Empresa do marido da secretária das Pescas fatura quase 200 mil em contratos públicos

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

Secretária de Estado das Pescas confirma a quota do marido na empresa, mas garante que o mesmo a suspendeu durante o mandato.

A Mobinteg, empresa de consultoria de sistemas de informação que pertence ao marido da secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro Aguiar, firmou quase 200 mil euros em seis contratos públicos desde a tomada de posse deste Executivo, avança a revista Sábado.

Segundo o Portal Base, a Mobinteg assinou desde abril de 2024 dois contratos em processos de consulta prévia, um no valor de 67 mil euros com a Ordem dos Enfermeiros, e outro com o Município de Carregal do Sal por 74 mil euros.

Na lista aparecem ainda quatro ajustes diretos com o Município de Elvas (11 mil euros), a Parques de Sintra (19 mil euros), CRPG – Centro de Reabilitação Profissional (13 mil euros) e o Instituto Politécnico de Viseu (oito mil euros).

A secretária de Estado das Pescas confirmou a quota de 30% do marido na Mobinteg, mas garantiu que o cônjuge suspendeu a quota (e neste regime poderá voltar aos órgãos sociais da empresa, automaticamente, depois do fim de mandato de Cláudia Monteiro Aguiar).

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Se fosse primeiro-ministro “claro que estaria em Kiev”, diz Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

"Nos últimos tempos, em matéria de política de defesa, nós não temos tido informação por parte do primeiro-ministro", criticou o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do PS garantiu esta terça-feira que estaria em Kiev, no terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, se fosse primeiro-ministro e admitiu que não tem tido contactos recentes sobre política externa com Governo.

A posição foi assumida Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, após um encontro com a ICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas.

De forma inequívoca, claro que estaria em Kiev se fosse primeiro-ministro, pela simples razão de que esse é um dos temas mais importantes que ocupa neste momento a União Europeia e que nos interessa a todos”, disse, após ser questionado sobre se iria até à capital da Ucrânia se estivesse no lugar de Luís Montenegro.

Para o líder do PS, “Portugal não pode estar de fora” e deve “garantir todas as condições informáticas para que as reuniões aconteçam por videoconferência” com a participação do chefe de Governo português – aludindo ao facto de o primeiro-ministro português, por problemas técnicos, ter tido dificuldade em ligar-se, à distância, à conferência de apoio à Ucrânia que decorre em Kiev.

Pedro Nuno salientou também que neste momento, por estar na oposição, o PS “não tem toda a informação sobre as discussões que existem no plano europeu” e revelou que os socialistas não têm “tido contacto recente sobre a política externa por parte do primeiro-ministro”.

“Portanto, nós temos pouca informação para poder dizer de forma concreta qual seria o nível ou qual poderá ser o nível de envolvimento de Portugal (…) nos últimos tempos, em matéria de política de defesa, nós não temos tido informação por parte do primeiro-ministro”, acrescentou.

O líder socialista salientou a importância do conflito ucraniano para o PS e garantiu estar disponível para “conversar sobre o tema com o primeiro-ministro” desde que o Governo entenda que o contributo dos socialistas é útil.

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Ucrânia chega a acordo com EUA sobre minerais raros

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

Financial Times avança que o acordo acontece depois de Washington ter deixado cair a exigência de obter 500 mil milhões de dólares em receitas provenientes da exploração dos recursos ucranianos.

Os EUA e a Ucrânia chegaram a acordo sobre minerais raros e outros recursos, depois de os norte-americanos terem deixado cair a exigência de obter 500 mil milhões de dólares em receitas provenientes da exploração dos recursos ucranianos, avança o Financial Times.

“O acordo sobre os minerais é apenas uma parte do cenário. Ouvimos várias vezes da administração americana que faz parte de um quadro mais geral”, disse Olha Stefanishyna, vice-primeira-ministra e ministra da Justiça ucraniana, citada pelo jornal britânico.

A versão do documento prevê a criação de um fundo em que a Kiev contribui com 50% das receitas com a “futura monetização” dos recursos minerais controlados pelo Estado ucraniano – mas exclui os recursos que já hoje contribuem para os cofres do país.

O acordo de minerais não especifica nenhuma garantia de segurança por parte dos EUA à Ucrânia. No entanto, o jornal avança que as autoridades dos EUA disseram que este acordo forneceria um escudo de segurança.

Na Sala Oval, em conferência de imprensa, Trump sugeriu que Zelensky iria já esta sexta-feira a Washington, onde pode ser assinado o acordo.

Este acordo surge um dia depois de Donald Trump ter prometido acabar com a Guerra na Ucrânia “dentro de uma semana”.

(Notícia atualizada às 20h00 com mais informação)

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Dois funcionários da AT entre os quatro detidos na Operação Porthos

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A PJ suspeita de que funcionários da Autoridade Tributária nas alfândegas terão sido subornados pelo Primeiro Comando da Capital, do Brasil, e cartéis colombianos para deixar passar estupefacientes.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quatro pessoas esta terça-feira, das quais dois funcionários da Autoridade Tributária (AT), e constituiu 15 arguidos no âmbito da ‘Operação Porthos’ de combate ao tráfico de droga através dos portos nacionais.

De acordo com o comunicado da PJ, para além de quatro detidos e 15 arguidos resultantes da operação, foram ainda “apreendidos mais de meio milhão de euros em numerário, 10 viaturas e cinco armas de fogo e outras”. Fonte judiciária adiantou à Lusa que cinco arguidos são funcionários da AT, dois dos quais foram detidos.

A PJ realizou esta terça buscas na área metropolitana de Lisboa, e em Setúbal, Sines e Leiria por suspeitas de corrupção nos portos visando a entrada na Europa de cocaína da América Latina, anunciou a instituição. Em comunicado, a PJ adiantou que a operação Porthos “investiga a beneficiação de organizações criminosas dedicadas à exportação de elevadas quantidades de cocaína a partir da América Latina”.

“Estas organizações criminosas usam os portos marítimos nacionais como porta de entrada de produtos estupefacientes no continente europeu, dissimulados em diversos produtos acondicionados em contentores”, acrescenta a instituição.

A investigação resulta da cooperação policial internacional e em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais. Segundo a CNN Portugal, a PJ suspeita de que funcionários da Autoridade Tributária nas alfândegas terão sido subornados pelo Primeiro Comando da Capital, do Brasil, e cartéis colombianos para deixar passar a droga.

No terreno, estiveram 150 inspetores e peritos da PJ, acompanhados por quatro magistrados do Ministério Público. Foram executados 32 mandados de busca, dos quais 14 domiciliárias e 18 não domiciliárias, para “recolha de elementos de prova complementares”.

A investigação vai prosseguir, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público.

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Acionistas da Apple rejeitam proposta para eliminar programas de diversidade da empresa

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A proposta anti-DEI foi rejeitada pelos acionistas da Apple, que não divulgou a contagem dos votos. Trump pediu uma análise a este tipo de programas para saber se discriminam funcionários.

Os acionistas da Apple rejeitaram esta terça-feira uma tentativa de pressionar o criador de tendências tecnológicas a juntar-se ao esforço do Presidente norte-americano, Donald Trump, para eliminar os programas empresariais destinados a diversificar a sua força de trabalho (DEI).

A proposta elaborada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas – um think-tank autodenominado conservador – exortou a Apple a seguir um conjunto de empresas de alto perfil que recuaram nas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão atualmente na mira da administração Trump.

Após uma breve apresentação sobre a proposta anti-DEI, a Apple anunciou que os acionistas a tinham rejeitado, sem divulgar a contagem dos votos. Os resultados preliminares serão apresentados ainda esta terça num relatório regulamentar.

O resultado justificou a decisão da administração da Apple de manter o seu compromisso de diversidade, apesar de Trump ter pedido ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que analisasse se este tipo de programas discriminou alguns funcionários cuja raça ou género não estão alinhados com os objetivos da iniciativa.

Mas o CEO da Apple, Tim Cook, tem mantido uma relação cordial com Trump desde o seu primeiro mandato, uma aliança que até agora tem ajudado a empresa a contornar as tarifas sobre os seus iPhones fabricados na China.

Depois de Cook e Trump se terem encontrado na semana passada, a Apple anunciou na segunda-feira que vai investir 500.000 milhões de dólares (cerca de 476.000 milhões de euros) nos Estados Unidos e criar mais 20 mil postos de trabalho durante os próximos cinco anos – um compromisso aplaudido pelo Presidente.

A votação dos acionistas ocorreu um mês depois de o mesmo grupo ter apresentado uma proposta semelhante durante a reunião anual da Costco, uma multinacional do retalho, mas que foi rejeitada por esmagadora maioria.

Essa rejeição não desencorajou o Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas de confrontar a Apple sobre seu programa DEI numa apresentação pré-gravada por Stefan Padfield, diretor executivo do Projeto de Livre Empresa do think-tank, que afirmou que “a diversidade forçada é ruim para os negócios”.

Na apresentação, Padfield atacou os compromissos de diversidade da Apple por estarem fora de linha com as recentes decisões judiciais e disse que os programas expõem a empresa de Cupertino, Califórnia (oeste), a um ataque de potenciais processos judiciais por alegada discriminação. Padfield citou a administração Trump como um dos potenciais adversários legais da Apple.

“A mudança de vibração é clara: DEI está fora e o mérito está dentro”, disse Padfield na apresentação. O espetro de possíveis problemas legais foi ampliado na semana passada, quando o procurador-geral da Florida, James Uthmeier, entrou com uma ação federal contra a Meta (Target), alegando que o programa DEI recentemente reduzido do retalhista alienou muitos consumidores e reduziu as vendas em detrimento dos acionistas.

Tal como a Costco, a Apple defende que a promoção de uma força de trabalho diversificada faz todo o sentido em termos comerciais.

Mas Cook admitiu que a Apple poderá ter de fazer alguns ajustamentos ao seu programa de diversidade “à medida que o panorama jurídico se altera”, ao mesmo tempo que se esforça por manter uma cultura que ajudou a elevar a empresa ao seu atual valor de mercado de 3.700 milhões de dólares (3.525 milhões de euros) – superior ao de qualquer outra empresa no mundo.

“Vamos continuar a criar uma cultura de pertença”, disse Cook aos acionistas durante a reunião. No seu último relatório de diversidade e inclusão publicado em 2022, a Apple divulgou que quase três quartos de força de trabalho global consistem em funcionários brancos e asiáticos. Quase dois terços dos funcionários eram homens.

Outras grandes empresas de tecnologia relataram há anos empregar principalmente homens brancos e asiáticos, especialmente em empregos de engenharia bem remunerados – uma tendência que estimulou a indústria a procurar esforços sem sucesso para diversificar.

 

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Altice France prestes a reestruturar dívida, mas credores ficam com 45% da empresa

Patrick Drahi está quase a chegar a um acordo que cortará 8,6 mil milhões de euros de dívida da empresa de telecomunicações que detém a operadora SFR no mercado francês.

Após vários meses de negociações, o empresário Patrick Drahi, dono da Altice France, está prestes a chegar a um acordo com os credores para reduzir a dívida da empresa de telecomunicações em 8,6 mil milhões de euros em troca de uma participação minoritária (45%) na empresa, avança esta terça-feira a Bloomberg.

Nos termos agora propostos, Patrick Drahi manter-se-á a gerir a telecom. Já os credores preferenciais, com direitos de garantia sobre os ativos do devedor, receberão um terço em equity (31%), um pagamento em dinheiro e “dívida garantida restabelecida com documentação mais rigorosa que limita as transações com partes relacionadas”, segundo as várias fontes contactadas pela agência financeira.

Por outro lado, os credores sem direitos de garantia ficarão uma participação 14% do capital, um pagamento mais baixo em dinheiro e uma quantia menor de dívida não garantida reintegrada, de acordo com a versão do documento, que ainda pode sofrer alterações. O total das posições das diferentes categorias de credores perfaz os tais 45%.

A Altice France, que é um dos três braços do grupo além da internacional e da proprietária da Meo, detém a operadora SFR no mercado francês, mas tem uma dívida de 23,7 mil milhões de euros. O objetivo, desde o início das conversações, era que o rácio dívida/EBITDA, de 6,7x, baixasse para para menos de 4x.

Em meados de outubro, a Altice France propôs aos credores com dívida garantida uma participação entre 10 e 15% na empresa, pedindo em troca um perdão de dívida equivalente. A proposta informal previa a extensão das maturidades e redução dos juros da dívida existente.

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WTW lança nova plataforma de benefícios flexíveis para colaboradores de empresas

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

O EmbarkFlex é a nova plataforma de benefícios da WTW: plataforma flexível, customizada e adaptada às necessidades dos colaboradores.

A WTW, empresa corretora de seguros mas também de consultoria e soluções empresariais, lançou o EmbarkFlex, uma plataforma “inovadora que revoluciona a forma como as empresas portuguesas gerem e oferecem benefícios aos seus colaboradores”. Desenvolvido com o objetivo de “colocar os profissionais no centro das decisões”, o EmbarkFlex adapta-se às necessidades individuais, promovendo “maior flexibilidade, personalização e eficiência”, afirma a empresa.

“Acreditamos que o EmbarkFlex será um divisor de águas no mercado de benefícios, trazendo uma nova perspetiva e permitindo às empresas oferecer soluções que realmente se alinhem com as prioridades e o estilo de vida dos seus colaboradores”, afirma Ana Amado, Head of Flex Benefits Portugal.

A WTW descreve a nova plataforma com a oferta de quatro pilares fundamentais:

  • Escolha e Personalização: Proporciona aos colaboradores a possibilidade de selecionar os benefícios que melhor respondem às suas necessidades e prioridades pessoais;
  • Flexibilidade e Simplicidade: Permite acompanhar e ajustar os benefícios às diferentes etapas da vida de cada colaborador;
  • Customização e Valor Real: Oferece personalização alinhada à cultura e realidade de cada empresa, garantindo uma gestão centralizada e totalmente transparente;
  • Suporte Especializado e Integração Completa: Integra todos os benefícios oferecidos pela empresa – incluindo os benefícios core, benefícios financeiros relacionados com poupança e wellbeing – com o suporte de especialistas da WTW.

Elsa Carvalho, Head of Business Development, reforça: “A plataforma está preparada para novos desenvolvimentos no conceito holístico do bem-estar: físico, emocional, social e financeiro”.

A WTW lançou há 20 anos a primeira ferramenta de benefícios flexíveis em Portugal, e agora o CEO Nuno Arruda salientou a inovação do Embarkflex: “É um investimento nas vossas pessoas”, concluiu num encontro com clientes.

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Relação dá parcialmente razão aos CTT e reduz coima da Anacom para 275 mil euros

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

O Tribunal da Relação resolveu reduzir a coima para 275 mil euros, em vez dos 400 mil euros determinados pelo Tribunal da Concorrência.

O Tribunal da Relação deu parcialmente razão aos CTT, que recorreram de uma sentença do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, e reduziu para 275 mil euros a coima aplicada à empresa, por violar obrigações de serviço postal universal.

Segundo um acórdão, a que a Lusa teve acesso, a Relação resolveu “julgar parcialmente procedente o recurso interposto pela empresa CTT – Correios de Portugal” e condená-la à coima única de 275 mil euros, face aos 400 mil euros determinados pelo Tribunal da Concorrência.

A Relação ponderou “a imagem global dos factos em referência, o grau de culpa e de ilicitude deles resultantes, a existência de necessidades de prevenção especial (a empresa já foi condenada pela prática de outros ilícitos de mera ordenação social), a falta de obtenção de benefícios económicos (não ficou provado que tenha obtido ou que tivesse a intenção de vir a obter vantagens decorrentes da prática destes ilícitos)”, bem como “a sua situação económica”, tendo concluído que se afigura “adequado e proporcional aos factos” julgar “parcialmente, procedente o presente recurso, e, em consequência, condenar a empresa” na coima única de 275 mil euros.

O acórdão lembrou que o Tribunal da Concorrência condenou os CTT, numa decisão de 30 de outubro do ano passado, a uma coima de 400 mil euros por violações nas obrigações de serviço postal universal, incluindo nas medições de níveis de qualidade de serviço.

Antes disso, em maio de 2024, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) tinha dado conta da aplicação de uma coima, de perto de 400 mil euros, tendo os CTT indicado que iriam apresentar recurso da decisão.

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Keep it Real assume assessoria de imprensa da Promenade

  • + M
  • 25 Fevereiro 2025

A escolha pela Keep it Real faz parte da "procura de formas inovadoras de criar, promover e distribuir os projetos da Promenade", justifica Justin Amorim, fundador da produtora independente.

A produtora independente de cinema e televisão Promenade escolheu a agência Keep it Real para assegurar a área de assessoria de imprensa.

“Estamos muito entusiasmados com o desafio de reforçar a presença mediática da Promenade e dos seus projetos e acompanhar o crescimento da produtora num setor que está em constante transformação”, diz João Pedro Ferreira, CEO da Keep it Real, citado em comunicado. Este novo desafio vem reforçar o nosso compromisso em contar histórias envolventes e impactantes, em amplificar projetos que merecem ser conhecidos, falados e vistos pelo grande público”, acrescenta.

Já Justin Amorim, fundador da Promenade, diz que a escolha da Keep it Real faz parte da “procura de formas inovadoras de criar, promover e distribuir os projetos da Promenade, garantindo e potenciando sempre a qualidade das obras cinematográficas e conteúdos audiovisuais“.

A Promenade junta-se ao portefólio da Keep it Real, que já conta com outros clientes do setor como as produtoras Shine Iberia Portugal e Endemol ou os canais AMC, Canal História, Odisseia, AMC Break e AMC Crime. A sua integração “reforça assim a expertise da Keep it Real no que toca à comunicação de projetos de entretenimento”, refere-se em nota de imprensa.

A Promenade “aposta em projetos que quebram barreiras, desafiam normas e dão palco a novas vozes, que mergulham no universo queer, exploram o zeitgeist das gerações mais novas e abordam temas sociais e económicos com um olhar crítico”, lê-se na mesma nota, onde se acrescenta que as suas criações já passaram por festivais como Cannes, Locarno, IndieLisboa e San Francisco International Film Festival e chegaram a plataformas como Max (HBO), Amazon, Disney+ e Filmin.

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JCDecaux defende “necessidade urgente de fiscalização eficaz” na publicidade exterior

A JCDecaux entende que existe uma "proliferação de painéis ilegais em Portugal", sendo necessária fiscalização mais eficaz. "Precisamos de uma EMEL da publicidade exterior a nível nacional", defendeu.

A JCDecaux defendeu esta terça-feira em audição parlamentar que, embora já exista regulamentação, há uma “necessidade urgente de fiscalização eficaz” no que diz respeito à área de out-of-home (OOH) de grande formato, uma vez que se tem verificado a “proliferação de painéis ilegais em Portugal“.

A ideia foi exposta por Natália Casimiro, diretora de património e relações institucionais da JCDecaux, empresa que originou várias notícias no último ano, pela instalação de painéis de grandes dimensões em Lisboa, que explicou os passos necessários para a instalação de painéis publicitários. Este processo tem início com um pedido de licenciamento e de instalação junto do respetivo município e de uma autorização por parte da Infraestruturas de Portugal (IP), sempre que o painel se situe numa área sob a sua jurisdição.

Após a aprovação da licença municipal é necessário proceder-se ao pagamento das taxas de publicidade e de ocupação espaço público — que rondam, em média, os 3.500 euros por ano, embora os valores aplicados variem entre as autarquias –, após o que o processo culmina então com a instalação do painel, explicou a responsável.

Referindo que um processo desta natureza pode levar entre quatro a seis meses a estar concluído, Natália Casimiro disse que se “tem vindo a assistir a um desvio deste processo”, com a instalação de painéis sem licença camarária ou da IP ou com a instalação de painéis com dimensões superiores àquelas que foram licenciadas.

Esta realidade traz consequências, alertou a responsável, como a perda de erário público, impactos na paisagem urbana e a existência de concorrência desleal que “favorece os que atuam de forma ilícita”. “É fundamental que todos tenhamos consciência dos impactos negativos“, disse.

Segundo avançou a diretora de património e relações institucionais, e referindo-se a respostas que a JCDecaux recolheu junto das autarquias, são conhecidas irregularidades em mais de 500 painéis, sendo que os municípios enfrentam um “desafio enorme” no seu combate, desde logo pela falta de meios tanto para a fiscalização, como para a aplicação de sanções ou remoção coerciva dos painéis.

A responsável da JCDecaux pela gestão dos contratos e contacto com os municípios disse ainda na audição parlamentar que já existem autarquias que adotam “boas práticas”, existindo uma “tendência positiva” que passa pela regulação da instalação dos painéis de grande formato por meio de contratos de concessão. Esta solução permite obter um “controlo eficaz dos painéis”, contribuindo para o ordenamento do território e também maximizar a receita do município, explicou.

Outra boa prática passa pela realização de hastas públicas para a instalação de painéis publicitários, que permitem definir o número de locais e painéis que podem ser licenciados, e que permitem abrir à concorrência a licitação de painéis.

Referindo que em Portugal o processo que se segue à deteção de uma irregularidade pode demorar meses e culminar na aplicação de uma coima onde os valores mínimos podem não ultrapassar as duas centenas de euros, Natália Casimiro defendeu que é preciso serem tomadas ações que passem pela sensibilização das autarquias e entidades competentes para a importância do ordenamento de publicidade exterior e da fiscalização, pelo reforço da fiscalização e pela aprovação de legislação adequada.

Precisamos de uma EMEL da publicidade exterior a nível nacional“, concluiu Natália Casimiro.

A sessão desta terça-feira acabou por ser adiada, sem os deputados terem tido oportunidade de se pronunciar ou questionar a JCDecaux. A audição tinha sido pedida pela agência Burson em nome da JCDecaux, e não pela empresa de mobiliário exterior, pelo que alguns deputados poderiam não estar presentes por não saberem que seria a JCDecaux a entidade a ser ouvida, observou Bruno Nunes, deputado do Chega e presidente da mesa.

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Poluição na Índia pode encarecer seguros de saúde em 10% a 15%

  • ECO Seguros
  • 25 Fevereiro 2025

Se as intenções se materializarem será a primeira vez de sempre que a poluição atmosférica será utilizada como um fator direto para calcular os prémios dos seguros de saúde na índia.

As seguradoras que operam na Índia ponderam aumentar os preços das novas apólices seguros de saúde entre 10% a 15% para os residentes de Nova Deli após um aumento significativo de sinistros relacionados com a poluição atmosférica em 2024 na capital da Índia, segundo nove executivos avançaram à Reuters.

O plano está a ser debatido entre os seguradores mas, se avançar, vai requerer aprovação do regulador de seguros e surge após a capital da Índia ter registado níveis recorde de poluição atmosférica.

Se os objetivos se concretizarem, será a primeira vez de sempre que a poluição atmosférica será utilizada como um fator direto para calcular os prémios dos seguros de saúde na índia e poderá justificar subidas nos prémios nas próximas cidades.

A toxicidade no ar fez com que mais residentes da capital procurassem o tratamento para asma, doença pulmonar obstrutiva crónica e doenças cardiovasculares em 2024 num valor superior a qualquer ano precedente, indicaram cinco responsáveis contactados pela agência.

Importa referir que os sinistros respiratórios aumentaram 8,3% entre o ano fiscal de 2023 e o ano fiscal de 2025 no estado de Deli, que registou o maior aumento dos custos dos cuidados de saúde na Índia durante esse período, de acordo com um relatório Boston Consulting Group e do Medi Assist.

Além disso, a Bajaj Allianz General Insurance indicou que o setor poderia eventualmente acrescentar novas cláusulas que abordassem especificamente os problemas de saúde relacionados com a poluição.

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“Nem todo o investimento em petróleo faz sentido nesta altura”, afirma co-CEO da Galp

A Galp conta que os combustíveis fósseis permaneçam úteis nas próximas três a quatro décadas.

O co-CEO da Galp, João Diogo Marques, prevê que o investimento em petróleo continue a verificar-se nas próximas décadas, mas ressalva que “nem todo o investimento em petróleo faz sentido”.

“O investimento na Namíbia é um investimento que muita gente podia pensar que não faria sentido. Mas ainda temos décadas de investimento em petróleo que vai ter de acontecer”, afirmou João Diogo Marques da Silva, para depois deixar a ressalva: “Mas cuidado, que nem todo o investimento em petróleo faz sentido nesta altura“.

O responsável da Galp falava na Electric Summit, uma conferência que decorreu esta terça-feira no Tagus Park. Mais tarde, na mesma intervenção, completou que a empresa aponta para que todos os combustíveis fósseis permaneçam nas próximas três a quatro décadas. “Vão ter que ficar. Se não ficarem, será um enorme risco”, rematou.

Esta intervenção acontece num dia em que a Galp comunicou novos dados em relação ao projeto de exploração de petróleo na Namíbia, à qual os mercados reagiram positivamente: os títulos da cotada chegaram a valorizar mais de 8%, e fecharam com uma subida de quase 7% na sessão.

Para o co-CEO da Galp, “a transição [energética] tem de manter neutralidade tecnológica. Acreditamos pouco numa transição totalmente subsidiada ou que vai representar custo acrescido à economia que deve ser servida por essa transição”. O gestor assinala que existem “vários exemplos” de empresas que aceleraram na transição e “nesta altura podem estar em grandes dificuldades”.

Olhando ao investimento em Portugal, João Diogo Marques assume que “continua a ser atrativo”, embora possa haver “dificuldade em escalar e ter complementaridade com outros investimentos”.

No mesmo painel participou o COO da REN, João Conceição. Este assinalou que tem existido um desequilíbrio no “triângulo” que sustenta as políticas energéticas na Europa: a competitividade e segurança têm sido mais sustentadas que a sustentabilidade ambiental. “O que a Europa peca é que cria o momento, mas depois não consegue manter a locomotiva com a aceleração” de outros países, assinala.

O mesmo sublinha que as redes “são necessárias” para a transição mas são um investimento “caro” e não há para já consenso em quem as irá pagar. Apesar dos custos elevados, há um montante até ao qual João Conceição entende que não deveria existir grande discussão: os 150 milhões de euros de investimento anuais, até aos quais não irá aumentar o custo relativo às redes que é pago pelo consumidor na fatura de eletricidade.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h24)

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