Gouveia e Melo lidera corrida a Belém. Vitorino melhor que Seguro

  • ECO
  • 13 Março 2025

Marques Mendes está em segundo lugar, tendo reduzido a distância face a Gouveia e Melo, numa possível segunda volta. António Vitorino (20,7%) teria um melhor resultado que António José Seguro (14,1%).

Gouveia e Melo continua a ser o favorito a vencer as eleições presidenciais de janeiro de 2026, de acordo com uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF e a TVI/CNN. Apesar de baixado ligeiramente face aos valores de janeiro, surge destacado na liderança das intenções de voto para uma eventual segunda volta.

O almirante na reserva ficaria em primeiro (35,9%), com mais dez pontos do que Luís Marques Mendes (25,5%), se o candidato socialista fosse António José Seguro (14,1%). Mas a vantagem de Gouveia e Melo (32,2%) sobre o social-democrata (24,8%) ficaria reduzida a sete pontos se o PS optasse por António Vitorino (20,7%). O militar também vence todos os adversários em eventuais cenários de segunda volta, com uma vantagem que supera a margem de erro (mais ou menos 5%).

De acordo com a sondagem Luís Marques Mendes, que já apresentou formalmente a sua candidatura, surge em segundo lugar, tendo reduzido a distância face a Gouveia e Melo, numa possível segunda volta, relativamente à última sondagem. André Ventura aparece em quarto lugar, com cerca de 12% das intenções de voto, seguido de Mariana Leitão (cerca de 2%) e Jerónimo de Sousa (cerca de 1,8%), embora o antigo líder comunista não tenha uma candidatura formalmente apresentada.

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Hoje nas notícias: AIMA, presidenciais e concessionárias de autoestradas

  • ECO
  • 13 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A proposta do Governo aos patrões prevê que a AIMA possa suspender vistos rápidos por sobrecarga nos serviços. E, de acordo com uma sondagem da Pitagórica, Gouveia e Melo continua a ser o favorito a vencer as eleições presidenciais de janeiro de 2026. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Via verde para imigrantes arrisca ser suspensa por sobrecarga da AIMA

A proposta que o Governo enviou às confederações patronais no fim de fevereiro prevê que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) possa suspender a chamada via verde destinada a agilizar a contratação de trabalhadores imigrantes, tanto por motivos de sobrecarga nos serviços como por razões de segurança. Além disso, é proposto que o regime de vistos rápidos não se aplique somente aos setores com necessidades mais prementes de mão-de-obra e que, além das confederações, tenham acesso empresas a título individual, desde que cumpram determinados requisitos.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Portugal expulsou 1.079 estrangeiros condenados em dez anos

Entre 2015 e 2024, foram expulsos de Portugal 1.079 cidadãos estrangeiros depois de terem cumprido penas de prisão, numa média anual de 108 reclusos, segundo dados da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). Só no ano passado foram expulsos 93 estrangeiros, mais 22 do que em 2023, mas não é possível saber se estas pessoas eram imigrantes e residentes em Portugal, ou se apenas tinham utilizado o território nacional para cometer crimes. Tráfico de droga, roubos e furtos constituem a maior parte dos crimes em causa.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Sondagem presidenciais: Gouveia e Melo na frente, Vitorino melhor que Seguro

De acordo com uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF e a TVI/CNN, Gouveia e Melo continua a ser o favorito a vencer as eleições presidenciais de janeiro de 2026. O almirante ficaria em primeiro (35,9%), com mais dez pontos do que Luís Marques Mendes (25,5%), se o candidato socialista fosse António José Seguro (14,1%). Mas a vantagem de Gouveia e Melo (32,2%) sobre o social-democrata (24,8%) ficaria reduzida a sete pontos se o PS optasse por António Vitorino (20,7%). O militar também vence todos os adversários em eventuais cenários de segunda volta, com uma vantagem que supera a margem de erro (mais ou menos 5%).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Concessionárias de autoestradas exigem 210 milhões ao Estado pela pandemia

Três concessionárias de autoestradas, designadamente a Autoestradas do Douro Litoral, a do Atlântico e a Scutvias, avançaram para tribunal arbitral por causa dos alegados impactos negativos associados à pandemia, reclamando, no total, 210 milhões de euros de compensações ao Estado. Este valor, se somado a uma outra ação referida pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos que foi interposta com vista ao pagamento das chamadas “compensações contingentes”, eleva a mais de 440 milhões as compensações que pedem que o Estado seja condenado a pagar.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Nuno Melo afasta compra de F-35 aos EUA por causa de Trump

O ministro da Defesa Nacional afasta a compra de aviões F-35, de fabrico norte-americano, para substituir os F-16. Em causa está a alteração da política externa dos Estados Unidos desde a eleição de Donald Trump. “O mundo já mudou. Houve eleições nos EUA, houve uma posição em relação à NATO e ao mundo, afirmada pelo secretário da Defesa e pelo próprio Presidente dos EUA, que tem de ser tida em conta também na Europa e no que tem a ver com Portugal”, afirma Nuno Melo, em entrevista, notando que os EUA, “que ao longo de décadas foi sempre [um aliado] previsível, poderá trazer limitações (…) em tudo aquilo que tem a ver com a garantia de que as aeronaves serão operacionais e serão utilizadas em todo o tipo de cenários”.

Leia a entrevista completa na Rádio Renascença (acesso livre)

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Cofares entrega os prémios “Outstanding Tutor” e “Erasmus Excelente” na Faculdade de Farmácia da Universidade de Castilla La-Mancha

  • Servimedia
  • 13 Março 2025

O evento reuniu representantes da farmácia comunitária em La Mancha, bem como estudantes, académicos e parceiros da cooperativa na região.

A Cofares, juntamente com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Castilla-La Mancha (UCLM), realizou uma edição dupla dos prémios “Outstanding Tutor” e “Erasmus Excelente” na sua sede em Madrid. Estes prémios reconhecem o trabalho dos farmacêuticos na formação de novos profissionais e a excelência académica dos estudantes.

A cerimónia, presidida por Eduardo Pastor, presidente da Cofares, contou com a presença do reitor da UCLM, do decano de Farmácia e do presidente do Conselho de Associações Farmacêuticas de Castilla-La Mancha. Estiveram também presentes representantes das associações de Albacete, Cuenca e Toledo.

Nesta dupla edição dos prémios, o prémio “Tutor de destaque” foi atribuído a Ricardo Serra López-Matencio e Pablo Silvestre Molina, em reconhecimento do seu excelente trabalho como tutores de estágio. Por seu lado, os estudantes distinguidos com o prémio “Erasmus Excelente” foram Jaime Rubio Sanz e Laura Ventosa Puig, pelo seu desempenho académico.

“O nosso objetivo com estes prémios é destacar e agradecer publicamente o importante trabalho de orientação e acompanhamento dos tutores, que transmitem às novas gerações não só conhecimentos, mas também os princípios éticos e os valores da nossa profissão”, afirmou Eduardo Pastor. Antes da cerimónia, os participantes visitaram a Farmavenix, o operador logístico de Cofares, e a sua plataforma analítica Torre de Control.

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Crise agrícola põe em evidência a falta de produção de fertilizantes na Europa

  • Servimedia
  • 13 Março 2025

Os direitos aduaneiros dos Estados Unidos, a dependência da Rússia e a suspensão temporária de projetos europeus estratégicos, como Mina Muga, agravam a dependência externa.

As principais organizações agrícolas continuam a erguer a voz contra as novas tarifas propostas pela UE. Há algumas semanas, a ASAJA alertou para o facto de estas medidas poderem conduzir a um aumento adicional dos custos de produção e instou Bruxelas a reconsiderar estas políticas. Esta semana, foi a vez da União de Agricultores e Criadores de gado de Navarra, que manifestou a sua preocupação com as políticas comerciais europeias. Num comunicado oficial, a UAGN denuncia o facto de a regulamentação interna da UE impor um encargo ainda maior ao setor do que as tarifas externas, afetando negativamente a competitividade dos produtores europeus.

“Realizar estudos é bom, mas o que a administração deve fazer é procurar outros mercados, orçamentar a promoção, desregulamentar muitas ações… gerir e resolver. Mãos à obra”, afirma o sindicato agrícola. “Um exemplo muito claro: para cultivar há um mineral fundamental, o potássio; e há uma mina entre Navarra e Aragão onde é extraído, que está atualmente paralisada devido à burocracia. Não pode ser, precisamos de potássio para produzir, temos de continuar a importá-lo e não podemos ter acesso a ele por pura burocracia”, acrescentam.

As restrições às importações de fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia puseram em evidência a vulnerabilidade do setor agroalimentar europeu. A UE, que depende em mais de 50% das importações de potássio destes dois países, está a enfrentar uma incerteza crescente em termos de abastecimento. Consequentemente, a produção alimentar poderá ser afetada, com o correspondente impacto no preço final para os consumidores. A aplicação de direitos aduaneiros sobre certos adubos azotados e fosfatados importados de Moscovo e Minsk visa reduzir a dependência externa, num contexto em que é igualmente de salientar a necessidade de reforçar as fontes de abastecimento internas, como Mina Muga, cujo potencial de produção poderia cobrir até um terço do défice europeu de potássio.

O Conselho Europeu da Agricultura reiterou a importância de garantir a segurança alimentar em tempos de crise, e uma fertilização eficaz desempenha um papel fundamental neste objetivo. A otimização da utilização dos fertilizantes permite aumentar a produção sem aumentar a superfície agrícola, o que contribui para a preservação dos ecossistemas e para a redução da desflorestação. Além disso, a chamada “fertilização inteligente” contribui para melhorar a eficiência da utilização dos nutrientes, com um impacto positivo na sustentabilidade do setor.

POTÁSSIO

O muriato de potássio (MOP) é um fertilizante essencial para as principais culturas, como o trigo, o milho e a soja. Na sequência da guerra na Ucrânia, tornou-se claro que a Europa está dependente da Rússia e da Bielorrússia para os seus abastecimentos, salientando a necessidade urgente de encontrar as suas próprias fontes para garantir a estabilidade no setor agrícola. Embora a Comissão Europeia tenha tentado atenuar a crise com ajudas diretas e estratégias de compensação, a incerteza continua a marcar o futuro do setor agrícola.

Esta situação levou muitos países a repensar a sua estratégia de abastecimento. Enquanto Bruxelas endureceu a sua posição com tarifas, Moscovo aproveitou a sua vantagem competitiva derivada dos baixos custos da energia para reforçar a sua posição no mercado global, aumentando as suas exportações em mais de 50% nos últimos três anos. Esta dinâmica gerou uma situação de dependência estrutural que ameaça a autonomia agrícola da Europa. Além disso, os Estados Unidos, um dos maiores produtores de fertilizantes, anunciaram a imposição de tarifas de 25% sobre os produtos da UE, o que poderá ter um impacto significativo na disponibilidade e no custo destes fatores de produção no mercado europeu.

CHINA

Enquanto a Europa procura soluções, a China reforçou o seu papel de ator estratégico no setor dos fertilizantes. Conscientes do valor geopolítico destes fatores de produção, os investidores do gigante asiático aumentaram a sua presença em projetos-chave como o de Mina Muga que, após 12 anos de investigação e de trabalho no terreno, encontrou no mercado asiático o músculo financeiro necessário para assegurar o seu futuro.

No entanto, este financiamento corre o sério risco de não ser executado se o bloqueio administrativo que levou à paralisação temporária do principal projeto mineiro espanhol não for resolvido antes de 31 de março. Esta incerteza poderia levar à retirada de investidores, com o correspondente golpe na autonomia agrícola europeia. Neste contexto, a reativação de Mina Muga permitiria não só assegurar o abastecimento do setor agroalimentar, mas também estabilizar os preços num contexto de inflação crescente.

Bruxelas enfrenta atualmente o desafio de equilibrar a sua necessidade de segurança alimentar com a urgência de reduzir a sua dependência dos mercados externos. A aposta na fertilização inteligente e o desenvolvimento de projetos estratégicos como Mina Muga podem fazer a diferença na sustentabilidade do setor agrícola europeu nos próximos anos.

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PRESVET reduz em 18% as prescrições desnecessárias de antibióticos em animais de companhia para travar um risco para a saúde mundial

  • Servimedia
  • 13 Março 2025

O sistema de prescrição veterinária eletrónica confere à farmácia a função de dispensar medicamentos veterinários sujeitos a receita médica.

O Sistema de Prescrição Veterinária Eletrónica (PRESVET), operacional em Espanha desde janeiro de 2025, corrigiu 18% das prescrições desnecessárias de antibióticos em animais de companhia durante os seus primeiros três meses, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação (MAPA). Esta ferramenta, desenvolvida ao abrigo do Regulamento (UE) 2019/6, aborda um desafio de saúde global: a resistência antimicrobiana (RAM), associada a 4,95 milhões de mortes humanas por ano devido a infeções não tratáveis, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A plataforma digital estabelece a rastreabilidade obrigatória através do microchip do animal, permitindo identificar padrões de utilização inadequada de antibióticos. Este aspeto é importante num país onde 60% das doenças infecciosas emergentes nos seres humanos são de origem animal, incluindo estirpes resistentes como o Staphylococcus aureus (MRSA) que podem ser transmitidas através de animais de companhia. A resistência antimicrobiana, um fenómeno que ocorre quando as bactérias e os fungos desenvolvem imunidade aos medicamentos, ameaça transformar os procedimentos médicos de rotina em práticas de alto risco.

O objetivo fundamental do sistema é preservar a utilização de antibióticos de última geração para salvaguardar a saúde humana e animal. Em todo o caso, o Real Decreto 666/223 prevê a utilização destes medicamentos em situações de emergência, em que os veterinários podem utilizar antibióticos humanos se existir um risco vital para o animal de estimação.

O Real Decreto 666/2023 proíbe os veterinários de dispensar medicamentos, reservando esta atividade exclusivamente às farmácias. O quadro legal estabelece que os profissionais veterinários devem emitir receitas eletrónicas validadas por microchip, enquanto as farmácias assumem funções estratégicas como a gestão de narcóticos e a preparação de fórmulas mestras veterinárias, garantindo assim um controlo rigoroso do ciclo do medicamento).

Com a implementação do PRESVET, a Espanha alinha a sua regulamentação com a estratégia europeia de reduzir em 50% a utilização de antimicrobianos nos animais até 2030. A nível da UE, o sistema já está a dar resultados: as infeções resistentes transmitidas por animais de companhia diminuíram 18 % na Europa entre 2023 e 2025, de acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de março

  • ECO
  • 13 Março 2025

Ao longo desta quinta-feira, 13 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Clubes LALIGA HYPERMOTION trabalham no seu crescimento através da transformação das suas estruturas e instalações internas

  • Servimedia
  • 13 Março 2025

A IV Jornada de Clubes, organizada pelo Gabinete de Clubes da LALIGA, serviu para dar a conhecer os avanços do futebol profissional espanhol com os quase 2.000 milhões de euros de investimento.

Um dos clubes que está a aproveitar os fundos é o Racing Club de Ferrol. O clube departamental, que foi promovido à LALIGA HYPERMOTION há duas épocas, utilizou parte dos fundos para remodelar A Malata. “A remodelação do estádio permitiu-nos adaptar a nossa casa às exigências da categoria. Foi um investimento muito importante para nós”, declarou Carlos Mouriz, diretor-geral e desportivo do Racing Club de Ferrol.

Com o estádio como ponto de partida, o clube de Ferrol efetuou outras alterações na organização. “Os escritórios também foram melhorados e, por conseguinte, o número de pessoas que trabalham no clube aumentou. Estamos conscientes de que somos um clube no fio da navalha, que podemos estar no topo ou na base, e o que queremos é crescer com pessoas que fazem o seu trabalho, com entusiasmo, com vontade e com continuidade. Porque o nosso projeto não pode depender exclusivamente da categoria para poder crescer de uma forma equilibrada”.

Neste contexto, a parte dos fundos recebidos pelo clube vai permitir-lhe iniciar o projeto de uma cidade desportiva própria. “Não temos um centro desportivo e este dinheiro vai dar-nos um novo fôlego porque vamos ter um. Neste momento, não temos onde treinar, estamos no futebol profissional, mas na Galiza chove muito e trabalhamos nos campos das equipas dos bairros ou das pequenas localidades, pedindo espaço nas suas instalações, seja qual for o estado em que se encontrem”, afirmou Mouriz.

Todo este trabalho de transformação está a refletir-se na relação com os adeptos. “Numa população de cerca de 64.000 cidadãos, temos mais de 9.000 sócios-torcedores e, proporcionalmente, somos o segundo clube da categoria com mais sócios-torcedores na cidade, a seguir ao Eibar”, disse Mouriz.

Por seu lado, o Granada CF destinou o seu investimento a dois projetos: o estádio e a cidade desportiva. “No estádio, será feito um investimento de cerca de 7,5 milhões de euros para aumentar a capacidade para 25.000 pessoas, fechando assim os cantos, o que nos permitirá melhorar todas as salas de hospitalidade, experiências VIP e premium para os adeptos”, disse Javier Aranguren, assistente da presidência do Granada CF.

Relativamente à cidade desportiva, Aranguren afirmou que “temos uma das cidades desportivas mais modernas e amplas de todo o futebol espanhol. Agora, o que fizemos foi a fase 2, que envolve a expansão de quatro campos adicionais com escritórios para todo o futebol de base e feminino. O nosso objetivo é terminar as obras em abril deste ano e poder incluir não só a equipa principal masculina e feminina, como era até agora, mas também todas as equipas juvenis que existem”. Aranguren também quis destacar que “o clube fez um grande esforço para desenvolver o futebol feminino no clube, com os seus próprios campos e edifícios, e tudo isso permitiu-nos estar onde estamos agora, na primeira divisão de futebol feminino com uma posição de destaque”.

Noutras áreas, Aranguren destacou que o clube da cidade da Nazarí desenvolveu “um plano estratégico em conjunto com a KPMG, no qual foi feita uma revisão profunda de todos os aspectos do clube, como o processo de internacionalização ou, por exemplo, o plano de branding, que envolve um rebranding e uma estratégia de comunicação de impacto que transmite o que o clube significa para os seus adeptos e para o mundo exterior”.

Uma das duas equipas da província de Burgos no LALIGA HYPERMOTION, o Burgos CF, decidiu investir nas suas infra-estruturas para se transformar. Neste sentido, Diego Martínez, diretor do Burgos CF, indicou que “a nossa maior aposta foi nas infra-estruturas. Melhorámos o complexo desportivo, porque uma das áreas em que queremos continuar a crescer é a pedreira, para que os jovens que estamos a formar possam continuar a fornecer a equipa de reserva e a equipa principal, bem como a equipa feminina. Ao mesmo tempo, estamos também a implementar mudanças no estádio, acrescentando uma área de canto onde os nossos patrocinadores podem tomar uma bebida e experimentar a atmosfera gerada no estádio antes do jogo. E estamos a considerar a introdução de outras opções, como uma série de experiências que começam duas horas antes dos jogos. Por exemplo, com a chegada das equipas ao estádio ou a possibilidade de assistir ao aquecimento a partir da zona da bancada”.

No sul, para o Cádiz CF, o investimento é na sua futura “Sportech City”. Manuel Vizcaíno, presidente do Cádiz CF, declarou que este projeto do clube de Cádis estará “ligado à indústria do desporto e com o objetivo claro de que estas instalações produzam um retorno para o clube e nos apoiem com uma receita que não dependa, como até agora, da categoria em que jogamos”.

Para além disso, o dirigente máximo do clube também aposta na internacionalização como outro dos pilares da transformação do Cádiz CF. “A nossa internacionalização tem o nome da figura do “Mágico” González, que representa o futebol da rua, o futebol do povo”, em referência à série documental de quatro episódios em que o clube colaborou na sua produção e que foi apresentada no Festival Internacional de Séries do Sul 2024.

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Açores querem turismo todo o ano e nas nove ilhas

Governo dos Açores quer reduzir o turismo sazonal, incentivando a ida de turistas durante todo o ano e para todas as nove ilhas do arquipélago.

 

Freguesia de Sete Cidades, Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, Açores. EDUARDO COSTA / LUSAEDUARDO COSTA / LUSA

O Governo dos Açores quer contrariar o turismo sazonal no arquipélago e já definiu a sua estratégia, conforme avançou ao ECO/Local Online a secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores. Berta Cabral defendeu, nesta quarta-feira ,que “é com o reforço da conectividade, promoção e captação de segmentos de turismo – que apreciam aquilo que cada uma das nove ilhas tem para oferecer– que se consegue atenuar a sazonalidade e levar os turistas a cada uma delas”.

O arranque da estratégia aconteceu na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market que abriu esta quarta-feira, em Lisboa, revelando o mote para o desenvolvimento do setor na região, sob o slogan Turismo todo o ano em todas as ilhas”.

Segundo Berta Cabral, o grande sucesso do turismo na região deve-se à liberalização do espaço aéreo, que reforçou a conectividade, e à política de desenvolvimento turístico do Governo dos Açores. “Temos o mérito adicional de o crescimento do volume de receitas ser superior ao crescimento do número de dormidas, o que significa que estamos a crescer mais em valor e qualidade do que em quantidade. Esse é um indicador de sustentabilidade do destino”, detalhou.

Em 2024, o arquipélago superou pela primeira as 4,2 milhões de dormidas, amealhou mais de 187 milhões de euros de proveitos na hotelaria e 18 milhões de euros no turismo em espaço rural, ultrapassando a fasquia dos 200 milhões de euros de receita.

O turismo dá um grande contributo para a riqueza da região.

Berta Cabral

Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores

Considerando os Açores um “destino de eleição”, Berta Cabral referiu ainda que o crescimento do setor nos últimos anos se deve, sobretudo, à natureza, sustentabilidade e autenticidade de cada uma das nove ilhas do arquipélago.

Em declarações ao ECO/Local Online, a governante afirmou, por isso, que “o turismo dá um grande contributo para a riqueza e emprego da região”, uma vez que gera um significativo impacto em todos os outros setores económicos. “O turismo continua a crescer a dois dígitos. Cresceu 12% no ano passado em termos de dormidas e 18% em termos de receitas”, contabilizou.

Este crescimento no setor aconteceu precisamente num ano que a região foi certificada como Destino Sustentável pela entidade EarthCheck, renovando igualmente o título de Melhor Destino de Turismo de Aventura do Mundo, atribuído nos World Travel Awards.

Os Estados Unidos surgem à cabeça dos principais mercados emissores internacionais, seguidos do alemão, espanhol e canadiano. Ainda assim, destacou, “o maior mercado é o nacional”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 13 Março 2025

Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir-se com o Conselho de Estado. Já o INE vai divulgar um conjunto de dados sobre o setor da construção e o Eurostat os dados da produção industrial.

Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir-se esta quinta-feira com o Conselho de Estado, depois de ter ouvido os partidos na sequência do chumbo da moção de confiança ao Governo. Já o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar um conjunto de dados sobre o setor da construção, enquanto o Eurostat publicará o índice da produção industrial. Lá fora, nos EUA, serão revelados uma série de outros indicadores. A marcar o dia está ainda os dados do PIB do G20.

Conselho de Estado reúne-se

O Presidente da República convocou o Conselho de Estado para esta quinta-feira, pelas 15h00. Nesta reunião o órgão irá pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República. Na terça-feira, o Parlamento chumbou a moção de confiança ao Governo de Montenegro, com os votos contra do PS, Chega, PCP, Bloco de Esquerda, Livre e PAN, ditando a queda do Executivo. Esta é a segunda vez em democracia que um Governo em Portugal cai por falta de confiança da Assembleia da República. Na quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa esteve a ouvir os partidos.

INE mede o pulso ao setor da construção

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta quinta-feira um conjunto de dados sobre o setor da construção, designadamente as obras licenciadas e concluídas no quarto trimestre de 2024. No terceiro trimestre de 2024 foram licenciados cerca de 6.500 edifícios, representando um aumento de 18,5% face ao mesmo período de 2023. O licenciamento de edifícios para construções novas registou um crescimento de 19,0%, enquanto o licenciamento para reabilitação registou um aumento de 17,4% após uma subida mais moderada de 2,5% no trimestre anterior.

Eurostat divulga dados de produção industrial

O Eurostat vai divulgar os dados da produção industrial relativos a janeiro. A produção industrial recuou 1,7% na Zona Euro e 2% na União Europeia na média anual de 2024, face ao ano anterior, tendo apresentado descidas homólogas em todos os meses do ano. No mês de dezembro de 2024, o indicador desceu 2% na Zona Euro e 1,7% na UE na variação homóloga, e, respetivamente, 1,1% e 0,8% na comparação com novembro, tendo Portugal registado a segunda maior quebra em cadeia (-4,4%) entre os Estados-membros.

Novos dados revelados nos EUA

Nos EUA, serão revelados indicadores que poderão influenciar Wall Street, numa altura em que as bolsas têm estado que nem uma montanha-russa. Entre esses dados estão os pedidos iniciais de subsídio de desemprego, em que os analistas estimam que ronde os 225 mil, e dados do índice de preços ao produtor, que os analistas apontam para uma subida de 0,3%.

OCDE revela PIB do G20

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vai revelar esta quinta-feira o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do G20 no quarto trimestre do ano passado. O PIB do G20 cresceu 2,8% no terceiro trimestre de 2024 face ao mesmo período de 2023, ligeiramente abaixo da taxa de 3,0% registada no trimestre anterior. Entre as economias do G20, a Índia foi a que registou a maior taxa de crescimento homóloga (5,8%) no terceiro trimestre, seguida da Indonésia (5,0%), enquanto a Alemanha registou a maior queda (-0,3%).

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Japonesa Kagome reforça nos tomates portugueses que dão mais de mil empregos

Gigante asiática sobe para 70% a participação na HIT, holding que agrega as fábricas de processamento de tomate em Castanheira do Ribatejo e Palmela, que faturou 138 milhões de euros em 2024.

A gigante japonesa Kagome alargou a participação na HIT – Holding da Indústria Transformadora do Tomate de 56% para 70%, reforçando desta forma a aposta no grupo que detém as fábricas de processamento de tomate Italagro (Castanheira do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira) e a mais pequena FIT em Águas de Moura (Marateca, município de Palmela).

Sem revelar a quem comprou a percentagem adicional – os restantes acionistas são a também japonesa Mitsui, trader cotada na bolsa de Tóquio que é também parceira da CaetanoBus; e a britânica Silbury, que se apresenta como a maior fabricante europeia de molhos para piza –, o administrador financeiro (CFO), Sérgio Fonseca, fala ao ECO numa “opção estratégica para continuar a expandir a rede global dos negócios de processamento de tomate”.

Foi em 2007, na sequência da falência da italiana Parmalat, a anterior acionista principal, que o grupo asiático entrou no capital da HIT, com o objetivo assumido na altura de transformar Portugal no seu centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) para a área agrícola. Soma atualmente 350 trabalhadores permanentes, a que se juntam 700 colaboradores temporários durante a campanha do tomate, em que recorre cada vez mais a mão-de-obra imigrante da Índia, Paquistão ou Bangladesh.

Em 2024, a faturação da portuguesa HIT baixou para 138 milhões de euros. Um valor inferior aos 140 milhões que tinha registado no ano anterior. Ainda assim, salienta que foi “o segundo melhor resultado de sempre”. O maior volume de produção continua a ser o concentrado de tomate — no ano passado processou 367 mil toneladas –-, mas o porta-voz destaca o crescimento de 48% nos produtos de maior valor acrescentado.

Em causa estão artigos como pasta de tomate com alto teor de licopeno, pasta de tomate doce, fibras, extrato de tomate concentrado ou puré de tomate, cuja produção foi totalmente absorvida pelo mercado japonês. No ano passado valeram já uma receita de dez milhões de euros à operação portuguesa, que é administrada há seis anos pelo nipónico Shugo Yuasa.

“Para 2025, a perspetiva é continuar a crescer nos produtos de valor acrescentado e food service, que representa já 50% do total de faturação, e sustentar a restante atividade da empresa, num contexto de descida do preço do concentrado de tomate no mercado global, impulsionada pela redução do preço dos custos de produção e também com o incremento de stocks mundiais impulsionado pelo aumento de produção da China”, descreve Sérgio Fonseca.

Em 2025 contamos investir 4,7 milhões de euros em projetos que visam continuar a reduzir as emissões de CO2 e apostar nas poupanças do consumo de água.

Sérgio Fonseca

Administrador financeiro da HIT Portugal

O mercado português absorve apenas 3% da produção – a ribatejana Italagro, instalada em 1957 pela família Costa Braga, é o fornecedor nacional de ketchup da McDonald’s desde 2014 –, daí que a quase totalidade da produção seja exportada para mais de 30 países. Reino Unido e Japão continuam a ser os principais destinos, relata a multinacional japonesa, que tem também unidades industriais na Índia, Itália, Austrália e EUA.

Em matéria de investimento, depois dos 14 milhões de euros que os acionistas aplicaram no último ano em projetos relacionados com a redução das emissões de carbono e inovação nas linhas de produção das duas fábricas nacionais, o administrador financeiro contabiliza ao ECO que em 2025 conta “investir 4,7 milhões de euros em projetos que visam continuar a reduzir as emissões de CO2 e apostar nas poupanças do consumo de água”.

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A Universidade de Granada, a Universidade Alfonso X el Sabio e a Universidade Politécnica de Madrid destacam-se como líderes na adoção da IA generativa, segundo a Forbes

  • Servimedia
  • 13 Março 2025

Estão no 'top 3' das universidades espanholas que se destacam na adoção da IA generativa para a formação dos seus alunos, de acordo com o novo ranking elaborado pela Forbes.

A publicação, que inclui uma lista de 10 universidades espanholas, teve em conta o papel das universidades na incorporação da IA generativa na sala de aula de uma forma natural, bem como o desenvolvimento de ferramentas e modelos de aprendizagem inovadores que estão a ajudar os alunos a compreender o seu potencial e utilização responsável.

Além disso, valorizou a forma como as universidades estão a trabalhar para expandir as suas ofertas educativas com graus e programas alinhados com a evolução tecnológica e, especificamente, com a formação em IA, que respondem à necessidade de talento exigida pelas empresas.

As três universidades espanholas líderes na adoção da IA generativa para a formação dos seus alunos são a Universidade de Granada, reconhecida como uma das instituições académicas líderes na Europa em investigação de inteligência artificial (IA), promoveu o Projeto IA-UGR cujo objetivo é a criação de um Centro Andaluz de Inovação e Digitalização. Este projeto inclui a criação do Centro de Excelência AI-Lab Granada, juntamente com parceiros tecnológicos como a Indra, Google Cloud e Nvidia; e a criação do Hub Digital Andaluz de Inovação em IA e Robótica, AIR-Andaluzia. A sua oferta formativa inclui cursos como a Licenciatura em Ciência de Dados e Inteligência Artificial.

Também a Universidade Alfonso X el Sabio, que se destaca pela sua aposta estratégica na Inteligência Artificial e pelo desenvolvimento de um ecossistema académico que promove a investigação e a utilização prática da IA na sala de aula, incorporando disciplinas e módulos nos seus programas; bem como novas licenciaturas como a Licenciatura em Inteligência Artificial e Informática de Madrid. A UAX também promoveu o Observatório do Impacto da Tecnologia nas Profissões para analisar como estas tecnologias estão a transformar os perfis profissionais e publicou vários guias práticos sobre o impacto da IA generativa (IAGen) no ensino superior e no local de trabalho.

E a Universidade Politécnica de Madrid. Através do seu Departamento de Inteligência Artificial (DIA), participa em numerosos projetos de investigação nacionais e internacionais em vários domínios. Também oferece cursos como o Bacharelato em Ciência de Dados e Inteligência Artificial e cursos de pós-graduação como o Mestrado em Inteligência Artificial.

O ranking destaca ainda a Universidade CEU San Pablo, a Universidade Europeia, a Universidade Politécnica da Catalunha (UPC), a Universidade Carlos III, a Universidade IE, a Universidade de Salamanca e a Universidade Pontifícia de Comillas.

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Garantia pública vai chegar a mais instituições. Mas terá pouco impacto no mercado

O Governo alargou às sociedades financeiras a garantia pública no crédito à habitação para os jovens, mas o impacto será reduzido: só a UCI oferece o serviço e tem uma quota de mercado inferior a 2%.

O Conselho de Ministros aprovou na segunda-feira um Decreto-Lei que estende às sociedades financeiras a concessão da garantia pública no crédito à habitação aos jovens. Esta medida, que até agora estava limitada aos bancos tradicionais, pretende alargar as opções de financiamento para jovens até aos 35 anos na compra da primeira casa.

Contudo, o impacto real desta alteração legislativa será praticamente residual no mercado. Embora existam cerca de três dezenas de instituições registadas no Banco de Portugal como sociedades financeiras de crédito ou como sucursais de sociedades financeiras de crédito, apenas uma delas oferece atualmente crédito à habitação: a Unión de Créditos Inmobiliários (UCI), cuja quota de mercado no crédito à habitação em Portugal está abaixo de 2%, segundo o mais recente relatório da DBRS Morningstar sobre a UCI

Questionado pelo ECO, o Ministério das Finanças esclareceu que “o Decreto-Lei sobre a garantia pública para a habitação foi alterado apenas para permitir que as sociedades financeiras que estão habilitadas a conceder crédito à habitação em Portugal também possam beneficiar desta medida do Governo, nas mesmas condições em que esta se aplica às instituições de crédito”, salientando também que “não há quaisquer alterações a outros aspetos substantivos do regime”, inclusive ao montante disponibilizado pelo Estado para esta medida.

A distribuição dos 1,2 mil milhões de euros alocados pelo Estado ao protocolo da garantia pública tem em conta as quotas de mercado de cada instituição de crédito na concessão de crédito à habitação, disponibilizadas pelo Banco de Portugal.

“Não se antecipa que esta alteração legislativa implique o aumento do valor do montante global da garantia que já foi autorizado (1.200 milhões euros)”, refere o Ministério das Finanças. Isto significa que a distribuição do montante terá de ser feita dentro do limite já estabelecido anteriormente.

Já o Banco de Portugal lembrou que além das instituições de crédito, onde se incluem bancos, caixas económicas, Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e caixas de crédito agrícola mútuo também “determinadas sociedades financeiras — incluindo as respetivas sucursais a operar em Portugal — podem conceder crédito a título profissional”. E são estas que o decreto-lei agora aprovado passa a incluir na linha estatal.

Uma questão de equidade entre concorrentes

Duarte Gomes Pereira, secretário-geral da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), que agrega 24 associados incluindo a UCI, a Unicre, a Cofidis e a Credibom, considera que esta alteração terá sido realizada pelo Governo para equiparar empresas como a UCI, cujo core business é o crédito à habitação, aos seus concorrentes bancários. “Não acredito que tenha sido premeditado colocar de lado entidades para lá das entidades de crédito. Terá sido um lapso”, refere.

A UCI, uma joint-venture entre o BNP Paribas e o grupo Santander, opera em Portugal desde 1999 e é a única sociedade financeira a oferecer atualmente crédito à habitação no mercado português. Segundo o último relatório e contas disponível no site da empresa, referente ao ano de 2023, a UCI concedeu cerca de 128 milhões de euros de crédito à habitação em Portugal, menos 36% face a 2022.

Esta cifra representa cerca de 1% do total de novos empréstimos à habitação concedidos às famílias em 2023, de acordo com dados do Banco de Portugal. Mesmo considerando uma quota de mercado ligeiramente superior, segundo as estimativas da DBRS Morningstar, significa que a fatia que será disponibilizada à UCI ao abrigo da garantia pública será muito reduzida, apesar de atualmente ainda estarem por distribuir 240 milhões de euros. Isto porque a distribuição dos 1,2 mil milhões de euros alocados pelo Estado ao protocolo da garantia pública tem em conta “as quotas de mercado de cada instituição de crédito na concessão de crédito à habitação, disponibilizadas pelo Banco de Portugal”, segundo o diploma que regula a garantia pública.

Questionada pelo ECO sobre o interesse em aderir à garantia pública, a UCI disse apenas que “está a aguardar pela publicação do diploma”. Quanto a eventuais outras sociedades financeiras de crédito que possam aderir à garantia pública, a probabilidade revela-se bastante baixa, desde logo por nenhuma das sociedades financeiras existentes em Portugal oferecer atualmente este produto. Além disso, segundo Duarte Gomes Pereira, nunca lhe foi indicado “qualquer interesse por entidades que não ofereçam crédito a habitação atualmente e tenham interesse em fazê-lo através desta medida.”

Garantia pública conta com forte adesão e alguma críticas

A garantia pública para habitação foi regulamentada a 27 de setembro e passou a estar disponível desde o início deste ano. Esta medida permite aos jovens entre os 18 e os 35 anos obter um financiamento a 100% no crédito à habitação para a compra da primeira casa, eliminando a necessidade de entrada inicial que normalmente ronda os 10% a 20% do valor do imóvel.

A garantia pessoal do Estado pode atingir até 15% do valor da transação, desde que esta não ultrapasse os 450 mil euros. Para beneficiar desta garantia, os jovens devem ter domicílio fiscal em Portugal, rendimentos que não ultrapassem o 8.º escalão do IRS, e não podem ser proprietários de outro imóvel habitacional.

A garantia tem a duração de 10 anos a contar da celebração do contrato de crédito, extinguindo-se antecipadamente se todas as obrigações do mutuário forem cumpridas previamente. Para segurança do financiamento, deverá ser constituída hipoteca a favor da instituição sobre a habitação adquirida, mantendo-se esta em vigor pelo menos durante o período em que o financiamento beneficie da garantia do Estado.

O ministro das Finanças, Joaquim Sarmento, tem classificado a adesão à garantia pública como “um sucesso”. Numa conferência promovida esta quarta-feira pelo Jornal Económico, o ministro afirmou que existem “18 instituições, milhares de pedidos”, que estão “a mudar a vida de dezenas de milhares de jovens”, acrescentando que “foi fundamental a contribuição e o interesse que as instituições bancárias estão a ter e a ajuda” que deram para “modelar a medida”.

Apesar desta alteração do Governo em abrir a disponibilização da garantia pública a mais instituições financeiras além dos bancos, na prática, traduz-se numa medida que terá muito pouco impacto no mercado.

No entanto, a distribuição do montante total de 1,2 mil milhões de euros entre as instituições aderentes ao protocolo está longe de ser equitativa. Segundo cálculos divulgados pelo ECO, mais de 85% da totalidade do montante disponibilizado ficará para usufruto de apenas quatro instituições, com o Santander Totta e a Caixa Geral de Depósitos a liderarem esta lista, recebendo 259,3 milhões de euros e 257,2 milhões de euros, respetivamente.

Além disso, há críticas quanto ao público que efetivamente beneficia desta medida. Segundo informação recolhida pelo ECO junto de vários agentes do mercado de crédito à habitação, a garantia pública está a ser usada por jovens que não precisam da ajuda do Estado para comprar casa.

Natália Nunes, coordenadora do gabinete de Proteção Financeira da DECO, afirma que “apesar da boa vontade desta medida, continua a deixar de fora os jovens que realmente precisam”, notando que a limitação dos rendimentos dos jovens face aos preços elevados das casas continua a ser um forte entrave para os jovens com menos capacidades financeiras possam aceder ao financiamento bancário para comprar casa. Esta perspetiva levanta questões sobre se a medida atinge efetivamente o seu público-alvo.

Apesar desta alteração do Governo em abrir a disponibilização da garantia pública a mais instituições financeiras além dos bancos, na prática, traduz-se numa medida que terá muito pouco impacto no mercado. Apenas uma dessas instituições (UCI) disponibiliza atualmente crédito à habitação aos seus clientes, e mesmo essa tem uma quota de mercado muito baixa, o que limita substancialmente o montante que lhe será atribuído ao abrigo do protocolo da garantia pública.

Assim, embora a intenção seja equiparar todas as entidades autorizadas a conceder crédito à habitação, o efeito real na capacidade dos jovens acederem a este tipo de financiamento deverá ser praticamente insignificante, servindo mais como uma correção técnica do que como uma expansão efetiva da abrangência da medida.

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