Exército israelita perde nove soldados num dia
No total, segundo o Exército, 185 dos seus soldados morreram desde 27 de outubro.
O Exército israelita anunciou esta terça-feira a morte de nove soldados na Faixa de Gaza no dia anterior, um dos maiores números diários desde o início da sua operação terrestre no enclave palestiniano, controlado pelo Hamas.
No total, segundo o Exército, 185 dos seus soldados morreram desde 27 de outubro, quando, após uma intensa campanha de bombardeamentos, as forças de Telavive entraram na Faixa de Gaza. Em 0 de janeiro, o Exército israelita anunciou que tinha “concluído o desmantelamento da estrutura militar” do movimento islamita palestiniano Hamas no norte da Faixa de Gaza e explicou que passava a concentrar-se no centro e no sul deste território.
As autoridades militares israelitas declararam ter matado “cerca de 40 terroristas” na segunda-feira, durante uma operação na cidade de Khan Younis (sul). Por sua vez, em dois comunicados de imprensa, as Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento palestiniano Hamas, afirmaram na segunda-feira ter “matado e ferido” soldados israelitas e visado um tanque Merkava naquela cidade.
Segundo a imprensa israelita, seis dos nove soldados mortos morreram na explosão de um camião do Exército carregado com explosivos e destinado a destruir infraestruturas subterrâneas. Dezenas de soldados ficaram feridos nesta explosão, incluindo Idan Amedi, ator da série israelita Fauda, segundo os ‘media’ israelitas, mas o Exército não forneceu detalhes.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 7 de outubro, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, segundo números oficiais de Telavive.
No dia seguinte, Israel mobilizou 360 mil reservistas, além dos 169.500 soldados contratados. Os israelitas que completaram o serviço militar, uma grande parte da população judaica adulta, são obrigados a permanecer na reserva até os 40 anos.
Em retaliação aos ataques de 7 de outubro, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 23 mil pessoas, na maioria mulheres, crianças e adolescentes.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população da Faixa de Gaza), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado numa grave crise humanitária.
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