Fundo espanhol entra no capital do grupo Sanfil Medicina

O MCH Private Equity adquiriu uma posição minoritária na empresa de saúde, que conta com uma rede de hospitais e clínicas na região centro de Portugal.

Um mês depois de a Padaria Portuguesa passar para mãos espanholas, surge um novo investimento do país vizinho, desta vez no setor da saúde. O fundo espanhol de private equity MCH adquiriu uma participação minoritária no grupo português Global Health Company (GHC) – Sanfil Medicina, que tem três hospitais e seis clínicas em Coimbra, Leiria, Alcobaça, Cantanhede, Lousã e Pombal.

Esta é uma estreia dos investidores de Madrid na saúde em Portugal e escolheram a região centro para a entrada, de acordo com a informação avançada pelo jornal espanhol El Confidencial. A gestora de fundos, criada por Jaime Hernández Soto e José María Muñoz, juntou-se ao grupo BBT Investimentos, que até então era o único acionista da empresa de Coimbra.

A operação, cujo valor não foi mencionado, ainda está sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência. Segundo a mesma publicação, este investimento marca uma nova fase na expansão da empresa portuguesa, que tem em marcha um plano de crescimento, nomeadamente através da ampliação dos hospitais em Coimbra e Leiria e a construção de um novo em Beja, além de entrar noutras zonas do país.

Por exemplo, a nova unidade hospitalar de Leiria começou a ser construída no final de janeiro. Num único edifício (norte) composto por quatro pisos concentrar-se-á o bloco operatório, o espaço de internamento, o serviço de farmácia e aprovisionamento e os estacionamentos.

“Este projeto ambicioso visa melhorar e expandir os serviços de saúde oferecidos para responder à crescente procura da população local. Esta infraestrutura incorporará as mais recentes inovações tecnológicas, proporcionando um ambiente moderno e funcional para utentes e profissionais de saúde”, garante a Sanfil Medicina.

O GHC opera no ramo da saúde clínico-hospitalar através das marcas Sanfil Medicina, Diaton e Nefrovida. O seu modelo de negócio abrange desde cuidados hospitalares gerais a especialidades como radiologia, medicina nuclear (Diaton) e diálise (Nefrovida). O volume de negócios anual ronda os 67 milhões de euros, enquanto o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de oito milhões de euros.

O MCH Private Equity foi assessorado pela Garrigues (jurídico) e pela Clearwater (financeiro), sabe o ECO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Torres Vedras constrói variante de 18 milhões de euros entre a A8 e zona industrial

  • Lusa
  • 17 Junho 2025

A Câmara Municipal de Torres Vedras vai adjudicar a construção da variante de ligação da autoestrada A8 à área empresarial das Palhagueiras, com a primeira pedra a ser lançada em 27 de junho.

A Câmara Municipal de Torres Vedras decidiu nesta terça-feira adjudicar por 17,7 milhões de euros a construção da variante de ligação da autoestrada A8 à área empresarial das Palhagueiras, com a primeira pedra a ser lançada em 27 de junho.

A proposta de adjudicação à empresa Construções Pragosa por 16,7 milhões de euros, acrescido de IVA, o que perfaz 17,7 milhões, foi aprovada por unanimidade em reunião pública do executivo municipal.

O município do distrito de Lisboa vai repartir os encargos da empreitada por 2025 (9,5 milhões de euros) e 2026 (7,2 milhões).

A oposição na Câmara de Torres Vedras tem vindo a criticar a maioria socialista por atrasos no processo de construção da variante rodoviária, comprometendo o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, cujo calendário aponta para junho de 2026 a conclusão das obras que financia.

Em abril, o município aprovou um empréstimo de médio e longo prazo de 14,5 milhões de euros, a 20 anos.

A autarquia justificou o recurso ao crédito bancário tendo em conta que “a estimativa de investimento é superior ao valor do financiamento contratualizado” no PRR.

O empréstimo pode vir a contar para a capacidade de endividamento se a autarquia não cumprir os prazos e perder o financiamento do PRR, o que implicaria recorrer a novo empréstimo bancário para conseguir concluir a empreitada.

O município estima que o investimento possa ultrapassar os 21 milhões de euros, já que aos quase 18 milhoes da execução da empreitada, juntam-se 1,3 milhões de euros na revisão de preços e 1,8 milhões em expropriações — em dezembro, o município aprovou o projeto da variante e declarou a utilidade pública de 58 parcelas de terreno, numa extensão de cerca de 40 hectares, necessárias à construção da variante rodoviária.

A variante vai permitir melhorar as acessibilidades para quem reside e trabalha na freguesia de A-dos-Cunhados e Maceira, onde se localiza a maioria das centrais hortofrutícolas do concelho, um importante abastecedor do país e do mercado da exportação.

Em setembro, a APA autorizou a construção sem avaliação ambiental.

Em janeiro de 2023, o município obteve financiamento do PRR para o projeto, tendo a comparticipação aumentado dos iniciais 7 milhões de euros para 11,6 milhões.

Em 2022, foi aprovado o seu traçado, com uma extensão de seis quilómetros e duas faixas em cada sentido, o que vai permitir desviar muitos veículos da vila de A-dos-Cunhados.

O município está também a planear prolongar a variante até Santa Cruz.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apenas 10% dos portugueses dizem pagar por notícias online

  • + M e Lusa
  • 17 Junho 2025

A franja de 10% de portugueses que afirmam pagar por notícias online espelha uma diferença negativa de oito pontos percentuais face à média global. Potencial de expansão também parece limitado.

Portugal surge na cauda da Europa no que dizem respeito a pagar por notícias online. “Portugal continua a apresentar uma das taxas mais baixas de pagamento por notícias em formato digital entre os 48 países analisados no Reuters Institute Digital News Report 2025, com apenas 10% dos portugueses a afirmarem ter pago por notícias online no ano anterior — uma quebra de 2 pontos percentuais face a 2024″, aponta-se no relatório.

Esta tendência “confirma o cenário de estagnação observado nos últimos anos, em linha com o que se verifica também em vários mercados europeus, incluindo países tradicionalmente mais fortes em subscrição digital, como a Suécia ou a Noruega”, lê-se ainda.

A franja de 10% de portugueses que afirmam ter pago por notícias online espelha uma diferença negativa de oito pontos percentuais face à média global de 18%, ligeiramente acima de 2024 (+1 pp.), com a Suíça a destacar-se como uma das poucas exceções a esta tendência de estagnação, ao registar um crescimento expressivo (+5 pp.)”.

Em Portugal, um terço opta pela opção de subscrição contínua de notícias digitais, “embora tenha aumentado a proporção daqueles que acedem a notícias através de serviços que incluem este conteúdo de forma indireta (33%)“. O pagamento por pacotes combinados de impresso e digital também cresceu (23%), assim como o pagamento isolado por artigo ou edição (20%).

“A doação para apoiar marcas ou serviços jornalísticos mantém expressão residual (10%), embora tenha aumentado ligeiramente”, refere o relatório. Mais de dois terços (70%) dos que pagam por notícias digitais “mantêm esse compromisso de forma contínua, o que sugere fidelização entre a base de subscritores existentes”.

Contudo, o potencial de expansão continua limitado: “66% dos não pagantes afirmam não ter interesse em qualquer das condições propostas para virem a pagar por notícias online, o que reforça a persistência de barreiras culturais e económicas à monetização digital de notícias em Portugal”.

O Expresso e Público “destacam-se como as marcas que os portugueses mais subscrevem de forma regular (Expresso de forma acentuada, com 39% face aos 26% do Público), seguindo-se o Observador (19%) e Correio da Manhã (18%)”, refere o DNRPT25, sendo que este indicador não pretende ser uma fonte fiável sobre o desempenho na circulação digital paga.

Televisão mantém-se como a principal fonte de acesso a notícias em Portugal

A televisão continua também, segundo o relatório deste ano, a ser a “principal fonte de acesso a notícias em Portugal, sendo utilizada por 67% dos portugueses e assumindo-se como a principal via de acesso para 53% da população“. Portugal, aliás, destaca-se na utilização da televisão como principal fonte de notícias, ficando apenas atrás do Japão.

E apesar de a internet igualar a televisão em termos de utilização geral (67%), “apenas 19% a apontam como fonte principal, confirmando a persistência da hegemonia da televisão, sobretudo entre os mais velhos“.

nos jovens entre os 18 e 24 anos regista-se uma propensão para o digital: mais de quarto (26%) privilegia a Internet (sem redes sociais) e 24% as redes sociais como vias principais de acesso a notícias.

A rádio e a imprensa “mantêm papéis mais marginais (7% e 4%, respetivamente), enquanto os podcasts e os chatbots de IA [inteligência artificial), introduzidos pela primeira vez na medição em 2025, revelam uma utilização residual como fonte principal (1% cada), apesar de 6% e 4% dizerem ter usado estas opções na semana anterior, respetivamente”.

Os motores de busca (28%) lideram como porta de entrada para as notícias, seguidos pelo acesso direto a sites (19%) e pelas redes sociais (20%), “um padrão que contrasta com o cenário global, onde as redes sociais lideram”.

Por sua vez, o consumo de notícias locais e regionais em Portugal este ano “confirma a relevância deste segmento para uma parte significativa da audiência”, com algumas diferenças marcantes entre perfis sociodemográficos.

No geral, “38% dos portugueses dizem ter interesse por notícias locais e regionais, com maior prevalência entre homens, pessoas mais velhas, com rendimentos mais altos, maior escolaridade e com posicionamento político declarado”. Entre os temas mais procurados estão a cultura local (38%), informações sobre serviços locais (35%) e notícias locais (34%).

Estes dados revelam que, “apesar da atenção que o crime ou a política local possam atrair, os conteúdos mais procurados estão associados à vida cultural, à utilidade prática e ao quotidiano das comunidades”, seguida da política local/administração (27%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confiança nas notícias atinge valor mais baixo em 10 anos

  • Lusa e + M
  • 17 Junho 2025

Pouco mais de metade dos portugueses diz confiar em notícias na maioria das vezes. Mesmo assim, Portugal está entre os países onde se regista maior confiança, ocupando o 7º lugar entre 48 mercados.

A confiança nas notícias em Portugal atingiu o seu valor mais baixo em 10 anos — desde o início do Digital News Report Portugal –, com pouco mais de metade (54%) dos portugueses a declarar confiar em notícias na maioria das vezes.

Regista-se assim uma descida de dois pontos percentuais face a 2024 e de 10 pontos percentuais face a 2015, mas mesmo assim Portugal mantém-se entre os países onde se regista maior confiança, segundo o Digital News Report Portugal 2025 (DNRPT25) divulgadoesta terça-feira.

Apesar desta quebra, Portugal mantém-se entre os países onde se regista maior confiança, ocupando o sétimo lugar entre 48 mercados analisados, destacando-se sobretudo pela confiança líquida, é dos países onde a proporção de pessoas que confia em notícias é maior por comparação com a de pessoas que não confiam em notícias”, refere o relatório que inquiriu cerca de 97 mil indivíduos utilizadores de internet de 48 países. Em Portugal foram inquiridos 2.012 indivíduos.

Numa análise sociodemográfica, “os mais velhos, pessoas com rendimentos e escolaridade mais altos, e os portugueses de orientação política à esquerda e ao centro são os que mais confiam em notícias”, refere o estudo. Inversamente, “os mais jovens (25-44 anos), os de escolaridade e rendimento mais baixos e os politicamente indefinidos são os segmentos que apresentam menor confiança”.

Quanto à relação com as notícias, metade dos portugueses afirma este ano ter interesse por notícias, “mantendo-se este indicador praticamente inalterado face a 2024 e consolidando a estabilização registada nos últimos três anos, após a acentuada quebra verificada em 2022”.

Os mais velhos, os indivíduos com maior escolaridade, rendimentos mais elevados e aqueles com orientação política declarada são os que manifestam um maior interesse por notícias. Nos indivíduos com mais de 65 anos o interesse ascende a 62%, o que compara com os 39% para a faixa etária entre os 18 e os 24 anos.

“O interesse é também superior entre os homens face às mulheres e bastante menor entre os politicamente indecisos ou indefinidos”, refere o relatório, que afirma que a política e a confiança em notícias “continuam a ser fatores preditores centrais do interesse por notícias”.

Estes grupos “revelam ainda comportamentos distintos: recorrem mais a fontes diretas para aceder a notícias, utilizam com maior frequência verificadores de factos e estão mais preocupados com a desinformação ‘online'”.

Portugueses recorrem a media de confiança e fontes oficiais para verificar informação

A maioria dos portugueses recorre a marcas de notícias da sua confiança e fontes oficiais e uma minoria consulta mais de três fontes diferentes para confirmar informações suspeitas, com os jovens a diversificar mais as suas fontes.

De acordo com o relatório, a verificação de factos continua a ser uma “prática relevante” entre os portugueses este ano, “mas marcada por forte heterogeneidade nos recursos utilizados e pelas características sociodemográficas dos utilizadores“.

A maioria “recorre sobretudo a marcas de notícias da sua confiança (38%) e a fontes oficiais (38%), como ‘sites’ institucionais, seguidas dos motores de busca (35%) e dos verificadores de factos independentes”, como é o caso do Polígrafo (22%), e “uma minoria consulta mais de três fontes diferentes para confirmar informações suspeitas”.

Segundo o relatório, “as respostas evidenciam que os jovens (18-24 anos) tendem a diversificar mais as suas fontes, recorrendo com maior frequência a redes sociais, comentários de outros utilizadores e ‘chatbots’ de inteligência artificial (20% face a 10% da média geral)”.

Os públicos com mais rendimento e escolaridade têm “maior propensão para recorrer a marcas em que confiam e fontes oficiais”. Os homens mais velhos (55+) “recorrem mais a fontes institucionais e a marcas de confiança do que as mulheres da mesma idade e os ‘chatbots’ de IA para verificação são mais utilizados” por jovens (18-24 anos) do género masculino (25%) e feminino (15%).

Tal como no ano passado, “em 2025 o ranking da confiança em marcas de notícias continua a ser liderado pela RTP, com 75% dos portugueses a afirmarem confiar na sua informação, registando uma queda homóloga de quatro pontos percentuais, seguida do Jornal de Notícias (74%), Expresso (73%), SIC (73%), Rádio Comercial (72%), Público (71%) e Rádio Renascença (70%).

A Lusa soma a confiança de 69% dos portugueses, sendo que, “como agência noticiosa, não tende a chegar junto dos consumidores de forma direta, mas por intermédio da utilização da sua produção noticiosa por outras marcas de media”. A TSF, com 69%, e a RDP Antena 1, com 68%, completam o top 10.

Existe uma “tendência preocupante que abrange praticamente todas as marcas de notícias em estudo: a confiança nas marcas está a cair de forma generalizada, com três exceções”, o Correio da Manhã, Observador e Notícias ao Minuto são desde 2018, ano em que se deu início à utilização deste indicador, “as únicas marcas de notícias que aumentam e melhoram a sua situação em termos de confiança atribuída pelos portugueses”.

Portugal entre os países mais preocupados com desinformação na Internet

Portugal continua entre os países mais preocupados com a desinformação na Internet, com 71% dos portugueses a manifestarem preocupação com o fenómeno, nomeadamente com influenciadores e políticos, refere também o relatório.

“Em 2025, 71% dos portugueses afirmam estar preocupados com a desinformação e com o que é real ou falso na Internet, um nível de preocupação superior à média global (58%) e que coloca Portugal entre os países mais preocupados com este fenómeno”, destaca o relatório.

O nível de preocupação com a desinformação “mantém-se praticamente inalterado face a anos anteriores” e é “particularmente elevado entre os mais velhos, os mais escolarizados, os que têm rendimentos mais altos e os que possuem uma orientação política definida”.

A relação entre confiança em notícias e preocupação com desinformação “também se mantém consistente: quem confia em notícias tende a demonstrar níveis mais elevados de preocupação (79%) face a quem não confia (74%)”, lê-se no documento.

No que respeita às principais ameaças em termos de desinformação, “os portugueses apontam sobretudo os influencers e personalidades online (51%) e os políticos nacionais (44%), seguidos de governos ou atores estrangeiros e ativistas (ambos com 39%)”.

Em termos de preocupação com as redes sociais como veículo de desinformação, esta “mantém-se elevada, destacando-se o Facebook (56%) e o TikTok (55%) como as plataformas mais associadas a esse risco”.

Tendência para evitar notícias mantém-se em Portugal e mulheres lideram

A tendência para evitar notícias de forma frequente ou ocasional também se mantém em Portugal, embora com um ligeiro decréscimo face a 2024. Mais de um terço (35%) dos portugueses “afirmam evitar notícias de forma frequente ou ocasional, um ligeiro decréscimo face a 2024 (37%), mas confirmando a tendência crescente de evitar notícias observada na última década (70% evitam independentemente da frequência)”, refere o relatório.

A tendência de evitar notícias “é mais comum entre as mulheres, pessoas com escolaridade baixa ou média e quem aufere baixos rendimentos”, lê-se no documento. O cansaço com a quantidade de notícias (39%), a saturação com temas de guerra e conflitos (38%) e o impacto negativo no humor (32%) estão entre as razões apontadas para o evitar ativo de notícias.

“Estas razões variam consoante género e idade: as mulheres e os mais velhos referem mais frequentemente o cansaço e o impacto emocional, enquanto os mais jovens destacam a falta de relevância das notícias, a perceção de polarização, a sensação de impotência e a dificuldade em acompanhar os conteúdos”, aponta.

 

O tema da guerra, nomeadamente o conflito na Ucrânia, “continua a ser uma das principais fontes de saturação informativa”, segundo do DNRPT25. “A fadiga perante este tema é mais acentuada na Europa (com Portugal a situar-se acima da média europeia e global), o que reflete o efeito da proximidade geográfica na perceção e no consumo noticioso”, destaca o documento.

Em termos globais, quatro em cada 10 (40%) pessoas afirmam que “às vezes ou muitas vezes evitam as notícias – acima dos 29% em 2017 –, este é o valor mais elevado que alguma foi registado no âmbito do DNR”.

Muitos dos que evitam (39%) “dizem que as notícias têm um efeito negativo no seu humor, enquanto outros (31%) dizem que se sentem esgotados pela quantidade de notícias ou pensam que há demasiada cobertura de guerras e conflitos (30%) ou política nacional (29%)”.

Globalmente, a confiança global nas notícias (40%) manteve-se pelo terceiro ano consecutivo, apesar de ainda ser quatro pontos mais baixa do que no auge da pandemia.

“A Finlândia e a Nigéria registam os níveis mais elevados de confiança global (67% e 68%, respetivamente), enquanto a Grécia (22%) e a Hungria (22%) registam os níveis mais baixos”, segundo o estudo.

“Os inquiridos são claros quanto ao facto de a melhor forma das organizações noticiosas aumentarem a confiança seria aumentar a exatidão, a transparência e o jornalismo original, reduzindo simultaneamente o que muitos consideram ser uma cobertura tendenciosa”, refere o relatório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prazo limite para último pedido de pagamento do PDR 2020 alargado para 30 de setembro

  • Lusa
  • 17 Junho 2025

Governo alargou até 30 de setembro o prazo limite para entrega do último pedido de pagamento no âmbito de várias medidas do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020).

O Governo alargou até 30 de setembro o prazo limite para entrega do último pedido de pagamento no âmbito de várias medidas do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), que se encontra em fase de encerramento.

De acordo com a portaria n.º 261/2025/1, publicada esta terça-feira em Diário da República (DR), os prazos de execução física e financeira dos projetos apresentados no âmbito de algumas medidas PDR 2020 têm vindo a ser prorrogados pela autoridade de gestão do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) no continente, “visando flexibilizar a execução, pelos particulares, dos projetos aprovados”.

Uma vez que, relativamente a algumas medidas do PDR 2020, a legislação específica prevê, para o ano de encerramento do programa, a exigência de apresentação do último pedido de pagamento até seis meses antes da data de encerramento, torna-se necessário alterar este prazo para três meses, “de forma a acompanhar o novo quadro temporal criado com as referidas prorrogações”.

Assim, o novo prazo de 30 de setembro abrange os últimos pedidos de pagamento no âmbito da ação n.º 1.0.1, “Grupos operacionais”, da medida n.º 1, “Inovação”, do apoio n.º 2.1.4, “Ações de informação”, inserido na ação n.º 2.1, “Capacitação e divulgação”, da medida n.º 2, “Conhecimento”, da ação n.º 5.1, “Criação de agrupamentos e organizações de produtores”, e da ação n.º 5.2, “Organizações interprofissionais”, da medida n.º 5, “Organização da produção”.

Igualmente abrangidos estão os pedidos no âmbito do apoio 6.2.1, “Prevenção de calamidades e catástrofes naturais”, da medida n.º 6, “Gestão do risco e restabelecimento do potencial produtivo”, à operação 7.8.5, “Conservação e melhoramento de recursos genéticos florestais”, da medida n.º 7, “Agricultura e recursos naturais”, e à operação 8.1.1 “Florestação de terras agrícolas e não agrícolas”, da medida 8, “Proteção e reabilitação dos povoamentos florestais”.

De forma a acomodar o novo prazo, são ainda alteradas as portarias relativas à ação n.º 10.2, “Implementação das estratégias”, à ação 10.3, “Atividades de cooperação dos GAL” e à ação n.º 10.4, “Funcionamento e animação”, da medida 10 “LEADER”.

Por fim, procede-se à alteração do prazo limite no âmbito da operação 20.2.4, “Observação da Agricultura e dos Territórios Rurais”, da medida “Assistência Técnica”.

Emitida pelo Ministério da Agricultura e Mar, a portaria publicada esta terça-feira entra em vigor na quarta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Municípios prometem entregar 13.429 casas do PRR até final de junho

"Havia muitos constrangimentos no IHRU", disse Luís Montenegro. "Esse foi o motivo do atraso, não foi apenas a falta de capacidade de execução. É o Estado a criar um problema a si próprio", atirou.

O primeiro-ministro Luís Montenegro reconheceu que “a execução dos 26 mil fogos” financiada com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “tem sido difícil”. No debate de apresentação do Programa de Governo esta terça-feira, disse que a execução “está agora a aumentar”, situando-se nos 27%. “Até ao final do mês de junho 13.429 habitações estão prontas”, revelou.

No setor público a taxa de execução está agora a aumentar. A taxa de execução, no universo das 26 mil casas, está nos 27% e segundo informação que os municípios transmitiram, até ao final do mês de junho 13.429 habitações estão prontas nesse programa”, disse Luís Montenegro em resposta à agora deputada única do Bloco de Esquerda (BE) Mariana Mortágua, fazendo questão de dizer que os eleitores não aprovaram o programa do BE para a habitação. Recorde-se que a campanha do Bloco assentou muito na defesa da introdução de mecanismos de controlo nas rendas.

Sublinhando que o Executivo ainda tem “capacidade para estimular a construção no setor público e no setor privado”, Luís Montenegro recordou que o Executivo agilizou “os procedimentos para que pudessem ser lançadas as obras”.

Segundo o IHRU, em abril “estavam contratados com os municípios 1.386 projetos, que no conjunto perfazem 21.162 fogos”, sendo que 1.950 já foram entregues às famílias.

“Havia muitos constrangimentos no IHRU a esse propósito”, frisou. “Esse foi o motivo do atraso, não foi apenas a falta de capacidade de execução. Foi também um dos bloqueios administrativos e burocráticos criados no Estado por um serviço público para executar uma política pública. É o Estado a criar um problema a si próprio”, atirou.

Apesar da reprogramação da bazuca europeia, o Executivo manteve o objetivo de entregar 26 mil casas às famílias até junho de 2026. Segundo informação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), em abril “estavam contratados com os municípios 1.386 projetos, que no conjunto perfazem 21.162 fogos”, sendo que 1.950 já foram entregues às famílias. Mas a estes projetos contratados é preciso somar mais 138 projetos aprovados, que representam 1.218 fogos, mas que ainda não têm o contrato assinado.

O Governo criou um mecanismo especial de entrada e saída de projetos no financiamento PRR, consoante a maturidade e o respetivo prazo de finalização que garante o financiamento a 100% das casas que fiquem prontas até junho de 2026 e que permitam ao Executivo cumprir a meta das 26 mil casas entregues às famílias.

No limite, este mecanismo vai permitir a construção/reabilitação de 59 mil casas, mas as que ultrapassam o limite de junho de 2026 terão apenas um financiamento de 60% assegurado pelo Orçamento do Estado e/ou um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI). Esta meta de 59 mil casas tem como limite temporal 2030.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sérgio Figueiredo regressa ao jornalismo. ‘Conta Lá’ quer juntar televisão, digital e eventos

Sérgio Figueiredo propõe-se "Contar Portugal" através de um projeto que junta televisão, digital e eventos. Luís Santos e Luís Fernandes, donos da New Anderthal, são os acionistas de referência.

O antigo diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, está a preparar o lançamento de um novo projeto de media, para “transformar a forma como se consome media regional, rural e turístico”. Chama-se ‘Conta Lá’ — ainda nome de trabalho –, é um projeto que vai juntar televisão, plataforma OTT com personalização assistida por IA, eventos presenciais e uma rede editorial e tecnológica unificada. “Não é apenas um canal, é uma plataforma feita para aproximar, dar palco e iluminar o que tantas vezes fica fora do radar mediático. Nasce das pessoas. E para as pessoas”, descreve fonte oficial do ‘Conta Lá’ ao ECO/+M.

Sérgio Figueiredo foi diretor do Diário Económico e Jornal de Negócios, diretor de informação da TVI, esteve, depois, a um passo de ser consultor de Fernando Medina nas Finanças, mas acabou por renunciar, e é agora o CEO e promotor do projeto. A este junta-se, como chief operating officer, Maurício Ribeiro, produtor e fundador da MauMauMia, produtora que será responsável pela criação de conteúdos originais para os diferentes canais. “Sérgio Figueiredo e Maurício Portugal Ribeiro lideram o projeto com o objetivo de transformar a forma de criar, distribuir comunicação em Portugal, promovendo conteúdos relevantes e localizados, sustentados por tecnologia emergente”, descreve a mesma fonte.

Os empresários Luís Santos e Luís Fernandes, donos da holding New Anderthal, grupo de consultoria de TI, são dois dos acionistas de referência e entram no Conta Lá através de holdings pessoais. “Está em curso a entrada de novos acionistas, com forte ligação a áreas-chave do projeto como o setor rural e inovação tecnológica. Esta abertura à participação especializada procura reforçar o compromisso do Conta Lá com a coesão territorial, a sustentabilidade do modelo e o impacto real no país”, adiantam ao ECO/+M. O volume de investimento envolvido no lançamento do projeto não foi revelado.

Quanto ao modelo de negócio, a viabilização assenta numa lógica híbrida, combinando parcerias com stakeholders locais, monetização de conteúdos, publicidade segmentada e subscrições. “O projeto foi desenhado com um modelo de negócio sólido, assente em eficiência tecnológica, diversificação de receitas e impacto territorial real. A aposta estratégica com base tecnológica permite escalar a operação com custo marginal reduzido. Produzir com autonomia, segmentar com precisão e distribuir com mais alcance é um modelo inovador e sustentável”, acredita a mesma fonte.

Rita Ferro Rodrigues, Paulo Salvador, Sérgio Figueiredo, Maurício ribeiro e Luís Mira (Confederação dos Agricultores de Portugal), durante a Feira de Agricultura de Portugal

Com uma emissão experimental na Meo, Nos e Vodafone durante quatro dias na Feira Nacional da Agricultura, que decorreu na última semana no Ribatejo, o projeto que quer “Contar Portugal” tem como rostos iniciais Paulo Salvador, Rita Ferro Rodrigues, Marcos Pinto e Luís Varela de Almeida. “A Conta Lá aposta numa equipa clean, descentralizada e altamente tecnológica. Privilegiamos talento especializado, agilidade e ligação com o território”, avança, sem detalhar mais pormenores a mesma fonte.

A data de arranque oficial, que decorrerá ainda este ano, não está fechada. “O calendário de arranque está alinhado com o plano de desenvolvimento da plataforma e com a consolidação das parcerias operacionais. O objetivo é garantir que o lançamento aconteça com a robustez tecnológica, editorial e logística necessária para cumprir a ambição do projeto”, descreve, adiantando que as conversações com as operadoras estão em curso, “com o propósito claro de assegurar uma presença destacada e acessível nas grelhas de televisão”. Esta será “complementada por uma forte distribuição digital”. “O projeto chegará ao público quando estiver pronto para cumprir plenamente a sua missão: dar voz ao país, com escala e qualidade”, resume.

No manifesto inicial, o ‘Conta Lá’ escreve que pretende “transformar a forma como se consome media regional, rural e turístico”. Mas, na prática, de que forma? “Queremos substituir o modelo tradicional — centralizado, massificado e desconectado com o território — por um ecossistema inteligente, personalizado e multicanal, onde cada utilizador tem acesso a conteúdos relevantes para a sua região, os seus interesses e a sua vivência. Através da distribuição simultânea em canais de televisão e plataformas digitais, vamos unir o impacto da TV linear ao potencial das novas comunidades digitais. A nossa proposta é “escrever uma vez e publicar em todo o lado”, com conteúdos adaptados automaticamente a cada canal, dispositivo e contexto de consumo”, pormenoriza nas respostas enviadas por escrito ao ECO/+M.

“Esta transformação é possível impulsionada por inteligência artificial, capaz de personalizar experiências, gerar conteúdos em múltiplos formatos, automatizar metadados e permitir segmentação com base em comportamento real. Se juntarmos a produção local feita em todos os territórios, criamos um modelo escalável, eficiente e comprometido com todo o país. Em vez de um media que “fala para todos da mesma forma”, vamos oferecer uma nova forma de ver Portugal — mais próxima, mais justa e mais envolvente”, prossegue.

Em resumo, “o projeto será a nova voz do país real, uma plataforma para ouvir Portugal por inteiro e dar-lhe palco com inteligência, emoção e impacto. Destina-se a todos os que constroem Portugal — no interior ou na diáspora — e nasce para transformar a forma como comunicamos enquanto nação”, prometem os promotores deste projeto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Critical Software e Airbus vão criar empresa para desenvolver aplicações aeroespaciais

Nova entidade está sujeita à aprovação dos reguladores. Tecnológica nacional irá contribuir para o desenvolvimento de aplicações aeroespaciais para a gigante aeronáutica francesa.

Da esquerda para a direita, João Carreira, CEO da Critical Software, e Nathalie Hellard-Lambic, head of Airbus para Portugal.

A portuguesa Critical Software e a francesa Airbus fecharam um acordo para a criação de uma nova “entidade conjunta” dedicada ao desenvolvimento de software embebido para aplicações aeroespaciais. A nova estrutura está sujeita à “avaliação adicional e a aprovação por parte das autoridades reguladoras”.

“É com orgulho que anunciamos um novo capítulo na nossa colaboração com a Airbus – uma parceria que reflete a ambição partilhada de moldar o futuro do software aeroespacial. Ao combinar a nossa experiência em sistemas embebidos e críticos com a liderança da Airbus, queremos impulsionar a inovação onde a segurança e a fiabilidade são essenciais. Juntos, reafirmamos o compromisso com a construção de um mundo mais seguro, avançado e sustentável”, diz João Carreira, CEO da Critical Software, citado em comunicado.

A tecnológica nacional mantém há 15 anos uma ligação com a companhia francesa, com este novo acordo irá fornecer o seu conhecimento no desenvolvimento de software e sistemas para projetos aeroespaciais, como, por exemplo, o desenvolvimento de aplicações de gestão de cabine.

“Esta parceria pretende combinar as competências de ambas as empresas na arquitetura e oferta de software crítico e certificado no que diz respeito à segurança, e abrangendo domínios como os sistemas de aviónica, sistemas de cabine e soluções de conectividade, tanto para as aeronaves atuais como para as futuras”, pode ler-se em comunicado.

O acordo prevê a criação de uma entidade conjunta, cujos detalhes ainda não são conhecidos e está sujeita ainda a aprovação dos reguladores. Na área automóvel, recorde-se, a tecnológica nacional tem, desde 2018, uma joint venture com a BMW, a Critical TechWorks.

“Num contexto em que o software embebido assume um papel cada vez mais central para os nossos produtos, garantir as competências e a capacidade certas torna-se fundamental. Esta iniciativa reflete a nossa intenção de construir capacidades robustas e duradouras num domínio altamente especializado, contando com a expertise de classe mundial de parceiros como a Critical Software”, afirma Sabine Klauke, Chief Technology Officer da Airbus, citado em comunicado.

Parceria “reforça o compromisso da Airbus com Portugal”, país onde a companhia francesa está há mais de 50 anos, criando mais de 1.500 postos de trabalho diretos e cerca de 6.000 indiretos através da sua rede de parceiros. No país, além da fábrica Airbus Atlantic em Santo Tirso, a companhia francesa tem ainda um hub de serviços partilhados (Airbus GBS). As duas empresas têm desde o início de junho a mesma liderança: Nathalie Hellard-Lambic.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Unicórnio Sword Health levanta 35 milhões de euros e avança com solução IA para saúde mental

A unicórnio nacional está ainda a "explorar ativamente oportunidades de M&A". Nova injeção de capital chuta para cerca de 3,5 mil milhões a avaliação da health tech liderada por Virgílio Bento.

Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health

A Sword Health levantou 40 milhões de dólares (cerca de 35 milhões de euros), elevando para 4 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) a sua avaliação. Depois de usar a inteligência artificial para cuidados de fisioterapia e saúde pélvica, a ‘unicórnio’ nacional avança agora para cuidados na área de saúde mental e está a “explorar ativamente oportunidades de M&A”.

“Tratar mais de meio milhão de pessoas e poupar aos nossos clientes perto de mil milhões de dólares em custos de saúde desnecessários provou que o modelo pioneiro de AI Care da Sword é o futuro dos cuidados de saúde”, diz Virgílio Bento.

“Este investimento é um marco que nos permite aprofundar a investigação em IA de base e acelerar a nossa expansão para novas áreas, como a saúde mental — um setor ainda dominado por modelos ineficazes e pouco escaláveis —, assegurando cuidados verdadeiramente transformadores aos milhões de pessoas em todo o mundo que enfrentam desafios de saúde mental, tal como já fizemos com milhões de pacientes que sofriam de dor física”, diz o fundador e CEO da Sword Health, citado em comunicado.

Liderada pela General Catalyst, esta nova ronda contou com a participação da Khosla Ventures, Comcast Ventures e dos fundos de investimento nacionais Lince Capital, Oxy Capital, Armilar, Indico Capital e Shilling, elevando para 4 mil milhões de dólares a avaliação da unicórnio nacional.

Este investimento é um marco que nos permite aprofundar a investigação em IA de base e acelerar a nossa expansão para novas áreas, como a saúde mental — um setor ainda dominado por modelos ineficazes e pouco escaláveis.

Virgílio Bento

CEO da Sword Health

A injeção de capital tem como objetivo “acelerar a estratégia de fusões e aquisições da Sword, apoiar a expansão global e reforçar o desenvolvimento contínuo de modelos de IA em todas as principais áreas dos cuidados de saúde”.

Entrada na saúde mental

Com esta ronda, a health tech anuncia a entrada noutra área de cuidados de saúde: a saúde mental, através da “Mind”, solução que combina inteligência artificial (IA) e especialistas clínicos.

“Neste momento, estamos focados em, tal como já fizemos com o tratamento da dor física, reinventar os cuidados de saúde mental. De momento, o Mind está disponível nos EUA, o nosso principal mercado. Tal como acontece nas outras soluções disponíveis, queremos explorar novos mercados brevemente“, adianta fonte oficial da Sword Health ao ECO, quando questionado sobre os objetivos de negócio para este novo serviço que pretende dar uma resposta a um mercado potencial de milhões de pessoas.

Só nos EUA, país onde o serviço arranca, mais de 60 milhões de adultos sofreram com algum tipo de doença mental no último ano, mas a maioria não recebeu acompanhamento, segundo dados partilhados pela empresa. Globalmente, cerca de mil milhões de pessoas vivem com uma condição de saúde mental.

A solução, assente em IA, “tal como acontece com as restantes soluções da plataforma de AI Care da Sword, o Mind funciona com o mesmo modelo B2B2C“, precisa a mesma fonte oficial. Ou seja, é um serviço ‘comprado’ por empresas, que depois o disponibiliza aos colaboradores.

O serviço junta-se aos cuidados de saúde de fisioterapia e de saúde pélvica, através da Bloom, já prestados pela empresa que tem como objetivo reforçar com novos serviços. Quais, não adianta. “Continuamos a reforçar o investimento em R&D e em novas soluções de saúde, que anunciaremos em breve”, diz apenas.

Nem adianta se será por via de M&A, um dos focos da companhia. “Estamos a explorar ativamente oportunidades de M&A. A mais recente ocorreu no Reino Unido, com a aquisição da Surgery Hero”, afirma fonte oficial da empresa, sem detalhar se a unicórnio já tem empresas-alvo identificadas.

Com a compra em janeiro da britânica Surgery Hero, uma espécie de clínica digital para a preparação para intervenções cirúrgicas, a Sword Health passou a colaborar com 18 entidades do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), que dão assistência a cerca de 10 milhões de pessoas, adiantou a empresa nessa altura.

Neste mercado, a Sword anunciou mais recentemente uma parceria com o Guy’s and St Thomas’ NHS Foundation Trust (unidade organizacional hospitalar dentro do NHS), cobrindo mais de 1,3 milhões pessoas, no projeto PATH, em colaboração com a General Catalyst (que liderou a mais recente ronda), a NVIDIA e a Hippocratic AI.

“Como parte do plano de crescimento da Sword, [globalmente] estamos à procura de mais de 130 novos profissionais, entre os quais mais de 100 em Portugal. A Sword Health conta atualmente com mais de 1.000 colaboradores a nível global, dos quais cerca de metade estão localizados em Portugal”, diz ainda fonte oficial quando questionada sobre eventuais reforços de equipa.

A Sword Health conta com mais de 500.000 pacientes em três continentes e 6,5 milhões de sessões de IA realizadas desde 2020, segundo os dados partilhados pela health tech. Com 40 estudos clínicos e mais de 40 patentes, já recebeu mais de 300 milhões de dólares de investidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PRR com execução aquém do esperado, desperta alerta do Conselho de Finanças Públicas

A execução do PRR, em 2024 totalizou, 2.501 milhões de euros, o que "corresponde a uma taxa de execução de 45% face ao previsto no OE/2024", alerta o Conselho de Finanças Públicas.

O comportamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) merece uma avaliação negativa dos técnicos do Conselho das Finanças Públicas (CFP), porque continua a dececionar na sua execução. Num relatório publicado esta terça-feira de análise à evolução orçamental das Administrações Públicas em 2024, o CFP constata que “decorrido mais de metade do prazo previsto para a implementação do PRR, três quartos do plano não tem execução orçamental”. Até ao fim de 2024, foram executados apenas 5.457 milhões de euros (24,6% do total do plano de 22,2 mil milhões).

A execução em 2024 totalizou 2.501 milhões de euros, o que “corresponde a uma taxa de execução de 45% face ao previsto no Orçamento de Estado para 2024 [se considerada apenas a despesa com impacto na conta das Administrações Públicas], determinada pelos desvios significativos na FBCF [Formação Bruta de Capital Fixo] e despesa corrente primária”, refere o CFP.

“Não obstante, em 2024, a utilização de empréstimos que não afetos a ativos financeiros totalizou 480 milhões de euros, um resultado que penalizou o saldo orçamental em mais 167 milhões de euros do que o previsto no Orçamento de Estado para 2024”, lê-se ainda no documento.

A análise à evolução orçamental das Administrações Públicas no ano passado aponta também para o facto de o rácio da dívida pública ter mantido a tendência de redução, fixando-se em 94,9% do PIB no final de 2024, menos 2,8 pontos percentuais face a 2023.

Esta diminuição deveu-se principalmente ao “efeito dinâmico” favorável (-3,9 pontos percentuais), “impulsionado sobretudo pelo crescimento nominal do PIB”, explicam os técnicos do CFP, notando ainda que o saldo primário contribuiu com -2,8 pontos percentuais para a redução, enquanto o ajustamento défice-dívida teve um efeito adverso de 3,8 pontos percentuais. Desta forma, Portugal mantém a sexta posição entre os países da União Europeia com maior dívida relativa ao PIB.

Os alertas do CFP sobre a redução da margem orçamental e a perspetiva de regresso aos défices já em 2025-2026 evidenciam que Portugal está a consumir hoje a margem de manobra que necessitará amanhã.

O CFP refere também que as contas de 2024 apresentam “um aumento da exposição da dívida pública portuguesa ao setor não residente”, com a percentagem detida por investidores não residentes a subir de 42% para 45% do total. Esta evolução reflete “uma melhoria na atratividade da dívida portuguesa junto dos mercados internacionais e uma maior diversificação da base de investidores”, sublinham.

Os números revelam também que o custo médio da dívida manteve-se também controlado, com as novas emissões a registarem um custo de 3,4%, ligeiramente inferior aos 3,5% de 2023. Além disso, os encargos com juros cresceram 6,3% em termos nominais “mas estabilizaram nos 2,1% do PIB.”

Para os técnicos do CFP, o verdadeiro teste à sustentabilidade das finanças públicas portuguesas não reside nos números positivos de hoje, mas na capacidade de manter este equilíbrio no médio prazo. A persistente baixa taxa de execução do PRR, com apenas 24,6% dos fundos utilizados até ao final de 2024, não só desperdiça uma oportunidade de modernização do país como expõe a fragilidade da capacidade de absorção de investimento público.

Simultaneamente, os alertas do CFP sobre a redução da margem orçamental e a perspetiva de regresso aos défices já em 2025-2026 evidenciam que Portugal está a consumir hoje a margem de manobra que necessitará amanhã. Este paradoxo entre contas saudáveis no presente e sustentabilidade questionável no futuro coloca o país numa encruzilhada: ou se implementa uma correção estrutural da despesa pública, ou corre-se o risco de desperdiçar os ganhos conquistados nos últimos anos de consolidação orçamental.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo está a gastar o que vai precisar no futuro, alerta Conselho de Finanças Públicas

O Conselho de Finanças Públicas refere que Portugal exibe contas no verde, mas alerta que está a gastar hoje a folga que vai faltar amanhã, enquanto o PRR continua a ser uma promessa adiada.

Portugal manteve pelo segundo ano consecutivo as contas públicas no verde, mas o Conselho de Finanças Públicas (CFP) alerta para os custos da orientação da política orçamental expansionista e para os números do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que continuam a ficar aquém do esperado.

Apesar do resultado positivo das contas públicas, espelhado por um excedente orçamental das Administrações Públicas de 0,7% do PIB em 2024, equivalente a 1994 milhões de euros e superando os 0,2% previstos no Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024), o organismo independente liderado por Nazaré Costa Cabral alerta que “a política orçamental em 2024 foi expansionista e contracíclica”, numa altura em que a conjuntura económica se deteriorou, e revelando uma “alteração face à postura restritiva verificada em 2023.”

Num documento publicado esta terça-feira de análise à evolução orçamental das Administrações Públicas em 2024, o CFP sublinha que o excedente orçamental do Estado e das restantes entidades públicas (como regiões autónomas, autarquias e outros organismos públicos)alcançado no ano passado superou o antecipado pelo Ministério das Finanças nos documentos de programação orçamental — em outubro de 2023, no OE 2024, previa um saldo positivo de 0,2% do PIB, enquanto em outubro de 2024 na Proposta de Orçamento do Estado para 2025 (POE/2025) apontava para um excedente de 0,4% do PIB”.

O CFP confirma que “a política orçamental em 2024 foi expansionista e contracíclica”, contrastando com a postura restritiva verificada no ano anterior, ancorando com isso custos duradouros nas contas públicas.

Porém, lembra que a redução do excedente em 0,5 pontos percentuais face a 2023 deveu-se principalmente à deterioração do saldo da Administração Central, que registou um défice de 1,5% do PIB. Este foi parcialmente compensado pelo regresso da Administração Regional e Local a uma posição excedentária (0,1% do PIB) e pelo excedente dos Fundos da Segurança Social de 2% do PIB.

O saldo primário, que exclui os encargos com juros, manteve-se positivo em 2,8% do PIB (7869 milhões de euros), embora inferior aos 3,3% registados em 2023. Como sublinha o relatório, “com este desempenho, Portugal foi um dos seis Estados-membros da União Europeia a registar um excedente em 2024 e um dos quatro a assegurar um saldo positivo nos dois últimos anos”.

Política orçamental expansionista em contexto de deterioração económica

A análise do CFP revela também que “excluindo o efeito de operações one-off, a redução do excedente foi o dobro (um ponto percentual do PIB) do observado em termos totais (0,5 pontos percentuais do PIB) em consequência de uma política orçamental expansionista”. Os técnicos do CFP estimam que “os desenvolvimentos cíclicos da economia tenham contribuído em um terço para a redução anual do saldo orçamental, devendo-se o maior contributo (dois terços) à ação discricionária da política orçamental do Governo”.

Esta orientação expansionista refletiu principalmente medidas como a redução do IRS, a valorização remuneratória da Função Pública e o aumento de prestações sociais, particularmente pensões. O CFP confirma que “a política orçamental em 2024 foi expansionista e contracíclica”, contrastando com a postura restritiva verificada no ano anterior, ancorando com isso custos duradouros nas contas públicas.

A análise da despesa líquida — um novo indicador de supervisão orçamental europeia — mostra que Portugal registou um crescimento de 12%, superior aos 11,8% aprovados pelo Conselho da União Europeia. Este desvio “significa que se verificou um desvio desfavorável equivalente a 0,1% do PIB a ter presente na avaliação da trajetória da despesa líquida em 2025”, refere ainda o CFP no documento.

O relatório do organismo independente destaca também que a receita pública superou ligeiramente o previsto no OE 2024, fixando-se em 43,5% do PIB. O crescimento de 6,3% foi “impulsionado pela robustez da receita fiscal e contributiva”, que explicou mais de 90% do aumento total da receita, sublinham os técnicos do CFP. Além disso, a carga fiscal retomou a trajetória ascendente, situando-se em 35,6% do PIB.

As despesas com pessoal alcançaram o valor mais elevado “de sempre em termos nominais da série estatística do INE”, e em termos relativos aumentaram 0,2 pontos percentuais do PIB, “o primeiro aumento medido em percentagem do PIB desde 2014 (com exceção do ano 2021, devido ao efeito da pandemia no denominador).”

O desempenho fiscal foi particularmente forte nos impostos indiretos, destacam os técnicos do CFP, enumerando o crescimento de 9,1% do IVA e ainda o aumento de 19,4% do IRC. Em sentido contrário, a receita de IRS diminuiu 4,6%, refletindo as medidas de redução fiscal implementadas.

A análise do CFP destaca ainda o comportamento da receita não fiscal, que registou um crescimento mais moderado (2,9%), “influenciado pela quebra da receita de capital” devido principalmente à “menor transferência de subvenções do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) face ao inicialmente previsto pelo Ministério das Finanças”, lê-se ainda no documento.

No plano da despesa pública, os números mostram que aumentou 7,6% para 42,8% do PIB, impulsionada principalmente pela despesa corrente primária (mais 9,2%). As prestações sociais e as despesas com pessoal foram responsáveis por mais de 80% deste aumento, elevando “o seu grau de rigidez”.

Já as prestações sociais cresceram 10,4%, mais do dobro do verificado em 2023, totalizando um aumento de 4,9 mil milhões de euros. O CFP nota que as despesas com pessoal alcançaram o valor mais elevado “de sempre em termos nominais da série estatística do INE”, com um incremento de 2,4 mil milhões de euros, e em termos relativos teve um incremento de 0,2 pontos percentuais do PIB, “o primeiro aumento medido em percentagem do PIB desde 2014 (com exceção do ano 2021, devido ao efeito da pandemia no denominador).”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consumo mundial de petróleo deve cair “ligeiramente” em 2030

  • Lusa
  • 17 Junho 2025

Nos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo, esta queda deverá ocorrer já em 2026, e em 2028 na China, o segundo maior consumidor.

O consumo mundial de petróleo deverá cair “ligeiramente” em 2030, a primeira queda deste combustível fóssil responsável pelas alterações climáticas desde 2020, ano exceção devido à Covid-19, disse esta terça-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

Num relatório divulgado esta terça-feira, a agência de energia da OCDE estima que a procura global de ouro negro atingirá o pico no final da década, de acordo com as novas previsões, confirmando as projeções anteriores publicadas em 2023.

O consumo de petróleo deverá cair ligeiramente em 2030, depois de ter atingido o pico no ano anterior, com cerca de 105,5 milhões de barris por dia.

Apesar do ceticismo climático prevalecente e do apelo do Presidente dos EUA para “perfurar a todo o custo”, “um pico na procura global de petróleo ainda está no horizonte”, disse a AIE.

Nos Estados Unidos, o maior consumidor de petróleo do mundo, esta queda deverá ocorrer já em 2026, e em 2028 na China, o segundo maior consumidor.

Embora, de momento, “o conflito entre Israel e o Irão concentre as atenções nos riscos imediatos para a segurança energética, as novas perspetivas a médio prazo da AIE preveem que a oferta mundial de petróleo cresça muito mais rapidamente do que a procura nos próximos anos”, refere o relatório.

A procura mundial de petróleo aumentará 2,5 milhões de barris por dia entre 2024 e 2030, atingindo um patamar “em torno de 105,5 milhões de barris por dia no final da década”.

Mas “o crescimento anual abranda”, passando de cerca de 700.000 barris por dia em 2025 e 2026 “para um crescimento marginal nos anos seguintes, com um ligeiro declínio esperado em 2030”, diz a AIE, com base nas atuais políticas e tendências do mercado.

Segundo a agência, o fim da era do petróleo aproxima-se, impulsionado pelo “crescimento económico abaixo da tendência, travado pelas tensões comerciais globais e pelos desequilíbrios fiscais”, mas também pela “aceleração da substituição do petróleo no setor dos transportes”, com o aumento dos automóveis elétricos, e na produção de energia.

Sem surpresas, as previsões da AIE continuam a estar desfasadas das da OPEP, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que, em setembro de 2024, considerou a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis uma “fantasia”.

“A procura de petróleo atinge novos recordes todos os anos”, insistiu o secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, na segunda-feira, durante a conferência Energy Asia, em Kuala Lumpur, na Malásia, afirmando que a “teoria” do pico petrolífero “foi provada errada vezes sem conta”.

Na segunda-feira, a OPEP estimou que a procura mundial de petróleo aumentaria 1,3 milhões de barris por dia em 2025 e 2026.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.