte de risco e atuarias” – destinado a uma “franja” da população. Assim, acaba por não atrair “todas as pessoas”.

Por último, a especialista refere que apenas nos últimos anos, especialmente após a pandemia da Covid-19, é que o setor se tornou mais aberto a receber profissionais de outros setores de atividade. Até então, foi desenvolvido “um nicho” onde eram sobrevalorizados os candidatos com experiência no setor, nicho que demora a desvanecer.

Consumidores exigem inovação

O setor segurador tem apostado na inovação, em equipas multifacetadas e em melhoria de processos, sendo estas características cada vez mais reconhecidas pelo mercado. Como supracitado, as empresas apostam cada vez mais em trabalhadores com diferentes experiências. Mas é uma mudança “muito recente” e demora a surtir efeito, refere a especialista.

Mas a que se deve a repentina transformação de equipas e caminho para o digital? A especialista aponta para as exigências dos clientes como um dos fatores essenciais.

Também houve aqui uma transformação no mindset do próprio consumidor que obrigou as companhias a terem uma resposta a nível de serviço e de produto completamente diferenciada. Foi preciso criar novos produtos. Foi preciso criar novas capacidades de resposta. Foi preciso apostar nos contact centers e naquilo que são as equipas à distância

“Não há melhor embaixador do que quem trabalha na própria empresa”

Para Sofia Valentim a “condição sine qua non” [indispensável] para aumentar a atratividade das empresas que “pode parecer demasiado óbvio, mas que muitas vezes não é trabalhada – É começar por dentro“. A especialista considera que “não há melhor embaixador do que quem trabalha na própria empresa”. E é nesse passa-a-palavra, no reconhecimento pelos próprios trabalhadores, que as marcas realçam a sua notoriedade e se tornam mais atrativas.

Além disso, considera essencial transmitir eficazmente o propósito da empresa para que o cidadão considere que o seu propósito individual se alinha com o da seguradora, uma vez que “há preocupação de alinhar o propósito individual com o propósito da empresa.”

Nesse sentido, “as seguradoras têm um propósito em termos de sociedade que pode ser muito interessante, mas que ainda assim pode ser mais trabalhado porque muitas das vezes é visto só como um negócio”, afirmou.

Além disso, o setor também tem apostado em aproximar-se da sociedade para deixarem de ser associadas a problemas como as alegadas falhas em pagar indemnizações. “Ou seja, eu acho que cada vez mais o setor tem é que se preocupar em chegar perto das pessoas com as quais trabalha e com aqueles que trabalham na própria entidade e ser o mais transparente possível.”

Sofia Valentem considera essencial as empresas estarem nas feiras de emprego e em fóruns “onde é importante estar”. Assim como em conferências – sendo que não devem estar apenas presentes, mas também “acrescentar” ao evento.

Note-se que para este estudo foram feitas entrevista online em janeiro deste ano. A amostra é representativa em termos de género, idade (que vai desde os 18 anos até à idade da reforma), qualificações, situação de emprego. O inquirido respondeu a questões relacionadas com 30 empresas de diferentes setor que já tinha indicado anteriormente que conhecia. Para impedir que empresas menos conhecidas sejam prejudicadas na avaliação contra marcas fortes é aplicado um processo de amostragem inteligente em que essas marcas menos reconhecidas aparecem mais vez no processo de seleção do inquirido.

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Novo presidente dos seguradores europeus é da francesa AXA

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2024

Frédéric de Courtois, vice CEO da seguradora francesa AXA, foi eleito para suceder a Andreas Brandstetter, da austríaca UNIQA, como presidente da Insurance Europe.

Frédéric de Courtois, vice-diretor geral do grupo francês Axa, foi eleito presidente da Insurance Europe, associação que junta 37 associações de seguradoras europeias – entre elas a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) –, representando 4.900 companhias e 922 mil colaboradores.

Frédéric de Courtois, vice-CEO do grupo francês Axa, foi eleito por unanimidade presidente da Insurance Europe.

A Insurance Europe aproveitou o seu 14º congresso, realizado esta quarta-feira em Helsínquia, para Frédéric de Courtois ser unanimemente eleito para os próximos três anos, sucedendo a Andreas Brandstetter, CEO do grupo segurador austríaco UNIQA.

Frédéric de Courtois trabalha no setor segurador há mais de trinta anos e é Vice-CEO da Axa desde 2021 e membro do comité de gestão do grupo.

“A minha principal prioridade será contribuir para a construção de uma Europa melhor e mais competitiva”, afirmou no Congresso, “o setor dos seguros é parte da solução e deseja envolver-se de forma construtiva e trabalhar com todos partes interessadas para desenvolver e co-construir as soluções certas”, disse.

O novo presidente aproveitou para anunciar alguns dos passos que os seguros europeus devem dar:

  • Construir soluções de prevenção;
  • Investir, em linha com as prioridades europeias, no melhor interesse dos clientes;
  • Aceitar maior risco de forma a reduzir o gap de proteção;
  • Trabalhar com as entidades em parcerias público-privadas sustentáveis;
  • Reforçar o diálogo com os consumidores para encontrar as melhores soluções;
  • Contribuir para a agenda climática tanto como segurador, quanto como investidor.

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Seguro para trotinetes elétricas vai ser obrigatório em Espanha

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2024

Enquanto em Portugal permanece apenas muito recomendável, apesar dos 3.200 acidentes registados em 2023, o governo espanhol aproveitou a nova lei do seguro automóvel para incluir as trotinetes.

O conselho geral dos mediadores de seguros espanhóis considerou “acertada” a medida do governo para, aproveitando a nova Lei de Responsabilidade Civil e Seguro automóvel, tornar obrigatório seguro para trotinetes elétricas em todo o país. Esta obrigação cabia até agora a cada município.

Segundo os mediadores existe muita conflitualidade para que um utilizador assuma a responsabilidade pelas consequências de um sinistro. Consideram que o seguro obrigatório é a forma mais rápida e simples de compensar as vítimas de acidentes provocados por estes veículos.

Em Portugal, onde 3200 acidentes se registaram em 2023 relatório da ANSR, equiparam-se as trotinetes a velocípedes, logo sem obrigatoriedade de seguro. Não impede que a DECO e muitas seguradoras recomendem a sua contratação. Por exemplo a Generali Tranquilidade comercializa, através do seu site, um seguro de responsabilidade civil para trotinetes por 27 euros por ano e de 62 euros se incluir “danos próprios”.

Algumas plataformas de partilha de trotinetes também têm seguros de responsabilidade civil e acidentes pessoais para os seus utilizadores, mas com exclusões como por exemplo, se a trotinete circula no passeio ou se é utilizada por duas pessoas.

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Costa disse ao MP que desconhece ligação de Lacerda Machado à Start Campus

O ex-primeiro ministro António Costa já foi ouvido pelo DCIAP a propósito do processo Influencer, mas na qualidade de “declarante” e não de arguido.

O ex-primeiro-ministro diz ter ficado “chocado” com o dinheiro encontrado em São Bento – no gabinete de Vitor Escária – e negou qualquer favorecimento à empresa investigada no processo Influencer, a Start Campus. E, segundo revelou o Observador, no dia em que foi ouvido pela procuradora, António Costa disse desconhecer a ligação profissional do amigo à empresa alegadamente favorecida por um regime legal, aprovado em Conselho de Ministros.

O ex-primeiro ministro António Costa foi ouvido na passada sexta-feira pelo DCIAP, mas na qualidade de “declarante” e não de arguido. A equipa do Ministério Público que está com a Operação Influencer, atualmente liderada pela procuradora Rita Madeira, decidiu ceder ao pedido feito por António Costa para ser ouvido no processo em que o antigo chefe de governo socialista foi identificado como suspeito de crime de prevaricação. A audição demorou cerca de uma hora e meia e não foi perguntado nada que não seja já público ao ex-líder socialista. Nem tão pouco foi referida a palavra ‘prevaricação’, o crime de que alegadamente Costa é suspeito.

“Tendo em consideração as notícias que estão a ser divulgadas, confirmamos que o Dr. António Costa foi hoje ouvido na qualidade de declarante, na sequência do requerimento por si apresentado em 2 de abril de 2024. No âmbito da inquirição, prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público, não tendo sido constituído arguido. Mantém-se, como até agora, totalmente disponível para colaborar em tudo o que o Ministério Público entender necessário”, segundo explicaram os advogados João Cluny e Diogo Serrano, ao ECO.

No início deste mês, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) avisava que ainda não tinha encontrado “o momento processualmente adequado” para ouvir António Costa, no âmbito da Operação Influencer, a investigação que levou à demissão do ex-primeiro ministro, a 7 de novembro.

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Todas as startups vencedoras do Campeonato de Inovação da Zurich usam IA

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2024

As vencedoras alinham-se com o objetivo do grupo em tirar partido das novas tecnologias para transformar a experiência ao cliente. Começa a fase de aceleração para testar a viabilidade das startups.

O grupo Zurich anunciou as nove startups vencedoras do seu concurso Zurich Innovation Championship, o Campeonato de Inovação da seguradora suíça. Todas as galardoadas utilizam inteligência artificial nas suas operações, têm potencial para ser escalados a nível global com o grupo, e alinham-se com a ambição do mesmo em tirar partido das novas tecnologias para transformar a sua experiência do cliente.

Ericson Chan, Group Chief Innovation and Digital Officer: “Ao trabalharmos em conjunto com estas empresas em fase de arranque, podemos aproveitar rapidamente essas novas ideias e tecnologias para proporcionar uma experiência de cliente excecional”.

Esta foi a quinta edição do campeonato e recebeu mais de 3.300 candidaturas no espaço de quatro semanas. As premiadas enquadram-se em quatro categorias e dois wild-cards (ou seja, não foram qualificada pelos meios convencionais). Foram:

  • Seguros comerciais: CLIMADA Technologies e Sixfold;
  • Simplificação Digital: Parloa GmbH e a Merlynn;
  • Vida e Saúde: NalaGenetics e a AccuHealth;
  • Não Vida Retalho: LoyJoy GmbH;
  • Vencedoras Wild-cards: AlphaGEO e a MentionMe.

“Ao mesmo tempo que a tecnologia continua a avançar rapidamente, temos de continuar a inovar ao mesmo ritmo. Todos os vencedores deste ano utilizam IA para redefinir a avaliação do risco, a subscrição, os sinistros e a interação com o cliente. Ao trabalharmos em conjunto com estas empresas em fase de arranque, podemos aproveitar rapidamente essas novas ideias e tecnologias para proporcionar uma experiência de cliente excecional.” disse Ericson Chan, Group Chief Innovation and Digital Officer.

Para Paolo Mantero, Group Chief Strategy Officer, “as soluções que são adaptadas aos clientes e às suas necessidades, em constante evolução, são o futuro dos seguros. Quer se trate de tornar o impacto financeiro dos riscos climáticos mais tangível, de melhorar a eficiência da subscrição ou de criar programas de saúde personalizados, estas iniciativas inovadoras podem transformar verdadeiramente o setor.”.

Agora será testada a viabilidade dos projetos e os bem-sucedidos serão anunciados em setembro

Selecionados os vencedores, o campeonato passa agora para a fase em que que estes participam num programa de aceleração durante quatro meses para testar a viabilidade prática das suas iniciativas e vão preparar “um plano de negócios em conjunto com as unidades de negócio da Zurich que as selecionaram”.

As startups vão contar com o apoio financeiro e não financeiro da Zurich, como formação por parte dos executivos da Zurich e de especialistas internos e externos, por exemplo.

Aqueles que conseguirem validar com sucesso as suas iniciativas serão anunciados em setembro e vão trabalhar local e globalmente com a Zurich.

Note-se que o programa tem cerca de 40 colaborações em curso com concorrentes anteriores.

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Fidelidade recebe Prémio Vasco da Gama 2024 na categoria de “Melhor Empresa Portuguesa”

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2024

Estes prémios são atribuídos anualmente e reconhecem "empresas e personalidades com elevado valor estratégico no mercado ibérico". Caixabank BPI e embaixador de Portugal em Madrid galardoados.

A seguradora portuguesa Fidelidade foi galardoada com o Prémio Vasco da Gama 2024 pela Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa. Segundo o comunicado enviado pela empresa, a condecoração foi atribuída na categoria de “Melhor Empresa Portuguesa” pela sua “excelência empresarial”.

Gonzalo Nolte, da Abanca; Antonio Calçada, Presidente da Câmara Hispano-Portuguesa; Juan Arsuaga, Diretor e Membro da Comissão Executiva da Fidelidade; Enrique Belzuz, da Belzuz Abogados e Javier Cantera, da Auren.

Estes prémios são atribuídos anualmente e reconhecem a “excelência das empresas e personalidades com elevado valor estratégico no mercado ibérico”, e têm o objetivo de contribuir para a dinamização e desenvolvimento de relações entre Portugal e Espanha.

“A relação entre Espanha e Portugal é uma das peças-chave da nossa estratégia. Desde o início que optámos por uma perspetiva ibérica unificada e colaborativa, capaz de responder às particularidades de cada mercado com soluções integrais e adaptadas aos clientes de ambos os lados da fronteira, o que hoje se reflete neste prémio, testemunho do nosso compromisso com a excelência e o trabalho conjunto da nossa equipe ao longo da história”, disse Juan Arsuaga, administrador e membro da Comissão Executiva da Fidelidade.

Note-se que este ano a cerimónia da entrega de prémios teve lugar em Madrid, Espanha, nesta terça-feira.

Ainda na cerimónia, o Caixabank BPI foi contemplado com o prémio “Excelência Empresarial Espanhola” e João Mira Gomes, Embaixador de Portugal em Madrid, recebeu o Prémio João Flores, “pelo seu notável trabalho em prol da cooperação e do desenvolvimento empresarial a nível ibérico.”.

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Ministra do Ambiente diz que investir em defesa não compromete ambições da transição energética

  • Lusa
  • 30 Maio 2024

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, rejeitou que um reforço do investimento em defesa pelos países da UE vá atrasar os objetivos traçados para a transição energética.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, rejeitou que um reforço do investimento em defesa pelos países da União Europeia (UE) vá atrasar os objetivos traçados para a transição energética.

“A defesa pode ser um catalisador, a defesa é essencialmente tecnologia, e o que se desenvolve na tecnologia da defesa pode ser usado para muitas outras áreas. Muitas vezes coisas que são desenvolvidas pela defesa, depois têm aplicações civis muito importantes, seja na saúde, seja no digital, até na própria energia”, disse a ministra, em Bruxelas (Bélgica).

Maria da Graça Carvalho acrescentou que a UE poderia olhar para os Estados Unidos da América (EUA) para perceber “essa visão moderna de defesa”.

“Os EUA são muito bons em defesa porque têm as grandes universidades a trabalhar, a grande tecnologia, o saber, e é nesse sentido que depois é útil para todas as outras áreas”, completou.

A questão surgiu nos últimos dois anos, coincidindo com o início da invasão russa da Ucrânia. Vários Estados-membros reforçaram o investimento em defesa e praticamente todos anunciaram que iriam investir mais.

Em paralelo, a decisão foi criticada, em particular pelos partidos políticos que pertencem ao grupo político dos Verdes, que alertaram para os retrocessos ambientais decorrentes do investimento em equipamento e capacidades militares.

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IL apela ao voto antecipado e avisa que não se deixa pressionar por Marcelo no OE

  • Lusa
  • 30 Maio 2024

“Não, de todo, não nos deixamos pressionar”, respondeu, assim, o líder liberal quando questionado sobre as declarações de Marcelo sobre a importância de garantir a viabilização do próximo OE.

O candidato da Iniciativa Liberal às eleições europeias pediu às pessoas que não podem votar no dia 9 de junho para se inscreverem até ao final do dia no voto antecipado porque “o projeto europeu vale a pena”.

No quarto dia de campanha, e depois de uma ação na quarta-feira que se prolongou noite dentro no Porto, João Cotrim de Figueiredo rumou ao Minho, mais concretamente a Caminha, para insistir no voto antecipado, relembrando que as inscrições terminam hoje.

Rodeado de cartazes onde se lia “Voto Antecipado. Último dia para te inscreveres em votoantecipado.pt”, o primeiro da lista da IL dirigiu-se diretamente aos eleitores para reforçar a mensagem de que todos aqueles que estejam impossibilitados de votar no dia oficial, dia 09 de junho, devem escolher esta opção de voto antecipado.

Reafirmando que a abstenção é o “grande adversário” da IL, o cabeça de lista às europeias apelou aos eleitores “eventualmente desmotivados” para não desperdiçarem a oportunidade de contribuir para o projeto europeu.

“O projeto europeu vale a pena, vale a pena votar, vale a pena o esforço de inscrição”, reforçou João Cotrim de Figueiredo.

O candidato liberal assumiu não querer estar a discutir durante “três ou quatro horas” no dia 09 de junho o nível de abstenção.

O presidente da IL, Rui Rocha, que acompanhava o candidato às europeias, aproveitou o apelo para revelar que vai votar de forma antecipada no dia 02 de junho em Setúbal, distrito onde o partido vai estar nesse dia em campanha.

“João, se me permites, só [quero] dizer que eu já me inscrevi e vou votar no dia 02, em Setúbal. Aquilo que eu quero transmitir hoje às pessoas é que podem fazê-lo em qualquer parte do país”.

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, confidenciou ainda que “valoriza sempre” as palavras do Presidente da República, mas “não se deixa pressionar”.

“Não, de todo, não nos deixamos pressionar”, respondeu, assim, o líder liberal quando questionado sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a importância de garantir a viabilização do próximo Orçamento do Estado para manter o equilíbrio das contas públicas. O dirigente liberal assumiu “valorizar sempre” as palavras do chefe de Estado, mas “fará aquilo que considerar que é desejável para os portugueses”.

“Neste caso concreto, a Iniciativa Liberal, como aliás disse logo desde o início desta legislatura, fará aquilo que considerar que é desejável para os portugueses e votará o orçamento, as medidas, as propostas, qualquer iniciativa legislativa e qualquer iniciativa no parlamento de acordo com o compromisso que assumiu com os eleitores da Iniciativa Liberal nas legislativas”, afirmou.

Rui Rocha, que acompanhava o candidato ao Parlamento Europeu, João Cotrim de Figueiredo, salientou que uma das marcas da IL é ser “consequente, fiel e consistente” no que promete aos eleitores.

E, nessa sequência, a IL votará o próximo Orçamento do Estado “em consciência e de acordo com os interesses do país”, garantiu.

Na quarta-feira, o Presidente da Republica alertou para a importância de garantir a viabilização do próximo Orçamento do Estado para manter o equilíbrio das contas públicas, apelando ao diálogo entre o Governo e a oposição.

“A viabilização do Orçamento implica diálogo. Quando não há maioria, todos têm que dialogar. Não é só aqueles que não estão no Governo. Quem está no Governo também tem a responsabilidade de dialogar”, disse o Presidente da República, à margem da sessão de encerramento da conferência “Millennium Talks COTEC Inovation Summit”, que decorreu no Europarque, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.

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Temido muito preocupada com buscas a funcionários do Parlamento Europeu

  • Lusa
  • 30 Maio 2024

A cabeça de lista do PS às eleições europeias, Marta Temido, mostrou-se hoje surpreendida e muito preocupada com as buscas no Parlamento Europeu (PE) por suspeita de interferência russa e corrupção.

A cabeça de lista do PS às eleições europeias, Marta Temido, mostrou-se hoje surpreendida e muito preocupada com as buscas no Parlamento Europeu (PE) por suspeita de interferência russa e corrupção.

“É muito preocupante, penso que todos ficámos um pouco estupefactos com as buscas realizadas ontem [quarta-feira] e que envolveram alguns funcionários das instituições europeias, do Parlamento Europeu”, referiu.

Aos jornalistas, a candidata a eurodeputada, que realiza esta manhã ações de campanha em Aljustrel, no distrito de Beja, disse ter ficado alarmada com a alegada tentativa de intromissão nas agendas e nas votações dos eurodeputados, por países terceiros.

“Sobretudo com o intuito muito especifico de destruição daquilo que é um projeto de democracia e estabilidade. Preocupação por perceber que as coisas já estão com este nível de intrusão e não é um filme”, concluiu.

O Ministério Público Federal belga anunciou que as autoridades realizaram, na quarta-feira de manhã, buscas nos gabinetes de um colaborador do Parlamento Europeu em Bruxelas e Estrasburgo, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de ingerência russa e corrupção.

Segundo uma fonte próxima do caso, trata-se de um antigo assistente parlamentar do eurodeputado alemão Maximilian Krah, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

De acordo com o Ministério Público belga, as buscas também decorriam na casa deste suspeito, Guillaume Pradoura, em Bruxelas.

Krah é atualmente assistente parlamentar do eurodeputado neerlandês Marcel de Graaff, membro do Fórum para a Democracia, um partido eurocético e conservador holandês.

Marta Temido, considerou ainda que a oposição não precisa de ajuda para ser detonada e escusou-se a responder aos seus opositores “porque o foco é a Europa”.

“Detonar a oposição? Eu quase diria que não precisa de ajuda, isso parece-me bastante evidente. Relativamente a abrir caminho, é preciso abrir caminho para Bruxelas, mas com sentido: o sentido de afirmar Portugal, de fazer um caminho difícil que tem de ser feito e que ninguém vai fazer por nós”, afirmou.

Depois de questionada por jornalistas, garantiu não simbolizar uma resposta aos ataques da oposição.

“Não respondo, por duas razões: primeiro porque o que nos interessa é falar da Europa e dos nossos projetos políticos. Tenho a certeza que o candidato desse partido da oposição, da AD, mas também os outros candidatos concordam comigo, e é disso que vamos falar”, justificou. No seu entender, é aos eleitores que deve responder, deixando a garantia de que não contarão consigo para “continuar nessa linha”.

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Bugalho diz que AD faz “campanha sem medo” e aponta a governos socialistas na Europa

  • Lusa
  • 30 Maio 2024

Sebastião Bugalho começou por referir que a AD (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM) não tem medo de debater com os seus adversários e “não tem medo dos temas difíceis”.

O cabeça de lista da AD às europeias afirmou que a coligação faz “campanha sem medo dos temas difíceis” e apontou a governos socialistas europeus em matérias como aborto ou imigração.

Num almoço comício em Coimbra, que juntou algumas centenas de pessoas, Sebastião Bugalho começou por referir que a AD (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM) não tem medo de debater com os seus adversários e “não tem medo dos temas difíceis”.

“Falamos de migração sem populismos, falamos de habitação sem populismos, porque é nos temas difíceis que os democratas se mostram porque resolvem os problemas a quem tem de acreditar na democracia”, defendeu.

No entanto, o candidato admitiu que a AD é “uma campanha que não abdica de se defender”, numa resposta implícita a ataques dos seus adversários.

“É em Malta com um governo socialista onde o aborto é crime, não é em Portugal com a AD. É na Dinamarca com um Governo socialista que se defende a politica do Ruanda de deportação de imigrantes, não é em Portugal com Governo da AD. É em Espanha com um governo socialista que há muros físicos nas fronteiras, não é em Portugal com um Governo da AD”, afirmou.

Por outro lado, acrescentou, foi “um governo socialista que deixou 1,7 milhões de portugueses sem médico de família, não foi um Governo da AD”.

“Connosco, Portugal em muito pouco tempo já é hoje muito diferente. Quando terminar esta legislatura, será não só diferente, como melhor, mais igual, mais justo e mais livre”, defendeu.

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.

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BMW i5 eDrive40: Uma viagem ao futuro<span class='tag--premium'>premium</span>

A BMW tem-se esforçado para liderar na transição para a mobilidade elétrica, e o i5 é um exemplo dessa ambição ao aliar desempenho espacial, conforto de primeira classe e sustentabilidade ambiental.

Este artigo integra a quinta edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.Inspirando-se tanto no sucesso do seu pioneiro elétrico, o i3, quanto no mais luxuoso e potente i8, o i5 visa combinar a praticidade necessária para o uso diário com a inovação tecnológica, sem perder nunca o conforto da condução e o desempenho-- duas marcas reconhecidas da marca de Munique. Mas o modelo que o ECO testou vai um pouco mais longe que isto. Arrancar numa viagem de vários quilómetros com a família num fim de semana chuvoso ao volante do BMW i5 eDrive40 é como ser protagonista de um episódio piloto de uma série sobre viagens futurísticas, onde os carros voam e os sonhos são movidos a eletricidade -- embora, para desgosto dos pequenos, este ainda permaneça firmemente no asfalto. O primeiro “uau”, de

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Crise das laranjas leva preços do sumo a novo recorde. Produtores do Algarve esperam mais procura

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Maio 2024

Preço dos futuros do sumo de laranja atingiu esta semana um máximo histórico, perante dificuldades na produção no Brasil. No Algarve, a campanha decorre com normalidade e admite-se aumento da procura.

Os preços do sumo de laranja têm vindo a aumentar e voltaram a alcançar níveis recorde esta semana, na sequência das condições climatéricas adversas e de doenças dos citrinos que estão a atingir a produção no maior exportador mundial, o Brasil, mas também nos EUA. A realidade não podia ser mais diferente no Algarve, região que concentra 88% da produção de citrinos em Portugal, que já antecipa um aumento da procura.

Desde o final de 2022, quando um furacão e uma vaga de frio devastaram hectares de laranjais no Estado norte-americano da Florida — a principal região de cultivo dos EUA, o segundo maior produtor mundial –, que os preços dos futuros do sumo de laranja têm vindo a aumentar, noticiou o Financial Times. Mas a subida acelerou acentuadamente a partir de abril face às perspetivas de uma fraca colheita no Brasil, devido ao aumento da prevalência de pragas e doenças que afetam gravemente a produção de citrinos, bem como as inundações que ocorreram no Estado do Rio Grande do Sul.

Neste contexto, o sumo de laranja concentrado atingiu um máximo histórico na última terça-feira, negociando nos 4,92 dólares por libra (1 libra equivale a 453 gramas), quase o dobro do preço registado há um ano, na Intercontinental Exchange em Nova Iorque. Um dia depois, negociava em 4,77 dólares por libra.

Em declarações ao ECO, a AlgarOrange explica que a comercialização de laranjas, clementinas, tangerinas ou limões ali produzida “é mais voltada para o mercado de fruta fresca e não para a indústria de sumo”, ainda que “entre 5% a 10%” da produção acabe por ser direcionada para esta indústria a cada ano, por não cumprir com as normas de comercialização do mercado de frescos.

Segundo esta associação, que reúne 12 operadores de citrinos do Algarve, a produção da atual campanha de laranja está a decorrer de acordo com as previsões iniciais e apresenta “quantidades normais”, o que permitirá ter laranja “até setembro ou outubro”. Os produtores associados à AlgarOrange asseguram, aliás, que existe capacidade para um abastecimento normal ao mercado nacional e internacional.

A Associação de Operadores de Citrinos do Algarve reconhece que, dada a conjuntura mundial — em particular no Brasil –, “poderá haver um aumento da procura e valorização pela indústria de sumo de laranja”, o que beneficiaria os produtores de citrinos algarvios. “No entanto, até ao momento, isto não se verifica”, ressalva.

Citrinos vendidos pelos associados da AlgarOrange cresceu 4,5% nos primeiros seis meses da atual campanha, para mais de 42 milhões de quilosLusa

Tangerinas são as novas laranjas?

Florida (Estados Unidos) e São Paulo (Brasil) detêm 85% do mercado mundial, sendo que o Brasil exporta 99% da sua produção. A organização brasileira de produtores de citrinos Fundecitrus estima uma queda de 24% da colheita no país face a 2023, enquanto o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) prevê um ligeiro aumento homólogo, mas 36% abaixo da colheita de há dois anos.

“Isto é uma crise. Nunca vimos nada assim, nem mesmo durante grandes geadas e furacões”, assinalou o presidente da Associação Internacional de Sumos de Frutas e Vegetais (IFU), Kees Cools, citado pelo Financial Times.

A escassez de laranjas, de acordo com o IFU, agravou os receios de um aumento de preços que atingirá os consumidores e que irá alterar substancialmente a indústria mundial de sumo de laranja. Segundo Cools, “utilizar diferentes espécies de frutos” é a única opção a longo prazo que não afeta a “naturalidade e a imagem do produto”. Um dos frutos que pode servir como alternativa para a escassez de laranjas é a tangerina, cujas árvores são mais resistentes às alterações climáticas nas regiões de cultivo.

De regresso a Portugal, sobre a utilização de tangerinas para a produção de sumo, a AlgarOrange afirma que a indústria de sumos já utiliza este fruto, apontando para um aumento da sua produção “caso exista aumento da procura” devido à falta de sumo de laranja.

“No Brasil esta é uma possibilidade, uma vez que no hemisfério sul estarão, provavelmente, a iniciar a campanha deste produto. Contudo, no Algarve, a campanha das tangerinas está na sua reta final”, sinaliza a associação algarvia, que representa 30% da produção nacional de citrinos.

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