Pensões antecipadas da CGA caem 14,5% em 2023 e são menos de metade face a 2020

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

No final do ano passado, a CGA tinha cerca de 380 mil subscritores e pagava cerca de 655 mil pensões, das quais quase 488 mil de aposentação.

A Caixa Geral de Aposentações atribuiu 2.056 pensões antecipadas no ano passado, um recuo de 14,5% face a 2022 e menos de metade face a 2020, segundo o relatório e contas que a Lusa teve acesso. Em 2023, a CGA atribuiu 20.228 novas pensões de aposentação e reforma, o que representa um aumento de 19,8% face às 16.937 atribuídas no ano anterior, segundo o relatório e contas referente a 2023.

Das mais de 20 mil novas pensões atribuídas, 2.056 dizem respeito a pensões antecipadas, o que representa 10,2% do total. O número de pensões antecipadas atribuídas pela CGA está a cair desde 2020, ou seja, há quatro anos consecutivos. Deste modo, em 2023 houve menos 350 face às 2.406 atribuídas no ano anterior, o equivalente a uma queda de 14,5%. Já face às pensões antecipadas atribuídas em 2020 (4.782), trata-se de um recuo de 57%. Ou seja, caíram para menos de metade.

No final do ano passado, a CGA tinha cerca de 380 mil subscritores e pagava cerca de 655 mil pensões, das quais quase 488 mil de aposentação e reforma e 167 mil de sobrevivência, de acidente de trabalho e outras. Dos 380.060 subscritores da CGA, cerca de seis em cada dez eram mulheres (227.038, o equivalente a 59,8%) e os restantes 153.022 homens (40,2%), segundo o relatório e contas de 2023, a que a Lusa teve acesso.

“Em 31 de dezembro de 2023, a média global de idades do universo de subscritores da CGA situava nos 55,4 anos de idade, sendo importante realçar, ainda, que 56,2% da população analisada tinha mais de 54 anos de idade”, lê-se. Já no que toca às 487.576 pessoas que recebem pensão de aposentação e reforma, 51,4% eram homens e 48,6% mulheres, sendo que a média de idades deste universo era de 74,8 anos.

O relatório e contas revela ainda que a média de idades à data da aposentação e reforma aumentou quase um ano entre 2022 e 2023: no ano passado era de 66,1, enquanto no ano anterior era de 65,2. Ainda em termos comparativos, em 2020 era de 64,3 anos. Em 2023, a duração média das pensões dos aposentados e reformados situava-se nos 22,2 anos, em ambos os sexos, “refletindo um aumento de 0,4 anos face ao ano anterior”.

Do total do total das pensões de aposentação e reforma, “18,5% apresentavam valores até 500 euros mensais, enquanto 41,8% não ultrapassavam os 1.000 euros/mês. As pensões entre os 1.000 e os 2.000 euros mensais representavam 28,9% do número total das pensões de aposentação e reforma enquanto 29,3% se situavam nos escalões superiores”, refere ainda o relatório e contas 2023.

Em 2023, a CGA registou um resultado líquido de cerca de 17,3 milhões de euros, num ano em que recebeu cerca de 134 milhões de euros provenientes dos reembolsos dos certificados especiais de dívida de curto prazo (CEDIC), na sequência de um despacho do antigo ministro das Finanças, Fernando Medina.

Em 2022, a CGA registou um resultado líquido negativo de cerca de 56,3 milhões de euros, segundo o relatório e contas consultado pela Lusa. O conselho consultivo da CGA vai reunir-se na próxima terça-feira, dia 08 de outubro, para aprovar os relatórios e contas referentes a 2023, 2022 e 2021, segundo a convocatória a que a Lusa teve acesso.

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OE2025. Leia aqui a proposta “irrecusável” do Governo ao PS

  • ECO
  • 3 Outubro 2024

Na meia hora de conversa entre Montenegro e Pedro Nuno, o Governo entregou a contraproposta para conseguir que o PS viabilize o Orçamento do Estado para 2025.

Nem meia hora demorou a segunda reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, em São Bento, no processo negocial para a aprovação do Orçamento do Estado de 2025.

Depois de um debate quinzenal, que acabou crispado entre os dois, o Secretário-geral do PS dirigiu-se esta quinta-feira à Residencial Oficial do primeiro-ministro para receber a contraproposta “irrecusável” do Governo para o principal partido da oposição viabilizar o OE2025.

Leia abaixo a síntese do documento que Montenegro entregou a Pedro Nuno Santos (se não conseguir visualizar o documento abaixo, carregue aqui):

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OE2025. Governo convoca sindicatos da função pública na véspera da entrega da proposta

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

O timing da reunião é criticado pelos sindicatos. A Fesap admite algum "desconforto" com a situação e considera ser “inaceitável" a reunião acontecer "a menos de 24 horas da entrega do OE2025.

O Ministério das Finanças convocou os sindicatos da Administração Pública para uma reunião na quarta-feira, véspera da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), para que estes apresentem o seu caderno reivindicativo. Na convocatória a que a Lusa teve acesso, o Governo indica que a reunião tem como intuito “dar início ao processo negocial geral, no âmbito da Administração Pública, previsto no artigo 350.º e seguintes da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas”.

A convocatória foi enviada aos três sindicatos que representam os funcionários públicos e as reuniões vão decorrer na próxima quarta-feira, dia 9 de outubro, no Ministério das Finanças, mas vão decorrer em separado. O timing da reunião é criticado pelos sindicatos. Em declarações à Lusa, o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap) admite algum “desconforto” com a situação e considera ser “inaceitável” a reunião acontecer “a menos de 24 horas da entrega do Orçamento do Estado”.

José Abraão diz ainda que as negociações podiam ter mais cedo e lamenta que o Governo não tenha tido “tanta urgência em negociar” com os sindicatos da função pública como teve com os parceiros sociais relativamente ao acordo de valorização salarial e crescimento económico (2025-2028) assinado em sede de Concertação Social. “É a primeira vez que acontece”, desabafa.

“Isto é começar logo com o pé esquerdo”, corrobora o coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum), sublinhando que “é suposto” ter-se “a negociação feita antes da apresentação do Orçamento do Estado”, acrescenta Sebastião Santana. Ainda assim, “continua a haver espaço de negociação”, refere.

Por sua vez, a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) lembra que a lei dita que a negociação “deve acontecer a partir de setembro/outubro”, mas “ao longo dos anos não tem havido uma data [fixa] para que se inicie o processo negocial. (…) Noutras alturas já aconteceu em dezembro ou janeiro”, vinca.

Nesse sentido, Maria Helena Rodrigues desvaloriza a situação. “Desejavelmente devia acontecer ainda durante os trabalhos de preparação”, mas não significa que possam existir “alterações em sede de especialidade”. A Lusa contactou o Ministério das Finanças sobre estas críticas, mas até à publicação da notícia não foi possível obter resposta.

Os três sindicatos que representam a Administração Pública já apresentaram os respetivos cadernos reivindicativos. A Fesap, afeta à UGT, propõe um aumento salarial de 6,5% em 2025, com uma atualização mínima de 85 euros para todos os trabalhadores do Estado, e uma subida do subsídio de refeição de seis para oito euros por dia.

Já a Frente Comum, afeta à CGTP, exige aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, a partir de janeiro de 2025, e que o subsídio de alimentação seja aumentado para 10,50 euros. O STE quer uma atualização salarial de, pelo menos, 6% e um aumento do subsídio de refeição de seis para 10 euros por dia.

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APS organiza encontro dedicado à sinergia entre startups e seguradoras

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2024

Convida jovens a conhecer "experiências de algumas startups, desde os casos de sucesso até às que aspiram pela figura mítica do unicórnio, passando pelas que já estão a crescer e a fazer esse caminho"

A Associação Portuguesa dos Seguradores (APS) organiza uma sessão dedicada à sinergia entre startups e seguradoras no auditório 621 da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) no dia 7 de outubro.

A sessão “Wininsurance: startups e seguradoras numa relação win-win” é realizada no âmbito da Semana Mundial do Investidor 2024iniciativa global promovida pela Internacional Organization of Securities Commisions (IOSCO), o maior fórum internacional de reguladores dos mercados financeiros, com o objetivo de alertar para a importância da literacia financeira e da proteção do investidor.

Este encontro é dedicado aos jovens universitários, convidando-os a conhecer as experiências de algumas startups, desde os casos de sucesso até às que aspiram pela figura mítica do unicórnio, passando pelas que já estão a crescer e a fazer esse caminho.”.

À sessão de boas-vindas será realizada às 16h30 por José Galamba de Oliveira, presidente da APS, segue-se a subida ao palco do keynote speaker João Cardoso, CEO da Lovys.

De seguida, vão ser apresentados dois programas de aceleração de startups promovidos por seguradoras: José Maria Villa de Freitas, marketing manager da Fidelidade vai apresentar a Protechting Fidelidade e Nuno Horta, head of innovation do grupo Ageas Portugal, a Ageas INsure.

O painel de debate conta com a participação de José Bastos, co-fundador da Knok e Rui Monteiro, CEO da Nau21 – startups da UPTEC: Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto -, Maria Moura Oliveira, diretora executiva da UPTEC e José Galamba de Oliveira. Será moderado por Helena Rêgo, diretora do CASA (Conhecimento e Aprendizagem de Seguros Academia). O evento está previsto terminar às 18h00.

O número de lugares é limitado no evento gratuito que requer inscrição. Para inscrições aqui.

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Comissões de seguros: corretores ganharam melhor em 2023

Na mediação de seguros os agentes ganharam menos comissões no ano passado, enquanto os corretores subiram valores e percentagens. Relatório da ASF demonstra.

A remuneração da mediação de seguros, que inclui agentes, corretores e bancos, ultrapassou os 1.100 milhões de euros em 2023, mesmo assim 4% abaixo do ano anterior. Os valores, que resultam essencialmente das comissões atribuídas pelas seguradoras aos distribuidores pela venda de seguros, foram agora revelados no relatório Remunerações da Mediação em Portugal, publicado pela ASF, entidade supervisora do setor, para o ano completo de 2023.

Os agentes de seguros, classe que inclui os bancos, continuam a ser os mais expressivos intermediários entre as seguradoras e os clientes empresas ou particulares captando cerca de 80% da remuneração total, resultantes essencialmente de comissões de venda. O restante distribui-se quase exclusivamente pelos 69 corretores ativos em Portugal.

Relembre-se que os agentes de seguros podem estar mais diretamente ligados a seguradoras específicas, embora a maioria seja multimarcas, enquanto os corretores de seguros têm uma atuação mais independente e com maiores obrigações legais e de nível de serviço, sendo vocacionados para seguros de riscos mais complexos como os de empresas.

O número de agentes ativos no final de 2023 era de 10.489 em todo o país. Um número bastante inferior dos 16.783 registados em 2019. Os agentes distinguem-se em individuais, que eram 6.660 no final do ano passado, e coletivos, que eram 3.740, estando nestes incluídos grandes empresas mediadoras e também os bancos que operam em parcerias com seguradoras em operações comerciais designadas de bancassurance.

Em 2023, a média de comissões recebidas por cada agente foi 11.717 euros, valor 2% acima de um ano antes, enquanto os coletivos receberam em média 214 mil euros de comissões, menos 9% que em 2022. Para esta baixa contribuiu a quebra de venda de seguros de vida, negócio essencialmente realizado pelos bancos, que terá pesado aritmeticamente de forma mais negativa o facto de o número de agentes de seguros ter baixado de 10.600 para 10.399 em apenas um ano.

Já os corretores registaram aumento do valor de comissões em média para 217 milhões de euros, mais 9,1% que um ano antes. Tendo aumentado o número de sociedades de 67 para 69, ainda assim o valor médio de remuneração por cada corretora foi 3.147.058 euros, mais 5,8% que em 2022.

Estimativas apontam comissões melhores para corretores

Sendo impossível distinguir qual o volume de prémios emitidos pelas seguradoras a que correspondem às remunerações apresentadas pela ASF, foi utilizado como referência o relatório da Canais de Distribuição de Seguros 2022 -o último disponível – publicado pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores.

Aplicando as proporções de cada canal em ramos Vida e Não Vida, pode ser realizada uma estimativa que indica que dos 11.992 milhões de euros vendidos em seguros no ano passado, 9.985 milhões foram efetuados por agentes (dentro deste montante 5,6 mil milhões pelos bancos), 1.197 milhões por corretores e 808 milhões por outros canais. A mesma proporção de 2022 foi aplicada em 2023.

Calculando as comissões atribuídas por canal à estimativa da proporção da venda de seguros por cada tipo de distribuidor, o valor médio das comissões de vendas dos agentes terá sido de 8,9% sobre os prémios vendidos em 2023, menos que os 9,1% de um ano antes.

Ainda neste modelo, no caso dos corretores, a comissão média poderá ter sido 18,1%, superior aos 17,8% de 2022. No mercado total, juntando agentes e corretores, as comissões foram no ano passado de 9,2%, perdendo uma décima em relação ao ano anterior.

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Redução de IRC suavizada e IRS Jovem do PS aditivada

Primeiro-ministro apresentou contrapropostas ao PS. Não deixa cair as duas linhas vermelhas – IRC e IRS Jovem – para os socialistas, mas propõe algumas cedências.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, mostrou-se convicto que as propostas que apresentou ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, esta quinta-feira, permitem aproximar posições e levar à viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). O Governo não deixou cair a proposta do IRS Jovem, mas modelou-a para taxas variáveis ao longo de 13 anos de isenção para rendimentos até ao sexto escalão. No que toca ao IRC, contrapôs com uma diminuição gradual da taxa para 17% em três anos, sem mexer nas derramas estaduais, e aceitou as três reduções seletivas propostas pelos socialistas.

Após um debate crispado no Parlamento, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos reuniram-se durante cerca de meia hora ao final da tarde para que o primeiro-ministro apresentasse a prometida “proposta irrecusável”. O líder socialista remeteu-se ao silêncio depois do encontro, mas o primeiro-ministro mostrou-se convicto que as negociações chegarão a bom porto.

É minha convicção que a reflexão que o secretário-geral do PS me transmitiu que irá fazer poderá e deverá conduzir à viabilização pelo PS do OE2025 e assim os políticos e a política servirão os interesses do país”, disse em conferência de imprensa, em São Bento, revelando que não há ainda nova reunião marcada.

É minha convicção que a reflexão que o secretário-geral do PS me transmitiu que irá fazer poderá e deverá conduzir à viabilização pelo PS do OE2025 e assim os políticos e a política servirão os interesses do país.

Invocando “o interesse nacional”, Montenegro anunciou que irá “adotar o modelo de IRS Jovem do PS”, atualmente em vigor, mas alargando o período de abrangência e o universo para todos os jovens, e não apenas os que terminam os estudos superiores. E, no que toca ao IRC uma redução da taxa de 21% para 17% ao longo de três anos.

IRS Jovem

O Governo deixou cair a proposta de uma taxa única de até 15% para o IRS Jovem e propôs a adoção de um modelo inspirado no do PS, alargado o âmbito dos seus destinatários para todos os jovens independentemente das qualificações académicas até aos 35 anos (atualmente o limite etário é 30 anos), e com uma duração de até 13 anos (atualmente é de cinco anos).

A contraproposta inclui a limitação do regime aos rendimentos até ao 6º escalão e com a seguinte modelação:

  • Ano 1, Isenção de 100%
  • Anos 2 a 5, Isenção de 75%
  • Anos 6 a 9, Isenção de 50%
  • Anos 10 a 13, Isenção de 25%

No entanto, a isenção fica limitada a 55 Indexante de Apoios Sociais, o correspondente a cerca de 28 mil euros coletáveis anuais. O impacto orçamental da contraproposta é de 645 milhões de euros, abaixo da proposta original do Governo, que contabilizava um encargo de mil milhões de euros anuais com este benefício.

Redução do IRC para 20% em 2025

O Governo propõe uma redução do IRC de 21% para 17% ao longo de três anos, o que compara com a descida para 15% até ao final da legislatura inscrita no Programa de Governo. Segundo a proposta, à taxa nominal de 17% somam-se as derramas estaduais e a derrama municipal “que podem agravar a taxa marginal em mais 10,5 pontos percentuais (pp.)”.

O primeiro-ministro esclareceu que “a única decisão que está tomada, para já, é baixar [a taxa nominal de IRC] em um ponto percentual em 2025“, ou seja, para 20%. As restantes descidas serão feitas “em anos subsequentes”, mas a decisão ficará para “outros orçamentos”. Com esta proposta, o impacto orçamental incremental anual a partir de 2026 desceria de 500 milhões de euros para uma média anual de cerca de 330 milhões de euros, de acordo com as contas do Executivo.

Por outro lado, o Executivo aceita também três propostas do PS no que toca à fiscalidade das empresas:

  • Reforçar o incentivo fiscal à valorização salarial, como também previsto no recente acordo de concertação social (ponto 2 do acordo, que inclui uma majoração, em IRC, de 50% dos encargos correspondentes a aumentos salariais de, no mínimo, 4,7%);
  • Melhorar” o regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas, conforme também estabelecido no recente acordo de concertação social, que inclui um aumento do spread de referência de 1,5% para 2%;
  • Reduzir a tributação autónoma dos veículos durante os próximos quatro anos, atingindo uma redução de 20% em 2028.

Disponível para aprimorar contraproposta, mas aproximação “já foi intensa”

O primeiro-ministro defendeu que com a contraproposta apresentada “o PS tem espaço para sentir” que o Governo teve “respeito pelas suas ideias” e que tem como “preocupação” não “criar instabilidade em cima das incertezas e das inquietações que vêm do exterior”, de modo a “não prejudicar a vida das pessoas por jogos políticos”.

Luís Montenegro garantiu que está disponível para “poder aprimorar” a contraposta em cima da mesa. “Estaremos disponíveis para dialogar com o PS sobre alguns aspetos que possam ser melhorados na perspetiva do PS”, afirmou. Contudo, considera que “o nível de aproximação e cedência” é “suficientemente intenso” para que a margem de aproximação seja cada vez mais reduzida.

Com a “margem orçamental libertada pela redução do impacto financeiro do IRS Jovem”, o Governo compromete-se a responder a três outros temas reivindicados pelo PS: habitação, saúde e pensões.

Com a margem orçamental “libertada” pela redução do impacto financeiro do IRS Jovem o Governo compromete-se a responder a três outros temas reivindicados pelo PS: habitação, saúde e pensões.

O Governo garante que já prevê que em todos os anos da legislatura haverá uma dotação orçamental média de 539 milhões de euros para investimento em habitação pública acessível para a classe média e jovens, pelo que cumpre a proposta do PS sobre essa matéria, mas está disponível para “um esforço adicional de disponibilização” de camas para alojamento estudantil.

No que toca aos pensionistas, garante disponibilidade para “atribuir, sempre que possível, aos pensionistas com pensões mais baixas, reforços extraordinários acima do valor da atualização legal”, como o realizado em outubro deste ano. Admite mesmo que “pode ser adotado um mecanismo de operacionalização dessa valorização, a concretizar em face do desempenho sustentável das contas públicas”.

O Executivo garante ainda estar “disponível” para “reforçar significativamente o incentivo à permanência, com novo modelo de exclusividade no SNS, com vista a substituir soluções globalmente ineficientes como a contratação de prestações de serviço”.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h54)

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São João da Madeira dá 20.000 euros a quem tiver solução prática para problemas locais

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

As melhores ideias serão premiadas com um total de 20.000 euros pelo concurso "Innovate My City/Inovar a Minha Cidade" do município de São João da Madeira que quer atrair talentos.

O município de São João da Madeira tem a decorrer, até final de dezembro, um concurso de inovação que prevê um total de 20.000 euros em prémios para as melhores “ideias exequíveis” destinadas a resolver problemas do concelho.

Segundo a autarquia, o concurso “Innovate My City/Inovar a Minha Cidade” está aberto a particulares e a pequenas empresas dos distritos de Aveiro e do Porto, mas o júri — que integrará elementos da Universidade de Aveiro, membros do parque de ciência e tecnologia Sanjotec, e ainda a associação Investors Portugal — prevê uma majoração para propostas que partam do próprio concelho.

O nosso objetivo é colocar as pessoas a olhar para a cidade de uma forma crítica e de uma forma ativa: queremos que os empreendedores identifiquem um problema que não está resolvido e trabalham numa proposta de solução prática para essa situação”, declarou à agência Lusa o presidente de câmara, Jorge Vultos Sequeira.

Além de 10.000 euros para a melhor proposta, 7.000 para o segundo classificado e 3.000 para o terceiro, o concurso também garantirá aos premiados seis meses de acesso a programas de capacitação a aceleração do Sanjotec, o que irá abranger desde ações de mentoria e coaching até espaços de coworking e apoio no desenvolvimento dos produtos, bens ou serviços selecionados.

O nosso objetivo é colocar as pessoas a olhar para a cidade de uma forma crítica e de uma forma ativa.

Jorge Vultos Sequeira

Presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira

“Este prémio é um incentivo a que sejam pensadas — em termos de engenharia, em termos sociais, ambientais — soluções inovadoras para a cidade, mas o prémio só é atribuído se a ideia for exequível e for efetivamente operacionalizada”, realçou Jorge Vultos Sequeira.

Os candidatos podem ser cidadãos particulares maiores de 18 anos, a título individual ou em grupo, e empresas com menos de 50 funcionários, que não tenham derivado de companhias com mais de 250 trabalhadores.

Quanto aos critérios de apreciação da proposta, serão valorizados aspetos como o potencial de impacto no município, o grau de inovação, o nível de adequação aos objetivos de desenvolvimento sustentável definidos pelas Nações Unidas e ainda a qualificação e experiência prévia do autor do projeto.

O candidato deverá ainda ser capaz de ajustar as características da solução proposta às necessidades do mercado, tornando a sua ideia “flexível e aberta a melhorias”, e estar preparado para apresentar o projeto presencialmente, numa apresentação perante o júri.

“No fundo, isto é um prémio municipal de inovação e queremos com ele atrair talentos para São João da Madeira, até porque o júri do concurso envolve um grupo de investidores que pode ver potencial noutras propostas além das vencedoras e, eventualmente, estabelecer ‘networking’ [trabalho em rede] com os autores dessas ideias”, nota o presidente da Câmara.

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Marcelo lamenta momentos em que é menos bom ser Presidente da República

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

"Há outros momentos que são menos bons, são mais difíceis na vida de um Presidente da República, porque aí não é fácil haver esse tipo de entendimentos, mas é a vida", disse Marcelo.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou a inauguração esta quinta-feira da Casa Vergílio Ferreira, na aldeia de Melo, Gouveia, como um momento em que “é ótimo ser-se Presidente da República”, mas lamentou “muitos outros” em que tal não acontece. Ao discursar após ter inaugurado a Casa Vergílio Ferreira, na terra natal do escritor, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se por estar a viver um “momento muito feliz, emocionante”.

“Este é daqueles momentos em que se chega à conclusão que é ótimo ser-se Presidente da República, porque há muitos outros em que se chega à conclusão que não é tão ótimo assim”, afirmou. No final, quando questionado pelos jornalistas se estava a referir-se à falta de acordo em torno da viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, “por cada dois ou três momentos bons, há aí uma dúzia de momentos maus”.

“Mas isso é assim na vida de todas as pessoas. Têm mais dificuldades e problemas do que propriamente grandes alegrias”, frisou. ESta quarta, na aldeia de Melo, o chefe de Estado disse ter vivido um momento “muito bom, de grande acordo a todos os níveis” entre os que estavam presentes, como “escritores, pensadores, artistas com ideias muito diferentes e autarcas”.

“Unia-nos Vergílio Ferreira, unia-nos a obra, a pessoa, a homenagem. E foi muito bonito assistir à gratidão e a essa capacidade de acordo”, afirmou o Marcelo Rebelo de Sousa. No entanto, “há outros momentos que são menos bons, são mais difíceis na vida de um Presidente da República, porque aí não é fácil haver esse tipo de entendimentos, mas é a vida, faz parte da vida política”, acrescentou.

Sobre o acordo em torno da viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025, reiterou que acredita nele “até ao último segundo”. “Quando é que será o último segundo? Ou em outubro ou em novembro? Até ao último segundo eu acredito e veremos”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou aos jornalistas que quando foi ministro dos Assuntos Parlamentares, há 40 anos, “havia oposições variadas, mas a principal oposição era uma, o Partido Socialista”. “Embora num tom e num estilo que era o da época, houve sempre debates muito, muito, difíceis. Houve moções, houve debates de urgência, houve momentos muito, muito, crispados e duros”, recordou.

Na sua opinião, “a democracia é isso, o parlamentarismo é isso”. “A questão não é essa. A questão é saber se em matérias que podem ser de acordo, se é possível haver acordo ou não. Naquilo que é divergência, é inevitável haver divergência, é a riqueza da democracia”, considerou.

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Alargamento da UE deve ser preparado “desde já”, diz António Costa

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

"O ideal seria que pudéssemos preparar a casa para acolher os que convidamos", disse o presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa.

O presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa, afirmou esta quinta-feira que tem de se “preparar desde já” o alargamento da União Europeia (UE), porque o bloco comunitário tem de ter as condições para acolher quem convida. “Temos de nos preparar para isso [o alargamento]. Deve ser desde já. Quando chegaremos a acordo, não sei. Mas temos de ter condições para acolher a quem vamos a convidar”, afirmou Costa, referindo-se à prevista inclusão da Moldova e da Ucrânia na UE.

E acrescentou: “O ideal seria que pudéssemos preparar a casa para acolher os que convidamos”. “Mas não tenho por certo que não tenhamos de fazer as duas coisas simultaneamente”, observou o ex-primeiro-ministro português numa intervenção no Fórum La Toja – Vínculo Atlântico, um encontro ibérico que hoje arrancou na Galiza, Espanha.

O que não deixa dúvidas ao presidente eleito do Conselho Europeu, que assume o cargo europeu em 1 de dezembro, é que o processo não pode ser adiado. “Para mim algo é claro: do ponto de vista geopolítico, não podemos atrasar o alargamento aos países dos Balcãs ocidentais. Temos de acolher a Moldava e desejar que a Ucrânia possa vencer a paz e decidir livremente o que quer fazer”, afirmou.

Em dezembro de 2023, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova. A área dos Balcãs Ocidentais integra países como Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Montenegro e Sérvia, todos candidatos à adesão à UE. Em 2022, o Kosovo apresentou a sua candidatura à adesão. O Fórum La Toja nasceu há seis anos, na Galiza (Espanha), como um espaço para a reflexão e defesa dos valores que definem as sociedades democráticas.

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Generali Tranquilidade vai premiar as PME mais sustentáveis

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2024

As pequenas e médias empresas podem candidatar-se até 13 de outubro. A EY é parceira e os resultados serão anunciados no final do ano pela Generali Tranquilidade. 

A Generali Tranquilidade vai premiar as pequenas e médias empresas (PME) mais sustentáveis a atuar em Portugal. Os prémios incluem produtos e serviços avaliados em mais de 20 mil euros e um extenso plano comunicação relativamente às atividades do SME EnterPRIZE.

Joana Pina Pereira, Chief Distribution Officer Tranquilidade Generali na sessão de apresentação da terceira edição do SME EnterPRIZE, prémio europeu de sustentabilidade do grupo Generali.

As empresas são distinguidas no âmbito da 3.ª edição do SME EnterPRIZE, prémio europeu de sustentabilidade do grupo Generali, que decorre em nove países em simultâneo. O prémio pretende distinguir as PME mais sustentáveis a operar em Portugal e na Europa, promovendo assim “o mérito e as melhores práticas”.

Este ano a Generali Tranquilidade vai oferecer às 10 melhores PME do concurso o programa VOICE Leadership Iniciativa, da Nova SBE, “destinado a dar formação e ferramentas aos líderes das PME para os tornar mais eficientes em diversas frentes, designadamente nas vertentes da sustentabilidade.

A PME vencedora recebe seguros da Tranquilidade até 10 mil euros, um diagnóstico global de segurança de riscos patrimoniais com identificação de potencias riscos ambientais no valor estimado de 5 mil euros, difusão e cobertura mediática e um troféu, diploma e selo digital “PME Sustentável | “Vencedor”.

Já PME que receber o troféu, diploma e selo digital “PME Sustentável | Menção Honrosa” vai ainda ter um vídeo promocional da empresa e difusão e cobertura mediática nos formatos papel, digital e TV.

O concurso tem como objetivo apoiar as PME “na jornada para a sustentabilidade, reconhecendo as práticas e modelos de negócio que aliam a competitividade à sustentabilidade.”.

O prémio valoriza as empresas que fomentam a redução de gases e o efeito estufa, a otimização de recursos e consumos, a reciclagem, recuperação de matérias-primas, economia circular e que impactam de forma positiva o bem-estar dos seus colaboradores e famílias e das comunidades em que atuam.

As pequenas e médias empresas podem candidatar-se até 13 de outubro. Os resultados são anunciados no final do ano pela Generali Tranquilidade.

A EY é o knowledge Partner da iniciativa e o júri composto por personalidades independentes.

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Montenegro encontra solução de consenso para agradar agricultores

A opção não foi reverter a extinção das Direções Gerais de Agricultura, mas partilhar a tutela das CCDR entre Agricultura e Coesão. CAP vai esperar para ver se funciona.

O ministro da Agricultura passa a partilhar a tutela política das CCDR com o ministro da Coesão e a ter a responsabilidade de nomear um vice-presidente nas várias CCDR. Esta foi a solução encontrada pelo primeiro-ministro para satisfazer as exigências da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) para assinar o acordo de concertação social.

A CAP pedia ao Executivo de Luís Montenegro que cumprisse a promessa feita em campanha e revertesse a decisão do Executivo socialista de extinguir as direções-gerais de agricultura e integrá-las nas CCDR. A opção de Montenegro foi dar poder político a José Manuel Fernandes sobre as CCDR e assim tentar resolver o problema.

O primeiro-ministro anunciou que o Conselho de Ministros vai passar a nomear, sob proposta do ministro da Agricultura, um vice-presidente para as CCDR, que passa a ter “tutela direta sobre esse vice”, no âmbito de “uma tutela mais larga que integra o ministro da Coesão, valorizando agricultura como setor estratégico e dando dimensão de desenvolvimento regional”, anunciou Luís Montenegro no debate quinzenal totalmente dominado pela viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

Apesar de isso não ter ficado plasmado no texto do acordo de rendimentos, assinado terça-feira, o Executivo comprometeu-se a respeitar uma linha vermelha que fora traçada pela CAP. “O Governo optou por não reverter a decisão”, reconheceu ao ECO o secretário-geral da CAP, “mas acabou por fazer mais”, disse Luís Mira.

O ministro da Agricultura ter tutela partilhada sobre as CCDR é um ganho face ao que existia”, acrescenta Luís Mira. “O importante é perceber se vai funcionar ou não. Não é a semântica política”, frisou. “O problema é funcional e não uma diferença de ideologias”, repetiu, reiterado as declarações que já tinha feito ao ECO em agosto. “Dentro de seis meses vamos avaliar se está a funcionar e aí decidimos o que fazer.”

Nas Grandes Opções do Plano, o Governo diz pretender que o Ministério da Agricultura e Pescas “retome gradualmente as estruturas que perdeu” e que se acelere o ritmo de investimento de fundos europeus. Mas o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, sempre foi a favor da integração das direções-gerais de agricultura, e já tinha dito que não haveria recuo, apesar de o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, ter admitido que a reversão estava a ser ponderada.

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Acordo sobre o Orçamento? Marcelo acredita “até ao último segundo” apesar de debate “crispado”

O Presidente da República reforçou que mantém a confiança na aprovação do orçamento, apesar do debate "crispado" na Assembleia da República.

O Presidente da República voltou a afirmar que acredita “até ao último segundo” num acordo para aprovar o Orçamento do Estado. Em declarações feitas enquanto decorria o debate quinzenal na Assembleia da República, cujo tema em destaque foi precisamente o Orçamento do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa destacou “momentos muito crispados” no debate, mas realçou que a questão é saber se vai haver “uma trégua” para aprovar o documento.

“Houve debates de urgência, houve momentos muito crispados e duros. A democracia é isso. A questão é saber se em matérias que podem ser de acordo, se é possível haver acordo ou não”, realçou o Chefe de Estado, num momento em que ainda decorria o debate no Parlamento.

Marcelo frisou que é preciso perceber se, em temas que são de divergência, vai ser possível “haver uma trégua entre partidos”, no sentido de viabilizar o Orçamento do Estado para 2025. “Se é possível ou não haver um acordo relativamente ao orçamento, eu resumia nesta frase: Eu acredito até ao último segundo. Quando será o último segundo? Outubro, ou novembro? Até ao último segundo eu acredito. Veremos”, reforçou o presidente da República.

O presidente da República já tinha defendido a mesma posição durante a manhã, quando adiantou, em Viseu, que “até ao lavar dos cestos é vindima” e que acredita na aprovação do Orçamento.

As declarações surgem antes da reunião agendada entre o primeiro-ministro Luís Montenegro e o líder do PS, Pedro Nuno Santos, depois daquilo que foi um debate que terminou com os ânimos bastante exaltados. No final do debate, Montenegro admitiu não ter gostado de ouvir Pedro Nuno Santos dizer “em voz baixa” que foi um erro o PS ter viabilizado o programa do Governo.

A acusação do primeiro-ministro caiu mal junto do líder da oposição, que respondeu que o PS nunca viabilizou o programa do Governo, mas sim “chumbou uma moção de censura como teria chumbado uma moção de confiança”.

(Notícia atualizada às 18h04)

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