Trabalhadores da dona da Visão recebem 25% do salário de maio, mas mantêm greve. Publicações podem não chegar às bancas

  • Lusa
  • 20 Junho 2025

A adesão à greve é superior a 50%, sendo que a Visão, a Caras e a Telenovelas correm o risco de não chegar às bancas na próxima semana, avança fonte sindical.

Os trabalhadores da Trust in News (TiN), dona de publicações como a Visão, Caras ou Exame, receberam os primeiros 25% do salário de maio na véspera da greve que começou esta sexta-feira, mas mantém-se em protesto até que a empresa pague a totalidade das dívidas.

“Apesar disso [pagamento], a decisão dos trabalhadores de cumprirem o pré-aviso de greve mantém-se, até que a empresa pague a totalidade das verbas em dívida, mesmo que isso afete a produção dos títulos do grupo, como a Visão, Caras, Exame, Ativa ou Jornal de Letras”, avançou o Sindicato dos Jornalistas, em comunicado.

Os trabalhadores da TiN iniciaram esta sexta-feira uma greve por tempo indeterminado devido aos salários e subsídios em atraso. Reunidos em plenário, a 30 de maio, os trabalhadores já tinham aprovado recorrer à greve, caso não recebessem o salário e subsídio de refeição de maio e os 20% que ainda não tinham recebido referentes ao mês de abril. Embora os 20% do vencimento de abril e 25% do ordenado de maio já tenham sido liquidados, mantém-se em dívida 75% do vencimento de maio, o subsídio de alimentação e o subsídio de férias.

A adesão à greve por parte dos trabalhadores é superior a 50%, sendo que a Visão, a Caras e a Telenovelas correm o risco de não chegarem às bancas na próxima semana, avançou fonte sindical.

Dezenas de trabalhadores da TiN concentraram-se esta manhã em frente à sede da empresa, em Oeiras, numa ação de protesto na sequência de uma greve por tempo indeterminado que se iniciou hoje por falta de pagamento de subsídios e salários em atraso.

Em declarações à Lusa, a delegada sindical Clara Teixeira avançou que os títulos semanais Visão, Caras e Telenovelas podem não chegar às bancas na próxima semana devido à greve, acrescentando que a adesão nas redações “pode rondar os 80%” entre os jornalistas, gráficos e fotógrafos.

O Sindicato dos Jornalistas reuniu-se também com o sócio-gerente, Luís Delgado, para discutir a situação da Trust in News (TiN), a poucas horas do início da greve visando apurar se haveria margem para o pagamento das remunerações em atraso, porém não recebeu qualquer garantia de que os créditos laborais viessem a ser pagos nos próximos dias ou semanas.

De acordo com o sindicato, Luís Delgado argumentou que não tem ainda a ‘luz verde’ da juíza do processo de insolvência para dar cumprimento à decisão dos credores que lhe permite regressar à gestão da TiN, solução que a maioria dos trabalhadores rejeitou na assembleia de credores do dia 29 de janeiro.

O ainda dono da TiN referiu que o administrador judicial em exercício, nomeado pelo tribunal, “está limitado na sua atuação porque teve de pagar impostos à Autoridade Tributária e contribuições à Segurança Social, para não incorrer num crime, e que por isso não foi ainda possível liquidar os salários na sua totalidade”.

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Putin diz que Rússia não deve “em circunstância alguma” entrar em recessão

  • Lusa
  • 20 Junho 2025

Forte investimento público na indústria da defesa para apoiar o exército russo já não está a estimular a economia. Crescimento abrandou no primeiro trimestre para 1,4%, nível mais baixo em dois anos.

O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou esta sexta-feira que a Rússia não deverá “em circunstância alguma” entrar em recessão, apesar do abrandamento da economia.

“Alguns especialistas e peritos estão a apontar para o risco de estagnação e mesmo de uma recessão. Não devemos permitir que isso aconteça em circunstância alguma”, declarou Putin, num discurso proferido no fórum económico de São Petersburgo.

Embora a economia russa tenha em 2023 e 2024 dado provas de uma resistência inesperada às sanções impostas pelo Ocidente desde 2022, em retaliação pela invasão russa da Ucrânia, a conjuntura mudou nos últimos meses.

O crescimento abrandou no primeiro trimestre deste ano para 1,4%, o seu nível mais baixo desde o período análogo de 2023, segundo dados oficiais, e as perspetivas não são tão boas como no ano passado.

Na quinta-feira, o ministro da Economia russo, Maxim Rechetnikov, advertiu mesmo de que a Rússia poderá estar “à beira” da recessão, se o Estado não tomar as “decisões certas” nas próximas semanas.

O forte investimento público na indústria da Defesa para apoiar o Exército russo já não está a estimular a economia.

“O crescimento geral do PIB (Produto Interno Bruto) está longe de estar ligado apenas à produção militar-industrial, como alguns pensam”, sublinhou Putin. “Sim, é claro que o complexo militar-industrial desempenhou o seu papel, mas temos de continuar a vigiar de perto a estrutura deste crescimento”, prosseguiu.

O chefe de Estado russo acrescentou que, nos últimos dois anos, o crescimento foi impulsionado, nomeadamente, pela “agricultura, a indústria no seu conjunto, a construção, a logística, o setor dos serviços, as finanças e a indústria das tecnologias da Internet”.

A questão do relançamento da economia foi esta sexta-feira alvo de um braço de ferro entre o Governo e o Banco Central (BCR).

Para vários agentes económicos de peso, a responsável está encontrada: a diretora do Banco Central, Elvira Nabiullina, que executa uma política monetária muito rigorosa, com uma taxa diretora muito elevada de 20% (reduzida num ponto percentual no início de junho), para combater a inflação a todo o custo.

Esta política não agrada (ou já não agrada) ao patronato e a alguns ministros do bloco económico. “É altura de baixar” a taxa diretora, defendeu o vice-primeiro-ministro, Alexander Novak.

Responsável do Governo pelo importante setor da Energia, Novak alertou para o risco de “se perder o momento oportuno”, ao mesmo tempo que descreveu a atual conjuntura económica como “dolorosa”.

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Conferência sobre política fiscal marca lançamento do EContas

  • ECO
  • 20 Junho 2025

O evento, que se realiza no dia 25 de junho, vai marcar o lançamento da nova marca do ECO, o EContas, focada nas áreas de contabilidade, auditoria e fiscalidade.

“Como a política fiscal pode transformar a economia”. É este o mote para a conferência que o ECO vai realizar no dia 25 de junho para marcar o lançamento da sua nova marca, o EContas, focada nas áreas de contabilidade, auditoria e fiscalidade. A entrada é sujeita a inscrição e limitada à lotação da sala. Inscreva-se aqui.

O evento, realizado pelo ECO em parceria com a DFK, Grupo Your e SOVOS Saphety, e que conta com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), vai abordar temas como o papel da contabilidade financeira no crescimento económico, a contabilidade enquanto ferramenta de gestão, mas também de que forma é que a inteligência artificial está a mudar esta área.

Rogério Fernandes Ferreira, Presidente da Associação Fiscal Portuguesa, Filipa Xavier de Basto, CEO da Your Finance, Clara Moura Guedes, CEO do Monte do Pasto, Valter Pinho, General Manager SAF-T da Sovos e Hugo Salgueiro, CEO da DFK, são alguns dos nomes confirmados. A abertura está a cargo de Paula Franco, bastonária da OCC.

PROGRAMA

09h30 Boas-vindas
António Costa, Diretor do ECO
Sara do Ó, Presidente do Conselho de Administração da ÓCapital

09h45 Abertura
Paula Franco, Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados

10h00 O Papel da Contabilidade Financeira no Crescimento Económico
Filipa Xavier de Basto, CEO Grupo Your
Carlos Lobo, Antigo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Rogério Fernandes Ferreira, Presidente Associação Fiscal Portuguesa

10h45 Coffee-break

11h00 A Contabilidade Como Ferramenta de Gestão
Clara Moura Guedes, CEO do Monte do Pasto
António Mendonça, Bastonário da Ordem dos Economistas

11h45 A inteligência artificial na Contabilidade
Valter Pinho, General Manager SAF-T, Sovos
Hugo Salgueiro, CEO da DFK

12h30 Encerramento
Cláudia Reis Duarte, Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais

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BBC ameaça processar a Perplexity por apropriação de conteúdo

  • + M
  • 20 Junho 2025

Ao reproduzir partes dos seus conteúdos, a Perplexity "compete diretamente com os serviços da própria BBC", alega a emissora britânica, que exige uma "proposta de compensação financeira".

A BBC ameaçou avançar com um processo contra a Perplexity, pelo uso não autorizado do seu conteúdo por parte da empresa de inteligência artificial.

Numa carta enviada a Aravind Srinivas, CEO da Perplexity, o operador britânico diz ter evidências de que o “modelo de IA padrão” da startup americana foi “treinado através do uso de conteúdos da BBC“, avança o Financial Times.

Segundo alega a BBC, partes dos seus conteúdos foram reproduzidas literalmente pela Perplexity, pelo que a mesma “compete diretamente com os serviços da própria BBC, contornando a necessidade de os utilizadores acederem aos seus serviços”.

A emissora estará também particularmente preocupada com a possibilidade de as empresas de IA fazerem uma má utilização dos seus conteúdos, o que pode prejudicar sua reputação. Recorde-se que a BBC divulgou recentemente uma análise que mostrava que as plataformas de IA resumem notícias de forma imprecisa.

A BBC diz ainda que irá avançar com um processo legal caso a empresa de IA não pare de utilizar os seus conteúdos, exigindo ainda que sejam excluídas quaisquer cópias dos seus conteúdos do arquivo da Perplexity e que esta apresente uma “proposta de compensação financeira” pela alegada violação de propriedade intelectual.

Por seu lado, a Perplexity diz que as alegações da BBC são “manipulativas e oportunistas” e que este meio britânico tem uma “incompreensão fundamental sobre tecnologia, internet e leis de propriedade intelectual“. A Perplexity já está envolvida numa batalha judicial com os meios New York Post e The Wall Street Journal e também já recebeu comunicações do The New York Times e da Condé Nast (dona de várias publicações como a Vogue, Vanity Fair, ou The New Yorker).

Esta é assim a primeira vez que a emissora britânica avança com uma medida do género para processar empresas de IA que estejam a explorar os seus conteúdos, grande parte dos quais são públicos e gratuitos.

A BBC já terá conversado com grandes grupos de tecnologia, entre os quais se inclui a Amazon, para permitir que o seu conteúdo seja utilizado para treinar modelos de IA, de acordo com o Financial Times.

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Falhas na plataforma digital dificultaram prova final de Matemática do 9.º ano

  • Lusa
  • 20 Junho 2025

Em fevereiro, os alunos tinham realizarado provas-ensaio para testar o formato digital, identificar problemas e preparar as escolas para a avaliação oficial.

Os alunos do 9.º ano realizaram esta sexta-feira a primeira das duas provas finais do ensino básico, mas a avaliação foi dificultada por várias falhas na plataforma digital utilizada, segundo relatos das escolas.

“Houve bastantes problemas”, resumiu o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), em declarações à agência Lusa, relatando que as falhas estiveram, sobretudo, relacionadas com a plataforma utilizada para realizar as provas.

De acordo com Manuel Pereira, durante os dois turnos em que se realizaram as provas de Matemática – o primeiro às 09:30 e o segundo às 12:00 – o programa bloqueou várias vezes, houve casos em que foi necessário reiniciar, noutros a página da prova fechava ou o menu das perguntas desaparecia.

“A minha escola tem um bom sistema informático, muito boa rede e mesmo assim foi muito trabalho para todos”, refere o diretor do Agrupamento de Escolas General Serpa Pinto, em Cinfães, sublinhando que todo o pessoal docente foi mobilizado para apoiar durante a realização das provas finais do 3.º ciclo.

Depois de, no ano passado, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) ter decidido manter o formato em papel por considerar que a equipa ministerial anterior, liderada por João Costa, não assegurou as condições necessárias, é a primeira vez que as provas do 9.º ano são feitas em formato digital.

Em fevereiro, os alunos realizaram provas-ensaio para testar o formato digital, identificar problemas e preparar as escolas para a avaliação oficial.

Na semana passada, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, considerou que as escolas tudo fizeram para estar preparadas, mas hoje a principal falha partiu dos serviços do MECI.

“A experiência de agora pode ser útil, mas se os problemas não estão nas escolas, é preciso que quem gere, neste caso os serviços do MECI, prepare melhor”, sublinhou Manuel Pereira, antecipando a prova de Português, agendada para quarta-feira.

Reconhecendo que é um ano experimental, o presidente da ANDE lamentou, no entanto, que à ansiedade normal associada a estas provas, sobretudo para os alunos que dependem da nota para passar de ano, tenha acrescido a ansiedade provocada pelas sucessivas falhas que obrigaram a interromper e admitiu que muitos serão prejudicados.

Ainda assim, na escola dirigida por Manuel Pereira todos os alunos conseguiram concluir a prova dentro do tempo previsto, sem necessidade de estender a duração além do tempo complementar.

No agrupamento de Filinto Lima, em Vila Nova de Gaia, a avaliação decorreu com normalidade, apesar de uma falha generalizada numa das perguntas que o diretor diz ter sido rapidamente identificada pelo Júri Nacional de Exames numa nota enviada às escolas pouco depois das 09:30 e corrigida ainda durante o decorrer da prova.

“Não creio que nenhum aluno tenha sido prejudicado”, referiu o presidente da ANDAEP, que ao início da tarde já tinha falado com alguns colegas de outras escolas, onde também não se registaram problemas.

A Lusa questionou o MECI sobre falhas reportadas pelas escolas aos serviços do ministério, sem resposta até ao momento.

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Operação contra jogo ilícito. ASAE detém 4 pessoas e fecha 3 estabelecimentos

  • Lusa
  • 20 Junho 2025

Apreendidas 25 máquinas de jogo, quatro quiosques de acesso à Internet, oito dispensadores de bolas com brindes, 14.730 raspadinhas e diversos equipamentos, num valor global de 91.500 euros.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 18 processos-crime e 24 processos de contraordenação, deteve quatro pessoas e suspendeu três estabelecimentos numa operação nacional de combate ao jogo ilícito.

Em comunicado, a ASAE refere ainda que, no âmbito da “recentemente” realizada Operação Croupier, foram apreendidas 25 máquinas de jogo, quatro quiosques de acesso à Internet, oito dispensadores de bolas com brindes, 14.730 raspadinhas, três cartazes publicitários e diversos equipamentos informáticos e eletrónicos, num valor global estimado em cerca de 91.500 euros.

No total, foram fiscalizados 106 operadores económicos e instaurados 18 processos-crime sobretudo relacionados com a exploração de jogos de fortuna e azar fora dos locais legalmente autorizados, prática ilícita destes jogos, fabricação, publicitação, importação, transporte, transação, exposição ou divulgação de material e utensílios destinados à sua prática e situações de especulação.

Paralelamente, foram instaurados 24 processos de contraordenação, destacando-se como principais infrações a ausência de autorização para exploração de modalidades afins de jogos de fortuna ou azar, a violação dos deveres gerais das entidades exploradoras e a exploração dessas modalidades por entidades com fins lucrativos.

A Operação Croupier focou-se especialmente na fiscalização de ilícitos relacionados com jogos de fortuna ou azar, visando identificar situações de exploração e prática de jogo ilegal em locais não autorizados.

De acordo com a ASAE, os quatro indivíduos detidos durante a operação ficaram sujeitos a termo de identidade e residência (TIR).

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Estado francês patrocina injeção de 1,3 mil milhões na Eutelsat. Ações disparam 28%

Rival europeia da Starlink irá receber uma injeção multimilionária onde ainda poderá entrar o Governo britânico.

O Estado francês vai suportar um financiamento de 1,33 mil milhões de euros à empresa europeia de satélites Eutelsat, tornando-se no maior acionista, com 29,99% do capital, confirmou o grupo em comunicado. As ações da Eutelsat estão a disparar mais de 28,5% na bolsa de Paris, para 3,65 euros, à luz desta informação.

Na operação, além do Estado francês, participarão o grupo Bharti (atualmente o maior acionista), a CMA CGM e a Le Fonds Stratégique de Participations.

Na nota divulgada esta quinta-feira, a Eutelsat confirma também que há negociações em curso com o Governo britânico, que “poderá juntar-se ao aumento de capital”, de acordo com a empresa.

A Eutelsat, com sede nos arredores de Paris, é vista como uma alternativa europeia à norte-americana Starlink e tenciona usar este capital para expandir a rede de satélites de baixa órbita (LEO, na sigla em inglês), apostando num modelo de negócio focado em clientes empresariais e governamentais.

Para o Estado francês, que já era o segundo maior acionista da Eutelsat, o reforço na empresa de serviços de conectividade por satélite é, assim, visto como uma questão de soberania.

Aliás, nesta mesma quarta-feira, a Eutelsat assinou também com o exército francês um contrato de uma década para fornecer recursos com caráter prioritário na sua rede de satélites LEO.

Como aqui explicou o ECO, a Eutelsat estava à procura de fechar um financiamento para se manter à tona, perante a concorrência feroz da empresa da SpaceX, detida por Elon Musk. A empresa opera um teleporto na Madeira e diz ser um dos “maiores exportadores de serviços em Portugal”.

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Estado obrigado a devolver todo o adicional cobrado à banca. São 180 milhões no total

Valores cobrados indevidamente desde 2020 terão de ser ressarcidos, Ministério das Finanças está a avaliar impacto da decisão. Juiz vencido dá pista para superar inconstitucionalidade do imposto.

O Estado vai ter de devolver cerca de 180 milhões de euros cobrados indevidamente aos bancos desde 2020, ao abrigo do Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário (ASSB) que acaba de ser declarado inconstitucional com força obrigatória geral pelos juízes do Palácio de Ratton. Constitucionalistas ouvidos pelo ECO confirmam que o Fisco terá de ressarcir a banca e com juros de mora. Um dos juízes vencidos dá pista para superar inconstitucionalidade do imposto.

O Ministério das Finanças escusou-se a responder às questões do ECO remetendo para as declarações desta quinta-feira do ministro, à margem da reunião do Eurogrupo, no Luxemburgo. Joaquim Miranda Sarmento está a avaliar “o impacto que terá na devolução de imposto”, ressalvando que alguns valores foram prestados sob a forma de garantia, ou seja, não foram efetivamente pagos.

Em causa está o imposto adicional de solidariedade sobre o setor bancário (ASSB), criado em 2020 pelo Governo de António Costa, para ajudar a financiar a Segurança Social na resposta à crise provocada pela pandemia de Covid-19.

O plenário dos juízes do Palácio de Ratton decidiu agora “declarar a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, […] o regime que cria o Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário, […] por violação do princípio da proibição do arbítrio, enquanto exigência de igualdade tributária”, lê-se no acórdão, datado de 3 de junho, e divulgado esta quarta-feira no site do Tribunal Constitucional. A decisão surge na sequência do pedido de fiscalização sucessiva do ASSB por parte do Ministério Público face aos 32 juízos, entre acórdãos e decisões sumárias, que concluíram pela inconstitucionalidade do imposto.

O Estado vai mesmo ser obrigado a devolver todos os valores cobrados indevidamente desde 2020 e com juros de mora.

José Moreira da Silva

Constitucionalista

“O Estado vai mesmo ser obrigado a devolver todos os valores cobrados indevidamente desde 2020 e com juros de mora, porque o acórdão não estabeleceu qualquer limite nos efeitos temporais. Ou seja, a decisão retroage até ao momento em que entrou em vigor”, explicou ao ECO o constitucionalista José Moreira da Silva.

A opinião é corroborada por Tiago Duarte. “O Estado terá de devolver as verbas cobradas ao abrigo das normas declaradas inconstitucionais, pois a decisão do Tribunal Constitucional tem efeitos retroativos e então é como se essas normas nunca tivessem existido (por serem inconstitucionais). Ora, sem essas normas, não há base legal para se cobrar o que se cobrou“, reforça o constitucionalista.

A decisão do Tribunal Constitucional tem efeitos retroativos e então é como se essas normas nunca tivessem existido (por serem inconstitucionais).

Tiago Duarte

Constitucionalista

O Executivo já indicou que vai acatar a decisão. “O Governo, como qualquer Governo, cumpre e cumprirá as ordens, as decisões dos tribunais, neste caso concreto, o Tribunal Constitucional sobre o chamado adicional de solidariedade da banca. Nós ainda estamos a analisar o acórdão, as suas implicações, qual é o impacto que terá na devolução de imposto que tenha sido pago pelos bancos”, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, esta quinta-feira, citado pela Lusa.

Os relatórios da Conta Geral do Estado (CGE), consultados pelo ECO, mostram que, desde 2020 e até 2024, o Fisco exigiu aos bancos 178.739.515,47 euros, ou seja, cerca de 180 milhões de euros, montante que agora terá de ser devolvido. Se, a este valor, somarmos os 40,8 milhões que deverão ser arrecadados este ano, segundo o relatório do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), os cofres públicos terão de dispensar um total de 219,5 milhões de euros.

Joaquim Miranda Sarmento salientou que “uma parte deste imposto foi efetivamente paga”, mas admitiu que “outra parte, tendo havido recursos e contencioso, esteja apenas na forma de garantia”. “Temos que fazer toda essa análise, mas não deixaremos de cumprir a decisão do Tribunal Constitucional”, garantiu.

Juiz vencido dá pista para superar inconstitucionalidade

O ministro das Finanças lamentou ainda que “o adicional de solidariedade” tenha sido “criado de uma forma que acaba por resultar numa inconstitucionalidade e que, obviamente, prejudica os contribuintes portugueses porque este imposto acaba por não ter o efeito desejado”.

A este respeito, o constitucionalista José Moreira da Silva nota que, “entre os quatro juízes que votaram vencidos, isto é, que não concordaram com a inconstitucionalidade, António José da Ascensão Ramos apresentou uma extensa declaração de voto explicando como outros países europeus conseguiram contornar a questão legal”.

Por exemplo, Espanha criou “uma sobretaxa ao IRC de 4,8% aplicável aos bancos”, Bélgica “agravou a taxa de 0,13% para 0,17% do passivo em balanço” e Itália lançou, em 2023, um imposto sobre rendimentos excessivos, tributando em 40% os lucros da banca que excedessem em mais de 10% os proveitos líquidos de 2021″, lê-se no relatório do juiz.

Sem responder se está a pensar em criar um regime diferente que passe pelo crivo do Constitucional, Joaquim Miranda Sarmento insistiu que o Governo vai “analisar a situação, ver que impacto é que o acórdão e aquilo que são os valores”.

Questionado sobre os 40,8 milhões de euros de encaixe previstos para este ano, o ministro das Finanças comparou: “Quando qualquer contribuinte vai para contencioso com a administração tributária pode pagar e depois, obviamente, é-lhe devolvido o dinheiro se for dada a razão […] e vamos olhar para a tributação desse setor e procurar a melhor solução para os contribuintes portugueses”.

O Ministério Público pediu ao tribunal a fiscalização sucessiva do ASSB depois de nos últimos meses se terem acumulado 32 decisões, entre acórdãos e decisões sumárias, que concluíram pela inconstitucionalidade do imposto. Embora este desfecho fosse o mais esperado, nem todos os juízes do Palácio de Ratton votaram a favor da declaração de inconstitucionalidade: quatro dos 12 juízes votaram vencidos.

O Tribunal Constitucional já tinha declarado, no início deste mês, a inconstitucionalidade de uma norma do ASSB, relativa ao cálculo do imposto relativo ao primeiro semestre de 2020, por violação do princípio da proibição da retroatividade dos impostos. A decisão conhecida agora coloca um ponto final no ABBS.

Já antecipando este desfecho, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) já tinha declarado ao ECO que o fim do adicional é o “Estado de Direito a funcionar”. “Quer as sucessivas decisões judiciais, quer este pedido, confirmam o que sempre foi o entendimento do setor sobre o assunto. É simplesmente o Estado de Direito a funcionar”, referiu a associação.

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Dos hospitais aos museus, veja que equipamentos há na sua região neste novo mapa interativo do INE

Saiba quais os equipamentos e serviços da sua região, ou o número de habitantes e densidade populacional, na nova plataforma interativa do INE.

A partir desta sexta-feira pode pesquisar uma panóplia de equipamentos da sua região nas áreas da cultura (como museus), educação (estabelecimentos de ensino superior no ano letivo 2023/24), saúde (como hospitais) e de proteção civil (incluindo os corpos de bombeiros do ano 2023). Pode consultar estas informações na nova Carta de Equipamentos e Serviços de Interesse Geral (CE-SIG), desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No ecrã de abertura da aplicação interativa CE-SIG, começa logo por observar o mapa de Portugal continental com os diversos equipamentos dos quatro domínios setoriais (cultura, educação, saúde e proteção civil) do ano mais recente. Pode depois escolher os setores e a região NUTS I (Continente, R.A. dos Açores e R.A. da Madeira) que pretende consultar para observar os equipamentos e serviços da sua região.

Ficará ainda a par da caracterização dos equipamentos e dos serviços que prestam, além dos recursos humanos e materiais que têm disponíveis. Também pode conhecer os indicadores territoriais para os diferentes níveis geográficos, como o número de habitantes, a densidade populacional e a superfície.

É ainda possível saber dados sobre geografias de acessibilidade e de procura dos equipamentos/serviços, designadamente áreas de serviço e com base em distâncias físicas e distâncias tempo a pé e em automóvel ligeiro). Acresce informação sobre o nível de provisão de serviços de interesse geral às populações e acompanhamento dos padrões territoriais de desenvolvimento.

No caso do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, por exemplo, pode visualizar-se, explana o INE, “a área de serviço – distância física desenhada à volta deste espaço cultural com quatro escalões de distância”.

Fonte: INE20 junho, 2025

Esta aplicação interativa CE-SIG, enquadrada no StatsLab – Estatísticas em desenvolvimento, disponibiliza, assim, ferramentas de pesquisa e análise espacial que possibilitam a consulta de equipamentos de serviços de interesse geral, de natureza institucional pública ou privada.

Assente numa plataforma WebSIG, esta nova ferramenta foi desenvolvida pelo INE, no âmbito do projeto Coesão Territorial e Serviços Sociais de Interesse Geral (POAT 2020) para apoiar a monitorização do ciclo de Programação da Política de Coesão 2021-2027.

O acesso a equipamentos e serviços constitui uma dimensão relevante para a avaliação da qualidade de vida das populações e da coesão dos territórios.

Instituto Nacional de Estatística (INE)

Segundo o gabinete de estatística nacional, “o acesso a equipamentos e serviços constitui uma dimensão relevante para a avaliação da qualidade de vida das populações e da coesão dos territórios”. Trata-se de uma mais-valia, uma vez que “o mapeamento desta informação permite a visualização das áreas geográficas servidas pelos equipamentos georreferenciados, proporcionando uma nova perspetiva do território”, prossegue.

Esta plataforma será atualizada anualmente, assim como adicionados mais dados e novos domínios setoriais e de equipamentos. Em paralelo, o INE vai também disponibilizar indicadores de acessibilidade a equipamentos e serviços de interesse geral no âmbito do projeto IAssLocal – Indicadores de Assimetria ao nível Local e Inter-regional. “O IAssLocal tem como objetivo disponibilizar novos indicadores para a caracterização da diversidade socioeconómica dos territórios, aproveitando as potencialidades da informação associada à IND – Infraestrutura Nacional de Dados do INE”, descreve o gabinete de estatística.

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Famílias exigem esclarecimentos sobre sorteio anulado de 133 habitações em Lisboa

  • Lusa
  • 20 Junho 2025

Famílias contempladas no sorteio com uma habitação que, entretanto, foi anulado pelo município de Lisboa, já avançaram com uma petição na internet para ver o problema resolvido.

As 133 famílias contempladas no sorteio com uma habitação no âmbito do PRA29 — Programa Habitar Lisboa, que, entretanto, foi anulado pela autarquia, querem esclarecimentos da câmara sobre a salvaguarda das que foram afetadas, disse à Lusa uma das lesadas.

Em causa está o sorteio do 29.º concurso do Programa Renda Acessível (PRA), que foi realizado na segunda-feira, quando o estipulado era que se realizasse na terça-feira, tendo sido “anulado em virtude de não terem sido cumpridas as formalidades regulamentares exigidas de transmissão pública, bem como de data e hora previamente anunciadas”, segundo esclareceu a Câmara de Lisboa, liderada por PSD/CDS-PP.

Em declarações hoje à agência Lusa, Ana Gaspar, que foi sorteada com uma habitação, contou que as famílias estão em choque com a situação e sem saber o que lhes vai acontecer, uma vez que muitas desistiram das casas onde residem atualmente por terem sido sorteadas.

“No dia 16 de junho, todos os candidatos receberam os ‘emails’ com a informação de uma habitação. Fiquei superfeliz, bem como os meus filhos. Devido a esta situação informei o senhorio da casa onde vivo que iria sair, uma vez que me tinha sido atribuída casa. Ainda não sei quando tenho de sair. Agora tenho de tomar coragem para lhe ligar e dizer que estava a brincar”, disse.

“Ainda no dia 16, dirigimo-nos à Câmara Municipal de Lisboa para dar seguimento ao processo documental. Até fui ver o empreendimento para confirmar onde era. A Câmara até nos deu a planta. No dia seguinte, no dia 17 de junho, recebemos o ‘email’ a dizer que o sorteio tinha sido cancelado, nem queria acreditar. Isto é inadmissível”, disse.

Para Ana Gaspar, ainda é mais inadmissível que a câmara não tenha enviado um email a lamentar o sucedido, a pedir desculpa às famílias.

“Temos famílias a passar por processos psicológicos graves, com ataques de ansiedade. Há uma pessoa que desistiu de ir trabalhar para o Porto por causa do sorteio. Há outra pessoa cuja filha se sentiu mal e foi ao hospital. Há pessoas doentes em casa”, disse.

Câmara Municipal de LisboaLusa

Ana Gaspar contou também que muitas das famílias se deslocaram à Câmara de Lisboa a chorar e a única coisa que lhes dizem é que aguardem um contacto.

“Queremos saber o que vai fazer agora a Câmara, que garantias nos dão. Em termos legais não sei como estamos salvaguardados porque ainda não consegui falar com nenhum advogado”, disse.

Na opinião de Ana Gaspar, a câmara deveria fazer outro sorteio com todos os que estão inscritos, exceto estas 133 famílias, uma vez que o município tem mais casas.

Ana Gaspar disse ainda que as famílias já avançaram com uma petição na internet, porque querem ver o problema esclarecido e resolvido.

A vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), determinou na quarta-feira a abertura de “um inquérito interno para apuramento dos factos e de eventuais responsabilidades”, indicando que as conclusões dessa averiguação serão públicas, “assegurando-se, assim, a transparência de todo o processo, enquanto fator de credibilização da prática seguida até ao momento”.

Na sequência da anulação do sorteio realizado inadvertidamente na segunda-feira, “por razões técnicas”, segundo a informação prestada pela câmara aos candidatos do 29.º concurso do PRA, “será realizado um novo procedimento, cujo sorteio público ocorrerá no próximo dia 27 de junho, pelas 15h30, abrangendo o mesmo universo de concorrentes”.

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Tiago Brandão Rodrigues sucede a Fortunato Frederico na liderança do grupo Kyaia

  • ECO
  • 20 Junho 2025

Fortunato Frederico escolheu o ex-ministro da Educação para o suceder no grupo que fundou há 40 anos e que detém as marcas Fly London e Foreva, empregando 400 trabalhadores.

Tiago Brandão Rodrigues, ex-ministro da Educação, foi o escolhido por Fortunato Frederico para o suceder na liderança do grupo Kyaia, que tem as marcas Fly London e Forever, adianta o Dinheiro Vivo.

“Tenho 82 anos, aproxima-se o ‘render da bandeira’, tinha de ter uma pessoa para dar continuidade ao negócio. As exigências hoje, para um gestor, são diferentes do que eram, queria uma pessoa de fora da indústria”, explica o empresário de Guimarães e fundador do grupo de calçado.

“A entrada do Tiago Brandão Rodrigues é precisamente para que o grupo continue a crescer, incluindo nos sapatos, só que em vez de os produzirmos, serão, em grande parte, subcontratados fora”, acrescenta Fortunato Frederico.

Fundada em 1984, a Kyaia, que chegou a ser o maior grupo nacional de calçado, conta atualmente com 400 funcionários e uma faturação na ordem dos 25 milhões de euros. A Fly London representa 80% da faturação, sendo a principal marca do grupo que tem vindo a diversificar o negócio, nomeadamente no turismo, imobiliário e tecnologia.

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Peruano Maido coroado o melhor restaurante do mundo em 2025. Belcanto fica em 42.º lugar

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Junho 2025

Lista dos 50 melhores restaurantes do mundo é liderada pelo peruano Maido. Belcanto, do chef José Avillez, é o único português no ranking, surgindo na 42.ª posição.

O restaurante Maido, em Lima, no Peru, foi coroado o melhor do mundo em 2025. Conhecido pela sua cozinha nikkei, que consiste na fusão gastronómica entre a culinária japonesa e a peruana, esta é a primeira vez que lidera a lista do “The World’s 50 Best Restaurants” desde que se estreou no ranking em 2015, depois de ter alcançado o quinto lugar no ano passado e de ter sido eleito o melhor restaurante da América Latina por quatro vezes.

O espanhol Asador Etxebarri, em Atxondo, no País Basco, ocupa o segundo lugar da lista revelada na quinta-feira, em Turim (Itália), com o Quintonil, na Cidade do México, a fechar o pódio.

No ‘top 10’ surge mais um restaurante peruano (o Kjolle, na 9.ª posição) e outro espanhol (o Diverxo, em Madrid, em 4.º). O Alchemist, em Copenhaga (Dinamarca), ficou em quinto lugar, seguindo-se o Gaggan (Banguecoque) em sexto, o japonês Sézanne em sétimo, o Table by Bruno Verjus, em Paris, em oitavo, e o argentino Don Julio no décimo lugar.

Apenas um restaurante português consta no ranking: o Belcanto, do chef José Avillez, em Lisboa, na 42.ª posição. O “The World’s 50 Best Restaurants” destaca o salmonete curado e fumado com cenoura do Algarve e uma emulsão de salsa como um dos melhores pratos, bem como o lombo de vaca maturado com uma tarte de cebola, espinafres e amêndoa e o denominado “O Jardim da Gansa que Pôs os Ovos de Ouro”, que apresenta ovo com pão estaladiço e cogumelos.

“É com orgulho que representamos Portugal nesta prestigiada lista há vários anos. Ficamos muito contentes, porque se trata de um reconhecimento importante para o Belcanto, mas também para Lisboa e para o nosso país. A nossa cozinha, a nossa cultura e a nossa identidade têm tudo para brilhar no mundo. Este é um momento de celebração, mas também de motivação para continuar a sonhar, a criar e a fazer mais e melhor todos os dias”, afirmou José Avillez, citado num comunicado enviado ao ECO.

Belcanto, chef José Avillez (Lisboa)

Os 50 melhores restaurantes do mundo em 2025 distribuem-se por 32 cidades de 22 países, sendo Itália e a Tailândia os mais representados, com seis restaurantes cada um na lista. Na 23.ª edição do ranking anual “The World’s 50 Best Restaurants”, há dez novas entradas e quatro reentradas.

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