Mais de 40% dos gestores públicos de empresas locais em incumprimento na prestação de informações

No final do ano passado, 191 dos 451 gestores públicos das 156 empresas locais em atividade não tinham regularizado a obrigação de reporte à Inspeção-Geral das Finanças.

Mais de quatro em cada 10 gestores públicos de empresas locais não entregaram a informação de reporte necessária à Inspeção-Geral das Finanças (IGF) até ao final do ano passado, evidenciando um “elevado nível de incumprimento”. A informação foi aferida numa ação de acompanhamento dos deveres de prestação de informação pela entidade de controlo das Finanças.

“Foi concluída ação de acompanhamento dos deveres de prestação de informação à IGF pelos gestores públicos do setor empresarial local, tendo-se apurado que 191 dos 451 gestores públicos (42,4%) das 156 empresas locais em atividade no final de 2024 não tinham regularizado a obrigação de reporte à IGF“, pode ler-se no relatório do Conselho Coordenador do Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado, entregue na semana passada ao Parlamento.

O balanço leva o Conselho a considerar que existe “um elevado nível de incumprimento”, que atribuiu “essencialmente” à “inexistência de uma norma que sancione a falta de apresentação oportuna dessa informação”.

O relatório indica ainda que na sequência de indícios de práticas ilegais ao nível do estatuto remuneratório de gestores locais, a IGF concluiu um processo que incidiu sobre pagamentos indevidos de 88,3 mil euros.

A IGF verificou ainda 26 pareceres prévios emitidos pelos fiscais únicos, relativos a contratos de financiamento, cujo valor global ascendeu a cerca de 52 milhões de euros, com 70% a corresponder a empréstimos de médio e longo prazos.

Concluiu que “nem todos os pareceres evidenciam se foi efetuada consulta a outras instituições financeiras ou se houve mais propostas apresentadas ou análise da necessidade do financiamento contraído, limitando-se a descrever com reduzido detalhe os procedimentos realizados”.

Detetou ainda que apenas nove pareceres (35%) estavam publicados no sítio da Internet e correspondiam a duas empresas locais e considerou que existiram “insuficiências na informação comunicada”, pelo que foi preciso obter informação adicional sobre elementos essenciais, designadamente taxas de juro, comissão de estudo e montagem, garantias, datas de início e prazos dos financiamentos.

83 contratos-programa com risco elevado de violação do quadro legal

O conselho coordenador do sistema de controlo interno da Administração Financeira do Estado assinala ainda que a IGF analisou 364 contratos-programa e adendas, celebrados entre 2021 e 2023, por entidades do setor empresarial local e entidades locais participantes, que envolveram uma comparticipação financeira de 750 milhões de euros.

“De acordo com a matriz de risco aplicável na análise dos contratos-programa, 83 foram classificados com risco elevado de violação do quadro legal e foram detetadas insuficiências no reporte da informação obrigatória à IGF“, refere o relatório.

No balanço concluiu também que oito contratos-programa, que envolviam uma comparticipação prevista de 3,1 milhões de euros, não explicitavam a fundamentação da necessidade de contratação, nove, com uma comparticipação prevista de 18,2 milhões de euros, não previam indicadores de eficácia e 45, com uma comparticipação prevista de 10,7 milhões de euros, não definiam indicadores de eficiência que permitissem medir a utilização dos recursos disponibilizados para realização dos objetivos e do interesse público.

Paralelamente, oito contratos-programa, com uma comparticipação prevista de 9,8 milhões de euros, não foram acompanhados do parecer prévio do fiscal único. Por outro lado, 36 deles, com uma comparticipação prevista de 25,7 milhões de euros, não incluíam qualquer referência a mecanismos de controlo da execução pela entidade pública participante.

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Sonae em máximos de sete anos e com margem para subir mais 35%, segundo os analistas

As ações da Sonae estão a registar a maior subida em 15 anos à boleia dos resultados do primeiro trimestre. Tanto analistas como gestores de fundos apontam para novas subidas.

As ações da Sonae estão a brilhar na bolsa de Lisboa esta quinta-feira. Os títulos da retalhista liderada por Cláudia Azevedo estão a negociar com uma valorização de 8,4%, depois de já terem estado a subir 9,39% para os 1,282 euros por ação durante a sessão – o valor mais elevado em cerca de sete anos. Este desempenho representa a maior subida intradiária em quase 15 anos da Sonae. É preciso recuar a 10 de maio de 2010 para se assistir a uma subida diária mais elevada (13,28%) destas ações.

O entusiasmo dos investidores surge na sequência dos resultados do primeiro trimestre da retalhista liderada por Cláudia Azevedo, divulgados na quarta-feira após o fecho do mercado, que revelaram um crescimento dos lucros de 77,2% para 43 milhões de euros e um aumento das vendas de 22,7% para 2,6 mil milhões de euros. “A Sonae acabou por bater praticamente em toda a linha as estimativas do consensus” de mercado, destaca Carlos Pinto, gestor do fundo de ações nacionais Optimize Portugal Golden Opportunities, que faz da Sonae uma das suas principais apostas.

O gestor destaca a melhoria operacional, com a margem EBITDA a subir 90 pontos base, “que compara com os 50 pontos base esperados pelo consensus“, atribuindo esta melhoria a vários fatores, incluindo “a integração da Druni, que opera com margens mais elevadas, o aumento nas vendas que permitiu reforçar a sua liderança no negócio alimentar em Portugal, e pelas melhorias de eficiência do seu OPEX [despesas operacionais]”.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Na carta aos acionistas, Cláudia Azevedo demonstrou satisfação com o início do ano, notando que todos os negócios do grupo “cresceram e reforçaram as suas quotas de mercado, em setores muito competitivos e num contexto marcado por elevada volatilidade.”

“Apesar das perturbações macroeconómicas e da incerteza que marcaram o primeiro trimestre, o desempenho operacional obtido pelos principais segmentos da Sonae reflete a força da estratégia de negócios do grupo”, destaca Virgílio Garcia, gestor do Sixty Degrees Ações Portugal, que tem na Sonae uma das três maiores posições do fundo de ações nacionais mais rentável de 2024.

O volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 23% em termos homólogos para 2,6 mil milhões de euros no primeiro trimestre, muito por conta de “um forte crescimento orgânico nos principais negócios e pela integração de empresas recentemente adquiridas, incluindo a Musti e a Druni”, refere a empresa em comunicado. Mesmo excluindo o impacto das aquisições, o volume de negócios apresentou um crescimento de 6%.

Os resultados deste trimestre parecem confirmar as nossas expectativas para o ano de 2025, no sentido da melhoria dos principais indicadores operacionais e financeiros e onde as recentes aquisições poderão começar já a dar o desejado contributo para o cash flow do grupo.

Virgílio Garcia

Gestor do fundo Sixty Degrees Ações Portugal

Pedro Barata, gestor do GNB Portugal Ações, que tem na Sonae uma das cinco principais apostas do fundo, considera que os resultados “foram impulsionados principalmente pela MC, nomeadamente pelo retalho alimentar, que apresentou vendas e margem EBITDA acima do que era esperado.”

No segmento de retalho alimentar, a MC continua a ser o principal motor de crescimento do grupo, com um aumento de vendas de 22,5% para 2 mil milhões de euros. Segundo os resultados da empresa, “o segmento de retalho alimentar da MC registou um desempenho sólido, levando a ganhos de quota de mercado e a um reforço da sua posição de liderança.” As vendas LfL (like-for-like) registaram um crescimento de 5%, “apesar dos efeitos negativos de calendário relacionados com o ano bissexto em 2024 e com a data da Páscoa no segundo trimestre deste ano.”

Outro destaque positivo salientado pelos gestores são os resultados da Worten, que espelharam um crescimento de 4,2% das vendas para 323 milhões de euros, “superando o desempenho do mercado de eletrónica em Portugal e ganhando quota de mercado tanto no canal físico como no online”, destaca a Sonae em comunicado.

Os resultados deste trimestre parecem confirmar as nossas expectativas para o ano de 2025, no sentido da melhoria dos principais indicadores operacionais e financeiros e onde as recentes aquisições poderão começar já a dar o desejado contributo para o cash flow do grupo”, refere Virgílio Garcia.

A Sonae é uma empresa financeiramente bastante sólida, líder nos mercados onde atua e com uma equipa de gestão bastante competente pelo que não deve surpreender a boa performance no dia de hoje face aos resultados que foram apresentados.

Pedro Barata

Gestor do GNB Portugal Ações

De acordo com dados da Refinitiv, a Sonae negoceia atualmente com um preço equivalente a 10,3 vezes os lucros por ação (metade do PER a que negoceia a Jerónimo Martins) e com uma taxa de dividendo de 5,05%. Com uma capitalização bolsista de 2,26 mil milhões de euros, a Sonae é atualmente uma das ações do PSI com o melhor desempenho este ano, acumulando até à data uma valorização de 39%. Mas a contar pelas expectativas dos gestores de fundos nacionais, esta caminhada não deverá ficar por aqui.

“A Sonae é uma empresa financeiramente bastante sólida, líder nos mercados onde atua e com uma equipa de gestão bastante competente pelo que não deve surpreender a boa performance no dia de hoje face aos resultados que foram apresentados”, refere Pedro Barata, sublinhando ainda “que se o caminho traçado neste primeiro trimestre tiver continuidade, os investidores irão reconhecer o trabalho realizado e provavelmente valorizá-lo em bolsa”.

Os analistas que acompanham a empresa também apontam para uma contínua subida da cotação dos títulos da retalhista. Segundo as projeções recolhidas pela Refinitiv junto dos seis analistas que acompanham a empresa, cinco recomendam a compra das ações e um recomenda uma “forte compra” dos títulos, atribuindo um preço-alvo médio de 1,71 euros, conferindo assim um potencial de valorização de 35% à Sonae face à cotação atual.

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Universidade de Coimbra vai produzir radiofármaco para deteção de Alzheimer

  • Lusa
  • 22 Maio 2025

Empresa detida pela Universidade já lançou sete medicamentos radiofarmacêuticos no mercado nacional e está agora em fase de internacionalização no continente e em direção ao Brasil.

A Universidade de Coimbra (UC) vai passar a produzir um radiofármaco inovador que garante um diagnóstico mais preciso da doença de Alzheimer através de Tomografia por Emissão de Positrões (PET).

Em nota enviada à agência Lusa, a UC salientou que o radiofármaco inovador vem transformar o diagnóstico da doença de Alzheimer e abrir novas perspetivas para o seu tratamento.

“Até agora, o método mais comum era o exame PET para deteção de amiloide beta fibrilar e em placas”.

O medicamento, até ao momento indisponível em Portugal, vai ser produzido de imediato pelo Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) Pharma e permitirá a deteção de agregados da proteína Tau no cérebro, garantindo um diagnóstico mais preciso da doença.

“A deteção de agregados da proteína Tau no cérebro permite um diagnóstico mais preciso e o estadiamento da doença, relacionando-se com a sua gravidade e progressão”, explicou o diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa.

A ICNAS Pharma (empresa de desenvolvimento e produção de radiofármacos, detida pela Universidade de Coimbra) desenvolveu o processo de produção do novo radiofármaco ao fim de dois anos de investigação, o que pode abrir novas perspetivas para o tratamento da doença de Alzheimer.

Segundo Antero Abrunhosa, “estes estudos podem ajudar a desenvolver uma nova geração de fármacos que visem reduzir a acumulação da proteína Tau, podendo vir a contribuir para melhorar a condição dos doentes com Alzheimer”.

A ICNAS Pharma, desde 2012, já lançou sete medicamentos radiofarmacêuticos no mercado nacional e produziu mais de 300 mil doses – encontrando-se agora em fase de internacionalização para outros cinco países da Europa e para o Brasil.

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Candidato do PSD no Porto pretende suspensão da segunda fase do metrobus

  • Lusa
  • 22 Maio 2025

Petição encabeçada por Pedro Duarte, candidato do PSD no Porto nas próximas autárquicas, visa repensar o metrobus. Concentração marcada para as 15 horas de sábado no Parque da Cidade

O candidato do PSD/CDS à Câmara do Porto Pedro Duarte encabeça uma petição para suspender e mudar a segunda fase do metrobus, defendendo a circulação sem canal dedicado e a salvaguarda de árvores e da atual ciclovia.

“O bom senso reclama que haja ponderação antes de avançar com esta segunda fase. Porque esta segunda fase implica uma alteração – eu diria uma destruição – irreversível desta zona da Avenida da Boavista tal qual a conhecemos”, disse Pedro Duarte à Lusa.

Em causa está o projeto da segunda fase do metrobus, entre Pinheiro Manso e a Anémona, que esteve parada em tribunal mas já pode avançar.

“Isso implica suspender a obra, implica encontrar alternativas, porque nós acreditamos que há alternativas que vão cumprir o objetivo de mobilidade da cidade, que nós compreendemos e aceitamos, de interligar uma rede de transporte público, mas há alternativas que permitem preservar as árvores, o tal equilíbrio paisagístico junto ao Parque da Cidade e que permitem preservar a ciclovia”, defendeu.

O também líder da distrital do PSD/Porto refere que não é objetivo dos peticionários “acabar com o projeto do metrobus”, que está “numa fase em que já não dá para voltar para trás”, mas levar o projeto a “ser repensado, sem isso implicar qualquer perda de fundos” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em concreto, a petição “Por uma Avenida da Boavista Verde, Humanizada e Sustentável” recusa “o avanço da segunda fase do metrobus em canal dedicado na Avenida da Boavista”, defende que se impeça “o abate de dezenas de árvores, preservando o património arbóreo existente” e que se salvaguarde “a atual ciclovia, reconhecida como um exemplo de mobilidade suave e sustentável”.

A petição refere que a cidade “continua sem conhecer, nem confiar, na eficácia” do metrobus, que ainda não está ao serviço, apontando que, na segunda fase, “ao impor um canal exclusivo e segregado para os veículos do BRT [metrobus], compromete-se a preservação do património arbóreo, desqualifica-se o espaço pedonal e elimina-se a experiência ciclável da avenida”.

O ainda ministro dos Assuntos Parlamentares manifestou à Lusa que “o próprio modelo do autocarro a hidrogénio” lhe suscita “algumas dúvidas”, lembrando que havia soluções já testadas como “viaturas elétricas”, “elétricos rápidos e outras soluções em que os carris permitem estar assentes em relva, por exemplo”.

Pedro Duarte disse que mais de uma centena de árvores poderiam vir a “ser destruídas” pelo projeto, mas de acordo com o concurso público consultado pela Lusa em janeiro de 2024, essas árvores “terão, na sua maioria, viabilidade para o transplante direto ou, no caso da programação de obra não o permitir, no transplante com armazenamento temporário em viveiro, pelo que está previsto o transplante de todos os exemplares” nas proximidades.

Já questionado acerca da ciclovia, uma vez que o projeto da segunda fase prevê que se mantenha uma, o candidato autárquico explicitou que a petição visa preservar “esta ciclovia, que tem um enquadramento muito diferente dentro de qualquer outra dentro da cidade”.

Quanto à obra já executada na Avenida da Boavista, sem ciclovia e com parcos espaços verdes, Pedro Duarte assume que se tivesse sido ele a decidir “nunca teria sido esta a opção”, considerando que “deveria ter havido uma outra preocupação ‘verde'”, com soluções “que já existem noutras cidades europeias”.

“Mas não foi essa a opção. Era o que faltava agora voltarmos a mais obras para destruir aquilo que acabou de ser feito. O meu foco nesta altura, e das pessoas que me acompanham nesta petição, é basicamente tentarmos que, pelo menos naquilo em que vamos a tempo, tentarmos evitar que sejam cometidos os mesmos erros”, afirma.

Sobre os outros signatários, Pedro Duarte ainda não quis revelar nomes, pois a recolha de assinaturas começará nesta quinta-feira, estando prevista uma concentração no sábado no Parque da Cidade às 15:00.

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Estar online já não é opcional para as empresas, alerta E-goi

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  • 22 Maio 2025

Com quase 70% da população mundial ligada à internet e 63% das compras a começarem online, a presença digital tornou-se essencial para quem quer crescer.

Segundo o relatório global Digital 2025 da DataReportal, 69% da população mundial — o equivalente a mais de 5,5 mil milhões de pessoas — já está online. Além disso, de acordo com o mesmo estudo, 63% das jornadas de compra têm início no ambiente digital, o que sublinha o papel central da internet no comportamento do consumidor.

Em Portugal, a realidade é ainda mais expressiva: 89% da população utiliza a internet, sendo o acesso móvel o preferido. Neste cenário, ter uma presença digital sólida deixou de ser um extra — é parte essencial da estratégia de qualquer negócio.

O investimento em marketing digital acompanha esta evolução. Dados do Statista indicam que o mercado global de publicidade digital cresce a uma taxa média anual de cerca de 10% a 11%, à medida que as marcas procuram destacar-se num mercado cada vez mais competitivo

“A internet tornou-se o canal mais importante para as empresas se ligarem aos seus clientes e crescerem”, explica Marcelo Caruana, diretor de marketing da E-goi — plataforma de automação de marketing omnicanal com inteligência artificial. “Hoje, personalizar a experiência e integrar canais como e-mail, SMS, WhatsApp ou web push é essencial para criar ligações reais e duradouras com o público.”

A E-goi tem ajudado diversas marcas a melhorarem os seus resultados através da combinação entre automação, inteligência artificial e estratégias de comunicação personalizadas, sempre com foco na experiência do cliente.

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Aumento de milionários beneficia mercado imobiliário de luxo em Portugal

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  • 22 Maio 2025

O relatório The Wealth Report revela um notório crescimento de milionários no último ano, que tem vindo a criar oportunidades no mercado português, principalmente no segmento de imobiliário de luxo.

“The Wealth Report – O mercado imobiliário de luxo – Perspetivas globais e o mercado português”, assim foi intitulada a conferência organizada pela Quintela + Penalva I Knight Frank em parceria com a Católica Lisbon School of Business & Economics. O evento, que contou com a presença e a intervenção de diversos especialistas do setor, foi o palco nacional para a apresentação do The Wealth Report, o principal relatório da Knight Frank, parceira da portuguesa Quintela + Penalva desde 2021, que analisa o setor imobiliário e os investimentos no setor do luxo a nível mundial.

Carlos Penalva, sócio-fundador da Quintela + Penalva | Knight Frank, abriu a conferência apresentando a Quintela + Penalva como uma marca 100% portuguesa e, desde sempre, focada no segmento de luxo. Referiu ainda que a associação à Knight Frank, desde 2021, foi mais um passo importante na afirmação do posicionamento da marca no mercado e que, apesar das transformações do setor, conseguiram manter os seus valores “e a missão de garantir um serviço 360º e que acompanha o cliente até à tomada de decisão final, num serviço personalizado, completo e de confiança”.

A apresentação e análise do Wealth Report, feita por o Alex Koch de Gooreynd, partner da Knight Frank, destacou a importância do capital privado no mercado imobiliário e deixou em evidência o crescimento do número de milionários (indivíduos com mais de 10 milhões de dólares em ativos) a nível mundial em 2024 – um aumento de 4,4%, referindo que “a riqueza privada está a transformar o nosso mundo como nunca, criando oportunidades de investimento a nível global”.

Portugal é hoje um destino de luxo e atrai fortunas pela segurança e qualidade de vida. A parceria com a Quintela + Penalva surgiu naturalmente pois procurámos sempre agências com o mesmo mindset que o nosso, que ofereçam um serviço irrepreensível aos clientes e que sejam verdadeiros especialistas locais nos seus países”, continuou.

Entrando numa análise mais detalhada do relatório, este mostra que a riqueza privada tem um crescimento global que se distribui da seguinte forma: América do Norte (5,2%), Ásia (5%), África (4,7%) e Médio Oriente (2,7%). A Europa registou um crescimento menor na ordem de 1,4%.

Em 2024 surgiram centenas de novos bilionários, cuja idade média, em geral, se situa nos 66 anos, mas se se considerar apenas o setor tecnológico, a média desce para 57 anos. Na distribuição dos géneros, apenas 13% destes bilionários são mulheres, mas analisando a faixa etária abaixo dos 30 anos, esta média sobe para 47%.

As principais áreas de negócio são a indústria transformadora, a tecnologia, as finanças e investimentos, a moda e o retalho, a saúde e alimentação e bebidas. Nas tendências de investimento, o segmento residencial continua a liderar, com 14,3% da procura, seguido a logística (13,2%), as residências de luxo e branded residences (12,1%), os hotéis (11,6%), a saúde (11%) e os data centers (11%).

O evento teve, ainda, dois painéis de debate. O primeiro sobre o tema “O Mercado Imobiliário de Luxo em Portugal”, que contou com a presença de Carlos Penalva, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank, João Cabaça, CEO da VIC Properties, e André Caiado, arquiteto e fundador da Contacto Atlântico. Já o segundo teve como oradores Mónica Seabra Mendes, diretora do Programa Executivo de Gestão do Luxo na Católica Lisbon Business & Economics, Gracinha Viterbo e Miguel Vieira da Rocha, partners da Viterbo Interior Design, Alexandra Cesário, fundadora da Know Concierge e Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank.

De acordo com os dados do Wealth Report, estima-se que 142 mil milionários deverão mudar de país em 2025, sendo que entre os principais fatores que motivam esta mobilidade são a fiscalidade e a estabilidade política, mas principalmente a segurança, considerado o valor mais importante. “A segurança que Portugal oferece é, sem dúvida, um forte atrativo para este segmento de clientes, são pessoas que prezam o conforto e que têm casas em vários países”, sublinhou Alex Koch de Gooreynd.

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Resultado global da Generali sobe 8,9% no primeiro trimestre

Vendas e lucros dos ramos Não Vida levaram a um desempenho positivo a nível global do Grupo Generali no primeiro trimestre do ano. Recompra de ações vai continuar este ano.

A Generali, que detém em Portugal a seguradora Generali Tranquilidade, divulgou esta quinta-feira os resultados relativos ao primeiro trimestre de 2025, destacando um resultado operacional consolidado de 2,1 mil milhões de euros, uma subida de 8,9% em termos homólogos, impulsionada por todos os segmentos de negócio e especialmente pelo ramo Não Vida.

O total de prémios brutos subscritos atingiu 26,5 mil milhões de euros alavancado pelo desempenho dos seguros Não Vida com uma subida de 8,6%, com primazia nos ramos que não o Automóvel. O resultado líquido ajustado subiu 7,6% para 1,2 mil milhões de euros, e a posição de solvência manteve o nível de 210% registado há um ano.

Cristiano Borean, CFO global do grupo italiano, o diretor geral Marco Sesana, e Giulio TerzariolCEO da área seguradora da Generali divulgaram, no encontro com os acionistas, que o ramo Não Vida registou um resultado operacional superior a mil milhões de euros, mais 18,7% que em igual período do ano passado. Estes ramos beneficiaram de um forte crescimento das receitas, impulsionados principalmente pelos ramos Não Automóvel, bem como de uma melhoria no rácio combinado que registou um valor de 89,4%, menor que em igual trimestre de 2024.

O negócio de Vida registou fluxos líquidos significativos, com um resultado operacional de 992 milhões de euros, superior em 2,3% ao do primeiro trimestre do ano passado, com as áreas preferenciais de Proteção & Saúde e Híbridos e Unit-Linked a apresentarem “desempenhos sólidos”, referiu Borean.

A divisão Asset & Wealth Management deu uma contribuição sólida ao resultado operacional do Grupo de 272 milhões de euros, sobretudo suportada pela consolidação da Conning Holdings Limited e de 146 milhões por parte da Banca Generali, participada atualmente em processo de aquisição pela Mediobanca.

A Generali relembrou ainda os objetivos estratégicos contidos no seu novo plano “Lifetime Partner 27: Driving Excellence” que aponta para forte crescimento dos lucros por ação entre 8% e 10%, geração de fluxos líquidos acumulados de holding superiores a 11 mil milhões de euros e um aumento do dividendo por ação superior a 10%.

A administração comandada pelo CEO Philippe Donnet pretende conseguir mais de 7 mil milhões de euros em dividendos acumulados até 2027, executar o compromisso de recompra de ações de pelo menos 1,5 mil milhões de euros ao longo do horizonte do plano, começando já em 2025 com a recompra de 500 milhões de euros.

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Representantes europeus admitem que desinformação é problema cada vez mais presente

  • Lusa
  • 22 Maio 2025

Os representantes europeus consideram que a escola tem um um papel relevante a desempenhar no combate à desinformação e que a inteligência artificial (IA) também pode ajudar nesse combate.

Representantes europeus defenderam esta quinta-feira que a desinformação é um problema cada vez mais presente na sociedade europeia, sendo apenas uma parte visível de grandes campanhas, vindas, por exemplo, da Rússia e da China.

O presidente do Conselho Económico e Social português (CES), Luís Pais Antunes, referiu na conferência “Os Cidadãos Podem Derrotar a Desinformação”, que “a informação é uma essência precisa da democracia e do quotidiano”, sobretudo num mundo complexo, “onde além da informação, a desinformação se está a tornar num elemento omnipresente nas nossas vidas“.

Já a representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Moreira de Sousa, levantou a questão: “O que é que cada um pode fazer para lutar contra um fenómeno que tem crescido cada vez mais nos últimos anos?”.

Para esta responsável, em causa está a confiança dos cidadãos nas instituições europeias, sendo que para responder à questão, Sofia Moreira de Sousa, destaca que combater a desinformação é uma tarefa contínua que todos têm de cumprir, tendo a escola um papel relevante no desenvolvimento do pensamento crítico.

É necessário pensar antes de partilhar“, para que os próprios cidadãos possam “preservar o espaço público”, sendo que também a inteligência artificial (IA) pode ajudar a combater a desinformação que afeta a sociedade, disse a representante portuguesa.

O chefe da equipa de política “Integridade da Informação e Luta contra a Manipulação de Informação Estrangeira e Interferência (FIMI)” no Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), Siim Kumpas, descreve a desinformação como uma bala, enquanto tudo o resto é o atirador ou a arma, dizendo que a “desinformação é a última vítima” de algo muito maior.

Siim Kumpas afirma que “não se pode apenas analisar as narrativas, é preciso ver os tipos de controlo manipulados por Estados que criam milhares de contas falsas para desenvolver uma guerra de falsidades, para manipular a opinião pública“, salientando países como a China ou a Rússia nesta matéria.

O responsável explica ainda que é impossível acabar com as campanhas de desinformação desenvolvidas pela Rússia, daí a importância da defesa que permite desacelerar a influência destes países em solo europeu.

A conferência “Os Cidadãos Podem Derrotar a Desinformação” é promovida pelo Conselho Económico Europeu (CES) e Comité Económico e Social Europeu (CESE) e realiza-se, em Lisboa, quando “a desinformação é uma realidade cada vez mais presente no quotidiano das sociedades modernas um pouco por todo o mundo, e em particular, em solo europeu, onde as notícias falsas proliferam e minam a democracia”, referem.

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Lisboa no “top 10” das cidades europeias mais promissoras

Lisboa ocupa a 10.ª posição do ranking das "Rising Stars" na Europa, do "Global Tech Ecosystem Index 2025", da Dealroom. Paris supera Londres a nível global.

Lisboa é uma das cidades europeias mais promissoras ao nível de ecossistema tecnológico, segundo o “Global Tech Ecosystem Index 2025”, da Dealroom. Paris supera Londres como o hub tecnológico na região e é a única cidade europeia a atingir o Top global.

O estudo da Dealroom analisa 288 cidades, de 69 países, em métricas como financiamento de capital de risco, avaliação de startups e crescimento, número de unicórnios, concentração de patentes, entre outros parâmetros.

Lisboa ocupa a 10.ª posição do ranking das “Rising Stars” (cidades mais promissoras) na Europa. A tabela europeia é liderada por Istambul.

 

Fonte: Global Tech Ecosystem Index 2025″, da Dealroom.

 

O ranking das “Rising Stars” contempla as cidades com os ecossistemas tecnológicos de mais rápido crescimento em termos de avaliação das empresas e criação de unicórnios, ajustado ao PIB per capita e custo de vida. Neste parâmetro, Lagos (Nigéria) lidera globalmente.

 

Fonte: Global Tech Ecosystem Index 2025″, da Dealroom.

 

Globalmente, os Estados Unidos lideram, tendo, pela primeira vez, Paris superado Londres na Europa seguido de Estocolmo, Munique e Amesterdão. A cidade francesa é também a única europeia a atingir o Top 5 global, cujas três primeiras posições são ocupadas por cidades norte-americanas.

Um crescimento da capital francesa no ranking apontado à recente aposta na Inteligência Artificial e investimentos anunciados na área. Além de Paris (4.ª posição), no Top 20 apenas Londres (6.ª), Estocolmo (15.ª) e Munique (17.ª).

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Raimundo fecha a porta a proposta do Livre para frente de esquerda unida nas autárquicas

Livre pede uma frente unida de esquerda, mas Raimundo defende que CDU tem "provas dadas" no poder local e que a leitura do resultado das legislativas não deve ser transferido para as autárquicas.

A CDU mostra-se indisponível para uma frente de esquerda unida nas autárquicas previstas, defendendo que tem provas dadas no poder local e que a leitura dos resultados das legislativas de domingo não se pode transferir para as eleições previstas para setembro ou outubro.

“A frente unitária e popular com provas dadas no poder local é a CDU. Apelamos a que não só se juntem como sejam protagonistas deste projeto”, afirmou esta quinta-feira o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas à saída do encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém.

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, lançou na quarta-feira um desafio a toda a esquerda, incluindo o PAN: formação de “listas progressivas” conjuntas para impedir que o Chega conquiste muitas câmaras municipais. “O Livre vem dizer à esquerda que deve despertar para esta realidade, para que haja na maior parte das câmaras possíveis listas progressistas”, sugeriu.

Paulo Raimundo argumentou que “o poder local e as disputas autárquicas têm particularidades muito grandes e em nenhum momento da democracia se viu uma transferência do voto das legislativas para as autárquicas”. O líder comunista sublinhou que o partido está no terreno e quer afirmar a sua frente popular.

Foco deve ser concretizar a Constituição, não alterá-la

Embora admita que “é sempre possível melhorar o texto constitucional”, o secretário-geral do PCP defendeu que “é preciso é que a Constituição todos os dias se concretize na vida das pessoas no trabalho, na saúde, na habitação, no direito das pessoas”.

“Precisamos de um caminho de uma alternativa deste caminho, não para alterar a Constituição, mas para que seja uma realidade na vida de cada um. Se aqueles que estão tão preocupados e empenhados em alterar a Constituição se empenhassem na sua concretização a vida da maioria dos que vivem no nosso país”, afirmou à saída da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, que durou mais de uma hora.

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Famílias aplicam 541 milhões nos Certificados de Aforro em abril, apesar da descida no juro

Em abril, os Certificados de Aforro passaram a pagar menos do que o limite máximo. Mesmo assim, as famílias aplicaram mais de 541 milhões neste produto do Estado, em termos líquidos.

As famílias portuguesas aplicaram, em termos líquidos, mais de 541 milhões de euros em Certificados de Aforro no mês de abril, levando o stock total a ultrapassar os 37 mil milhões de euros, indicam os dados atualizados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

O montante subscrito em Certificados de Aforro subiu quase 1,5% mesmo num mês em que este produto de poupança do Estado deixou de render o teto máximo. Conforme calculou o ECO, as novas subscrições realizadas em abril ofereceram uma taxa de juro base de 2,415%, inferior ao limite máximo de 2,5%, algo que não acontecia desde fevereiro de 2023.

Stock de Certificados bate recorde:

Fonte: Banco de Portugal

O crescimento foi também inferior em termos absolutos ao observado no mês anterior, quando as novas subscrições alcançaram 726 milhões de euros. Ainda assim, os 37.022,95 milhões de euros que estavam alocados a este instrumento de aforro no final de abril representam mais um recorde, sendo o sétimo mês consecutivo em que o stock renova máximos históricos, numa clara inversão face ao recuo que se foi verificando ao longo de boa parte do ano passado.

Feitas as contas, os Certificados de Aforro acumulam subscrições líquidas de cerca de 2,28 mil milhões de euros este ano. Pelo contrário, no mesmo período de 2024, as famílias retiraram mais de 90 milhões dos Certificados.

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Estado passa “brevemente” a suportar metade das assinaturas digitais da imprensa

  • Lusa
  • 22 Maio 2025

O Código de Comunicação Social, embora inicialmente previsto para julho, viu o seu prazo ser "um pouco" dilatado mas ainda será apresentado "durante este ano civil" ao parlamento.

O Estado vai passar “brevemente” a suportar 50% das assinaturas digitais para todos os cidadãos maiores de 18 anos, com o objetivo “de fortalecer” a comunicação social, disse esta quinta-feira o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim.

A medida faz parte do Plano de Ação de Apoio aos Media, apresentado pelo Governo em outubro, segundo a qual o Governo irá bonificar em 50% as assinaturas digitais adquiridas em órgãos de comunicação social registados na ERC. Por cada nova assinatura digital, ou renovação, o Estado suportará metade do custo dessa assinatura. Esta medida contempla uma assinatura por pessoa singular mediante apresentação do NIF.

Carlos Abreu Amorim falava na conferência “Os cidadãos podem derrotar a desinformação”, organizada pelo Conselho Económico e Social (CES) e o Comité Económico e Social Europeu (CESE), onde defendeu a importância de que haja cidadãos formados e credibilidade no jornalismo para combater a desinformação. “A falta de credibilidade do jornalismo é o maior aliado da desinformação“, advertiu o governante.

O secretário de Estado referiu ainda que vai acabar a figura do equiparado, que existe na comunicação regional e local, para ser substituído por jornalistas, e defendeu que é preciso voltar ao essencial, à “ligação umbilical entre democracia e comunicação social, livre, isenta, crítica”. A desinformação, desordem informativa e as fake news “são a grande ameaça”, tem de se “ir de volta ao princípio”, insistiu.

Carlos Abreu Amorim disse também que o Código de Comunicação Social, que vai densificar a legislação do setor, deverá ser apresentado ao parlamento ainda este ano e que vão ser criadas regras neutras.

“Vamos fazer um Código da Comunicação Social”, o qual estava previsto até julho, mas com as eleições, o trabalho teve de parar, salientou. Agora “vamos dilatar um pouco” o prazo, mas “ainda durante este ano civil apresentaremos ao parlamento português” o código, acrescentou.

Vamos criar regras neutras do ponto de vista da tecnologia e de outros pontos de vista“, para que não se tornem obstáculo.

Além disso, “vamos densificar a deontologia jornalística”, acrescentou, referindo que se tem assistido àquilo a que classificou de “fenómenos jornalísticos”, como o facto de o jornalista noticiar e ser comentador do facto que noticia.

Governo vai continuar a apostar nos instrumentos de verificação de factos

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares afirmou também que o Governo português vai continuar a apostar nos instrumentos de verificação de factos, salientando que a democracia não pode sobreviver sem media livres, críticos e isentos.

“A democracia não pode subsistir, sobreviver sem uma informação livre, sem uma Comunicação Social livre, isenta e crítica”, afirmou o governante, referindo que a desinformação ataca de “forma virulenta” a própria lógica da democracia.

O Governo português “vai continuar a alinhar” nas lógicas europeias de regulamentações e planos e vai “apostar nos instrumentos de verificação de factos“, acrescentou, dando o exemplo do novo Contrato de Concessão da RTP que também prevê isso.

“Vamos seguir escrupulosamente as regras europeias e os planos europeus para essa matéria”, apontou, recordando que no Plano de Ação para os media foi um incluído um novo plano de literacia mediática.

“Consideramos que as duas grandes formas, além da verificação de factos”, que são importantes no combate à desinformação, “tem a ver com cidadãos informados e, em segundo, com a credibilidade do jornalismo”.

Até porque a falta de credibilidade do jornalismo “é o maior aliado da desinformação e há, também aí, um grande caminho a fazer e há também um reconhecimento de algumas responsabilidades próprias da comunicação social” em relação a esta matéria, acrescentou.

As evoluções tecnológicas, particularmente o digital e a inteligência artificial (IA), “fizeram com que a desinformação, desordem informativa e as fake news sejam hoje um fenómeno que ameaça de forma patente, concreta, a lógica da democracia”, sublinhou o secretário de Estado.

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