CDU vai propor salário mínimo nos 1.000 euros a partir de 1 de julho

  • Lusa
  • 28 Março 2025

"Não vale a pena nós andarmos a vender a ideia de que Portugal está melhor, a vida está melhor e depois há quase 50% dos trabalhadores portugueses numa situação destas", disse Paulo Raimundo.

A CDU vai voltar a propor no seu programa eleitoral a fixação do salário mínimo nacional nos 1.000 euros, a partir de 1 de julho, indicou esta sexta-feira o secretário-geral do PCP, defendendo que seria “um sinal de futuro”.

Os 1.000 euros de salário mínimo nacional a 1 de julho é um sinal de futuro e é um sinal que se dá para a frente, para o aumento geral dos salários. É uma questão fundamental”, afirmou Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas em Lisboa, à margem da Manifestação Nacional dos Jovens Trabalhadores, promovida pela Interjovem-CGTP-IN.

O secretário-geral do PCP salientou que essa proposta vai constar no programa eleitoral da CDU para as eleições legislativas, que será apresentado em 08 de abril, ressalvando que não se trata de uma novidade, uma vez que, nas últimas legislativas, a coligação integrada por PCP e PEV também já tinha defendido a fixação do salário mínimo nacional nos 1.000 euros a partir de 01 de maio de 2024.

No entanto, Paulo Raimundo defendeu que continua a ser necessária, uma vez que disse haver atualmente em Portugal “dois milhões e meio de trabalhadores que ganham menos de mil euros de salário mínimo por mês”, o que significa que “levam para casa 750 ou 800 euros líquidos para gerir a sua vida”.

“Ora, isto não é possível continuar assim. Não vale a pena nós andarmos a vender a ideia de que Portugal está melhor, a vida está melhor e depois há quase 50% dos trabalhadores portugueses numa situação destas. Isto não é possível. Não pode e não vai continuar assim com esta proposta”, disse.

Questionado sobre o que é que é preciso fazer para responder às reivindicações dos jovens que se estão hoje a manifestar, Paulo Raimundo defendeu que “é preciso exigir a vida melhor a que os jovens têm direito”, garantindo que ficam em Portugal a estudar e a trabalhar.

“E, para isso, é preciso criar condições para responder a três questões fundamentais: fim da precariedade, aumento dos salários, fixar o salário mínimo nacional nos 1.000 euros em 1 de julho deste ano e, de uma vez por todas, responder à questão fundamental do acesso à habitação. Sem isto, não há volta a dar”, considerou.

Sobre se admite demitir-se caso o PCP venha a perder representação parlamentar, Paulo Raimundo respondeu que a CDU precisa “é de mais força para responder” às três questões que elencou. “E esta gente que está aqui a reivindicar isto sabe disso. E, portanto, não nos vai tirar força, vai-nos dar força porque esta é a única solução para responder aos problemas dos jovens trabalhadores e da juventude em geral no nosso país”, disse.

Nestas declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo foi ainda questionado sobre as críticas que Rui Tavares, porta-voz do Livre, lhe fez por ter aceitado o modelo de debates televisivos proposto pela AD, a coligação seria representada pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, nos debates com o BE, Livre e PAN e não por Luís Montenegro.

Na resposta, o secretário-geral do PCP recordou que, na campanha para as legislativas de há um ano, Montenegro tinha-se igualmente recusado a participar no debate com a CDU, mas a coligação “encarou a situação” e disse que só iria debater com Luís Montenegro.

“E a verdade é que Luís Montenegro tinha [inicialmente] essa pretensão. Enrolou a corda e teve de debates connosco naquelas circunstâncias, comigo em Lisboa e Luís Montenegro no Porto, nos estúdios da RTP, mas debatemos cara a cara, frontalmente. É isso que eventualmente vai acontecer com outros”, antecipou.

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+M

Desafio Global conquista prata e bronze nos Heavent Awards Cannes

  • + M
  • 28 Março 2025

A Desafio Global, única agência portuguesa premiada, conquistou a distinção de prata com um evento para a Deloitte e a de bronze com um evento para a Toyota Motor Europe.

A Desafio Global venceu dois troféus nos Heavent Awards Cannes 2025. A única agência portuguesa premiada no evento conquistou a distinção prata na categoria BtoB Event Award, com o projeto Deloitte IRGA Awards 2024, e bronze na categoria Internal Communication Event Award, com o evento Charged to Lead, desenvolvido para a Toyota Motor Europe.

Estas distinções são um testemunho do compromisso da Desafio Global com a inovação, a excelência criativa e a capacidade de transformar ideias em experiências impactantes. Vencer nos Heavent Awards, um dos prémios internacionais mais prestigiados da indústria de eventos, reforça o nosso posicionamento e motiva-nos a continuar a criar eventos que deixam marca”, diz Pedro Rodrigues, diretor da Desafio Global, citado em comunicado.

No caso do evento da Deloitte, este destacou-se pela sua “abordagem inovadora, transportando os participantes para uma experiência imersiva no universo da inteligência artificial. A cenografia, concebida em forma de dome, criou um ambiente futurista e envolvente, onde tecnologia e criatividade se uniram para proporcionar um espetáculo único”, explica-se em nota de imprensa.

Já o projeto Charged to Lead “demonstrou o poder da comunicação interna e do engagement corporativo”, num evento de nove dias, durante os quais Lisboa se transformou num palco de inovação e colaboração, com 44 eventos que reuniram mais de 3.100 convidados de 43 nacionalidades. A produção envolveu a criação de uma cidade Toyota na Feira Internacional de Lisboa (FIL), com múltiplos auditórios, espaços interativos e experiências imersivas que reforçaram a cultura e os valores da marca.

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Deputada do Chega Cristina Rodrigues acusada do crime de dano informático

  • ECO
  • 28 Março 2025

A deputada Cristina Rodrigues foi acusada no processo relativo ao “apagão informático” do PAN, que em 2020 resultou na eliminação de emails dos dirigentes do partido.

A deputada do Chega, Cristina Rodrigues, é acusada do crime de dano informático, avança a Visão. O despacho considera que “a ilicitude da conduta é muito elevada”, mas diz que “não deve ser aplicada à arguida Cristina Rodrigues pena superior a cinco anos, atenta a ausência de antecedentes criminais”.

Cristina Rodrigues, que foi deputada pelo PAN, foi acusada no processo relativo ao “apagão informático” do PAN, que em 2020 resultou na eliminação de milhares de emails, depois de se desvincular dessa força partidária e passar a deputada não inscrita, ainda antes de aderir ao partido de André Ventura.

O Ministério Público afirma que “a arguida Cristina Rodrigues agiu livre, deliberada e conscientemente, acedendo às mensagens do email [email protected] – e apagando-as –, num momento em que já não detinha autorização para aceder ao referido email”.

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Ex-autarca de Istambul lamenta fraca resposta internacional à sua detenção

  • Lusa
  • 28 Março 2025

O ex-autarca de Istambul declarou que não se sente apoiado pelos aliados europeus da Turquia, numa altura em que a sua detenção representa "uma nova fase na descida do país ao autoritarismo".

O ex-presidente da Câmara de Istambul Ekrem Imamoglu lamentou esta sexta-feira a falta de uma resposta forte dos Estados Unidos e dos europeus à sua detenção no passado fim de semana por acusações de corrupção.

Imamoglu declarou que não se sente apoiado pelos aliados europeus da Turquia, numa altura em que a sua detenção representa “uma nova fase na descida do país ao autoritarismo e ao exercício do poder arbitrário, num país que se aproxima agora de um ponto de não retorno”, segundo um artigo de opinião de Imamoglu que foi publicado no jornal norte-americano The New York Times.

“Líderes sociais-democratas e autarcas de toda a Turquia e de outros lugares, de Amesterdão a Zagreb, demonstraram o seu apoio corajoso e com princípios após a minha detenção”, disse o líder do Partido Republicano do Povo, acrescentando que “a sociedade civil também não vacilou”. No entanto, denunciou o “silêncio ensurdecedor” dos “Governos centrais de todo o mundo”.

“Washington limitou-se a manifestar a sua preocupação com as recentes detenções e protestos na Turquia. Salvo raras exceções, os líderes europeus não apresentaram uma resposta forte”, lamentou o ex-autarca turco. Imamoglu alertou que “o que está a acontecer na Turquia e em muitas outras partes do mundo demonstra que a democracia, o estado de direito e as liberdades fundamentais não podem sobreviver em silêncio nem ser sacrificados por conveniências diplomáticas disfarçadas de realpolitik“.

O líder da oposição turca afirmou que a sua detenção é uma perseguição política orquestrada pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um homem que transformou a Turquia numa “república do medo”. No artigo, intitulado “Sou o principal rival do Presidente turco. Fui preso”, Imamoglu recordou como foi detido pelas autoridades turcas em 19 de março, numa cena que “parecia mais a captura de um terrorista do que de um funcionário eleito da maior cidade do país”.

Imamoglu afirmou que a sua detenção “não foi nada inesperada” e que, na verdade, representou o culminar de “meses de assédio legal” contra o ex-autarca. “Mas como não me pode derrotar nas urnas, o Presidente Erdogan decidiu recorrer a outros métodos”, acrescentou Imamoglu, antes de enumerar as acusações feitas contra si, sublinhando que não há “qualquer prova credível”.

O ex-autarca alertou que “ninguém está seguro na Turquia agora”, um país que “se transformou numa república do medo” sob a liderança de Erdogan, e que uma perspetiva catastrófica o espera se a situação continuar como está. “Isto é mais do que apenas uma erosão lenta da democracia. É o desmantelamento deliberado das bases institucionais”, acrescentou Imamoglu.

“A geopolítica não nos deve cegar para a erosão dos valores, particularmente as violações dos direitos humanos. Caso contrário, legitimamos aqueles que estão a desmantelar a ordem global baseada em regras, pedaço a pedaço”, acrescentou. Imamoglu disse que “o destino da democracia depende da coragem dos estudantes, dos trabalhadores, de outros cidadãos, dos sindicatos e dos representantes eleitos – aqueles que se recusam a permanecer em silêncio quando as instituições se desmoronam”.

“Tenho fé no povo turco e no resto do mundo que luta pela justiça e pela democracia”, afirmou. As manifestações noturnas em Istambul, organizadas pelo Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), de Imamoglu, terminaram na terça-feira, no entanto estenderam-se a outras cidades, e mesmo em Istambul, desde o fim dos comícios do CHP, os protestos têm sido mais orgânicos.

Apesar dos protestos, na sua maioria pacíficos, a polícia utilizou gás lacrimogéneo, canhões de água e balas de plástico para reprimir as manifestações proibidas em Istambul, Ancara e Izmir. Vários jornalistas já foram detidos nos últimos dias.

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Viticultores pedem a Bruxelas “rapidez” na implementação” de medidas

  • Lusa
  • 28 Março 2025

Organizações agrícolas da União Europeia saudaram as medidas apresentadas por Bruxelas face ao excesso de produção de vinho, mas pedem rápida implementação.

As organizações agrícolas da União Europeia (UE) saudaram esta sexta-feira as medidas apresentadas por Bruxelas face ao excesso de produção de vinho e pediram a sua rápida implementação.

A Comissão Europeia quer que os Estados-membros decidam sobre as medidas para combater o excesso de produção de vinho, como em Portugal, e oferece flexibilidade na plantação, entre as medidas propostas esta sexta-feira para ajudar o setor.

A Copa-Cogeca, grupo de organizações e cooperativas agrícolas, defendeu que Bruxelas “cumpriu com a suas promessas” ao apresentar este pacote de medidas, que considerou ser “uma resposta oportuna” à crise estrutural do setor.

Esta organização destacou, sobretudo, os programas de arranque de vinhas e o prolongamento do prazo de validade das autorizações de replantação, mas lamentou que Bruxelas não tenha avançado como uma maior flexibilidade na utilização dos fundos setoriais”.

Para a Copa-Cogeca, “sem um quadro de financeiro adequado, que permita uma utilização flexível dos recursos do setor, o impacto destas medidas será limitado”.

O Comité Europeu das Empresas Vitivinícolas (CEEV) disse, por sua vez, que este é um primeiro conjunto de ferramentas úteis, “desde que se evite uma tempestade comercial entre a UE e os Estados Unidos”.

Citado em comunicado, o secretário-geral do CEEV, Ignacio Sánchez Recarte, mostrou-se disponível para trabalhar com Bruxelas para aperfeiçoar este pacote de medidas e pediu a sua “adoção célere”.

Sánchez Recarte insistiu que o encerramento do mercado dos EUA aos vinhos europeus é já uma realidade, tendo em conta que os importadores interromperam os envios face à ameaça de tarifas impostas por Donald Trump.

“Isto está a custar às empresas vinícolas da UE 100 milhões de euros por semana. É necessária uma solução urgente. O vinho não deve ficar refém de disputas comerciais”, apontou.

Entre as propostas avançadas esta sexta-feira, a Comissão quer que os Estados-membros tenham poderes para tomar medidas, como o arranque (remoção de vinhas indesejadas ou em excesso) e a colheita em verde (remoção de uvas não maduras antes da vindima), para evitar excedentes de produção, ajudar a estabilizar o mercado e proteger os produtores de pressões financeiras.

Por outro lado, Bruxelas propõe a flexibilidade de plantação, especialmente no que respeita ao regime de autorizações de replantação, sendo necessária a aprovação dos colegisladores – Conselho da UE e Parlamento Europeu – antes de entrar em vigor.

No que respeita à procura de novos mercados, a duração das campanhas promocionais financiadas pela UE para consolidação do mercado em países terceiros será alargada de três para cinco anos, a fim de assegurar uma melhor promoção dos vinhos europeus.

O setor do vinho irá ainda receber um maior apoio no âmbito das alterações climáticas, podendo os 27 aumentar a assistência financeira máxima da UE até 80% dos custos de investimento elegíveis para investimentos destinados à atenuação das alterações climáticas e à adaptação às mesmas.

 

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Mais apoios, arranque de vinha e maior promoção, como Bruxelas quer combater o excesso de produção de vinho

  • Lusa
  • 28 Março 2025

Setor irá receber um maior apoio no âmbito das alterações climáticas, podendo os 27 aumentar a assistência financeira máxima da UE até 80% dos custos de investimento elegíveis.

A Comissão Europeia quer que os Estados-membros decidam sobre as medidas para combater o excesso de produção de vinho, como em Portugal, e oferece flexibilidade na plantação, entre as medidas propostas esta sexta-feira para ajudar o setor.

Numa altura em que o setor enfrenta dificuldades, como a redução geral do consumo de vinho e a ameaça do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de o arrastar para a guerra das taxas alfandegárias com uma ameaça de 200% de tarifas, o executivo comunitário propôs esta sexta-feira medidas para garantir a competitividade e a resistência vinícolas na Europa.

Entre as propostas avançadas, a Comissão quer que os Estados-membros tenham poderes para tomar medidas, como o arranque (remoção de vinhas indesejadas ou em excesso) e a colheita em verde (remoção de uvas não maduras antes da vindima), para evitar excedentes de produção, ajudar a estabilizar o mercado e proteger os produtores de pressões financeiras.

Por outro lado, Bruxelas propõe a flexibilidade de plantação, especialmente no que respeita ao regime de autorizações de replantação, sendo necessária a aprovação dos colegisladores – Conselho da UE e Parlamento Europeu – antes de entrar em vigor.

No que respeita à procura de novos mercados, a duração das campanhas promocionais financiadas pela UE para consolidação do mercado em países terceiros será alargada de três para cinco anos, a fim de assegurar uma melhor promoção dos vinhos europeus.

O setor do vinho irá ainda receber um maior apoio no âmbito das alterações climáticas, podendo os 27 aumentar a assistência financeira máxima da UE até 80% dos custos de investimento elegíveis para investimentos destinados à atenuação das alterações climáticas e à adaptação às mesmas.

O setor vitivinícola da UE representa, segundo dados de Bruxelas, 60% da produção mundial de vinho e 60% do valor do vinho exportado a nível mundial, desempenhando um papel vital nas economias rurais e está estreitamente ligado às tradições, à gastronomia e ao turismo europeus.

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EUA não pagam quotas à Organização Mundial do Comércio desde 2024

  • Lusa
  • 28 Março 2025

Os EUA, que tem um peso de cerca de 11,4% no orçamento da OMC, não pagaram a sua contribuição em 2024, acrescentou, e também ainda não pagaram este ano.

Os EUA não pagam as quotas à Organização Mundial do Comércio (OMC) desde 2024, pelo que foram colocadas em “atraso”, anunciou esta sexta-feira o porta-voz da OMC. “O presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração informou os membros na reunião do Conselho Geral de fevereiro que os Estados Unidos estão atualmente em atraso na categoria I”, disse à AFP o porta-voz da OMC, Ismaila Dieng.

Os Estados Unidos não pagaram a sua contribuição em 2024, acrescentou, e também ainda não pagaram este ano. Contudo, várias contribuições só são pagas a meio do ano. No ano passado, os EUA representavam cerca de 11,4% do orçamento da OMC e deviam pagar cerca de 23,2 milhões de francos suíços (24,4 milhões de euros).

Existem três categorias de pagamentos em atraso no âmbito da OMC, a categoria I – a menos grave – diz respeito aos países membros que não pagam as suas contribuições há pelo menos um ano e há menos de dois anos. Atualmente, nove países estão nesta categoria: Angola, Chile, Essuatíni, Granada, Haiti, São Vicente e Granadinas, Suriname, Uganda e Estados Unidos.

Os membros da OMC desta categoria não podem presidir aos diferentes órgãos da organização e também não podem receber documentação da OMC estando sujeitos a relatórios nas reuniões do conselho geral. “De um modo geral, os pagamentos em atraso podem ter um impacto na capacidade operacional do Secretariado da OMC”, afirmou Dieng.

Contudo, explicou que “o secretariado continua a gerir os seus recursos de forma prudente e dispõe de planos que lhe permitem funcionar dentro dos limites financeiros impostos por eventuais pagamentos em atraso”. Em 4 de fevereiro, o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para retirar os EUA de vários organismos da ONU, entre os quais a OMC, e para rever o apoio do país a outras organizações internacionais.

“Na reunião de 04 de março, o delegado dos EUA indicou que a suspensão das contribuições dos EUA para os orçamentos das organizações internacionais também afetava a OMC”, disse à AFP uma fonte próxima das discussões. O decreto estipula que a “revisão de todas as organizações internacionais intergovernamentais de que os Estados Unidos são membros e que fornecem financiamento ou outro apoio” deve ter lugar num prazo de 180 dias.

O objetivo é “determinar quais organizações, convenções e tratados são contrários aos interesses dos Estados Unidos e se tais organizações, convenções ou tratados podem ser reformados”, lê-se no decreto. No final desta revisão, o Departamento de Estado dos EUA terá de “comunicar as suas conclusões ao Presidente” e terá de “fazer recomendações sobre se os Estados Unidos devem retirar-se dessas organizações, convenções ou tratados”.

No dia 7 de março, a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, afirmou, depois de se ter reunido com o secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, e com o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, em Washington, que os Estados Unidos “querem continuar envolvidos” com a organização.

No entanto, apesar de ainda ser membro da OMC, os Estados Unidos de Donald Trump lançaram uma guerra comercial contra os seus principais parceiros, aumentando as suas tarifas. E, continuando uma prática iniciada sob o presidente Barack Obama, Washington continua a paralisar o mecanismo que deveria permitir a resolução pacífica de litígios comerciais no seio da organização, bloqueando a nomeação de juízes para o Órgão de Recurso.

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Tecnológica Innotech quer contratar mais 100 profissionais

Software development, product e project management e quality assurance são os perfis mais procurados. Tecnológica portuguesa já conta com 180 colaboradores com um modelo de trabalho híbrido.

José Padre Eterno, CEO da Innotech.

Depois de no ano passado ter atingido uma faturação de oito milhões de euros, a tecnológica portuguesa Innotech quer em 2015 manter o crescimento do negócio e contratar mais 100 profissionais. Software development, product e project management e quality assurance são os perfis mais procurados.

“Acreditamos que um excelente local de trabalho se constrói todos os dias, ouvindo, apoiando e valorizando as nossas pessoas. Este reconhecimento reflete o nosso compromisso contínuo em criar um ambiente onde os colaboradores se sintam parte de algo maior, com oportunidades reais de crescimento e desenvolvimento. Vamos continuar a inovar e a fortalecer a nossa cultura, garantindo que a InnoTech seja, hoje e no futuro, um exemplo de excelência no setor”, afirma o CEO José Padre Eterno, sobre o facto de a empresa ter sido reconhecida mais um ano como Best Place to Work.

Com um crescimento de 12,5% no volume de negócios, para oito milhões de euros, no ano passado, este ano a tecnológica prevê reforçar a equipa com mais 100 profissionais. Software development, product e project management e quality assurance são os perfis mais procurados. Os atuais 180 colaboradores têm um modelo híbrido de trabalho.

Em 2024, a empresa “ampliou o seu pacote de benefícios, com foco na saúde mental e física, apoio a colaboradores com filhos e animais de estimação e um plano de férias mais flexível”, informa em comunicado.

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Gronelândia precisa de parceiros “que a respeitem”, diz von der Leyen

  • Lusa
  • 28 Março 2025

A presidente da Comissão Europeia, no dia em que uma delegação política dos EUA força uma visita à Gronelândia, diz que território merece "parceiros que vos respeitem e tratem como iguais".

A presidente da Comissão Europeia disse esta sexta-feira que a Gronelândia “merece parceiros que respeitem” o território, no mesmo dia em que o vice-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) visita a região autónoma dinamarquesa. “Vocês [a Gronelândia] merecem parceiros que vos respeitem e tratem como iguais”, escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.

A presidente do executivo comunitário acrescentou que a União Europeia “tem orgulho em ser um parceiro assim”. As declarações da presidente da Comissão Europeia surgem num contexto da visita do vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, à região autónoma dinamarquesa.

Ainda antes de tomar posse como Presidente dos EUA, no passado dia 20 de janeiro, o republicano Donald Trump manifestou o desejo de anexar o território por questões geoestratégicas. A ideia foi imediatamente recebida com contestação por parte da Dinamarca, da população daquele território e por vários líderes de países da União Europeia.

Na visita à Gronelândia, Vance estará acompanhado pela sua mulher, Usha Vance, pelo conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, e pelo secretário da energia, Chris Wright. Após alterações, o programa da visita está limitado à base militar norte-americana que Washington mantém no norte da Gronelândia, em Pituffik, ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 com Copenhaga.

A visita gerou polémica com as autoridades dinamarquesas e gronelandesas, embora a alteração do programa tenha acalmado os ânimos. A Dinamarca chegou a definir a deslocação de J.D. Vance como uma “pressão inaceitável”, enquanto Trump defendeu a visita como “uma demonstração de amizade”.

Dias antes da visita, Trump voltou a argumentar que a Gronelândia é um território essencial para a segurança internacional, justificando a sua pretensão de a anexar com razões “defensivas e ofensivas”.

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Albuquerque indigitado esta tarde presidente do executivo da Madeira

  • Lusa
  • 28 Março 2025

"Decidi pedir ao senhor doutor Miguel Albuquerque que viesse ao palácio pelas 16:30 para o indigitar como presidente do Governo Regional", disse o representante da República na Madeira.

O representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, vai indigitar o social-democrata Miguel Albuquerque, vencedor das legislativas regionais de domingo, como presidente do executivo do arquipélago.

Decidi pedir ao senhor doutor Miguel Albuquerque que viesse ao palácio pelas 16:30 para o indigitar como presidente do Governo Regional”, declarou Ireneu Barreto aos jornalistas, no Palácio de São Lourenço, no Funchal.

O PSD venceu as regionais de domingo com a eleição de 23 deputados, falhando por um a maioria absoluta, mas assinou esta semana um acordo de incidência parlamentar e governativa com o CDS, que obteve um assento na Assembleia Legislativa.

Miguel Albuquerque, que lidera o executivo desde 2015, foi constituído arguido num processo que investiga suspeitas de corrupção no início de 2024. Demitiu-se e foi reeleito em maio em eleições antecipadas, mas o seu executivo minoritário caiu com a aprovação de uma moção de censura em dezembro.

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Alemanha financia estudo sobre hidrogénio verde em Moçambique

  • Lusa
  • 28 Março 2025

Para o embaixador alemão, Moçambique tem recursos naturais abundantes, entre os quais a água, energia solar e eólica, que proporcionam “boas condições” para a produção de hidrogénio verde.

Os governos de Moçambique e da Alemanha assinaram esta sexta-feira um acordo de financiamento de 500 mil euros para o desenvolvimento do projeto de hidrogénio verde no país africano, visando diversificar a matriz energética moçambicana.

“A promoção do hidrogénio verde em Moçambique não só pode ajudar a diversificar o fornecimento de energia, como também pode criar oportunidades de emprego e impulsionar o desenvolvimento de indústrias e infraestruturas para o povo moçambicano”, disse Ronald Munch, embaixador da Alemanha em Moçambique, citado num comunicado conjunto.

O acordo para o desenvolvimento do “Projeto de Hidrogénio Verde” foi assinado entre a empresa Eletricidade de Moçambique (EDM) e o Banco de Desenvolvimento Alemão (KFW), que disponibilizou o dinheiro. Para o embaixador alemão, Moçambique tem recursos naturais abundantes, entre os quais a água, energia solar e eólica, que proporcionam “boas condições” para a produção de hidrogénio verde, num projeto para o qual será lançado um concurso internacional.

“O estudo terá a duração de cerca de seis a nove meses e, com base nos resultados obtidos, passaremos a utilizar esta tecnologia amiga do ambiente, pois o país dispõe de vastos recursos naturais para o efeito”, disse Joaquim Ou-chim, presidente do conselho de administração da EDM.

Os 500 mil euros servirão para a contratação de consultores especializados, que deverão conduzir os estudos de mercado para iniciativas de hidrogénio verde, considerado um recurso natural e energético “fundamental” no processo de diversificação da matriz energética de Moçambique.

“Pretende-se garantir a exportação de uma parte deste recurso natural e de seus subprodutos, tais como o oxigénio e amónia, ambos essenciais para o desenvolvimento de fertilizantes agrícolas”, disse a diretora nacional de Energia em Moçambique, Marcelina Mataveia, fazendo menção à “viabilidade técnica e económica” do hidrogénio verde, não só para assegurar energia no país, mas também para a sua exploração em outros setores.

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Boutique dos Relógios assinala mudança da hora com campanha

  • + M
  • 28 Março 2025

Na campanha, lançada em parceria com a Tissot, Emanuel Moura e David Antunes adaptaram de forma humorística a letra de uma música da artista Mimicat para assinalar a mudança horária.

De forma a assinalar a transição da hora na madrugada de 30 de março, a Boutique dos Relógios lançou, em parceria com a Tissot, uma campanha protagonizada por Emanuel Moura e David Antunes.

A campanha, digital, aposta numa “abordagem criativa e diferenciadora para comunicar o território do tempo”. A sua peça central consiste numa versão adaptada da música “Ai Coração”, de Mimicat, tendo Emanuel Moura e David Antunes criado uma letra que “transforma a mudança da hora num momento de boa disposição”, retratando, com humor, os efeitos da mudança da hora, refere-se em nota de imprensa.

Com criatividade da equipa de marketing digital da Boutique dos Relógios e com estratégia de media a cargo da Arena Media, a campanha está presente nos canais digitais de David Antunes, Emanuel Moura e da Boutique dos Relógios, com amplificação nas redes sociais.

Em paralelo à campanha, a Boutique dos Relógios aposta ainda numa ação promocional, que decorre nos dias 29 e 30 de março, com 10% de desconto numa seleção de marcas e produtos de relojoaria e joalharia.

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