Explicações de Montenegro batem em audiências ofensiva de Pedro Nuno Santos

As explicações de Montenegro, na TVI/CNN Portugal, ganharam em número de espectadores à ofensiva de Pedro Nuno Santos, na SIC e SIC Notícias. A análise é da Dentsu Media para o ECO/+M.

 

Em véspera de votação de moção de confiança, agendada para esta terça-feira, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos foram à TVI e SIC dar explicações. No total, 2,3 milhões de telespectadores assistiram às entrevistas e, a avaliar pelas audiências, os portugueses deram a maioria ao ainda primeiro-ministro.

Conduzida por Sandra Felgueiras, e com início às 20h35, na TVI e na CNN Portugal, a entrevista a Luís Montenegro foi acompanhada por 1,25 milhões de telespectadores, na soma dos dois canais. Minutos antes, na SIC e na SIC Notícias, a entrevista de Clara de Sousa a Pedro Nuno Santos tinha sido acompanhada por 1,05 milhões de telespectadores com mais de 15 anos.

Também perto das 20h, André Ventura, na CMTV era seguido por 292 mil telespectadores.

Os dados, trabalhados pela Dentsu Media para o ECO/+M, mostram ainda que as duas entrevistas foram mais vistas por mulheres do que por homens, ao contrário da de André Ventura. As faixas etárias acima dos 55 anos estão em maioria na entrevista tanto ao primeiro-ministro como ao líder da oposição, com os espectadores acima dos 75 anos a assumir maior protagonismo na SIC Notícias. As duas entrevistas foram mais vistas na região Norte e pela classe D, com a E ganhar maior expressão na SIC Notícias.

Ainda de acordo com os dados trabalhados pela Dentsu Media, o Jornal Nacional foi o programa mais visto do dia, com um share de 20,1%, seguindo-se o Secret Story Desafio Final (17,9%) e o Jornal da Noite, com 16,6%. O Telejornal ocupa a oitava posição, com 13,7%. No prime-time, a TVI registou um share de 17,2%, a SIC de 16,3% e a RTP1 de 8,6%. O dia foi ganho pela TVI, com um share de 17,1%. A SIC obteve 14,5% e a RTP1 situou-se nos 10,2%.

Já nos canais de informação, a CNN ganhou o dia com 3%, a SIC Notícias situou-se nos 2,2%, o News Now nos 1,2% e a RTP3 nos 0,8%.

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Participada espanhola da Mota pede mais três meses para negociar com credores

A Duro Felguera prolongou o período de negociações até ao dia 11 de junho, após não ter chegada a acordo com a Sociedad Estatal de Participaciones Industriales (SEPI) sobre dívida de 120 milhões.

A Duro Felguera, a participada espanhola da Mota-Engil, pediu a prorrogação por três meses do processo de proteção contra credores que apresentou no final de dezembro, para continuar a negociar com as entidades financeiras uma reestruturação do grupo, por não ter chegado a acordo com a Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI). Com este adiamento, a empresa prolonga o prazo de negociações com credores até ao próximo dia 11 de junho.

“A empresa e suas subsidiárias Duro Felguera Energy Storage, Duro Felguera Green Tech, Duro Felguera Calderería Pesada, DF Mompresa, DF Operaciones y Montajes, Duro Felguera Oil & Gas, Duro Felguera Intelligent Systems e DFOM Biomasa Huelva apresentaram perante o Tribunal Comercial número 3 de Gijón (Astúrias), perante o qual está a tramitar a pré-insolvência da empresa espanhola, a prorrogação dos efeitos da comunicação de abertura de negociações por um período adicional de três meses“, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), o regulador espanhol.

A empresa informa ainda que este pedido contou com o consentimento de 96,5% dos credores que podem ser afetados pela reestruturação, enquanto o pedido de prorrogação é acompanhado de uma declaração responsável, assinada pela Duro Felguera.

Fontes da empresa de engenharia das Astúrias confirmaram à Europa Press que o conselho de administração da Duro Felguera iria reunir-se esta segunda-feira, num contexto marcado pelas inúmeras reuniões que têm acontecido nestes dias para discutir a crise que a empresa enfrenta.

De acordo com o Cínco Días, os principais acionistas — as empresas mexicanas Prodi e a Mota-Engil México — e a SEPI, que tem dois assentos no conselho de administração da empresa espanhola, também têm discutido a possibilidade de Duro Felguera pedir diretamente a falência.

O plano de reestruturação da empresa poderia incluir um acordo com o Governo, através da SEPI, para converter em ações os 120 milhões de euros que lhe emprestou em plena pandemia, o que lhe daria a maioria do capital. Contudo, até agora, ainda não houve um entendimento em relação a este plano.

Litígio argelino continua aberto

Outro dos temas que a empresa terá que resolver é o litígio com a empresa estatal argelina Sonelgaz, que apresentou junto da Câmara de Comércio e Indústria da Argélia um pedido de arbitragem no qual reclama o pagamento de 413 milhões de euros à Duro Felguera. Em causa está a suspensão do contrato para a fábrica de ciclo combinado de Djelfa, a sul de Argel, capital argelina.

Responsáveis da empresa espanhola voaram, este domingo, para a Argélia, para tentar desbloquear este projeto, o que significaria alcançar um acordo com a Sonelgaz. Contudo, até agora também não há notícias sobre o que terá saído desta reunião.

A portuguesa Mota-Engil, através da sua participada mexicana, e o grupo mexicano Prodi completaram no final de 2023 a injeção de 90 milhões de euros na Duro Felguera, o primeiro passo para a entrada como novos acionistas da cotada espanhola que, em 2021, recebeu um apoio público temporário no valor de 120 milhões de euros. Depois dos primeiros 30 milhões em outubro, desembolsaram em dezembro a segunda tranche de 60 milhões de euros.

O CFO da construtora portuguesa adiantou ao ECO, no passado mês de novembro, que “o tema da Duro Felguera” nasceu “como um braço capaz para o desenvolvimento de grandes investimentos que vai haver na reindustrialização, mas é importante perceber que a Mota-Engil esteve envolvida como parceiro industrial, mas posicionou-se sempre com um ticket de capital muito, muito exíguo, abaixo dos 13%, nos 12,5%”, esclareceu José Carlos Nogueira.

No início deste ano, a Duro Felguero abandonou um projeto de hidrogénio verde que estava em curso em Sines, e cujo grau de avanço nos trabalhos rondava já os 30%. Esta decisão foi tomada no âmbito do processo de proteção contra credores. A companhia analisou todas as obras que tinha em mãos e optou, primeiro, por abandonar um projeto no Canadá e, depois, em Sines.

O projeto estava a ser construído para a cotada italiana Maire Tecnimont, que por sua vez estava encarregue de desenvolver o projeto da fábrica de hidrogénio verde e amoníaco verde da MadoquaPower2X em Sines. MadoquaPower2x é um consórcio do qual fazem parte a Madoqua Renewables, a Power2X e a Copenhagen Infrastructure Partners (CIP).

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Miguel Albuquerque sai do PSD regional se perder sufrágio de 23 de março

  • Lusa
  • 11 Março 2025

"Eu sou o primeiro responsável pelos bons e maus resultados. Se perder as eleições, não tenho qualquer condição de continuar”, disse o ainda presidente do Governo regional.

O cabeça de lista do PSD às eleições antecipadas na Madeira, Miguel Albuquerque, reconheceu esta terça-feira que não tem condições para continuar à frente da estrutura regional do partido se perder o sufrágio de 23 de março.

“Eu sou o primeiro responsável pelos bons e maus resultados. Se perder as eleições, não tenho qualquer condição de continuar“, afirmou, em declarações aos jornalistas após uma reunião com sindicatos do setor dos transportes, na sede do PSD/Madeira, no Funchal, no âmbito da campanha eleitoral.

Miguel Albuquerque defendeu que tem de retirar as devidas responsabilidades se não ganhar as eleições regionais e que não se esconde “atrás de ninguém”.

No dia em que a Assembleia da República debate e vota a moção de confiança ao Governo, com chumbo anunciado e que ditará a demissão do Executivo, o social-democrata madeirense reiterou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “não podia continuar a ser queimado em fogo brando”, concordando com a clarificação da situação política.

A moção, intitulada “Estabilidade efetiva, com sentido de responsabilidade”, foi anunciada pelo primeiro-ministro em 5 de março, na abertura do debate da moção de censura do PCP ao Executivo minoritário PSD/CDS-PP, perante dúvidas levantadas quanto à vida patrimonial e profissional de Luís Montenegro.

Albuquerque, ainda presidente do Executivo madeirense, que é arguido num processo sobre suspeitas de corrupção, disse também concordar que Luís Montenegro se recandidate numa situação de eleições antecipadas, mesmo que seja constituído arguido, argumentando que “não está acusado de nada”.

“Não há nenhum ato ilícito. Isto é tudo uma questão, uma agenda alarmista, histérica, para criar instabilidade e tentar difamar”, reforçou, acrescentando que se continuar a ser recorrente no país a utilização de instrumentos de denúncia judicial como forma de fazer política, “daqui a dias não há nenhum titular em cargos públicos nem sequer é suscetível de manter uma governação coerente”.

Sobre a reunião com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Atividades Metalúrgicas da Madeira, Miguel Albuquerque disse que o PSD valoriza o diálogo e a concertação social e que continuará a “acompanhar, no espírito de diálogo social, as reivindicações justas do sindicato”.

Estas legislativas, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no Parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.

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“O que aconteceu no Parlamento hoje foi uma vergonha, foram manobras, jogos, truques”, lamenta Pedro Nuno Santos. Siga aqui

O Governo não recua na moção de confiança e partidos mantêm sentido de voto que dita a queda do Executivo de Luís Montenegro. PS não deixa cair comissão de inquérito na próxima legislatura.

O Parlamento debate e vota esta terça-feira a moção de confiança ao Governo liderado pelo social-democrata Luís Montenegro, tendo o chumbo pré-anunciado, o que ditará queda do Executivo menos de um ano depois de ter tomado posse. A concretizar-se será a segunda vez em democracia. Antes disso, só em 1977, durante o I Governo Constitucional liderado por Mário Soares.

O PS, já anunciou que inviabilizará a moção, juntando-se ao voto contra do Chega, PCP, Bloco de Esquerda e Livre, formando a maioria simples necessária que supera o voto favorável da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP) e da Iniciativa Liberal. A queda do Governo deverá levar o país a novas eleições antecipadas.

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

  • Lusa
  • 11 Março 2025

Esta terça-feira, a Euribor subiu a três e a seis meses, para 2,553% e 2,393%, respetivamente, e desceu a 12 meses para 2,449%.

A Euribor subiu esta terça-feira a três e a seis meses, no prazo mais curto pela quinta sessão consecutiva, e desceu a 12 meses. Com estas alterações, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 25 pontos base na passada quinta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,553%, continuou acima da taxa a seis meses (2,393%) e da taxa a 12 meses (2,449%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 2,393%, mais 0,003 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou para 2,449%, menos 0,012 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu pela quinta sessão consecutiva, ao ser fixada em 2,553%, mais 0,006 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses. A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro. Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em 5 de março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril, numa altura em que os juros das dívidas soberanas estão a subir. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo tem 1,1 milhões para acelerar e inovar turismo. Conheça as condições

Governo tem 500 mil euros para acelerar soluções de turismo e 600 mil euros para projetos que atendam às prioridades estratégicas identificadas na Estratégia Turismo 2027. Conheça as condições.

O Governo tem 1,1 milhões de euros para programas de aceleração (500 mil euros) e inovação (600 mil euros) no turismo. Soluções para agências de viagens e operadores turísticos, na área de alojamento, soluções de IA aplicadas aos diferentes setores de atividade do turismo ou soluções assentes em tecnologias e processos de baixo carbono estão entre as prioridades dos programas.

Com uma dotação global de 500 mil euros, o programa de aceleração é atribuído “até ao máximo de 15 startups por programa/promotor”, com o montante máximo de financiamento a corresponder “até ao limite de 80% do investimento elegível, até ao máximo de cinco mil euros por startup participante”, pode ler-se nas regras do programa publicado esta terça-feira em Diário da República.

O financiamento “poderá ser majorado em 10%, no caso de 30% das startups obterem investimento até à entrega do relatório final”, refere ainda.

“Excecionalmente, o limite máximo de apoio por startup pode ser excedido, em razão da relevância e especificidade dos programas, seja pelo envolvimento comprovado de parceiros internacionais de referência, ou por se tratar de um programa desenvolvido nas regiões ultraperiféricas, Açores e Madeira, garantidos que estejam os 20% de capitais próprios”, destaca ainda.

Os promotores só podem apresentar “uma candidatura, individual ou conjunta”. O pagamento será feito 70% a título de adiantamento, 30% com a apresentação do relatório final. “A libertação da majoração de 10% do incentivo ocorrerá com o pagamento final”, pode ler-se.

600 mil euros para inovação

Esta terça-feira foram ainda conhecidas as condições gerais de acesso e os procedimentos necessários para as candidaturas para financiamento, a título não reembolsável, de programas de inovação aberta no domínio do turismo.

“Entende-se por ‘programas de inovação aberta’ os programas desenvolvidos em parceria com empresas ou entidades, focados na resolução de problemas concretos dessas empresas, ou entidades, através da implementação de pilotos de inovação”, clarifica o documento.

São enquadráveis os programas que atendam às prioridades estratégicas identificadas na Estratégia Turismo 2027, em particular na áreas de aeroportos; agências de viagens e operadores turísticos; alojamento, experiência seamless; mobilidade e transição verde.

O programa tem uma dotação global de 600 mil euros, sendo o montante atribuído até ao máximo de 20 startups por programa.

“O montante do financiamento corresponde até ao limite de 80% das despesas elegíveis, até ao máximo de 4.500 euros por startup”. Esse financiamento poderá ser “majorado em 10%, no caso de 50% das startups realizarem um piloto junto de parceiros do programa até à entrega do relatório final”.

Também neste programa e, “excecionalmente”, o limite máximo de apoio por startup pode ser excedido, em razão da “relevância e especificidade dos programas, seja pelo envolvimento comprovado de parceiros internacionais de referência, ou por se tratar de um programa desenvolvido nas regiões ultraperiféricas, Açores e Madeira, garantidos que estejam os 20% de capitais próprios”.

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Moët & Chandon x Pharrell Williams: um brinde à celebração

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 11 Março 2025

A marca de champagne e o rapper americano reinventam a celebração de aniversário com uma edição limitada. Design icónico, luxo e tradição unidos num brinde à alegria e às relações humanas.

Todos os dias, 22 milhões de pessoas em todo o mundo assinalam o seu aniversário. Algumas preferem festas extravagantes, outras momentos mais íntimos. Há quem apague as velas com um desejo secreto, há quem brinde a novas conquistas. Mas há um elemento comum a todas as celebrações: as pessoas que escolhemos ter ao nosso lado. E é precisamente essa partilha, esse ritual universal, que inspirou a nova colaboração entre a Moët & Chandon e Pharrell Williams.

A Moët & Chandon Pharrell Williams Limited Edition Collection, lançada mundialmente neste mês de março, nasce do encontro entre a maison francesa de champagne e um dos criativos mais influentes do nosso tempo. O resultado? Uma homenagem à arte de celebrar, com design arrojado e uma abordagem inovadora às tradições dos aniversários.

“A melhor parte de um aniversário são as pessoas que querem celebrá-lo connosco”, comenta Pharrell. “Quando eu tinha idade suficiente para brindar com champagne pela primeira vez, a Moët & Chandon era a minha referência. Suponho que é apenas uma tradição, é o ritual”, acrescenta.

Ao longo dos anos, a Moët & Chandon tem sido a escolha natural para marcar momentos especiais, erguendo-se em brindes que ficaram para a história. Em 1965, Paul Newman celebrou os seus 40 anos com uma garrafa de Moët, entre amigos e colegas que o acompanhavam no auge da sua carreira. Scarlett Johansson, por sua vez, escolheu um jantar privado com o seu irmão gémeo Hunter para assinalar os 30 anos, em 2014, com flutes de Moët & Chandon a tilintar entre os convidados. Roger Federer, um habitué da marca, faz questão de abrir uma garrafa em casa, entre família e amigos, sempre que acrescenta mais um ano à sua história.

Para criar um design distinto e único para o aniversário de cada um de nós, a Moët & Chandon e Pharrell Williams mergulharam nos arquivos da casa e descobriram que o que hoje é a icónica gravata na garrafa era um arco em 1889. O arco, que simboliza união, generosidade, alegria e surpresa, é um dos elementos-chave desta coleção de edição limitada.

Brut Impérial (Ouro, Azul e Vermelho) e Néctar Impérial Rosé (Branco) – 75cl – surgem em edição limitada. A caixa e o gargalo do champagne mais emblemático de Moët & Chandon, Brut Impérial, estão vestidos de Ouro, Azul Meia-Noite, Vermelho Profundo, bem como Branco para Néctar Impérial Rosé. Pharrell assina as suas criações com letras pontilhadas a branco, semelhantes a pérolas na caixa, e diretamente na garrafa. Também transforma o selo real vermelho da garrafa num monograma pérola com as suas iniciais, PW, interligado e redondo.

Adicionalmente, existem ainda, fora de Portugal, a versão Cápsula do Arco e a versão Jewel Masterpiece. A Cápsula do Arco apresenta um arco de tecido de grandes dimensões adornado com contas de pérolas, criado pelas bordadeiras parisienses do Atelier Baqué Molinié. O arco é destacável e pode ser usado como alfinete de peito. A Jewel Masterpiece é um emblema que celebra a audácia e o ‘chique’ francês. Existem apenas 30 peças numeradas, meticulosamente feitas à mão em França. As 30 jóias numeradas estão disponíveis através do serviço de vendas privadas Moët Hennessy, na boutique Epernay, e em bares selecionados Moët & Chandon, a um preço de 30 000 euros.

Os consumidores podem adquirir a coleção de edição limitada em lojas pop-up em Londres, Madrid, Milão, Dubai, Cidade do México, Coreia ou Japão, bem como experimentar os rituais especiais de aniversário Moet & Chandon, desde velas a bolos especialmente desenhados para serem o casamento perfeito com o icónico champagne.

O lançamento da Moët & Chandon Pharrell Collection é acompanhado por uma campanha de media global com o artista norte-americano. Pelos olhos de quem celebra, a história retrata Pharrell e os seus amigos a correr para uma festa de aniversário no coração de Paris. Quando os amigos organizam uma festa de aniversário, há sempre quem aparece tarde, o responsável pelo bolo, quem escolhe as flores, quem vem com balões… E adivinhe quem traz o champagne?

Moët & Chandon Pharrell Williams Limited Edition Collection
PVR: 48,30€
Disponível no El Corte Inglés

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Governo acusado pela Zero de “favorecimento” à ANA ao usar dinheiro público para isolamento acústico em Lisboa

  • Lusa
  • 11 Março 2025

É "escandaloso" que Governo pague isolamento de edifícios que deveria ser feito pela ANA, acusa associação ambientalista.

A associação ambientalista Zero quer que seja “efetivamente cumprida” a restrição de voos noturnos no aeroporto de Lisboa, mas considera “escandaloso” que o Governo favoreça a ANA – Aeroportos de Portugal ao financiar o isolamento acústico de edifícios.

Em causa está a decisão do Governo, aprovada na sexta-feira em Conselho de Ministros e anunciada no sábado em comunicado, de implementar um conjunto de medidas para reduzir o impacto do ruído gerado pelo Aeroporto Humberto Delgado (AHD) nas populações dos municípios de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira e Almada, incluindo a imposição de restrições aos voos noturnos, entre a 1h00 e as 5h00.

Outra das medidas é a criação do Programa Menos Ruído, que permitirá intervenções em fachadas, janelas e caixilharias de edifícios habitacionais de uso sensível ao ruído, com um investimento global de 10 milhões de euros, financiado através do Fundo Ambiental.

Para a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, é “inaceitável” que o Fundo Ambiental esteja a ser utilizado para financiar obras de isolamento acústico, “quando esta responsabilidade deveria caber exclusivamente à ANA – Aeroportos de Portugal, concessionária da Vinci Airports”.

Em comunicado, a associação ambientalista refere que o “favorecimento”, por parte do Governo, da ANA – Aeroportos de Portugal, empresa que gere o AHD, contraria a prática em outros aeroportos europeus como Barajas, em Madrid, Heathrow, em Londres, ou em diversos aeroportos franceses e alemães, onde os custos de mitigação “são integralmente assumidos pela operadora aeroportuária”.

Por isso, a Zero entende que, no caso do AHD, é “escandalosa a perversão do princípio do poluidor pagador”, uma vez que o uso de fundos públicos para isolamento acústico desresponsabiliza poluidores.

“Independentemente da criação de futuras taxas de ruído”, a associação ambientalista lembra que o Plano de Gestão de Ruído 2018-2023 do AHD já previa o isolamento acústico das habitações, que seria integralmente financiado pela ANA, e que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) denunciou, há mais de seis meses, à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) o incumprimento das obrigações ambientais prevista nesse plano, mas não são conhecidos, até ao momento, quaisquer resultados desta ação inspetiva.

A Zero alerta que “não existe qualquer plano para o período 2024-2029” e “o anterior não foi sequer cumprido”, inclusive falhou na criação do regulamento previsto para operacionalizar o apoio ao isolamento acústico de edifícios, e recorda que, segundo o contrato de concessão, o incumprimento das obrigações ambientais por parte da concessionária pode levar à resolução do contrato pelo Estado.

“O Governo deveria, em vez de substituir-se à concessionária e pagar medidas de mitigação com dinheiro público, utilizar o seu poder como concedente para garantir o cumprimento integral das obrigações da ANA”, defende.

Relativamente à restrição de voos noturnos, a associação reconhece como “positivo o reiterar do Governo da proibição de voos entre a 01:00 e as 05:00”, mas avisa que estará atenta para verificar se “será efetivamente cumprida”, a partir de abril deste ano como a Zero tem defendido, e se haverá fiscalização rigorosa para evitar incumprimentos ou pedidos de exceção que possam comprometer a eficácia da medida.

A este propósito, a Zero exige conhecer que restrições concretas serão aplicadas aos voos entre as 23h00 e as 7h00, e reforça que o isolamento acústico das habitações afetadas pelo ruído aéreo deve ser “financiado integralmente pela ANA, conforme previsto no Plano de Gestão de Ruído 2018-2023”, considerando que deve ser o setor da aviação a assumir integralmente os seus impactos ambientais e sociais, sem transferir os custos para os cidadãos.

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Lucros elevados são um “novo normal” na banca portuguesa

Depois dos lucros recorde de cinco mil milhões de euros no ano passado, a agência Morningstar DBRS considera que a banca portuguesa entrou num “novo normal” de alta rentabilidade.

Os lucros elevados na banca portuguesa vieram para ficar, considera a agência de rating Morningstar DBRS, destacando que, depois dos resultados recorde de cinco mil milhões de euros em 2024, o nível de rentabilidade do setor entrou num “novo normal”.

“Para 2025, não esperamos um novo crescimento de dois dígitos nos resultados. Os benefícios de libertação de provisões em grande montante e do repricing da carteira de empréstimos com taxas de juro elevadas parecem esgotados”, começa por dizer a agência de notação de risco numa nota divulgada esta terça-feira.

“Ainda assim, a alteração do nível de lucros de há alguns anos representa um novo normal”, acrescenta a Morningstar DBRS, explicando que os bancos deverão continuar a beneficiar do aumento da procura de crédito, “fruto do forte desempenho da economia, do reduzido endividamento do setor privado e das taxas de juro estruturalmente mais elevadas”.

Os maiores bancos nacionais tiveram lucros de 5,073 mil milhões de euros no ano passado, o que corresponde a uma subida de 13% em relação a 2023.

A Morningstar DBRS explica que o “forte desempenho” da banca se deveu à ainda elevada margem financeira que, apesar dos recentes cortes nas taxas de juro”, atingiu os 9,74 mil milhões de euros em termos agregados. Por outro lado, os resultados beneficiaram do menor nível de imparidades e provisões: caíram de 2,19 mil milhões de euros em 2023 para 909 milhões no final do ano passado.

Os analistas salientam ainda que, embora os custos operacionais tenham subido 7% devido à inflação e aos investimentos na digitalização e simplificação, “o forte resultado operacional suporta os níveis de eficiência”, que são dos mais competitivos na Europa. “O rácio cost-to-income foi de 37,4% em 2024, situando-se no nível mais baixo em comparação com os pares europeus”, aponta a agência.

Também dão nota positiva à melhoria da qualidade da carteira de crédito, com o rácio de crédito malparado a recuar para 2,1%, “abaixo dos 8,7% em 2019”, e aos rácios de solvência “sólidos” de 20% (rácio total) que oferecem uma almofada face à atual situação de incerteza a nível global.

“Estes rácios de capital amplos são o resultado de anos de lucros saudáveis e de forte geração orgânica de capital. Consideramos que estes rácios de solvência vão ajudar a proteger os bancos contra qualquer desestabilização no ambiente operacional associada a riscos geopolíticos e à crescente tensão comercial”, observa a Morningstar DBRS.

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Mercadona já ganha dinheiro em Portugal. “Estamos muito satisfeitos”, assume Juan Roig

Ao fim de oito anos e mais de mil milhões de euros investidos, retalhista espanhola lucra pela primeira vez com a operação no mercado português. Vendas em 60 lojas atingiram 1.778 milhões em 2024.

Oito anos depois de anunciar a entrada em Portugal e cinco anos após abrir a primeira loja no país, a operação da Mercadona no mercado nacional atinge pela primeira vez resultados positivos: 7 milhões de euros. Em 2024, a retalhista de origem espanhola registou vendas de 1.778 milhões de euros deste lado da fronteira, mais 27% do que no ano anterior.

“Pela primeira vez, Portugal foi rentável. Isso também beneficiou os resultados globais. Agora, Portugal começou a somar [aos lucros do grupo] e estamos muito satisfeitos”, salientou o presidente Juan Roig, durante a apresentação de resultados, em Valência (Espanha).

Embora os sete milhões de euros lucrados em 2024 tenham ficado “abaixo do esperado”, o empresário repetiu estar “muito satisfeito” com a Portugal. Por outro lado, prometeu “continuar a desenvolver novos supermercados, entrar no distrito de Lisboa de forma mais ativa e ir mais para sul, até Faro, nos próximos anos”.

Agora que a Mercadona já tem “as lojas consolidadas e todas são muito rentáveis”, no próximo ano prevê “certamente dobrar” os lucros para 14 milhões de euros no mercado português. Para a abertura de 10 novas lojas e a “compra de mais alguns terrenos” tem reservado para Portugal um envelope financeiro de cerca de 157 milhões de euros para 2025.

Pela primeira vez, Portugal foi rentável. Isso também beneficiou os resultados globais. Agora, Portugal começou a somar [aos lucros do grupo] e estamos muito satisfeitos.

Juan Roig

Presidente da Mercadona

Atualmente com 60 supermercados de portas abertas em Portugal – tem ainda dois blocos logísticos, na Póvoa de Varzim e Almeirim –, Roig admitiu que a empresa precisa de “melhorar o sortido e a relação com os fornecedores portugueses”. Que, por sua vez, têm de perceber que a entrada nessa lista de compras da Mercadona “significa uma série de prioridades distintas”.

“Faz falta sermos mais portugueses e termos um [cabaz de produtos] mais português. É muito mais fácil tomar a decisão de ir para Portugal do que fazer-se português. Isso custa muitíssimo”, apontou o empresário valenciano. Em 2024, a retalhista diz ter comprado 1.400 milhões de euros aos fornecedores portugueses. Desde 2019, quando abriu portas em Portugal, as compras no país ascenderam a 4.450 milhões.

‘Contributo fiscal’ de 237 milhões em Portugal

Contabilizando já ter investido mais de mil milhões de euros em Portugal, dos quais 219 milhões só no ano passado, segundo os dados divulgados esta terça-feira, a sociedade portuguesa Irmãdona Supermercados, que tem sede em Vila Nova de Gaia, “contribuiu com 237 milhões de euros em impostos” em Portugal durante o ano passado.

Com perto de 7.000 funcionários em Portugal, dos quais 1.700 foram contratados em 2024, a Mercadona vai abrir mais uma dezena de supermercados em 2025. Chegará ao final deste ano com uma rede de 70 espaços espalhados por 12 distritos do território nacional, com destaque para a chegada nos próximos meses à cidade de Lisboa – e logo com duas aberturas.

Um dos projetos, já em construção num terreno com 5.000 metros quadrados na rua Hermínio da Palma Inácio, na freguesia de Santa Clara (Alta de Lisboa), inclui uma área de escritórios para albergar a equipa com cerca de 100 pessoas em funções como recursos humanos, logística e obras. A outra unidade na capital portuguesa abrirá na Quinta do Lambert, na freguesia do Lumiar.

Loures (Santa Iria de Azóia e Frielas), Penafiel (Milhundos), Fafe, Leiria (Vale Sepal), Matosinhos (São Gens), Palmela e Porto (Amial) são as restantes localizações previstas. Para dar resposta ao plano de expansão para 2025 já se encontra a recrutar para diversas funções, tendo atualmente vagas abertas sobretudo para operadores de supermercado, auxiliares de manutenção e operadores de armazém.

Em janeiro, a empresa aplicou aumentos de 8,5% a todos os trabalhadores, fixando o salário de entrada em 14.963,90 euros brutos anuais. Já por via da distribuição dos resultados, a 1 de março deste ano, em média, cada trabalhador em Portugal com mais de quatro anos de antiguidade recebeu um cheque de “cerca de 4.500 euros brutos em remuneração variável, o correspondente a três mensalidades”.

Loja da Mercadona em Coimbra (Eiras), que abriu em 2024

Foi a 2 de julho de 2019 em Canidelo, no concelho de Vila Nova de Gaia, que o grupo retalhista sediado em Valência abriu o primeiro supermercado em Portugal. É a primeira experiência de internacionalização da empresa que lidera o retalho alimentar em Espanha.

É também na margem sul do Douro que a Mercadona tem a sede da operação portuguesa, onde a retalhista instalou um hub de desenvolvimento de software. Esta nova estrutura foi integrada na Mercadona IT, responsável pela digitalização da empresa de Valência e que conta com mais de 1.000 profissionais.

Economia ibérica puxa por resultados “espetaculares”

Esta manhã, a conferência de imprensa anual começou com Juan Roig a emocionar-se ao falar num “ano duro”, em referência aos incêndios no Norte e Centro de Portugal que chegaram a ameaçar o bloco logístico da Póvoa de Varzim, mas sobretudo à tragédia da tempestade Dana, que afetou mais de duas dezenas de lojas e outras instalações do grupo na região de Valência.

No que toca aos resultados globais, o empresário resumiu que “2024 foi um ano espetacular” “Estamos em dois países – tanto Espanha como Portugal – em que as economias estão a funcionar muito bem e que recebem milhões de turistas. Há que cuidar desse setor”, avisou, mesmo reconhecendo as implicações negativas que o turismo tem para os residentes.

Juan Roig, presidente da Mercadona

A líder de mercado em Espanha — a quota aumentou 0,7 pontos percentuais no ano passado, atingindo os 28,2% — tinha no final do ano passado um total de 1.674 supermercados, em resultado de 42 aberturas e 49 encerramentos. Emprega agora 743.700 pessoas, após ter criado mais 6.000 novos postos de trabalho em 2024.

Entre Espanha e Portugal, o grupo faturou 38.835 milhões de euros, mais 9% do que no ano anterior. Equivale a 2,1% o PIB espanhol, equiparou Roig. No mesmo encontro com jornalistas, o fundador da companhia – com o património pessoal está a construir uma mega arena em Valência para desportos, música e eventos corporativos, a estrear em setembro – anunciou ainda um aumento de 37% nos lucros globais, para 1.384 milhões de euros, dos quais 20% serão distribuídos aos acionistas.

Obter lucros é indispensável. E quantos mais, melhor. Porque podes pagar melhor aos trabalhadores, aos fornecedores e aos acionistas.

Juan Roig

Presidente da Mercadona

“Obter lucros é indispensável. E quantos mais, melhor. Porque podes pagar melhor aos trabalhadores, aos fornecedores e aos acionistas”, sublinhou Juan Roig. Indicou ainda que os objetivos para 2025 passam por subir as vendas para 40.100 milhões de euros (+3,5%), contratar mais mil pessoas e manter o volume de investimento anual em torno dos mil milhões durante este ano.

Uma das maiores apostas em Espanha passa pelas vendas online, ainda não disponíveis em Portugal, que no ano passado valeram 840 milhões de vendas, correspondentes a 2% do total faturado. Finalmente, questionado sobre se pondera avançar para um terceiro país, Juan Roig respondeu que a Mercadona “ainda [tem] muitíssimo trabalho em Portugal e Espanha”.

“Só iremos para um terceiro país quando isto [no mercado ibérico] estiver consolidado. Não podemos ir para um terceiro país e correr o risco de perder os outros dois”, ilustrou o presidente da gigante retalhista espanhola, nascido em 1949, que afastou ainda a possibilidade de se afastar das atuais funções executivas enquanto estiver “física e mentalmente bem”.

(O jornalista viajou para Valência a convite da Mercadona)

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TikTok lança novas ferramentas para simplificar supervisão dos pais

  • Lusa
  • 11 Março 2025

Facilitar aos encarregados de educação bloquear o acesso dos adolescentes ao TikTok em determinados períodos e perceber quem é que os jovens seguem e bloqueiam são algumas das funcionalidades.

O TikTok anunciou uma atualização e novas ferramentas que tornam “mais simples” a supervisão dos pais sobre os filhos na plataforma, entre as quais uma nova funcionalidade de meditação.

Entre as mudanças apresentadas há “algumas atualizações que esperamos que tornem mais simples a supervisão que as famílias e os pais têm no TikTok em relação aos seus filhos”, afirmou o responsável pelas relações governamentais para o Sul da Europa (head of government relations TikTok SEU).

Em particular, “o que estamos a anunciar” é a atualização da “nossa ferramenta de emparelhamento familiar, que é uma ferramenta que já foi desenvolvida há cinco anos” e que permitia aos pais terem maior controlo e entendimento da experiência dos filhos no TikTok, prosseguiu Enrico Bellini.

Agora, com este anúncio e atualização na rede social de vídeos curtos, o TikTok dá especial enfoque a três áreas, as quais estarão disponíveis “globalmente”, o que inclui a Europa e, naturalmente, Portugal.

A primeira “é que estamos a tornar muito mais fácil para os pais e para aqueles que têm responsabilidade sobre as crianças e cuidadores reservar um tempo quando podem porque não querem que seus adolescentes usem o TikTok“, apontou.

Ou seja, agendam um tempo no dia e, nesse período, as crianças e adolescentes “não poderão usar” o TikTok”, referiu o porta-voz.

Esta funcionalidade do emparelhamento familiar, que permite aos encarregados de educação bloquear o acesso dos adolescentes ao TikTok em horários que eles próprios definem, chama-se Time Away.

Há também a “possibilidade de dar um pouco mais de tempo, mas isso ficará sob o controlo dos pais”, acrescentou Enrico Bellini.

A segunda grande mudança é que “vamos tornar muito mais fácil para os pais entenderem quem os seus filhos adolescentes estão a bloquear” e quais as contas relacionadas e quem seguem e quem são os seguidores, para perceber o que fazem online.

A funcionalidade Family Pairing permite aos pais/tutores saber quem é que os adolescentes estão a seguir no TikTok, quem os segue e as contas que os adolescentes bloquearam.

“Com uma maior visibilidade da rede dos jovens, os responsáveis estarão melhor preparados para manter conversas regulares e ajudar os seus filhos a desenvolver as competências de literacia digital necessárias para navegar pelas experiências online”, de acordo com a plataforma.

Além disso, nos próximos meses, quando um adolescente reportar um vídeo que considere estar em violação das regras do TikTok, poderá escolher alertar um pai, cuidador ou outro adulto de confiança ao mesmo tempo, mesmo que não esteja a utilizar a ferramenta de emparelhamento familiar.

“E, finalmente, estamos a tentar ajudar” os jovens “a desligar à noite”, com a nova funcionalidade da meditação, para que eles aprendam a “importância de relaxar” e desligar da plataforma.

A funcionalidade de meditação na aplicação está desenhada para ajudar os adolescentes a diminuir a sua presença no TikTok depois das 22h00.

“Se um adolescente com menos de 16 anos estiver no TikTok depois das 22h00, o seu ‘feed For You’ será interrompido com a nova funcionalidade ‘wind down’. Trata-se de uma apresentação no ecrã com música relaxante para ajudar os adolescentes a relaxarem e a estarem mais conscientes do tempo”, refere a plataforma.

Estas funcionalidades são aplicadas aos jovens entre os 13 e os 18 anos.

O TikTok é uma plataforma em crescimento com mais de 1.000 milhões de pessoas a nível mundial, 159 milhões de utilizadores na União Europeia (UE) e 175 na Europa. Em Portugal, tem 3,9 milhões de utilizadores mensais.

“A nossa expectativa é que possamos fornecer mais ferramentas e possamos facilitar os pais e cuidadores a terem uma conversa sobre o uso da nossa aplicação com seus adolescentes”, sublinhou.

Desde o lançamento do feed de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) “que este está agora disponível em mais de 100 países e, todas as semanas, milhões de adolescentes podem desfrutar”, afirma a plataforma.

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Chuva reforça bacia do barlavento algarvio em 70% e coloca sotavento perto da capacidade máxima

  • Lusa e ECO
  • 11 Março 2025

A quantidade de água armazenada na bacia hidrográfica do barlavento algarvio aumentou mais de 70% desde o final de fevereiro até 10 de março. A leste, atingiu-se quase 90% de capacidade.

A quantidade de água armazenada na bacia hidrográfica do barlavento algarvio aumentou mais de 70% desde o final de fevereiro até 10 de março na sequência da chuva que tem caído na última semana em Portugal continental. Esta bacia é constantemente a que menos água armazena, muito aquém da média.

De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos (SNIRH) disponíveis nesta terça-feira, a bacia hidrográfica do barlavento algarvio subiu de 20,7% no final de fevereiro, para 35,6%, valor referente a 10 de março.

Também a sul do país, a bacia hidrográfica do Mira subiu de 40,4% (no final de fevereiro) para 45,4% (a 10 de março) e a do Arade de 41,8% para 50%.

Ainda na região do Algarve, onde estão em vigor medidas restritivas para o uso da água, a bacia hidrográfica do sotavento estava a 10 de março com 86,8%.

A abrangência territorial do Arade compreende os concelhos de Almodôvar (ainda no Alentejo), Lagoa, Loulé, Monchique, Portimão e Silves, enquanto o Barlavento abrange Aljezur, Lagos, Monchique, Odemira (Alentejo), Portimão e Vila do Bispo. Mais a leste, na bacia do sotavento, incluem-se Albufeira, Faro, Lagoa, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António.

Segundo o SNIRH, na primeira semana de março (de 03 a 10 de março), 69% das albufeiras monitorizadas apresentava disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 5% tinham disponibilidades inferiores a 40%.

Na primeira semana de março, os armazenamentos por bacia hidrográfica apresentaram-se superiores às médias, exceto nas bacias do Ave, Mondego, Mira, Arade e Ribeiras do Barlavento.

A quantidade de água armazenada desceu em duas bacias hidrográficas e subiu em 13. Refira-se que a cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

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