CIP aplaude junção da Economia e Coesão num só ministério

  • ECO
  • 16 Junho 2025

A CIP vai avançar novamente, em sede de Orçamento do Estado, com a proposta de pagamento voluntário pelas empresas de um 15.º salário isento de IRS e admite aceitar os 920 euros de SMN para 2026.

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal está otimista com a junção da Economia e da Coesão num só ministério. Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Armindo Monteiro considera que a solução “junta ferramentas que não existiam” no Governo anterior e, por isso, antevê que “poderá ter uma prestação muito boa para a economia nacional”.

O patrão dos patrões defende a importância de colocar “a economia na centralidade da política, porque o Estado já tem cativa mais de 50% da riqueza produzida no país”. Armindo Monteiro lamenta que “a ambição parece estar afastada do centro do discurso político” e acredita que o país é responsável por não crescer mais, o que “tem consequências a dois níveis”. “Um, porque não conseguimos atingir a média [europeia]. E a segunda é que estamos a aumentar o gap [para os outros países]. Não apenas não nos aproximamos, mas afastamo-nos”, aponta.

Armindo Monteiro afirma também ter sido surpreendido com a venda do Novobanco aos franceses do BPCE. Não era o cenário que estava em cima da mesa, diz, admitindo que para a CIP a melhor solução passaria pelo reforço da banca nacional, nomeadamente através da CGD, e consequentemente do apoio às empresas nacionais. Mas o responsável afirma não estar preocupado, porque o BPCE tem uma presença forte junto das empresas em França e porque considera que é melhor diversificar do que consolidar a presença espanhola.

Além disso, adianta que a CIP vai avançar novamente, em sede de Orçamento do Estado, com a proposta de pagamento voluntário pelas empresas de um 15.º salário isento de IRS e, mesmo com a revisão em baixa do crescimento, admite aceitar os 920 euros de salário mínimo para 2026, se houver um acordo a quatro anos com medidas que permitam fazer crescer a economia. Armindo Monteiro reitera que para a CIP a descida do IRS até é mais importante que o IRC e diz que os empresários estão disponíveis para avançar com sistemas complementares de reforma, juntamente com os trabalhadores, para garantir a sustentabilidade da Segurança Social.

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Cibersegurança tem desafios mais exigentes e o compliance é fundamental

Pedro Duro, sócio da CS'Associados, considera que a cibersegurança levanta “muitos desafios”, alguns clássicos só que são desafios de compliance que são diferentes daqueles a que estávamos habituados.

Ativar o segundo fator de autenticação, comprar um password manager e ir alterando as passwords. Estes foram os conselhos que o CTO da NOS, Jorge Graça, deu às empresas na 8.ª edição da Advocatus Summit.

“Hoje em dia, os ataques que estão por detrás da necessidade de ter cibersegurança têm um grau de sofisticação ao nível das indústrias ou das tecnologias mais avançadas que existem. Os atacantes têm à sua disposição meios, recursos, que fazem leverage do mais avançado que existe em termos de tecnologia”, refere. O CTO da NOS considera que a inteligência artificial (IA) é um novo desafio que as empresas estão a passar em termos de cibersegurança.

Jorge Graça, CTO da NOSHugo Amaral/ECO

Também consciente da mudança dos tempos está o sócio da CS’Associados Pedro Duro que sublinha que o tipo de incidentes que existiam há dois ou três anos são muito diferentes dos que existem agora. “O que muda radicalmente é a sofisticação dos ataques, muitos com a IA, e uma grande perceção de que há muitas vulnerabilidades por parte das entidades”, refere.

O advogado explicou que as entidades foram progressivamente passando de estruturas on-prem, com servidores locais, para estruturas híbridas e na cloud. “As estruturas na cloud têm uma fragilidade que é comum também às estruturas locais, que é no fundo da captura dos dados de acesso. Essa é a fragilidade maior”, considera.

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Do ponto de vista jurídico, Pedro Duro considera que a cibersegurança levanta “muitos desafios”, alguns clássicos só que são desafios de compliance que são diferentes daqueles a que estávamos habituados. “Acho que são mais exigentes e nessa matéria diria que estamos a andar devagar do ponto de vista normativo”, assume.

O sócio da CS’Associados aponta ainda que as médias empresas têm desafios não só em relação à cibersegurança como em todas as matérias de compliance, seja cumprimento normativo, seja cumprimento técnico. “Enquanto não houver um problema grande, não vale a pena o investimento”, defende.

Pedro Duro, partner da CS’AssociadosHugo Amaral/ECO

Pedro Duro referiu ainda que as queixas-crime, que muitas das vezes não resultam em nada, são instrumentais para movimentar outros institutos jurídicos, designadamente por causa dos seguros, por causa de ações de responsabilidade civil que possam existir cruzadas ou não com os seguros. “Mas as pessoas não estejam à espera que apresentando uma queixa-crime vão resolver o problema. Não vão resolver o problema assim. Este é um caso em que o compliance é de facto o mais importante”, aponta.

Ainda assim, aponta que o problema do compliance neste momento é não haver uma legislação específica a obrigar a um compliance rigoroso relativamente às empresas.

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Isabel Jonet: “Uma pessoa que nasce numa família pobre tem muitos mais desafios pela frente”

  • ECO
  • 16 Junho 2025

A Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet fala sobre justiça social, compaixão e a urgência de partilhar — mais do que bens, humanidade.

Aos 12 anos, Isabel Jonet já passava os verões no Hospital de Santana da Parede, a entreter crianças em recuperação. A motivação? “Com 12 anos não se tem esse desassossego de se querer ser voluntário. São os pais que nos empurram nesse caminho.” Mas o impulso permaneceu. “Pessoas desassossegadas não têm vidas sossegadas”, diz. E o seu desassossego interior, movido pela recusa da injustiça e do desperdício, acabou por se tornar um projeto de vida.

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Para se lutar contra as injustiças é preciso uma enorme dose de sensibilidade e de compaixão. A Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, acredita que “é preciso pôr-se ao mesmo nível destas pessoas e não achar que se está a ajudar de uma maneira paternalista.

Ao longo da conversa, Isabel Jonet denuncia também as condições indignas dos imigrantes em Portugal, muitos deles com contratos precários e expostos à exploração. “São mal tratados por nós. Nós acolhemos mal estes imigrantes”, explica.

Isabel Jonet, Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, é a 34ª convidada do podcast E Se Corre Bem?

Questionada sobre se uma pessoa que nasce numa família pobre pode ter condições de ter sucesso, Isabel Jonet diz que sim, mas se tiver, por um lado, ambição e, por outro, se for bem enquadrada naquilo que é a sua escolaridade. No entanto, diz que “uma pessoa que nasce numa família pobre tem muitos mais desafios pela frente”.

Contra o desperdício e o consumo desenfreado, apela à consciência coletiva: “estamos a fazer um impacto ambiental enorme”, mas também a perpetuar injustiças sociais. E lembra: “quando uma pessoa nunca está satisfeita com aquilo que tem, vai procurar fora de si coisas que pensa que a vão fazer feliz”.

"Vejo que hoje o mundo está pior do que aquele onde eu nasci”

Isabel Jonet, Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome

A Presidente do Banco Alimentar considera que atualmente só se fala do valor económico, social e ambiental que se gera e diz que gostava “que se começasse a ter noção do valor humano”.

Afinal, tudo se resumo a algo essencial: “O valor humano que se gera é o amor que se dá. É a atenção que se dá aos outros”, diz. Mesmo quando um simples gesto — como doar uma lata de atum — representa “uma dose de amor de uma família que partilhou para outra família que desconhece.

Com sete netos, Isabel Jonet diz querer deixar-lhes um mundo melhor do que aquele onde nasceu. “Vejo que hoje o mundo está pior do que aquele onde eu nasci.” Mas não desiste. Porque, como lembra, “se fizermos mais e melhor, podemos estar a construir uma sociedade melhor.”

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, na qual Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros: inscrições prolongadas até 20 de julho

  • Conteúdo Patrocinado
  • 16 Junho 2025

Ainda vai a tempo de valorizar os projetos da sua autarquia. As candidaturas à 6.ª edição do Prémio Autarquia do Ano - Grupo Mosqueteiros foram prolongadas até ao dia 20 de julho.

A pedido de várias autarquias e com o objetivo de garantir uma participação mais abrangente, o prazo de candidaturas ao Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros foi alargado até ao dia 20 de julho.

Esta extensão permite que mais freguesias e municípios tenham tempo para preparar e submeter os seus projetos, garantindo que iniciativas relevantes não fiquem de fora.

O Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros é um reconhecimento nacional do trabalho diário das autarquias na melhoria da qualidade de vida das populações.

Conheça as categorias a concurso, consulte o regulamento e envie-nos o(s) seu(s) projeto(s).

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Hoje nas notícias: Saúde, CIP e energia nuclear

  • ECO
  • 16 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As dificuldades para responder aos utentes dentro dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos mantêm-se. O primeiro estudo nacional sobre a satisfação dos profissionais de saúde revela que os médicos e enfermeiros mais jovens, que não se sentem valorizados na carreira, que trabalham em unidades hospitalares de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e do Algarve e com duplo emprego ou multiemprego, são os mais insatisfeitos. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Continua a haver utentes que esperam um ano ou mais por uma cirurgia ou consulta

No programa que apresentou no sábado, o Governo comprometeu-se a “garantir o cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) para consultas e cirurgias em todos os hospitais portugueses”. Porém, segundo a informação que consta do portal dos tempos médios de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que diz respeito ao período entre fevereiro e junho deste ano, continuam a existir utentes a esperar um ano ou mais por uma consulta de especialidade ou por uma cirurgia. Apesar de não ser possível estabelecer um comparativo com o período homólogo de anos anteriores para perceber qual foi a evolução dos tempos de espera, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, admite que o não cumprimento dos TMRG “continua a ser um problema”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Médicos e enfermeiros do SNS menos satisfeitos trabalham em hospitais de LVT e Algarve e têm duplo emprego

Um total de 2.892 profissionais de saúde — dos quais 1.398 médicos e 1.494 enfermeiros — aceitou participar no primeiro estudo nacional sobre a satisfação com a profissão, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e no setor privado. De acordo com o relatório final da PlanAPP, a satisfação com a profissão, de um modo geral, “é de razoável a elevada, talvez até superior ao que seria de esperar” e com poucas diferenças registadas entre as duas classes. Os mais insatisfeitos com a profissão são os médicos e enfermeiros mais jovens, que não se sentem valorizados na carreira, que trabalham em unidades hospitalares de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e do Algarve e têm duplo ou multi emprego.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

“A ambição está fora do discurso político”, diz CIP

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal está otimista com a junção da Economia e da Coesão num ministério. Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Armindo Monteiro considera que a solução “junta ferramentas que não existiam” no Governo anterior, e por isso “poderá ter uma prestação muito boa para a economia nacional”, antevê. O patrão dos patrões defende a importância de colocar “a economia na centralidade da política, porque o Estado já tem cativa mais de 50% da riqueza produzida no país”. Armindo Monteiro lamenta que “a ambição parece estar afastada do centro do discurso político”. E acredita que o país é responsável por não crescer mais, o que “tem consequências a dois níveis”. “Um, porque não conseguimos atingir a média [europeia]. E a segunda é que estamos a aumentar o gap [para os outros países]. Não apenas não nos aproximamos, mas afastamo-nos”, aponta.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ainda há quem espere pelos fundos para reconstruir habitações afetadas pelos incêndios de 2017

Um ano após a minis­tra Mar­ga­rida Bal­seiro Lopes ter anun­ci­ado que os mais de 1,3 milhões de euros do fundo Revita, cri­ado para apoiar as popu­la­ções e revi­ta­li­zar as áreas afe­ta­das pelos incên­dios de 17 de junho de 2017, ia ser inves­tido em Pedró­gão Grande, Cas­ta­nheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, o dinheiro ainda não che­gou aos ter­ri­tó­rios. Em Pedrógão Grande, há pelo menos três casos em que continuam a aguardar verbas para pagar ao empreiteiro. “Não se con­se­guiu fazer um único paga­mento no ano pas­sado, por­que o fundo foi naci­o­na­li­zado e pas­sou para o Minis­té­rio das Finan­ças”, jus­ti­fica ao Jornal de Notícias Paulo Batista dos San­tos, mem­bro do Con­se­lho de Ges­tão do Revita

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível)

Energia nuclear na Europa implicará investimentos de 241 mil milhões até 2050

A Comissão Europeia estima que o reforço da capacidade de produção de eletricidade a partir de centrais nucleares custará um total de 241 mil milhões de euros nos próximos 25 anos. A maior parte do dinheiro (205 mil milhões de euros) destina-se à criação de projetos de raiz, enquanto os restantes 36 mil milhões são para o prolongamento da vida útil de reatores já em operação. No entanto, existe uma margem de incerteza elevada nestas estimativas, quer quanto à evolução da capacidade, quer quanto ao seu custo, além de que nestes números não estão incorporados os encargos com a gestão dos resíduos das centrais nucleares.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

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Bruxelas sublinha que “este não é o momento” para a “incerteza económica”

  • Lusa
  • 16 Junho 2025

"Todos temos de evitar medidas protecionistas. Esta é uma mensagem importante que o G7 precisa de enviar aos mercados mundiais", afirmou Von der Leyen à chegada à reunião do G7.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmaram no domingo que “este não é o momento para criar incerteza económica” e que devem ser evitadas “medidas protecionistas”.

As declarações dos dois líderes europeus foram produzidas pouco depois de chegarem à cidade canadiana de Kananaskis, nas Montanhas Rochosas, onde se realiza a 51ª Cimeira do G7, e pouco antes de se reunirem com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também já se encontra naquela pequena localidade no Canadá.

“Todos temos de evitar medidas protecionistas. Esta é uma mensagem importante que o G7 precisa de enviar aos mercados mundiais”, afirmou Von der Leyen, em conferência de imprensa, numa referência clara aos Estados Unidos.

“Antes de mais, temos de abordar a profunda incerteza e volatilidade da economia mundial”, insistiu a Presidente da Comissão Europeia, para quem “hoje, as tensões comerciais persistem e os riscos já não são abstratos”.

As palavras de Von der Leyen surgem no momento em que a UE e Washington estão a negociar com o ultimato declarado por Trump para impor tarifas de 50% sobre as importações europeias a 9 de julho, se não for alcançado um acordo comercial antes dessa data.

A União Europeia está confiante num acordo de princípio até essa data, mas acredita que serão necessárias mais negociações sobre os pormenores para além de 9 de julho.

Costa associou o aumento das despesas militares europeias, uma das exigências de Trump, à estabilidade comercial e económica, que tem sido perturbada pelos Estados Unidos com a sua guerra tarifária.

“O que temos de falar com os EUA é sobre a forma como podemos assumir maiores responsabilidades”, explicou Costa, acrescentando que “a importância dissuasora do artigo 5º do Tratado da NATO (que estabelece a defesa coletiva) deve ser protegida e preservada”.

“Uma vez que esta é a questão principal, devemos evitar levantar outras questões que comprometam a nossa capacidade económica de assumir maiores responsabilidades pela nossa defesa. Não é altura de criar problemas comerciais porque precisamos de reforçar as nossas economias. Estamos a falar da relação comercial mais importante do mundo”, afirmou o presidente do Conselho Europeu.

“Somos aliados, somos parceiros e somos amigos dos Estados Unidos e entre aliados, parceiros e amigos, quando surgem problemas, o que é preciso fazer é falar. E estamos aqui, neste momento crucial, para falar; não só com os Estados Unidos, mas também com outros parceiros”, declarou Costa, em resposta a questões colocadas pela agência EFE.

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Fundação DomusVi e a Universidade CEU San Pablo debatem a importância do respeito e da dignidade no cuidado dos idosos

  • Servimedia
  • 16 Junho 2025

A Fundação DomusVi e a Universidade CEU San Pablo organizaram a primeira jornada da Cátedra “Tratamento correto dos idosos”, com o objetivo de dar visibilidade a este grupo.

As boas-vindas institucionais foram dadas por Agustín Probanza Lobo, vice-reitor de Investigação da Universidade CEU San Pablo e José María Pena, CEO da DomusVi Espanha, presidente da Fundação DomusVi e co-diretor da Cátedra de Bons Tratos. “Falar de bons tratos é falar de dignidade, de relações significativas e de como construir uma sociedade que não marginalize os idosos. Esta Cátedra foi criada para gerar reflexão e evidência, mas também para nos questionarmos – como profissionais e como cidadãos – sobre como cuidamos e como queremos ser cuidados”, afirmou José María Pena.

O principal objetivo da Cátedra é gerar conhecimento e sensibilizar para o respeito e o cuidado das pessoas idosas. As suas principais linhas de ação incluem a promoção de projetos de investigação centrados no bom tratamento das pessoas idosas, promovendo os avanços científicos e sociais neste domínio; a criação de um espaço de encontro e debate para os profissionais do setor, organizando conferências científicas e reuniões de peritos que fomentem o intercâmbio de ideias e a criação de redes de colaboração; a disponibilização de informação científica relevante, elaborando publicações, documentos e monografias que divulguem conhecimentos e boas práticas; e a participação ativa na formação de profissionais, desenvolvendo atividades que reforcem as suas competências.

Com o objetivo de gerar um espaço de encontro e debate para os profissionais do setor, foram organizadas duas mesas redondas: a primeira centrou-se em gerar uma reflexão sobre o bom tratamento nos lares e a desconstrução do estigma social e mediático de cuidar de idosos, e a segunda aprofundou o desafio da excelência nas relações interpessoais como elemento-chave do bom tratamento. Em ambas as mesas redondas, assistentes sociais e auxiliares das residências, centros de dia e serviços de apoio domiciliário da DomusVi, bem como residentes e familiares, puderam partilhar os seus conhecimentos e experiências.

“Quebrar o estigma dos cuidados domiciliários começa por tornar visível o essencial: cada lar é um universo e cada pessoa idosa uma história única. O nosso desafio diário é acompanhar com respeito, não impor; ouvir, não assumir. Um bom tratamento é precisamente isso: reconhecer o outro na sua singularidade e oferecer-lhe cuidados sem invadir a sua autonomia”, diz Yoana Grande, coordenadora do Serviço de Ajuda ao Domicílio no Distrito Central de Madrid.

Por seu lado, Mercedes Alonso, assistente do centro residencial DomusVi Magán, sublinha que “não cuidamos de corpos, cuidamos de histórias de vida. O bom tratamento nasce de pequenos gestos: um sorriso sincero, lembrar-se de como uma pessoa gosta do seu café ou acompanhá-la sem pressas. Humanizar os cuidados significa sair do piloto automático e olhar nos olhos, porque só a partir daí se pode cuidar com alma”.

Além disso, Karl Pillemer, sociólogo e gerontólogo, uma referência mundial em matéria de bons tratos, deu uma conferência-mestra em linha intitulada “Promover os bons tratos”.

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Bruxelas quer reduzir adiantamentos de fundos europeus a Portugal

Reprogramação do PT2030 voltou para trás. Esta semana a Comissão está em Portugal para reunir com programas mais atrasados na execução. Restrições de liquidez estão na origem das novas exigências.

A Comissão Europeia aterra de armas e bagagens esta semana em Portugal. O objetivo é reunir com os programas do Portugal 2030 que estão mais atrasados na execução e que podem estar em risco de ter de devolver verbas, este ano, se a reprogramação não for aprovada. Portugal entregou a sua proposta de reprogramação no final de março, mas o exercício voltou para trás tendo em conta as novas prioridades – onde se inclui apostar obrigatoriamente em defesa – e a necessidade de reduzir as pressões de tesouraria, apurou o ECO.

Fonte oficial da Agência para o Desenvolvimento & Coesão confirmou ao ECO a realização das reuniões esta semana, mas desvaloriza a importância das mesmas. “Todas as semanas temos reuniões com os nossos interlocutores na DGRegio e na DGEmprego”. Contudo, esta semana semana “as reuniões vão estender-se a algumas Autoridades de Gestão precisamente para analisarmos em conjunto a situação processual das respetivas reprogramações (submetidas a 31 de março de 2025) no contexto do pacote legislativo da revisão intercalar apresentado a 1 de abril”.

A Comissão Europeia quer reduzir o montante dos adiantamentos pagos aos Estados-membros. Presentemente, o montante é de 30%, mas Bruxelas quer descer para 20% e assim reduzir a pressão sobre o orçamento comunitário. Os pré-financiamentos são as verbas que Bruxelas adianta a cada Estado-membro para ajudar a executar os fundos comunitários.

Por outro lado, o Executivo comunitário quer reduzir o adicional pago aos países que colam 10% do programa nas novas prioridades. Até aqui, era possível ter um adicional de 4,5% no adiantamento, mas esse valor deverá passar para 1,5%.

Mas as outras vantagens deverão manter-se como a possibilidade de pagar a 100% e, se colocar 10% do programa nas novas prioridades, encerrar o programa N+3.

Bruxelas também não vê com bons olhos que os Estados-membros tenham muita flexibilidade nos exercícios de reprogramação, a ponto de acabar com programas completamente diferentes face aos aprovados inicialmente.

Contudo, foi a própria Comissão que definiu novas prioridades para os fundos – defesa, água, habitação, transição energética e específicas para os países de fronteira com a Ucrânia –, o que obriga a refazer os exercícios de reprogramação já enviados.

Se a habitação e água apenas vêm reforçar os objetivos do Executivo de garantir financiamento no PT2030 de projetos que caíram do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) por impossibilidade de os cumprir a tempo, a defesa não é bem assim. Até por que a definição dos grandes projetos de investimento tem de ser feita a nível central.

A barragem do Pisão, a tomada de Água do Pomarão, a dessalinizadora do Algarve são alguns dos investimentos que o Governo já tinha dito que seriam financiados pelo atual quadro comunitário de apoio, mas também com verbas do Fundo Ambiental e do Orçamento do Estado.

Esta opção resolvia automaticamente o problema de fraca execução de alguns programas, nomeadamente o Sustentável 2030, que apresentava os maiores riscos de devolver verbas a Bruxelas em virtude da aplicação da regra da guilhotina. Um risco que decorria do facto de o PT2030 ter começado com um atraso adicional face aos quadros comunitários anteriores, mas também pelos atrasos na Justiça do concurso das carruagens de comboios que foi impugnado.

Este ano todos os programas – temáticos ou regionais – têm de cumprir a regra da guilhotina, ou seja, os programas têm de gastar o correspondente ao orçamento de cada ano nos três anos seguintes. Se não o fizerem, o montante remanescente tem de ser devolvido a Bruxelas. Isto significa que, em cada programa operacional, é necessário dividir a dotação por sete (correspondente ao número de anos do quadro) e é esse o valor que é necessário executar três anos depois (é a regra do N+3).

Mas ciente que o risco de devolução de verbas a Bruxelas aumenta ainda mais se os pré-financiamentos forem reduzidos (a execução pode ser mais lenta) há opções em aberto em cima da mesa.

Portugal está a tentar negociar uma redução do N+3 proporcional, para que o esforço financeiro da Comissão não seja tão grande, mas os objetivos ainda assim sejam cumpridos.

Já no que diz respeito à habitação, o objetivo é tentar inscrever as casas a custo acessível, mas também habitação para áreas funcionais, como construir residências para profissionais de saúdes. Ao nível da habitação é também possível financiar projetos para colmatar a pobreza energética (OP2). De acordo com a gaveta utilizada para financiar a habitação esta será da responsabilidade dos municípios, sendo necessário um instrumento territorial, ou das CCDR.

Estas negociações com a Comissão Europeia podem atrasar o exercício de reprogramação do PT2030.

O ECO questionou a Comissão Europeia e o Ministério da Economia e Coesão, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 16 de junho

  • ECO
  • 16 Junho 2025

Ao longo desta segunda-feira, 16 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Real Betis apresenta seis projetos internacionais de desporto, ciência e sustentabilidade na sua 3ª Gala Forever Green

  • Servimedia
  • 16 Junho 2025

O evento, apoiado pela Junta da Andaluzia e pelas Nações Unidas, reuniu executivos, especialistas e representantes institucionais para apresentar soluções para as alterações climáticas.

O Real Betis Balompié apresentou seis projetos de referência internacional em desporto, ciência e sustentabilidade a mais de 270 profissionais na III Gala Forever Green, realizada a 10 de junho de 2025 no CaixaForum Sevilha.

A gala, presidida pela antiga ginasta rítmica Almudena Cid, começou com os discursos de Sergio Arjona, Vice-Ministro da Sustentabilidade e do Ambiente da Junta da Andaluzia, e de Lindita Xhaferi-Salihu, responsável pelo Desporto para a Ação Climática da ONU. Entre os participantes encontravam-se Joaquín Sánchez, embaixador do clube, Rafael Gordillo, presidente da Fundação Real Betis Balompié, e Moisés Roiz, diretor do CaixaForum Sevilla.

Hugo Berenguer, diretor-geral do atelier Rafael de La-Hoz, apresentou o projeto do novo estádio Benito Villamarín, centrado na eficiência energética, na gestão responsável dos recursos e na integração urbana. No âmbito aeroespacial, Alberto Águeda, da GMV, apresentou um projeto de tratamento e utilização de lixo espacial para preservar o meio ambiente fora da Terra.

No domínio da reflorestação, Javier Torres, da Repsol Impacto Social, apresentou “Motor Verde”, uma iniciativa conjunta com o Grupo Sylvestris que promove a compensação da pegada de carbono através da reflorestação em Espanha e Portugal, recuperando a biodiversidade e gerando emprego rural.

A dimensão internacional foi sublinhada por Verónica Ruiz, da UICN, que apresentou “Sports for Nature”, uma iniciativa da ONU para promover ações a favor da natureza através do desporto, e por Marcela Arboleda, da Pyratex, que revelou a “Forever Green T-shirt”, um têxtil feito de algas marinhas para sensibilizar para as invasões costeiras.

Lloyd Owers, diretor técnico da seleção nacional das Ilhas Marshall, encerrou as apresentações com “No Home Jersey”, uma campanha que torna visível a ameaça que as alterações climáticas representam para os países insulares através do símbolo universal do futebol: a camisola.

AMBIENTE

Durante o evento, foram entregues os prémios Forever Green 2025, que reconhecem o compromisso ambiental de organizações e profissionais. Os vencedores foram o FC Porto (“Liderança Ambiental no Desporto”); o Aquário de Sevilha e o Ministério da Agricultura, Pescas e Ambiente Natural das Ilhas Baleares (“Conservação da Biodiversidade”); o publicitário Javier Peña (“Projeto de Divulgação Ambiental”); o explorador Nacho Dean (“Ativismo Climático”); e a National Geographic (“Meios de Comunicação com Compromisso Ambiental”).

O evento terminou com os agradecimentos de Rafael Muela, diretor da Fundação Real Betis Balompié, que reafirmou o compromisso do clube com um modelo desportivo de excelência dentro e fora do campo.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 16 Junho 2025

Enquanto prosseguem vários julgamentos, o BdP mostra a evolução dos novos créditos ao consumo. Conheça alguns dos destaques desta segunda-feira.

O Banco de Portugal (BdP) divulga os dados sobre a evolução dos novos créditos ao consumo e prosseguem vários julgamentos, do BES/GES à Operação Pretoriano. Lá fora, o Tribunal de Contas Europeu (TCE) publica o documento sobre próximo orçamento da União Europeia para sete anos. Conheça alguns dos destaques desta segunda-feira.

Banco de Portugal divulga evolução do crédito ao consumo

O Banco de Portugal divulgará a evolução dos novos créditos aos consumidores referentes a abril deste ano. Em março, os bancos e entidades financeiras concederam 777 milhões de euros em novas operações de crédito junto dos consumidores.

Combustíveis voltam a ficar mais caros

Os combustíveis vão ficar mais caros esta semana. O preço do gasóleo, o tipo de combustível mais utilizado em Portugal, deve subir 1,5 cêntimos por litro, enquanto o da gasolina terá uma subida de um cêntimo por litro a partir desta segunda-feira, avançou fonte do mercado ao ECO. Quando se dirigir aos postos de abastecimento, deverá passar a pagar 1,533 euros por litro de gasóleo simples e 1,689 euros por litro de gasolina simples 95.

Prosseguem julgamentos

Esta segunda-feira continua o julgamento da Operação Pretoriano, no Tribunal Judicial da Comarca do Porto, que tem como arguidos Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão e ainda mais nove arguidos. Prossegue ainda o julgamento do processo “Saco Azul”, Tribunal Central Criminal, às 09:30, que tem como arguidos a SAD do Benfica, Benfica Estádio, Luís Filipe Vieira, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira. Da parte da tarde prossegue ainda o julgamento do segundo processo contra o criador do Football Leaks, Rui Pinto, no Juízo Central Criminal de Lisboa. Continua o julgamento do processo BES/GES no Tribunal Central Criminal, Campus de Justiça, Parque das Nações.

Terminam prazos para concorrer ao programa renda acessível em Lisboa

Termina esta segunda-feira o prazo para concorrer ao 29º e 30º concursos do programa de renda acessível da Câmara de Lisboa. O 29º concurso vai atribuir 133 habitações municipais através de concurso por sorteio, enquanto o 30º vai sortear 17 habitações destinadas a pessoas com mobilidade condicionada.

Qual o orçamento da UE para os próximos sete ano?

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) publica esta segunda-feira a revisão do próximo orçamento da União Europeia pós 2027. O orçamento define as prioridades e os limites de despesa da União Europeia para um período de sete anos. Em fevereiro de 2025, a Comissão emitiu uma comunicação sobre “o caminho para o próximo quadro financeiro plurianual” onde descreve os atuais desafios e prioridades políticas pós-2027.

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AstraZeneca reforça a sua presença na China com uma potencial parceria estratégica de 5,3 mil milhões de dólares

  • Servimedia
  • 16 Junho 2025

AstraZeneca estabeleceu uma colaboração de investigação com a empresa chinesa CSPC Pharmaceuticals Group Limited, centrada na descoberta e desenvolvimento de terapias orais para doenças crónicas.

Este acordo consolida a expansão da empresa britânica no país asiático, depois de ter anunciado um investimento de 2,5 mil milhões de dólares em Pequim no início deste ano e múltiplas colaborações que trabalham para acelerar o desenvolvimento de novas soluções com a IA como chave.

Como explicou a empresa, o projeto conjunto centrar-se-á no desenvolvimento de soluções pré-clínicas multi-alvo com potencial para tratar doenças em todas as indicações crónicas, incluindo uma terapia pré-clínica oral de pequenas moléculas para doenças imunitárias. A investigação será conduzida pela CSPC e será apoiada pela sua plataforma de desenvolvimento de medicamentos baseada na inteligência artificial, que permite a análise de padrões de ligação às proteínas e a otimização de compostos para selecionar candidatos com elevado potencial de desenvolvimento.

Nos termos do acordo, a AstraZeneca efetuará um pagamento inicial de 110 milhões de dólares e a CSPC poderá receber até 1,62 mil milhões de dólares em marcos de desenvolvimento e até 3,6 mil milhões de dólares adicionais com base em objetivos comerciais, além de potenciais receitas de vendas. A AstraZeneca também se reserva o direito de obter licenças exclusivas para o desenvolvimento e comercialização global dos compostos identificados.

Sharon Barr, Vice-Presidente Executiva e Diretora de I&D de Biofarmacêuticos, afirmou: “Esta colaboração estratégica em matéria de investigação reforça a nossa vontade de inovar para combater as doenças crónicas, que afetam mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo. O estabelecimento de parcerias sólidas permite-nos combinar as nossas competências científicas complementares e acelerar o desenvolvimento de novas moléculas terapêuticas de elevada qualidade que conduzirão à próxima geração de tratamentos.

Esta aliança faz parte do compromisso crescente da AstraZeneca com a inteligência artificial como uma alavanca fundamental para aumentar a produtividade e acelerar a inovação em I&D. De facto, é um dos maiores investimentos da empresa nesta área até à data. De facto, trata-se de um dos maiores investimentos realizados até à data pela empresa neste domínio. A este respeito, Pascal Soriot, CEO da AstraZeneca, sublinhou recentemente que “a IA está a transformar completamente os cuidados de saúde. Na AstraZeneca, estamos a aplicar a IA em múltiplos campos para nos ajudar a desenvolver novos medicamentos e acelerar a otimização de moléculas, entre outros.

As iniciativas recentes em matéria de IA incluem um investimento de 200 milhões de dólares com a Tempus e a Pathos para desenvolver um modelo de IA em oncologia, uma colaboração de 18 milhões de dólares com a Immunai para melhorar os ensaios clínicos no domínio do cancro e um trabalho conjunto com a Qure.ai para otimizar o rastreio precoce do cancro do pulmão.

 

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