IP lança concurso de 58 milhões para construir variante em Évora

Futura variante terá cerca 12,8 quilómetros de extensão com dupla faixa de rodagem. É o maior investimento a executar pela IP no âmbito do PRR.

A Infraestruturas de Portugal (IP) publicou na sexta-feira, em Diário da República, o concurso público para para a construção da Variante Nascente de Évora, no valor de 58,4 milhões de euros. É o maior investimento a executar pela Infraestruturas de Portugal no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Este empreendimento irá contribuir decisivamente para a melhoria das ligações rodoviárias na região de Évora, melhorar a segurança rodoviária e promover a competitividade das empresas e a mobilidade das populações da região”, lê-se no comunicado enviado pela IP.

A empreitada a contratar visa a construção de uma nova ligação rodoviária alternativa ao atual troço do IP2, com início no Nó de Évora Nascente da A6/IP7, imediatamente após a praça de portagem, e termina na conexão com o atual IP2, em S. Manços.

A futura variante terá cerca 12,8 quilómetros de extensão com dupla faixa de rodagem. Ao longo do traçado serão construídos restabelecimentos desnivelados sendo a interligação com a rede existente assegurada através dos seguintes nós:

  • Nó de Vale de Figueiras
  • Nó da Fonte Boa do Degebe
  • Rotunda de Ligação à EN18

O empreendimento prevê ainda a construção de oito passagens superiores, duas das quais sobre linhas de caminho-de-ferro.

A Infraestruturas de Portugal soma 23 obras lançadas no âmbito do PRR, sendo que duas já estão concluídas: a empreitada de construção da ligação rodoviária à Área Industrial de Fontiscos e de Reformulação do Nó de Ermida (Santo Tirso) e variante à EN248 em Arruda dos Vinhos. Dez encontram-se em execução no terreno, sendo que as restantes onze estão em fase de contratação.

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Já está definido quem vai decidir os vencimentos na Autoridade da Concorrência

Comissão de vencimentos da Autoridade da Concorrência é composta por três membros, não remunerados.

Os anteriores ministros das Finanças e da Economia, Fernando Medina e António Costa Silva, deixaram pronto o despacho que determina quem decide os vencimentos na Autoridade da Concorrência (AdC). A comissão criada para o efeito é composta por três membros, que não são remunerados.

Esta comissão de vencimentos tem como competências a “fixação do vencimento mensal e o abono mensal para despesas de representação dos membros do conselho de administração“, segundo se lê no despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

A composição da comissão é de três pessoas: uma indicada pelo membro do Governo responsável pela área das finanças, outra pelo membro do Governo responsável pela área de atividade económica sobre a qual incide a atuação da entidade reguladora, no caso, pela área da economia e da transição digital e ainda outra indicada pela AdC, que tenha preferencialmente exercido cargo num dos órgãos obrigatórios da mesma, ou, na falta de tal indicação, cooptado pelos membros referidos nas alíneas anteriores.

Tendo em conta estes critérios, foram escolhidos para a comissão Luís Manuel dos Santos Pires, inspetor de Finanças; João Manuel Domingos da Silva Rolo, secretário-geral do Ministério da Economia e Transição Digital e Nuno Rocha de Carvalho, indicado pela AdC.

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Paddy Cosgrave volta a ser CEO do Web Summit

Seis meses depois de se ter demitido, após uma polémica à volta de declarações sobre Israel, Paddy Cosgrave está de volta ao leme do Web Summit.

Seis meses depois de se ter demitido, Paddy Cosgrave volta a ser CEO do Web Summit, segundo anunciou o próprio no X (antigo Twitter). O irlandês tinha deixado o cargo após uma debandada das tecnológicas devido a uma polémica relacionada com o conflito em Israel.

“Hoje regresso como CEO do Web Summit”, anunciou Paddy Cosgrave, esta segunda-feira. “Quando me afastei no ano passado, foi a primeira vez que tirei uma folga em 15 anos”, escreveu, num tweet. “Aproveitei o tempo para me voltar a conectar com velhos amigos do Web Summit e ouvi o que eles tinham a dizer e o que queriam do Web Summit”, acrescentou.

Paddy termina a mensagem sinalizando que está “incrivelmente animado com o futuro” e que tem ainda “muito mais para partilhar”.

Foi em outubro do ano passado que Paddy Cosgrave anunciou a demissão. Tudo começou com declarações que fez a 13 de outubro, cinco dias depois do ataque do Hamas em Israel. Nesse dia, escreveu no Twitter que “os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando são cometidos por aliados, e devem ser chamados isso mesmo”.

Estas afirmações desencadearam uma reação imediata de Israel, que foi a primeira a retirar-se da conferência. Depois disso, várias empresas como a Amazon, Meta e Alphabet decidiram também abandonar o evento.

A conferência de tecnologia realizou-se na mesma em Lisboa, entre 13 e 16 de novembro, sob a liderança de uma nova CEO, Katherine Maher. Agora, Cosgrave está de volta ao leme do Web Summit, responsável pelas maiores conferências de tecnologia do mundo.

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Município de Albufeira promove consumo sustentável de água

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  • 8 Abril 2024

O Município de Albufeira adotou um conjunto de 23 medidas para promover a redução de consumos e a racionalização na utilização dos recursos hídricos da região.

Juntamente à próxima fatura da água, a autarquia vai enviar um comunicado à população com a explicação detalhada das medidas, para que todos tomem consciência da gravidade da situação e adotem os comportamentos adequados. Paralelamente, vai disponibilizar, de forma gratuita, um serviço de auditoria e aconselhamento aos maiores consumidores de água do concelho, com vista a sensibilizar para a necessidade de substituir plantas que exigem elevado consumo de água, por espécies vegetais autóctones, mediterrânicas e resilientes às alterações climáticas. “Se não houver uma efetiva redução dos consumos, o fornecimento de água à população e às empresas fica seriamente comprometido”, alerta o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Rolo, “com enormes prejuízos para as famílias, a economia local e o consumo sustentável de água na região”.

Apesar da chuva que se fez sentir na semana da Páscoa, o Algarve continua em situação de seca hidrológica extrema, com níveis baixíssimos de água subterrânea e reservas superficiais. Assim, na sequência da resolução do Conselho de Ministros, do passado dia 8 de fevereiro, que reconheceu a situação de alerta na região, as várias entidades com responsabilidades na área, com destaque para os municípios, implementaram um conjunto de medidas com vista a dar resposta imediata à atual situação de crise, que mais concretamente passam por promover a redução de consumos e a racionalização da utilização dos recursos hídricos. Refira-se que já em anos anteriores, o Município de Albufeira tinha adotado várias medidas com vista à preservação das reservas de água no concelho, uma vez que desde maio de 2022, os níveis de armazenamento nas albufeiras algarvias encontram-se abaixo dos 50%.

Água é vida

“Esta é a pior seca de sempre na região, pelo que adicionalmente às medidas anteriormente adotadas, o Município de Albufeira viu-se obrigado a lançar mão a um conjunto extraordinário de medidas com vista a reduzir os consumos urbanos, no setor do turismo e na agricultura”, esclarece o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo. Com vista à sensibilização dos consumidores, a autarquia vai enviar comunicação a todos os munícipes a explicar as 23 medidas adotadas, na qual o autarca destaca “é fundamental que todos estejamos a par da situação e conscientes de que se não houver uma efetiva redução dos consumos, o fornecimento de água na região fica seriamente comprometido”.

"A iniciativa que tem por objetivo incentivar os grandes consumidores de água, que disponham de áreas verdes relvadas e outras espécies de elevada necessidade hídrica, a reduzirem o consumo de água”

José Carlos Rolo, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira

Paralelamente ao comunicado anteriormente referido, que vai ser distribuído juntamente com a fatura da água do próximo mês, o Município dá início a um projeto de colaboração com os grandes consumidores de água do concelho, no sentido de efetuar o diagnóstico e aconselhamento relativamente às zonas relvadas existentes nas respetivas propriedades. Para o efeito, a autarquia disponibiliza os seus serviços técnicos de arquitetura paisagista e gestão de rega para dar apoio aos maiores consumidores de água, designadamente hotéis e outras entidades com espaços verdes, na substituição de plantas que exigem elevado consumo de água (relva), por espécies vegetais autóctones, mediterrânicas e resilientes às alterações climáticas. A equipa técnica da autarquia começa por fazer uma auditoria ao local, após o que irá sugerir planos de plantação, equipamentos de rega e espécies de baixa necessidade hídrica, de acordo com a natureza e arquitetura das zonas ajardinadas. O serviço é gratuito mas sujeito a marcação prévia através do email: [email protected].

O presidente da Câmara Municipal refere que se trata de “uma iniciativa que tem por objetivo incentivar os grandes consumidores de água, que disponham de áreas verdes relvadas e outras espécies de elevada necessidade hídrica, a reduzirem o consumo de água, sensibilizando-os para a necessidade da sua substituição por outras plantas mais adaptadas ao cenário de seca que se vive na região. Ao mesmo tempo, pretende-se aproveitar a iniciativa para dotar os jardins e espaços verdes de Albufeira de maior biodiversidade, melhorando a capacidade de polinização e o valor paisagístico das zonas verdes do concelho”, sublinha.

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Fisco lança concurso para iniciar avaliação de terrenos

  • ECO
  • 8 Abril 2024

A plataforma para avaliar o património rústico deverá ficar concluída em 2025. Este sistema vai permitir também ligações ao cadastro.

Já foi lançado um concurso público pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) para a aquisição de serviços de desenvolvimento aplicacional no âmbito do Sistema de Avaliação dos Prédios Rústicos, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

O objetivo é criar uma plataforma informática que permitirá a avaliação geral do património rústico, bem como a atualização do valor patrimonial tributário (VPT) para efeitos de IMI. Este sistema deverá ficar pronto no próximo ano e permitir ligações ao cadastro.

Este processo de avaliação já estava previsto desde 2017, mas sofreu alguns atrasos durante o período da pandemia. Agora foi dado mais um passo, com o lançamento do concurso público, para a “a realização de trabalhos para estabelecimento de interfaces com o BUPi [Balcão Único do Prédio], Direção-Geral do Território (DGT) e outras entidades com informação necessária à avaliação de prédios rústicos” e ainda a “atualização da matriz predial rústica com a informação enviada pelo BUPi e DGT, atualização da caderneta predial rústica e evolução do sistema de avaliações do IMI para incluir a avaliação de prédios rústicos”, segundo o caderno de encargos.

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Famílias obrigadas a celebrar novos contratos perdem apoio à renda

  • ECO
  • 8 Abril 2024

Apoio à renda apenas abrange contratos celebrados até 15 de março de 2023. Há famílias que cumprem critérios mas tiveram de assinar novo contrato, ficando de fora.

Há beneficiários do apoio à renda que estão a perder o acesso à medida, depois de os senhorios terem exigido a celebração de um novo contrato de arrendamento, mesmo nos casos em que ficam na mesma casa, noticia o Público (acesso condicionado).

O apoio abrange apenas os contratos celebrados até 15 de março de 2023, pelo que deixam de incluir famílias que continuam a cumprir os requisitos para serem elegíveis para este apoio, que foi criado no ano passado no âmbito do pacote legislativo Mais Habitação, somente devido ao novo contrato.

Nesta medida, o apoio é atribuído automaticamente aos agregados familiares com taxas de esforço superiores a 35% no pagamento das rendas habitacionais e com rendimentos até ao sexto escalão de IRS. Mas os contratos não podem ter sido celebrados após 15 de março do ano passado.

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OPPO reafirma o seu compromisso com o mercado espanhol com a comercialização do seu novo smartphone OPPO Reno11 F 5G

  • Servimedia
  • 8 Abril 2024

A empresa chinesa de dispositivos inteligentes OPPO anunciou hoje a disponibilidade em Espanha do seu novo smartphone OPPO Reno11 F 5G

A empresa, depois de resolver o seu litígio de patentes com a Nokia e depois de ter garantido no Mobile World Congress que traria os seus melhores dispositivos de volta à Europa, lança este novo dispositivo em Espanha, reforçando o seu compromisso com o nosso mercado.

Este dispositivo destaca-se por ser, segundo a empresa, um dos smartphones mais resistentes da sua categoria. A empresa garante que foi submetido a exaustivos testes de qualidade para garantir a sua durabilidade. Além disso, afirma que a bateria pode durar até 4 anos e que o telemóvel pode ser carregado até 20 graus Celsius negativos. O smartphone está equipado com carregamento rápido de 67W, o que permite carregar o dispositivo até 30% em apenas 10 minutos e atingir 100% de carga em apenas 48 minutos.

Por outro lado, este smartphone tem um design brilhante e suave e está disponível em duas cores, Ocean Blue e Palm Green. Para o modelo azul, foi incorporado um acabamento de partículas magnéticas. Ambos os modelos têm certificação IP65, que protege contra salpicos e outros acidentes do quotidiano.

Quanto às suas câmaras traseiras, o OPPO Reno11 F 5G está equipado com uma câmara tripla de 64MP, uma câmara ultra grande angular de 8MP e uma câmara macro de 2MP, oferecendo versatilidade e fotos nítidas. Por outro lado, a sua câmara selfie é de 32MP, equipada com um sensor Sony IMX 615 e funções de inteligência artificial.

Finalmente, o dispositivo é alimentado por um processador MediaTek Dimensity 7050 e a versão disponível na Espanha tem um total de 256GB de armazenamento e uma expansão de armazenamento de até 2TB. O OPPO Reno11 F 5G vem com a última versão da camada de personalização da OPPO, ColorOS 14. Este novo smartphone de gama média está agora disponível nos principais canais de venda da OPPO em Espanha, com um preço de 399 euros.

 

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Hoje nas notícias: rendas, Defesa e Fisco

  • ECO
  • 8 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A exigência de alguns senhorios em celebrar novos contratos está a levar famílias a perder o acesso ao apoio à renda, apesar de continuarem a corresponder aos critérios. Por Belém, o Presidente deixa alertas relativamente à situação nas Forças Armadas. Já o Fisco lançou um concurso para avançar no sistema que permitirá avaliar terrenos. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Famílias obrigadas a celebrar novos contratos perdem apoio à renda

Há beneficiários do apoio à renda que estão a perder o acesso à medida, depois de os senhorios terem exigido a celebração de um novo contrato de arrendamento, mesmo nos casos em que ficam na mesma casa. O apoio abrange apenas os contratos celebrados até 15 de março de 2023, pelo que deixam de incluir famílias que continuam a cumprir os requisitos apenas devido ao novo contrato.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Belém pede “sensibilidade” e urgência a Nuno Melo e Miranda Sarmento

O Presidente da República tem vindo a insistir para que sejam tomadas medidas para travar a “depreciação” e “desvalorização” das Forças Armadas. Marcelo Rebelo de Sousa pede assim ao Governo — que agora é representado pelos novos ministros da Defesa e das Finanças, Nuno Melo e Joaquim Miranda Sarmento — que tenha “sensibilidade” na concretização de soluções.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Fisco lança concurso para iniciar avaliação de terrenos

Já foi lançado um concurso público pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) para a aquisição de serviços de desenvolvimento aplicacional no âmbito do Sistema de Avaliação dos Prédios Rústicos. Este sistema deverá ficar pronto no próximo ano e permitir ligações ao cadastro.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Árbitros obrigados a passar faturas

No entendimento da Autoridade Tributária (AT), os árbitros têm de passar faturas por todos os serviços que prestam. A conclusão está expressa numa informação vinculativa de abril, que o Fisco emitiu a propósito de uma bolsa de formação atribuída a um árbitro por uma associação desportiva.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Preços baixos da energia ameaçam travar novos investimentos no solar

Os preços no mercado grossista ibérico têm estado baixos e chegaram mesmo a atingir mesmo valores negativos no dia 5 de abril. Esta tendência de queda nos preços poderá ter impacto nos novos investimentos na energia solar, já que os promotores podem não conseguir obter financiamento, devido à falta de previsibilidade de receitas.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de abril

  • ECO
  • 8 Abril 2024

Ao longo desta segunda-feira, 8 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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A transformação da saúde mundial na última década

  • Servimedia
  • 8 Abril 2024

Este domingo assinalou-se o Dia Mundial da Saúde que, segundo vários especialistas, serve para relembrar tudo o que foi alcançado em termos de inovação e investigação.

Nos últimos anos, a saúde mundial tem sofrido grandes transformações. Para além de uma maior consciencialização e de grandes avanços na investigação, surgiram novas doenças e crises sanitárias, algumas delas sem precedentes, que tiveram de ser enfrentadas rapidamente. Situações que exigiram novas fórmulas para resolver novos desafios, evoluindo a forma como os vários aspetos da saúde são abordados.

Governos, organizações e cidadãos unem-se continuamente na procura de soluções equitativas que promovam a saúde como um direito acessível a todas as pessoas, independentemente da sua origem ou condição económica. E, no 76.º aniversário do Dia Mundial da Saúde, é evidente que se registaram muitos progressos, mas há ainda muito por fazer. Da imunologia à virologia, passando por outras especialidades como a neurologia ou a endocrinologia, os avanços registados em todas elas eram impensáveis há alguns anos.

DESAFIOS DE SAÚDE PÚBLICA

As doenças classificadas como problemas globais de saúde pública são aquelas que têm um impacto significativo em termos de morbilidade, mortalidade e custos económicos. Podem ser infecciosas, crónicas ou relacionadas com fatores ambientais e de estilo de vida. Entre eles, destacam-se o VIH e a hepatite C, em que se registaram grandes avanços nos últimos anos e se espera que, a médio prazo, continuem a transformar a vida dos doentes.

Neste sentido, no futuro, é necessário continuar a evoluir a estratégia e também, como explica Marisa Álvarez, diretora executiva de Assuntos Médicos da Gilead em Espanha: “A carteira de produtos e a organização para conseguir um impacto ainda maior nos doentes que deles necessitam. Na Gilead, orgulhamo-nos de ter um dos pipelines mais fortes e diversificados da indústria farmacêutica, bem como uma carteira de produtos comercializados que oferecem soluções para doentes com doenças graves e potencialmente fatais e necessidades médicas não satisfeitas. Somos movidos por um único objetivo, o de contribuir para a construção de um mundo mais saudável para todos.

Por exemplo, os avanços no domínio da hepatite. Os antivirais para a hepatite C alcançaram, até à data, taxas de cura superiores a 90% e, de facto, a Espanha está perto de se tornar o segundo país do mundo a conseguir a eliminação da hepatite C; no entanto, apesar destes progressos, o desafio continua a ser a deteção precoce e o acesso universal ao tratamento.

Do mesmo modo, a luta contra o VIH registou avanços revolucionários. A introdução da terapia antirretroviral transformou o VIH de uma sentença de morte numa doença crónica controlável. Além disso, a profilaxia pré-exposição (PrEP) surgiu como uma ferramenta poderosa para prevenir a infeção pelo VIH em indivíduos de alto risco.

Além disso, Álvarez explica que, no campo da cura, “demos passos firmes ao lançar um ambicioso programa de desenvolvimento, combinando diferentes moléculas, com o objetivo de tentar alcançar o grande desafio de curar a infeção pelo VIH. Dispomos de dados em modelos pré-clínicos que nos encorajam a continuar a estudar combinações de agentes que, por um lado, “despertem” o vírus dos reservatórios e, por outro, estimulem o sistema imunitário a combater o vírus e, assim, conseguir uma cura funcional, ou seja, que permita ao VIH não se replicar mesmo sem tratamento antiviral. Mas é verdade que, embora o nosso objetivo aspiracional seja alcançar uma cura, este é um desafio que levará muito tempo.

OBESIDADE

A obesidade é talvez um dos mais importantes desafios de saúde pública deste século. É uma doença que, silenciosamente, é também um problema crescente. Só em Espanha, 55,8% da população com mais de 18 anos tem excesso de peso, uma doença sobre a qual existe falta de conhecimento e, tal como acontece com o VIH, enfrenta um estigma significativo. “Temos de ultrapassar a ideia de que só as pessoas mais sedentárias ganham peso ou sofrem de obesidade. Há muitos mais fatores que podem influenciar o seu desenvolvimento”, sublinhou Albert Lecube, endocrinologista e vice-presidente da Sociedade Espanhola para o Estudo da Obesidade.

Mas, apesar disso, os progressos foram grandes. Associada a numerosas doenças crónicas, como a diabetes de tipo 2 e as doenças cardíacas, a luta contra a obesidade adquiriu uma nova urgência. As abordagens evoluíram da dieta e do exercício para uma compreensão mais profunda da genética, do metabolismo e dos fatores socioeconómicos que contribuem para a obesidade.

DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS

A doença de Alzheimer, uma doença neurodegenerativa devastadora, continua a ser outro grande desafio para a saúde pública. Embora os progressos tenham sido lentos, registaram-se avanços na compreensão da patologia. De facto, estudos recentes centraram-se em marcadores biológicos para um diagnóstico mais precoce e mais preciso.

Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, o futuro parece prometedor. “Podemos esperar o aparecimento de mais opções terapêuticas para modificar o curso da doença, uma vez que novas linhas de investigação complementares à beta-amiloide estão a avançar fortemente. Um exemplo disto são os medicamentos em desenvolvimento destinados a abrandar a formação ou a facilitar a eliminação dos emaranhados neurofibrilares da proteína tau”, afirmou o Dr. Antonio Ciudad, Diretor Médico de Neurologia da Lilly Espanha.

CANCRO

O cancro, com a sua multiplicidade de formas e complexidades, continua a ser um gigante no domínio da saúde pública. Na última década, registaram-se avanços significativos na terapia personalizada, com tratamentos concebidos para combater mutações genéticas específicas nos tumores. A imunoterapia, que utiliza o sistema imunitário do paciente para combater o cancro, tem mostrado resultados promissores em vários tipos de cancro.

“No domínio da oncologia, em geral, foram feitos muitos progressos em termos de inovação e de acesso aos tratamentos. Trata-se de uma grande revolução que está a conduzir a uma maior sobrevivência e a uma melhor qualidade de vida para os doentes”, afirmou Begoña Barragán, presidente do Grupo Espanhol de Doentes com Cancro e da Associação Espanhola de Doentes com Linfoma, Mieloma e Leucemia (AEAL). “Se entrarmos na área da hematologia, o mais inovador são as terapias CAR-T que estão a ser aplicadas a alguns cancros do sangue, embora nem todas estejam disponíveis no nosso país”, afirmou.

O diagnóstico precoce continua a ser um pilar fundamental na luta contra o cancro. As tecnologias avançadas de imagiologia e os testes de rastreio genético estão a facilitar a identificação dos cancros em fases mais precoces, em que o tratamento é mais eficaz.

TELEMEDICINA

Nos últimos cinco anos, a telemedicina em Espanha registou um crescimento e um desenvolvimento significativos, impulsionados principalmente pela pandemia de covid-19. Este período marcou um ponto de viragem na adoção e aceitação da telemedicina, tanto por parte dos profissionais de saúde como dos doentes.

O seu impulso foi conseguido através de uma maior colaboração entre os sectores da saúde e da tecnologia, com empresas tecnológicas que oferecem soluções específicas para as necessidades dos profissionais de saúde e dos seus pacientes. Uma das empresas pioneiras é a Quirónsalud que, através da aplicação de protocolos de pré-consulta e IA, consegue realizar exames antes de o doente ir ao especialista, reduzindo os tempos de espera e resolvendo mais de 30% dos casos na primeira consulta.

“Atualmente, temos cerca de 7 milhões de pacientes no portal do paciente MiQuirónsalud, que lhes permite contactar os profissionais de saúde antes de visitarem os nossos centros, mantendo uma relação direta durante o seu processo de cuidados e continuando o seu acompanhamento após a alta, sem terem de se deslocar desnecessariamente aos centros, obtendo acesso imediato e personalizado aos serviços de saúde de que necessitam”, afirmou Ángel Blanco, diretor de Organização, Processos e TIC da Quirónsalud.

Estes são apenas alguns dos exemplos alcançados nos últimos anos, mas que, sem dúvida, permitiram que a saúde mundial evoluísse consideravelmente. Mesmo assim, não podemos perder de vista o facto de que o trabalho deve continuar. O acesso equitativo a tratamentos avançados, a prevenção eficaz das doenças e a adaptação às novas ameaças para a saúde são cruciais para continuar a melhorar a saúde das populações em todo o mundo.

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“Já estive em marcas com mais orçamento de marketing e nem por isso fui mais feliz”, diz Aira de Mello, da Volvo

Aira de Mello, diretora de consumer experience e marketing da Volvo, tem como grande desafio mostrar a diferenciação da marca. O fim do diesel, a 15 dias dos 97 anos, é o motivo para a conversa.

Se ligar para Aira de Mello, por WhatsApp, vai ver a diretora de consumer experience e marketing da Volvo a fazer festinhas a uma chita. A fotografia foi tirada na Tanzânia, em 2016. Ao avançar seis anos, a imagem podia ser a beijar um elefante, num santuário na Tailândia. A 10 de junho, provavelmente a foto será junto a um cavalo islandês.

Juntam-se assim duas das paixões da profissional que lidera o marketing e comunicação da marca sueca há 12 anos anos e, desde 2021, também a área de consumer experience: viajar e animais. “Sou apaixonada por animais, todo o tipo de animais: cobras, aranhas, chitas, elefantes, macacos”, enumera em conversa com o +M. Outra das paixões é viajar. Conhece 49 países e o 10 de junho é aproveitado normalmente para viajar: é assim que festejam o aniversário de casamento, que este ano completa 20 anos. No inverno escolhem, por regra, um sítio quentinho. “Casei-me no 10 de junho e nasci no 1 de maio”, comenta.

Para viver, o casal escolheu a Praia Grande, em Sintra, uma casa construída pelos pais de Aira de Mello. “Tivemos algum receio de nos sentir perdidos no meio do nada, mas parece que estamos sempre de férias. Olha-se para o mar e o tempo para”.

O marketing e a publicidade fazem desde sempre parte da vida de Aira de Mello. O pai, Rui de Mello, foi um dos fundadores, em 1976, da agência de publicidade DC3, depois comprada pela Ogilvy. Antes, em Moçambique – onde a profissional nasceu – foi diretor de marketing da Shell e também da Laurentina ou da Coca-Cola. “O meu pai sabia tudo sobre marcas, tratava-as como se fossem pessoas”, recorda. A infância, já em Portugal, foi passada na agência. “A publicidade era uma arte, perdeu-se um bocadinho essa magia”, comenta.

Hoje, dá-se a coincidência de ser com a VML e com a Mindshare, agências também do grupo WPP, com que a marca, por alinhamento internacional, trabalha.

No dia 26 de março, a Volvo Cars produziu o último modelo movido a gasóleo da história da empresa. Trata-se de um Volvo XC90 que saiu da linha de produção da fábrica da Volvo Cars em Torslanda, na Suécia, e que seguiu diretamente para o museu da marca em Gotemburgo, assinalando assim o fim de uma era. O caminho foi percorrido com o primeiro diesel produzido, conta.

Há pessoas que continuam a querer carro a diesel, temos pena, mas paciência. As contas que estamos a fazer, com esta decisão, são as do que acreditamos ser melhor para o planeta“, diz. Aira de Mello admite que com a decisão a marca possa perder, no imediato, clientes. “Também tivemos pessoas a reagir mal quando limitámos a velocidade aos 180 km ou quando acabámos com os estofos feitos em pele”, recorda a responsável, que aponta também a novos públicos, idealmente que se identifiquem com os valores da marca: Pessoas, segurança e planeta. “Na verdade tudo tem a ver com as pessoas, tanto a segurança como o planeta”, resume, e “um carro é como a roupa, acompanha-nos para todo o lado, diz muito sobre nós”.

No último ano, a marca premium vendeu em Portugal 5.118 unidades, número que traduz um crescimento de 42% em relação ao ano anterior e é segundo melhor resultado de sempre a nível nacional.

A pressão das vendas é um dos temas mais delicados na gestão do dia a dia. “Há uma pressão muito grande do departamento comercial. Olham sempre para o marketing como salvadores da pátria. Temos que ter muito cuidado e com uma marca premium ainda é mais delicado. O premium é suposto ser mais exclusivo e, quando as marcas fazem grandes descontos, parece que estão desesperadas por vender. Nós também queremos que a empresa tenha sucesso, como é evidente, mas temos uma marca para desenvolver”, reforça.

Com comunicação, sobretudo digital, constante – “não nos podemos dar ao luxo de deixar de comunicar” -, a Volvo faz televisão três a quatro vezes por ano, normalmente uma vez por trimestre. A próxima campanha arranca em abril, mês em que a marca celebra 97 anos, e vai coincidir com um road show, o Volvo Electric Tour, que passará por Braga, Coimbra, Porto, Lisboa e Faro.

Em simultâneo, Kika Nazareth, António Raminhos, Tiago Bettencourt e Tripeirinha são ‘criadores de conteúdos’, como gosta de lhes chamar, a quem foi entregue o modelo EX30. A estes, na segunda metade do ano, vão juntar-se mais quatro nomes a quem, garante, não é pedido conteúdo especifico. “Não queremos fotografias ao volante com o logo plasmado”, assegura.

A Volvo já mudou e agora tenta consolidar esta nova forma de fazer comunicação. Até aos anos 2010 era uma marca cristalizada, o carro familiar. Agora somos uma marca mais moderna, jovem e atraente“, que pretende atrair outro tipo de consumidor, explica a profissional, que tem como maior desafio fazer com que a Volvo “seja percebida pelas pessoas como uma marca diferente”. “A diferenciação é muito importante, é o que faz com que as pessoas optem pela marca A ou B”.

O meu pai costumava dizer para nunca ficar mais de três anos numa empresa, se me sentir a estagnar. Andei a saltitar de papoila em papoila, até que cheguei à Volvo e apaixonei-me. Tenho muita sorte“, constata.

Aira de Mello em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?
Gostava de ter feito/aprovado muitas… destaco estas duas campanhas porque aprendi com David Ogilvy a acreditar nas “grandes ideias” e em publicidade com causas.

a) Campanha Nacional – Quando a Vodafone nos pediu um Volvo para a sua campanha de Natal de 2021 nem imaginávamos que o resultado ia ser tão “nosso”. “Começar de Novo” fala de coragem, de liberdade, da ousadia de uma mulher, vítima de violência doméstica, de deixar tudo para trás – o bom, mas sobretudo o mau – e levar consigo, para a sua nova vida o que mais importa: a filha, o seu peixinho dourado e a sua dignidade. Grande mensagem inspiradora para todas as mulheres por esse país fora que muitas vezes só precisam de um abrir de olhos para ver que a vida lhes escapa.

b) Campanha Internacional
Estávamos nos anos 80 e 90 do século XX, o mundo mudava depressa, a guerra fria acabava e uma certa marca de roupa lançava campanhas polémicas, disruptivas e singulares. É quando a Benetton lança uma verdadeira pedrada no charco. O produto nem sempre estava lá (na maioria das vezes nem estava) e, quando estava, não era o cerne da mensagem. Pelo contrário, a mensagem era de solidariedade, de mudança de mindset, de apelo à paz, à inclusão, à igualdade entre credos ou ideologias. Estes anúncios foram talvez pioneiros na utilização de métodos não convencionais como forma de sensibilização social e de apelo. Muito à frente no seu tempo, numa sociedade ainda tradicional (foi há 40 anos!) a polémica foi imensa, mas o seu principal objetivo foi alcançado – ninguém ficou indiferente, o debate aconteceu e a Marca brilhou! … hoje vemos muitas outras marcas a seguirem os seus passos, mas foram os anúncios da Benetton os pioneiros deste fenómeno moderno de “ativismo de Marca” e a conseguirem manter este posicionamento até hoje.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?
Ter de prejudicar a marca para cumprir os números, pensar a curto prazo, em suma, “vender” a qualquer preço. É claro que as marcas são empresas, é suposto darem lucro, mas a “boa” publicidade, vende, pode até demorar um pouco mais… mas vende.

3 – No (seu) top of mind está sempre?
A marca. A responsabilidade de trabalhar uma Marca única – e quase centenária – é enorme. A Volvo já salvou mais de um milhão de vidas, que com um altruísmo ímpar partilha com toda a concorrência o seu gigante investimento de décadas em segurança. Fazer perigar todo este legado seria quase criminoso. Digo sempre que não trabalho para a minha diretora nem para a Volvo Car Portugal, trabalho para o sonho de dois homens – Gustav Larson e Assar Gabrielsson – o sonho de um mundo em que os automóveis são sinónimo de liberdade e alegria e nunca de sofrimento e morte, um mundo sem acidentes na estrada. É por isto que os fundadores da Volvo quiseram que todas as outras marcas beneficiassem da segurança de um Volvo, e é por isso que dizemos que há um pouco da Volvo em todos os automóveis, para que qualquer pessoa esteja segura, independentemente da marca que escolheu.

4 – O briefing ideal deve…
Ser conciso, preciso, direto ao ponto. Uma folha A4 no máximo. Para além dos temas fundamentais que precisam ser respondidos: “O Problema”; “A Solução”; “O Target”; “O Media Mix”; “O Budget”; “A Promessa Básica”… Mas, acima de tudo, deve ser alegre e motivador para a equipa criativa. Não há coisa pior que um briefing cinzento e aborrecido que não dê vontade de transformar numa campanha memorável.

5 – E a agência ideal é aquela que…
Conhece a marca tão bem, ou idealmente melhor, que o próprio cliente apresentando, proactivamente, soluções inteligentes e pertinentes, que ajudam a marca a evoluir.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?
Creio que ficou claro com as escolhas acima que acredito em arriscar. Sempre com a segurança de não colocar a marca em perigo, mas arriscar. A ousadia é fundamental quando temos budgets limitados e precisamos fazer ouvir a nossa voz ou quando os nossos concorrentes falam bem mais alto. Ir à frente, abrir caminho, sermos os primeiros a lançar uma inovação, uma tendência, um statement, ajuda a criar buzz e sair do anonimato.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?
Não me seduz ter um orçamento ilimitado. Gostaria de ter, talvez, o dobro para não ter de fazer cedências nem contas de cabeça. A saturação é um tema que devemos evitar e que é um risco enorme quando temos budgets demasiado generosos. Mais, quando há menos para investir, somos tendencialmente muito mais criativos, o desafio é muito maior, tiramos o melhor partido possível daquilo que temos. Já estive em marcas com mais orçamento de marketing e nem por isso fui mais feliz.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?
Muito talento. Pouco investimento. Trocando por miúdos, temos profissionais incríveis que quando têm a oportunidade de criar concretizam campanhas memoráveis. Infelizmente a maioria das multinacionais não têm liberdade criativa ou orçamento para criar localmente limitando-se a adaptar conceitos e campanhas internacionais.

9 – Construção de marca é?
Um longo, frágil e árduo processo. Construir uma marca leva anos de consistência – em comunicação, em serviço e em produto. Uma marca, tal como uma pessoa, deverá ter o seu ADN, a sua personalidade, a sua identidade, a sua voz e um papel na sociedade. Tudo isso se constrói… com muito trabalho, muito investimento e o beneplácito dos consumidores. Mas como tão bem sabemos, tudo isso também se destrói muito rapidamente.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?
Seria infeliz se não trabalhasse em marketing, e evidentemente depressiva se embarcasse num emprego demasiado convencional. Talvez vocalista de uma banda de rock alternativo pudesse ter funcionado para mim.

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Como maximizar a mais-valia gerada com a venda de um imóvel em 2023

O programa "Mais Habitação" abriu a porta a novas possibilidades para os contribuintes reduzirem ou até ficarem isentos do pagamento de impostos sobre as mais-valias com a venda de imóveis.

As regras sobre a tributação das mais-valias imobiliárias trouxeram algumas novidades com a aprovação do programa “Mais Habitação” no ano passado, que ganham particular importância para quem vendeu imóveis no ano passado e agora tem de as declarar no IRS de 2023.

Entre as situações mais relevantes da nova legislação está a introdução do efeito excecional de que as mais-valias geradas pela venda de terrenos para construção e de segundas habitações passem a estar isentas, desde que esse dinheiro seja usado para amortizar o crédito à habitação do contribuinte ou dos seus descendentes.

A mais-valia imobiliária é calculada a partir da diferença entre o valor pelo qual o imóvel é vendido e o seu custo de aquisição, corrigido por um coeficiente de desvalorização da moeda e ajustado pelas despesas com a aquisição e valorização do imóvel, bem como os custos associados à venda.

Calculo de mais-valias de imoveis

Para efeitos de tributação da mais-valia gerada com a venda de um imóvel, o Código do IRS estipula que, na maioria dos casos, apenas seja considerado 50% do ganho líquido gerado — a única exceção deste regime é no caso dos imóveis que receberam subsídios a fundo perdido do Estado ou de entidades públicas num valor acima de 30% do seu valor patrimonial e estes sejam vendidos antes de decorridos 10 anos sobre a data da sua aquisição.

Ou seja: uma família que, por exemplo, em 2014 tenha adquirido um apartamento no Porto por 100 mil euros para viver e em 2023 o tenha vendido por 220 mil euros através de uma imobiliária, pelo qual pagou uma comissão de intermediação do negócio de 13,5 mil euros (comissão de 5% mais IVA), significa que gerou uma mais-valia de 94,5 mil euros. Porém, para efeitos de tributação, apenas é considerado metade deste valor, o equivalente a 47,3 mil euros.

Até ao final de 2024, em regime transitório, as mais-valias com imóveis podem ser isentas de tributação desde que sejam reinvestidas não apenas na aquisição de uma nova habitação própria como também na amortização de empréstimos à habitação.

Para declarar a venda de uma casa, os contribuintes têm de preencher os quadros 4 e 5 do Anexo G ou do Anexo G1, consoante o ano em que foi feita a aquisição do imóvel. No caso da família do nosso exemplo, que comprou a sua casa após 1 de janeiro de 1989, têm apenas de declarar os trâmites do negócio no Anexo G. Caso tivessem comprado o imóvel após essa data, teria de preencher o Anexo G1.

Apuramento do imposto a pagar

Nas contas dos contribuintes, o valor a pagar ao Fisco pelo ganho gerado com a venda da sua casa está dependente do escalão de IRS em que se insere, porque as mais-valias prediais têm de ser sempre sujeitas a englobamento obrigatório, segundo a legislação.

Isto significa que, por exemplo, os 47,3 mil euros de mais-valias geradas por esta família portuense terão de ser somadas aos restantes rendimentos obtidos em 2023 (com exceção dos que já são tributados, por opção ou obrigação, a uma taxa especial ou liberatória), para apuramento do rendimento coletável e consequentemente definição da taxa de tributação que será aplicado à mais-valia — que no ano passado, segundo os escalões de IRS, varia entre 14,5% e 53% (considerando a taxa de adicional de solidariedade máxima, de 5%).

Considerando, a título de exemplo, que este agregado familiar tem um rendimento coletável anual de 30 mil euros, que o coloca no sexto escalão com uma taxa de IRS progressiva de 37%, e que em 2023 não englobou mais rendimentos além do ganho gerado com a venda da casa, o imposto a pagar às Finanças será de 20,4 mil euros, segundo o simulador do Doutor Finanças, porque os valores associados à venda do imóvel colocou o agregado familiar imediatamente no oitavo escalão de IRS, a que corresponde uma taxa de IRS de 45%.

No entanto, há a possibilidade do imposto ser mitigado ou inclusivamente isentado na sua totalidade, dependendo do cumprimento de certas condições estabelecidas por lei.

  • Reinvestimento na aquisição de habitação própria: A lei prevê que, se a mais-valia obtida com a venda da casa da família (residência própria) for reinvestida na aquisição de uma nova habitação própria e permanente, dentro de prazos específicos (24 meses antes ou 36 meses após a venda), a mais-valia correspondente a esse reinvestimento fica isenta de tributação.
  • Venda de imóveis adquiridos antes de 1989: A isenção aplica-se também a imóveis adquiridos antes de 1 de janeiro de 1989, aliviando os proprietários do pagamento de impostos sobre as mais-valias dessas propriedades.

Com a aprovação do programa “Mais Habitação” no final do ano passado, abriu-se ainda a possibilidades de os contribuintes reduzirem ou mesmo eliminarem o imposto a pagar sobre a mais-valia da venda da sua casa por conta da adoção de um regime mais flexível do reinvestimento das mais-valias prediais durante um período de tempo limitado.

Segundo o decreto-Lei que sustenta o “Mais Habitação”, até ao final de 2024, em regime transitório, as mais-valias com imóveis podem ser isentas de tributação desde que sejam reinvestidas não apenas na aquisição de uma nova habitação própria como também na amortização de empréstimos à habitação.

Desta forma, os contribuintes podem ter uma isenção de parte ou da totalidade do imposto sobre os ganhos gerados com a venda de um qualquer imóvel se utilizarem essa mais-valia para amortizar o seu crédito à habitação ou para amortizar o empréstimo da casa de um dos seus familiares diretos.

A obrigatoriedade de englobamento das mais-valias no rendimento coletável e a aplicação das taxas correspondentes aos diferentes escalões do IRS implicam que uma gestão cuidadosa e informada pode fazer uma diferença substancial no montante final a pagar ao Fisco.

No entanto, a exclusão de tributação não abrange a utilização da mais-valia gerada com a venda da residência na amortização do crédito habitação associado a esse imóvel; nem a utilização do ganho gerado com a sua casa para adquirir uma casa a um descendente.

A implementação do programa “Mais Habitação” abriu um leque de oportunidades para os contribuintes, especialmente para aqueles que se aventuraram na venda de imóveis no ano anterior. Este conjunto de novas regras, centrado na flexibilização e incentivo à mobilidade habitacional, oferece mecanismos aprimorados para a maximização das mais-valias geradas pela venda de propriedades.

Com a inclusão da possibilidade de isenção de mais-valias através do reinvestimento da mais-valia gerada na amortização do crédito à habitação, seja do próprio contribuinte ou dos seus descendentes, apresenta-se como uma estratégia eficaz de gestão fiscal que pode levar à minimização ou até anulação da carga tributária associada a estes ganhos.

Esta abordagem revela-se num incentivo à liquidez e ao investimento no mercado imobiliário, propiciando aos proprietários uma alternativa vantajosa para o reinvestimento dos seus lucros. No entanto, é imperativo que os contribuintes estejam atentos aos prazos estabelecidos pela legislação para a aplicação destas medidas, garantindo assim que as mais-valias sejam reinvestidas de forma a beneficiar plenamente das isenções fiscais disponíveis.

Além disso, a obrigatoriedade de englobamento das mais-valias no rendimento coletável e a aplicação das taxas correspondentes aos diferentes escalões do IRS implicam que uma gestão cuidadosa e informada pode fazer uma diferença substancial no montante final a pagar ao Fisco.

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