Suécia vai eliminar em 2025 imposto para viagens de avião

  • Lusa
  • 3 Setembro 2024

A eliminação do imposto tem como objetivo impulsionar o transporte aéreo no país e melhorar a acessibilidade em todo o território.

O Governo sueco anunciou esta terça-feira que vai suprimir a partir de 1 de julho de 2025 o imposto ecológico para viagens de avião que tinha sido introduzido em 2018.

A medida estava a ser discutida há vários meses e resulta de um acordo do Governo conservador sueco liderado por Ulf Kristersson, com os seus aliados de extrema-direita Democratas da Suécia, que lhe garantem maioria parlamentar. A eliminação do imposto tem como objetivo impulsionar o transporte aéreo no país e melhorar a acessibilidade em todo o território, segundo os partidos que apoiam a medida.

“Se queremos que haja boas ligações aéreas e que a Suécia seja um centro internacional, não devemos renunciar às vantagens que a Suécia pode ter. Isto está em linha com a nossa política climática a longo prazo”, afirmou Kristersson em conferência de imprensa.

A taxa aérea, introduzida pelo anterior Governo de esquerda, aumentava o preço do bilhete em função da distância percorrida, desde as 76 coroas suecas (6,7 euros) para viagens na Europa a, por exemplo, 504 coroas (44 euros) para países como a Tailândia. A introdução deste imposto representava receitas anuais para o Estado de cerca de 1.800 milhões de coroas (159 milhões de euros).

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O que levou a IGF a suspeitar de crime na privatização da TAP?

A auditoria à TAP identificou contratos e operações financeiras sem fundamentação e a ausência de evidência de prestação de serviços, levantando dúvidas quanto à legalidade de pagamentos.

O relatório da auditoria da Inspeção Geral de Finanças (IGF) às contas da TAP revela suspeitas de crime em várias operações realizadas pela companhia aérea portuguesa, nomeadamente no processo de privatização, que terá sido financiado com um empréstimo de 226 milhões de dólares com garantia dada pela própria empresa. O Governo já encaminhou o relatório ao Ministério Público (MP) e à Assembleia da República, após o ter recebido na semana passada.

A auditoria realizada pela IGF, a pedido do então ministro das Finanças Fernando Medina em 2023, na sequência da comissão parlamentar de inquérito à gestão da transportadora aérea, passou a pente fino as contas da TAP no período entre 2005 e 2022, procurando averiguar se “os contratos e acordos objeto da presente auditoria celebrados pelo Grupo TAP estão legalmente suportados e existe evidência dos respetivos fluxos financeiros associados, em termos de suporte documental e do registo contabilístico”.

Num documento com 87 páginas, a IGF levanta dúvidas em relação a várias operações, desde logo o processo de privatização da própria empresa. A auditoria conclui que a compra de 61% da companhia aérea ao Estado, em 2015, por um consórcio (Atlantic Gateway) liderado por David Neelman foi financiada com um empréstimo de 226 milhões de dólares concedidos pela Airbus, numa operação vinculada à compra 53 aviões à Airbus pela TAP. Caso a operadora aérea não finalizasse a aquisição teria que reembolsar os 226 milhões, o que significa que a empresa foi comprada com garantia dada pela própria TAP.

A IGF realça que a “Atlantic Gateway adquiriu 61% do capital da TAP, comprometendo-se a proceder à sua capitalização através de prestações suplementares de capital, das quais 226,75 milhões de dólares foram efetuadas através da sócia DGN com fundos obtidos da Airbus, com base no denominado Framework Agreement, celebrado entre as empresas Atlantic Gateway, a DGN e Airbus, em junho de 2015”, notando uma “relação de causalidade entre a aquisição das ações e a capitalização da TAP, SGPS pela Atlantic Gateway, e os contratos celebrados entre a TAP, SA e a Airbus“.

A assinatura destes contratos “impôs à TAP, SA, a assunção do compromisso de aquisição das 53 aeronaves sem que tivesse meios financeiros para o fazer, sob pena de ser acionada a cláusula de penalização no montante de 226,75 milhões de dólares”.

“Tendo em conta a atividade da Airbus e a sua vertente eminentemente comercial, a disponibilização desse montante parece sugerir que terá sido a contrapartida pela celebração do acordo de renovação da frota, mediante a substituição da encomenda dos aviões Airbus A350 pelos A330, bem como a compra de novos aviões A320neo e A330neo, cujas penalidades pela falta de cumprimento da TAP, SA perfazem exatamente o valor das prestações suplementares de capital assumidas pela Atlantic Gateway, mas que indiretamente terão sido financiadas pelos fundos Airbus (226,75 milhões de dólares)”, reforça o documento, que pode ler aqui.

Daqui pode inferir-se que as prestações suplementares de capital efetuadas pela Atlantic Gateway à TAP, SGPS resultaram de fundos da AIRBUS que a própria TAP, SGPS, através dos contratos celebrados posteriormente com aquela empresa, se comprometeu a pagar.

Auditoria da IGF às contas da TAP

A IGF conclui que “daqui pode inferir-se que as prestações suplementares de capital efetuadas pela Atlantic Gateway à TAP, SGPS resultaram de fundos da Airbus que a própria TAP, SGPS, através dos contratos celebrados posteriormente com aquela empresa, se comprometeu a pagar, não decorrendo, por isso, diretamente da acionista Atlantic Gateway, mas sim de um terceiro com interesses diretos nos negócios da empresa e através de fundos que posteriormente viria a recuperar mediante pagamentos a que a TAP, SA se vinculou contratualmente (efetuados por via da aquisição das aeronaves ou decorrentes de penalizações por eventuais incumprimentos)”.

Esta operação complexa afigura-se suscetível de contornar a proibição imposta pelo n.º 1 do artigo 322.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), o qual impede que uma sociedade conceda empréstimos ou forneça fundos a um terceiro para que este adquira ações do seu próprio capital, cuja penalidade consiste na nulidade dos contratos ou atos unilaterais que lhe estão subjacentes.

Auditoria da IGF às contas da TAP

Esta operação terá contornado o código das sociedades comerciais, que impede uma empresa de conceder empréstimos ou fundos a um terceiro para que este compre ações da empresa.

Esta operação complexa afigura-se suscetível de contornar a proibição imposta pelo n.º 1 do artigo 322.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), o qual impede que uma sociedade conceda empréstimos ou forneça fundos a um terceiro para que este adquira ações do seu próprio capital, cuja penalidade consiste na nulidade dos contratos ou atos unilaterais que lhe estão subjacentes”, refere o relatório.

Ainda em relação ao processo de privatização, a IGF realça que “salienta-se que toda a operação foi previamente apresentada à Parpública e aos membros do Governo das áreas das Finanças e das Infraestruturas”.

Em relação a este assunto, a Parpública destaca que importa distinguir juridicamente a aquisição de ações e a realização de prestações suplementares, uma vez que obedecem a regras e procedimentos distintos”.

Perdas superiores a 900 milhões no Brasil

A IGF afirma ainda que a “racionalidade económica da decisão da administração da TAP, SGPS, de participar no negócio da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, SA (VEM/TAP ME Brasil) e, posteriormente, de não partilhar os riscos e encargos daquela participação com a Geocapital – Investimentos Estratégicos, SA não foi demonstrada“.

“Perspetivam-se perdas muito significativas com aquele negócio pela não recuperabilidade dos valores envolvidos, que, até 2023, ascendiam a 906 milhões de euros”, sublinha.

O relatório aponta ainda que “a TAP, SGPS, optou por ficar como acionista única da Reaching Force (e, por essa via, detentora de 90% do capital da VEM) tendo, para o efeito, exercido, em fevereiro de 2007, a call option sobre as ações detidas pela Geocapital (8.500 ações, correspondentes a 85% do capital), mediante o pagamento de um prémio de 20% sobre a totalidade dos valores investidos e incorridos por esta”.

A auditoria conclui ainda que renegociar a parceria com a Geocapital tinha permitido à TAP, SGPS “manter o parceiro, partilhar riscos, investimentos e despesas e evitar o pagamento do prémio de 20% àquela sociedade (nestes termos, o dispêndio da TAP, SGPS no imediato, seria inferior a metade do que veio a ocorrer na sequência da decisão tomada)”.

Pagamento de serviços “simulados” ao CA

As remunerações a membros do Conselho de Administração são outros dos aspetos focados no relatório, com a IGF a identificar discrepâncias entre os valores remuneratórios deliberados pela CV (3.524.922 euros) e os efetivamente cobrados pela Atlantic Gateway (4.264.260 euros), uma diferença de 739.338 euros justificada pela TAP como o resultado da aplicação da Taxa Social Única (TSU) aos valores deliberados em CV, “embora não tenha sido apresentada qualquer evidência que ateste tal justificação”.

“No entanto, mesmo considerando a TSU o valor (4 238 126 euros) é ainda inferior em 26.134 euros relativamente ao faturado”, acrescenta.

“Dados disponíveis levam-nos a concluir que o pagamento das remunerações aos administradores em causa foi efetuado através de um contrato de prestação de serviços simulados (pois aparentemente o fim não era o mesmo para o qual fora celebrado), apresentando-se apenas como instrumental para o efeito pretendido, procedimento que se afigura irregular no pagamento/recebimento das remunerações aos membros do CA, que, assim, eximiram-se às responsabilidades quanto à tributação em sede de IRS e contribuições para a Segurança Social”, refere o relatório, acrescentando que “a entidade auditada não apresentou qualquer fundamentação suscetível de justificar a adoção deste procedimento inadequado.

A TAP pagou ainda a Fernando Pinto, antigo CEO da companhia, 8,5 milhões, entre 2007 e 2020, além de outros benefícios, incluindo 326,7 mil euros por férias não gozadas.

11,7 milhões em consultoria geram dúvida

O relatório conclui ainda que, “entre 2005 e 2022, a TAP, SGPS e a TAP, SA, contrataram serviços de consultoria no montante total de 400,6 milhões de euros, envolvendo cerca de 1.308 entidades, sendo que, nos contratos celebrados com a Seabury Aviation Consulting, LLC e a KPMG & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, SA, no valor total de 11,7 M€, não foi possível identificar claramente o beneficiário desses serviços”.

O relatório elaborado pela IGF está agora nas mãos do Ministério Público para averiguar eventuais práticas ilegais.

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TAP. Sérgio Monteiro disponível para voltar ao Parlamento

O ECO sabe que Sérgio Monteiro está disponível para atender aos requerimentos dos partidos e voltar ao parlamento para falar sobre a TAP, mais de um ano depois de ter sido ouvido na CPI à companhia.

Sérgio Monteiro, antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações no governo social-democrata de Pedro Passos Coelho, que lidou com o dossiê da TAP, está disponível para prestar esclarecimentos aos deputados sobre a TAP, sabe o ECO, conforme solicitado pelos partidos políticos, após as conclusões da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) às contas da TAP.

O ECO sabe que Sérgio Monteiro está disponível para voltar ao parlamento e falar sobre este tema, mais de um ano depois de ter estado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP. O gestor foi secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações entre junho de 2011 e outubro de 2015, lidando com dossiês como as privatizações da TAP, da ANA e dos CTT.

Em junho de 2023, Sérgio Monteiro defendeu na CPI à TAP que teria sido possível intervir na companhia aérea durante a pandemia sem a injeção de 3,2 mil milhões, caso não tivesse acontecido a recompra de capital feita pelo Governo de António Costa em 2017. E defendeu que que a privatização conduzida pelo Governo PSD/CDS continha “contratos e instrumentos legais que operariam em cenários adversos, improváveis ou extremos” como é o caso da pandemia, que o levam a afirmar que “havia alternativa” à injeção de 3,2 mil milhões de euros realizada no âmbito do plano de reestruturação.

Sérgio Monteiro recordou que, sem a privatização de 2015, a empresa teria de pedir um novo empréstimo de emergência, tal como tinha acontecido em 2013, que não podia durar mais de seis meses. “Em 2015, inevitavelmente, aconteceria a mesma coisa. A emergência de tesouraria seria a mesma, com custos mais elevados. Os relatos eram de uma tesouraria depauperada: ou havia privatização ou a necessidade de auxílio público. Não me parece que havia terceira via”, sinalizou.

Para aceitarem manter o financiamento à TAP na privatização de 2015, os bancos credores (CGD, Millennium BCP, BPI, Novobanco e Santander) exigiram uma carta de conforto que garantisse que o Estado recompraria o capital (o chamado direito potestativo) e asseguraria o pagamento da dívida caso a empresa, já detida maioritariamente pela Atlantic Gateway, entrasse em incumprimento.

Sobre este tema, o antigo secretário de Estado rejeitou que as cartas de conforto fossem para a dívida toda, porque o acordo relativo à estabilidade económica e financeira da TAP, assinado com a Atlantic Gateway, “evitava que o Estado tivesse de exercer o direito potestativo em condições piores do que na privatização”.

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Uptec à procura de ideias de negócio

Candidaturas à Escola das Startups, que tem um custo de mais de 400 euros, decorrem até 24 de setembro.

O Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (Uptec) está à procura de até 30 ideias de negócio em áreas como web3, ambiente ou saúde. As candidaturas ao programa de aceleração Escola das Startups, que tem um custo acima de 400 euros, decorrem até 24 de setembro.

Com duração de três meses, o programa de aceleração vai apoiar ideias de negócio de áreas como web3, saúde, artes & design, turismo, ambiente, energia, espaço, fintech, inteligência artificial, entre outras temáticas. Os projetos selecionados “vão ter a oportunidade de trabalhar nos espaços da Uptec, participar nos mais de 100 eventos que a Uptec organiza por ano, e aceder a uma vasta rede de investidores, parceiros da indústria e empreendedores”, destaca a escola em comunicado.

Mentoria individual conduzida por mais de 30 especialistas”, mas também acesso a 11 workshops, totalizando cerca de 100 horas de formação, com temas como análise de mercado, diferenciação, marketing, estratégia de preço, propriedade intelectual, preparação para investimento e treino de pitch, são outras das valências que os participantes terão acesso.

Em 11 edições, o programa de aceleração da Uptec já apoiou quase 500 empreendedores e mais de 200 projetos empresariais, dos quais resultaram 70 empresas.

Smartex.ia, Addvolt, Wisecrop, B-Parts, Summary, FAHR 021.3 são algumas das empresas que já passaram por este programa, tendo angariado mais de 65 milhões de euros em investimento, informa comunicado. O programa tem um custo de 425 euros (mais IVA).

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PSD critica “timing” do relatório da IGF sobre a TAP após escolha de Maria Luís para comissária europeia

A bancada do PSD considera ainda assim que o documento "não será problemático" para a candidata a comissária que ainda tem de passar pelo crivo do Parlamento Europeu.

O grupo parlamentar do PSD criticou, esta terça-feira, o “timing” da divulgação da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre à privatização da TAP, em 2015, logo depois de o Governo ter escolhido para comissária europeia, Maria Luís Albuquerque, que, enquanto ministra das Finanças, esteve envolvida no negócio.

Para o deputado do PSD, Gonçalo Lage, o relatório vem “completamente fora do tempo”. No entanto, considera que não deverá beliscar a reputação de Maria Luís, que ainda tem de passar pelo crivo do Parlamento Europeu para chegar efetivamente a comissária: “Não me parece que seja problemático”.

Apesar de estranhar o “timing” do relatório, uma vez que o documento “ainda nem sequer chegou à Assembleia da República, o deputado não quer colocar em causa a independência da IGF. Mas deixou uma farpa no ar: “Estamos na altura das instituições estarem ao serviço do país e não ao serviço da política”.

Para Gonçalo Lage, “há uma precipitação grande de vários partidos a comentar e a elaborar sobre um relatório que ainda não é do conhecimento dos deputados, que ainda não foi enviado para a comissão de economia”. “É estranho estarem a fazer esta apreciação”, atirou.

Por isso, a bancada laranja “entregou, no Parlamento, um requerimento para ouvir o responsável da IGF para que possa prestar todos os esclarecimentos e para fazer a apresentação do relatório, explicando todas as questões que surgiram”. O inspetor-geral de Finanças (IGF), António Ferreira dos Santos, está de saída do cargo. No âmbito da primeira fase da reforma da Administração Pública, as comissões de serviço de vários dirigentes cessam automaticamente e uma das primeiras é a de Ferreira dos Santos, a 1 de novembro. No entanto, está previsto que se mantenha em funções até à conclusão dos respetivos processos de fusão ou reestruturação.

De lembrar que o documento conclui que a TAP foi comprada por David Neeleman com dinheiro da própria empresa, no entanto, o social-democrata rejeita essa conclusão, porque “tecnicamente não é possível um acionista entrar na empresa sem ter comprado as ações“, argumentou.

Todos os partidos da oposição já pediram o afastamento de Miguel Pinto Luz da gestão do novo processo de reprivatização da TAP, uma vez que esteve envolvido no negócio da venda da companhia aérea, em 2015, enquanto secretário de Estado das Infraestruturas. Mas o PSD mantém total confiança no agora ministro das Infraestruturas. “O senhor ministro Miguel Pinto Luz exercia funções como secretário de Estado, concluiu o processo de privatização da empresa e tem todas as condições para exercer as funções como ministro”, frisou o deputado Gonçalo Lage.

(Notícia atualizada às 17h11)

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Porto Business School lança programa para ensinar executivos a aproveitarem IA

Novo programa da Porto Business School vai ensinar executivos a aproveitarem inteligência artificial de forma estratégia. Inscrições já estão abertas, sendo que a formação arranca no fim deste mês.

A Porto Business School decidiu lançar um novo programa para ensinar os executivos, gestores e profissionais a aproveitarem a Inteligência Artificial (IA) de forma estratégica. Com início marcado para 30 de setembro, o programa será lecionado em inglês e exige um investimento de 1.700 euros.

“A Porto Business School continua a expandir a sua oferta formativa na área da inteligência artificial e acaba de lançar o open executive program (OEP) de AI Strategy for Executives“, anuncia a escola, numa nota enviada às redações.

No âmbito deste programa serão abordadas não só as principais aplicações da IA, mas também as “etapas necessárias para a criação de uma estratégia empresarial em torno desta área“.

“Os participantes ficarão a compreender as verdadeiras potencialidades da inteligência artificial para as empresas num vasto leque de setores, sendo capazes de a aplicar em contextos reais. Serão também capazes de criar e implementar uma estratégia de negócios de IA, enfatizando a análise de dados, a tecnologia e as pessoas”, garante a Porto Business School.

Além disso, os participantes vão ficar a conhecer “os principais obstáculos que as organizações enfrentam na transição para um modelo com base em dados, algoritmos e IA”, bem como “as estratégias para superar os desafios colocados pela utilização destas ferramentas”.

Este programa, cujas inscrições estão abertas, dirige-se a executivos de empresas, gestores, líderes empresariais, empreendedores e profissionais interessados na área. Arrancará a 30 de setembro e terá três sessões, num total de 24 horas de formação.

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Governo estuda ligação da Linha do Vouga à Linha do Norte

  • Lusa
  • 3 Setembro 2024

Miguel Pinto Luz diz que não há soluções fechadas nem detalhadas para essa ligação à Linha do Norte, mas assumiu-a como uma "prioridade" para o executivo.

O Governo está a estudar a possibilidade de ligar a Linha do Vouga à Linha do Norte, admitiu esta terça-feira o ministro das Infraestruturas, que não quis adiantar mais detalhes após se reunir com a Área Metropolitana do Porto (AMP). “Estamos a estudar a possibilidade de ligar [a Linha do Vouga] à Linha do Norte. Hoje não ficou definido aqui. É o anseio dos autarcas e o Governo comprometeu-se a ir ao encontro e a tentar encontrar soluções para ir ao encontro de um anseio dos autarcas”, disse aos jornalistas, no Porto.

Miguel Pinto Luz falava na sede da AMP após se reunir com os autarcas da sub-região, em que abordou temas como como o tráfego de TVDE, a gestão do trânsito na Via de Cintura Interna (VCI), o Metro do Porto, a Linha do Vouga ou a Habitação. Porém, referiu que não há soluções fechadas nem detalhadas para essa ligação à Linha do Norte, mas assumiu-a como uma “prioridade” para o executivo do PSD/CDS-PP liderado por Luís Montenegro, residente em Espinho, precisamente o concelho que deixou de ter um interface direto entre as linhas do Vouga e Norte.

Em 19 de agosto, o deputado socialista Hugo Oliveira criticou o pedido de “secretismo” do Ministério das Infraestruturas relativamente a reuniões sobre a Linha Férrea do Vouga, que aguarda obras no troço de Oliveira de Azeméis até Espinho. Hugo Oliveira explica que ficou a saber do pedido de confidencialidade pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis: “Joaquim Jorge Ferreira afirmou em reunião de câmara (…) que tinha ‘indicação do ministro para não revelar o que foi discutido na reunião’ entre esse e os autarcas da AMTSM” sobre vários cenários de desenvolvimento para o percurso do chamado Vouguinha.

O ministro das Infraestruturas disse que “não há secretismo nenhum” e que as suas reuniões “são todas transparentes”. À data, à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis não quis comentar o assunto nem as suas ambições para a Linha do Vouga. O Ministério das Infraestruturas, por sua vez, também não esclareceu que justificação tinha o pedido de silêncio dirigido aos autarcas.

Fonte oficial do gabinete de Miguel Pinto Luz reconhece, contudo, que na referida reunião foram “debatidos vários cenários de desenvolvimento da Linha do Vouga, com objetivo de potenciar a sua ligação ao núcleo central da Área Metropolitana do Porto, bem como servir toda a população daquela região com as melhores respostas de mobilidade”.

Na mesma resposta à Lusa, o gabinete acrescenta que “o ministro das Infraestruturas teve oportunidade de apresentar o ponto de situação das empreitadas realizadas, em curso e previstas em toda a extensão da Linha do Vouga”, mas, embora isso lhe tivesse sido solicitado, não indicou quais são essas intervenções.

O gabinete conclui que a beneficiação da Linha do Vouga é um processo “que está em curso e terá continuidade, como previsto no Plano Nacional de Investimentos 2030”. A Linha do Vouga está também ausente do sistema intermodal Andante, algo que já gerou troca de declarações públicas entre a AMP, os Transportes Intermodais do Porto (TIP) e a CP – Comboios de Portugal.

A CP enviou um pedido à AMP para integrar a Linha do Vouga no Andante há um ano, mas a Comissão Executiva da AMP afirma que os erros de bilhética na Unir têm impedido a integração. A ausência na Linha do Vouga do sistema Andante impede, por exemplo, os passageiros frequentes de utilizarem o passe Andante metropolitano no comboio, com o respetivo acréscimo de custos (89 euros de dois passes em vez de 40 do passe único), para chegarem ao Porto, criando uma situação de tratamento desigual face aos restantes utilizadores de transportes públicos da AMP.

O trajeto entre Oliveira de Azeméis e Espinho é feito durante mais de uma hora e a estação de Espinho-Vouga fica a cerca de 500 metros da estação de Espinho da Linha do Norte, servida pelos urbanos da CP com ligações ao Porto e a Aveiro, bem como aos comboios de longo curso.

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Leia aqui o relatório da IGF às contas da TAP

A auditoria às contas da TAP levanta suspeitas quanto ao processo de privatização da companhia aérea e critica a decisão de participar na manutenção no Brasil sem partilhar riscos.

A auditoria da Inspeção Geral das Finanças (IGF) às contas da TAP revela que a compra da TAP ao Estado em 2015 pelo consórcio liderado por David Neeleman foi feita através de um processo no qual a própria companhia aérea deu a garantia ao empréstimo que permitiu a transação, contornando o código das sociedades comerciais, que impede uma empresa de conceder empréstimos ou fundos a um terceiro para que este compre ações da empresa.

O relatório aponta suspeitas de ilegalidades, o que levou a IGF a recomendar ao Executivo o envio do documento para o Ministério Público.

Leia aqui na íntegra o relatório da IGF às contas da TAP.

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Startup mais promissora da Web Summit Starkdata aponta mira aos EUA e Reino Unido

Depois de fechar parceria com a norte-americana Mega.AI, a startup portuguesa de analítica preditiva com recurso a IA aponta, já para 2025, mira ao mercado externo. Arranca com ronda em outubro.

Equipa Starkdata

A Starkdata, considerada uma das startups mais promissoras na edição do ano passado da Web Summit, fechou uma parceria com a norte-americana Mega.AI e está a dar gás ao plano de expansão internacional. A startup portuguesa de analítica preditiva com recurso a IA aponta, já para 2025, mira aos Estados Unidos, Reino Unido e Suíça.

“Portugal é um mercado que nunca iremos descurar. É aquele onde nascemos e que permitiu que chegássemos até aqui. Em termos de mercados externos, estamos muito focados nos EUA, que é difícil apesar da sua dimensão, e também no Reino Unido e na União Europeia”, adianta Paulo Figueiredo, CEO da Starkdata, ao ECO.

2025 é o ano em que projetamos conseguir os nossos primeiros clientes nos EUA, iniciar os contactos com empresas no Reino Unido, aumentarmos as nossas vendas em Portugal e entrarmos em mais países da Europa“, detalha o gestor.

A parceria recentemente fechada com a norte-americana Mega.AI vai dar impulso a esse crescimento. “É uma parceria no verdadeiro sentido do termo. A Starkdata e a Mega.AI perceberam o enorme valor para os seus clientes de uma oferta conjunta e integrada de ambos os seus produtos: chatbots de voz e analítica preditiva de clientes”, começa por explicar Paulo Figueiredo.

“A Starkdata fornece indicadores preditivos aos chatbots da Mega.AI que interagem com os clientes tornando-os mais eficazes, por seu lado, a Starkdata obtém dados em tempo real de interações com clientes que integra na sua analítica preditiva de cliente. Uma verdadeira simbiose de tecnologia IA”, continua.

A parceria “traduz-se também na abordagem em conjunto de clientes no mercado europeu e norte-americano, por partes das equipas comerciais da Mega e da Starkdata”, acrescenta. “Para nós é um excelente canal de distribuição da nossa plataforma, e uma forma muito rápida de entrar em novos mercados com estes parceiros, que têm sido verdadeiramente extraordinários”, aponta.

A internacionalização vai ser assim agilizada pela “comercialização de produto via canais de parceiros, que é a forma preferencial pois minimiza custos de estrutura”. Mas não só. A entrada no mercado externo passa “também por estabelecermos a nossa presença, mas apenas nos mercados que o justifiquem pela sua dimensão e pelo potencial de negócio. O objetivo são os EUA, mas estamos também a avaliar o Reino Unido e a Suíça, para os quais fomos já convidados.

Ronda de investimento a partir de outubro

Há quatro anos no mercado, a startup tem sido até ao momento financiada com meios próprios. “E fizemos questão de o ser. Acredite que ter uma startup de produto tecnológico para empresas, self-funded, durante quatro anos em Portugal, dois dos quais em pandemia, não é tarefa fácil. O capital pertence na sua totalidade aos fundadores, mas será alargado a colaboradores chave, e é neste momento de 130.000 euros”, adianta Paulo Figueiredo.

Mas o objetivo de entrada em novos mercados “vai necessariamente exigir o levantar de capital, pois é muito difícil fazê-lo apenas com recursos próprios”, admite. “Mas não estamos reféns do sucesso desta operação para fazermos aquilo que temos de fazer, com maior ou menor exigência vamos efetuar a internacionalização da Starkdata”, garante o gestor.

Paulo Figueiredo, da Starkdata

Ir ao mercado deverá acontecer em breve. “Vamos iniciar o processo de ronda de investimento a partir de quarto trimestre deste ano (outubro), e gostávamos de o concluir até ao fim do segundo trimestre de 2025 (junho)”, adianta Paulo Figueiredo, quando questionado sobre os prazos para uma ida ao mercado, embora sem adiantar montantes alvo.

“Em relação a montantes é prematuro estarmos a falar publicamente, mas o que podemos dizer é que é nossa preferência ter um grupo de investidores nacionais e internacionais, com capacidade de desenvolver o negócio da empresa em novos mercados e no mercado nacional”, refere, sem mais detalhe.

Equipa deverá crescer

Neste momento, a Starkdata tem uma equipa de 10 pessoas. “Esperamos um crescimento de 50% em 2025 apenas para o negócio nacional. A expansão internacional exigirá, pelo menos, um crescimento de 100%, mas que ocorrerá de forma faseada e com seleção criteriosa”, diz Paulo Figueiredo.

“Temos um processo de recrutamento que acabou de concluir, para as vagas de Data Science e Full Stack. Mas iremos abrir um novo processo de recrutamento para Front End, Full Stack, AI Engineer e também para pessoas com formação em Matemática Discreta, Estatística ou Física. Este novo processo iniciar-se-á em 2025 e escolheremos os três melhores candidatos”, precisa.

“Temos um modelo de trabalho híbrido mas com uma forte componente presencial. Estamos a construir um produto disruptivo e inovador que queremos internacionalizar, que só se consegue com uma equipa coesa e forte espírito de entreajuda. Isso é muito difícil de se conseguir de forma não presencial”, considera.

Objetivos de negócio: duplicar faturação

“O nosso objetivo é crescer o negócio de forma sustentável e rentável, e por isso focamo-nos sobretudo na rentabilidade das vendas e dos capitais próprios”, diz o CEO quando questionado sobre os objetivos de negócio da empresa.

“Para 2025 temos como objetivo duplicar a nossa base de clientes, duplicar a nossa faturação e entrar em três novos mercados. Isto mantendo uma rentabilidade ajustada ao nosso nível de risco. É uma equação muito difícil, talvez ambiciosa demais, mas se fosse nosso hábito escolher o caminho mais fácil, não estávamos aqui”, diz.

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Rui Lanceiro reforça equipa de Direito Público da Pinto Ribeiro Advogados

Rui Lanceiro vai integrar a equipa de Direito Público da Pinto Ribeiro Advogados. O advogado exerceu, até abril de 2024, funções no Gabinete do Ministro do Ambiente e da Ação Climática.

Rui Lanceiro vai integrar a equipa de Direito Público da Pinto Ribeiro Advogados. O advogado exerceu, até abril de 2024, funções no Gabinete do Ministro do Ambiente e da Ação Climática. O advogado passa a integrar a equipa de Direito Público, coordenada pela sócia Inês Ucha.

Nos últimos anos, entre abril de 2022 e abril de 2024, Rui Lanceiro exerceu funções no Gabinete do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, no qual acompanhou o procedimento legislativo e regulamentar em áreas de Direito do Ambiente e da Energia, elaborou pareceres e acompanhou o contencioso do Ministério, sendo também responsável pelo acompanhamento dos procedimentos administrativos de licenciamento ambiental e de avaliação de impacto ambiental.

Além de Advogado, o Rui Lanceiro é Professor Auxiliar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde leciona há mais de 18 anos e onde obteve o seu doutoramento em Direito (ciências jurídico-políticas), com louvor e distinção. Tem um percurso com especialização, nomeadamente, nas áreas do Direito Administrativo, do Direito da União Europeia, do Direito do Ambiente, ou do Direito da Energia.

Foi, durante nove anos, assessor do Gabinete de Juízes do Tribunal Constitucional, prestando funções de assessoria no âmbito da fiscalização da constitucionalidade e da legalidade de normas, bem como no âmbito das restantes atribuições do Tribunal Constitucional.

A sua experiência no setor público inclui ainda a assessoria na Agência Portuguesa do Ambiente (APA) durante a Presidência Portuguesa do Conselho da UE, bem como funções em diversos gabinetes ministeriais, nomeadamente no gabinete do Secretário de Estado do Ambiente (2010-2011), da Ministra da Saúde (2009-2010) e do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros (2008-2009).

De acordo com Inês Ucha, sócia e coordenadora do Departamento de Direito Público, “é um privilégio para a Pinto Ribeiro Advogados e para o Departamento de Direito Público e Regulatório passar a contar com um advogado com o perfil e experiência do Rui. Tendo em conta a sua carreira académica e expertise, a integração do Rui é mais um passo decisivo no crescimento estratégico das áreas de prática jurídica de Energia e Ambiente”.

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Porto sugere ao Governo limitar número de serviços TVDE disponíveis por cidade

  • Lusa
  • 3 Setembro 2024

Rui Moreira disse que, no caso do Porto, há conhecimento sobre o número de táxis a circular (cerca de 800), mas não de quantos TVDE circulam numa cidade marcada pelo excesso de tráfego.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, sugeriu esta terça-feira ao ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, a limitação do número de serviços TVDE nas cidades em dado momento, de forma a evitar tráfego excessivo, disse aos jornalistas.

Vamos imaginar que o Porto tem uma capacidade de ter a operar dentro do seu território dois mil TVDE [Transporte em Veículo Descaracterizado]. Podemos até dividir o Porto em setores. A partir do momento em que estão mais carros do que esse número, a plataforma deixa de funcionar para os outros”, explicou assim Rui Moreira aos jornalistas a proposta feita ao governante.

Miguel Pinto Luz esteve reunido com os autarcas na sede Área Metopolitana do Porto (AMP), discutindo temas da mobilidade na sub-região, como o tráfego de TVDE na cidade, a gestão do trânsito na Via de Cintura Interna (VCI), o Metro do Porto, a Linha do Vouga ou a Habitação. Sobre os TVDE, Rui Moreira disse que, no caso do Porto, há conhecimento sobre o número de táxis a circular (cerca de 800), mas não de quantos TVDE circulam numa cidade marcada pelo excesso de tráfego.

“Não há forma de contingentação de TVDE, o que faz com que a determinadas horas haja um excesso de TVDE na cidade”, refere o autarca, falando num “impacto negativo, por um lado, para a mobilidade da cidade” e também para os próprios operadores de TVDE, “porque o excesso de oferta leva a preços extremamente reduzidos”.

Assim, segundo a solução proposta, para Rui Moreira “por um lado resolve-se o problema da mobilidade, permite conhecer e mapear onde é que os TVDE estão, não cada TVDE mas perceber onde é que eles estão, onde é que está o ‘enxame'”, e para os operadores também seria “vantajoso porque não vão entrar em dumping“.

Questionado sobre se os TVDE à espera de viagens também poderiam criar trânsito, Rui Moreira vincou que “os TVDE quando estacionarem têm que se comportar como qualquer veículo privado, pelo menos na teoria”.

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Falta de funcionários judiciais causa stress nos magistrados do Ministério Público

As conclusões do “Estudo sobre condições de trabalho, desgaste profissional e bem-estar dos magistrados do Ministério Público portugueses”, são apresentadas esta sexta-feira.

O elevado volume processual, a falta de apoio à conciliação entre trabalho e família, o impacto das inspeções judiciais ao desempenho profissional, a participação nos concursos para movimentos e a falta de oficiais de justiça são alguns dos motivos apontados como “riscos psicossociais com preocupantes riscos para a saúde” dos magistrados do Ministério Público.

As conclusões do “Estudo sobre condições de trabalho, desgaste profissional e bem-estar dos/as magistrados/as do Ministério Público portugueses/as”, são apresentadas esta sexta-feira, 6 de Setembro, pelas 14h30, no auditório do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), em Lisboa.

Recorde-se que o estudo, coordenado pelos investigadores Paula Casaleiro e João Paulo Dias, resulta de um acordo de Colaboração entre o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES), no âmbito do Observatório Permanente da Justiça, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP).

Os dados já conhecidos dão conta de “fatores de riscos psicossociais com preocupantes riscos para a saúde, como sejam as fortes exigências cognitivas, o elevado ritmo de trabalho, o preocupante conflito entre trabalho e família e as alarmantes exigências emocionais”, segundo explica o documento.

Entre os fatores de risco específicos da magistratura do Ministério Público, “destaque para os/as que consideram como sendo causas muito stressantes para o seu exercício profissional: o elevado volume processual; a falta de apoio à conciliação entre trabalho e família; o impacto das inspeções judiciais ao desempenho profissional; a participação nos concursos para movimentos; e, a falta de oficiais de justiça”.

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