‘La Vuelta’ vai condicionar trânsito entre Lisboa e Cascais. Saiba onde

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

A edição deste ano de 'La Vuelta' vai ter três etapas em território português, começando no sábado com um contrarrelógio de 12 quilómetros, com partida junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

A primeira etapa da Volta à Espanha em Bicicleta 2024 (‘La Vuelta’), no sábado, vai obrigar a condicionamentos de trânsito até domingo entre o Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa), a Torre (Oeiras) e Cascais, informaram os municípios.

A edição deste ano de ‘La Vuelta’ vai ter três etapas em território português, começando no sábado com um contrarrelógio de 12 quilómetros, com partida junto ao Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa) e chegada na Praia da Torre (Oeiras), e prosseguindo no domingo entre Cascais e Ourém, e na segunda-feira da Lousã a Castelo Branco.

Devido à prova espanhola e ao Pedala Portugal Bike Tour Lisboa/Oeiras 2024, a autarquia de Lisboa anunciou vários condicionamentos de trânsito na capital, desde logo a interrupção entre quarta-feira e sábado da circulação viária na Praça do Império, avenidas da Índia e de Brasília e áreas adjacentes.

Os constrangimentos na circulação viária abrangem a Avenida de Brasília (sentido Algés- Lisboa), desde 08:00 de segunda-feira às 00:00 de domingo, com a via direita condicionada para paragem de autocarros de Turismo entre o Padrão dos Descobrimentos e a Estação Fluvial de Belém, e a Torre de Belém, das 08:00 de quarta-feira às 21:00 de quinta-feira, com forte condicionamento do arruamento central, paralelo ao restaurante Vela Latina.

Na Praça do Império, das 08:00 de quinta-feira às 00:00 de domingo, o trânsito estará condicionado entre a Rua D. Lourenço de Almeida e o Largo dos Jerónimos, passando o trânsito a circular pela Rua Bartolomeu Dias, Av. do Restelo e Rua dos Jerónimos.

O acesso ao trânsito vai estar interdito em várias artérias à Av. da Índia, nomeadamente na Rua Damião de Góis, Travessa do Forte da Areia, Av. de Brasília (através do Viaduto de Pedrouços), Av. da Torre de Belém (com corredor de circulação, para permitir o acesso à Rua Fernão Mendes Pinto), Rua Lagoa Henriques, parque de estacionamento do Centro Cultural de Belém (acessos pela Rua Bartolomeu Dias), parque de estacionamento do Museu dos Coches (acesso pela Av. da Índia) e Rua Mécia Mouzinho de Albuquerque.

A circulação viária será cortada no arruamento lateral do Vela Latina, das 16:00 às 22:00 de quinta-feira, no troço entre a Rua Mécia Mouzinho Albuquerque e Av. Torre de Belém da Av. da Índia, das 19:00 de sexta-feira às 00:00 de domingo, na Av. da Índia, das 16:00 de sexta-feira às 00:00 de domingo, entre a Avenida da Torre de Belém e Alcântara e da Avenida da Torre de Belém à Praça Dom Manuel I (Algés), e na Rua dos Jerónimos, das 16:00 às 20:00 de sábado.

A circulação dos transportes públicos também estará condicionada das 08:00 de quinta-feira às 23:00 de sábado, prevendo-se que a operação da frota da Carris será significativamente afetada, com desvios para a Rua Bartolomeu Dias, Av. do Restelo e Rua dos Jerónimos, uma vez que a circulação na Praça do Império está interdita, impedindo o atravessamento dos elétricos naquele período.

Numa nota, a Câmara de Oeiras revelou que, para a realização de vários eventos relacionados com ‘La Vuelta’, serão encerrados parques e bolsas de estacionamento na Torre, junto ao restaurante ‘A Carruagem’ e Feitoria do Colégio Militar, das 22:00 de quinta-feira à 01:00 de domingo, e em frente ao Forte de São Julião da Barra e Praia da Torre, das 06:00 de sexta-feira à 01:00 de domingo.

A Avenida Marginal será encerrada parcialmente, nos dois sentidos, entre a Rotunda de Carcavelos e Alto da Barra/Saída Inatel Oeiras, das 08:00 de sexta-feira à 01:00 de domingo, com acesso e circulação condicionada à Marina de Oeiras, mediante acreditação e gestão Oeiras Viva (concessionários, embarcações, fornecedores), e a Alameda do Alto da Barra será encerrada das 06:00 às 20:00 de sábado, com circulação condicionada a residentes.

Além da apresentação de equipas e ciclistas da ‘La Vuelta’ no Jardim da Torre de Belém (15 de agosto, 17:00), vai realizar-se também no sábado, entre as 09:30 e as 10:30, a ‘La Vuelta’ Juvenil, prova coorganizada com a Federação Portuguesa de Ciclismo, destinada à categoria de juvenis (jovens entre os 12 e 16 anos), da Avenida da Índia até Alcântara.

O Pedala Portugal Bike Tour, entre a Praça do Império e Praia da Torre, vai decorrer no sábado, das 10:00 às 13:00, antes do tiro de partida do contrarrelógio Lisboa-Oeiras de ‘La Vuelta’, às 15:30, da Praça do Império à Torre. Em Cascais, segundo a Câmara Municipal, os cortes de trânsito vão ocorrer entre as 22:00 de sábado e as 16:00 domingo, ficando interditas a Baía de Cascais, Avenida D. Carlos I e Avenida da República.

O parque de estacionamento Marechal Carmona também estará encerrado no mesmo período, enquanto o parque de estacionamento de Carcavelos fecha das 00:00 às 20:00 de sábado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SpaceX lança ainda este ano primeira missão espacial tripulada que sobrevoará polos terrestres

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

A missão da nave Dragon da SpaceX partirá da Florida, terá a duração de três a cinco dias e tem o nome de Fram2, numa evocação ao navio norueguês que fez as primeiras viagens às regiões polares.

A primeira missão espacial tripulada que sobrevoará as regiões polares da Terra irá descolar dos Estados Unidos até ao final do ano, a bordo de uma nave Dragon da SpaceX, anunciou a empresa aeroespacial norte-americana.

A missão, que partirá da Florida, terá a duração de três a cinco dias e tem o nome de Fram2, numa evocação ao navio norueguês que fez as primeiras viagens às regiões polares da Antártida e do Ártico. A bordo da nave Dragon seguirão quatro tripulantes, todos estreantes num voo espacial, comandados pelo empresário Chun Wang, um dos pioneiros das criptomoedas (dinheiro digital).

Wang será acompanhado pela cineasta norueguesa Jannicke Mikkelsen, que comandará a nave, pelo explorador polar australiano Eric Philips, piloto do veículo, e pela investigadora alemã em robótica Rabea Rogge, que será a especialista da missão. Segundo a SpaceX, a missão espacial Fram2 será a primeira tripulada que irá explorar a Terra desde a sua órbita polar e sobrevoar as regiões polares do planeta.

Os quatro tripulantes irão estudar fenómenos que ocorrem acima da atmosfera terrestre e, em coordenação com a SpaceX, irão testar os efeitos de um voo espacial no comportamento e no corpo humano, incluindo a captação das primeiras imagens humanas em raios-X no espaço.

Tais experiências ajudarão ao “desenvolvimento das ferramentas necessárias para preparar a humanidade para voos espaciais de longa duração”, justificou a empresa fundada pelo magnata Elon Musk. A nave Dragon será enviada para o espaço num foguetão Falcon 9, também da SpaceX, e ficará em órbita da Terra a uma altitude entre 425 e 450 quilómetros.

A missão Fram2 é a sexta da SpaceX totalmente privada com tripulação. A empresa prevê o lançamento no corrente mês da Polaris Dawn, que tentará cumprir a primeira caminhada espacial privada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mortes por covid-19 aumentaram 26% entre junho e julho, segundo a OMS

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Entre 24 de junho e 21 de julho, foram reportadas mais de 23 mil hospitalizações e 600 novos internamentos em unidades de cuidados intensivos, representando um aumento de 11% e 3%, respetivamente.

As infeções por covid-19 no mundo aumentaram 30% e as mortes 26% entre 24 de junho e 21 de julho, indicou a Organização Mundial da Saúde (OMS), que reporta dados do mais recente período de notificação. Segundo a OMS, no período de 24 de junho a 21 de julho registaram-se 186 mil novos casos de covid-19 e mais de 2.800 mortes, o que significa um aumento de 30% e 26%, respetivamente, face ao período precedente, de 27 de maio a 23 de junho.

A organização assinala que os números devem ser interpretados com reserva devido à diminuição dos testes de diagnóstico e sequenciação genética do coronavírus (e suas variantes e subvariantes) que causa a covid-19, bem como aos atrasos de notificação em muitos países. De acordo com a agência da ONU, 95 países notificaram infeções e 35 registaram mortes.

No mesmo período em análise, entre 24 de junho e 21 de julho, foram reportadas mais de 23 mil hospitalizações e mais de 600 novos internamentos em unidades de cuidados intensivos, representando um aumento de 11% e 3%, respetivamente, face ao período de 28 dias anterior. Foi sobretudo na Europa e na América que foram notificadas mais hospitalizações e internamentos em cuidados intensivos.

Há uma semana, a OMS já tinha alertado para o aumento de casos de covid-19 no mundo, considerando “pouco provável” que diminuam a curto prazo, e para o risco de aparecimento de uma variante mais severa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, foram registadas novas ondas de infeção na Europa, América e no Pacífico Ocidental.

A covid-19 é uma doença respiratória pandémica causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo resto do mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras. As vacinas em circulação previnem sobretudo a doença grave, mas não a infeção. Desde maio de 2023 a covid-19 deixou de ser uma Emergência de Saúde Pública Internacional (nível máximo de alerta).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Zelensky reivindica controlo de 74 localidades russas

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Analistas indicam que o "catalisador" da operação tem o objetivo de aliviar a pressão nas linhas da frente ucranianas, ao desviar as forças russas para a defesa de Kursk e de outras regiões.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reivindicou esta terça-feira o controlo de 74 localidades em território russo, onde as suas forças desencadearam na semana passada uma ofensiva que implicou a retirada de dezenas de milhares de civis. “Apesar dos combates difíceis e intensos, prossegue o avanço das nossas forças na região de Kursk (…). Existem 74 localidades sob controlo da Ucrânia”, indicou Zelensky em mensagem na rede social Telegram.

Em contrapartida, a Rússia disse que as suas forças impediram o progresso da incursão ucraniana na região de Kursk, e quando um porta-voz da diplomacia ucraniana garantia que Kiev “não tem intenção” de ocupar território russo. Unidades do Exército russo, incluindo novas reservas, aviação, equipas de ‘drones’ e forças de artilharia impediram os grupos móveis ucranianos de aprofundarem o seu avanço na Rússia perto das localidades de Obshchy Kolodez, Snagost, Kauchuk e Alexeyevsky, na província de Kursk, indicou o ministério da Defesa russo em comunicado.

Em paralelo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Heorhii Tykhyi, assegurou que a operação transfronteiriça se destina a proteger território ucraniano dos ataques de longo alcance desencadeados a partir de Kursk. “A Ucrânia não está interessada em obter território da região de Kursk, mas queremos proteger as vidas do nosso povo”, argumentou, citado pelos ‘media’ locais.

Indicou ainda que a Rússia lançou mais de 2.000 ataques nos últimos meses a partir da região de Kursk, utilizando mísseis antiaéreos, morteiros, ‘drones’, bombas planadoras e mais de 100 mísseis. As forças do Kremlin também intensificaram os ataques na frente leste. Hoje, o estado-maior ucraniano indicou que as tropas russas efetuaram 52 assaltos nas últimas 24 horas na área da Pokrovsk, cidade na região de Donetsk perto da linha da frente, o dobro dos ataques que aí ocorreram há uma semana.

Os militares ucranianos também continuam a garantir o controlo de 1.000 quilómetros quadrados de território russo. Os objetivos do avanço militar na região de Kursk permanecem em segredo militar. Analistas citados pela agência noticiosa Associated Press (AP) consideram que o “catalisador” para esta operação consiste no desejo ucraniano de aliviar a pressão nas suas linhas da frente, tentando desviar as forças russas para a defesa de Kursk e de outras regiões fronteiriças. No entanto, a intensificação dos combates em torno de Pokrovsk parece sugerir que Moscovo “não mordeu o isco”.

Um porta-voz do exército ucraniano, Dmytro Lykhoviy, alegou hoje em declarações ao Politico que o ataque ucraniano levou a Rússia a retirar de território ocupado na Ucrânia “um número relativamente pequeno” de unidades. “A Rússia relocalizou algumas das suas unidades das regiões de Zaporijia e Kherson no sul da Ucrânia”, disse Lykhoviy.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MAC fez 25 partos num dia, o número mais alto desde 2013

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Na segunda-feira,, a Maternidade Alfredo da Costa registou 98 admissões e realizou 25 partos, cinco dos quais cesarianas, o número mais elevado, pelo menos, desde 2013.

A Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, realizou, na segunda-feira, 25 partos, o número mais alto desde 2013, com “um grande esforço” dos profissionais que não é possível manter por muito mais tempo, alertou esta terça-feira a presidente da instituição.

Na segunda-feira, dia em que estiveram encerradas cinco urgências de Ginecologia e Obstetrícia, a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) registou 98 admissões e realizou 25 partos, cinco dos quais cesarianas, o número mais elevado, pelo menos, desde 2013, ano em que rondavam os 22 por dia.

“Desde 2013, ano em que houve a integração da MAC no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, que não se fazia tantos partos”, disse à agência Lusa a presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) São José, Rosa Valente de Matos, enaltecendo “o grande esforço” de uma equipa que “tem alterado as suas férias, o seu período de descanso para poder responder, neste momento, às necessidades” do país e da zona de Lisboa.

A administradora alertou, contudo, que este esforço “não é possível de se manter por muito mais tempo”, porque a equipa é a mesma que foi pensada para realizar um menor número de partos e “os profissionais têm as suas limitações e estão cansados”. “Este esforço não pode ser contínuo. Os profissionais não aguentam, portanto temos estado a trabalhar em rede com o senhor diretor executivo, no sentido de que as grávidas que possam ter alta possam ir para os seus hospitais de origem”, disse, observando que 60% das mulheres que a MAC está a atender são fora da área de Lisboa.

Segundo a responsável, muitas grávidas que a MAC está a receber são da margem Sul, algumas da zona de Santarém, mas também há mulheres que vão pelo próprio pé porque sabem que a maternidade está aberta. Perante o fecho previsto de sete urgências de Ginecologia e Obstetrícia na quinta-feira (feriado), oito no sábado e sete no domingo, defendeu que a abordagem em termos de articulação vai ter que ser ainda maior por parte dos outros hospitais para poderem receber as mulheres.

“O senhor diretor executivo [do SNS, António Gandra d´Almeida] de certeza que estará a pensar em como – havendo menos maternidades abertas – essa articulação tem que ser feita para que o esforço não recaia só sobre a Maternidade Alfredo da Costa”. Nesse sentido, defendeu ser necessário uma articulação a nível nacional, lembrando que a “capacidade da MAC também é um bocadinho limitada”.

Temos 30 camas de puerpério. Obviamente, se não houver articulação com outros hospitais, para as grávidas que já tenham parido poderem ter alta com os seus bebés e poderem ir para o seu hospital de residência ou mesmo para as suas casas, é impossível”, sustentou. A MAC tem registado uma média semanal de 442 atendimentos na urgência em agosto, acima da média de julho (320), e uma média de 13 partos por dia, 15 ao fim de semana (11 partos, em média, no mês homólogo de 2023).

A enfermeira diretora da ULS São José, Maria José Costa Dias, também destacou o número de partos realizados num dia, atribuindo este aumento ao encerramento de outras maternidades e ao facto de as grávidas saberem que a MAC tem as portas abertas. “Algumas vêm por sua iniciativa e nós estaremos cá para dar a nossa melhor resposta possível, obviamente, com as contingências que também temos”, disse Maria José Costa Dias, realçando o espírito de missão dos profissionais para tentar “dar a sua melhor resposta a quem procura a maternidade”.

Rosa Valente de Matos também quis deixar uma mensagem de agradecimento aos profissionais que constituem as equipas de urgência e do serviço de Neonatologia, que dá resposta aos recém-nascidos que têm de ir para os cuidados intensivos. “Temos que estar todos muito agradecidos à grande equipa que temos na maternidade. É uma maternidade escola, vai fazer 100 anos, é uma referência a nível nacional e eu penso que também é essa a razão por que os profissionais sentem o esforço que têm que fazer para preservar efetivamente a MAC como uma referência a nível nacional”, realçou.

Num balanço enviado à Lusa, a Direção-Executiva do SNS indica que foram realizados no fim de semana passado 114 partos em Lisboa e Vale do Tejo, 56 no sábado e 58 no domingo. No sábado a maioria dos partos foi feita na Unidade Local de Saúde Loures-Odivelas, com 12 partos, e na MAC, com 15. Já no domingo, além da Maternidade Alfredo da Costa, com 10 partos, a maior parte foram feitos nos hospitais de Cascais e Amadora-Sintra, com 11 partos cada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prémios dos atletas olímpicos portugueses estão isentos de IRS

Quatro atletas olímpicos trouxeram quatro medalhas para Portugal, pelo que o Estado irá atribuir-lhes um prémio monetário entre 20 mil e 50 mil euros livre de impostos.

Portugal conquistou quatro medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris, que decorreram entre 26 de julho e 11 de agosto, o melhor resultado de sempre, já que apesar de obter o mesmo número de galardões, o peso das medalhas é maior do que em Tóquio. Rui Oliveira e Iúri Leitão conquistaram o ouro, sendo que Leitão ainda conseguiu uma prata, Pedro Pichardo trouxe outra prata e Patrícia Sampaio ganhou o bronze.

Ao conquistarem as medalhas olímpicas, os atletas portugueses tiveram direito a um prémio de 50 mil euros no caso do ouro, de 30 mil euros pela de prata e de 20 mil euros pelo bronze, segundo a portaria n.º 332-A/2018 de 27 de dezembro. Ainda poderá ser atribuído um cheque adicional de 15 mil euros se for alcançado um recorde olímpico. Mas nenhum dos atletas medalhados conseguiu esse feito.

O valor monetário é estipulado e entregue pelo Estado português, uma vez que o Comité Olímpico Internacional não tem um prémio oficial pago. Os prémios em questão são excluídos de incidência de IRS em Portugal, tal como as bolsas de alto rendimento, de acordo com os fiscalistas consultados pelo ECO.

Embora os residentes fiscais em Portugal sejam tributados sobre a totalidade dos seus rendimentos e os não residentes tenham de pagar imposto pelos ganhos que se considerem auferidos em Portugal, o Código do IRS prevê exceções, aponta Francisco Furtado, advogado sénior da Broseta, em declarações ao ECO.

Tradicionalmente “estando em causa a atribuição de uma quantia em dinheiro que premeia a perícia, treino e qualidades do atleta, os rendimentos auferidos enquadram-se na categoria B de IRS”, pelo que é sempre considerado o local da competição. “Uma vez que a competição não ocorreu em Portugal, de acordo com os critérios previstos no Código do IRS, o rendimento não é aqui considerado obtido”, assinala.

No que respeita àqueles que sejam residentes fiscais em Portugal, embora, teoricamente sujeitos a incidência do IRS, o Código prevê um tratamento específico para alguns rendimentos obtidos por atletas, entre os quais precisamente os prémio obtidos no âmbito dos Jogos Olímpicos.

Luís Nascimento, fiscalista da consulta Llya, explica que a isenção se aplica quer às “bolsas atribuídas aos praticantes de alto rendimento desportivo pelo Comité Olímpico de Portugal ou pelo Comité Paralímpico de Portugal, no âmbito do respetivo contrato-programa de preparação para estes eventos Olímpicos”, quer aos “prémios atribuídos em reconhecimento do valor e mérito de êxitos desportivos e é aqui que se inserem os prémios por resultados Olímpicos”.

“Estes prémios, quando cobertos por esta legislação, estão excluídos de IRS e tal acontece por estarmos perante valores que visam recompensar o especial mérito e os feitos desportivos alcançados pelos atletas. O objetivo da legislação fiscal foi o de dar reconhecimento à especial relevância social dos resultados alcançados pelos atletas nos eventos Olímpicos”, refere.

No entanto, as bolsas de formação desportiva, atribuídas a agentes desportivos não profissionais, têm limites para a isenção, neste caso, até ao montante máximo anual de 2.375 euros.

Os ciclistas Rui Oliveira e Iúri Leitão conquistaram a medalha de ouro no madison, Iúri Leitão prata no omnium masculino, Pedro Pichardo prata no salto triplo e Patrícia Sampaio bronze no juro -78kg.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Paulo Rangel condena “perseguição da oposição” venezuelana

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

O chefe da diplomacia portuguesa conversou com Edmundo González Urrutia e María Corina Machado "sobre as eleições e a onda de repressão".

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) reiterou esta terça-feira a “condenação liminar da perseguição da oposição” na Venezuela na sequência das últimas e contestadas eleições presidenciais, e a “obrigação de libertar luso-venezuelanos detidos”, após contacto com a liderança oposicionista.

O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, manteve na segunda-feira uma conversa com Edmundo González Urrutia, candidato que reclama vitória sobre o Presidente venezuelano Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, e com a líder da oposição, María Corina Machado, “sobre as eleições e a onda de repressão”, segundo publicação do ministério na rede social X.

“O MNE reafirmou a condenação liminar da perseguição da oposição, a obrigação de libertar os luso-venezuelanos detidos e a defesa intransigente da posição da União Europeia (UE)”, refere a mesma publicação. Fonte oficial do ministério disse à Lusa que a conversa entre Rangel e Urrutia, a primeira entre ambos, durou cerca de 40 minutos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EasyJet planeia operar 62% dos voos programados no país durante greve de tripulantes

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Para 15, 16 e 17 de agosto, a easyjet estava a planear 1.138 voos de e para Portugal, mas teve de cancelar 232 voos devido à greve nesses dias.

A easyJet adiantou esta terça-feira que planeia operar 62% dos voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve de tripulantes de cabine, entre quinta-feira e sábado, o que inclui os não abrangidos pelo pré-aviso de greve. “Devido a esta ação de greve desnecessária, a easyJet teve de cancelar alguns voos do seu programa. No entanto, a companhia aérea planeia operar 62% do seu programa de voos em Portugal durante o período da greve”, referiu a companhia aérea, numa nota enviada à Lusa.

Questionada pela Lusa, a easyJet esclareceu que “os 62% referem-se à operação original de voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve”, ou seja, “a companhia prevê operar 62% dos voos originalmente programados que tocam em Portugal”. “Entre 15, 16 e 17 de agosto, estávamos a planear 1.138 voos de e para Portugal, mas tivemos de cancelar 232 voos devido à greve. Isto significa que, de e para Portugal, estamos a planear voar 906 voos”, disse a transportadora.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou três dias de greve para todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos, “cujas horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 do dia 15 de agosto e fim às 24:00 do dia 17 de agosto”, segundo o pré-aviso entregue no dia 31 de julho.

Assim, um voo que tenha origem fora de Portugal, com destino, por exemplo, a Lisboa e regresso à base de origem não está abrangido pelo pré-aviso de greve. Em comunicado divulgado esta terça, o SNPVAC disse que na segunda-feira foram cancelados pela easyJet 42 voos que se juntam aos 174 anteriormente cancelados em aeroportos de todo o país.

No Porto, referiu o sindicato, estão cancelados pela empresa todos os voos abrangidos pela greve, só sendo realizados os definidos pelos serviços mínimos. O SNPVAC apelou ao “bom senso da empresa, para que possa ceder nas justas reivindicações dos seus trabalhadores” e que “em vez de cancelar voos em série encontre soluções para evitar” a greve.

A greve foi aprovada em assembleia-geral, com 99% de votos a favor, e o sindicato acusa a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais, entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de horas de trabalho.

Na semana passada, a easyJet lamentou o cancelamento de voos devido à “greve desnecessária” dos tripulantes de cabine e destacou que o número de trabalhadores aumentou em mais de 40 desde 2023. No ano passado, a empresa contava com 764 trabalhadores em Portugal, número que ascende agora a 806, disse.

A companhia adiantou que os clientes dos voos cancelados já foram contactados e que terão direito a um reembolso ou à transferência gratuita para um novo voo. A easyJet aconselhou ainda os clientes que viajam de e para Portugal no período da greve a verificar o estado dos seus voos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa lidera subidas de preços no mercado imobiliário de luxo

A capital portuguesa lidera o ranking de um estudo realizado pela consultora Savills que inclui 30 cidades mundiais, que incluem Barcelona, Amesterdão ou São Francisco.

Lisboa foi a cidade onde os preços das casas de luxo mais cresceram no primeiro semestre. Segundo um estudo realizado pela consultora Savills, que inclui cidades como Amesterdão, Barcelona ou Dubai, o valor dos imóveis do mercado residencial de luxo na capital portuguesa cresceu 4,2% entre janeiro e junho.

Segundo o estudo da Savills “Prime Residential World Cities”, o valor dos imóveis do mercado residencial prime em diversas cidades de todo o mundo manteve-se resiliente durante o primeiro semestre de 2024, com um crescimento médio de 0,8%, acima do crescimento de 0,6% previsto para o ano de 2024.

60% das trinta cidades analisadas registaram um crescimento do valor, revelando confiança nesta classe de ativos, sendo que a capital portuguesa se destaca, sendo a única cidade que registou uma subida de preços superior a 4%.

As cidades do Sul da Europa e do Médio Oriente destacam-se no top 5 deste índice. Amesterdão, Madrid e Atenas registaram aumentos de valor superiores a 3%, surgindo a seguir a Lisboa, e o Dubai completa o Top 5 com um crescimento de 2,9% nos primeiros seis meses do ano, mostra o estudo da Savills.

O estudo mostra ainda que sete cidades reportaram quedas de preços, inferiores a -1%, mas “os sólidos alicerces dos mercados residenciais prime, poderão permitir uma possibilidade de valorização no segundo semestre do ano nestas localizações”, refere o comunicado.

Apesar desta evolução positiva dos preços no mercado residencial de luxo, a consultora refere que “alguns compradores permanecem com alguma cautela enquanto se aguarda mais informação sobre as taxas de juro.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pacto de regime para a saúde? PS diz que depende das medidas e da política

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Para o PS, o privado deve "continuar a existir numa lógica de complementaridade" e que "qualquer política para o SNS tem que passar por reforçar o SNS e não desviar recursos públicos para o privado".

O PS considerou esta terça-feira que um pacto de regime para a saúde, conforme sugerido pelo Presidente da República, depende das medidas e das políticas que estejam em causa, recusando qualquer desvio dos recursos públicos do SNS para o privado.

Em declarações à Lusa após uma reunião com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Leiria – a quarta desde género que o Grupo Parlamentar do PS está a fazer em diferentes pontos do país para perceber as dificuldades da resposta do SNS – o deputado João Paulo Correia foi questionado sobre a ideia defendida na véspera por Marcelo Rebelo de Sousa de um pacto de regime para dar estabilidade e “continuidade política” ao setor da saúde.

Um pacto de regime para a saúde não pode ser respondido ‘sim’ só porque sim ou não só porque não”, começou por responder, enfatizando a ideia de que o “SNS é com certeza de superior interesse público”. Para o coordenador do Grupo Parlamentar do PS na comissão de Saúde, “a questão tem a ver com um pacto de regime sobre que medidas”, ou seja, de que políticas é que se está a falar para o futuro do Serviço Nacional de Saúde.

“Só depois de sabermos exatamente quais são as medidas que o Governo pretende como alternativas do plano de emergência é que é possível fazer considerações e comentários sobre isso”, remeteu. No entanto, segundo João Paulo Correia, “há um princípio inabalável para o PS de que qualquer nova medida, qualquer política para o SNS tem que passar por reforçar o SNS e não desviar recursos públicos para o privado”. Para o PS, o privado deve “continuar a existir numa lógica de complementaridade”.

“No início da semana passada o PSD do parlamento veio pedir unidade, dirigindo-se ao PS, nas soluções para o SNS. O PS respondeu dizendo que está sempre disponível para dialogar. Contudo, passados poucos dias o primeiro-ministro, o PSD do Governo, veio dizer que o que está em marcha é um plano de emergência e que vai continuar com todas as suas medidas”, referiu.

Segundo João Paulo Correia, é evidente “o falhanço do próprio plano de emergência, sobretudo face àquilo que foram as expectativas criadas por Luís Montenegro na campanha eleitoral e logo após a tomada de posse como primeiro-ministro”, quando prometeu que “resolveria as maiores dificuldades do SNS nos primeiros 60 dias”.

O PS fica a aguardar aquilo que são as medidas que o Governo quer apresentar como alternativas ao plano de emergência”, disse. O deputado socialista insistiu que “o plano de emergência falhou, não responde às dificuldades do SNS e também ele apresenta medidas de desvio de recursos públicos para o privado”.

“O PS sempre olhou para o privado na área da saúde numa lógica de complementaridade, mas a prioridade deve ser sempre o SNS. As medidas que vierem a ser apresentadas nunca se podem desviar desta lógica e deste princípio”, insistiu, sublinhando que “o PS luta pelo presente do SNS, mas luta também pelo seu futuro”.

Na segunda-feira, o Presidente da República defendeu um pacto de regime entre os maiores partidos na área da saúde, considerando que “é mesmo fundamental” existir estabilidade e “continuidade política” no futuro. “Pacto de regime no sentido de haver uma continuidade política. Isso era fundamental”, afirmou, em declarações à SIC-Notícias em Monte Gordo (Algarve), onde está a gozar um curto período de férias.

O chefe de Estado considerou depois que “haver uma estabilidade para o futuro é útil” e “no Serviço Nacional de Saúde é mesmo fundamental”. A proposta de um acordo de regime entre PSD e PS na saúde foi deixada no domingo à noite pelo comentador da SIC e antigo líder social-democrata, Luís Marques Mendes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas deixa comissário francês sozinho nos avisos a Elon Musk

  • + M
  • 13 Agosto 2024

Bruxelas parece ter tirado o tapete a Thierry Breton, com a Comissão Europeia a negar que a carta enviada a Elon Musk tenha tido a aprovação de Ursula von der Leyen ou dos outros comissários.

Bruxelas afastou-se do comissário francês Thierry Breton, que enviou uma carta a Elon Musk, onde recordava que o dono do X (ex-Twitter) tinha obrigações legais a cumprir. A carta foi enviada horas antes de o magnata ter entrevistado Donald Trump em direto na rede social.

Na carta, o comissário europeu diz que Musk tem a “obrigação legal” de garantir que “todas as medidas de mitigação proporcionais e eficazes sejam postas em prática em relação à amplificação de conteúdo prejudicial em conexão com eventos relevantes, incluindo transmissão ao vivo”.

Brenton acrescentou que o não cumprimento destas medidas pode “aumentar o perfil de risco da rede social X e gerar efeitos prejudiciais no discurso cívico e na segurança pública”.

No entanto, Bruxelas parece ter tirado o tapete a Breton, com a Comissão Europeia a negar que a carta tenha tido a aprovação da presidente Ursula von der Leyen. “O momento e a formulação da carta não foram coordenados nem acordados com a presidente nem com os [comissários]”, cita o Financial Times.

Segundo fontes próximas de Breton, o envio da carta já estava a ser planeado há algum tempo, pelo que a entrevista de Musk a Donald Trump funcionou como gatilho para o envio da missiva. A entrevista em direto, cuja transmissão estava agendada para as 01h00 portuguesas, acabou por começar com um atraso de 45 minutos.

Segundo Elon Musk, este atraso deveu-se a um “ataque cibernético maciço”, tendo a plataforma sido alvo de um ataque destinado a sobrecarregar os servidores da empresa e provocar uma interrupção. Eram mais de 300 mil os utilizadores que estavam inicialmente a tentar seguir em direto.

Por parte do ex-presidente e atual candidato presidencial norte-americano, ainda sobre a carta enviada por Breton, um porta-voz da campanha disse que “a União Europeia deveria cuidar da própria vida em vez de tentar interferir na eleição presidencial dos EUA”.

Esta não é a primeira vez que Thierry Breton se dirige e “ataca” Musk. Já em outubro, por exemplo, o dono do X viu-lhe ser dirigida uma “carta urgente” pelo comissário europeu Thierry Breton que disse ter indicações de que a plataforma estava a ser usada para disseminar na Europa “conteúdo ilegal” e desinformação sobre a guerra entre o Hamas e Israel.

Isto aconteceu já depois de o X (ainda como Twitter) ter abandonado o Código de Conduta em Matéria de Desinformação – um código voluntário promovido pela União Europeia – o que levou também o comissário europeu Thierry Breton a usar a sua própria rede social para avisar que a plataforma tinha obrigações legais de combater a desinformação.

“Podes correr, mas não te podes esconder”, escreveu o comissário, afirmando que além dos compromissos voluntários, o combate à desinformação iria passar a ser uma obrigação legal através da lei dos serviços digitais, que entrou em vigor entretanto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Attal propõe pacto político para alcançar “compromissos legislativos” em França

  • Lusa
  • 13 Agosto 2024

Em carta, o primeiro-ministro em funções apelou às forças que apelida de "esquerda republicana e direita republicana" para que "estejam à altura da ocasião".

O primeiro-ministro interino francês, Gabriel Attal, propôs à maioria dos grupos políticos da Assembleia Nacional “um pacto de ação para os franceses”, com vista a estabelecer “compromissos legislativos” no interesse comum.

A proposta de Gabriel Attal, que se demitiu após os maus resultados do seu partido (Renascimento, macronista) nas eleições legislativas antecipadas de julho – que não deram a maioria absoluta a nenhuma força política –, consta numa carta enviada aos líderes dos outros grupos com assento no parlamento francês, à exceção do partido de extrema-direita União Nacional (RN, na sigla em francês), e da França Insubmissa (LFI, esquerda radical), de acordo com a estação pública Franceinfo.

Na missiva, o primeiro-ministro em funções apelou às forças que apelida de “esquerda republicana e direita republicana” para que “estejam à altura da ocasião”, apresentando uma série de prioridades, entre as quais a consolidação das finanças públicas, o reforço da segurança, a defesa dos serviços públicos e o laicismo.

“Eu, juntamente com o meu grupo, estamos à vossa disposição para discutir estas prioridades”, escreveu Gabriel Attal aos líderes políticos, admitindo que será difícil “chegar a acordo sobre tudo”, mas apelando a que as habituais divergências sejam “ultrapassadas”.

Esta proposta surge no meio das negociações sobre a constituição do futuro governo, uma vez que os partidos aliados do Presidente francês, Emmanuel Macron, perderam a maioria e, em vez disso, o grupo com mais representantes na câmara baixa do parlamento é a coligação de esquerda Nova Frente Popular, da qual a LFI faz parte.

Em julho, o Presidente francês adiou qualquer debate sobre esta questão para depois dos Jogos Olímpicos de Paris em nome de uma trégua olímpica e agora, com o fim do evento desportivo no passado domingo, a lista de nomes de potenciais primeiros-ministros ressurgiu.

A esquerda foi a primeira a pressionar Macron para tomar uma decisão após o fim dos Jogos Olímpicos, tal como tentou fazer antes, sem sucesso, com a proposta de uma candidata a primeira-ministra, Lucie Castets, de 37 anos, funcionária sénior da Câmara Municipal de Paris que era desconhecida até há menos de um mês.

“Não deveria ser necessário fazer pressão, o simples respeito pelas instituições deveria levar Emmanuel Macron a nomear Lucie Castets”, afirmou a deputada da LFI, Danièle Obono. O atual ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, admitiu ao canal BFM TV que “seria absurdo” que o campo macronista tentasse “agarrar-se ao poder”, tendo em conta a aritmética parlamentar.

Relativamente à figura do líder conservador regional Xavier Bertrand, cujo nome aparece nas sondagens, Darmanin admitiu que tem “grandes qualidades” para liderar o governo. A nomeação do novo primeiro-ministro cabe ao Presidente francês, mas o aval final virá, em qualquer caso, da Assembleia Nacional francesa.

Segundo um membro do atual executivo, citado pelo jornal Le Fígaro, “não há qualquer hipótese de ser nomeado um novo primeiro-ministro esta semana”.

A agenda pública de Macron para os próximos dias sugere que não tenciona precipitar-se na escolha do próximo chefe de Governo, que terá de elaborar um orçamento antes do outono, para que possa ser aprovado por um parlamento caracterizado por uma fragmentação sem precedentes em França.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.