Marcelo faz o seu último discurso no Dia de Portugal esta terça-feira

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

Esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa fará o ser décimo e último discurso como Presidente da República no Dia de Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa vai fazer esta terça-feira, em Lagos, o seu décimo e último discurso como Presidente da República no Dia de Portugal, data em que tem elogiado o povo português e apelado à coesão nacional. Marcelo Rebelo de Sousa vai terminar o seu segundo e último mandato presidencial a 9 de março de 2026.

Na cerimónia militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, marcada para as 11:00, na Avenida dos Descobrimentos, irão intervir o Presidente da República e a escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge, natural de Loulé, no Algarve, que preside à comissão organizadora destas comemorações.

Estão previstas as presenças em Lagos do primeiro-ministro, Luís Montenegro, do presidente do Chega, André Ventura, e do presidente e secretário-geral interino do PS, Carlos César, entre outros convidados.

Marcelo Rebelo de Sousa escolheu esta cidade algarvia como palco das suas últimas comemorações do 10 de junho em território nacional, que já celebrou em Lisboa e no Porto, em Ponta Delgada, em Portalegre, no Funchal, em Braga, no Peso da Régua e, no ano passado, em três concelhos do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de 2017 — Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera — e em Coimbra.

Ao longo dos seus dois mandatos presidenciais, o Dia de Portugal foi também assinalado no estrangeiro, junto de comunidades emigrantes portuguesas, num modelo que instituiu quando assumiu funções, em 2016, em articulação com o então primeiro-ministro, António Costa, e que prosseguiu com o atual chefe do Governo.

Neste ano, o programa original do 10 de junho previa comemorações também em Macau, que foram canceladas. Acabou por haver um encontro do Presidente da República e do primeiro-ministro com a comunidade portuguesa em Estugarda, na Alemanha, decidido com pouca antecedência, antes de assistirem juntos à final da Liga das Nações, em Munique, no domingo à noite, em que a seleção portuguesa de futebol derrotou a Espanha.

Este Dia de Portugal acontece na semana seguinte à posse dos membros do XXV Governo Constitucional, o segundo executivo chefiado por Luís Montenegro, que foi entre quinta e sexta-feira, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, que a AD (PSD/CDS-PP) venceu, sem maioria absoluta e em que o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar.

Há um ano, na sua intervenção na cerimónia militar do Dia de Portugal, em Pedrógão Grande, que durou cerca de dez minutos, o chefe de Estado pediu um futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras do país, do litoral ao interior, sem novas tragédias como os incêndios de 2017.

“Que este 10 de Junho de 2024 queira dizer: tragédias como as de 2017 nunca mais, futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras, e para todos os portugueses, dever de missão, lugar para a esperança, a confiança, e o sonho, sempre, mesmo nos instantes mais sofridos da nossa vida coletiva”, declarou.

Em 2023, a cerimónia militar do 10 de junho foi também no interior do país, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, onde o chefe de Estado afirmou a ambição de que os “interiores sejam tão importantes quanto as Lisboas, os Portos, os Setubais” e outras cidades do litoral, “iguais na lei, iguais na esperança do futuro”.

Nessa ocasião, como em anos anteriores, fez um discurso de exaltação do povo português, que descreveu como de caráter universal, espalhado pelo mundo e com vocação para fazer pontes, e pediu que não se desista de “criar mais riqueza, mais igualdade, mais coesão”.

Em 2016 o Dia de Portugal foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde.

Em 2020, devido à pandemia de covid-19, houve apenas uma cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e em 2021 também só houve comemorações em território nacional, na Madeira.

Em 2022 as comemorações foram em Braga e no Reino Unido, e em 2023 no Peso da Régua e na África do Sul, pela última vez com António Costa como primeiro-ministro.

Em 2024, já com Luís Montenegro na chefia do Governo, o 10 de junho foi celebrado em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Coimbra, e na Suíça.

 

 

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China prolonga até dezembro inquérito ‘antidumping’ sobre carne de porco europeia

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

Pequim iniciou esta medida como retaliação às taxas alfandegárias impostas por Bruxelas sobre veículos elétricos fabricados na China.

O Ministério do Comércio da China anunciou esta terça-feira que vai prolongar até dezembro a investigação por concorrência desleal às importações de determinados produtos de carne de porco provenientes da União Europeia (UE), iniciada em junho de 2024.

Numcomunicado publicado no seu portal oficial, o ministério justificou a extensão da investigação “atendendo à complexidade do caso”, fixando como novo prazo 16 de dezembro. O inquérito, lançado em 17 de junho de 2024, tinha inicialmente uma duração prevista de um ano, com a possibilidade de extensão “em circunstâncias especiais”, como já havia sido sinalizado na altura.

A investigação incide sobre carne de porco e miudezas, tanto refrigeradas como congeladas, bem como gordura e derivados, com origem na UE. Pequim iniciou esta medida como retaliação às taxas alfandegárias impostas por Bruxelas sobre veículos elétricos fabricados na China, alegando que os subsídios estatais recebidos por este setor criam distorções na concorrência face às marcas europeias.

Apesar das tensões, nos últimos meses registou-se uma ligeira aproximação entre a China e a UE, nomeadamente após o impacto da guerra comercial iniciada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Em abril, Pequim já tinha prorrogado até julho a sua investigação por concorrência desleal às importações de brandy da UE — outra medida de retaliação às taxas sobre veículos elétricos chineses — e continua também com processos ‘antidumping’ a produtos lácteos oriundos dos 27 Estados-membros.

O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, que visitou a China em março, afirmou recentemente que Bruxelas e Pequim “partilham interesses mútuos significativos na resolução dos desafios bilaterais e globais” e sublinhou que é “igualmente importante enfrentar as divergências”.

Segundo o responsável europeu, as duas partes estão “a trabalhar arduamente” para alcançar avanços antes da cimeira bilateral agendada para julho, na China, ocasião em que se celebrará o 50.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Pequim e Bruxelas.

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Setor do turismo acredita num verão melhor que o de 2024 mas receia falhas nos aeroportos

  • Lusa
  • 10 Junho 2025

O setor do turismo acredita que o verão será positivo, antecipando mesmo resultados superiores a 2024.

O setor do turismo acredita que o verão será positivo, antecipando mesmo resultados superiores a 2024, mas receia que a situação nos aeroportos, marcada por imagens de grandes filas, possa trazer ameaças à atividade no curto prazo.

Tudo aponta para um verão em linha com os crescimentos já registados nos primeiros quatro meses do corrente ano (mais 8,5% de hóspedes; mais 9,2% de dormidas; mais 12,6% de proveitos totais)”, disse à Lusa Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP — Associação da Hotelaria de Portugal.

Prevemos, aliás, um ano de 2025 com resultados acima de 2024, previsão sustentada com os dados já recolhidos: todos os indicadores apontam para um crescimento continuado e consistente, sendo 2025 potencialmente melhor do que 2024, tanto em volume de hóspedes e dormidas como em receitas”, destacou.

A responsável destacou ainda que as previsões para o verão indicam “uma repartição semelhante à dos anos anteriores entre o mercado nacional e o internacional“, sendo que, “apesar do crescimento do turismo interno, espera-se que o mercado residente represente cerca de 30% das dormidas, enquanto o mercado internacional continuará a dominar, com cerca de 70%”.

Também Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), acredita num verão positivo. “Encaramos este verão de forma muito positiva. O período da Páscoa já foi um bom indicador”, salientou, apontando que, segundo os dados do INE, em abril, “o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas, o que equivale a aumentos homólogos de 8,5% e 9,2%, respetivamente”.

“São, pois, muito bons indicadores para o verão que se avizinha”, indicou. No entanto, a situação dos aeroportos está a preocupar os líderes associativos. “Estamos a viver, desde meados de maio, uma situação crítica em terra nos aeroportos portugueses que afeta, sobretudo, Lisboa e Faro”, lembrou Cristina Siza Vieira.

“Esta situação crítica constitui a maior ameaça à operação, no curto prazo (digo ‘curto’ porque, estamos em crer, será seguramente resolvida a breve trecho), como sabemos, afeta os passageiros oriundos de voos de países fora da Europa ou do espaço Schengen e que têm um grande peso para o turismo nacional, como é o caso do mercado americano”, alertou.

A vice-presidente executiva da AHP recordou que o mercado americano é o segundo maior “em hóspedes e dormidas em Portugal e o primeiro para Lisboa (sem qualquer previsão de queda, menos ainda neste verão, dado o reforço das ligações áreas, TAP e companhias americanas)”.

Para Cristina Siza Vieira esta situação constitui ainda uma “péssima imagem na porta de entrada em Portugal”.

Francisco Calheiros disse, por sua vez, que “as longas filas que se verificam atualmente sobretudo no aeroporto de Faro e de Lisboa, devido a falhas no novo sistema eletrónico responsável pelo controlo documental, nomeadamente de quem chega de países fora da União Europeia, é uma situação muito preocupante, ainda mais às portas do verão”.

A CTP, de acordo com o presidente, tem-se reunido com o Governo, “demonstrando a sua preocupação perante este grave problema” e já lhe “foi garantido que o problema estará resolvido muito brevemente”.

A confederação “espera que assim seja”, salientou, visto que “esta realidade atual de longas filas de espera nos aeroportos para passar no controlo documental para quem chega de fora do espaço Schengen afeta negativamente a imagem de um país que quer afirmar-se como um destino competitivo, moderno e eficiente”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 10 de junho

Ao longo desta terça-feira, 10 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

 

 

 

 

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O que se sabe sobre o novo dispositivo secreto da OpenAI?

Jony Ive, lendário designer da Apple, e Sam Altman, 'pai' do ChatGPT, estão a desenvolver um dispositivo físico inovador com inteligência artificial (IA). O projeto está envolto em grande secretismo.

Johny Ive (esquerda) e Sam Altman (direita) começaram a colaborar em segredo há dois anos, dizem os própriosOpenAI

O que estarão a cozinhar Sam Altman e Jony Ive, respetivamente o ‘pai’ do ChatGPT e o homem que desenhou o iPhone? Em maio, a OpenAI anunciou a compra da io, a startup de hardware fundada pelo veterano da Apple e amigo de Steve Jobs. Segundo Altman, a parceria fará nascer “a peça de tecnologia mais incrível que o mundo já viu”. Nada mais, nada menos.

Os dois começaram a colaborar em segredo há cerca de dois anos, partilhando uma visão comum sobre o caminho que deve seguir a tecnologia. No final do ano passado, a OpenAI assumiu uma posição inicial de 23% na io. Agora, absorve a startup na totalidade, por uma quantia total de 6,5 mil milhões de dólares (quase 5,7 mil milhões de euros), no maior negócio em que já esteve envolvida. No pipeline está uma nova “família de produtos” com inteligência artificial (IA).

“O Jony ligou-me um dia e disse ‘este é o melhor trabalho que a nossa equipa alguma vez fez'”, diz Sam Altman num vídeo que acompanha o anúncio da colaboração. “O Jony fez o iPhone, o Jony fez o MacBook Pro. É difícil de bater essas coisas”, acrescenta o CEO da OpenAI, assumindo-se muito entusiasmado com o protótipo desenvolvido pela io que só “recentemente” pôde “levar para casa” para testar.

“Os produtos que usamos hoje para entregar e para nos conectarmos a tecnologia além da imaginação têm décadas. Por isso, é de senso comum pelo menos pensar que de certeza que existe algo para lá destes produtos legacy“, afirma, por seu turno, o lendário designer da Apple, que deixou a tecnológica em 2019. “Tenho um sentimento crescente de que tudo o que aprendi ao longo dos últimos 30 anos me levaram até este momento”, acrescenta Ive. “Eu senti que o meu trabalho mais importante e útil ainda está para vir”, assumiu numa entrevista à Bloomberg.

Johny Ive e Sam Altman
No âmbito desta parceria, Johny Ive e Sam Altman têm destacado a sua profunda amizadeOpenAI

A OpenAI prometeu “partilhar” este trabalho “no próximo ano”, e pouco mais se sabe sobre o novo dispositivo, pelo menos oficialmente. Como se não bastasse, Laurene Powell Jobs, viúva do falecido Steve Jobs, mítico fundador da Apple, também está envolvida no projeto, por ter sido investidora nas startups de Ive, incluindo no estúdio de design LoveFrom (que se manterá independente, apesar de colaborar com a OpenAI). Os rumores começaram a surgir a grande velocidade.

Um dos relatos mais credíveis sobre o novo produto da OpenAI foi publicado logo após o anúncio da compra da io aos trabalhadores da empresa responsável pelo ChatGPT. O The Wall Street Journal (WSJ) teve acesso à gravação de uma reunião em que Altman e Ive dão mais pistas sobre o que está em cima da mesa: “O produto será capaz de estar totalmente ciente do ambiente e da vida do utilizador, será discreto, podendo ser colocado no bolso ou em cima da secretária, e será o terceiro dispositivo que uma pessoa colocaria sobre a mesa depois de um MacBook Pro e de um iPhone”, caracteriza o jornal.

O equipamento não será um telemóvel, não será uns óculos, e tudo indica que não possuirá nenhum ecrã. O WSJ diz ainda que Ive estará cético em desenvolver um wearable, isto é, algo que possa ser usado no corpo (como um relógio ou um anel, por exemplo). O objetivo parece ser, sim, o de tentar criar a próxima grande plataforma, provavelmente unindo as capacidades de IA generativa da OpenAI ao talento de Ive e da sua equipa de 55 engenheiros de hardware, programadores e especialistas em produto. Potencialmente, algo controlado por voz, mas que também possa ser emparelhado com um smartphone.

Na mesma altura, Ming-Chi Kuo, analista da TF International Securities, conhecido por divulgar informações privilegiadas sobre novidades da Apple, também avançou com alguns detalhes, citando fontes da indústria. De acordo com o especialista, a produção em massa do novo dispositivo deverá começar em 2027, com assemblagem fora da China, para tentar contornar as tensões geopolíticas. Um dos casos que estará a ser estudado é o de um dispositivo que possa ser usado à volta do pescoço, diz o analista, que, apesar da notoriedade, nem sempre está correto.

Ming-Chi Kuo apontou também que o dispositivo da OpenAI terá microfones e câmaras e terá um design “tão compacto e elegante como o do iPod Shuffle”. Será ainda “um pouco maior do que o AI Pin”, um dispositivo com IA que foi apresentado no ano passado pela Humane, empresa fundada por dois ex-funcionários da Apple, e que já foi considerado um dos maiores flops tecnológicos do ano passado.

Quanto à ambição da OpenAI, 100 milhões é um número chave. Traduz o sucesso do ChatGPT, lançado em novembro de 2022, e que em dois meses atingiu os 100 milhões de utilizadores, tornando-se, na altura, na aplicação com o crescimento mais rápido da história da internet. Agora, o número volta a ser usado por Sam Altman para definir a meta da OpenAI para o seu primeiro dispositivo físico: “Nós não iremos vender 100 milhões de dispositivos literalmente no primeiro dia”, disse o cofundador da OpenAI, citado no artigo do WSJ. Mas quer vender essa quantidade de dispositivos “mais rápido do que qualquer outra empresa já vendeu 100 milhões de unidades de alguma coisa nova antes”, apontou, citado pelo jornal norte-americano.

Outro número ambicioso é o de um bilião de dólares (cerca de 878,2 milhões de euros). Trata-se do valor que Altman estima que esta nova gama de dispositivos, e a integração da io, pode gerar em valor para a OpenAI. Uma organização que, apesar do forte investimento que tem conseguido captar de investidores como a Microsoft, ainda espera perder 44 mil milhões de dólares (38,6 mil milhões de euros) até começar a ver algum lucro algures em 2029, assegura o WSJ. Maio foi mesmo um mês de novidades para a empresa do ChatGPT, que também decidiu abandonar o plano para se tornar uma empresa com fins lucrativos, mantendo, pelo menos para já, a sua estrutura atual.

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Mota-Engil fecha contrato de 600 milhões de euros na Arménia

  • ECO
  • 9 Junho 2025

O contrato, para serviços de engenheira industrial no projeto Amulsar Gold Mine, tem a duração de 72 meses e representa “um incremento expressivo" da carteira de encomendas da Mota-Engil.

A Mota-Engil anunciou, esta segunda-feira, um contrato de 700 milhões de dólares (cerca de 614 milhões de euros) para prestar “serviços de engenharia industrial” à Lydian Armenia CjSC, segundo comunicado ao mercado.

O contrato, realizado através da participada Mota-Engil Mining Caucasus LLC, tem uma “duração estimada de 72 meses” e vai centrar-se no projeto Amulsar Fold Mine, “um dos mais relevantes projetos mineiros na região do Cáucaso”, a 170 km a sudeste da capital arménia, Yerevan, indica a nota da empresa publicada no site da Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM).

A Lydian Armenia CJSC é detida em 87,5% pela United Gold, companhia privada de mineração, e em 12,5% pelo governo da Arménia – “fator que reforça o seu alinhamento institucional e relevância estratégica para o projeto”. A United Gold é responsável pela criação e desenvolvimento da Allied Gold Corporation, um dos maiores produtos de ouro em África, atualmente cotada nas bolsas de Toronto e Nova Iorque.

“A adjudicação deste projeto representa mais um marco estratégico para a Mota-Engil”, lê-se na nota que indica que o contrato “reforça o reconhecimento da competência técnica e da capacidade de execução” da empresa no setor e representa “um incremento expressivo da sua carteira de encomendas”.

O investimento alinha-se com o compromisso do grupo de “expansão internacional, a diversificação dos seus mercados e a criação de valor sustentável para os seus acionistas”.

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Presidente da Colômbia repudia decisão judicial portuguesa que liberta “contrabandista”

  • Lusa
  • 9 Junho 2025

O Supremo Tribunal de Justiça português ordenou a libertação imediata de Diego Marín, considerando que não se pode manter "sem fundamento legal, indefinidamente", a sua detenção.

O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, repudiou esta segunda-feira a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) português que libertou Diego Marín Buitrago, qualificando-o de “maior contrabandista e branqueador de capitais” colombiano.

“Repudio esta conduta dos magistrados do tribunal português. Não sei se não receberam todas as provas que demonstram as atividades ilícitas do contrabandista”, afirmou Petro na sua conta na rede social X. Buitrago foi libertado esta segunda-feira por decisão do STJ, na sequência de um habeas corpus (pedido de libertação imediata) apresentado pela defesa, por detenção ilegal.

O acórdão do STJ, a que a agência Lusa teve hoje acesso, explica que a decisão de extradição para a Colômbia, já autorizada em março pelo Tribunal da Relação do Porto (TRP) e confirmada em abril pelo STJ, não pode ser executada por ainda estar pendente um pedido de asilo político apresentado por Marín junto da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Nesse sentido, o STJ ordenou a libertação imediata de Diego Marín, considerando que não se pode manter “sem fundamento legal, indefinidamente”, a sua detenção.

Na sequência da notícia da libertação, Gustavo Petro afirmou nas redes sociais ter feito todos os esforços, incluindo contactos com as autoridades, para que “o contrabandista” fosse enviado para Bogotá, onde é alvo de mandado de captura, e levanta a possibilidade de interferência dos Estados Unidos, com quem mantém relações tensas.

“Não sei se houve negociação com o governo dos EUA, que vinha pressionando uma líder da oposição colombiana com interesses sinistros”, refere Petro que em 1 de fevereiro pediu a Portugal que extraditasse Diego Marín. “O argumento do contrabandista de que era procurado pelo Presidente, naturalmente que eu deveria persegui-lo, sendo ele um grande criminoso na Colômbia e no mundo”, adianta.

Diego Marín, que estava em prisão preventiva no Porto, foi detido em 3 de dezembro de 2024 na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, após escapar de Espanha, quando aguardava, em liberdade, o desenrolar do pedido de extradição feito pelas autoridades colombianas.

Também conhecido como o “czar do contrabando” na Colômbia, ou ‘Papá Smurf’ ou ‘Smurf’, Diego Marín, de 62 anos, é suspeito de liderar, desde 2023, uma rede criminosa que se dedicava ao contrabando e à prática de crimes contra a administração pública colombiana, subornando funcionários públicos de diferentes entidades, nomeadamente agentes da Polícia Nacional.

O acórdão do STJ foi remetido à Relação do Porto para que “possa ponderar a eventual aplicação” de outras medidas de coação a Marín. O acórdão do TRP, proferido em março, a que a Lusa teve acesso, já referia que a decisão final de extradição não poderia ser executada “sem existir decisão definitiva do pedido de proteção solicitado pelo extraditando junto da AIMA”.

Na oposição à extradição enviada ao TRP, Diego Marín negou a prática de qualquer crime e apelou às autoridades portuguesas para que não o extraditassem para o seu país de origem, onde dizia ter “uma pena de morte” à sua espera. Numa reação ao acórdão do STJ enviada à Lusa, o advogado de Diego Marín contou que foi com uma “enorme alegria” que o seu cliente – que já foi libertado –tomou conhecimento da decisão do STJ.

“O senhor Diego procurou Portugal para pedir asilo político pois considera que aqui os Direitos Humanos são respeitados e as instituições cumprem os seus deveres. Não cometeu qualquer crime nem na Colômbia nem em qualquer outro país, encontra-se a ser perseguido politicamente, por isso mesmo irá continuar a lutar para que lhe seja conferido esse estatuto”, sublinha Vítor Parente Ribeiro.

Segundo o advogado, o seu constituinte “não pretende, nunca pretendeu, furtar-se à justiça no seu país”, acrescentando que “está, como sempre esteve, disponível para prestar todos os esclarecimentos que as autoridades da Colômbia necessitem”.

“Desde que lhe garantam os seus direitos fundamentais, nomeadamente, o direito à sua segurança e da sua família. Até ao presente momento, as autoridades colombianas, com as várias mentiras e insinuações colocadas na opinião pública, colocaram em causa a sua dignidade pessoal bem como a sua segurança e a de toda a sua família”, salienta Vítor Parente Ribeiro.

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Fornecedor da Autoeuropa fecha portas e deixa 475 trabalhadores no desemprego

  • ECO
  • 9 Junho 2025

A Vanpro foi preterida pela Autoeuropa para fornecer os assentos da nova versão híbrida do T-Roc. Empresa deve encerrar até ao fim do ano.

A Vanpro, uma joint-venture entre a Faurecia e a Adient, vai encerrar a atividade e deixar 475 trabalhadores desempregados, avança o Jornal de Negócios esta segunda-feira. Fornecedora da Autoeuropa há décadas, a empresa não foi escolhida pela Autoeuropa para fornecer os assentos da nova versão, híbrida, do modelo T-Roc da Volkswagen, que deve começar a sair da fábrica Palmela no final deste ano.

A Comissão de Trabalhadores da Vanpro adiantou ao diário que já há acordo com a administração para o despedimento coletivo dos 450 trabalhadores, “com uma compensação de 1,2 salários por cada ano de trabalho, numa altura em que a indemnização de lei seria na Vanpro entre 0,4 e 0,6 salários por ano, dependendo da antiguidade do trabalhador”. A estes valores será somado um prémio de assiduidade.

O fim da produção da Vanpro – criada no início e 1994 e que tinha a Autoeuropa como única cliente – está previsto para o fim do ano, com o despedimento coletivo a arrancar em outubro.

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Festival Vinhos Verdes Essência atrai mais de 5 mil visitantes

Foram três dias de Vinho Verde Essência Festival com alta gastronomia de três chefes estrela Michelin, provas, harmonizações, concertos e workshops.

Um dos banquetes da quarta edição do Vinhos Verdes Essência Festival9 junho, 2025

A quarta edição do Vinhos Verde Essência Festival atraiu mais de 5.000 visitantes, durante este fim de semana no Museu Nacional Soares do Reis, no Porto, onde reuniu 40 produtores da Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Levaram a provas os mais diversos vinhos, desde os brancos leves e frescos até aos mais complexos, das castas Alvarinho, Loureiro ou Avesso, num evento que combinou alta gastronomia pela mestria de três chefes estrela Michelin.

A presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, Dora Simões, referiu ao ECO/Local Online que a iniciativa Vinhos Verdes Essência Festival “é já uma aposta ganha e mostra que o mercado procura este tipo de programa, principalmente num destino turístico como o Porto“.

É já uma aposta ganha e mostra que o mercado procura este tipo de programa, principalmente num destino turístico como o Porto.

Dora Simões

Presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes

Igual opinião tem Nuno Guedes Vaz Pires, da Essência Company, entidade organizadora: “Esta edição mostrou que há capacidade para se realizar um evento com um foco muito grande na gastronomia, que não existia na cidade do Porto, fazendo a ponte com os vinhos verdes“. Acresce o facto, notou Nuno Guedes Vaz Pires, deste evento, dinamizador do setor vinícola, ter ultrapassado os 5.000 visitantes registados na edição anterior.

Foram três dias de Vinho Verde Essência Festival com provas, harmonizações, concertos e workshops, numa iniciativa da Essência Company, com os apoios da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e do município da Invicta.

Esta edição mostrou que há capacidade para se realizar um evento com um foco muito grande na gastronomia, que não existia na cidade de Porto, fazendo a ponte com os vinhos verdes.

Nuno Guedes Vaz Pires

Responsável da Essência Company

Um dos momentos altos do programa, mas não para todos os bolsos, foram os banquetes servidos pelos chefes estrela Michelin Vítor Matos, Arnaldo Azevedo e Marlene Vieira, acompanhados das chefes de cozinha tradicional Deolinda Fontaínha (Tasquinha da Linda, Viana do Castelo) e Maria do Céu Abreu (A Cozinha Velha, Ponte de Lima).

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BEI anuncia acordo para impulsionar interligação elétrica entre Espanha e França

  • Lusa
  • 9 Junho 2025

A interligação elétrica entre Espanha e França foi uma tarefa pendente durante décadas e constitui um elemento-chave para evitar novos cortes de energia, diz a presidente do BEI.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) disse esta segunda-feira que vai fechar nas próximas semanas um acordo para impulsionar a interligação elétrica entre Espanha e França.

A presidente do BEI, Nadia Calviño, que falava num evento organizado pelo Ateneo, em Madrid, destacou a importância do banco para o financiamento de infraestruturas energéticas na Europa. Conforme apontou, a interligação elétrica entre Espanha e França foi uma tarefa pendente durante décadas e constitui um elemento-chave para evitar novos cortes de energia.

Calviño elogiou também a atitude da população espanhola durante o apagão de 28 de abril, assim como a solidez do sistema que permitiu, “em tempo recorde”, recuperar. A presidente do BEI adiantou ainda que, nas próximas semanas, será anunciado um pacote de novos instrumentos financeiros para tornar a transição verde num sucesso europeu.

Por outro lado, destacou o compromisso do BEI para com o investimento em defesa, exemplificando que, em breve, serão assinados dois acordos com grandes bancos europeus para financiar pequenas e médias empresas deste setor.

Do mesmo modo, será lançada uma plataforma, através da qual espera mobilizar um investimento de 250.000 milhões de euros para tecnologias de ponta e inteligência artificial.

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Pingo Doce exige em tribunal fim de campanha que associa empresa a maus tratos animais

  • Lusa
  • 9 Junho 2025

Responsáveis do grupo Jerónimo Martins negaram vender atualmente “qualquer produto” de umas das empresas produtoras de frangos acusadas pela Frente Animal de “tratamento cruel” aos animais.

A providência cautelar interposta pelo Pingo Doce para interromper a campanha “#FimdoDoce, da organização Frente Animal, começou esta segunda-feira a ser julgada, no Porto, com a grande superfície a garantir que segue “todas as práticas de bem-estar animal” que anuncia.

Na audiência, que decorreu o dia todo no Palácio da Justiça, responsáveis do grupo Jerónimo Martins, ao qual pertencem os supermercados Pingo Doce, negaram vender atualmente “qualquer produto” de umas das empresas produtoras de frangos acusadas pela Frente Animal de “tratamento cruel” aos animais.

Em dezembro, aquela Organização Não Governamental (ONG) acusou o Pingo Doce de recorrer a fornecedores responsáveis por maus-tratos a frangos, nomeadamente a Lusiaves, exortando-a a “mudar as suas políticas e práticas de bem-estar animal” e lançou a campanha “£FimdoDoce”, na qual divulga imagens de crueldade com frangos associadas ao slogan do Pingo Doce e a jingles publicitários.

A Lusiaves deixou de ser nosso fornecedor em março de 2025 e, desde julho de 2024, era um fornecedor muito residual, não fornecendo frangos para as lojas no Continente, apenas na Madeira”, garantiu, na audiência, o responsável comercial do Pinto Doce, Filipe Silva, que garantiu que o grupo Jerónimo Martinha “há muito adotou as melhores práticas de bem-estar animal”.

Questionada sobre se tinha havido contacto da Frente Animal sobre o “problema na Lusiaves”, a diretora para a área da sustentabilidade do grupo, Ana Catarina Rovisco, assegurou que o Pingo Doce teve conhecimento das imagens divulgadas pela Frente Animal mas “que nunca lhes foi dito de que fornecedor se tratava”.

“Por várias vezes enviamos pedidos para identificar os fornecedores em causa mas apenas nos foi dito, mais tarde, que era da zona de Coimbra (…). O que fizemos foi fazer uma auditoria aos fornecedores daquela área”, explicou. E continuou: “Podemos tomar todas as medidas e mesmo assim haver falhas. São feitas regularmente auditorias externas a todos os nossos fornecedores e nós também as fazemos porque o bem-estar animal é algo que nos diz muito”.

Segundo uma das responsáveis pela comunicação do Pingo Doce, Helena Rocha”, a campanha “#FimdoDoce” “é exclusivamente direcionada ao Pingo Doce e não identificado o fornecedor em causa” o que, garantiu, “gerou danos reputacionais e fez com que o Pingo Doce recebesse muitos mails e mensagens de consumidores a dizer que não fariam mais compras no grupo”.

Na sessão foi ouvida apenas uma testemunha do lado da Frente Animal, gestora de campanhas corporativas da Frente Animal, Joana Machado, que explicou a razão por detrás da campanha “#FimdoDoce” e confirmou que houve conversações entre a ONG e aquela grande superfície.

“Um ano depois as perguntas eram as mesmas. Ficamos com a sensação de que era algo que se ia arrastar no tempo. A Jerónimo Martins alegava que quanto aos fornecedores externos tinha limites no controlo, mas se a empresa vende um produto que sabe que é de um fornecedor que tem estas práticas está a pactuar com aquele comportamento”, apontou.

Questionada sobre o porquê de uma campanha a visar “apenas o Pingo doce”, quando há outras grandes superfícies também clientes daquele fornecedor, Joana Machado apontou a visibilidade da Jerónimo Martins: “Falamos também com outros retalhistas (…) aqui a questão é que o Pingo Doce é uma empresa muito grande e que tem poder de influenciar

“O segundo motivo foi que o Pingo Doce foi aquele que arrastou mais a questão”, disse. Embora defenda que a campanha “#FimdoDoce” já não está ativa, a Frente Animal recusa retirar as publicações feitas nas redes sociais, alegando que “é um registo do trabalho” da ONG. A audiência continua dia 11 de julho para ouvir as restantes testemunhas da Frente Animal e para alegações finais.

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Carneiro diz que revisão constitucional não é prioridade política para os portugueses

  • Lusa
  • 9 Junho 2025

O socialista defendeu que Portugal tem "de cumprir já este ano 2% do investimento em Defesa", para acompanhar os esforços europeus e atlânticos.

O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro considerou esta segunda-feira que a revisão constitucional “não é uma prioridade política” nem para o seu partido nem para os portugueses, que estão é “preocupados com o quadro político e económico internacional”.

Durante uma visita ao laboratório colaborativo em transformação digital (DTX), no Campus de Azurém, da Universidade do Minho, em Guimarães, José Luís Carneiro apelou ao “sentido de responsabilidade” dos partidos da direita perante a realidade internacional e os compromissos assumidos pelo país no reforço do investimento na Defesa.

“Nós, Partido Socialista, queremos acompanhar os esforços do país para cumprir e honrar os seus compromissos internacionais. E temos também o dever de chamar a atenção dos que estão em funções de maioria de que a realidade internacional interpela-nos a todos para um grande sentido de responsabilidade”, afirmou o candidato à liderança do PS.

José Luís Carneiro disse que “contas públicas em ordem” significa “a confiança dos investidores internacionais, que são essenciais para capitalizar a economia e as empresas” nacionais. Quanto a uma eventual revisão constitucional, o até agora único candidato à liderança do PS reiterou que essa “não é uma prioridade política” nem para o partido nem para o país, acrescentando que “os portugueses estão preocupados com o quadro político e económico”.

José Luís Carneiro alertou para as previsões na União Europeia, que apontam, para este ano, “uma perda de cerca de um terço do produto interno europeu, da riqueza europeia”, enquanto para 2026 indicam uma “perda de crescimento da economia em cerca de metade”.

Isto não deixará de ter consequências na nossa economia e nas nossas vendas ao exterior, porque cerca de 75% das nossas vendas são para o espaço europeu”, avisou o único candidato a secretário-geral do PS até ao momento. A acrescentar a esta conjuntura, segundo José Luís Carneiro, está o compromisso assumido por Portugal na área da Defesa, que “significa um investimento adicional de cerca de mais de mil duzentos e oitenta milhões de euros”.

“Temos de estar todos conscientes de que este quadro económico tem ainda um adicional de despesa pública que tem que ver com o facto de o Estado ter de acompanhar os esforços europeus e atlânticos, para reforçar o investimento em Defesa. Temos de cumprir já este ano 2% do investimento em Defesa”, recordou o socialista. Segundo José Luís Carneiro, para enfrentar este cenário internacional e cumprir os compromissos assumidos externamente, é essencial que a economia portuguesa cresça e crie riqueza.

“A economia portuguesa tem de continuar a crescer e a criar riqueza. E só é possível continuar a crescer e a criar riqueza se for capaz de levar um choque tecnológico, uma incorporação tecnológica de elevado valor acrescentado. Temos de garantir que a nossa economia se consegue diversificar e ser suportada no conhecimento, na criatividade, na inovação e no saber. É necessário que Portugal continue a fazer do investimento na ciência e no conhecimento, uma das suas principais prioridades”, defendeu José Luís Carneiro.

Usando o laboratório colaborativo em transformação digital da Universidade do Minho como exemplo do bom trabalho que se faz no país a nível tecnológico, o candidato a secretário-geral do PS defendeu que o conhecimento que aí se produz, possa ser depois aplicado em várias áreas do Estado, nomeadamente na Defesa, na Segurança, nas Comunicações ou na Energia.

“Procurando promover o crescimento sustentável da economia baseado no conhecimento, na investigação e na inovação. E é importante que Portugal coloque como uma das suas principais prioridades de investimento público, o investimento na ciência, na investigação, no conhecimento e na transferência desse conhecimento para o tecido produtivo, empresarial e social”, salientou José Luís Carneiro.

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