Funcionários da AstraZeneca colaboram com a Cruz Vermelha na recuperação do ambiente natural do rio Turia após o SWINE

  • Servimedia
  • 5 Junho 2025

A iniciativa, organizada em conjunto com a Cruz Vermelha e com o apoio da Câmara Municipal, faz parte do programa de voluntariado empresarial da empresa farmacêutica.

Cerca de uma centena de colaboradores da AstraZeneca participaram numa jornada de voluntariado com a Cruz Vermelha para recuperar o antigo Parque Recreativo do Rio Turia, em Riba-roja del Turia (Valência), uma das zonas mais afetadas pelo DANA que atingiu a Comunidade Valenciana em outubro passado.

Durante o dia, os voluntários realizaram tarefas como a limpeza de resíduos arrastados pelas inundações, a recuperação de caminhos naturais e a reflorestação com espécies autóctones. A Cruz Vermelha forneceu os materiais e o apoio logístico necessários para a realização das tarefas no terreno. Pilar Salort, responsável provincial pelo plano de resposta DANA da Cruz Vermelha, afirmou que “o envolvimento de empresas como a AstraZeneca é fundamental para acelerar a recuperação dos ambientes danificados e apoiar as comunidades afetadas”.

A Câmara Municipal de Riba-roja também colaborou nesta iniciativa. O seu vereador do Ambiente, José Luis Ramos, agradeceu o envolvimento dos voluntários e salientou o valor do parque como “símbolo de identidade e bem-estar para os habitantes locais”, bem como a importância da colaboração público-privada para “gerar um impacto real no território”.

Para a AstraZeneca, esta ação reforça a sua visão da saúde global como um conceito holístico, ligando a saúde das pessoas à saúde do planeta e ao desenvolvimento de comunidades resilientes. “Contribuir diretamente para a recuperação de um espaço natural de grande valor para a comunidade é uma oportunidade de gerar um impacto positivo e duradouro”, afirmou Marta Moreno, Diretora de Assuntos Corporativos e Acesso ao Mercado.

Com iniciativas como esta, a empresa reforça seu compromisso com a sustentabilidade com impacto, combinando inovação científica, consciência ambiental e responsabilidade social nos ambientes onde atua.

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Bluewave Alliance apresenta o modelo do primeiro SeaSpore, uma escultura que será submersa ao largo da costa de Barcelona para recuperar a biodiversidade

  • Servimedia
  • 5 Junho 2025

A obra original, denominada SeaSpore Posidonia, foi criada pelo artista Lorenzo Quinn e tem a Ocean Ecostructures como parceiro tecnológico. Está atualmente em fase de conclusão.

A Bluewave Alliance, promovida pelo ISDIN, apresentou o modelo final da primeira escultura do projeto SeaSpore, uma iniciativa que funde ciência, arte e tecnologia para criar esporos que contribuem para a recuperação da biodiversidade marinha e sensibilizam para a necessidade de preservar os mares e oceanos.

O Porto Olímpico de Barcelona acolheu a apresentação do modelo no contexto do Bluewave Days, um evento de sensibilização para a proteção dos mares e oceanos, que este ano celebra a sua terceira edição (de 30 de maio a 8 de junho). O evento contou com a presença do Presidente da Câmara de Barcelona, Jaume Collboni, que sublinhou “o compromisso da ISDIN com a preservação dos fundos marinhos” através de projetos como o SeaSpore, que definiu como “uma contribuição importante, informativa, socialmente empenhada e com impacto”. “Precisamos que muitas mais empresas se comprometam com o ambiente natural e criem esta consciência”, observou Collboni.

Juan Naya, Diretor-Geral do ISDIN, salientou o simbolismo da escultura, que representa um rosto de mulher com longos cabelos ondulados. É nesta parte da obra que, depois de submergir na costa de Barcelona, começará a desenvolver-se a Posidónia, uma planta exclusiva e fundamental para o Mediterrâneo. “Sempre acreditámos que um projeto como este deveria ter a sua primeira imersão em Barcelona”, afirmou Naya. Na mesma linha, o escultor Lorenzo Quinn explicou que a sua inspiração para a obra veio da Posidónia “porque é um símbolo do Mediterrâneo, essencial para a manutenção da vida marinha”.

Durante os Bluewave Days, cujo evento principal foi o Simpósio, o CEO do ISDIN também destacou o valor desta aliança que reúne “sonhadores, empresas e instituições empenhadas em restaurar a saúde e a beleza do Mediterrâneo” através de atividades, formação e projetos de investigação e divulgação científica. No âmbito deste compromisso, destacou a recente incorporação na Aliança Bluewave de dez novos parceiros e mais de quarenta colaboradores.

A conferência incluiu uma sentida homenagem póstuma ao Dr. Enrique Ballesteros, uma figura proeminente da ecologia marinha e membro do Conselho Nacional de Investigação Espanhol (CSIC), e a sessão “Blue Talks”, que destacou o valor da ciência como aliada para enfrentar os desafios atuais, especialmente os ambientais. Especialistas e investigadores destacaram o papel da ciência para inverter as alterações climáticas e a perda de biodiversidade, ao mesmo tempo que chamaram a atenção para a importância da conservação e da sensibilização para cuidar de todas as espécies que coexistem no nosso planeta.

PARCERIAS

As mesas redondas também abordaram questões como a evolução do Mediterrâneo, o mar mais poluído do mundo. Em “Questões de futuro”, em que participaram perfis como o do etólogo e publicitário ambiental Alex Avello (Oceavida), foi discutida a importância de formar as novas gerações para que se tornem “alfabetizadas no oceano”. O debate contou com a participação de Mireia de Mas (Ocean Ecostructures), Pol Ramos (Odicean) e Amaia Rodríguez (Gravity Wave), que concordaram com a importância do envolvimento das empresas, apoiando projetos regenerativos e de sensibilização para promover a sua escalabilidade e tornar a economia azul sustentável.

No painel de empresas empenhadas, o CEO do ISDIN, Juan Naya, sublinhou que as organizações têm “a responsabilidade e a oportunidade de contribuir” para serem parte da solução dos problemas ambientais. “Podemos dar um passo em frente através da inovação, através de planos estratégicos ao serviço de grandes problemas que vão para além da empresa”, afirmou.

Juan García, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Caser; Marta Labata, CEO da BSM, e Jordi Sardina, CEO da Volvo Ditevo, também participaram no evento, sublinhando a importância de incentivar a mudança e minimizar os impactos negativos, tanto a nível interno como externo, através de alianças. “Apenas as empresas que utilizam o motor da sustentabilidade com uma visão de longo prazo e se comprometem com alianças atingirão os seus objetivos em termos de rentabilidade económica, mas também de rentabilidade social e ambiental”, insistiu Labata.

A conferência contou ainda com uma apresentação inspiradora de Zafer Kizilikaya, distinguido com o prémio Goldman Environmental 2023 pelo seu trabalho em prol da expansão das Áreas Marinhas Protegidas ao longo da costa turca, que descreveu em pormenor o seu projeto de recuperação do ecossistema na costa de Gökova (Turquia), onde na primeira década do século XXI se verificava a menor proporção de peixes em todo o Mediterrâneo. “A conservação ativa e eficaz permitiu não só aumentar a população de peixes, mas também o seu tamanho, o que ajudou muito as comunidades piscatórias da zona, entre as quais há muitas mulheres”, observou Kizilikaya.

Zafer Kizilkaya foi um dos vencedores dos Prémios Bluewave, atribuídos após o Simpósio, que reconheceram os líderes mundiais que contribuem para a recuperação da saúde e da beleza do Mediterrâneo, o objetivo da aliança. Nesta edição, para além de Kizilkaya (Mediterranean Protetor Award), os outros vencedores foram a Dra. Marta Estrada e Olivia Mandle, que receberam o Excellence in Marine Science Award e o Rising Blue Voice Award, respetivamente.

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ICER alerta para o facto de a guerra no mundo poder reduzir o crescimento de Espanha e fazer subir o desemprego para 12,1%

  • Servimedia
  • 5 Junho 2025

O instituto afirma que indicadores como o investimento, as exportações e o consumo interno seriam fortemente afetados por um cenário de escalada da guerra.

O Instituto das “Ciencias del Empleo y las Relaciones Laborales” (ICER) alertou para as implicações significativas que a intensificação dos conflitos bélicos a nível global, especialmente na Ucrânia e no Médio Oriente, poderá ter na economia e no mercado de trabalho espanhóis. No seu relatório “Europa: Previsões num cenário de conflito”, o instituto analisa a forma como a reconfiguração da ordem geopolítica, acompanhada pela necessidade de reforçar a autonomia estratégica, a segurança energética e a defesa coletiva, irá gerar transformações estruturais significativas na economia espanhola e, consequentemente, no seu mercado de trabalho.

O relatório ICER apresenta três cenários macroeconómicos para o período 2024-2026, sendo o “cenário de conflito” o mais preocupante para o emprego. Neste contexto, prevê-se que o crescimento do PIB espanhol abrande para apenas 0,6% em 2026, ao passo que, num cenário otimista ou central, deverá ultrapassar os 2%. Poderá também assistir-se a um aumento da taxa de desemprego, que poderá atingir 12,1%, e a uma contração das exportações de cerca de dois pontos percentuais. No entanto, o estudo reconhece a resiliência da economia espanhola, cuja força assenta no turismo e em alguns setores estratégicos.

Para o Secretário-Geral do ICER, Alejandro Costanzo, este estudo sublinha “a urgência de adaptar as nossas políticas económicas e laborais a um ambiente internacional profundamente condicionado pela geopolítica. Os efeitos de uma eventual generalização do conflito na Europa já não são uma hipótese remota, mas um cenário que exige respostas concretas. O presente relatório destaca a forma como setores estratégicos como a energia, a defesa, a logística e a tecnologia serão reconfigurados e, com eles, o mercado de trabalho. O capital humano qualificado será o principal fator de resiliência de Espanha e da Europa. Por conseguinte, é imperativo antecipar as necessidades, reforçar a formação e assegurar a adaptação do talento aos setores emergentes”.

Por seu lado, indicadores como o investimento seriam afetados em mais de 1% em relação aos cenários otimista e central, projeções que o ICER fez analisando os vários relatórios de instituições como a OCD, o Banco Mundial, o FMI, entre outros, e que, juntamente com o trabalho do Ceprede, propõem diferentes cenários para Espanha num ambiente global em crescente mudança.

Consequentemente, o ICER identifica no seu estudo cinco sectores-chave que serão particularmente afetados por esta transformação estrutural, mas que têm em comum o facto de todos eles exigirem mais inovação, digitalização, qualificação técnica e adaptação regulamentar.

SETORES QUE IRÃO MOLDAR O FUTURO

O relatório indica que o setor automóvel enfrenta a dupla pressão da transição para a eletromobilidade e as tensões comerciais internacionais. O abrandamento da Agenda Verde Europeia, a concorrência chinesa e o protecionismo dos EUA criam um ambiente complexo. No entanto, a Espanha tem a oportunidade de liderar a produção de baterias e componentes estratégicos, com uma elevada procura de engenheiros de armazenamento de energia, especialistas em veículos elétricos, peritos em logística de componentes e gestores de sustentabilidade industrial.

No que diz respeito à defesa, salienta que o novo contexto de segurança coletiva está a impulsionar o aumento dos orçamentos de defesa europeus e a autonomia tecnológica. A indústria espanhola, envolvida em programas-chave, tem potencial de crescimento se se adaptar à especialização, sustentabilidade e regulamentação. A procura centrar-se-á em profissionais de cibersegurança, IA, drones, sistemas autónomos, análise geopolítica e fabrico avançado, com uma estimativa de 3 300 a 4 600 novas contratações altamente qualificadas nos próximos cinco anos.

Na área da segurança, explica que o crescimento deste setor, tanto na esfera pública como na privada, se deve ao aumento do investimento público na segurança interna e à externalização de funções. As novas ameaças híbridas (ciberataques, sabotagem, desinformação) exigem capacidades avançadas das empresas e dos organismos públicos.

No que diz respeito à logística, este setor é altamente afetado por perturbações nas cadeias de abastecimento, custos energéticos e novas exigências estratégicas, sendo vulnerável à escassez de talentos em transportes especializados, gestão de inventários e planeamento de crises. A sua transformação digital e o seu papel na segurança estratégica impulsionam o investimento em capital humano, prevendo-se um aumento da procura de planeadores, especialistas em logística militar e civil e profissionais resistentes à pressão.

Por último, o setor da energia é visto como a chave para a transformação económica. O fim da dependência da Rússia obriga a Europa a acelerar a transição para as energias renováveis (em que a Espanha lidera, com potencial para o hidrogénio verde). Para tal, são necessários muitos talentos técnicos no domínio das energias renováveis, da IA para as redes inteligentes e do marketing digital. A descentralização, a digitalização e a resiliência da rede são desafios que exigem um planeamento do trabalho.

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Trump proíbe a entrada nos EUA a cidadãos de 12 países, incluindo a Guiné-Equatorial

  • Lusa
  • 5 Junho 2025

Proibição assinada pelo presidente aplica-se a Afeganistão, Birmânia, Chade, República Democrática do Congo, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

Donald Trump proibiu a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de 12 países, entre os quais a Guiné Equatorial, para “proteger” o país de “terroristas estrangeiros”, segundo uma proclamação publicada pela Casa Branca.

A proibição assinada pelo Presidente dos Estados Unidos, que entra em vigor a 9 de junho, para além do estado membro Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), aplica-se ao Afeganistão, Birmânia, Chade, República Democrática do Congo, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

“A entrada nos Estados Unidos de nacionais da Guiné Equatorial como imigrantes e não-imigrantes é totalmente suspensa”, proclama Trump.

Sete outros países estão sujeitos a restrições, designadamente, o Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela.

A proibição e restrições aplicam-se tanto à entrada de imigrantes como de não imigrantes, especifica a ordem executiva assinada por Trump e é divulgada poucos dias depois do atentado no Colorado.

No domingo, um homem lançou engenhos incendiários contra os participantes numa marcha semanal no Colorado em apoio aos reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza. Segundo a Casa Branca, o presumível autor do ataque encontrava-se em território norte-americano “ilegalmente”.

“É política dos Estados Unidos proteger os seus cidadãos contra ataques terroristas e outras ameaças à segurança nacional ou à segurança pública”, explica o documento.

“Os protocolos e procedimentos de rastreio e verificação associados à concessão de vistos e a outros processos de imigração desempenham um papel fundamental na aplicação dessa política”, reforçando a capacidade do país “detetar estrangeiros que possam cometer, ajudar ou apoiar atos de terrorismo, ou que, de outra forma, representem uma ameaça à segurança”, acrescenta ainda a proclamação.

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Hafesa abre uma nova sede corporativa para continuar o seu crescimento

  • Servimedia
  • 5 Junho 2025

No último ano, o número de trabalhadores da empresa em Madrid aumentou 30%, e a previsão é manter esta tendência de crescimento.

A Hafesa, operador multi-energia especializado no comércio de hidrocarbonetos, armazenamento estratégico e comercialização de energia, mudou a sua sede corporativa em Madrid para um novo espaço físico que reflete o atual momento de crescimento e consolidação da empresa.

Esta mudança responde ao forte desenvolvimento que a Hafesa tem registado nos últimos anos, quer em termos de estrutura organizacional, quer em termos de volume de negócio e recursos humanos. Só no último ano, o quadro de pessoal da empresa em Madrid aumentou 30%, e prevê-se que esta tendência se mantenha, impulsionada pela expansão das suas linhas de negócio e pelo seu posicionamento como um dos principais atores multi-energéticos do país.

Os novos escritórios, situados na Calle Estébanez Calderón, 3-5 (1º andar), foram concebidos para oferecer um ambiente de trabalho mais amplo, luminoso e funcional, que favorece a colaboração entre equipas, o intercâmbio de ideias e a inovação. Com áreas abertas, gabinetes colaborativos, salas polivalentes e zonas de descanso, o novo espaço responde às necessidades de um modelo organizacional ágil e centrado nas pessoas.

“A mudança para estas novas instalações não é apenas uma mudança física, mas um reflexo da nossa evolução como empresa. Continuamos a crescer, a incorporar talento e a desenvolver projetos que nos obrigam a estar mais ligados, a ser mais eficientes e a oferecer às nossas equipas um ambiente que acompanha a sua ambição coletiva de avançar”, explicou Diego Guardamino, diretor-geral da Hafesa.

Um dos pilares do novo espaço é a sustentabilidade. O edifício que alberga a nova sede, o Discovery Building, tem a certificação ambiental LEED Platinum, um dos padrões internacionais mais exigentes em termos de eficiência energética, gestão de recursos e conforto ambiental. Este compromisso com escritórios mais sustentáveis está em linha com o compromisso da Hafesa de integrar a sustentabilidade em todas as suas operações.

A empresa também colocou especial ênfase no bem-estar da sua equipa, incorporando elementos que melhoram a experiência diária no ambiente de trabalho: mais luz natural, espaços abertos que favorecem a comunicação e áreas comuns concebidas para incentivar a criatividade e a coesão interna.

A Hafesa indicou que enfrenta esta etapa com o objetivo de “continuar a consolidar-se como uma empresa sólida, inovadora e comprometida com o talento”. O novo espaço não só responde às necessidades atuais, como também está preparado para futuras incorporações e desafios estratégicos. A empresa procura reforçar uma cultura empresarial centrada nas pessoas, em que o ambiente de trabalho se converte num motor de motivação, orgulho de pertença e desenvolvimento profissional”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de junho

  • ECO
  • 5 Junho 2025

Ao longo desta quinta-feira, 5 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 5 Junho 2025

A reunião do BCE, na qual deverá ser decidida uma nova descida de juros, e a tomada de posse do novo Governo, cuja lista de ministros foi ontem conhecida, são os temas em destaque esta quinta-feira.

Um dia depois do primeiro-ministro Luís Montenegro ter apresentado ao presidente da República a lista com os novos ministros, o XXV Governo Constitucional toma posse já esta quinta-feira ao final da tarde. Em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) deverá anunciar um novo corte de juros e, em Bruxelas, os ministros da Defesa da Aliança Atlântica participam numa reunião para preparar a cimeira da NATO que terá lugar nos dias 24 e 25 de junho. Há ainda indicadores económicos e o chanceler alemão, Friedrich Merz, reúne-se com Donald Trump na Casa Branca.

BCE decide taxas de juro

Os governadores do Banco Central Europeu (BCE) reúnem-se em Frankfurt para decidir se cortam de novo as taxas de juro. Os analistas acreditam no sétimo corte consecutivo e o oitavo no ciclo iniciado no ano passado, antecipando uma descida adicional de 25 pontos base. O banco central também vai apresentar as novas previsões para o crescimento e a inflação na zona euro, as primeiras já com os anúncios da política tarifária dos EUA.

Tomada de posse do novo Governo

O XXV Governo Constitucional, liderado por Luís Montenegro, deve tomar posse esta quinta-feira, pelas 18 horas, no Palácio da Ajuda. Os secretários de Estado, cuja lista de nomes ainda não é conhecida, tomarão posse no dia seguinte, na sexta-feira, às 12h, no mesmo local.

NATO reúne ministros da Defesa

Os ministros da Defesa da Aliança Atlântica participam numa reunião, em Bruxelas, para preparar a cimeira da NATO que terá lugar em Haia, a 24 e 25 de junho. O encontro surge num momento em que vários países defendem o aumento dos gastos militares para 5% do PIB, um objetivo que Portugal não exclui atingir.

Merz encontra-se com Trump na Casa Branca

Num momento em que a União Europeia prossegue as negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas, o chanceler alemão Friedrich Merz visita a Casa Branca, para um encontro com o presidente americano Donald Trump durante a manhã. Está previsto que os dois líderes falem aos jornalistas depois do almoço. Temas como as taxas aduaneiras, a guerra na Ucrânia e o futuro da NATO marcam o encontro.

Eurostat divulga preços na produção industrial

O gabinete de estatística europeu Eurostat divulga a evolução dos preços na produção industrial na União Europeia e na Zona Euro em abril de 2025. Nos EUA são conhecidos os dados mais recentes dos novos pedidos de subsídio de desemprego no país.

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Morgan Stanley revela uma participação de 3,3% na Indra em plena recuperação da bolsa

  • Servimedia
  • 5 Junho 2025

A aposta da Indra no setor da defesa levou a empresa a alcançar máximos históricos e a ser a empresa mais alta do Ibex 35 este ano, com uma revalorização de 107%.

O banco de investimento norte-americano Morgan Stanley adquiriu uma participação de 3,33% na Indra, em plena recuperação bolsista da empresa, segundo os registos oficiais da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

Desde o início de 2025, vários investidores redobraram a sua aposta na empresa, mostrando a sua confiança no rumo da Indra sob a liderança de Escribano. É o caso da UBS, que no final de 2024 tinha uma participação de 2,32%, que agora subiu para 4,66%.

O Goldman Sachs detinha 2,86% do capital em 2024 e, no final de maio, aumentou a sua participação para 5,72%. Outro grande banco americano, o JP Morgan, detém 15,27% do capital da Indra.

Fora dos grandes grupos financeiros, neste mesmo ano, o fundo americano David. E. Shaw, propriedade do cientista com o mesmo nome, adquiriu uma participação na Indra de mais de 3%.

As fortes subidas da empresa na bolsa ajudaram também a Indra a entrar no índice europeu Stoxx 600. A empresa entrará no índice a partir de 23 de junho, informou o fornecedor do índice Stoxx na terça-feira.

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MetLife reúne decisores para debater o futuro dos seguros e do canal de bancassurance

  • ECO Seguros
  • 5 Junho 2025

Evento promovido pela MetLife junta responsáveis do Wizink Bank, Banco Primus, Bankinter Consumer Finance e Montepio Crédito para analisar a evolução do setor segurador e do canal de bancassurance.

No próximo dia 2 de julho, a MetLife e o ECOseguros promovem o encontro “Mercado de seguros: 40 anos de evolução e novas perspetivas”, que reúne responsáveis do Wizink Bank, Banco Primus, Bankinter Consumer Finance e Montepio Crédito. A iniciativa (que será transmitida em vídeo no ECOseguros, no dia 8 de julho) tem como o objetivo discutir as tendências estruturais que estão a redefinir o setor segurador e o canal de bancassurance.

A sessão de abertura estará a cargo de Oscar Herencia, VP South of Europe & General Manager, MetLife in Iberia, que fará uma retrospetiva do percurso da seguradora no país, onde conta com mais de meio milhão de clientes. Em 1985, com a assinatura do tratado de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia e a consequente abertura da economia ao exterior, a MetLife — então sob a marca Alico — tornou-se a primeira seguradora estrangeira a entrar no mercado português.

O evento constitui uma oportunidade para fazer o balanço de quatro décadas de transformação do mercado segurador em Portugal e para antecipar o futuro da proteção financeira, num contexto marcado pela inovação e por uma mudança dos padrões de consumo.

O primeiro painel, sob o tema “Perspetivas e 40 Anos de Evolução da Proteção Financeira”, contará com a participação de Inês Medina (Country Manager, Wizink Bank), Hugo Carvalho da Silva (CEO, Banco Primus) e Oscar Herencia (VP South of Europe & General Manager, MetLife in Iberia), sendo moderado por Francisco Botelho, diretor do ECOseguros. No debate serão analisados os principais marcos da evolução do setor e fatores externos e internos que influenciam as suas dinâmicas.

O segundo painel contará com a intervenção de Catarina Ribeiro (Head of Product Management, Bankinter Consumer Finance), Licínio Santos (CEO, Montepio Crédito) e Ricardo Sanchez Pato (Deputy General Manager e Corporate Business Director, MetLife na Iberia), que vão abordar o tema “Bancassurance: Uma Revolução Centrada no Cliente”. Num contexto em que os consumidores procuram soluções cada vez mais integradas, simples e digitais, a convergência entre banca e seguros assume um papel central. Os intervenientes vão abordar a importância da centralidade do cliente nas estratégias das instituições, a necessidade de produtos mais flexíveis e o impacto das parcerias na inovação do setor.

A MetLife é uma seguradora especializada do ramo Vida em Portugal. Além da venda de seguros de Vida e de Acidentes Pessoais, a seguradora aposta também nas parcerias para a integração de seguros de proteção de pagamentos em produtos e serviços de outros setores, como a banca e outros serviços financeiros, telecomunicações e energia.

Programa

09h00 Receção de convidados

09h30 Boas-vindas
Oscar Herencia (40 anos da MetLife em Portugal)

09h40 Perspetivas e 40 anos de evolução do mercado de seguros
Inês Medina,Country Manager, Wizink Bank
Hugo Carvalho da Silva, CEO do Banco Primus
Oscar Herencia, VP South of Europe & General Manager, MetLife in Iberia
Moderador: Francisco Botelho, Diretor do ECOseguros

10h25 Coffee-break

10h40 Bancassurance: Revolução centrada no cliente
Catarina Ribeiro, Head of Product Management, Bankinter Consumer Finance
Licínio Santos, CEO do Montepio Crédito
Ricardo Sanchez Pato, Deputy GM and Corporate Business Director in Iberia, MetLife
Moderador: Francisco Botelho, Diretor do ECOseguros

11h25 Encerramento

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Salário médio nos ‘contact centers’ ultrapassa 970 euros. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

O salário médio dos operadores de contact centers voltou a subir acima da inflação em 2024. Em causa está um aumento de 4,4% para 973 euros. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que todas as quintas-feiras lembra os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos.

Esta semana, falamos também sobre o aperto à entrada de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos e ainda sobre o recuo do desemprego em Portugal para mínimos de quase dois anos.

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Fundos ESG com saldo negativo recorde. Europa também recua

Neste dia do Ambiente, saiba como o investimento em sustentabilidade registou uma evolução negativa no início do ano, e quais os fatores que vão determinar o futuro deste segmento.

O investimento em fundos de sustentabilidade teve um saldo negativo recorde no primeiro trimestre de 2025. A Europa surpreendeu pela negativa, ao apresentar pela primeira vez um balanço negativo entre as entradas e saídas de capital neste segmento. Os analistas consultados pelo ECO/Capital Verde apontam para a política nos Estados Unidos como a grande influência negativa, mas realçam a regulação, sobretudo a nível europeu, como incentivo para que o investimento em fundos ESG, em particular na Europa, não esmoreça.

O universo de fundos de sustentabilidade, focados em fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), “enfrentaram o seu pior trimestre” de janeiro a março de 2025, mostram os mais recentes dados da Morningstar Sustainalytics.

Em causa estão outflows líquidos (saída) de 8,6 mil milhões de dólares, que contrastam – “numa inversão a pique” – com os inflows (entrada) de 18,1 mil milhões de dólares que foram registados no último trimestre de 2024.

O início de 2025 marcou uma mudança estrutural no posicionamento dos fundos ESG a nível global. As pressões políticas, a revisão regulatória e o enfraquecimento da narrativa ESG nos EUA levaram a uma quebra visível na confiança de investidores institucionais”, resume Paulo Monteiro Rosa, economista sénior do Banco Carregosa.

Nos mercados, o que pesa são os retornos, e a ideia de que o alinhamento com a sustentabilidade e os subsídios estatais, por si só, seriam suficientes para atrair capital mostrou-se frágil”, observa o analista da ActivTrades. Dennis Baas, responsável pelos Estrategistas de Sustentabilidade da Allianz Global Investors (AllianzGI), reforça que surgiram preocupações com o desempenho dos fundos temáticos ligados à sustentabilidade, “que frequentemente apresentaram um desempenho inferior ao do mercado em geral, levando os investidores a procurar melhores retornos“.

O desempenho “fraco” de setores como a energia limpa, aliada à subida das taxas de juro e à prioridade dada ao crescimento económico e à defesa, contribuiu para o desvio de capital para estratégias convencionais, acrescenta Paulo Rosa.

Henrique Valente, analista da ActivTrades Europe, acrescenta como justificação a retração das pressões tecnológicas, ao mesmo tempo que vê razões ideológicas e reorientações geopolíticas como fatores desfavoráveis para a evolução dos fundos ESG.

Ao mesmo tempo, considera que a junção de temas distintos sob a mesma sigla – do ambiente à diversidade e inclusão – foi “um erro” já que “politizou desnecessariamente o movimento”. E considera difícil compatibilizar o boom da inteligência artificial – que “ainda está no início” – com as questões ambientais, dadas as elevadas necessidades energéticas, o que diz afastar as empresas do caminho da sustentabilidade.

Adriana Rojão, analista da XTB, sublinha contudo que houve apenas “uma ligeira retração” nos ativos sob gestão, “o que está em linha com a tendência verificada noutras classes de ativos“. Atribui o recuo a um movimento mais generalizado de saídas no contexto de correções nos mercados acionistas globais, sobretudo em fevereiro.

Apesar das saídas recorde, o universo de fundos ESG manteve o que a Morningstar considera um “nível elevado” de ativos investidos: somavam 3,16 biliões de dólares no final de março.

Para Dennis Baas, o nível próximo de máximos históricos no qual estes ativos se mantêm demonstra “a sua importância continuada no panorama dos investimentos”.

Seriam necessários vários trimestres como este para alterar a tendência a longo prazo“, remata, ao mesmo tempo que garante um “interesse sustentado” por parte dos investidores.

Europa surpreende pela negativa

O recuo no investimento em fundos ligados à sustentabilidade é comum em “quase todas” as regiões mais relevantes, sendo que os Estados Unidos e a Europa são os territórios onde esta tendência foi mais evidente, lê-se na análise da Morningstar. Nos Estados Unidos, a regressão não é novidade: este foi o décimo trimestre consecutivo no qual o registo líquido foi negativo. Neste trimestre, a contração foi de 6,1 mil milhões de dólares.

O regresso de Donald Trump à presidência dos EUA e a sua oposição às políticas ESG, contribui para uma maior cautela entre investidores e gestores“, assinala Paulo Rosa, apontando “repercussões na Europa”, onde os investidores terão passado “a duvidar do compromisso internacional com a sustentabilidade”, entende Rosa.

no que diz respeito ao Velho Continente, o movimento foi inédito. Desde 2018, o primeiro ano monitorizado, nunca se havia registado um saldo negativo no investimento em fundos ESG nesta geografia. A quebra no trimestre foi de 1,2 mil milhões de dólares, em contraste com os 20,4 mil milhões de dólares correspondentes ao último trimestre do ano passado.

Na Ásia (excluindo o Japão) a quebra foi mais modesta, de 918 milhões de dólares. O Japão, contudo, sozinho, caiu quase na mesma medida: 900 milhões de dólares. A contrariar estiveram o mercado canadiano, australiano e neo-zelandês, que atraíram cerca de 300 milhões de dólares para fundos ESG.

Regulação e política ditam futuro dos fundos

A evolução do investimento em fundos ESG dependerá do equilíbrio entre contexto político, desempenho financeiro e clareza regulatória“, baliza Paulo Monteiro Rosa.

Daqui para a frente, a puxar pelos fundos ESG, deverá estar alguma estabilização regulatória na Europa e Reino Unido, a procura estrutural por produtos sustentáveis por parte de investidores institucionais e o interesse contínuo em setores como energia limpa e inovação climática, enumera o Banco Carregosa. A XTB coloca a ênfase, como motor, na regulação, em particular no contexto europeu, mas também na evolução tecnológica no setor das renováveis.

Em oposição, a retórica anti-ESG nos EUA, o desempenho fraco de alguns setores “verdes”, os receios de greenwashing e a complexidade crescente das exigências regulatórias podem travar a recuperação, continua Paulo Rosa.

O Banco Carregosa espera que na Europa exista “alguma estabilização a médio prazo” mas, com “maior previsibilidade regulatória”, os fluxos financeiros poderão voltar a ser positivos, embora de forma menos expressiva do que em anos anteriores.

Adriana Rojão, da XTB, não vê uma inversão estrutural no caso europeu. Considera que a regulação europeia sustenta o crescimento deste segmento de investimento no bloco europeu, mesmo que os fluxos possam sofrer ajustes de curto prazo.

No bloco, Rojão crê que “é plausível antever um aumento dos fluxos de investimento para fundos ESG“, caso se mantenham as valorizações nos índices acionistas europeus e a pressão regulatória continue a intensificar-se.

Showing financial developments and business growth with a growing tree on a coin.Freepik

Já nos Estados Unidos, o economista sénior do Banco Carregosa espera que o momento negativo persista enquanto se mantiver a atual orientação política.

A Allianz GI reitera que a reação política adversa aos princípios ESG neste território deve prosseguir, mas ressalva que os investidores com uma convicção favorável aos princípios da sustentabilidade vão continuar a investir segundo os seus valores. A XTB tem como expectativa para os próximos trimestres “estabilidade” em termos de entradas nos fluxos de capital para fundos ESG nos EUA e na Ásia.

No continente asiático, a Allianz GI conta que as regulamentações e iniciativas de sustentabilidade ajudem a estimular a procura por fundos sustentáveis. “De um modo geral, esperamos que o interesse pelos conceitos de investimento sustentável aumente”, embora a partir de uma base mais pequena, indica Baas.

Para Paulo Monteiro Rosa, “2025 poderá marcar um ponto de transição”: prevê que a sustentabilidade continue a ser um fator estrutural de longo prazo, mas “com contornos mais prudentes e maior exigência de consistência e transparência por parte dos gestores”.

“O crescimento futuro dependerá da credibilidade dos produtos e da consistência entre narrativa e prática”, remata o economista sénior do Banco Carregosa. “À medida que mais capital é alocado em investimentos de impacto nos mercados privados, é essencial medir a entrega de impacto de forma robusta e fiável”, concorda o analista da Allianz Gi.

Projetos ambientais podem ficar a perder

Na sequência do abrandamento dos fluxos financeiros na área da sustentabilidade, o Banco Carregosa vê a possibilidade de que exista uma desaceleração no financiamento de projetos sustentáveis, nomeadamente nas áreas da transição energética, inovação climática e mobilidade verde, já que menos capital nestes fundos pode resultar numa “maior dificuldade” em canalizar investimento para empresas e tecnologias com impacto ambiental positivo e “reduzir o ritmo de transformação dos setores mais poluentes”.

Numa visão mais otimista, Adriana Rojão acredita que a incorporação de critérios ESG nos investimentos não deverá ter grande impacto nos objetivos europeus em termos ambientais.

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Bruxelas pede revisão dos PRR para garantir execução atempada

Num roteiro composto por oito medidas, Bruxelas pede que seja dada prioridade à execução das verbas a fundo perdido e recorda que os atrasos registados já estão a pesar no orçamento comunitário.

A Comissão Europeia pede aos Estados-membros para reverem os seus Planos de Recuperação e Resiliência “o mais depressa possível” para garantir que todas as metas e marcos sejam implementados até 31 de agosto de 2026. Num roteiro composto por oito medidas, Bruxelas pede que seja dada prioridade à execução das verbas a fundo perdido e recorda que os atrasos registados já estão a pesar no orçamento comunitário.

Apenas as medidas cuja plena execução seja certa até ao prazo previsto devem permanecer nos planos. As medidas para as quais tal não possa ser garantido devem ser suprimidas, a fim de evitar a anulação de montantes elevados de fundos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência”, diz de forma direta a Comissão Europeia, num roteiro publicado esta quarta-feira para ajudar os Estados-membros a implementar as respetivas bazucas.

Esta foi a opção seguida pelo Executivo português que decidiu retirar do PRR projetos como a expansão da linha violeta de metro em Lisboa, a barragem do Crato, a Tomada de Água do Pomarão ou a dessalinizadora do Algarve que vão agora ser financiados pelo Fundo Ambiental, Orçamento do Estado e Portugal 2030.

Deve ser dada prioridade à garantia da atribuição das subvenções. A fim de deixar tempo suficiente para a execução de todas as etapas e metas e para a avaliação de todos os pedidos de pagamento, a Comissão insta os Estados-membros a procederem a essas revisões dos planos o mais rapidamente possível e, em qualquer caso, até ao final de 2025”, lê-se no documento apresentado pelo vice-presidente Raffaele Fitto responsável pela Coesão e Reformas.

“A não realização dessas revisões aumentará os riscos de não execução das medidas do MRR [Mecanismo de Recuperação e Resiliência] e, consequentemente, de anulação de fundos ao abrigo do mesmo”, acrescenta o mesmo documento.

Aumentar medidas existentes

Os Estados-membros devem considerar a possibilidade de alargar as medidas cuja implementação esteja a decorrer bem, com base na procura comprovada ou provável.

Reduzir os planos com medidas a mais ou reduzir o montante do empréstimo

Caso os custos totais estimados do PRR sejam superiores à dotação financeira, as medidas apoiadas pelos subsídios a fundo perdido que já não sejam implementáveis podem ser removidas sem serem substituídas, por um montante até ao excesso de subscrição, sugere a Comissão. Neste caso, o apoio não reembolsável total ao abrigo do MRR permanecerá inalterado.

Para os Estados-membros que recebem apoio por empréstimo, se os projetos financiados por subvenções necessitarem de ser removidos, as medidas financiadas por empréstimo podem ser transferidas para o compartimento de apoio não reembolsável, recorda a Comissão.

Fasear projetos e assegurar continuação com fundos nacionais ou outros fundos da UE

Os projetos cuja conclusão não é exequível até agosto de 2026 podem ser reduzidos mantendo apenas os elementos que podem ser implementados dentro desse prazo a financiar pelo PRR. Mas a parte que se mantém na bazuca tem de “constituir um investimento autónomo”.

Razão pela qual Portugal teve de deixar cair projetos como a dessalinizadora do Algarve ou a Tomada de Água do Pomarão, a Barragem do Crato ou a linha Violeta do Metro de Lisboa. Portugal não conseguiu provar que os elementos ‘retidos’ não eram apenas etapas intermédias, como o lançamento de um concurso público.

Quando é possível garantir essa autonomia então o resto do projeto poderá ser implementado por fundos nacionais ou, se elegível, por outros fundos da UE, num prazo mais alargado. “A recente revisão intercalar da política de coesão incentiva também os Estados-membros a identificarem estes projetos do MRR antes das alterações dos programas da política de coesão”, recorda a Comissão. Mais uma vez, é isso que Portugal fez ao entregar em Bruxelas a reprogramação do Portugal 2030.

Instrumentos financeiros e regimes de subvenções

O Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) pode apoiar a criação de um instrumento gerido de forma independente para incentivar o investimento privado. No âmbito destes investimentos, os marcos do PRR abrangeriam a transferência de fundos para o parceiro que os iria implementar mediante a assinatura de um acordo e a assinatura de contratos com os beneficiários finais para a utilização da totalidade dos fundos transferidos.

Mas, “para introduzir este tipo de instrumento financeiro ou regime de subvenções, os Estados-membros devem determinar a deficiência de mercado que pretendem colmatar e a respetiva procura de mercado, assegurando que as decisões de atribuição do parceiro de implementação são independentes do Governo e que a gestão financeira é separada”, frisa a Comissão.

Portugal optou por esta solução ao criar um instrumento financeiro destinado a investimentos inovadores em empresas, com uma dotação inicial de 315 milhões de euros obtidos através de verbas que sobraram de outros programas financiados pelo PRR. O instrumento vai ser gerido pelo Banco de Fomento.

Transferências para o InvestEU

Os Estados-membros podem ainda transferir fundos para o compartimento do Estado-membro do Programa InvestEU num montante até 4% da sua dotação total do MRR e mais 6% para medidas que contribuam para os objetivos da Plataforma de Tecnologias Estratégicas para a Europa (STEP).

“O marco final do PRR seria a aprovação de todas as operações de investimento pelo Comité de Investimento do InvestEU até 31 de agosto de 2026”, sublinha a Comissão acrescentando que, “dadas as várias fases do processo, os Estados-membros que pretendam transferir fundos do PRR para o InvestEU devem apresentar um PRR revisto o mais brevemente possível”.

Portugal decidiu dedicar 450 milhões do PRR para implementar a sua “gaveta nacional” do InvestEU a que se somam 50 milhões sob a forma de garantias do Estado português a favor da União Europeia. Um montante que apenas será usado em caso de incumprimento.

Injeções de capital nos bancos promocionais

Os Estados-membros têm ainda a possibilidade de apoiar injeções de capital nos bancos promocionais (ou nas suas subsidiárias), em particular para apoiar projetos alinhados com as prioridades estratégicas da UE.

Contributos para o Programa Europeu da Indústria de Defesa

A bazuca europeia também poderia apoiar contribuições nacionais voluntárias para o futuro Programa Europeu da Indústria de Defesa que seriam consideradas um investimento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR). Os projetos específicos seriam posteriormente selecionados e apoiados no âmbito do programa, em benefício do Estado-membro em causa, com a implementação a ocorrer num horizonte temporal mais alargado.

Na prática, uma forma estender o período de execução dessa verba. No MRR, o marco seria a assinatura de um acordo de contribuição e na transferência de fundos para o programa, clarificando qual o tipo de atividades que seriam financiadas.

Contributos para os programas da UE para as comunicações por satélite

Nos mesmos moldes, o MRR pode apoiar as contribuições dos Estados-membros para o desenvolvimento de componentes do Programa Espacial da União ou do Programa de Conectividade Segura da União, uma vez que reforçam a autonomia estratégica, a independência tecnológica e a resiliência da União, e contribuem para a segurança e a defesa.

Com apenas 454 dias para implementar os seus PRR, a Comissão pede aos Estados-membros que reprogramem os seus planos, retirem metas intermédias e se foquem nos resultados finais. “O momento é de agir”, diz Bruxelas, recordando que os atrasos “agravaram um perfil de implementação já sobrecarregado, com um custo financeiro para o orçamento da UE”.

“Devido aos elevados montantes de financiamento necessários para o último ano de implementação, a Comissão necessita de planear as suas operações de contração de empréstimos junto dos mercados de capitais com bastante antecedência. Isto é particularmente relevante para os empréstimos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), devido ao volume significativo do programa e ao prazo para os desembolsos, que termina no final de 2026”, explica a Comissão.

“O primeiro semestre de 2025 registou dois desenvolvimentos que tornam o exercício de gestão de liquidez mais desafiante. Em primeiro lugar, os desembolsos ficaram significativamente abaixo dos montantes previstos com base nas indicações dos Estados-membros, resultando numa acumulação inesperada de grandes saldos por parte da UE durante um período prolongado. Em segundo lugar, as alterações no contexto das taxas de juro significam que os saldos de tesouraria estão a começar a gerar custos líquidos de liquidez para o orçamento da UE e para os beneficiários dos empréstimos, apesar da gestão ativa da tesouraria da Comissão, enquanto se aguarda a aprovação da proposta”, elenca Bruxelas.

A Comissão pede aos Estados-membros para planearem bem o ano de 2026 dada a escassez de tempo para comprovar o cumprimento das metas e dos marcos e a garantia de recursos suficientes.

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