Novas freguesias em risco de falharem pagamento de salários a partir de outubro, avisa Castro Almeida

Governo vai preparar diploma, de modo a corrigir falhas na desagregação. No limite, poderá não haver pagamento de salários até ao início de 2026.

O Governo vai preparar um projeto de decreto-lei para resolver questões ainda em aberto na desagregação de freguesias, e que podem resultar na impossibilidade de pagamento dos salários de outubro.

Na Assembleia da República, durante uma audição solicitada pelo Chega, o ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, admite que a incapacidade das novas freguesias em pagar salários aos funcionários possa durar até aos primeiros meses de 2026. O mês de outubro é aquele que mais preocupa o governante, visto que as eleições decorrerão a 12 de outubro e a tomada de posse dos novos órgãos eleitos acontecerá no final desse mês.

No início da audição no Parlamento, o Chega questionou Castro Almeida sobre “de que forma o ministério está a acompanhar o processo? Vamos ter ou não essas freguesias a funcionar, e caso não estejam a funcionar, o que se faz?”

Quando faltam menos de três meses para as autárquicas, nas quais já irão a votos os órgãos das novas freguesias, o Governo vai apenas agora preparar legislação para apreciação no Parlamento, onde a Lei 25-A de 13 de março foi aprovada pela maioria dos deputados e deu origem a 302 novas freguesias.

“É um assunto em que, se não se fizer nada, há um grande problema”, diz Castro Almeida, mas há tempo para resolvê-lo, assegura Castro Almeida.

Apesar de a Lei referir que as uniões de freguesias deveriam criar uma comissão de extinção até 15 de maio, as declarações de Castro Almeida apontam que os contactos da DGAL (Direção-Geral das Autarquias Locais) para apurar se as comissões de extinção estão operacionais decorrerão apenas esta semana. A direção-geral consultará todas as uniões de freguesias para saber se as comissões de desagregação estão devidamente montadas, explicou o ministro.

É a essa estrutura que compete repartir património e funcionários pelas novas freguesias, e entre a burocracia a tratar pelas novas freguesias estão situações como a criação do número de identificação fiscal e abertura de contas bancárias, por exemplo.

Destacando que, relativamente à desagregação de freguesias, “o Governo esteve ausente desse debate”, por ser uma incumbência do Parlamento, o governante referiu: “Neste momento, deparamo-nos com algumas dificuldades práticas de concretização da lei que foi aprovada”.

“No limite, e no limite que não é difícil de imaginar, se não fizermos nada, podemos deixar que alguns funcionários das uniões de freguesias cheguem ao final do mês de outubro e não tenham quem lhes pague salário. Há vários problemas conexos, este para mim seria o mais grave. Mas há solução para isso”, salientou.

É preciso ir mexer na Lei que está aprovada”, afirmou o ministro na Comissão de Reforma do Estado e Poder Local nesta terça-feira. As opções do poder público variam entre uma ação dos deputados no Parlamento, ou o avanço do Governo. “Não me parece que seja a mais adequada, porque o período que está a decorrer até eleições não é em princípio suficiente para aprovar a Lei”, diz Castro Almeida, que assegura bastar um Decreto-Lei, que o Governo vai enviar ao Parlamento para apreciação.

Além da questão dos salários dos funcionários das freguesias que sairão da desagregação, “há outras questões para acautelar”, designadamente a colocação dos funcionários em postos de trabalho equivalente ao que têm na união de freguesias, bem como a divisão do património e a garantia de que as dívidas ficarão devidamente repartidas pelas novas freguesias.

“Não se pode extinguir a freguesia e deixar as dívidas. Tem que se repartir, e tem que haver critério legal para isso”, o que depende da comissão de extinção.

“A ideia do Governo é preparar um projeto de Decreto-Lei e vir discuti-lo ao Parlamento”, explicou o ministro, assumindo que “não é uma fórmula muito habitual. Acho que é adequada. Gostaríamos que o Decreto-Lei tivesse o maior consenso possível. A ideia é o Governo preparar o projeto e promovermos diálogo com os diferentes partidos”.

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Veja aqui as novas tabelas de retenção na fonte com a descida do IRS

Em agosto e setembro, trabalhadores e pensionistas vão descontar menos para o Fisco para fazer refletir a descida do imposto aprovada pelo Parlamento para este ano.

O Governo já aprovou as novas tabelas de retenção na fonte em sede de IRS que irão refletir a redução do imposto, proposta pelo Executivo e aprovada pelo Parlamento – com o voto favorável do Chega e abstenção do PS –, e compensar em dois meses (agosto e setembro) o valor descontado a mais desde janeiro por trabalhadores dependentes e pensionistas, segundo o despacho assinado esta terça-feira pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte.

O diploma chega com um dia de atraso face ao que tinha sido anunciado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o debate do Estado da Nação.

A retroatividade será efetuada em agosto e setembro. Haverá tabelas especiais em agosto e setembro e depois umas novas tabelas normais a partir de outubro, revelou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, na sexta-feira, durante o briefing do Conselho de Ministros. No ano passado, o Governo usou o mecanismo em setembro e outubro, por isso, desta vez será aplicado mais cedo.

A descida do IRS em 500 milhões de euros, proposta pelo Governo e viabilizada pela Assembleia da República, determina reduções do imposto entre 0,40 e 0,60 pontos percentuais (p.p.) até ao 8.º escalão de rendimentos.

Em concreto, a taxa do primeiro escalão vai descer de 13% para 12,5%, a do segundo de 16,5% para 16%, a do terceiro de 22% para 21,5%, a do quarto de 25% para 24,4%, a do quinto de 32% para 31,4%, a do sexto de 35,5% para 34,9%, a do sétimo de 43,5% para 43,1% e, por último, a do oitavo de 45% para 44,6%. A taxa do último escalão de rendimentos continua nos 48%.

Simulações apresentadas pelo Governo mostram que esta nova descida do IRS vai fazer subir o salário líquido entre dois e 15 euros por mês.

Tabelas de retenção na fonte para vigorar entre 1 de agosto e 30 de setembro de 2025

Tabelas de retenção na fonte para vigorar entre 1 de outubro e 31 de dezembro de 2025

 

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FNS2025: “Em Portugal poupamos pouco e poupamos mal”

  • ECO Seguros
  • 22 Julho 2025

As razões da poupança em Portugal ser inferior à média europeia e as opções para estimular o investimento foram temas analisados no 4.º Fórum Nacional de Seguros. Veja aqui o painel.

João Eufrásio, diretor de Gestão de Investimentos do Grupo Ageas Portugal, Marta Graça Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Real Vida Seguros, e Sérgio Nunes, CEO da April Portugal — sob moderação de Diogo Agostinho, COO do ECO (à esquerda do painel de convidados).

As famílias em Portugal poupam menos do que a média europeia — 12,2% contra 15,2% no último trimestre do ano passado, segundo a Eurostat. Num painel dedicado ao tema “Poupança e Risco: Como Sair da Estagnação para o Crescimento” os especialistas apontaram como principais causas desta tendência a iliteracia financeira, a cultura de consumo, os baixos salários e a ausência de incentivos fiscais adequados.

No 4.º Fórum Nacional de Seguros João Eufrásio, diretor de Gestão de Investimentos do Grupo Ageas Portugal, Marta Graça Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Real Vida Seguros, e Sérgio Nunes, CEO da April Portugal — sob moderação de Diogo Agostinho, COO do ECO — reforçaram que a literacia financeira deve andar de mãos dadas com os incentivos fiscais. Defendem ainda que é fundamental apostar na educação, para ensinar a importância da poupança e como geri-la, para que não se fique à mercê do tempo e da inflação, especialmente nos depósitos a prazo.

Veja ou reveja o painel aqui.

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Noronha Lopes critica Benfica District em campanha eleitoral e quer conhecer contas do projeto

Entre promessas de piscinas e hotéis à porta do Colombo, cresce o receio de que o “Benfica District” de Rui Costa é propaganda sem sustentabilidade, revela o candidato em entrevista exclusiva ao ECO.

João Noronha Lopes, candidato à presidência do SL Benfica, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

O Benfica prepara-se para anunciar no final desta terça-feira o “Benfica District”, um plano de modernização que pode chegar aos 300 milhões de euros. A horas da apresentação pública, João Noronha Lopes, candidato à presidência do clube, exige transparência. “Um projeto desta envergadura […] não deveria ser apresentado em clima de campanha eleitoral”, refere o gestor em entrevista exclusiva ao ECO, notando que este era um projeto que deveria ter sido apresentado aos sócios na última Assembleia Geral, realizada há cerca de um mês. “Pelo menos para partilhar a ideia”, diz.

Além disso, Noronha Lopes sublinha também que não basta ter ambição para apresentar projetos desta grandeza. O gestor destaca que é preciso provar que há meios para concretizar o maior investimento na Luz desde a construção do novo Estádio da Luz, em 2004. “Há uma diferença entre uma boa ideia e a capacidade de a concretizar”, reforça.

Noronha Lopes recorda que há quatro anos, a atual direção do Benfica, liderada por Rui Costa, também prometeu uma “cidade das modalidades” que “não saiu do papel”. Por isso, o gestor quer ver o plano financeiro em detalhe antes de aplaudir a ideia. “É preciso saber qual é a sustentabilidade financeira, qual é a sociedade do Grupo Benfica que está envolvida, como é financiado, que garantias é que o Benfica vai dar”, sublinha Noronha Lopes, receando que o montante anunciado do projeto ponha em risco o principal objetivo do clube, que é “o sucesso desportivo”.

Um dos pontos que mais inquieta Noronha é o retorno comercial do “Benfica District”, questionando, desde logo, “qual é a viabilidade de uma área comercial ao lado do Colombo?”.

Porém, reconhece que a zona envolvente precisa de intervenção há anos e garante ter propostas concretas. “Projetos como, por exemplo, a Casa do Sócio, que apresentei há cinco anos, já deveriam estar feitos”. Caso seja eleito, Noronha Lopes promete apresentar “com tempo suficiente” um plano alternativo, sem ter de ir a “correr a fazer um PowerPoint ou ao ChatGPT para fazer um desenho por inteligência artificial”.

Um dos pontos que mais inquieta Noronha é o retorno comercial do “Benfica District”, questionando, desde logo, “qual é a viabilidade de uma área comercial ao lado do Colombo?”. A proximidade ao maior centro comercial do país pode tornar a operação mais complexa, elevando o risco financeiro. O gestor pede, por isso, estudos de mercado e garantias de financiamento externo para que o projeto não caia sobre a tesouraria da SAD.

Apesar das reservas, Noronha Lopes não descarta aproveitar parte do “Benfica District”. Em caso de vitória nas próximas eleições que decorrem em outubro, admite integrar boas ideias de adversários eleitorais, desde que se encaixem na sua matriz de “benfiquismo” e melhorem “a experiência do dia do jogo, que neste momento é muito pobre”, diz.

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Entre as inspirações para potenciar a marca Benfica, Noronha Lopes aponta as fan zones de Mundiais e das ligas norte-americanas, que visitou recentemente com os Miami Heat, destacando a importância de restauração, catering e merchandising para gerar receitas e envolver famílias.

Com as eleições marcadas para outubro, o “Benfica District” deverá ser tema-chave da campanha. Rui Costa apresenta hoje o dossiê com o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e promete iniciar a fase de licenciamento ainda em 2026. Noronha Lopes, por seu lado, sublinha que “há tempo para apresentar aos sócios” o seu contraponto e apela a um “debate e uma partilha de ideias” para que os associados escolham “o projeto que é mais realista, […] que mais se enquadra dentro da filosofia do clube”.

Sem garantias sobre quem estará à frente do clube em 2027, o futuro do “Benfica District” dependerá tanto do voto de outubro como da robustez financeira que for demonstrada. Até lá, a pergunta de Noronha ecoa na Luz: faz sentido avançar já com um investimento de centenas de milhões sem contas detalhadas à vista e a cerca de dois meses de umas eleições que prometem ser renhidas.

  • A entrevista completa de João Noronha Lopes será publicada na íntegra na próxima sexta-feira.

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Raize recebe até 4 milhões de investimento da C2 Capital para acelerar expansão internacional

Plataforma de financiamentos colaborativos prepara entrada nos mercados de Espanha, Itália e Luxemburgo. Conta com investimento da capital de risco C2 Capital Partners para acelerar expansão lá fora.

A Raize, plataforma de empréstimos colaborativos a PME, vai receber um investimento da sociedade de capital de risco C2 Capital Partners que poderá ascender até quatro milhões de euros, com o objetivo de acelerar os planos de expansão internacional.

No âmbito da parceria, anunciada esta terça-feira, a Raize poderá aceder no imediato a dois milhões de euros da linha de investimento disponibilizada pela C2 Capital para reforço dos capitais próprios da fintech, enquanto os restantes dois milhões estão dependentes do desempenho em 2025 e 2025.

Segundo adiantam as duas entidades, o acordo visa “melhorar o desempenho e funcionalidades tecnológicas da plataforma portuguesa de financiamento colaborativo e apoiar a sua expansão internacional para mercados como Espanha, Luxemburgo e Itália”.

“Este investimento é um voto de confiança no nosso projeto e na capacidade da Raize para escalar o seu impacto a nível europeu. Estamos preparados para crescer de forma sustentável (…) e inovar na forma como o financiamento colaborativo transforma o acesso ao crédito”, afirma Alberto Amaral, CEO da Raize, que tem como maior acionista a Flexdeal.

Já André Oliveira, partner da C2 Capital Partner, espera que este investimento ajude a Raize a “entrar numa nova fase estratégica de expansão, fortalecendo o seu papel fundamental no financiamento alternativo às PME em Portugal e, brevemente, em vários mercados europeus”.

A Raize, liderada por Alberto Amaral, tem vindo a consolidar a sua operação em Portugal e aposta agora dar o salto fora de portas à boleia do novo Regulamento Europeu de Financiamento Colaborativo – que permite à fintech portuguesa estar habilitada para operar em todos os países da União Europeia.

Fundada há cerca de uma década, a Raize fechou 2024 com prejuízos de 30,3 mil euros, depois do resultado negativo de quase 50 mil no ano anterior. Tinha mais de 100 mil clientes, dos quais 31 mil empresariais ou institucionais, com o volume de novos financiamentos a atingir os 29 milhões no ano passado.

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FC Porto vende passe de Francisco Conceição à Juventus por 32 milhões

  • ECO
  • 22 Julho 2025

Jogador abdicou do direito a receber 20% do montante líquido da transferência, o que desbloqueou a operação. Italianos já tinham desembolsado 9,5 milhões pelo empréstimo.

O FC Porto anunciou a venda do passe de Francisco Conceição à Juventus por 32 milhões de euros, depois de o jogador ter abdicado do direito a receber 20% do montante líquido da transferência.

A SAD portista ressalva que irá ter um encaixe total de 41,5 milhões de euros “no contexto desta transferência” na medida que se acresce um montante de 9,5 milhões de euros que o clube italiano pagou pelo empréstimo do jogador na época transata.

Em comunicado enviado ao mercado, os dragões informam ainda que terá encargos com serviços de intermediação de 10% do montante desta transação, líquido do mecanismo de solidariedade.

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Bosch vai cortar 1.100 postos de trabalho em fábrica na Alemanha

Multinacional alemã anunciou a reestruturação da fábrica alemã de Reutlingen, após a quebra das vendas no mercado automóvel. Em Portugal, empresa pretende continuar a contratar.

A alemã Bosch vai eliminar 1.100 postos de trabalho até 2029 na sua unidade situada em Reutlingen, na Alemanha, e reestruturar a fábrica. A decisão surge após a rápida deterioração do mercado automóvel, com impacto nas vendas da multinacional, que tem várias unidades em Portugal.

A companhia pretende focar a atividade na produção de semicondutores, uma vez que o fabrico de unidades de controlo eletrónico já não é competitivo, adiantou a empresa em comunicado, citado pela Reuters.

Os cortes de empregos necessários não são fáceis para nós, mas são urgentemente necessários para garantir o futuro da unidade“, que emprega cerca de 10.000 pessoas, argumentou o vice-presidente executivo de operações de semicondutores da Bosch, Dirk Kress.

Os fabricantes automóveis na Europa e na Alemanha têm estado sob pressão, devido aos elevados custos e à forte concorrência que chega sobretudo da China, num momento em que a guerra das tarifas está a afetar as relações comerciais a nível global.

Apesar das dificuldades globais e do corte de postos de trabalho na Alemanha, Portugal deverá ficar de fora destas reduções, com a gigante alemã a continuar a reforçar a sua aposta no país, onde tem unidades em Braga, Aveiro e mantém alguns serviços em Ovar, além de um centro de serviços em Lisboa.

Em entrevista recente ao ECO, o CEO da Bosch Portugal, Javier González Pareja, garantiu que a multinacional, que emprega cerca de 6.800 pessoas e é o quinto maior grupo exportador do país, vai continuar a investir a um ritmo anual de 100 milhões de euros e a aumentar o número de trabalhadores, não afastando a realização de novas aquisições em Portugal.

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Faltam diplomados em Engenharia Eletrotécnica para as necessidades do mercado

  • Lusa
  • 22 Julho 2025

As empresas já não se limitam a contactar a escola, mas “aparecem nas apresentações de projeto para fazer uma captação direta aos estudantes”, explicou responsável pelo curso no Politécnico de Leiria.

O número de recém-licenciados em Engenharia Eletrotécnica não é suficiente para as necessidades do mercado, afirmaram à agência Lusa empresários e a responsável pelo curso no Politécnico de Leiria.

Não é um problema da região de Leiria. É um problema nacional e até europeu. Diplomamos todos os anos cerca de 50 alunos, o que tem sido manifestamente insuficiente. Temos sempre uma pool de pedidos muito grande e agora verifica-se uma mudança de hábitos das empresas”, revelou a coordenadora da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, Carla Lopes.

As empresas já não se limitam a contactar a escola, mas “aparecem nas apresentações de projeto para fazer uma captação direta aos estudantes”, explicou. A falta de alunos nesta área está relacionada com as provas de ingresso de Matemática e a Físico-Química (obrigatórias), afirmou Carla Lopes, especificando que os resultados menos bons nesta última disciplina “limita a entrada na Engenharia Eletrotécnica”.

No entanto, a coordenadora informou que, tendo em conta a falta de mão-de-obra nesta área, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação alterou as provas de ingresso e já nesta primeira fase de acesso ao ensino superior os estudantes só têm a Matemática como disciplina obrigatória. A procura por diplomados nesta área tem aumentado nos últimos anos, uma vez que “as necessidades da indústria tecnológica estão a mudar muito rápido”, mais assentes na eletrónica aplicada à indústria e na inteligência artificial.

“A indústria está sedenta destes conhecimentos e temos preparado os alunos nesse sentido. Se até há uns anos a automação e a robótica eram o que eles [empresários] mais pediam, hoje solicitam uma eletrónica aplicada à automação, uma robótica muito eletronizada”, constatou.

A inteligência artificial atingiu transversalmente as áreas todas, o que se está a “refletir também nas necessidades das empresas”. Por exemplo, a eletrónica “não basta estar coberta pela área da mecânica”, até porque, “agora, tudo o que é sensor na indústria tem de estar interligado e centralizado com a cloud”.

Carla Lopes precisou que a Engenharia Eletrotécnica abrange áreas como a energia, telecomunicações, eletrónica ou programação. “Tanto trabalhamos para a indústria automóvel como para os operadores móveis ou energéticos ou na codificação de áudio ou de vídeo. Temos também agora uma forte componente no departamento de robótica médica”, disse.

O diretor de produção da Fase Criativa, uma empresa de instalações elétricas, Paulo Cunha, confirmou a dificuldade em recrutar quadros qualificados. “Contactámos o Politécnico de Leiria para contratarmos alguém recém-formado para integrar a nossa empresa como direção de obra, mas não foi possível. Há uma falta de alunos enorme nesta área”, revelou.

Segundo este responsável, há muitas empresas a tentar recrutar jovens licenciados e não há mão-de-obra suficiente para colmatar as necessidades.

Também a EST, empresa prestadora de serviços na área da eletricidade, sofre da falta de mão-de-obra mais operacional no terreno, como eletricistas e serralheiros. “Os cursos TeSP [técnico superior profissional] têm contribuído para o mercado, mas não em número suficiente”, indicou a diretora de recursos humanos. Filipa Gomes entende que não deixa de ser “um desperdício de talento ficarem só como eletricistas”.

“OS TeSP não são uma solução, mas têm sido uma ajuda. Os alunos que não querem prosseguir estudos acabam por ficar connosco”, adiantou. A EST tem conseguido recrutar engenheiros eletrotécnicos, mas a diretora de recursos humanos admitiu a escassez de profissionais qualificados. “Das entrevistas que fazemos, a expectativa dos recém-licenciados é irem para o estrangeiro”, acrescentou.

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Lisboa procura fundos europeus para plano drenagem. Veja imagens da tuneladora em Santa Apolónia

A um ritmo de 10 metros por dia, a tuneladora esventrou o subsolo da cidade, de Campolide a Santa Apolónia, passando sob a Avenida da Liberdade e a Almirante Reis, antes de chegar a Santa Apolónia.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, ao lado da comissária Europeia Jessica Roswall, responsável pelas áreas do Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular, e, a discursar, o presidente da CM Lisboa, Carlos Moedas, durante a cerimónia de chegada, a Santa Apolónia, da tuneladora do Plano Geral de Drenagem de Lisboa.Hugo Amaral/ECO

A Câmara de Lisboa está a trabalhar com o Governo para captar fundos europeus que permitam reduzir os custos próprios da autarquia na construção do plano de drenagem da cidade, orçado em 250 milhões de euros, apurou o ECO/Local Online junto de fonte da autarquia. Atualmente, o município está a pagar a obra através de financiamento contraído junto do Banco Europeu de Investimento (BEI).

O ponto alto do plano de drenagem, destinado a travar as cheias na cidade, é o túnel com 4.600 metros de comprimento que permitirá reter excesso de água das chuvas e direcioná-la diretamente até ao rio Tejo, e que nesta terça-feira mereceu uma cerimónia com pompa e circunstância para assinalar a chegada da máquina de perfuração a Santa Apolónia, depois de ter começado o seu trabalho em Campolide há cerca de ano e meio.

Apesar de, num vídeo promocional da obra, que passava em contínua repetição no local da obra durante o evento de comemoração do final do túnel, se apontar a conclusão da obra para “início de 2025”, a verdade é que só agora, em julho, a tuneladora acabou de perfurar o subsolo e chegou a céu aberto. Entre os trabalhos ainda por executar está a rede de canalização de águas a montar ao longo do túnel, para usos vários na cidade. A câmara não se compromete com uma data para finalização do plano, que incluirá ainda um segundo túnel, de um quilómetro de extensão, entre o Beato e o rio.

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Incluída no plano de 250 milhões de euros está ainda uma bacia de retenção com capacidade para 17 mil metros cúbicos de águas pluviais, o equivalente a sete piscinas olímpicas, a partir da qual a água será direcionada para a ETAR de Alcântara, de onde seguirá através da referida canalização própria inserida no túnel, para usos como regas, limpeza de rua e uso pelos bombeiros.

No geral, nestes e noutros usos, conforme salientou o presidente da autarquia, Carlos Moedas, a cidade utiliza anualmente o equivalente a mais de mil piscinas de água potável, 2,8 milhões de litros. “Não faz sentido”, afirmou Moedas, num discurso feito a uma profundidade de cerca de dez metros junto ao Museu Militar, em Santa Apolónia.

Até chegar a Santa Apolónia, a tuneladora percorreu 4.600 metros a profundidades até 63 metros, avançando cerca de 10 metros por dia enquanto ia montando os 2.334 anéis de sustentação da estrutura. Nos 4.200 metros escavados foram retirados 140 mil metros cúbicos de terra.

Engenheiro hidráulico, Moedas destacou esta obra como sendo “a maior da Europa continental”, informação secundada por Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, igualmente presente no evento em que o município assinalou a chegada da tuneladora, sem direito a perguntas dos jornalistas ao autarca.

No local esteve igualmente a comissária europeia Jessica Roswall, responsável pelas áreas do Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular Competitiva, que, num curto discurso, designou o avanço da obra como “decisão arrojada” do Executivo de Moedas. A responsável europeia assinalou ainda que “a resiliência da água é agora uma prioridade da Europa”, não só no sul do continente, como nos países nórdicos, designadamente a Suécia, de onde é natural.

Entre as dezenas de convidados contava-se Carmona Rodrigues, a cujo mandato remonta os primórdios do plano de drenagem, conforme assinalou Moedas. “Devemos-lhe esta obra”, disse o autarca da coligação Novos Tempos, apontando as duas fortes chuvadas de 2022, consideradas, cada uma, um acontecimento único em 100 anos, como o gatilho para a decisão definitiva de arrancar o plano.

“Sem a União Europeia não estaríamos aqui”, notou Moedas, agradecendo “ao BEI, mas também à Comissão Europeia e à Europa”.

Mais uma das referências a dinheiros europeus veio da ministra do Ambiente e Energia. Graça Carvalho designou o plano de drenagem como “talvez o maior projeto dentro da estratégia Água que Une”, apontando: “Contamos com a Europa para nos ajudar a executar a nossa estratégia”.

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Banca antecipa “ligeiro aumento” da procura de crédito por famílias e PME

Bancos esperam o aumento da procura de crédito por parte das famílias, para a compra de casa, e ainda das PME nos próximos meses à boleia da descida das taxas de juro.

Os bancos esperam um “ligeiro aumento” da procura de empréstimos por parte das famílias para a compra de casa e também das pequenas e médias empresas (PME), antecipando critérios menos restritivos para este último segmento.

Foi isto que o setor respondeu ao inquérito do Banco de Portugal sobre as expectativas para a evolução do mercado de crédito para os próximos três meses. Que, de resto, acompanha a tendência observada no último trimestre, no qual a banca observou um crescimento também ligeiro da procura de crédito por parte dos particulares, “sobretudo no segmento da habitação”, e das PME.

O supervisor explica que o aumento da procura de crédito se deveu à descida das taxas de juro, mas não só.

No caso do crédito à habitação, também ajudou a confiança dos consumidores e também o “regime regulamentar e fiscal” do mercado da habitação – o Banco de Portugal não especifica, mas estará a aludir às medidas de apoio aos jovens, nomeadamente a garantia pública e a isenção de IMT.

Já no que toca às PME, “as necessidades de financiamento de existências e de fundo de maneio deram também um contributo ligeiro para o aumento da procura”.

Os bancos esperam ainda um alívio dos critérios de concessão de crédito às PME e sem alterações nas grandes empresas e no crédito a particulares.

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INEM transfere 3,5 milhões para bombeiros. Liga espera pagamento do restante valor em dívida

  • Lusa
  • 22 Julho 2025

A dívida total ascende, no entanto, a cerca de 15 milhões de euros. Liga dos Bombeiros espera que as associações recebam nos próximos dias o montante ainda em falta.

O INEM pagou 3,5 milhões de euros de dívidas do serviço de emergência pré-hospitalar, confirmou esta terça-feira a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que espera que as associações recebam nos próximos dias o montante ainda em falta.

O presidente da LBP adiantou à Lusa que os corpos de bombeiros receberam 3,5 milhões de euros de uma dívida que ascende a cerca de 15 milhões pelos serviços prestados ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) nos últimos meses.

Esta transferência para os bombeiros aconteceu depois de a liga ter exigido ao Governo o pagamento, até quarta-feira, das dívidas do serviço de emergência pré-hospitalar, ameaçando suspender, na próxima sexta-feira, o uso das ambulâncias do INEM. Já esta terça, António Nunes adiantou que, se o presidente do instituto garantir que vai transferir nos próximos dias mais uma “tranche significativa” do montante da dívida, “não faz sentido que, na sexta-feira, se tome esta posição”.

“O INEM o que diz é que, da sua parte, todo o processo burocrático está pronto, a única coisa que precisa é que o Ministério da Saúde transfira para o INEM os valores para eles poderem pagar”, afirmou o responsável da liga. António Nunes salientou ainda que este é um “período do ano bastante complicado” para as associações de bombeiros, que têm de pagar os subsídios de férias, além da Taxa Social Única, um encargo mensal que tem de ser pago à Segurança Social.

Por vezes não se tem a noção de que as 464 associações de bombeiros pagam, por ano, à Segurança Social 35 milhões de euros”, realçou o presidente da liga. Segundo referiu, se no dia 20 de cada mês não for paga a Segurança Social, as associações entram em incumprimento e deixam de “poder tirar certidões de não dívida, o que as impede receber as verbas do Estado”.

“É um processo que se pode transformar numa situação muito grave para as associações e era o que estava a acontecer”, alertou o responsável da liga, ao salientar que os corpos de bombeiros fazem o transporte de 1,2 milhões de utentes por ano, por mobilização do INEM.

“Temos de ter a certeza absoluta de que há alguma regularidade no pagamento das despesas, porque elas são feitas antecipadamente”, alegou ainda António Nunes.

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Governo espanhol dá primeiros passos para regular sigilo profissional dos jornalistas

  • Lusa
  • 22 Julho 2025

Será agora realizada uma consulta pública para recolher opiniões sobre como aumentar a eficácia do direito ao sigilo profissional para jornalistas e prestadores de serviços de comunicação social.

O Governo espanhol deu os primeiros passos para regular o sigilo profissional dos jornalistas e dos prestadores de serviços de comunicação social, aprovando esta terça-feira um projeto de Lei Orgânica para proteger o trabalho dos profissionais da informação.

O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência, Justiça e Relações Parlamentares, Félix Bolaños, que garantiu que, com este regulamento, casos como o que ocorreu em Palma de Maiorca, quando um tribunal ordenou a apreensão dos telemóveis e computadores de dois jornalistas, não se vão repetir.

Conforme avança a agência EFE, esta situação, segundo Bolaños, foi “um gatilho” para a necessidade de elaboração desta lei, pendente desde 1978. O responsável considerou que se trata de um avanço “muito substancial”, que vai evitar que situações como a que causou “tanta angústia” aos jornalistas se repitam.

A regulamentação estará em consonância com o Regulamento Europeu sobre a liberdade de imprensa aprovado pela União Europeia (UE) e com o consenso das federações e associações de jornalistas. Estará também em conformidade com a doutrina do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e do Tribunal Constitucional, e com as recomendações do Comité de Ministros aos Estados-membros do Conselho da Europa.

Após este primeiro passo, será agora realizada uma consulta pública para recolher opiniões sobre como aumentar a eficácia do direito ao sigilo profissional para jornalistas e prestadores de serviços de comunicação social.

A lei regula quem detém aquele direito: os profissionais da informação, os prestadores de serviços de comunicação social e as suas redações e as pessoas singulares que, por relação privada, habitual ou profissional com os mesmos, possam também identificar as fontes destes jornalistas.

Regula também aquilo em que consiste o segredo profissional e tudo o que ele abrange, como o direito de não revelar as fontes, o canal através do qual a informação foi transmitida ou qualquer outra informação que possa levar à identificação da fonte do jornalista.

A norma inclui ainda limites a este exercício do direito e fá-lo em consonância com a regulamentação europeia, pelo que os juízes e os tribunais podem determinar procedimentos para identificar uma fonte de informação quando haja um dano grave e iminente que afete a vida, a integridade física ou a segurança de uma pessoa, ou quando haja um risco grave e iminente para a segurança nacional ou para elementos fundamentais do sistema constitucional.

Também regula os casos em que os juízes e os tribunais podem determinar a instalação de software de vigilância intrusiva nos dispositivos daqueles que têm direito ao sigilo.

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