‘Seguro do amor’ leva seguradora a perder caso em tribunal na China

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2023

A apólice prometia um pagamento se o casal contraísse matrimónio dentro de um prazo acordado. Os segurados cumpriram o acordo, mas a seguradora recusou-se a pagar.

Liu Xiaoming ofereceu à sua então namorada um ‘seguro do amor’ em 2018. A apólice garantia um pagamento aos segurados que se casassem num período de tempo estabelecido na apólice. Mas, ainda que o jovem casal tenha contraído matrimónio, a seguradora recusara-se a pagar. Em resposta, Xiaoming levou o caso a tribunal e a seguradora teve que pagar aos segurados os cerca de 1.285 euros prometidos, avançou o Insurance Business.

O ‘seguro do amor’ atraiu muitos casais. A seguradora chegou a ter mais de 15 mil pedidos de seguros, com os prémios a irem de, aproximadamente, 13 euros a 64 euros, correspondendo a pagamentos desde 258 euros a 1.285 euros, respetivamente.

O primeiro tribunal que recebeu as queixas de Liu deu razão à seguradora, concordando com os argumentos da empresa que considerava o contrato inválido visto que, o amor, tratando-se de uma relação emocional, não estava dentro das regulações de seguros. Liu recorreu da decisão ao Tribunal Financeiro de Beijing que chegou a conclusões diferentes: o seguro cobria os aspetos financeiros das preparações de casamento, considerações legalmente válidas e a natureza incerta do amor, incluindo a imprevisibilidade de um casamento, alinha com os princípios básicos dos seguros e das seguradoras.

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Hillary Clinton quer reforma em seguros de riscos climáticos

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2023

A antiga secretária de Estado dos EUA considera que a forma como as seguradoras estão a reagir a riscos climáticos deixará pessoas sem proteção sobre as suas habitações e negócios.

Hillary Clinton, antiga secretária de Estado e candidata às presidenciais de 2016 dos EUA, apelou a reformas no setor segurador durante a COP28, este domingo. Alerta que devem ser repensados os aumentos dos prémios de seguros para as alterações climáticas e como algumas seguradoras pararam de vender esses seguros nas regiões mais afetadas por catástrofes climáticas, avançou a agência Reuters.

Hillary Clinton no COP28: “pessoas nos EUA, na Europa, vão acordar e dizer: ‘O que queres dizer, não consigo ter seguro’?”

Temos que repensar a indústria seguradora”, afirmou Clinton durante um painel sobre mulheres e resiliência climática. “As companhias de seguros estão a sair de imensos lugares. Elas não estão a segurar habitações. Elas não estão a segurar negócios”, cita a Reuters.

Como já acontece, por exemplo, em algumas regiões na Califórnia, onde as seguradoras pararam de emitir prémios de seguros de alterações climáticas nas regiões propícias a incêndios florestais e ser atingidas por furacões, escreve a agência de notícias britânica.

Segundo a Reuters, no início deste ano, a antiga secretária de Estado dos EUA, tornou-se embaixadora global da Fundação e Centro de Resiliência Arsht-Rock, que inovou nas formas de “seguro paramétrico” – que paga aos segurados assim que um desastre climático alcança um extremo definido.

No seu discurso, Clinton relembra conversas que travou com trabalhadores indianas que confessaram trabalhar sob “condições quase insuportáveis” – ao ar livre em construção, na agricultura ou em salinas desérticas.

Mas “à medida que o clima muda, aumentam as tempestades e a seca e o calor aumentam, não são só as mulheres pobres e trabalhadoras na índia. São as pessoas em todos os lados que ficar sem apoio, sem seguro para os seus negócios e as suas casas”.

E, se esta tendência continuar e se escalar, Hillary acredita que as “pessoas nos EUA, na Europa, vão acordar e dizer: ‘O que queres dizer, não consigo ter seguro’?”

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BCG diz que Blockchain e metaverso são vantajosas para o setor segurador

Aumento das fontes de rendimento, prevenção de fraude, alcançar público jovem e aperfeiçoamento da avaliação do risco são algumas das vantagens de incorporar novas tecnologias no setor.

A empresa de consultoria americana Boston Consulting Group (BCG) lançou um relatório que assinala as vantagens que a incorporação das tecnologias de blockchain e metaverso podem trazer às seguradoras: começando por alcançar gerações mais jovens e reduzir as fraudes com seguros. Algumas empresas já abriram os braços a inovação, enquanto outras preferem manter os métodos tradicionais de operar.

A consultora concluiu que a maioria das seguradoras está preparada para adotar tecnologias do metaverso (realidade virtual e aumentada) e blockchain. e algumas gostariam de adotar estas tecnologias em todas as áreas de negócio.

É uma pretensão expectável, dadas as previsões de futuras receitas: prevê-se que as receitas relacionadas com a tecnologia de blockchain para o setor segurador passem de 425 milhões de dólares de 2022 para cerca de 37 mil milhões de dólares em 2030.

A BCG aponta 6 oportunidades estratégicas para desbloquear o valor comercial destas tecnologias.

Alargamento do portefólio

Ao integrar tecnologias de blockchain, as seguradoras podem diversificar as fontes de rendimento segurando ativos digitais como non-fungible-tokens (conhecido por NFT´s) e investimentos em criptomoedas, ou informação sensível, como chaves privadas, que autorizam transações de criptomoedas. As seguradoras podem ainda vender ferramentas de avaliação de riscos emergentes a concorrentes.

Os smart-contractsprogramas na blockchain que asseguram que são cumpridas condições pré-determinadas também têm acesso a um registo de todas as transações realizadas no âmbito desse contrato – permitem às seguradoras expandir os seus portefólios. Por um lado, empresas podem criar novos tipos de apólice, acionados e desativados a pedido, por outro, podem ainda utilizar smart contracts para facilitar a criação de seguros de pequeno risco.

As novas tecnologias também carregam novos riscos que as seguradoras podem cobrir, como apólices para ataques cibernéticos e perdas de dados no metaverso.

Aumentar o alcance da marca

As seguradoras, ao incorporarem tecnologias do metaverso, abrem as portas a gerações mais jovens. Apostar no marketing em canais de realidade virtual e aumentada, colocando anúncios em espetáculos, e patrocinar torneios desportivos podem ajudar a alcançar uma camada populacional que, ainda que esteja exposta a riscos, permanece afastada de seguros tradicionais.

Aperfeiçoamento da avaliação do risco e processos de reclamações

Com a blockchain, as seguradoras conseguem ter acesso aos dados relativos ao histórico do objeto segurado, o que permite aperfeiçoar a avaliação de risco e as investigações de reclamações.

As seguradoras que já usam tecnologias de realidade aumentada nos seus processos de reclamação pedem ao cliente que utilize uma aplicação de realidade aumentada, que aponte para o sinistro e um perito de sinistros irá guiar, remotamente, o cliente. Aí serão simulados os efeitos de vários tipos de reparações que podem ser efetuadas para mitigar ou prevenir danos futuros e investigar o sinistro.

Além disso, tecnologia de realidade virtual permite às seguradoras criar um gémeo digital de um acidente e testar os resultados de vários cenários de risco, a fim de melhor avaliar o risco e prever os efeitos de ações preventivas.

Aumento da eficiência, deteção de fraudes e redução de custos

As tecnologias de realidade virtual e aumentada podem auxiliar as investigações de sinistros ao criar simulações de acidentes, podendo verificar a viabilidade da queixa feita. Casos os dados do objeto segurado estiverem na blockchain, a veracidade da queixa pode ser verificada recorrendo ao histórico público que o sistema proporciona e assim detetar fraudes, se estas existirem.

Segundo a consultora, há seguradoras a testarem sistemas automatizados de processamento de sinistros para que seja necessária pouca ou nenhuma intervenção humana.

Ecossistemas de confiança

De acordo com a BCG, a tecnologia blockchain permitirá fortalecer as relações de confiança entre as empresas do setor segurador, como as corretoras, resseguradoras, seguradoras e especialistas, se estas disponibilizarem dados de interesse partilhado, como as métricas de negócio e transações, na blockchain (onde é possível verificar o histórico dos dados e a sua autenticidade).

Formação e qualidade de vida dos trabalhadores

As formações profissionais poderão ser lecionadas em realidade virtual, espaço que beneficia os trabalhadores por poderem participar, simultaneamente, em sessões lecionadas por especialistas de todo o mundo. Outra vantagem para os trabalhadores e seguradoras desta inovação é proporcionar formação especializada aos profissionais da linha da frente através de simulações de interações com clientes.

Ademais, a eficiência na avaliação de sinistros pode ser potenciada com os peritos a avaliar em tempo real as condições de uma dada propriedade sem necessitar de estar lá presencialmente – um investigador pode enviar-lhe os dados e o perito pode avaliar em qualquer lado.

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Da garagem para o mundo. Bhout vai abrir clubes de boxe em Espanha e aponta as luvas ao Brasil e EUA<span class='tag--premium'>premium</span>

Depois da maior ronda seed de sempre em Portugal, de 10 milhões, a Bhout quer levar lá para fora o seu saco de boxe inteligente e abrir, em três anos, mil clubes.

Começaram numa garagem com os primeiros testes do saco de boxe inteligente. Quatro anos depois, o saco criado pela portuguesa Bhout foi considerado uma das invenções do ano pela revista Timee a startup acaba de levantar 10 milhões de euros na maior ronda seedde sempre em Portugal. Capital que vai alimentar a produção dos “primeiros milhares de unidades” dos sacos Bhout e a expansão internacional. Espanha, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA são mercados na mira. Este artigo integra a primeira edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.“Estamos a projetar lançar em 2024 entre cinco e oito clubes. Para além de um amplo plano de internacionalização e de abertura de clubes próprios, neste momento, estamos em fase final de preparação para assinar contratos de franquia e foram

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SJ pergunta a gestor da empresa maioritária no GMG se concorda com despedimentos no JN

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2023

O Sindicato dos Jornalistas apela a Ducasse que "olhe com atenção para as ações da atual administração do GMG e que reequacione este percurso".

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) perguntou ao responsável pela empresa maioritária na Global Media Group (GMG) se concorda com a “estratégia de diminuir e desprezar um produto ímpar” como o Jornal de Noticias, foi hoje anunciado.

Numa carta dirigida a Clément Ducasse, responsável pelo World Opportunity Fund (WOF), que através do investimento na empresa Páginas Civilizadas é acionista maioritário no GMG, o SJ argumenta que “custa entender” a opção da administração da GMG de despedir 150 trabalhadores, 40 no Jornal de Notícias (JN), 30 na TSF e 56 nos serviços partilhados do grupo.

Contextualizando-o, importa referir que o JN é um título que historicamente apresenta resultados positivos, pelo que manifestamos a nossa perplexidade ante esta linha orientadora que visa descapitalizar um produto de sucesso, nomeadamente privando-o de um dos seus maiores ativos: os jornalistas. Também na TSF, que poderá ser irremediavelmente afetada pela estratégia da atual administração”, lê-se na missiva, divulgada na íntegra no “site” do sindicato.

Para o SJ, “é incompreensível que uma administração não só despreze como prejudique ativos claramente viáveis, ainda por cima diferenciados, tanto no GMG como no país“, pelo que questiona Clément Ducasse sobre se “está ao corrente e tem acompanhado os atos” da atual gestão da GMG e se “dá o seu aval a esta estratégia de diminuir e desprezar um produto ímpar, com um capital humano único”.

Na missiva, o SJ, que realça a “fortuna e fama nos negócios da alta finança” de Ducasse, questiona ainda o francês que lidera a WOF se a sua “experiencia e sabedoria” se coadunam com “perspetiva básica, que se limita a cortar no capital humano e não permite gerar riqueza“.

Por fim, o Sindicato dos Jornalistas apela a Ducasse que “olhe com atenção para as ações da atual administração do GMG e que reequacione este percurso” que, alerta, “poderá pôr em causa todo o grupo, ao descapitalizar um ativo com a força do Jornal de Notícias e silenciar uma rádio com o prestígio e qualidade da TSF”.

Na quinta-feira, em plenário, os trabalhadores do Jornal de Notícias decidiram manter o pré-aviso de greve para 6 e 7 de dezembro, para contestar o despedimento coletivo de 150 pessoas no grupo Global Media, que estará a ser preparado pela administração.

A redação do JN também criou uma petição intitulada “Somos JN – Em defesa do Jornal de Notícias, do jornalismo e das pessoas”, com o objetivo de alertar para as consequências do despedimento coletivo que às 16:30 de hoje conta com 4.554 assinaturas.

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Europ Assistance divulga seguro contra ataques cibernéticos

  • ECO Seguros
  • 3 Dezembro 2023

O seguro - Cyber Protection - preenche as lacunas de segurança dos antivírus tradicionais, incluindo serviços de encriptação de dados e verificação dos dados pessoais dos utilizados na Dark Web.

A Europ Assistance, parte do grupo Generali ,divulgou o seu produto de proteção contra ataques cibernéticos – Cyber Protection -, que visa proteger os dados pessoais e identidades dos clientes.

João Horta e Costa, Chief Commercial Officer da Europ Assistance Portugal considera que o serviço Cyber Protection “é uma solução que, face às novas ameaças que enfrentamos, tem as características necessárias para responder com eficácia, tanto do ponto de vista tecnológico, como do ponto de vista da prestação de serviços de informação e aconselhamento”.

De acordo com um estudo citado pela seguradora, F-Secure 2022, 43% dos inquiridos afirmaram ter recebido mensagens de phishing ou smishing e 6% sofreram perdas monetárias superiores a 1.000 euros devido a ciberataques. O estudo revela ainda que 75% dos consumidores estão preocupados com a sua segurança online, mas 66% consideram estas matérias muito complexas, acabando por vezes a negligenciar a sua proteção online.

Para responder a estas preocupações dos consumidores, o Cyber Protection disponibiliza um software que suprime as lacunas dos antivírus tradicionais, incluindo no serviço um phishblock, encriptação de dados e navegação segura; um portal de monitorização continua com sistemas de aleta, notificações do nível de risco em caso de deteção de atividade suspeita e também relatórios mensais sobre o estado de risco de cibercrime.

O produto permite ainda verificar se dados pessoais, como o e-mail, Cartão de Cidadão, NIF, contas e cartões bancários, em sites públicos e na Dark Web foram divulgados. Inclui também uma aplicação que protege os dados pessoais contra keylogging e ataques de phishing e “possui um navegador seguro e uma proteção de teclado para que seja possível navegar em segurança a partir de um dispositivo móvel”, escreve a empresa.

Se o cliente for alvo de ciberataque, a seguradora disponibiliza um serviço de assistência permanentemente disponível para apoiar na recuperação dos dados e resolução do problema. O serviço disponibiliza ainda material educativo para os utilizadores se poderem informar dos riscos a que estão expostos.

João Horta e Costa, Chief Commercial Officer da Europ Assistance Portugal considera que “esta é uma solução que, face às novas ameaças que enfrentamos, tem as características necessárias para responder com eficácia, tanto do ponto de vista tecnológico, como do ponto de vista da prestação de serviços de informação e aconselhamento. Este é mais um exemplo claro do compromisso da Europ Assistance na antecipação de tendências, reforçando o nosso papel na vanguarda da inovação e segurança digital”.

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EDP repudia “atos de vandalismo” do grupo Climáximo no MAAT

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2023

A EDP, proprietária do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), repudiou a ação de ativistas ambientais da Climáximo, que despejaram tinta no edifício como forma de protesto contra a empresa.

A EDP, proprietária do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), repudiou este domingo a ação do movimento de ativistas ambientais Climáximo, que hoje despejou tinta no edifício como forma de protesto contra a empresa. “Partilhando das preocupações relativas aos desafios climáticos, a EDP repudia, porém, quaisquer atos de vandalismo”, refere a instituição, em comunicado.

Para a empresa, “o debate sobre a ação climática deve ser conduzido de forma construtiva, com a participação de todos — empresas, governos, cidadãos e associações — procurando-se sempre as melhores soluções para um planeta mais sustentável”.

E nesse sentido, alega a EDP, a empresa “integra este esforço coletivo”, tendo começado “há várias décadas uma transição para fontes limpas de energia”, que representam atualmente 80% da sua energia a partir de tecnologias renováveis. “A empresa está a investir 25 mil milhões de euros na transição energética até 2026, fechou em 2021 a sua central a carvão em Portugal e recentemente anunciou a transformação das restantes (em Espanha e no Brasil) com o objetivo de encerrar o uso de carvão até 2025”, recorda a EDP.

Os ativistas do grupo Climáximo pintaram a fachada MAAT, em protesto contra a atividade da EDP na crise climática e o uso da sua fundação para “lavar a imagem”. Segundo um comunicado do grupo ativista radical, duas pessoas terão sido detidas após escreverem na fachada e cobrirem de tinta vermelha a escadaria do MAAT.

Contactado pela Lusa, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP adiantou que a situação ainda está a ser analisada e que os jovens terão sido apenas identificados, aguardando se haverá queixa para formalizar as detenções.

Em comunicado, o grupo Climáximo acusa a EDP de ser um dos maiores importadores de combustíveis fósseis para produzir energia em Portugal e considera a elétrica “diretamente culpada pelas mortes e destruição que advêm da crise climática”, condenando a população a “catástrofes a curto e longo prazo”.

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Lula da Silva diz que Mercosul e UE podem acabar sem acordo

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2023

O presidente do Brasil afirmou que a França é um país protecionista que quer que os "milhões" de pequenos produtores que tem possam vender os seus produtos e, por isso, "criou um obstáculo" ao acordo.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, admitiu este domingo que as negociações para um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) podem fracassar e, caso isso aconteça, não será por falta de vontade dos países sul-americanos.

“Se não houver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade”, disse Lula da Silva, numa conferência de imprensa no Dubai, antes de embarcar para Berlim, onde iniciará uma visita oficial.

“A única coisa que tem que ficar clara é que eles devem parar de dizer que a culpa é do Brasil e da América do Sul”, disse.

Segundo o Presidente brasileiro, os responsáveis pelo fracasso do acordo são os países ricos que não querem fazer concessões e querem sempre ganhar mais.

O governante referia-se à França, já que o presidente Emmanuel Macron disse, numa conferência de imprensa no sábado no âmbito da cimeira do clima (COP28), ser contra o acordo, declarações com as quais praticamente fechou as possibilidades de haver luz verde sobre o assunto.

Lula da Silva reiterou à imprensa que a França é um país protecionista que quer que os “milhões” de pequenos produtores que tem possam vender os seus produtos e, por isso, “criou um obstáculo” ao acordo.

E nós não somos mais colonizados. Somos independentes. E queremos ser tratados com o respeito dos países independentes que têm coisas para vender”, afirmou.

Nesse sentido, o Presidente brasileiro referiu que os produtos dos países do Mercosul também têm um preço e o que se busca é “um certo equilíbrio”.

“Se não houver acordo, pelo menos ficará claro quem foi o culpado pela falta de acordo”, frisou.

Após duas décadas de conversações, em 2019, a UE e o Mercosul chegaram a um acordo político geral para selar o pacto, deixando pendente a resolução de alguns aspetos técnicos.

No entanto, essa discussão foi complicada pelo surgimento de novas exigências de ambos os lados da mesa, em particular as relacionadas com as questões ambientais da União Europeia.

O Mercosul vai realizar a sua cimeira bianual a 6 e 7 de dezembro, no Rio de Janeiro, e esperava anunciar nessa altura a conclusão positiva das negociações com a UE.

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Quem é e como se financia a associação de consumidores que visa empresas com “ações populares”?

Os rostos e os planos financeiros da Citizens’ Voice, a associação de defesa dos consumidores que já entregou 120 ações coletivas contra várias empresas e que o Pingo Doce tenta travar nos tribunais.

Fundada em 2021, a Citizens’ Voice, associação de defesa dos consumidores, já entregou 120 ações coletivas nos tribunais contra empresas como a Ryanair, Pingo Doce, Vodafone, Fnac, ActivoBank, Portugal Telecom, Luz Saúde, Galp ou BP. Mas, afinal, que organização é esta que está a avançar com vários processos nos tribunais portugueses e que, como o ECO noticiou, levou o Pingo Doce a avançar com uma providência cautelar — obrigou a retirar da Internet publicações em que imputa ao Pingo Doce “crimes pelos quais não tenha sido condenado” — e a avisar que “outras se seguirão”?

Sem fins lucrativos, a Citizens’ Voice surgiu com o propósito de defender os direitos dos consumidores da União Europeia. A associação é presidida por Octávio Viana, que conta com mais de 20 anos de experiência também nos setores da banca, análise financeira, mercado de capitais e coachinge que lidera há quase duas décadas a associação de defesa dos investidores (ATM).

Octávio Viana tem no currículo os cargos de consultor financeiro do BCP, consultor sénior do conselho de administração do Dif Broker, fez parte do comité permanente de Finanças Corporativas (CWG) da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) e especialista no Financial Services User Group (FSUG). Tem ainda vários artigos publicados sobre mercado de capitais e é o autor do livro “Estudos no Mercado de Capitais”, publicado em 2009.

Numa assembleia geral realizada a 6 de novembro, a Citizens’ Voice, que diz contar atualmente com 18 colaboradores (que são também associados) e mais de 1.500 associados portugueses, mexeu nos órgãos sociais e anunciou “planos de expandir a sua influência na União Europeia, com intenções de liderar conferências internacionais em cidades como Madrid, Barcelona, Roma, Milão e Bruxelas”.

Além de Octávio Viana, na direção desta organização está agora como vice-presidente Sandra Cristina de Faria Ramos (professora universitária de Matemática), que renunciou ao cargo de vogal do conselho fiscal, enquanto Federica Sandri, que é apresentada como “CEO de uma empresa Italiana”, ocupa o cargo de secretária-geral.

Octávio Viana, presidente da Citizens’ Voice

Já a assembleia geral é presidida por Joaquim José Marques Cardoso (juiz desembargador jubilado) e os secretários Rui Madureira Ferrás (advogado) e Cláudia Brito Alves Gil (técnica de contabilidade) O conselho fiscal tem como presidente Rui Alexandre dos Santos Sá Carrilho (revisor oficial de contas) e como vogais Ana Cristina Teixeira Meireles (empresaria da hotelaria) e Paulo Alexandre Marques Pinto (reformado, fundador da ATM e atualmente dedicado à hotelaria, à agricultura e à Alti Wine Exchange, que fundou), que renunciou à vice-presidência e assumiu como vogal do conselho fiscal.

Octávio Viana indica ao ECO que a entidade sediada em Vila Nova de Gaia funciona como “satélite” da associação de defesa dos investidores ATM, fundada em 1998, e que existem duas atividades associativas que requerem fundos. “O funcionamento da associação, que é financiado pelos seus membros, e as ações populares que já requerem um maior investimento — em que é preciso pagar os honorários dos advogados, as taxas de justiça ou as traduções de documentos, ou seja, serviços externos que são necessários pagar”, detalha.

Questionado sobre a forma como essa atividade é financiada, Octávio Viana responde que isso é feito “através de doações ou empréstimos dos membros da associação e de associados; ou por via de financiamento contencioso por terceiros — e existem empresas especializadas que só fazem isso”. “Financiam litígios em várias jurisdições e temos estado a negociar com essas empresas, embora ainda não tenhamos nenhuma ação financiada nestes termos. Andamos a negociar com várias empresas”, acrescenta.

O responsável frisa que essas empresas especializadas em financiar este tipo de ações “demoram muito tempo a decidir, entre seis meses a um ano“. Octávio Viana considera que é “muito tempo”, tendo em conta que precisam desse dinheiro logo que as ações dão entrada nos tribunais. E “existem muitos não querem financiar esse tipo de ações porque pode demorar muito tempo até os processos chegarem ao fim, até uma decisão judicial seja ela qual for”.

Não fazemos isto pelo retorno financeiro, até porque não temos nenhum. Todos nós temos despesas com isto.

Octávio Viana

Presidente da direção da Citizens’ Voice

“Não fazemos isto pelo retorno financeiro, até porque não temos nenhum. Todos nós temos despesas com isto. O que nos motiva é que todos somos consumidores e já nos vimos em situações em que dizemos ‘isto não pode ser assim e alguém tem que fazer alguma coisa’. Em vez de esperar que seja alguém a fazer alguma coisa pelos consumidores, vamos ser nós a fazê-lo“, resume o presidente da Citizens’ Voice, notando que intervêm quando “o public enforcement, as autoridades como a ASAE, por exemplo, não conseguem [resultados] porque estão limitadas ou isso não é suficiente”.

A sentença relativa à providência cautelar do Pingo Doce, assinada a 7 de novembro pela juíza Ana Cristina Guedes da Costa, menciona que são “[desconhecidas] as fontes de financiamento” da Citizens’ Voice e, citando as palavras da própria contabilista na assembleia geral realizada a 9 de junho deste ano, “no ano de 2022 não tinha existido movimentos contabilísticos para além do saldo inicial para a abertura da conta no banco em Bruxelas, na Bélgica”.

Assinala ainda o mesmo documento judicial, consultado pelo ECO, que “até junho de 2023, nenhuma assembleia geral teve lugar para aprovação de contas ou plano de atividades” e que a requerida nesse processo “é uma associação sem receitas e sem ativo, para além de créditos litigiosos emergentes da instauração das ações populares em Tribunal“. Refere ainda que a Citizens’ Voice “pretende exercer a sua atividade mediante o recurso a contratos de financiamento dos custos das ações por terceiros alheios aos litígios” e que tem “interesses económicos na multiplicação de ações judiciais” contra a empresa retalhista do grupo Jerónimo Martins.

Fundo de investimento vai financiar ações populares

Na última assembleia geral, Paulo Pinto, que é agora vogal do conselho fiscal, apresentou a Justice4All, uma nova iniciativa focada no suporte financeiro de ações coletivas em defesa dos consumidores. E explicou a importância do Third Party Litigation Funding para o avanço de “litígios importantes que frequentemente não se desenvolvem devido a limitações de recursos”. Ou, como resumiu ao ECO o responsável máximo, “para que os processos possam ser decididos pelos seus méritos e não por quem tem os ‘bolsos mais fundos'”.

Concebida com um capital social “modesto” de 6.000 euros e com “robustez financeira assegurada por financiamento externo e suprimentos dos sócios”, como se lê na ata da reunião magna, a Justice4All irá “evoluir para um fundo de investimento fechado e, mais tarde, um fundo de investimento aberto”. Permitindo, assim, “a qualquer um, incluindo os consumidores, pequenos investidores, fazerem parte desta revolução e investir em fundos que financiam ações populares na defesa dos consumidores em toda a União Europeia”.

“Estamos aqui para garantir que entidades como a Citizens’ Voice possam empunhar a bandeira da justiça sem que a falta de recursos seja um obstáculo. Lutar em várias ações ao mesmo tempo e assegurar que os interesses dos consumidores sejam sempre a prioridade máxima sem que pressões externas desviem nosso curso. Esta é a essência da nossa missão”, resumiu Paulo Pinto, na assembleia geral.

A Justice4All aspira tornar-se uma referência no mercado, evoluir para um fundo de investimento fechado e, mais tarde, um fundo de investimento aberto. Este último passo permitirá a qualquer um, incluindo os consumidores, pequenos investidores, fazerem parte desta revolução e investir em fundos que financiam ações populares na defesa dos consumidores em toda a União Europeia.

Paulo Alexandre Marques Pinto

Vogal do conselho fiscal da Citizens’ Voice

Nesta última reunião magna foi ainda anunciado o plano de lançar uma campanha de angariação de fundos e uma ação de sensibilização sobre resultados de ações judiciais contra o Pingo Doce, “com o intuito de educar os consumidores sobre os seus direitos e fortalecer a imagem da Citizens’ Voice como defensora dos consumidores”. De acordo com a súmula desse encontro, Viana falou em aumentar o número de juristas a trabalhar na retaguarda para apoiar as ações judiciais da associação e sobre modelos de inteligência artificial que estarão já a ser utilizados na elaboração de algumas peças processuais.

A associação de consumidores que já entregou um total de 120 ações populares. Em declarações ao ECO, Octávio Viana volta a sublinhar que “os custos das ações têm sido suportados pelos membros ou por pessoas que simpatizam com a associação”. O retorno é “zero”, insiste o presidente da Citizens’ Voice. “É como alguém fazer um donativo para os bombeiros voluntários da vila”, ilustra.

A ação popular mais emblemática da Citizens’ Voice envolveu a Vodafone Portugal, com um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, com data de 2 de fevereiro de 2022, a obrigar a operadora de telecomunicações a restituir aos clientes os pagamentos que lhes tenham sido cobrados na sequência da ativação automática de serviços adicionais não solicitados.

Já este ano, e depois de a ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ter decidido instaurar processos-crime contra gasolineiras por cobrarem impostos a mais, sete comercializadores de várias zonas do país foram levados a tribunal por alegados crimes de especulação. Os processos – a decorrer em tribunais cíveis – incluem bombas com insígnias da Prio, Intermarché, Galp, Alves Bandeira e BP, e envolvem situações em que os contadores não começaram no zero, em que o valor do ISP foi adulterado e ainda publicidade enganosa.

Em “guerra aberta” com o Pingo Doce

No caso da cadeia retalhista do grupo Jerónimo Martins, a Citizens’ Voice já entregou 61 ações populares e diz ter mais 22 em preparação. O Pingo Doce acabou por avançar com uma providência cautelar para travar “atentados ao seu bom nome e reputação” e “pôr termo à acusação que esta associação faz em permanência no seu site, da prática pela empresa de crimes contra os [seus] clientes e consumidores”.

Na sequência da decisão relativa à providência cautelar, a Citizens’ Voice e o presidente desta associação de defesa dos consumidores, Octávio Viana, foram proibidos pelo Juízo Central Cível de Vila Nova de Gaia de manter as publicações na página oficial na Internet e nas redes sociais nas quais imputam ao Pingo Doce a “prática de quaisquer crimes, designadamente de especulação de preços e de publicidade enganosa, pelos quais não tenha sido condenada”.

No entanto, a decisão relativa à providência cautelar que tinha sido interposta pela retalhista, a que o ECO teve acesso, não os impede – como pedia a empresa da Jerónimo Martins – de divulgar publicamente as ações populares com que tem avançado e que se encontrem pendentes de decisão, assim como aquelas que estejam em preparação. Nem os condena a retirar as referências que têm feito à disparidade entre os preços anunciados nas prateleiras e os efetivamente cobrados nas caixas em perto de uma centena de produtos, sobretudo alimentares.

Octávio Viana e esta associação foram condenados a pagar mil euros “por cada dia de atraso no cumprimento” desta determinação, “a título de sanção pecuniária compulsória”. Cinco vezes abaixo do valor que tinha sido requerido pelo Pingo Doce. Entretanto, a Citizens’ Voice já retirou da lista de ações publicitadas no site e nas redes sociais todas as menções à palavra “crime”.

Através de fonte oficial, o Pingo Doce mostra “satisfação” pelo facto de a associação e do seu presidente terem sido “intimados judicialmente para cessarem de imediato a imputação nos seus sites e nas redes sociais da prática por Pingo Doce dos crimes de especulação e de publicidade enganosa”. Mas garante ao ECO que não fica por aqui: “Trata-se de uma primeira medida contra a Citizens’ Voice [e] outras se seguirão, tendo em vista impedir a instrumentalização da justiça, através da ação popular, para satisfação de interesses económicos egoísticos e absolutamente obscuros”.

Trata-se de uma primeira medida contra a Citizens’ Voice [e] outras se seguirão, tendo em vista impedir a instrumentalização da justiça, através da ação popular, para satisfação de interesses económicos egoísticos e absolutamente obscuros.

Fonte oficial do Pingo Doce

Quando deu entrada a providência cautelar, Octávio Viana queixou-se ao ECO de uma “tentativa de silenciamento” e referiu mesmo que “se algum dia uma providência deste género fosse concedida, seria o fim da democracia e da liberdade de expressão – cujo recurso teria de ser o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos”. Conhecida a decisão, a associação destaca que o tribunal “reconheceu a importância fundamental da liberdade de expressão e informação como pilar de uma sociedade democrática e condição essencial para o seu progresso e desenvolvimento”.

“Das várias ações que temos, incluindo a da Vodafone que foi extremamente publicitada — o Pingo Doce foi, até hoje, o único a avançar com um procedimento cautelar para impedir que se informe os consumidores de que existem ações populares“, lamenta Octávio Viana. Argumenta que “as pessoas têm de ser informadas de que existe uma ação popular” e que o que a cadeia de supermercados pretende é que “não seja dado conhecimento da existência dessas ações”.

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É um exit. Portuguesa Pulsar Finance comprada pela Terraform Labs

Com esta operação Miguel Loures, fundador da Pulsar Finance, passa a assumir o cargo de chefe de produto da Terraform Labs. O valor e os termos do acordo não foram revelados.

A Pulsar Finance, startup portuguesa responsável por desenvolver a plataforma de gestão de cripto ativos e fornecedora de dados, acaba de anunciar o seu exit, após a sua aquisição pela Terraform Labs (TFL), que atua no setor de blockchain. O valor e os termos do acordo não foram revelados.

“Estamos super entusiasmados por nos juntarmos à TFL e fazermos parte desta equipa”, diz Miguel Loures, cofundador da Pulsar Finance, citado em comunicado. “Desde que entrámos na indústria de blockchain, a nossa visão tem sido facilitar o acesso e compreensão ao mundo Web3 a qualquer utilizador, e tudo o que construímos até agora teve isso em mente, desde o nosso portfólio de gestão de cripto ativos à nossa ferramenta de fornecimento de dados. É emocionante ver que os nossos produtos e valores se alinham tão bem com os da Terraform Labs, e mal posso esperar para ver o impacto positivo que isto trará ao ecossistema.”

“Esta aquisição amplia a oferta Terraform Labs e a capacidade de o nosso ecossistema trazer rapidamente ao mercado as melhores aplicações financeiras”, explica Chris Amani “A integração da Pulsar enriquece a nossa tecnologia e adiciona uma equipa incrivelmente talentosa liderada por três empreendedores inovadores com um histórico comprovado de sucesso na construção e lançamento de aplicações de sucesso”, acrescenta o CEO do Terraform Labs, citado em comunicado.

Com esta operação Miguel Loures passa a assumir o cargo de chefe de produto da Terraform Labs. “O principal produto do portefólio da Pulsar será integrado diretamente no Station, a carteira cross-chain da Terraform Labs, permitindo aos utilizadores votar, gerir o portefólio e aceder a todas as aplicações financeiras a partir de um só local conveniente”, pode ler-se em comunicado. Já a Pulsar Data vai fundir-se com a Foundation, oferta de infraestrutura da Terraform Labs a todos os programadores.

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Morningstar classifica Fidelidade como a quarta seguradora mais sustentável do mundo

Por critérios ESG, a Morningstar Sustainalytics classificou a Fidelidade como a segunda melhor seguradora na Europa, a quarta melhor do mundo e a segunda de Portugal, depois da Corticeira Amorim.

A Fidelidade é a segunda melhor seguradora da Europa e a quarta melhor do mundo em termos de sustentabilidade, considera o estudo especializado da consultora Morningstar Sustainalytics que a classificou em 4º lugar entre 304 seguradoras mundiais avaliadas através do seu ESG Risk Rating.

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, na COP28: “O escrutínio aprofundado em áreas ESG é fundamental para assegurar que cada decisão esteja alinhada com os princípios da sustentabilidade”.

A Fidelidade é ainda a segunda empresa portuguesa mais sustentável, considerando todos os setores de atividade económica, ocupando a posição 591 entre as 15.719 empresas analisadas pela Morningstar. A Corticeira Amorim foi classificada na posição 504, sendo a portuguesa melhor classificada.

A classificação da Moningstar é estabelecida por múltiplos critérios que avaliam a exposição ao risco ESG do setor de atividade e da empresa em si, bem como a capacidade de gestão para lidar com essa exposição, estabelecendo um rating entre 0 (melhor) e 40. A Fidelidade foi valorada em 11,7.

Melhor que a Fidelidade, no mundo das seguradoras, só ficaram a AFC – African Risk Capacity Insurance – uma companhia subsidiária da União Africana destinada a ajudar governos africanos e enfrentar desastres naturais- , a seguradora neerlandesa a.r.c., participada da Aegon, e a Fubon Financial Holding, grupo financeiro e segurador de Taiwan.

Entre as seguradoras mundiais com ação mais relevante em Portugal, a Allianz é a 10ª, MunichRe a 18ª, seguindo-se AON (19ª), Aegon (20º), SwissRe (23º), MetLife (26ª), Generali (31ª), Zurich (40ª) Cardif (43ª), WTW (54ª) e Mapfre em 67ª posição. Todas foram consideradas na categoria de baixo risco ESG.

Os passos que a Fidelidade está a dar em ESG

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, que está no Dubai a participar na 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), considerou esta classificação importante: “Sermos avaliados por uma empresa externa e com comprovada experiência no mercado de avaliação de riscos ESG é de extrema importância pois permite-nos medir o nosso desempenho e compromisso com o desenvolvimento sustentável”, acrescentando que “o compromisso com metas ambiciosas, investimentos responsáveis, produtos inovadores e colaboração global são os pilares que definem a nossa jornada para um amanhã mais verde e resiliente”, afirmou.

Para a Fidelidade esta classificação resulta de uma aplicação objetiva de metas concretas, e da prática de João Mestre, que assumiu há 2 anos a direção de sustentabilidade da Fidelidade, com a missão de acelerar o espírito ESG em todas as geografias em que o grupo está presente. Fonte do grupo refere que “apesar de sermos uma empresa do setor financeiro e com emissões resultantes das nossas operações bastante baixas, ainda assim decidimos definir como compromisso a redução de carbono em toda a cadeia de valor – operações, seguros e investimentos”.

O CEO já havia referido que a Fidelidade tinha traçado como objetivo ser Net Zero em Operações no ano 2040 e em Seguros e Investimentos no ano 2050. “Assumimos metas transparentes de curto e médio prazo para a redução da intensidade das emissões: nas operações até 2025 pretendemos atingir uma redução na ordem dos 50% por trabalhador face a 2019; nos investimentos e seguros, até 2030 e face a 2022, ambicionamos reduzir em 40% as emissões dos nossos ativos sob gestão; no património imobiliário propomo-nos reduzir as emissões em 45% por m2; nos seguros vamos reduzir em 30% as emissões sob valor dos prémios de seguros emitidos, evidenciando desta forma a dedicação em contribuir de forma real para um futuro mais sustentável”, disse Rogério Campos Henriques.

Esta estratégia obrigou a revisões nas políticas de subscrição e investimento, confessa o CEO, “o escrutínio aprofundado nessas áreas é fundamental para assegurar que cada decisão esteja alinhada com os princípios da sustentabilidade”, conclui.

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“OE 24 tinha um dono e transformou-se num baldio de terra de ninguém”

  • ECO
  • 3 Dezembro 2023

Nazaré da Costa Cabral, Presidente do Conselho das Finanças Públicas, apela aos partido políticos a máxima responsabilidade política ao nível das propostas que apresentam.

A Presidente do Conselho das Finanças Públicas fez um apelo à responsabilidade política dos partidos em relação às propostas a apresentar durante a campanha eleitoral. Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, sem querer particularizar, Nazaré da Costa Cabral pede aos partidos “a máxima responsabilidade política ao nível das propostas que apresentam” porque, lembra, as medidas têm impactos e é preciso estimar esses impactos sobre a dívida pública.

Presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Nazaré Costa Cabral, não está “totalmente tranquila” para dizer que o controlo da inflação está assegurado.CARLOS M. ALMEIDA/LUSA

Nazaré Cabral afirmou que para lá das opções políticas, continuam a existir restrições orçamentais sendo a mais importante a dívida pública e o seu peso no PIB que continua a ser muito elevado, “reduzir a dívida pública deve ser um desígnio nacional”, disse.

Nazaré Costa Cabral admite que o Presidente da República ao permitir a aprovação do Orçamento do Estado antes de aceitar a demissão do primeiro-ministro terá ponderado a avaliação económica e financeira, os aspetos legais e a economia processual, uma vez que o orçamento já tinha sido aprovado na generalidade. Ainda assim, Nazaré da Costa Cabral confessa alguma estranheza pela situação porque o Orçamento do Estado tinha um dono e transformou-se num baldio de terra de ninguém.

Relativamente à descida da inflação, adianta que ainda não está “totalmente tranquila para dizer que o controlo da inflação está assegurado”, mas por outro lado lembra que face à quebra que se verifica em economias como a alemã e a francesa e ao aumento do desemprego, que também se regista em Portugal, também é possível vir a evoluir para uma situação deflacionista.

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