Reformados vão receber suplemento extraordinário sem descontar IRS. Veja as simulações

As novas tabelas de retenção na fonte que irão vigorar em setembro e outubro vão impedir que o suplemento extraordinário que será pago aos pensionista seja alvo de descontos de IRS, para já.

Os reformados vão receber a totalidade do suplemento extraordinário anunciado, sem que seja feito, na prática, qualquer retenção na fonte de IRS. Ou seja, o valor prometido — 100, 150 ou 200 euros, consoante a pensão — será mesmo aquele que chegará à carteira dos pensionistas.

Em meados deste mês, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou um suplemento extraordinário para os pensionistas que têm reformas mais baixas, que será pago em outubro e terá os seguintes valores brutos: 200 euros para pensionistas com reformas até 509,26 euros; 150 euros para pensionistas com reformas acima de 509,26 euros, e até 1.018,26 euros; 100 euros para os pensionistas com reformas acima de 1.018,26 euros, e até 1.527,78 euros.

Entretanto, o Ministério das Finanças confirmou ao ECO que este “bónus” será sujeito a retenção na fonte, aplicando-se, de forma autónoma, a taxa que “corresponder ao valor da pensão”.

Contudo, uma vez que a maioria destes pensionistas não faz retenção na fonte (por ter reformas demasiado baixas), o suplemento não sofrerá qualquer desconto mensal, o que significa que o valor que lhes será pago será o mesmo que o montante bruto anunciado.

No caso de um português solteiro e sem filhos com uma pensão de 500 euros, está previsto um suplemento de 200 euros brutos. A EY calcula que esse reformado não tem de fazer qualquer desconto mensal, em sede de IRS, no que diz respeito à sua pensão. Portanto, também o “bónus” não fará retenção na fonte em outubro. Resultado: esse pensionista tem direito a 700 euros em outubro, como mostra a tabela abaixo.

Segundo o Ministério do Trabalho, dos 2,4 milhões de pensionistas que vão receber o suplemento extraordinário, mais de metade (1,4 milhões) vão ter direito ao suplemento de 200 euros. Tal significa que têm reformas até 509,26 euros, e que, portanto, não costumam fazer retenção na fonte sobre a sua pensão. E não a farão também no que diz respeito ao “brinde”. Ou seja, receberão os 200 euros sem qualquer desconto.

Mas mesmo os beneficiários com pensões mais altas vão ver o suplemento extraordinário “escapar” ao desconto em sede de IRS, porque em outubro estarão em vigor novas tabelas que isentam mais pensionistas, conforme já escreveu o ECO.

Vamos a exemplos. Segundo a EY, um português (solteiro e sem filhos) com uma pensão de 830 euros não faz retenção na fonte de IRS, pelo que o valor líquido do suplemento extraordinário será igual ao líquido: 150 euros. Em outubro, esse pensionista pode, então, contar com um rendimento de 980 euros.

O mesmo se aplica a um português com uma pensão de mil euros: não faz retenção na fonte sobre a reforma, pelo que o suplemento chegará à sua carteira sem descontos.

Até aqui, esse pensionista tem feito retenção na fonte (58 euros por mês), com base nas tabelas que ainda estão em vigor, mas com aquelas que estarão em vigor nos próximos dois meses tal não acontecerá. Ou seja, se as tabelas não tivessem sido atualizadas, o suplemento seria alvo de descontos, mas, afinal, vai “escapar”. Nesse mês, o cheque total será, portanto, de 1.150 euros, projeta a EY.

Mesmo entre os pensionistas que receberão o suplemento de 100 euros e que, portanto, têm das reformas mais elevadas, no universo de beneficiários, o que será pago será um valor líquido de “brinde” igual ao bruto.

A EY fez as contas tanto para um pensionista com uma reforma de 1.200 euros, como para um pensionista de 1.500 euros. Em ambos os casos, a retenção na fonte a aplicar ao suplemento extraordinário é de zero euros, como pode verificar nas tabelas abaixo.

Entretanto, em declarações ao Público, o Ministério das Finanças confirmou que o suplemento extraordinário ficará mesmo “a salvo” da retenção na fonte. “Por força do arredondamento, este suplemento não deverá ser objeto de retenção na fonte“, diz fonte do Governo ao jornal.

O suplemento extraordinário irá custar aos cofres públicos 422 milhões de euros, que virão do Orçamento do Estado. Trata-se de um pagamento único, e não de um aumento permanente das pensões.

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Moody’s sobe rating da dívida do Novobanco

  • ECO
  • 29 Agosto 2024

A agência espera que a proibição de distribuir dividendos seja "levantada em dezembro de 2025, com o fim do chamado acordo de capital contingente".

A agência norte-americana Moody’s subiu, esta quinta-feira, a notação da dívida sénior não garantida do Novobanco de Ba1 para Baa3, com perspetiva “positiva”. O banco sai assim do nível especulativo (ou “lixo”) e entra no primeiro patamar de investimento.

A decisão foi baseada, adianta a nota da agência, na “alta probabilidade de que o Novobanco continue a emitir dívida para cumprir com Requisito Mínimo de Fundos Próprios e Passivos Elegíveis (MREL)”. Até 1 de janeiro de 2026, a instituição financeira tem de cumprir um MREL de 27%, mas no fim de junho de 2024 este indicador já estava acima do requisito, em 28,3%.

Ao mesmo tempo, a Moody’s antecipa que a proibição de dividendos, hoje em vigor, seja “levantada e, dezembro de 2025, com o fim do chamado ‘acordo de capital contingente’ estabelecido em 2017”, quando o Novobanco foi vendido ao Lone Star.

Em comunicado ao mercado, o banco informa também que a Moody’s também “melhorou o rating do papel comercial do novobanco para Prime-3 de Not Prime”.

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Sérvia fecha compra de 12 caças franceses Rafale durante visita de Macron a Belgrado

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Os caças franceses vão substituir a antiga frota de MiG russos da Força Aérea sérvia e serão entregues até 2029. "Temos de evoluir, mudar os nossos hábitos", justificou o presidente sérvio.

A Sérvia assinou esta quinta-feira um contrato para a compra de 12 aviões Rafale ao grupo Dassault Aviation, durante a visita do Presidente francês Emmanuel Macron a Belgrado, para fechar vários acordos económicos com o país dos Balcãs. Os caças franceses vão substituir a antiga frota de MiG russos da Força Aérea sérvia e serão entregues até 2029.

Belgrado vai adquirir nove Rafale monolugares e três Rafale bilugares por 2,7 mil milhões de euros, anunciou o Presidente sérvio Aleksandar Vucic, logo após a assinatura. Vucic manifestou-se também grato por “se juntar ao prestigiado clube Rafale”. Emmanuel Macron chegou hoje à Sérvia para uma visita de dois dias, tendo sido recebido à saída do avião pelo seu homólogo Aleksandar Vucic. A compra dos aviões de combate é delicada, pois Belgrado, candidato à adesão à União Europeia, mantém relações com Moscovo apesar da invasão da Ucrânia e não impôs sanções à Rússia desde o início da guerra, em 2022.

Vucic afirmou, numa entrevista à AFP na quarta-feira, que quase todos os “aviões intercetores” sérvios e todos os “aviões de combate vieram da Rússia”. “Temos de evoluir, mudar os nossos hábitos e tudo o resto para preparar o nosso exército”, frisou. A França também apresenta este argumento, evocando uma lógica de ligar a Sérvia à União Europeia.

Numa carta publicada na imprensa sérvia, Macron reiterou que a Sérvia tem “o seu lugar pleno” na União Europeia. Oito meses depois das eleições legislativas sérvias marcadas pela fraude, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) e o Parlamento Europeu, ganhas pelo partido presidencial, o Eliseu acredita que este processo de adesão deverá levar Belgrado a “consolidar o Estado de direito”.

Emmanuel Macron deve ainda defender in loco a “normalização das relações com o Kosovo”. Desde a independência do Kosovo em 2008, que a Sérvia nunca reconheceu o novo país, ao contrário de muitos países ocidentais, e todas as tentativas de apaziguamento e diálogo falharam.

Além do negócio dos Rafale, estão também em curso negociações com a produtora e distribuidora de energia francesa EDF sobre energia nuclear civil. Na sexta-feira, os dois governantes realizam uma visita conjunta a Novi Sad, a segunda maior cidade do país.

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Polónia vai construir fábrica de munições de 155 milímetros

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Quando a fábrica estiver totalmente operacional, dentro de dois anos, terá capacidade para produzir 180 mil unidades destes obuses por ano. Investimento será de 60 milhões.

O maior fabricante privado de munições da Polónia, o grupo Niewiadów, anunciou esta quinta-feira a intenção de construir uma fábrica em Ujadz (centro) para munições de 155 milímetros, as mais utilizadas pela NATO e pela Ucrânia.

Em declarações à imprensa polaca em Lódz (centro), o presidente da empresa Grzegorz Niedzielski explicou que quando a fábrica estiver totalmente operacional, dentro de dois anos, terá capacidade para produzir 180 mil unidades destes obuses por ano, graças a um investimento de cerca de 60 milhões de euros. “Todas as autorizações, certificados e licenças necessárias estão em vigor, temos o pessoal, os recursos e só precisamos de começar a construir”, disse Niedzielski.

O calibre 155 milímetros é o calibre padrão para a maioria das armas terrestres pesadas da NATO e o exército polaco, por exemplo, equipa os seus lançadores de tanques Krab e os mais de mil tanques K-9 que adquiriu no ano passado com este tipo de arma. De acordo com o Ministério da Defesa polaco, é necessária uma reserva de três milhões de munições de 155 milímetros para garantir a operacionalidade do exército em caso de guerra.

Este tipo de munições, amplamente utilizado nos tanques e obuses da NATO, emergiu como um dos principais recursos na guerra na Ucrânia, onde se estima que sejam disparados entre 3.000 e 10.000 destes projécteis todos os dias. O exército ucraniano, que tem denunciado repetidamente a sua necessidade de munições, disse recentemente que deve limitar-se a usar cerca de 2.000 projéteis de 155 milímetros por dia, em vez dos 10.800 de que necessitaria.

Na sequência da guerra na Ucrânia, a União Europeia (UE) propôs-se aumentar a sua produção de munições pesadas de 300.000 para um milhão de unidades por ano. De acordo com as estimativas dos meios de comunicação social, os países da UE produzem atualmente cerca de 700.000 projéteis deste tipo no total.

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Nova barragem de Fagilde vai custar 30 milhões de euros

  • ECO
  • 29 Agosto 2024

A atual barragem, a cerca de cem metros deste projeto, tem "diversas anomalias estruturais" e uma capacidade de armazenamento "insuficiente" para as necessidades de 140 mil pessoas da região.

O Governo anunciou, esta quinta-feira, a construção da nova barragem de Fagilde, em Viseu, com um custo estimado a rondar “os 30 milhões”. A obra “visa garantir o abastecimento de água à população local de forma segura e sustentável”, indica o ministério do Ambiente e Energia, em nota às redações.

A nova infraestrutura será financiada através do “Programa Operacional da Região Centro, em articulação com a CCDR Centro, a APA e o Governo”, indica ainda o ministério tutelado por Maria da Graça Carvalho. A cem metros deste projeto já existe uma barragem, construída em 1984, que, segundo a governante, tem “diversas anomalias estruturais” e uma capacidade de armazenamento “insuficiente” para as necessidades de 140 mil pessoas da região.

Depois do estudo “aprofundado”, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Viseu (SMAS), a nova barragem vai “duplicar a capacidade de armazenamento de água, garantindo um abastecimento hídrico eficiente para os próximos anos”.

A ministra garante que não haverá “qualquer agravamento do preço da água” com esta intervenção.

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Mariana Mortágua defende que nenhum partido de esquerda pode viabilizar OE

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

“O país conseguirá ter mais horizontes e sonhar com um futuro melhor quando for capaz de sair da chantagem da armadilha do mal menor”, disse a líder bloquista.

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, afirmou esta quinta-feira nenhum partido de esquerda “pode ou deve ponderar viabilizar” um Orçamento do Estado (OE) que pretende “privatizar a saúde” e “entregar o que resta da habitação ao mercado”.

“Penso que nenhum partido à esquerda pode ou deve ponderar viabilizar um instrumento de política que na verdade põe em prática um plano que vai destruir o SNS e privatizar a saúde, que vai entregar o que resta da habitação ao mercado, um plano que não diz nada sobre salários e como combater as desigualdades”, afirmou a coordenadora do BE.

Em declarações aos jornalistas numa visita à Feira do Livro do Porto, Mariana Mortágua defendeu que a visão do PSD e da direita para o país não pode ser acompanhada pela esquerda, defendendo que o papel do BE “é o de denunciar esse caminho e apresentar uma alternativa”.

“O país conseguirá ter mais horizontes e sonhar com um futuro melhor quando for capaz de sair da chantagem da armadilha do mal menor”, referiu, notando que “um país que se governa pelo medo, pela chantagem e pelo mal menor está condenado a ser um país pequenino”.

Questionado sobre o referendo à imigração proposto pelo Chega, Mortágua defendeu que o líder do Chega, André Ventura, assistiu aos tumultos na Inglaterra, na sequência do ataque que matou duas crianças, e “resolveu falar de imigração em Portugal a ver se trazia para nós a mesma violência”.

É a mesma cobardia da extrema-direita em todo o lado e é preciso dizer com todas as palavras: são políticos frouxos”, afirmou. E acrescentou, “são políticos frouxos que atacam os mais frágeis, que atacam quem não se pode defender, mas que depois vão defender os donos dos negócios que exploram estes imigrantes e se forem clandestinos melhor porque lhes pagam pior”.

Durante a visita à 11.ª edição da Feira do Livro do Porto, a coordenadora do BE foi interpelada por várias pessoas, entre as quais duas recém-estudantes universitárias que partilharam a dificuldade em conseguir alojamento. Aos jornalistas, Mariana Mortágua defendeu posteriormente a necessidade de o Governo negociar com as unidades hoteleiras alojamento para acolher os estudantes universitários.

Já há protocolos efetuados com unidades hoteleiras, o que estamos a propor é que de forma urgente o Governo faça um levantamento de todas as necessidades para que nem um estudante fique sem casa, deixe de ter onde viver, empobreça ou tenha de viver num buraco, e que depois se socorra do setor hoteleiro em excesso que celebre protocolos e mobilize essas habitações”, propôs.

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Marques Mendes diz estar “mais próximo do que nunca” de tomar decisão sobre candidatura presidencial

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O comentador televisivo escusou-se, no entanto, a dizer se está ou não mais próximo de ser candidato a Belém ou a comentar "potenciais candidatos".

O ex-líder do PSD Marques Mendes afirmou esta quinta-feira que está “mais próximo do que nunca” de tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura presidencial, prometendo falar “daqui a uns” meses, seja para avançar ou não.

O comentador televisivo falava aos jornalistas à entrada para a Universidade de Verão do PSD, onde esta quinta-feira será o orador convidado do jantar-conferência desta iniciativa de formação política de jovens que decorre em Castelo de Vide (Portalegre) até domingo.

Mendes escusou-se a dizer se está ou não mais próximo de ser candidato a Belém ou a comentar “potenciais candidatos”, dizendo que se mantém tudo o que afirmou há um ano, quando, em declarações à SIC, admitiu essa possibilidade, em certas condições.

Se eu um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país – é isso que conta –, se vir que tem alguma utilidade para o país uma candidatura minha e um mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão”, afirmou, então.

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Montenegro critica “agitação” do PS e pede “calma” nas negociações para o OE2025

O primeiro-ministro afirma que o Governo vai cumprir com o que estava "combinado" e retomar as reuniões em "setembro", de modo a poder integrar "o mais possível a visão de todos os partidos".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, criticou esta quinta-feira a “agitação” do PS nas negociações para o Orçamento do Estado para 2025 e pediu “calma”. “Fico admirado de haver tanta agitação à volta dessa matéria e desse assunto. É preciso ter calma e cumprir com o que está combinado, que, em setembro, iríamos ter novos encontros para irmos mais longe nessas negociações”, esclareceu.

O também presidente do PSD lembrou que o Governo “ainda em julho teve a ocasião de chamar todos os partidos com representação parlamentar para poder haver uma partilha de opinião que possa conduzir a que o OE integre o mais possível a visão de todos os partidos. E o que ficou combinado foi desenvolvermos esse trabalho em setembro”, frisou.

Ainda em relação à “agitação” no PS, Montenegro indicou que, no domingo, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, não deixará “de dar algumas repostas às análises superficiais” que tem ouvido nos últimos dias.

Questionado se o Governo vai ceder às exigências do PS e conceder margem orçamental para acomodar medidas socialistas, Montenegro disse apenas que o Governo está interessado “em governar para as pessoas e não a responder a dirigentes partidários”.

“Estamos empenhados numa situação financeira estabilizada e contas públicas equilibradas, mas não estamos interessados em castigar o povo. Vamos continuar esse caminho, quando baixamos os impostos sobre os rendimentos, quando queremos que as empresas tenham mais meios para investir e pagar melhores salários”, defendeu.

Foi, por isso, que o Executivo avançou com “o acordo com os professores, com as forças de segurança, com os oficiais de justiça, com o incremento dos incentivos nas Forças Armadas”, detalhou. “Estamos a querer dotar os serviços essenciais para que os cidadãos possam ser melhor servidos. Vamos continuar a trabalhar para as pessoas com os meios que temos, não temos uma filosofia de cobrar impostos a mais e de travar investimentos à custa das pessoas”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 19h34)

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Lucros do Haitong Bank sobem 12,4% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O produto bancário e os custos operacionais, no montante de 35 milhões de euros e 28,9 milhões, respetivamente, “mantiveram-se estáveis face ao desempenho operacional" de 2023.

O Haitong Bank registou, nos primeiros seis meses deste ano, lucros de 5,1 milhões de euros, um aumento homólogo de 12,4%, adiantou a instituição, num relatório publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “O Banco encerrou o primeiro semestre de 2024 com um resultado líquido de 5,1 milhões de euros, um aumento homólogo de 12,4%, impulsionado por uma melhoria contínua do balanço em simultâneo com uma política de crédito rigorosa”, lê-se no documento.

A entidade revelou que, no mesmo período, o produto bancário e os custos operacionais, no montante de 35 milhões de euros e 28,9 milhões de euros, respetivamente, “mantiveram-se estáveis face ao desempenho operacional no primeiro semestre de 2023”. No que respeita ao produto bancário, indicou, “as comissões líquidas registaram um crescimento homólogo de 38%, para 12,3 milhões de euros”, sendo que a sucursal de Macau “tem desempenhado um papel crucial na emissão de obrigações por parte de empresas chinesas, gerando receitas significativas para o Haitong Bank”.

Já a margem financeira líquida, de 19,6 milhões de euros, “aumentou 19% face ao primeiro semestre de 2023, beneficiando do ambiente de taxas de juro elevadas, de uma estratégia dinâmica de captação de funding“, e do sucesso de algumas áreas de negócio.

Já face no que diz respeito aos custos operacionais, o banco disse que “possui uma base de custos estável, resultante do esforço levado a cabo nos últimos anos, nomeadamente em termos do controlo rigoroso das despesas operacionais, não obstante a elevada inflação”, destacando que no primeiro semestre “não se registaram alterações significativas, mas apenas um ligeiro aumento dos custos com pessoal”, compensado por reduções em outras áreas.

No mesmo relatório, o banco disse que, em relação ao seu balanço, “manteve a trajetória de crescimento consistente dos últimos anos, tendo aumentado cerca de 4,7% no acumulado do ano, para 3,7 mil milhões de euros” o que permitiu dispor de “recursos para expandir a sua carteira de crédito”.

No final do primeiro semestre, a carteira de crédito (bruta de provisões) da instituição “ascendia a 715 milhões de euros, o que representa um aumento de aproximadamente 19 milhões de euros face a dezembro de 2023”, destacou, sendo que o rácio de crédito não produtivo (NPL) era de 1,1%. O Haitong Bank tinha, no fim de junho deste ano, 337 colaboradores, uma queda de 5,3% em relação a dezembro.

O banco antecipa que as perspetivas para a segunda metade do ano sejam positivas, “uma vez que se espera que várias operações que receberam aprovação interna de crédito no primeiro semestre venham a ser concluídas durante o segundo semestre de 2024, permitindo atingir os objetivos de negócio”.

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Portugal vai doar vacinas contra a mpox a países africanos

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

"Portugal tem atualmente um stock de vacinas contra o vírus mpox e está na disposição de ceder entre 10% a 15% deste stock de vacinas", indica o gabinete tutelado por Ana Paula Martins.

Portugal vai doar a países africanos vacinas contra a mpox, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde, depois de França, Alemanha e Espanha terem comunicado o mesmo compromisso esta semana.

Em comunicado, o Ministério da Saúde salienta que as vacinas vão ser doadas a “países africanos, que têm registado um aumento expressivo de casos desta doença já declarada pela Organização Mundial de Saúde como ‘emergência de saúde pública global'”.

“Portugal tem atualmente um stock de vacinas contra o vírus mpox e está na disposição de ceder entre 10% a 15% deste stock de vacinas”, indica o gabinete tutelado por Ana Paula Martins.

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Porsches, Ferrari, Bentley ou Maserati. Justiça leiloa automóveis de luxo

Gabinete de Administração de Bens colocou à venda, através de leilão eletrónico, vários automóveis, avaliados no montante total de mais de 750 mil euros.

Porsches, Ferrari, Bentley e Maserati. Se é amante de carros de luxo pode ter uma oportunidade de comprar um a preços mais convidativos. O Gabinete de Administração de Bens colocou em venda, através de leilão eletrónico, vários automóveis, avaliados no montante total de mais de 750 mil euros, de acordo com comunicado do Instituto de Gestão Financeira e de Equipamentos da Justiça (IGFEJ), divulgado esta quinta-feira.

A leilão estão um Porsche 911 GT3 RS, avaliado em mais de 235 mil euros, um Ferrari FF 151, avaliado em mais de 197 mil euros, um Bentley Continental GTC V8 (cabriolet), avaliado em mais de 160 mil euros, um Porsche Cayenne S 4.2 V8, avaliado em mais de 79 mil euros, e ainda dois veículos da marca Maserati Granturismo S 4.7 V8, avaliados em mais de 70 mil euros.

O leilão eletrónico decorre na plataforma E-leilões, terminando os prazos de licitação de alguns anúncios no final do mês de setembro e outros no início de outubro. Entre os bens à venda inclui-se ainda um iate, avaliada em 100 mil euros, vários lotes de peças em ouro e prata e outros metais, bem como diversos outros veículos.

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Sporting e Benfica já conhecem adversários na “nova” Liga dos Campeões

Sporting e Benfica com tubarões do futebol europeu pela frente na época de estreia do novo formato da Liga dos Campeões, com mais partidas e mais milhões em jogo.

Sporting e Benfica já conhecem os adversários na Liga dos Campeões 2024/25, competição entretanto reformulada pela UEFA e que entra em ação em setembro já com nova configuração.

O sorteio realizado esta quinta-feira no Mónaco ditou que o campeão nacional Sporting vai defrontar o Manchester City (casa), RB Leipzig (fora), Club Brugge (fora), Arsenal (casa), Lille FC (casa), PSV Eindhoven (fora), Bolonha FC (casa) e Sturm Graz (fora).

No caminho do Benfica vão estar o Bayern Munique (fora), Barcelona (casa), Atlético Madrid (casa), Juventus (fora), Feyenoord (casa), Estrela Vermelha (fora), Bolonha FC (casa) e As Monaco (fora).

A prova milionária estreia esta época um novo formato de competição, que já vem sendo discutido e negociado ao longo dos últimos anos. A ameaça da criação de uma Superliga, torneio idealizado por alguns dos clubes mais ricos da Europa, terá acelerado a renovação da Liga dos Campeões.

O que muda na “nova” Liga dos Campeões?

O novo formato da Liga dos Campeões vai trazer mais equipas para a competição e, consequentemente, mais jogos. As 32 equipas tornam-se agora 36, numa prova que abandona o clássico formato da fase de grupos e é substituída por uma liga englobando todos os clubes. Cada clube vai defrontar oito adversários diferentes, com quatro jogos em casa e quatro fora, ditados por sorteio. Cada vitória vale três pontos. Um empate vale um ponto.

Assim, cada clube passa a jogar oito jogos em vez dos seis do antigo formato da competição, o que faz com que as jornadas comecem mais cedo (entre 17 e 19 de setembro) e se prolonguem até 29 de janeiro, dia de uma última jornada nunca antes vista que contará com 18 jogos em simultâneo.

Concluídas as oito jornadas, as contas são simples, ficando ainda por apurar quais os critérios de desempate em caso de igualdade pontual.

  • Os oito primeiros classificados garantem acesso direto aos oitavos de final.
  • Os clubes que terminarem entre a 9ª e a 24ª posição vão ter de jogar um play-off a duas mãos (já alinhado previamente mediante sorteio) para poder continuar em prova.
  • Os clubes classificados entre a 25ª e 36ª posição saem das competições europeias, não havendo repescagem para a Liga Europa, ao contrário do que acontecia anteriormente com os terceiros classificados da fase de grupos no antigo formato.

Daqui para frente a competição retoma os moldes habituais, entrando nas fases a eliminar com oitavos, quartos e meias-finais até ao derradeiro jogo, a final agendada para 31 de maio de 2025 na Allianz Arena, em Munique.

Mais competição, mais milhões

O prémio de participação na Liga dos Campeões aumentou. Cada clube vai receber esta época 18,62 milhões de euros (no antigo formato eram 15,64 milhões de euros) ao qual se soma o chamado “pilar valor” (ainda por apurar) que é calculado mediante o valor de transmissão televisiva de cada clube com o respetivo ranking na UEFA.

Cada vitória na fase da liga passa agora a valer 2,1 milhões de euros e um empate 0,7 milhões de euros, valores ligeiramente abaixo dos do formato anterior mas que são compensados com a atribuição de um novo prémio, mediante a classificação final de cada clube na liga, que varia entre 0,275 e 9,9 milhões de euros.

Nas fases a eliminar, os prémios de apuramento também foram revistos, permitindo um encaixe financeiro ainda maior.

O apuramento para os oitavos de final vale agora 11 milhões de euros (em vez de 9,6 milhões de euros). Os quartos-de-final valem 12,5 milhões de euros (em vez de 10,6 milhões de euros). As meias-finais passam a valer 15 milhões de euros (em vez de 12,5 milhões de euros). O apuramento para a final passa de 15,5 para 18,5 milhões de euros.

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