Selo do carro, reembolsos de IVA, regras de faturação. As primeiras medidas do pacote de simplificação fiscal

  • ECO
  • 16 Janeiro 2025

Conselho de Ministros vai aprovar esta quinta-feira a Agenda para a Simplificação Fiscal, que inclui um pacote de 30 medidas com mudanças abrangendo vários impostos. Conheça as primeiras medidas.

Dos procedimentos para a concessão de reembolsos de IVA às formalidades para a renúncia à isenção deste imposto nas operações imobiliárias, das regras de faturação a alterações em matérias como o IUC, o ISV, o Selo e o IRS, o Governo irá aprovar no Conselho de Ministros desta quinta-feira um pacote de 30 medidas no âmbito da Agenda para a Simplificação Fiscal.

Segundo avança o Jornal de Negócios, no IVA serão revistas as regras dos pedidos de reembolso e clarificados os requisitos exigidos para que possa ser efetivado, de modo a dar ao contribuinte a possibilidade de, a seu pedido, prestar garantia — relacionada com situações em que o valor do imposto a reembolsar é de mais de 30 mil euros, havendo, nesse caso, uma inspeção ou uma avaliação do Fisco à declaração apresentada. Sendo prestada garantia, a devolução é logo feita e a garantia levantada no final.

A revisão das formalidades necessárias para a renúncia à isenção do IVA nas operações imobiliárias é outra mudança prevista nesta matéria, designadamente quanto à necessidade e requisitos da emissão prévia de certificado para este efeito. A intenção do Governo passa por alargar este regime a outras situações além do mercado não habitacional. Adicionalmente, preveem-se medidas de alteração do prazo para o pedido de pagamento em prestações e no sentido da desmaterialização dos registos de IVA.

Estas são outras alterações previstas neste pacote de simplificação fiscal:

  • Simplificar o regime do SAF-T da contabilidade, para ficar em linha com o enquadramento da União Europeia e as alterações resultantes da revisão do Plano de Contas;
  • Simplificar a Informação Empresarial Simplificada (IES) que as empresas têm de enviar todos os anos ao Estado;
  • No que diz respeito às regras de faturação, flexibilizar os requisitos para a emissão de fatura eletrónica;
  • Introdução do Modelo 22 ao nível do pré-preenchimento da declaração anual do IRC;
  • Retenção na fonte de valores abaixo de 25 euros deixa de ser obrigatória;
  • Simplificação das regras para o pagamento do IUC: deixa de ser pago no mês da matrícula, mas numa data única para todos (no final do ano) e pode ser pago em duas prestações, dependendo do valor;
  • Simplificar o acesso das empresas importadoras ao estatuto de operador registado junto das alfândegas;
  • Clarificar as regras procedimentais na apresentação da Declaração Aduaneira de Veículos (DAV) junto da alfândega da área do seu domicílio fiscal.

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Media portugueses acentuam xenofobia e discriminação de imigrantes, segundo investigadores

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2025

Autores do Barómetro da Imigração, elaborado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, consideram que os media são corresponsáveis da má imagem dos imigrantes em Portugal.

Os autores do Barómetro da Imigração consideram que os media em Portugal estão a acentuar a má imagem dos imigrantes, com a repetição de estereótipos que mostram um país vítima de uma invasão.

O inquérito alargado da Fundação Francisco Manuel dos Santos foi apresentado em dezembro e os seus autores, em entrevista à Lusa, consideram que os media são corresponsáveis da má imagem dos imigrantes em Portugal, uma das conclusões do próprio estudo.

Exemplo disso é a visibilidade mediática dada a uma rixa numa zona de Lisboa no domingo, que causou apenas feridos ligeiros entre a comunidade do Bangladesh, afirmou Rui Costa Lopes, do Instituto de Ciências Sociais (ICS) de Lisboa.

“É necessário voltar a recordar sempre os critérios jornalísticos nas tomadas de decisão sobre o que é que faz notícias de capa”, afirmou, considerando que a rixa na rua do Benformoso “não abriria os três telejornais se tivesse sido noutro local ou se tivesse envolvido outras populações, como em Portalegre”, afirmou.

A isso soma-se a “excessiva mediatização” do fenómeno migratório, com “filas enormes de pessoas para obter uma documentação” na sede da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), como se existisse uma “invasão”, em vez de se abordar a “ineficiência dos recursos”, acrescentou.

Pedro Góis, da Universidade de Coimbra, foi mais longe e alerta para a fragilização dessas comunidades, com a “repetição das mesmas imagens, dos mesmos locais e das mesmas pessoas que têm uma cor diferente”, como se a imigração fosse apenas aquela, quando as populações do Bangladesh, Índia ou Nepal são minoritárias no contexto dos imigrantes.

“Se eu procurar sempre os mesmos locais para ilustrar os imigrantes, e são locais muito pouco óbvios para os cidadãos, essa imagem vai funcionar como looping na memória e vamos associar os migrantes a esses locais, pode ser à porta da AIMA, da Loja do Cidadão, do Centro de Saúde ou da rua do Benformoso”, em Lisboa, acrescentou.

“A rua do Benformoso não é representativa da imigração no país”, porque “a maioria dos migrantes estão dispersos pelo território nacional e são invisíveis, pelo que não dão boas imagens”, resumiu Pedro Góis.

Em Portugal, “temos outros exemplos de ruas do Benformoso noutras comunidades. O que é a Cova da Moura se não essa representação estereotipada da comunidade cabo-verdiana em Portugal?”, questionou, considerando que os media portugueses promovem a multiculturalidade positiva noutros países mas, em Portugal, contribuem para uma “imagem de multiculturalidade negativa”.

E foi com base na “extrapolação deste estereótipo” e a partir destas imagens mediáticas sobre imigrantes que “muitos portugueses responderam ao nosso barómetro”, mesmo que “vivam em Portalegre e não tenham visto, nos últimos meses, imigrantes”.

Para Pedro Góis, que é também o diretor científico do Observatório das Migrações, é “necessário ter um olhar humano sobre estes seres humanos” e esta visão estereotipada “retira-lhes humanidade”.

Por isso, o próximo inquérito irá focar na imagem que os imigrantes têm do resto da população e o tema da visibilidade mediática será também abordado.

Muitas das declarações racistas ouvidas nos media são também passíveis de ser punidas judicialmente, porque os jornalistas são corresponsáveis da visibilidade no espaço mediático.

Este tema “exige uma autorregulação e eu gostaria muito que essa autorregulação viesse dos próprios jornalistas ou do próprio sistema mediático e não fosse imposta do exterior”, acrescentou o investigador.

Segundo o estudo, apresentado em dezembro, 63% dos inquiridos querem uma diminuição dos imigrantes do subcontinente indiano, 68% dos inquiridos consideram que a “política de imigração em vigor em Portugal é demasiado permissiva em relação à entrada de imigrantes”, 67,4% dizem que contribuem para mais criminalidade e 68,9% consideram que ajudam a manter salários baixos.

Ao mesmo tempo, 68% concordam que os imigrantes “são fundamentais para a economia nacional”.

No mesmo inquérito em que 42% dos inquiridos sobrestima o número de imigrantes em Portugal, a maioria é favorável à atribuição de direitos, como o direito de voto (58,8%), facilitação da naturalização (51,8%) ou dos processos de reagrupamento familiar (77,4%).

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Hoje nas notícias: impostos, renováveis e investimento

  • ECO
  • 16 Janeiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo prepara-se para simplificar os procedimentos para a concessão de reembolsos de IVA e rever as formalidades necessárias para a renúncia à isenção de IVA nas operações imobiliárias, além de simplificar as regras de faturação. Portugal atingiu novos recordes no campo das renováveis, mas precisa de acelerar incorporação para os 90% na produção de eletricidade para conseguir mais investimento no setor. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Finanças simplificam reembolsos de IVA e regras de faturação

O Governo vai simplificar os procedimentos para a concessão de reembolsos de IVA e rever as formalidades necessárias para a renúncia à isenção de IVA nas operações imobiliárias, sendo que as regras de faturação serão igualmente simplificadas. As alterações, que fazem parte do pacote de 30 medidas da Agenda para a Simplificação Fiscal, vão estar em cima da mesa do Conselho de Ministros desta quinta-feira. Estão ainda previstas novidades em matérias como o IUC – deixará de ser pago no mês da matrícula, mas numa data única, e poderá ser pago em duas prestações -, mas também o ISV, o IRS e o Imposto de Selo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Recordes nas renováveis não chegam para ganhar corrida com Espanha no investimento

2024 foi um ano de recordes no setor elétrico, em que as energias renováveis abasteceram 71% do consumo nacional de eletricidade. Do total produzido, 80,4% da eletricidade (cerca de 36,7 terawatts hora (TWh)) proveio de fonte renovável, mais 10,8% do que em 2023. No entanto, falta o que se define como “áreas de aceleração” para a energia renovável (áreas em que à partida não existem condicionantes ambientais) e planos de investimento em novos pontos de injeção na rede elétrica, além de condições para que os projetos consigam angariar financiamento. Para isso, é importante Portugal chegar primeiro que Espanha aos 90% de incorporação de renovável na produção de eletricidade, segundo o presidente da Apren.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Ex-CEO da Start Campus diz ter mil milhões para “data centers” fora do país

Afonso Salema, fundador e ex-CEO da Start Campus — cargo que se viu forçado a abandonar depois de se ter tornado arguido na Operação Influencer — criou uma nova empresa, a Terrabyte Data Centers. Com sede em Londres, no Reino Unido, é em tudo semelhante à Start Campus. “Estou a contratar equipa e a preparar uma série de localizações. Mas fora de Portugal”, contou o empresário. O investimento inicial para este novo projeto já está fechado, com um montante situado “entre mil milhões e 1,5 mil milhões de dólares”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Montenegro insiste com Pedro Duarte para a Câmara do Porto

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem-se esforçado por convencer Pedro Duarte, um alto quadro da Microsoft que foi requisitar para o Governo, a ser o candidato do PSD à Câmara Municipal do Porto. No entanto, o ministro dos Assuntos Parlamentares está reticente em aceitar o convite, receando uma eventual incompatibilidade com a sua carreira futura na multinacional norte-americana, que o obrigue a desvincular-se. Entre os social-democratas há ainda quem veja com bons olhos a possibilidade de uma candidatura do vice-presidente de Rui Moreira, o independente Filipe Araújo, mas fonte próxima de Pedro Duarte disse que o partido terá um “candidato próprio” à segunda maior autarquia do país.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Mais de 3.700 profissionais do SNS atingem a idade da reforma este ano, 1.400 são médicos

São, ao todo, 3.772 os profissionais de saúde que, até ao final deste ano, estão em condições de se reformarem por atingirem a idade atual de reforma, de 66 anos e sete meses, dos quais 1.426 são médicos, estima a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). De acordo com este organismo, aposentaram-se 12.319 profissionais de saúde (pelo menos 3.800 médicos) nos últimos seis anos, mas, ao mesmo tempo, o número de médicos reformados a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) nunca foi tão alto: até novembro, contabilizavam-se 716 clínicos em funções mesmo após a reforma.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

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Companhias aéreas brasileiras Azul e Gol anunciam plano de fusão

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2025

Após a fusão, as duas companhias aéreas vão continuar a existir de forma independente, podendo compartilhar aeronaves, para assim aumentar as ligações aéreas.

As companhias aéreas Azul e Gol, duas das três maiores empresas de aviação do Brasil, anunciaram na quarta-feira planos para uma “potencial” fusão, divulgaram as empresas ao mercado financeiro.

A Azul e o principal acionista da Gol, Abra, assinaram um memorando de entendimento que foi descrito como uma “fase inicial” do processo de negociação.

A participação de cada companhia aérea na empresa resultante da fusão dependerá de uma avaliação económica que terá em consideração a estrutura de capital e as previsões de receitas de cada companhia aérea no momento da conclusão do processo.

“Após a conclusão da incorporação de ações, a Gol será incorporada à Azul ou vice-versa, conforme o caso”, lê-se no documento.

O presidente do conselho da futura empresa será da Abra por um período inicial de três anos e o diretor executivo será indicado pela Azul, enquanto o conselho de administração terá três conselheiros de cada uma delas, além de três conselheiros independentes.

Após a fusão, as duas companhias aéreas vão continuar a existir de forma independente, podendo compartilhar aeronaves, para assim aumentar as ligações aéreas.

A fusão está sujeita à autorização das agências reguladoras brasileiras e à conclusão do processo de reestruturação da dívida da Gol nos EUA.

De facto, a Gol disse aos acionistas que continua focada na conclusão das restantes etapas do processo, com o objetivo de sair do processo como uma empresa capitalizada.

A companhia aérea tem uma frota de cerca de 120 aeronaves e opera 60 rotas domésticas e 16 internacionais, segundo dados da empresa. A Azul, por sua vez, tem 180 aeronaves e voa para mais de 160 destinos.

O terceiro maior player do setor aéreo brasileiro é a Latam, que será a principal rival da futura empresa resultante da fusão.

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Startups portuguesas angariaram 3,6 mil milhões de investimento em três anos. País é o 16º na Europa

Portugal ocupa o 16º lugar entre os países europeus com maior investimento em startups. Portugal Ventures e European Innovation Council estão entre os principais investidores no país.

Portugal ocupa a 16º lugar entre os 39 países europeus com mais investidores ativos na área das startups tecnológicas, registando 1.488 transações e 3,6 mil milhões de euros de investimento entre 2000 e 2023, de acordo com um relatório da Organização Europeia de Patentes (OEP), publicado esta quinta-feira. O Reino Unido lidera o investimento em startups.

Os principais investidores em iniciativas de base tecnológica em Portugal por número de transações são a Portugal Ventures (196), European Innovation Council (115), EIT Health (55), Caixa Capital (42), Startup Braga (38), Armilar Venture Partners (37), Shilling VC (33), ESA BIC PORTUGAL (33), Eurostars SME programme (31) e o Indico Capital Partners (30). De acordo com o estudo, estas entidades representam cerca de 40% do investimento em Portugal na área das tecnologias.

Conforme apurou o ECO junto da OEP, por investimento, os dez maiores investidores em iniciativas de base tecnológica em Portugal são Portugal Ventures (72,4 milhões de euros), European Innovation Council (52,2 milhões), Armilar Venture Partners (51,3 milhões de euros), Indico Capital Partners (45 milhões de euros), Caixa Capital (23,6 milhões de euros), Shilling VC (19,7 milhões de euros), Eurostars SME programme (4 milhões de euros), Startup Braga (1,3 milhões de euros) e EIT Health (1,2 milhões de euros).

As startups desempenham um papel crucial na comercialização de ideias disruptivas com grande potencial para estimular o progresso“, afirma o presidente da OEP. “No entanto, conforme destacado no relatório de Mario Draghi, muitas empresas inovadoras enfrentam obstáculos financeiros para crescer na Europa” realça António Campinos, citado em comunicado.

Muitas empresas inovadoras enfrentam obstáculos financeiros para crescer na Europa.

António Campinos

Presidente da OEP

“Este défice de financiamento dificulta a transformação da inovação em startups escaláveis, levando os empreendedores a procurar oportunidades no exterior”, diz o líder da OEP, destacando que “colmatar esta lacuna é crucial para revitalizar o crescimento sustentável em toda a Europa”.

O relatório mostra ainda que o Reino Unido, Alemanha e França lideram o financiamento total e o número de transações, com uma forte presença de investidores no setor tecnológico. Em conjunto, estes três países foram responsáveis por um total de aproximadamente 75.800 transações, com um financiamento total de cerca de 392 mil milhões de euros entre 2000 e 2023, apoiado por cerca de 6.100 investidores com uma carteira de pelo menos dez empresas que operam nos três países.

Os Países Baixos, a Suíça, a Noruega, a Suécia e a Bélgica também apresentam níveis elevados de investimento apoiado por patentes, com mais de 240.400 transações acumuladas e quase 88,5 mil milhões de euros no mesmo período.

O relatório introduz uma nova métrica – o Technology Investor Score 1 (TIS) – que mede a percentagem de empresas na carteira de um investidor que apresentaram pedidos de patentes. O estudo revela que 88% dos investidores europeus têm carteiras que incluem empresas com patentes.

Os cinco investidores mais centrais da rede europeia de co-investidores são grandes entidades públicas especializadas no financiamento de tecnologias, nomeadamente o European Innovation Council (CEI), a Innovate UK, o Programa Eurostars para as PME, a Bpifrance e o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT). O top 100 inclui também instituições públicas pan-europeias, como o Banco Europeu de Investimento (BEI) e outras agências nacionais de inovação.

O estudo demonstra ainda que “entre os investidores privados que ocupam as 100 principais posições, 62% concentram-se no financiamento da fase inicial, enquanto apenas 22% se especializam no financiamento da fase final, o que sublinha o capital limitado disponível na Europa para aumentar a escala das tecnologias e colocar as invenções no mercado. Em oposição, os “investidores privados representam 98 dos 100 investidores mais importantes da rede de co-investidores dos EUA, sendo mais de metade especializados em empresas em fases avançadas, o que reflete um maior apoio privado à expansão das empresas de alta tecnologia”.

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Mais de 20% do património líquido dos portugueses está em depósitos bancários

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2025

"Preferência por depósitos para aplicar poupanças tem representado elevado custo de oportunidade, pois oferecem um rendimento que muitas vezes nem consegue cobrir a inflação", adverte estudo.

Mais de 21% do património líquido dos portugueses está em depósitos bancários e o rendimento disponível das famílias tem crescido há quatro trimestres, segundo uma análise da Corum Investments Portugal e da BA&N Research Unit.

“De acordo com dados do BCE [Banco Central Europeu] referentes ao primeiro trimestre de 2024, cada português tinha em média 22,3 mil euros no banco em depósitos”, lê-se no documento. Este valor representa 21,2% do património líquido das famílias, a parcela de riqueza mais elevada entre os países da zona euro.

A análise “Poupança das Famílias e Política Monetária” revelou que as famílias portuguesas têm conseguido guardar uma maior parte do rendimento disponível nos últimos trimestres, devido a taxas de crescimento mais altas no rendimento, que contrastam com as despesas de consumo.

O rendimento disponível das famílias cresceu 7,9% para mais de 188.999 milhões de euros nos 12 meses terminados em junho (dados do INE — Instituto Nacional de Estatística). Por sua vez, a despesa de consumo avançou 4,6% para 169.400 milhões de euros, permitindo uma poupança de cerca de 19.000 milhões de euros.

Nos primeiros três meses de 2024, cada português tinha, em média, um património líquido de 105.000 euros, um aumento homólogo de 6%. Já em comparação com o cenário pré-pandemia de covid-19, o progresso é de 29%. “Face ao registado há 10 anos (60,7 mil euros), a riqueza média de cada português aumentou 73%”, destacou.

No que diz respeito à dívida, o peso do crédito no património líquido passou de 22,4% (há 10 anos) para 13,4% em 2024. Em março, cada português tinha uma dívida bancária de 14.000 euros, “estabilizando face ao registado no período homólogo de 2023 e um aumento de apenas 6% em 10 anos”.

Em termos da composição do património, os portugueses têm 65.000 euros em imobiliário, sendo que, há dez anos, este valor estava abaixo dos 40.000 euros. Em segundo lugar aparecem os depósitos bancários, que têm um peso de quase 50% no total dos ativos não financeiros.

A análise concluiu ainda que o peso dos depósitos em Portugal reflete-se numa exposição “muito diminuta a títulos cotados nos mercados financeiros”. O investimento em títulos de dívida caiu para quase metade desde o início da pandemia, representando agora 0,4% do património líquido.

Cada português tinha, em março, 590 euros investidos em ações, o que equivale a 0,6% do património líquido. Há 10 anos, o peso era quase o dobro e antes da pandemia estava em 0,5%. Em fundos, por seu turno, o investimento rondava os 2.720 euros, o equivalente a 2,6% da riqueza líquida.

“A preferência por depósitos para aplicar as poupanças tem representado, no ano passado, um elevado custo de oportunidade, pois estes oferecem um rendimento que muitas vezes nem consegue cobrir a inflação. É o que se perspetiva que continue a acontecer agora que o BCE está a baixar os juros”, considerou, exemplificando que quem aplicou poupança em depósitos a prazo em setembro de 2023 teve um retorno bruto de 2,3% no período homólogo.

Esta análise tem como fontes o BCE, Reuters, Banco de Portugal, Confidencial Imobiliário, IGCP — Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública e a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 16 de janeiro

  • ECO
  • 16 Janeiro 2025

Ao longo desta quinta-feira, 16 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Salários da Função Pública sobem 2,15%. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

Os salários da Função Pública sobem cerca de 58 euros ou 2,15% este ano. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos. Falamos também sobre uma nova recrutadora executiva que acaba de chegar a Portugal e ainda sobre o impacto do regime híbrido na satisfação no trabalho.

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Cofares, reconhecida como Top Employer em Espanha pelo quinto ano

  • Servimedia
  • 16 Janeiro 2025

A cooperativa destaca-se como empregador pelo seu compromisso com um ambiente de trabalho inovador e inclusivo para os seus mais de 3.000 empregados em Espanha.

A Cofares renovou a sua certificação como Top Employer Spain pelo quinto ano consecutivo, consolidando a sua posição como um empregador de referência. A empresa sublinhou na quinta-feira que este reconhecimento apoia as políticas da cooperativa que visam o bem-estar e o desenvolvimento profissional e pessoal da sua força de trabalho.

O selo, atribuído pelo Top Employers Institute, avalia vários aspetos da gestão, como a digitalização, a liderança, a sustentabilidade e a diversidade, pilares fundamentais da estratégia da Cofares. Para além disso, este ano a cooperativa reforçou as suas parcerias com organizações como a Cruz Vermelha e a Fundação Integra para promover o emprego de pessoas em situação de vulnerabilidade.

A Cofares continua também a promover a sua filosofia “Smart Health”, que liga a experiência do trabalhador à inovação tecnológica, promovendo um ambiente de trabalho dinâmico e orientado para o futuro.

Nas palavras de Eduardo Pastor, Presidente da Cofares, esta distinção reflete a dedicação da organização à sua equipa. “Estamos empenhados no cuidado e desenvolvimento das pessoas que fazem parte da Cofares. Sabemos que o seu talento é essencial para trabalhar em prol da saúde e do bem-estar da sociedade”, afirmou.

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Chelo Domínguez, novo CMO do Grupo Gallo

  • Servimedia
  • 16 Janeiro 2025

Tem como objetivo contribuir para a estratégia de crescimento do grupo, continuar o processo de transformação para um modelo de empresa alimentar mais transversal e reforçar a expansão internacional.

Com esta nomeação, o Grupo Gallo indicou que está a reforçar o seu roteiro para o desenvolvimento de linhas estratégicas que consolidam o seu posicionamento no mercado e o seu compromisso com os seus consumidores, “através da qualidade e sustentabilidade de todos os seus produtos”. Para Chelo Domínguez, o novo cargo é “um privilégio e uma responsabilidade assumir o controlo de uma marca que está na memória sentimental dos espanhóis há mais de 75 anos. O meu principal objetivo é adaptar a nossa estratégia de marketing aos desafios de um ambiente competitivo em constante evolução, sem perder de vista os valores que fazem de nós a marca preferida dos consumidores: qualidade, inovação e origem local”.

Depois de ter trabalhado em multinacionais como a Google, a Samsung e a Just Eat, ocupou vários cargos ao longo de mais de 20 anos a nível nacional e internacional em marketing, gestão de marcas, comunicação e assuntos públicos. No seu último cargo, antes de se juntar à Gallo, Chelo liderou a estratégia de marketing global para as cadeias da Just Eat a partir da sede em Amesterdão.

Licenciada em Direito pela Universidade de Salamanca, com um mestrado em Jornalismo e Comunicação pela Universidade Complutense de Madrid e um MBA pela IE Business School, trabalhou em sectores-chave como a eletrónica de consumo, a publicidade e a tecnologia. A sua carreira internacional permitiu-lhe desenvolver-se profissionalmente em diferentes países, como Espanha, Bélgica, Estados Unidos e Países Baixos, “o que trará uma visão global e multicultural à estratégia do Grupo Gallo”, afirmou a empresa.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 16 Janeiro 2025

O Governo aprova 30 medidas de simplificação fiscal e a reforma para as migrações a asilo vai a Parlamento. Serão também divulgadas estatísticas sobre o emprego e a pedidos de asilo.

O Governo aprovará 30 medidas de simplificação fiscal em Conselho de Ministros, no mesmo dia em que o Plano Nacional de Implementação do Pacto Europeu para as Migrações e Asilo vai ser debatido em Parlamento. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) vai divulgar o relatório anual sobre a evolução do emprego, que aponta as tendências para 2025, enquanto o Eurostat e o Banco de Portugal (BdP) divulgam dados que dão pistas sobre a saúde da economia. Nos Estados Unidos, o Morgan Stanley e o Bank of America divulgam os resultados do ano passado.

Governo vai aprovar 30 medidas de simplificação fiscal

O Governo irá aprovar 30 medidas de simplificação fiscal no Conselho de Ministros desta quinta-feira, confirmou o primeiro-ministro no primeiro debate quinzenal do ano. De acordo com Luís Montenegro, estas soluções “vão ao encontro de servir melhor os contribuintes e as empresas”, lembrando que o Executivo já reduziu a carga fiscal naquele que disse ser “o primeiro Orçamento em muitos anos que não aumenta um único imposto”. O Ministério das Finanças dará uma conferência de imprensa.

Migrações no centro do debate em São Bento

O plenário da Assembleia da República desta quinta-feira fica marcado pelo debate temático proposto pelo Governo sobre o Plano Nacional de Implementação do Pacto Europeu para as Migrações e Asilo. Em causa está a transposição para a lei nacional da reforma da política de migração e asilo da União Europeia, que prevê combate à imigração ilegal e uma solidariedade obrigatória entre os Estados-Membros. O Executivo fez chegar a Bruxelas o seu plano nacional para a implementação da estratégia, mas revelou ao ECO que poderá avançar com uma versão final ainda este mês após as reuniões do Conselho Nacional de Migrações e Asilo e este plenário. Os Estados-Membros têm dois anos desde a aprovação pelo Conselho Europeu da reforma para por em prática a legislação adotada, visto que foi aprovado em 2024, deverá entrar em vigor em 2026.

Como evolui o (des)emprego em Portugal e no mundo?

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) vai divulgar o relatório anual “Perspetivas sociais e de emprego no mundo: tendências 2025”. Segundo o último relatório publicado, metade dos países da União Europeia (UE) viram o desemprego jovem encolher em 2023 e, Portugal foi um dos países onde se registaram “fortes reduções do emprego jovem”. Nesse relatório, a organização previa um agravamento do desemprego mundial em 2024. Esta quinta-feira será confirmado se as previsões se concretizaram.

Morgan Stanley e Bank of America divulgam resultados

O banco de investimento Morgan Stanley e o Bank of America vão apresentar os resultados referentes a 2024. Resta saber se vão conseguir surpreender o mercado como os seus congéneres, que apresentaram na quarta-feira lucros além do esperados pelos economistas: o JP Morgan registou o maior lucro de sempre em 2024, o Goldman Sachs duplicou os lucros no quarto trimestre, o Citi regressou aos lucros, e os do Wells Fargo dispararam 47% no último trimestre.

Eurostat e BdP divulgam dados que dão pistas sobre a saúde da economia

O Eurostat divulgará dados sobre o comércio internacional de bens relativos a novembro, os pedidos de asilo feitos em outubro do ano passado e a criação de empresas e as insolvências em novembro de 2023. Enquanto isso, o Banco de Portugal (BdP) vai divulgar o balanço dos Fundos de Investimentos relativo a novembro e os indicadores coincidentes para a atividade económica e consumo privado de dezembro.

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Pescada, salmão e massa lideram subidas de preços neste arranque de ano

Do cabaz de 63 produtos alimentares da Deco Proteste, a pescada, o salmão e a massa em espirais foram os bens que registraram as maiores subidas de preços entre 1 e 15 de janeiro de 2025.

O ano novo trouxe um aumento dos preços de muitos bens alimentares. Só na primeira metade de janeiro, o preço da pescada fresca subiu 22%, com o salmão e a massa em espirais a fecharem o pódio das maiores subidas entre os dias 1 e 15 de janeiro, mostram os dados da Deco Proteste divulgados esta quinta-feira.

A análise ao cabaz de produtos alimentares essenciais indica que a 1 de janeiro de 2025 os portugueses pagavam 11,54 euros por um quilo de pescada fresca. Duas semanas depois, a 15 de janeiro, o mesmo produto custava 14,03 euros, o que corresponde a um aumento de 2,49 euros.

No caso do salmão, o preço subiu 2,43 euros no mesmo período, passando de 13,04 para 15,47 euros. No top três das maiores subidas está ainda a massa em espirais, cujo preço subiu de 1,19 euros para 1,36 euros, uma diferença de 16 cêntimos.

Fonte: Deco Proteste

No top dos cinco produtos com maiores variações de preços na primeira metade de janeiro está ainda a laranja e as salsinhas Frankfurt, a custarem, em termos absolutos, mais 18 e 19 cêntimos, respetivamente, o correspondente a aumentos de 12% e 11%.

Feitas as contas, desde o início do ano e até ao dia 15 de janeiro, o mesmo cabaz de produtos passou a custar 3,91 euros. Assim, este conjunto total de 63 produtos alimentares entra na segunda metade do mês a custar 240 euros.

Quanto aos produtos com maiores variações de preço em relação ao período homólogo (15 de janeiro de 2025 vs. 17 de janeiro de 2024), destacam-se a dourada, que ficou quase dois euros mais cara (27%); o novilho de carne para cozer, que encareceu 1,91 euros (22%); e os cereais integrais, que passaram a custar mais 0,65 euros (20%).

Fonte: Deco Proteste

A subida do preço do cabaz é ainda mais acentuada quando considerado o início da guerra na Ucrânia (fevereiro de 2022), altura em que o mesmo cabaz custava menos 56,44 euros, mostram os dados da Deco Proteste.

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