Sevenair reduz horários para ajustar custos às verbas disponíveis

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

“Fizemos alterações para ajustar [custos], mas mesmo assim está muito difícil de manter estas verbas. O combustível aumentou imenso, bem como as peças dos aviões”, explicou o presidente da Sevenair.

A empresa Sevenair justificou esta terça-feira as alterações nos horários da ligação aérea entre Trás-os-Montes e o Algarve, que retoma na quarta-feira, com a necessidade de reduzir custos e de os ajustar às verbas disponíveis.

“Fizemos alterações para ajustar [os custos], mas mesmo assim está muito difícil de manter estas verbas. O combustível aumentou imenso, bem como as peças dos aviões”, explicou Pedro Leal, presidente do conselho de administração da empresa, no dia em que o avião voltou ao aeródromo municipal de Bragança, para preparar o primeiro voo desde o final de setembro a partir da região.

Nesta ligação que marca o regresso, às 07:30 desta quarta-feira, o voo é direto entre a capital brigantina e Cascais, ficando de fora Vila Real, Viseu e Portimão. “Vamos começar com alguns passageiros. Quarta-feira já estão cinco, que são poucos. Mas, quando chegar ao verão, vai andar cheio”, antevê Pedro Leal sobre a aeronave com 19 lugares.

Segundo os horários disponibilizados pela empresa concessionária do serviço aéreo, entre 19 de fevereiro e 29 de março há menos ligações, já que às quartas e quintas-feiras o avião só liga Bragança a Cascais. Depois de 31 de março e até 24 de outubro, os aviões passam a aterrar em todas as cidades e a frequência duplica também. Aos domingos continua sem haver ligações.

O novo contrato assinado para os próximos quatro anos entre o Governo e a Sevenair é no valor de 13,5 milhões de euros, mais 3 milhões do que na concessão anterior, tinha informado já anteriormente a empresa à Lusa. Mesmo com este aumento, Pedro Leal considera que este valor pode ser insuficiente.

Posso dizer-lhe que nos outros quatro anos, auditado pela Inspeção-Geral das Finanças (IGF), perdemos 1,480 milhões de euros. Os combustíveis no contrato passado eram pagos a 70 cêntimos, acabámos com praticamente 1,70 euros. Agora está um pouco mais baixo, aqui em Bragança a 1,30 euros”, lançou contas Pedro Leal, acrescentando que este preço atual continua a ser muito elevado.

Depois, Pedro Leal soma o resto que é necessário para manter este serviço aéreo, em que “tudo está a aumentar”. Já para colmatar as perdas a nível de recursos humanos durante o tempo em que estiveram em lay-off e em que alguns dos cerca de 100 funcionários optaram por escolher outros caminhos laborais, Pedro Leal adiantou que vão fazer cursos para formar mais pilotos na escola da empresa.

Do pessoal do handling aqui de Bragança, felizmente, não ‘fugiu’ ninguém, temos o mesmo pessoal. Mas noutros sítios, como em Viseu, saíram algumas pessoas. Agora vamos retomar e contratar outros colaboradores. Vamos continuar a vida para a frente”, animou Pedro Leal. A carreira aérea regional foi interrompida a 30 de setembro, altura em que terminou o último ajuste direto à empresa Sevenair, enquanto se esperava o desfecho do concurso público internacional para atribuir a concessão por mais quatro anos.

Foi nesse mês que a companhia área anunciou que o transporte iria parar até que fosse paga a verba, de cerca de 3,8 milhões de euros, que tinha a receber do Estado, por estar numa situação de “estrangulamento de tesouraria”. Antes disso, em fevereiro, o número de voos diários já tinha sido reduzido.

Desde o início da concessão até à paragem do serviço, foram feitos dois ajustes diretos, primeiro com a governação socialista e depois com o atual Governo, liderado por Luís Montenegro. O resultado do concurso público foi conhecido no final de 2024, com a única concorrente, a Sevenair S.A, que presta o serviço desde 2009, a ser escolhida para continuar a operar nos próximos quatro anos.

A 13 de fevereiro, o Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou que o Tribunal de Contas emitiu o visto prévio ao contrato de concessão, após terem sido pedidas mais informações por parte deste órgão. A Lusa contactou o ministério da tutela para mais esclarecimentos, sem resposta até ao momento.

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Cooperativas de laticínios do Pico e Faial admitem dificuldades financeiras

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Presidente da Cooperativa Lei Montanha defende que sejam extintas as cooperativas Leite Montanha e a LactoPico.

Os presidentes das cooperativas de laticínios do Pico e do Faial admitiram esta terça-feira a existência de dificuldades financeiras e a necessidade de serem implementados planos de restruturação que permitam manter a produção de queijo nas duas ilhas açorianas.

“Não temos resultados devidamente equilibrados neste período de tempo, embora tenha havido um aumento de receitas, temos encargos elevados do passado, nomeadamente junto da banca”, explicou o presidente da direção da Cooperativa Lei Montanha, da ilha do Pico, Jorge Pereira, ouvido na comissão de Economia da Assembleia Regional, reunida em Angra do Heroísmo.

O empresário lembrou que foi possível duplicar a faturação da fábrica de laticínios da ilha entre 2020 e 2023 (passou de 1,2 para 2,1 milhões de euros), mas existem cerca de oito milhões de euros de dívidas, à banca, a fornecedores e ao Estado, alguns dos quais já avançaram, entretanto, com processos de penhoras.

Jorge Pereira defendeu, por isso, que sejam extintas as cooperativas Leite Montanha e a LactoPico (a antiga cooperativa da ilha) para que a empresa que atualmente gere a fábrica de laticínios do Pico possa continuar a produzir queijo de qualidade.

“O que nós pretendíamos era que fosse feito o que aconteceu nas Flores, ou seja, extinguir as cooperativas e dar condições para esta empresa trabalhar”, insistiu o presidente da Leite Montanha, acrescentando que, para isso, o Governo Regional terá de “acionar uma carta conforto” e assumir o passivo das cooperativas a extinguir.

Já o presidente da Cooperativa Agrícola de Laticínios do Faial (CALF), Helder Costa, também ouvido na comissão de Economia, admitiu que a fábrica não é financeiramente sustentável (apresentou capitais próprios negativos em 2024) e disse que não põe de lado a possibilidade de alienar o negócio. “Já pensámos pôr o negócio à venda. Já pensámos trabalhar em parceria com outras empresas e também lhe posso garantir que isso está ainda em cima da mesa”, revelou o empresário, em declarações aos deputados.

Helder Costa, ouvido na comissão na sequência de um requerimento do deputado da IL Nuno Barata para esclarecimentos sobre “as dívidas do setor cooperativo agrícola” da região, adiantou ainda que a direção da CALF está a trabalhar num plano de reestruturação, a longo prazo (cinco anos), para salvar a produção de queijo e de manteiga na ilha.

Contudo, acrescentou, será necessário durante esse período de um reforço de apoios públicos, para tentar inverter a tendência de resultados negativos. “A partir dos cinco anos, entramos em velocidade de cruzeiro, de retorno do investimento. Até lá, se calhar, precisamos do Governo, até mais do que precisámos até agora”, salientou o empresário faialense.

O responsável indicou ainda que, em sua opinião, a situação decorre da aposta errada, que foi feita no passado, na produção de queijo barra, um produto menos valorizado no mercado, ao invés do queijo prato. De qualquer forma, assegurou, após o processo de reestruturação a CALF poderá pagar melhor aos produtores da ilha.

Os deputados ao parlamento açoriano pretendiam também ouvir o secretário regional da Agricultura e da Alimentação, mas António Ventura informou a comissão de Economia de que não poderia participar por motivos de saúde.

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Shoppings e supermercados enchem carrinho ao imobiliário. Retalho atrai 1,2 mil milhões num ano

Os ativos de retalho, onde se inserem centros comerciais, lojas de rua, supermercados e retail parks, captaram metade do capital alocado ao imobiliário comercial em 2024.

O setor do retalho, onde se inserem os centros comerciais, as lojas de rua, os supermercados e os retail parks, captaram metade do capital alocado ao imobiliário comercial. Os ativos retalhistas movimentaram 1.200 milhões de euros de investimento, o que representa cerca de 50% dos 2,3 mil milhões de euros investidos em imóveis de comércio em 2024.

Trata-se de mais do dobro dos 585 milhões de euros registados em 2023 e um máximo desde 2020, de acordo com os dados apresentados esta terça-feira pela consultora imobiliária JLL no relatório “O Mercado de Retalho Ibérico – 2025: A Revolução do Retalho em Espanha e Portugal”. A motivar este crescimento esteve sobretudo o segmento de centros comerciais e supermercados.

O dinamismo dos shoppings e supermercados verificou-se mais no segundo semestre do ano passado, mas acabou por fazer com que estes ativos fossem os mais procurados de 2024. Só os centros comerciais movimentaram 476 milhões de euros (+134% em termos homólogos). Já o investimento no comércio de rua duplicou para 99 milhões de euros.

“A forte recuperação do mercado português foi impulsionada pelo bom desempenho da economia, com efeitos positivos sobre a atividade dos retalhistas, o que, associado à correção de preços que o setor sofreu nos últimos anos, gerou um cenário apetecível de risco reduzido e elevada rentabilidade”, argumentam os consultores da JLL, que anteveem que este movimento se mantenha no mercado português em 2025.

Portugal é visto como uma oportunidade para investidores que já operam em Espanha e/ou que querem aumentar a sua exposição ao mercado ibérico do retalho.

“A pressão da procura fez-se sentir em Espanha e Portugal, mas muita ficou sem resposta em 2024. Por isso, antecipamos que o mercado continue bastante dinâmico este ano, num cenário em que Portugal deverá beneficiar muito das estratégias de expansão de investidores já presentes em Espanha e que pretendem alargar as suas plataformas de investimento na ibéria”, explicou o responsável de Mercado de Capitais Comerciais da JLL Portugal, Augusto Lobo.

A JLL antecipa ainda que mais sociedades de investimento imobiliário francesas (SCPI, na designação gaulesa) entrem no mercado português, especialmente no segmento de parques de retalho (retail parks, os centros comerciais de média dimensão localizados junto a grandes parques de estacionamento). E que os diversos REIT (Real Estate Investment Trust) que se encontram em Espanha aumentem também o investimento em centros comerciais portugueses.

“A perspetiva de ampliação das plataformas de investimento ibérico através de Portugal vai muito além de surgirmos como uma opção previsível de expansão num momento de forte interesse dos investidores. Além das expectativas para a economia e para a procura consumidora e ocupacional, o nosso mercado tem excelentes perspetivas de crescimento de rendas e de valorização dos imóveis. No contexto europeu, tem alguns dos indicadores mais promissores”, acrescentou Augusto Lobo.

Tanto que as rendas prime do comércio de rua em Lisboa também deverão aumentar 3,2% ao ano, em média, nos próximos cinco anos (2025-2029), em comparação com as projeções de 1,6% para Barcelona e 1,3% para Madrid. A média no quarto trimestre fixava-se nos 136,7 euros por metro quadrado.

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França convoca segunda reunião com mais países na lista de convidados

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

O Canadá foi desta vez convidado, tal como a Noruega, Lituânia, Letónia e Estónia, República Checa, Grécia, Finlândia, Roménia, Suécia e Bélgica. Portugal fora desta lista.

França convocou para quarta-feira uma segunda reunião para discutir a Ucrânia e a segurança europeia com países europeus que não estiveram presentes na primeira e o Canadá, indicaram esta terça-feira fontes diplomáticas citadas pela estação televisiva France24.

A nova reunião com “vários Estados europeus e não-europeus” tem como objetivo reunir os 27 até ao final da semana, anunciou depois Emmanuel Macron, durante uma entrevista a vários jornais diários regionais, entre os quais Le Parisien, La Provence e Sud Ouest. Até à data, o palácio do Eliseu (sede da presidência francesa) ainda não avançou em que consistirá esta nova reunião, nem quem participará.

Os países convidados pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para participar na reunião de quarta-feira são, além do Canadá, aliado da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental): Noruega, as três repúblicas bálticas (Lituânia, Letónia e Estónia), República Checa, Grécia, Finlândia, Roménia, Suécia e Bélgica, segundo duas fontes diplomáticas.

Alguns dos países poderão participar por videoconferência, indicaram os diplomatas. O palácio do Eliseu (sede da presidência da República francesa) não respondeu ainda ao pedido de comentário, segundo indicou a estação televisiva.

O Presidente francês garantiu entretanto que “França não se prepara para enviar tropas” para participarem como beligerantes na linha da frente do conflito. Macron reuniu na segunda-feira em Paris uma dezena de líderes de países-chave europeus, da União Europeia (UE) e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

Nessa reunião, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou-se preparado para o eventual envio de tropas para a Ucrânia “se for alcançado um acordo de paz duradouro”, ao passo que o chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou tal debate “prematuro”.

A preocupação de todos é que um simples cessar-fogo na Ucrânia de forma alguma resolverá o conflito; só uma paz plena e completa com condições de segurança, condições de estabilidade social, económica e política na Ucrânia a longo prazo, permitirão a sua resolução”, sustentou esta terça Macron.

Entre as soluções para dar garantias de segurança a Kiev, no âmbito de um eventual acordo de paz com Moscovo, seria possível “enviar especialistas ou mesmo tropas em número limitado, fora de qualquer zona de conflito, para apoiar os ucranianos e mostrar solidariedade. É nisso que estamos a refletir com os britânicos”, afirmou.

Mas “França não está a preparar-se para enviar tropas terrestres” para participarem como “beligerantes, na linha da frente de um conflito”, asseverou. Recordou que outra hipótese é a “adesão à NATO” da Ucrânia, da qual a Rússia não quer ouvir falar e que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já descartou antes mesmo de negociar.

O chefe de Estado francês reconhece que os europeus querem que Washington apoie as suas futuras garantias de segurança em Kiev. “Dado que a Rússia é um Estado com capacidade nuclear, este é um ponto fundamental para os nossos parceiros europeus”, admitiu, na entrevista.

Macron referiu também a possibilidade de “se decidir, no âmbito das negociações, a realização, sob mandato das Nações Unidas, de uma operação de manutenção da paz, que se realizaria ao longo da linha da frente”.

Numa altura em que o reatamento do diálogo direto entre Donald Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, na semana passada, desanimou muitos europeus e em que paira a ameaça de negociações entre ambos e sem a Europa sobre a Ucrânia, Emmanuel Macron diz ver o lado positivo.

Trump “pode reiniciar um diálogo útil com o Presidente Putin”, afirmou o Presidente francês, acrescentando que Trump está a “recriar uma ambiguidade estratégica para o Presidente Putin”, utilizando “palavras muito firmes” e criando “incerteza”, que “pode ajudar a exercer pressão”.

E garantiu que ele próprio está disposto a falar com o homólogo russo “no momento apropriado do ciclo de negociações que se avizinha”. “Terei a oportunidade de reunir os grupos parlamentares e os partidos (…) para lhes apresentar o ponto da situação e as iniciativas de França”, anunciou ainda o Presidente.

Essa reunião terá lugar em “formato Saint-Denis”, nome da cidade onde Macron já manteve conversações com estes mesmos participantes, numa tentativa de encontrar consensos sobre várias questões domésticas e internacionais num cenário político fraturado.

(Notícia atualizada às 21h26 com declarações de Macron)

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Afinal, Rogério Bacalhau fica na presidência da Câmara de Faro até final do mandato

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Rogério Bacalhau tinha aceite entrar na administração da Águas do Algarve em janeiro, mas “sucessivos entraves burocráticos” levaram-no a pedir para ser só confirmado no fim do mandato.

O presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, vai manter-se na presidência da Câmara de Faro até final do mandato e só depois assumirá funções na administração da Águas do Algarve, anunciou esta terça-feira o autarca.

Rogério Bacalhau disse que tinha aceitado um convite para ingressar na empresa algarvia a partir de janeiro de 2025, mas “sucessivos entraves burocráticos” levaram-no a pedir para o seu nome só ser confirmado para o novo cargo após o termo do seu terceiro e último mandato à frente do Município de Faro.

Como é do conhecimento público, recebi, em 2024, um convite para integrar o Conselho de Administração de uma entidade de âmbito regional. Após ponderação, aceitei esse convite com a condição de apenas assumir funções no início de janeiro de 2025, pois considerava essencial concluir alguns projetos importantes para o nosso concelho”, explicou o autarca em comunicado.

Rogério Bacalhau (PSD) esclareceu que aceitou o convite com “a condição de apenas assumir funções no início de janeiro de 2025”, para poder “concluir alguns projetos importantes” para o município de Faro.

Porém, tendo em conta a morosidade do processo eletivo para este cargo, motivada por sucessivos entraves burocráticos, bem como a proximidade do término do meu mandato enquanto presidente da Câmara Municipal de Faro, acabei por solicitar que esta eleição ocorresse apenas após o final do mesmo, permitindo-me continuar a exercer as minhas atuais funções com total dedicação e empenho”, justificou.

O autarca garantiu assim aos munícipes que seguirá à frente do Município até que o próximo presidente da Câmara de Faro seja eleito, nas eleições autárquicas previstas para setembro ou outubro deste ano, e tome depois posse do cargo. A 6 de janeiro, o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, disse à Lusa que previa deixar o município no dia 13, quando o seu nome fosse proposto e votado favoravelmente para presidir ao conselho de administração da Águas do Algarve.

Rogério Bacalhau, que cumpre o terceiro mandato consecutivo na autarquia, não se pode recandidatar, devido à lei de limitação de mandatos, e a sua saída para integrar os quadros da empresa algarvia iria elevar à presidência o atual vereador e vice-presidente do município, Paulo Santos.

A proposta para a sua nomeação iria ser levada à assembleia de acionistas da Águas do Algarve no dia 13, e estaria “à partida garantida”, mas seguiram-se sucessivos adiamentos, levando o autarca a anunciar agora que vai manter-se no cargo até ao termo do mandato.

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Gestores de condomínios querem seguros sísmicos obrigatórios

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Associação dos administradores de condomínios (Apegac) alerta para a ausência de cobertura de riscos sísmicos nos seguros de edifícios e defende a sua obrigatoriedade nas regiões mais vulneráveis.

O presidente da Associação Portuguesa de Gestores e Administradores de Condomínios (Apegac), Vitor Amaral, alertou esta terça-feira para a ausência de cobertura de riscos sísmicos nos seguros dos edifícios de condomínios, defendendo a sua obrigatoriedade nas regiões mais suscetíveis do país.

Vítor Amaral, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC), considera dever-se impor a contratação de seguro multirriscos em todo o país e a inclusão obrigatória da cobertura de fenómenos sísmicos nas regiões com maior risco de ocorrência destas situações.D.R.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Apegac explicou que a cobertura de fenómenos sísmicos, a única que poderia cobrir os danos provocados por um terramoto como o que aconteceu na segunda-feira em Portugal, “não faz parte das coberturas base” dos seguros multirriscos contratados, “muitas vezes pelo facto de ser uma cobertura que tem uma taxa elevada e onera bastante o seguro”.

“Em Portugal temos mais de três milhões de habitações familiares e aquelas que contrataram a cobertura de fenómenos sísmicos não chega a meio milhão, sendo evidente a pouca sensibilidade para a prevenção”, afirmou Vítor Amaral.

Segundo a associação, isto “é um erro, porque Portugal tem algumas regiões de elevado risco de vir a ocorrer um terramoto a qualquer altura”, sendo que “os prédios construídos até à década de 80 não estão preparados para abalos de maior dimensão”.

Neste sentido, e numa altura em que “o Governo está a trabalhar na alteração e melhoria das políticas de habitação”, a Apegac defende alterações ao artigo 1429º do Código Civil, aprovado em 1966, de forma a passar a impor a contratação de seguro multirriscos em todo o país e a inclusão obrigatória da cobertura de fenómenos sísmicos nas regiões com maior risco de ocorrência destas situações.

Conforme explica, atualmente, o artigo 1429º do Código Civil apenas determina como obrigatório o seguro contra o risco de incêndio do edifício, pelo que este é “o único risco que pode ser exigido que os condóminos contratem com uma seguradora”.

Dada a “desconformidade” desta situação “com a realidade construtiva atual e com a sinistralidade existente noutras áreas, como tempestades, inundações, danos por água, rebentamento de canos, entre outras“, generalizou-se, entretanto, a contratação do denominado seguro multirriscos.

Ora, sustenta a associação, “isto sossega a maior parte dos cerca de cinco milhões de portugueses que vivem em condomínio (para não falar dos outros cinco milhões que vivem em propriedade individual), por pensarem que o seguro multirrisco cobre todos os riscos”, mas o facto é que “não é assim”.

Isto porque, na maior parte das seguradoras, o seguro multirrisco “tem um leque de coberturas base muito reduzido, como o incêndio, tempestades, inundações e pouco mais”, excluindo “coberturas importantes, pelo que se conhece pela sinistralidade inventariada, como rebentamento de canos, danos estéticos, riscos elétricos, entre outras”.

Paralelamente, é evidente “uma tendência, que é maior quanto maior é a dificuldade das famílias em gerir o orçamento familiar, de contratar o seguro mais barato, sem ter o cuidado de verificar as coberturas, franquias, exclusões, por exemplo”.

Alertando para as potencialmente graves consequências humanas e naturais dos fenómenos sísmicos, o presidente da Apegac aconselha a contratação dos seguros multirriscos com a respetiva cobertura, “mesmo sabendo-se que isso provoca um maior esforço na gestão do orçamento familiar”.

Reeleita no final do ano passado, a direção da Apegac mantém como prioridade “uma luta de há já 20 anos”: A regulação do setor da administração dos condomínios, para a qual não existe atualmente “qualquer requisito, a não ser chegar ao serviço de Finanças e declarar o início de atividade, mesmo sem ter estabelecimento aberto ao público”.

“Se é uma atividade em que as pessoas têm dificuldade em confiar, era importante que o legislador regulasse e impusesse regras e sanções a quem não cumpre”, sustenta Vítor Amaral, admitindo que “a regulação não resolvia o problema dos maus exemplos”, mas seria “um crivo que daria alguma segurança ao consumidor”.

Adicionalmente, a atual direção da associação defende o fim da duplicidade de seguros nas partes comuns dos edifícios, que diz ser “absolutamente inaceitável” e apenas “contribui[r], de uma forma injusta e sem qualquer necessidade, para o enriquecimento das seguradoras”.

Neste sentido, considera que a legislação deveria determinar que, no caso dos condomínios, o seguro fosse feito através da respetiva administração.

“Ou seja — explica o presidente — não haver seguros individuais, mas passar a haver um único seguro, eliminando esta questão da duplicidade de seguros e de enriquecimento despropositado das seguradoras”.

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François Gazel-Anthoine nomeado CEO da BNP Paribas Cardif Iberia

  • ECO Seguros
  • 18 Fevereiro 2025

O novo CEO substitui Emmanuel Pelège e leva para o cargo larga experiência quer no grupo quer no mercado ibérico.

François Gazel-Anthoine é o novo CEO da BNP Paribas Cardif Iberia, substituindo Emmanuel Pelège líder da filial ibérica desde 2022 que passa a assumir novas funções no Brasil.

O novo CEO assumirá as novas funções em março deste ano. Gazel-Anthoine acumula 15 anos de experiência na empresa (em duas fases), e tem um historial em cargos de liderança.

Passou grande parte da sua carreira no grupo na América Latina sendo ainda CEO da filial do grupo no México, onde foi CEO durante os últimos dois anos e meio. Trabalhou na unidade ibéria entre 2005 e 2008 como diretor-geral adjunto.

François Gazel-Anthoine passou por outras empresas e nos mais de 10 anos como CEO do Grupo CNP Espanha e foi simultaneamente partner na Investir&+ em Barcelona.

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Vulnerabilidades das PME a ciberataques são riscos para as grandes organizações

  • ECO Seguros
  • 18 Fevereiro 2025

O relatório da Marsh analisa o grau de implementação de mecanismos de proteção cibernética entre as empresas de diferentes dimensões. Realça a necessidade testar os planos de resposta a incidentes.

As pequenas e médias empresas têm controlos de cibersegurança menos eficazes que os implementados pelas grandes organizações na União Europeia.

Esta é uma das conclusões do estudo conduzido pela Marsh em colaboração com a Federação das Associações Europeias de Gestão de Risco (FERMA, na sigla em inglês), “Why the cybersecurity gap between SMEs and Large Organizations Matters” que analisa as diferenças do nível de resiliência digital e em matéria de cibersegurança entre empresas de diferentes dimensões tendo em conta 12 categorias de controlo no âmbito de cibersegurança.

Luís Rodrigues Sousa, especialista em riscos cibernéticos da Mash Portugal: “É fundamental que os gestores e os responsáveis pela gestão de risco das PMEs reconheçam os impactos que eventos desta natureza podem ter nas suas organizações”

Os dados que suportam esta conclusão são a pontuação média de 80% alcançada pelas grandes organizações nas variáveis em análise contra a média de 65% alcançada pelas PME.

Nas categorias, a que diz respeito a mecanismos de autenticação multifator para acessos remotos: 91% das grandes empresas exigem e implementam-nos, mas essa percentagem cai para 75% nas PME.

O relatório da empresa do grupo Marsh McLennan sublinha a necessidade de se realizar testes e exercícios de revisão de planos de resposta a incidentes. Apesar de melhorias na capacidade de resposta a incidentes, apenas 40% das PME a reponderem que o fazem comparando com 61% das grandes organizações.

Além disso, existem diferenças significativas entre setores. Enquanto 85% PME do setor financeiro desenvolvem ações de formação e treino em matéria de segurança digital para os trabalhadores, no setor da indústria transformadora a percentagem cai para 58%.

As consequências de ciberataques a pequenas e médias empresas podem ser maiores do que se espera. As vulnerabilidades cibernéticas das PME podem ser portas abertas para, em caso de sinistros, as grandes organizações serem afetadas, acredita Head of Cyber da Marsh Europe. Por isso, Gamze Konyar afirma que ser “imperativo aumentar a colaboração para reduzir a lacuna na cibersegurança das PME e desenvolver soluções personalizadas no mercado de seguros”.

Além disso, um ciberataque a PME com acesso a infraestruturas críticas da sociedade ou a informações sensíveis podem ser uma ameaça para a segurança nacional. A título de exemplo, uma PME que preste serviços relacionados com os setores da defesa ou energia pode ter acesso a propriedade intelectual valiosa ou ter ligações a órgãos governamentais. Se esta empresa não for ciber-resiliente pode tornar-se atrativas para espionagem ou sabotagem.

“É fundamental que os gestores e os responsáveis pela gestão de risco das PMEs reconheçam os impactos que eventos desta natureza podem ter nas suas organizações e na contínua construção de um ecossistema digital cada vez mais resiliente”, indica Luís Rodrigues Sousa, especialista em riscos cibernéticos da Marsh Portugal.

Neste relatório são analisadas 320 PME, empresas de média e de grande dimensão na UE, definidos por receitas anuais inferiores a 51 milhões de euros, entre 51 milhões de 250 milhões de euros e receitas superiores a 250 milhões de euros, respetivamente. Através dos dados disponibilizados pela ferramenta cyber self-assessment da Marsh, o relatório foca-se no rácio de implementação de 12 categorias de controlos no âmbito da cibersegurança das organizações.

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Trabalhadores da Dan Cake em greve na quinta-feira por aumentos salariais

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Os trabalhadores exigem aumentos salariais de 150 euros, o pagamento das horas noturnas e o aumento da subsídio de refeição.

Os trabalhadores da Dan Cake convocaram uma greve para a próxima quinta-feira, exigindo aumentos salariais de 150 euros, o pagamento das horas noturnas e o aumento da subsídio de refeição.

Em comunicado, divulgado esta terça-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (Sintab) informa que a greve vai decorrer “durante todo o dia” e que terá “efeitos nas duas fábricas da marca, em Coimbra e na Póvoa de Santa Iria”.

“Em causa está a negociação do caderno reivindicativo dos Trabalhadores, que exigem 150 euros de aumento salarial para todos, o pagamento de um subsídio de turno que a empresa processa pelo valor de 1 euro, numa atitude de total desrespeito, o pagamento das horas noturnas, o aumento do subsídio de refeição, e ainda a implementação de um regime de diuturnidades”, justificam.

Na mesma nota, o sindicato refere ainda que a maioria dos trabalhadores da Dan Cake, que foi adquirida pela multinacional Biscuit International, “passaram todos este ano a ser pagos pelo salário mínimo nacional” e que, “por imposição legal, a empresa passou a pagar o subsídio de turno, mas atribuindo-lhe apenas o valor de 1 euro, numa clara declaração de ataque à dignidade” dos funcionários.

Ao mesmo tempo, o subsídio refeição está “há vários anos, congelado no valor de 7 euros”, o que é “manifestamente insuficiente”, rematam.

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Hollard Moçambique com lucros de 5 milhões de euros em 2024

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

O resultados líquidos provenientes da Hollard Seguros e Hollard Vida reforçam a "posição robusta no mercado e a contínua expansão do negócio, apesar dos desafios no ambiente económico"

A Hollard Moçambique, umas das três principais seguradoras do país, anunciou esta terça-feira lucros totais de 337,4 milhões de meticais (cinco milhões de euros) em 2024 nos dois ramos de atuação.

Em comunicado, o grupo segurador afirma que estes resultados líquidos, de 284,7 milhões de meticais (4,2 milhões de euros) através da Hollard Seguros e 52,7 milhões de meticais (800 mil euros) da Hollard Vida, reforçam a “posição robusta no mercado e a contínua expansão do negócio, apesar dos desafios no ambiente económico”, apesar de caírem face a 2023.

“Este desempenho foi impulsionado por uma gestão eficiente e operações bem estruturadas”, reconhece o grupo segurador, acrescentando que em 2024 “as restrições macroeconómicas afetaram os rendimentos de investimento devido à redução das taxas de juro e ao aumento das reservas obrigatórias impostas” pelo Banco de Moçambique.

“Esta situação foi particularmente evidente na Hollard Vida, onde a baixa capacidade de concessão de crédito influenciou o desempenho dos produtos ligados a empréstimos bancários”, lê-se.

A Hollard Seguros alcançou em 2024 prémios brutos emitidos de 4,17 mil milhões de meticais (62,4 milhões de euros), enquanto a Hollard Vida totalizou 599,2 milhões de meticais (8,9 milhões de euros), um aumento de 17% face ao ano anterior para ambos os setores (não vida e vida), além de apresentar rácios de solvência de 309% (Hollard Seguros) e 356% (Hollard Vida), “ambos acima dos requisitos regulamentares”.

A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) moçambicana autorizou em outubro passado a compra da Global Alliance Seguros, uma das principais seguradoras do país, pela Hollard Moçambique, passando a dominar o mercado (31,7%).

Na decisão da ARC, é referido que o conselho de administração do órgão regulador deliberou por unanimidade “adotar a decisão de não oposição à presente operação de concentração”.

No documento, a ARC refere que ouviu o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM) para a tomada desta decisão, e também se admite que o “cenário pós-transação” analisado é “indicativo de um setor moderadamente concentrado”, mas que “não se vislumbra” que a mesma “restrinja a concorrência no mercado de seguros de Moçambique”.

Citando os relatórios estatísticos do ISSM relativos aos principais indicadores de atividade, no documento recorda-se que, no final de 2023, o setor de seguros em Moçambique era composto por 18 operadores, dos quais 12 atuavam no ramo não vida, dois no ramo vida e quatro no ramo vida e não vida.

Ao analisar as quotas de mercado acumuladas nos ramos vida e não vida do setor de seguros em Moçambique, a ARC concluiu que o grupo Hollard detém a maior quota de mercado, com 19,1%, seguido da Fidelidade, com 14,80%, da estatal Emose, com 14,5%, e da Global Alliance, com 12,6%.

“Apesar de a quota de mercado da adquirente, no cenário pós-transação, se situar abaixo dos 50%, uma operação de concentração do tipo horizontal pode, a longo prazo, conduzir a uma posição dominante no mercado pelos principais operadores do setor de seguros”, aponta-se ainda no documento do regulador, que por isso realizou uma análise do índice de concentração, que suportou a decisão de não oposição.

O contrato para aquisição da Global Alliance pela Hollard foi assinado em 28 de junho, não sendo conhecidos valores do negócio, tendo a ARC aberto uma investigação à “operação de concentração de empresas” no mês seguinte.

A seguradora estatal Empresa Moçambicana de Seguros (Emose) liderava o mercado nacional há mais de 40 anos, mas em 2023, segundo dados do seu relatório e contas, perdeu quota de mercado (ficou com 14,4%) para a Hollard, que ascendeu à liderança, e para a portuguesa Fidelidade (14,8%).

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Fundo da igreja mórmon é o novo dono do terreno alentejano vendido pelas famílias Martinavarro e Ballester

A empresa Farm Land, ligada à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, foi o comprador dos 700 hectares em Beja que puseram fim ao negócio agrícola dos espanhóis em Portugal.

O comprador do terreno no Alentejo onde se localiza a Herdade da Zambujeira, e que tem uma área de 700 hectares, está ligado à Igreja Mórmon. O grupo espanhol Agrihold, das famílias Martinavarro e Ballester, encerrou a atividade agrícola em Portugal através de um negócio com a empresa Farm Land, associada à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

A notícia foi avançada esta terça-feira pelo jornal espanhol El Economista, que dá mais pormenores sobre a identidade do investidor internacional e o valor da transação, que poderá ter superado os 40 milhões de euros.

A operação envolveu a venda de uma entidade legal espanhola, que por sua vez detém a sociedade portuguesa Valenciagro e outros ativos em Portugal, com uma superfície total de 700 hectares de plantação de tangerinas, amêndoas e azeitonas. Os ibéricos da Bolschare Agricultura arrendaram os ativos em Beja e ficaram a cargo da gestão deste extenso espaço de cultivo com tangerineiras, amendoeiras e olivais desde a semana passada.

“A continuidade do projeto a longo prazo é mantida, incluindo a empregabilidade de todos os funcionários atuais, com a venda da empresa a um investidor internacional e do subsequente arrendamento à Bolschare Agriculture, um parceiro local deste investidor na região e o mais importante operador agrícola do sul da Europa”, garantem os assessores imobiliários.

O negócio deu por terminado o projeto agrícola da família Martinavarro em Portugal, que iniciou com outros acionistas em 2000. Os Martinavarro são fundadores da Citri&CO, que faz produção de citrinos, melão, melancia e fruta de caroço na Europa.

Segundo o matutino espanhol, a Igreja Mórmon tem “milhares de milhões” de investimentos através do seu fundo de investimento Ensign Peak, um dos maiores proprietários de terras agrícolas.

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Fidelidade com novos diretores Financeiro e de Estratégia

  • ECO Seguros
  • 18 Fevereiro 2025

A seguradora continua a política de promover quadros do grupo para as funções-chave na gestão da empresa. Afirma ser um rejuvenescimento dos lugares de liderança.

A Fidelidade acaba de nomear dois novos diretores promovidos internamente. Segundo fonte do grupo “estas mudanças refletem a política de promoção de quadros mais jovens do grupo a lugares de liderança”.

Filipe Nunes de Almeida sobe na companhia mudando de Head de M&A e capital markets para Diretor Financeiro.

Filipe Nunes de Almeida é o novo Diretor Financeiro e até aqui desempenhava as funções de Head de M&A e capital markets. É especialista em finanças, com experiência na consultora PwC e formação na Grenoble Ecole de Management. Está na Fidelidade há 6 anos.

Para a Direção de Estratégia, a companhia nomeou Isabel Reis, que já desempenhava as funções de assessora da Comissão Executiva. É licenciada em Economia, foi partner da consultora BCG e tem um MBA no INSEAD. Está na Fidelidade há 4 anos.

Estas nomeações para funções-chave da Fidelidade já foram registadas e, logo, aprovadas pela ASF, entidade supervisora do setor segurador.

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