Conselheiro na Califórnia antecipa poucas deportações de portugueses

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2025

O conselheiro das comunidades portuguesas na Califórnia, Manuel Bettencourt, antecipa que as novas ordens de imigração dos EUA, o que inclui deportações, não vão afetar muito a comunidade portuguesa. 

O conselheiro das comunidades portuguesas na Califórnia, Manuel Bettencourt, antecipa que as novas ordens de imigração da administração de Donald Trump, o que inclui deportações em massa, não vão afetar muito a comunidade portuguesa. “Na comunidade portuguesa, eu digo que não vai ter muito impacto“, porque “na comunidade portuguesa, comparando com os outros países da América Latina, somos poucos“, disse à Lusa o conselheiro.

Manuel Bettencourt indicou que, até agora, não recebeu “absolutamente nada” em termos de pedidos de informação ou potencial ajuda em relação ao processo de deportações maciças anunciado por Trump.

O conselheiro sublinhou que o número de portugueses que residem ilegalmente na Califórnia é baixo e que a imigração portuguesa para os Estados Unidos tem diminuído ao longo das últimas décadas. “Eu quando emigrei há 50 anos, éramos dez mil, onze mil que vinham para os Estados Unidos“, enquanto “no ano passado vieram menos de mil pessoas para os Estados Unidos“, lembrou.

No mais recente relatório dos Serviços de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla inglesa), responsáveis pelas operações de detenção e deportação de estrangeiros considerados prejudicais à segurança das comunidades norte-americanas ou que violam as leis da imigração e asseguram investigações ligadas à segurança nacional, consta que 69 portugueses foram repatriados em 2024, um ligeiro aumento em relação a 2023 (mais nove).

Estes são número limitados face aos objetivos da nova administração Trump, que fala na deportação de milhões de pessoas indocumentadas no país. Esse é um cenário que Manuel Bettencourt considera difícil de concretizar, devido à magnitude logística. “Na minha opinião, isso não vai acontecer”, referiu, considerando que o alvo será sobretudo colocado naqueles que cometerem crimes.

Por outro lado, salientou que na Califórnia há muita necessidade de mão-de-obra para a agricultura e é difícil contratar americanos, o que torna necessário o recurso a imigrantes.

Bettencourt deu o exemplo do empresário português Manuel Eduardo Vieira, conhecido como “rei da batata-doce”, que emprega mais de mil pessoas nas suas instalações e não sabe quantas podem estar em situação de ilegalidade. “Tem muito poucos portugueses lá. A maioria é da América Latina“, frisou o conselheiro.

Com uma grande comunidade portuguesa oriunda dos Açores na Califórnia e noutras partes dos Estados Unidos, o governo regional está “em articulação” com o Governo da República, para lidar com eventuais deportações de portugueses em situação irregular, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Bettencourt referiu que teve conhecimento de poucos casos de deportações de portugueses durante a primeira administração de Trump, salientando que foram sobretudo na costa Leste.

Desse lado do país, onde Francisco Ferreira exerce o cargo de conselheiro das comunidades em Washington, D.C., há mais preocupação. “Tenho sido um crítico desde o início”, disse o conselheiro à Lusa, considerando que o novo Presidente “não tem qualquer respeito pela Constituição”.

Uma das ordens executivas relativas a imigrantes é a tentativa de acabar com a cidadania por nascimento, um direito que é salvaguardado pela 14.ª Emenda. “Não me importo com o debate, mas ele [Trump] está a abordá-lo de uma perspetiva discriminatória e xenófoba“, considerou o conselheiro das comunidades. Ferreira pediu esclarecimentos ao Governo de Portugal e diz que, até agora, não lhe parece que a questão esteja a ser encarada “com a seriedade que ela merece“.

Há oficialmente 1.454.262 pessoas de origem portuguesa a residir nos Estados Unidos, de acordo com o Censo de 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Itália retoma transferência de migrantes para centros na Albânia

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2025

Após pausa de mais de dois meses, a Itála retomou a transferência de migrantes para os seus centros de asilo na Albânia, enviando 49 pessoas resgatadas no Mediterrâneo.

Após uma pausa de mais de dois meses, a Itália retomou este domingo a transferência de migrantes para os seus polémicos centros de asilo na Albânia, enviando 49 pessoas resgatadas no Mediterrâneo, anunciou o Ministério do Interior. “Após o exame das condições dos intercetados [no mar], 49 cidadãos estrangeiros foram embarcados no navio ‘Cassiopea’ para serem transferidos para os centros na Albânia, onde decorrerão os procedimentos de acolhimento, detenção e análise de cada caso“, avança o ministério italiano, em comunicado.

O ministério adiantou ainda que outras 53 pessoas apresentaram os seus passaportes para evitarem ser transferidas para a Albânia. “Isto permite agilizar o procedimento de identificação e análise dos seus casos, aumentando assim a possibilidade de repatriar aqueles que não têm o direito de permanecer” na União Europeia, elogiou o Governo.

O Governo italiano, liderado pela primeira-ministra de extrema-direita Giorgia Meloni, assinou, no final de 2023, um acordo com Tirana para criação, na Albânia, de dois centros para gestão dos processos de migrantes intercetados pelos barcos de Itália no Mediterrâneo.

O acordo visa que os homens adultos intercetados pela Marinha ou guarda costeira italiana na sua zona de busca e salvamento em águas internacionais sejam transferidos para um centro no norte da Albânia, onde ficam a aguardar o resultado do pedido de asilo. A ideia foi mesmo aplaudida pela presidente da Comissão Europeia, que sugeriu que mais países deviam seguir o exemplo, mas foi bloqueada pela Justiça italiana.

Nas duas únicas vezes em que foram enviados migrantes para a Albânia, dois grupos de egípcios e cidadãos do Bangladesh, um tribunal de Roma não validou a sua detenção, argumentando que esses países não poderiam ser considerados seguros, condição crucial para o repatriamento.

Tanto os migrantes enviados em outubro para os centros albaneses como os de novembro acabaram por ser transferidos para Itália por decisões judiciais quer sobre segurança, quer sobre condições físicas.

O Governo italiano reagiu às sentenças blindando por decreto a lista de países seguros, mantendo tanto o Egito como o Bangladesh, numa tentativa de facilitar a expulsão dos muitos migrantes desses países que chegam através do Mediterrâneo.

Os tribunais italianos pediram esclarecimentos ao Tribunal de Justiça da União Europeia, que deverá realizar uma primeira audiência em fevereiro, segundo os meios de comunicação italianos.

O esquema da Albânia tem sido criticado pela oposição italiana por ser dispendioso – cerca de 800 milhões de euros em cinco anos – e por abordar apenas uma ‘gota no oceano’ do número de migrantes que chegam a Itália todos os anos. Quando estiverem a funcionar em pleno, prevê-se que os dois centros na Albânia consigam processar um total anual de 3.000 migrantes.

Mais de 150 mil migrantes chegaram às costas de Itália em 2023, embora os números tenham diminuído acentuadamente no ano passado. Nos primeiros oito meses de 2024, segundo dados oficiais, cerca de 42.006 refugiados e migrantes chegaram a Itália por via marítima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Construção do novo aeroporto vai exigir 5.500 trabalhadores

Com um terreno equivalente a 2.500 campos de futebol, a construção obrigará a criar cinco áreas independentes e escalonar os trabalhos. ANA sublinha risco da indisponibilidade de mão de obra.

Plano do novo Aeroporto Luis de Camões . ANDRÉ KOSTERS/LUSAANDRÉ KOSTERS/LUSA

A construção do novo aeroporto de Lisboa será um projeto “de uma magnitude sem precedentes recentes na Europa” e “exigirá uma mobilização de recursos numa escala pouco comparável”, financeiros, mas também humanos, antecipa a ANA no relatório entregue ao Governo. A concessionária antecipa que sejam necessários até 5.500 trabalhadores, sublinhando “os riscos associados à disponibilidade e custo de mão de obra qualificada”.

Um risco acrescido pelo facto de a obra do novo aeroporto coexistir com a construção de outras grandes infraestruturas. Quando deu o pontapé de saída para a construção do Luís de Camões, o Governo aprovou também os estudos para a Terceira Travessia do Tejo (rodoferroviária) e para o lançamento da linha de Alta Velocidade Lisboa – Madrid, de forma a garantir a acessibilidade à infraestrutura. Durante a próxima década estará ainda em obra a linha Lisboa – Porto – Vigo.

O futuro aeroporto Luís de Camões abrangerá uma área de 2.500 hectares, no Campo de Tiro de Alcochete, o que equivale a mais de cinco vezes a área do Humberto Delgado.

A construção, que a ANA prevê que demore cerca de seis anos, será escalonada, sendo um dos motivos a disponibilidade de mão de obra. O projeto da concessionária divide ainda o terreno em cinco zonas, onde os trabalhos poderão decorrer de forma autónoma.

Só para a movimentação de terras, a concessionária estima que serão necessários, pelo menos, três anos, divididos pelos cinco setores, com as atividades escalonadas com intervalos de nove meses. Terminada esta fase, avança a pavimentação do terreno, incluindo as duas pistas de 4.000 metros, que a ANA estima dure mais três anos.

O terminal, que inicialmente terá uma área de 589.300 metros quadrados e representará 36% dos 8,5 mil milhões de custo estimado, também será segmentado. “Para garantir a partilha eficiente de recursos humanos e materiais, bem como a otimização do funcionamento das centrais de betão e do fornecimento de materiais, o terminal será dividido em quatro setores construtivos” independentes, afirma a ANA no Relatório Inicial. A construção do terminal, incluindo o edifício principal e piers, “terá uma duração total de quatro anos“, excluindo a terraplenagem e ensaios e comissionamento.

ANA propõe alterações para arrancar construção mais cedo

No cronograma da ANA, a construção decorre entre dezembro de 2030 e setembro de 2036. Somando a fase de comissionamento e as atividades de transferência operacional e preparação do aeroporto, a abertura acontecerá em junho de 2037. Isto assumindo que não existem atrasos na fase de candidatura, que durará cerca de quatro anos até à aprovação final pelo Governo, prevista para abril de 2029.

A concessionária propõe um planeamento alternativo, que permitiria tirar cerca de seis meses ao prazo de abertura. A ANA propõe:

  • A extensão do prazo para submissão do Estudo de Impacte Ambiental, sem impacto no cronograma previsto para a fase de candidatura, com a apresentação da proposta final em janeiro de 2028.
  • O início do projeto de execução aproximadamente quatro meses antes da aprovação final do novo aeroporto de Lisboa, desde que cumprida a condição previamente expressa (compensação em caso de alteração ou cancelamento dos contratos)
  • Redução de três meses no tempo de aprovação do RECAPE (Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução) pela Agência Portuguesa do Ambiente.

Neste caso, a construção ocorreria entre maio de 2030 e fevereiro de 2036, com a abertura a acontecer em 2036. O Governo confirmou no dia 17 que pretende que a ANA dê seguimento ao processo do novo aeroporto, indicando na resposta à concessionária que pretende encurtar prazos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depois do caso dos despedimentos, Bloco discute leis laborais

  • ECO
  • 26 Janeiro 2025

Depois do caso dos despedimentos, o BE organiza as suas jornadas parlamentares em Coimbra, que terão como temas o combate à crise da habitação e os direitos de trabalhadores por turnos

O BE organiza segunda e terça-feira as suas jornadas parlamentares em Coimbra, que terão como temas o combate à crise da habitação e os direitos laborais de trabalhadores por turnos, com a mira apontada ao PS e PSD, apesar do caso dos despedimentos de trabalhadores do partido, incluindo duas sem situação de licença de maternidade, e que levou mesmo Maria Mortágua a admitir erros que não se voltariam a repetir.

Os temas da habitação e das leis laborais são, curiosamente, duas áreas em que o Bloco se viu exposto em contradições políticas. Em 2018, o partido, então liderado por Catarina Martins é apanhado de surpresa pelo chamado caso Robles, quando um deputado municipal em Lisboa compra e vende imóveis com elevadas mais valias. O partido demorou a responder, mas o deputado acabou por sair do partido. Agora, foram conhecidos os termos em que o Bloco despediu funcionários, depois de ver reduzida a subvenção por perda de votos nas eleições de 2022. Soube-se que o BE despediu, até, funcionárias em situação de licença de maternidade, caso que levou a atual líder a enviar uma mensagem aos militantes a reconhecer os erros do processo e a garantir que não se repetiriam.

Antes do arranque formal das jornadas parlamentares, já este domingo, o BE organiza um comício em Coimbra com intervenções da coordenadora do partido, Mariana Mortágua, da eurodeputada e anterior líder, Catarina Martins, da deputada Marisa Matias e do dirigente da Mesa Nacional Miguel Cardina. Sob o mote “Casas e Tempo para viver”, os bloquistas vão focar-se na luta contra a crise da habitação e os direitos dos trabalhadores por turnos.

“Concentraremos as nossas propostas, a nossa reflexão, em encontrar alternativas sérias para responder à crise da habitação. O Governo do PS falhou com o ‘Mais Habitação’, a direita está a falhar e está, aliás, a agravar a crise da habitação. O preço do arrendamento não para de aumentar, o custo da habitação não para de aumentar”, argumentou o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, em declarações à agência Lusa.

No rescaldo do debate sobre a lei dos solos, que não foi revogada depois de o Governo PSD/CDS ter manifestado disponibilidade para integrar no texto propostas do PS, Fabian Figueiredo insiste que este decreto vai significar uma “catástrofe legislativa” e é “sintomática da incapacidade e falta de vontade objetiva da direita, mas também do PS, em resolver seriamente a crise da habitação”.

Neste “regresso à região Centro”, outro dos temas sobre o qual o partido pretende apresentar iniciativas legislativas é o dos direitos laborais para trabalhadores por turnos, que já levou os bloquistas a lançar, no final do ano passado, uma petição pública.

Afirmando que está em causa um universo de cerca de 800 mil pessoas nesta condição em Portugal, o líder da bancada bloquista alertou que estes trabalhadores “têm dificuldade de conciliar a sua vida profissional com a sua vida privada, sofrem mais com o cansaço, com o desgaste, e isso precisa de se refletir em direitos laborais”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cinco distritos sob aviso vermelho devido à agitação marítima

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2025

Os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Porto e Viana do Castelo vão estar sob aviso vermelho a partir das 12h00 de segunda-feira devido à agitação marítima da depressão Herminia, anunciou o IPMA.

Os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Porto e Viana do Castelo vão estar sob aviso vermelho a partir das 12h00 de segunda-feira devido à agitação marítima, anunciou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Estes cinco distritos vão estar sob aviso vermelho até às 09h00 de terça-feira devido à chegada ao território nacional da depressão Hermínia, que vai trazer agitação marítima, aumento da precipitação e vento a partir deste domingo.

O IPMA antecipa “ondas de noroeste com sete a oito metros de altura significativa, podendo a altura máxima atingir 14 metros“. A partir da tarde de domingo e até à madrugada de segunda-feira, o IPMA colocou ainda sob aviso laranja, devido à precipitação persistente e por vezes forte, os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

Já sob aviso amarelo devido ao vento forte estão entre hoje e segunda-feira todos os distritos do país, enquanto a queda de neve colocará sob este mesmo nível de alerta, a partir da tarde de segunda-feira, os distritos de Braga, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

O aviso vermelho é emitido pelo IPMA nos casos de situação meteorológica de risco extremo. Já o aviso laranja indica uma situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo um risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje a ocorrência de chuva, aumentando de intensidade a partir da tarde e sendo persistente no Norte.

O vento soprará de sul, aumentando de intensidade a partir da tarde, com rajadas em especial no litoral e terras altas do Norte e Centro, e a agitação marítima será forte, com ondas do quadrante oeste com três a 3,5 metros na costa ocidental, aumentando gradualmente para quatro a cinco metros, e para cinco a seis metros a norte do Cabo Mondego.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acordo UE-Mercosul “é muito positivo” para Portugal, garante ministro da Agricultura

“Este acordo vai impor regras, objetivos, uma monitorização, que é necessária, tem cláusulas de salvaguarda e também quotas e limites", diz José Manuel Fernandes ao ECO.

O ministro da Agricultura considera que o acordo UE-Mercosul “é muito positivo” para Portugal, porque “vai impor regras, objetivos, uma monitorização e tem cláusulas de salvaguarda”. Em entrevista ao ECO dos Fundos, que será publicada segunda-feira, José Manuel Fernandes considera que o acordo é “win win e que, em termos geopolíticos” é “extremamente importante”. O acordo vai estar no centro das discussões esta segunda-feira no Conselho de Agricultura e Pescas da União Europeia (Agrifish), onde José Manuel Fernandes estará a defender os interesses de Portugal.

“Este acordo vai impor regras, objetivos, uma monitorização, que é necessária, tem cláusulas para os direitos sociais, cláusulas de salvaguarda e também quotas e limites. Para Portugal considero que era muito positivo”, disse o responsável no podcast quinzenal do ECO sobre fundos europeus.

José Manuel Fernandes reconhece que “persistem sensibilidades”, por isso, defende “a monitorização regular dos efeitos no mercado dos acordos, quer multilaterais, quer bilaterais”, porque isso “pode proporcionar uma maior transparência e uma melhor comunicação”.

“A transparência e monitorização reduz incertezas e inseguranças e permite, em caso de necessidade ponderar a introdução de medidas de salvaguarda adicionais ou temporárias, para produtos agrícolas sensíveis e proteger setores particularmente vulneráveis”, explicou o ministro em declarações ao ECO, em antecipação do encontro de segunda-feira.

Devem ser realizadas consultas amplas com produtores agrícolas, associações de consumidores, e outras partes interessadas para obter uma visão mais completa dos impactos e das necessidades de mitigação”, acrescenta, respondendo assim a um dos pontos do concelho que é discutir os potenciais benefícios de a Comissão estudar mais o impacto dos acordos comerciais nos agricultores, focando-se em fatores como preferências tarifárias, setores sensíveis e medidas compensatórias.

Em caso de violação das regras, o ex-eurodeputado defende que sejam impostas medidas compensatórias, que “caso sejam necessárias, poderiam” passar por:

  • “Apoios diretos aos produtores agrícolas para compensar as perdas de rendimento;
  • Investimento em programas de requalificação e formação para apoiar os produtores agrícolas a se adaptarem a novas condições de mercado;
  • Financiamento de projetos de inovação e modernização no setor agrícola para aumentar a competitividade.
  • Implementação de medidas de salvaguarda temporárias para proteger setores particularmente vulneráveis.”

A diversificação dos parceiros comerciais e o reforço das cadeias de abastecimento “é imperativa”, no contexto geopolítico de risco crescente de fragmentação económica, acentuado pelos conflitos na Ucrânia e Médio Oriente e pela recente mudança presidencial nos EUA, sublinha o responsável, dando assim maior importância ao acordo UE-Mercosul.

Na reunião do conselho, os ministros da Agricultura vão discutir uma potencial simplificação de certos elementos da Política Agrícola Comum (PAC), nomeadamente o procedimento anual de apuramento de desempenho, medidas ambientais e climáticas obrigatórias (“arquitetura verde”) e novas alterações à PAC e fora dela, que possam simplificar o acesso e procedimentos para os agricultores. Mas o encontro vai começar com uma apresentação do programa de trabalho da presidência polaca e as principais prioridades para a agricultura e pescas nos próximos seis meses.

A transparência e monitorização reduz incertezas e inseguranças e permite, em caso de necessidade ponderar a introdução de medidas de salvaguarda adicionais ou temporárias, para produtos agrícolas sensíveis e proteger setores particularmente vulneráveis.

José Manuel Fernandes

Na agenda de discussão estarão duas propostas da Comissão: o regulamento relativo à aplicação transfronteiriça das regras da UE sobre práticas comerciais desleais (PCD) na cadeia de abastecimento agrícola e alimentar, e o regulamento que altera a organização comum de mercado no que diz respeito ao reforço da posição dos agricultores na cadeia de abastecimento alimentar.

Tendo em conta que 20% do que se consome na UE resulta de comércio transfronteiriço, existe “uma grande vantagem em se propor que as notificações sobre Práticas Comerciais Desleais passem a ser possíveis no Estado membro de origem do comprador, ou do vendedor”, explicou fonte oficial do Ministério da Agricultura.

Portugal é favorável a uma melhoria e reforço das disposições em vigor relativas aos contratos que envolvem os agricultores e as suas organizações com outros intervenientes na cadeia, bem como a criação de um mecanismo de mediação, que possa fazer a ponte com os mecanismos existentes, nomeadamente no âmbito das práticas comerciais desleais e códigos de boas práticas.

O Ministro da Agricultura considera que “a introdução da obrigatoriedade de contratos escritos para a entrega de produtos agrícolas, com as devidas derrogações, especialmente os de médio prazo, pode garantir uma maior segurança e previsibilidade, bem como constituir uma estratégia de gestão de riscos para os agricultores, dada a vulnerabilidade negocial destes e a volatilidade dos custos e preços”.

As alterações propostas ao regulamento PCD estavam entre as medidas anunciadas pela Comissão em março de 2024 como resposta aos desafios prementes enfrentados pelo setor agrícola.

José Manuel Fernandes considera que as organizações de produtores são um instrumento importante no ganho de escala e poder negocial dos agricultores com os vários elos da cadeia, e por isso é positivo fortalecer estas entidades.

O Ministro da Agricultura defende que é necessário avançar para “a adoção de medidas que promovam o rejuvenescimento da população agrícola e que visam um apoio específico para os jovens agricultores que adiram a uma organização de produtores reconhecida e que efetuem investimentos nas suas instalações”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Musk manifesta apoio por videoconferência a partido de extrema-direita alemão

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2025

Elon Musk afirmou que o partido representa "a melhor esperança para a Alemanha" e apelou ao orgulho no povo alemão.

O milionário Elon Musk deu hoje o seu apoio, por videoconferência, ao partido da extrema-direita AfD durante um comício eleitoral na Alemanha, depois da sua saudação na investidura de Trump considerada por alguns como nazi.

“Não há problema em ter orgulho de ser alemão. Lute por um futuro brilhante para a Alemanha”, disse o homem mais rico do planeta, segundo a Alternativa para a Alemanha (AfD), perante cerca de 4.500 apoiantes reunidos na Feira de Halle (leste).

Elon Musk justificou o seu apoio por este partido representar “a melhor esperança para a Alemanha”.

Numa intervenção desarticulada, Musk elogiou a “nação alemã” que remonta a “milhares de anos”. O imperador romano Júlio César já tinha ficado “impressionado” pelo desejo de lutar contra as tribos germânicas, acrescentou.

O governo atual “reprime agressivamente a liberdade de expressão”, acrescentou.

A AfD deve, por isso, “lutar, lutar, lutar”, em particular por “mais autodeterminação para a Alemanha e para os países da Europa e menos de Bruxelas”.

Nas últimas semanas, Musk tem interferido regularmente na política interna da Alemanha e de outros países europeus, publicando comentários na sua rede social X e apoiando abertamente a AfD.

Esta formação hostil aos migrantes está na segunda posição nas sondagens para as eleições legislativas de 23 de fevereiro com 20%, atrás dos conservadores da CDU/CSU com cerca de 30% das intenções de voto.

No passado, ele também chamou o chanceler social-democrata Olaf Scholz de “louco” e “um imbecil incompetente” e o presidente Frank-Walter Steinmeier de “tirano”.

O empresário norte-americano causou o espanto de alguns e a indignação de outros durante uma reunião com Donald Trump na noite de segunda-feira, ao realizar duas vezes uma saudação descrita por alguns como “fascista” ou “nazi”, enquanto outros defenderam “um gesto desajeitado”.

Musk discursava no palco da Capital One Arena, onde apoiantes de Donald Trump se reuniram para um encontro com o novo presidente norte-americano poucas horas após sua posse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agência de notação financeira DBRS sobe ‘rating’ dos Açores

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2025

Melhoria da classificação reflete revisão em alta do 'rating' de Portugal e a intenção do Governo Regional de continuar a consolidar as finanças públicas.

A agência de notação financeira DBRS subiu o ‘rating’ da Região Autónoma dos Açores para “BBB”, atualizando as tendências em todos os ‘ratings’ que mudaram de positivo para estável, foi hoje divulgado.

Segundo um comunicado de imprensa divulgado pela entidade, a DBRS elevou a classificação dos “ratings” de longo prazo da Região Autónoma dos Açores para BBB e de curto prazo para R-2 (médio).

“As tendências em todos os ratings mudaram de positivo para estável”, lê-se ainda.

A Morningstar DBRS refere que as atualizações são sustentadas pela atualização da classificação, em 17 de janeiro, do ‘rating’ de Portugal e ainda pela intenção do Governo Regional de continuar a consolidar as finanças públicas, para ser alcançado progressivamente o desempenho operacional ao nível dos cinco anos anteriores à pandemia da covid-19.

Assinala o forte desempenho do turismo que tem impulsionado o crescimento económico e que também contribuiu para uma melhoria no mercado de trabalho.

No entanto, a DBRS aponta que o desempenho orçamental continua fraco e o orçamento de 2025 está orientado para o investimento em vez da consolidação fiscal.

A agência de notação financeira faz ainda referência ao processo de privatização da Azores Airlines (subsidiária da companhia aérea açoriana SATA que opera voos no exterior dos Açores), considerando que a alienação poderá ocorrer antes do final de 2025, a menos que o período seja alargado.

Para a DBRS, o plano de reestruturação da SATA reduziu os riscos a curto e médio prazo da empresa e os riscos potenciais da região relacionados com a companhia aérea, acrescentando que vai monitorizar a implementação do plano de reestruturação no futuro e avaliará qualquer potencial impacto financeiro negativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marco Galinha disponível para “fazer a diferença” no Benfica

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2025

Empresário encontrou-se com cerca de 300 benfiquistas no empreendimento turístico em Rio Maior, depois de na sexta-feira ter admitido avançar com uma candidatura à presidência do clube.

O empresário Marco Galinha, que admitiu recentemente a possibilidade de avançar para uma candidatura à presidência do Benfica, garantiu hoje que podem contar com ele para “fazer a diferença” e apoiar esse “grande clube”.

“Estou aqui para vos dizer isto: a casa é vossa, hoje é o vosso dia, não é o meu dia, é o vosso dia, contem comigo, contem com estas pessoas maravilhosas que aqui estão comigo para fazer a diferença, para apoiar este grande clube e especialmente hoje que ganhe o Benfica”, sublinhou Galinha, durante um encontro que reuniu cerca de 300 benfiquistas no empreendimento turístico em Rio Maior.

Esta iniciativa ocorreu horas antes da visita das ‘águias’ ao recinto do Casa Pia, emblema que disputa os jogos enquanto visitado no Estádio Municipal de Rio Maior, para a 18.ª jornada da I Liga.

O empresário natural da Benedita, no concelho de Alcobaça, admitiu, em entrevista à Rádio Renascença, na sexta-feira, a possibilidade de avançar para as eleições do clube, previstas para outubro.

"O Benfica é uma das melhores, se não a melhor marca que Portugal tem, a marca que desde os Descobrimentos pode levar o país mais longe. Os astros estão alinhados para criar um projeto único, mas tenho de sentir o conforto das pessoas que estão a meu lado.”

Marco Galinha

Empresário e diretor-executivo do Grupo Bel

O Benfica é uma das melhores, se não a melhor marca que Portugal tem, a marca que desde os Descobrimentos pode levar o país mais longe. Os astros estão alinhados para criar um projeto único, mas tenho de sentir o conforto das pessoas que estão a meu lado”, enfatizou à data.

Já este sábado, num almoço de convívio que decorreu numa unidade turística que foi adquirida no ano passado pelo Grupo Bel, cujo diretor-executivo é Marco Galinha, estiveram presentes antigos dirigentes ‘encarnados’. O empresário é também acionista da Global Media.

Uma deles foi Varandas Fernandes, vice-presidente das direções lideradas por Luís Filipe Vieira entre 2012 e 2021, e que, em declarações à comunicação social, deixou o seu apoio a uma hipotética candidatura de Galinha.

“É um benfiquista como todos nós, se tem condições para vir a ser candidato? Tem. Neste momento não é candidato, não sei se quer aceitar ou não, nunca conversámos sobre isso, mas é um benfiquista que, desde a primeira hora, se começou a preocupar com o Benfica”, destacou o antigo vice-presidente.

Além do tema relativo às eleições no Benfica, Varandas Fernandes, membro da comissão de revisão dos estatutos, lamentou ainda a demora na aprovação deste documento.

Assistimos a uma demora incompreensível para marcação da Assembleia Geral para votar os novos estatutos, tivemos a palavra de honra do presidente Rui Costa de que os estatutos são para aprovar já. E estamos a ver o tempo a passar e as coisas a demorar”, disse, perante uma plateia composta por cerca de 300 pessoas, afirmando que “isto não é o Benfica”.

Não pode haver este tipo de conduta. Não aceito, nem concebo, que as próximas eleições se realizem com os estatutos antigos. Os novos estatutos são fundamentais”, rematou.

João Diogo Manteigas é atualmente o único candidato anunciado à presidência do Benfica, que deve contar com a oposição do atual presidente, Rui Costa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹 Como evoluíram os transportes na UE?

O Eurostat fez um radiografia ao setor dos transportes na União Europeia. Veja quais os meios de transporte mais usados pelos passageiros e como são movimentadas as mercadorias na região.

A mais recente edição do Eurostat para o setor dos transportes na União Europeia mostra como evoluiu o transporte de passageiros e de mercadorias na região, num setor que contribui para cerca de 5% do PIB da região e emprega mais de dez milhões de pessoas. Veja quais os transportes mais usados e quantas pessoas viajaram de comboio, barco ou avião, em Portugal e na Europa.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Braga abre portas da Cidade Portuguesa da Cultura. Investimento soma 12,5 milhões

Com o título de Capital Portuguesa da Cultura durante 2025, Braga mostra-se uma cidade competitiva capaz de atrair talento e investimento, e fixar população.

Depois de Aveiro, é a vez de Braga abrir, este sábado, as portas da Capital Portuguesa da Cultura, com uma programação que envolve um investimento de 12,5 milhões de euros. E que, antecipa o presidente da câmara, deverá gerar um retorno económico “muito relevante”, tendo em conta que “a cultura tem sido um grande fator de competitividade, e de atração de pessoas e investimentos para o concelho”.

A cidade prepara-se, assim, para ostentar o título durante este ano de 2025 e colher os frutos por ainda mais tempo, a julgar pelo programa cultural e avultado investimento na intervenção em equipamentos culturais. Mas já lá vamos.

Para Ricardo Rio, “a Capital Portuguesa da Cultura vai ser um acréscimo face àquilo que já é uma dinâmica importante em termos culturais que a cidade tem”. Aliás, sustenta, “a evolução recente dos números do turismo, dos volumes de negócios, da restauração, da hotelaria e do comércio também já reflete uma aposta consistente na dinamização cultural”.

Se Braga não tivesse a dinâmica cultural que tem, seguramente não seria o concelho que mais cresceu em população no país nos últimos 12 anos.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

Ricardo Rio não tem dúvidas de que a dinâmica cultural da cidade tem sido um trunfo para atrair cada vez mais população, talento e investimento, contribuindo para o crescimento económico e demográfico do concelho que já contabiliza 200.00 mil habitantes. “Se Braga não tivesse a dinâmica cultural que tem, seguramente não seria o concelho que mais cresceu em população no país nos últimos 12 anos”, assinala o edil.

Além da programação cultural e do contributo de um conjunto de agentes culturais, o município acena com outro atrativo à população e visitantes: uma mão cheia de equipamentos que estão a ser ou foram reabilitados recentemente, num investimento de milhares de euros, que contribui igualmente para este salto cultural.

Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga.

O autarca bracarense, que está a cumprir o último mandato, reclama obra feita nesse sentido. “Neste momento temos em curso a musealização das ruínas arqueológicas da Ínsula das Carvalheiras, onde vai ser criado um centro interpretativo e um espaço de lazer que representa um investimento de mais de três milhões de euros”, detalha em declarações ao ECO/Local Online.

Entre a lista das intervenções em equipamentos culturais, o edil elenca ainda a recente obra do arquivo municipal e a reabilitação do Convento de São Francisco de Real, orçados em dois milhões de euros, cada um, além da transformação do antigo Cinema S. Geraldo num Media Arts Center, com um custo de oito milhões de euros.

Durante este ano, a cidade minhota vai estar, assim, sob os holofotes do mapa cultural com um programa repleto de exposições, teatro ou concertos, atraindo milhares de pessoas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹 Retrato das explorações agrícolas na União Europeia

Número de explorações agrícolas na UE caiu 37% entre 2005 e 2020. Roménia é a que tem mais explorações, mas a maior parte da produção vem de Itália, França, Alemanha e Espanha.

Num período de 15 anos, a União Europeia (UE) perdeu 5,3 milhões de explorações agrícolas. O panorama traçado pelo Eurostat a esta importante indústria mostra que, em 2020, existiam mais de 9 milhões de explorações agrícolas no conjunto dos 27 Estados-membros.

Embora a Roménia tenha registado a maior redução desde 2005, em cerca de 1,4 milhões, continua a ser o país com o número mais elevado de explorações agrícolas no bloco comunitário, num total de 2,9 milhões. Este valor é mais do dobro dos 1,3 milhões que existiam na Polónia, o segundo Estado-membro da UE com mais explorações agrícolas em 2020.

Quase dois terços dos 9,1 milhões de explorações agrícolas existentes na UE tinham uma dimensão de até 5 hectares. As explorações com 50 ou mais hectares representavam apenas 7,5% do total, mas exploravam a maior parte (68,2%) da superfície agrícola utilizada (SAU) no território europeu.

Este padrão de distribuição é mais evidente na Roménia, onde, segundo o Eurostat, “nove em cada dez explorações eram mais pequenas do que 5 hectares, mas os 0,9% de explorações com 50 hectares ou mais cultivavam um pouco mais de metade (54,0%) de toda a SAU do país”.

Também em Portugal as explorações de dimensão inferior a 5 hectares são as mais comuns (73,4% do total do país), sendo no Luxemburgo (52,7%), em França (46%), na Finlândia (33,3%), na Alemanha (31,5%) e na Dinamarca (30,9%) que se encontra um maior número de explorações agrícolas acima dos 50 hectares.

Mais de 60% da produção padrão gerada pela agricultura na União Europeia era proveniente, em 2020, de quatro países: Itália (18,1%); França (17,2%); Alemanha (12,6%); e Espanha (12,2%). Apesar de cerca de um terço do total das explorações agrícolas da UE se encontrar na Roménia, este Estado-membro é responsável por apenas 3,3% da produção padrão do setor a nível europeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.