As resoluções de Ano Novo das PME portuguesas

Da normalidade à sustentabilidade, passando pela engenharia ou pelo digital, conheça os desejos formulados por empresários e gestores para 2022, onde entra o talento e saem votos para as eleições.

A entrada num novo ano costuma ser também um período de reflexão sobre o presente e de fixação de metas para um ciclo que se inicia. Aproveitando o dobrar do calendário, o ECO convidou 13 líderes de pequenas e médias empresas (PME) portuguesas a expressarem os “desejos” para o país e para a economia nacional em 2022, alinhados ou não com as metas do negócio e com as especificidades do setor em que atuam.

Normalidade, normalidade e normalidade. Pedro Raposo, chairman da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, pede “normalidade para as pessoas, que possam viver sem o receio constante do vírus, para que se sintam seguras em fazer planos para o futuro e viver em plena liberdade”; e também para as empresas, negócios e organizações “não [estarem] sujeitos a variações inesperadas, a sucessivas reorganizações, encerramentos de atividade e outras limitações”.

O porta-voz da sociedade de advogados fundada em 2001, que fatura dez milhões por ano e emprega 170 pessoas em Lisboa, Porto, Faro, Leiria, Ponta Delgada e Évora, deseja ainda que a normalidade se estenda à generalidade dos portugueses, “para que não se agravem mais as desigualdades sociais e económicas e que o país possa retomar o seu crescimento sustentável”.

Pedro Raposo, chairman da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados

“É fulcral que todo o ecossistema de PME consiga cada vez mais ser forte no digital. Essa força vai posicionar e dar destaque ao país enquanto polo de digitalização, e isso só vai trazer impactos positivos para os negócios”, reclama Pedro Barbosa, CEO da Wise Pirates, sublinhado que a melhor forma de explorar a internacionalização é também através do digital.

Para o gestor da agência de marketing digital sediada no Porto “é urgente acompanhar os investimentos tecnológicos com novos processos e um mindset digital, que inclua capacidade analítica forte”. Por isso, uma resolução de Ano Novo é a “formação e capacitação massiva em digital de todas as pessoas nas empresas, sem nenhuma exceção nem pretexto”.

Pedro Barbosa, CEO da Wise Pirates

Na margem Sul do rio Douro, Teresa Guedes, diretora do Zoo Santo Inácio, que emprega 45 pessoas e fatura dois milhões por ano, deseja que a conservação da biodiversidade e a preservação da natureza sejam temas “importantes e prioritários em muitas decisões governamentais” e espera em 2022 ver “mais pessoas despertas para esta temática, que queiram fazer a diferença, com simples gestos”, pois “só garantindo a sustentabilidade ambiental poderemos falar de uma economia próspera, saudável e robusta”.

No entanto, a diretora deste parque zoológico aberto desde 2000 em Avintes (Vila Nova de Gaia), gostaria que “certas medidas tomadas fossem mais sensatas (e menos extremistas), vendo todas as variantes da equação”, dando até o exemplo da erradicação total do plástico que teria “efeitos nefastos para o ambiente, para as florestas e para o consumo de água”. A fechar, mais um desejo: que os projetos de investigação “incríveis” que existem no país e em espaços de conservação contassem com mais apoio político e financeiro.

Teresa Guedes, diretora do Zoo Santo Inácio

A partir do mesmo concelho nortenho, o CEO da Ecoinside, António Cunha Pereira, coloca parte das fichas na simplificação, na desburocratização e na digitalização da economia para que “tudo se torne mais simples, os processos sejam mais eficientes, dependamos menos de burocracias e consigamos fazer mais e melhores projetos em menos tempo”. Sem esquecer a aposta nas energias renováveis, setor em que atua a empresa criada em 2006, que tem 17 trabalhadores e soma dois milhões de vendas por ano.

“Há ainda muito por fazer e só assim, eliminando a nossa dependência pelos combustíveis fósseis, poderemos garantir um futuro sustentável social, ambiental e economicamente. (…) E sublinho a necessidade a cada dia crescente da implementação do conceito de smart city em todas as cidades portuguesas, tendo como palavras de ordem a eficiência energética, o recurso a energias renováveis, a mobilidade elétrica, as novas tecnologias ao serviço das pessoas”, completa o gestor.

António Cunha Pereira, CEO da Ecoinside

Além de desejar que 2022 seja o ano em que as fontes renováveis consolidem o seu crescimento para o país ficar cada vez mais amigo do ambiente e independente energeticamente, Gonçalo Sousa Soares aposta na alta-velocidade ferroviária e na construção do novo Aeroporto de Lisboa para “dotar o país de infraestruturas que lhe garantam mobilidade e ligação ao exterior”. Por isso, pede “encarecidamente a toda a classe política para não gastar mais tempo e dinheiro com projetos que ficam sistematicamente na gaveta”.

O cofundador e administrador da Afaplan, que ganhou contratos de 18 milhões na ferrovia e nas renováveis brasileiras, aponta, porém, como “desejo maior” a reestruturação da indústria da construção em Portugal para que se torne de novo um setor estratégico, calculando que perdeu 45% da mão-de-obra desde 2008, ou seja, 240 mil pessoas, e deixou fugir quadros qualificados para o estrangeiro.

Gonçalo Sousa Soares, administrador da Afaplan

“Desejo muito que em 2022 seja criado um plano nacional – com acordo pluripartidário que garanta estabilidade, mesmo em caso de mudanças políticas. O Estado deve uniformizar os investimentos do PRR no tempo e criar condições para que os privados tenham interesse em investir, as Universidades devem estar mais próximas das empresas, ouvindo-as e adaptando-se em função das expectativas do mercado e as empresas têm de se estruturar e preparar para as exigências pedagógicas e digitais que as capacitem para o futuro da indústria”, detalhou.

Recrutar e reter talento entra na lista de desejos

Em Aveiro, Carlos Breda espera que este ano já seja possível visitar os clientes e parceiros e recebê-los nas instalações da Bresimar Automação, reforçando que é preciso que o otimismo e a confiança retornem à economia, permitindo investimentos por parte das empresas, a normalização da cadeia de abastecimento, a estabilidade e confiança nos mercados e uma visão focada em novos projetos.

O líder do grupo que detém a Tekon Electronics, que ganhou um concurso para controlar a qualidade do sangue na Letónia, coloca igualmente a atração e retenção de talento como prioridade e deseja que “o país seja capaz de adequar a oferta à procura de talento, com mais sinergias entre o Ensino e o tecido empresarial, e que simultaneamente existam condições que incentivem e estimulem a retenção dos colaboradores, com planos de carreira a longo prazo”.

Carlos Breda, CEO da Bresimar Automação

A criação de mais condições para atrair jovens talentos para a Engenharia Civil – “enfrenta hoje uma escassez de mão-de-obra que compromete a adequada resposta aos investimentos previstos no país, inclusive no âmbito do PRR”, dramatiza Davide Borges -, encabeça precisamente a lista de resoluções de Ano Novo do COO da Riportico, fundada em 2004 e sediada em Cabanas de Viriato (Viseu), que faturação cinco milhões de euros e dá emprego a mais de 220 pessoas, incluindo os prestadores de serviços.

Outros votos para este ano são o reforço da digitalização na Engenharia Civil e crescimento deste segmento, considerando que “só desta forma será possível reduzir-se cada vez mais os custos de construção e aumentar a qualidade das infraestruturas”; e a “maior mobilização na adoção de práticas mais sustentáveis” que são necessárias ao cumprimento da meta de redução de 55% das emissões de carbono em 2030, para ser atingida a neutralidade carbónica até 2050.

Davide Borges, COO da Riportico Engenharia

Reter talento, em particular talento jovem, é crucial para a competitividade das empresas e da economia. Só assim poderemos promover a inovação e a criatividade, essenciais num mercado que evolui de forma acelerada, impulsionado pela tecnologia”, concorda Mário de Sousa, administrador da Portocargo, para quem é também “urgente uma intervenção séria e eficaz que proteja a atividade e as empresas transitárias, assegurando as condições para que as PME nacionais possam garantir, em condições financeiras e temporais competitivas, a importação e exportação das matérias-primas e respetivos produtos”.

O maior equilíbrio na distribuição de rendimentos – implica “reduzir desigualdades entre classes de empregados superprotegidas e outras superprecárias, ambas negativas” – e a criação de “empregos atrativos, com salários dignos e em organizações com um propósito claro” são desejos de João Henriques, sócio da Iberis Capital. Outro é o aumento da produtividade, que diz passar por fomentar o investimento, com especial foco na inovação e I&D, garantir a estabilidade dos regimes fiscais e regulatórios, apostar na educação e formação ou alocar recursos aos setores onde a produtividade é maior”.

João Henriques, sócio da Iberis Capital

“Finalmente, desejamos que o país continue a melhorar a qualidade das suas instituições. Isto aplica-se ao sistema político, aparelho do Estado, sistema de justiça, reguladores, universidades e outros agentes públicos, mas também a investidores, gestores, sindicatos, jornalistas, setor social e outros agentes privados. É importante ter consciência de que o bom governo e a melhoria da qualidade de atuação em todas as esferas são condições necessárias (e talvez conjuntamente suficientes) para os três desejos expressos”, frisa o sócio da sociedade de capital de risco fundada em 2017, que conta com 18 colaboradores em Lisboa.

Votos para o voto nas eleições legislativas

O controlo da pandemia é uma resolução expressa pela maioria dos empresários e gestores consultados pelo ECO. É o caso de Paulo Pimenta, CEO do KuantoKusta, que tem escritório em Vila do Conde e 70 trabalhadores, e que deseja que o comércio eletrónico continue a crescer, pois “irá permitir uma maior concorrência entre as lojas, preços mais competitivos nesta época de grande volatilidade, uma maior oferta de produtos e uma melhoria na qualidade de serviço para os portugueses”.

Mas a poucos dias das legislativas de 30 de janeiro são também vários os que não esquecem o contexto eleitoral. O porta-voz deste comparador de preços criado por três irmãos lusodescendentes, que fatura anualmente cinco milhões de euros, espera que saia das urnas “um governo forte e independente” para tomar “decisões necessárias e urgentes” que faz questão de elencar: “Uma fiscalidade menos forte para as pessoas e as empresas; maior incentivo ao investimento nacional e estrangeiro para criação de emprego qualificado; e maior controlo das contas públicas para que possamos iniciar a baixa da dívida”.

Paulo Pimenta, CEO do KuantoKusta

Nuno Machado, CEO da YDigital Media, tem também como primeiro desejo “virar a página no combate à pandemia” e o segundo no campo político, esperando que as próximas eleições legislativas tragam “a estabilidade política necessária”, com o argumento de que “não podemos andar a saltar entre sucessivas crises com Governos sustentados por coligações instáveis, sem um projeto reformista claro e mobilizador”. “Mais do que táticas e contabilidade política, é urgente sufragarmos uma ideia de país”, acrescenta.

“O terceiro desejo é de ação. O próximo Governo tem de apostar em tirar Portugal da cauda da Europa, potenciar o crescimento económico e valorizar um modelo que não esteja assente em alta carga fiscal penalizadora tanto das empresas como dos trabalhadores. É nesse novo país, potenciador do empreendedorismo e da inovação, que a YDigital quer criar valor e cada vez mais postos de trabalho”, resume o líder da agência que no final do verão assegurou garagem e transportes para incentivar os colaboradores a voltarem ao escritório no Parque das Nações.

Nuno Machado, CEO da YDigital Media

Também Vasco Varela está preocupado com a estabilidade legislativa e fiscal, adivinhando “possíveis acordos que viabilizem o próximo governo” e que podem assustar os investidores nacionais e estrangeiros. Antevendo o aumento das taxas de juro e “cenários recentes que nos levaram a medidas de austeridade”, o diretor de projetos e desenvolvimento de negócio do Grupo Fortera aponta à redução da despesa do Estado, além da “redução substancial dos impostos” para compensar as pessoas pelo aumento generalizado dos preços e conferir às empresas capacidade de investimento e criação de emprego.

Vasco Varela, diretor de Projetos e Desenvolvimento de Negócio do Grupo Fortera

“Acreditando que o pior da pandemia já passou, mas que por outro lado iremos sentir em breve pesados impactos económicos da mesma, será muito importante aproveitarmos as oportunidades que nos apresentam com o PRR, no sentido de reequilibrarmos a dependência da nossa economia em alguns setores e apostarmos noutros, estratégicos e que se apresentam como diferenciadores e de futuro, sempre assente nos pilares da transformação digital e a sustentabilidade”, resumiu o gestor deste grupo imobiliário fundado em 2015 no Porto, com 20 pessoas e um volume de negócios anual a rondar os 15 milhões de euros.

Finalmente, o fim da pandemia e o “regresso à normalidade de relações”, e que em 2022 Portugal “encontre o seu caminho de crescimento sustentado e consolidado, permitindo um melhor nível de vida para todos os cidadãos” são os votos de Miguel Oliveira, CEO da Edigma. Que termina com um desejo para a tecnológica de Braga criada em 2008, que fatura oito milhões por ano e emprega 80 pessoas: “Que continue a criar as mais marcantes experiências que combinam o espaço físico com o espaço digital e que, em última análise, se traduzirão em melhores experiências humanas”.

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Jerónimo acusa direita de querer entregar “negócio da doença” aos privados

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2022

"Querem, à boleia do enfraquecimento do SNS e da exploração das necessidades das pessoas, pôr cada vez mais o Estado a sustentar os hospitais privados", defendeu Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP acusou este domingo a direita de querer entregar “o negócio da doença” aos privados, criticando o PS por ter recusado soluções para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “a pensar na maioria absoluta”.

Numa sessão pública da CDU, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra (distrito de Lisboa) no âmbito da pré-campanha para as eleições antecipadas de 30 de janeiro, Jerónimo de Sousa acusou a direita, “em particular o PSD”, de não estarem preocupados com a saúde dos portugueses.

A política que a direita quer é a política do negócio da doença e do seu tratamento e nela não cabe a prevenção da doença e a promoção da saúde, que só o SNS está em condições de garantir de forma integrada”, criticou.

Jerónimo de Sousa recusou a tese da “liberdade de escolha” na saúde, que tem sido defendida por PSD e CDS-PP, considerando que esta não existe “quando o serviço público fecha a porta e a única opção está no serviço privado” e “os que não tiverem essa possibilidade ficam com a porta fechada”.

Querem, à boleia do enfraquecimento do SNS e da exploração das necessidades das pessoas, pôr cada vez mais o Estado a sustentar os hospitais privados e os grupos privados da saúde, que só sobrevivem à custa do Orçamento do Estado”, acusou. Jerónimo de Sousa estendeu as críticas ao PS, dizendo não ver da parte deste partido “vontade de afastar este plano da direita e da política de direita”.

“Não basta incluir nos discursos boas palavras sobre o Serviço Nacional de Saúde, é preciso tomar as medidas necessárias para o defender (…) O PS disse não às soluções para reforçar o SNS, porque estava a pensar nas eleições e na ambição da maioria absoluta”, criticou.

Por isso, o secretário-geral do PCP considerou que as próximas eleições “serão também uma batalha pelo direito à saúde”. “O que decide do futuro do Serviço Nacional de Saúde, sempre e em particular no futuro próximo, é a força e a influência da CDU”, afirmou.

Também noutras áreas, Jerónimo de Sousa defendeu que será o resultado da CDU em 30 de janeiro que vai determinar “se o caminho é para avançar ou para a estagnação e o retrocesso”. “Há quem diga por aí agora que só uma maioria absoluta garante a concretização de avanços. Pois é precisamente o contrário: se tivesse existido uma maioria absoluta não teria sido possível conquistar muitos destes avanços, nos salários e nas reformas, nas creches e no passe social ou na gratuitidade dos manuais escolares. O que garantiu no passado e garantirá no futuro a possibilidade de novos avanços é a força da CDU”, reforçou, contrariando a tese que tem sido defendida pelo secretário-geral do PS, António Costa.

Na área da saúde, Jerónimo de Sousa elencou algumas das conquistas da CDU, como a redução das taxas moderadoras, a reversão de parcerias público privadas para a gestão hospitalar ou o compromisso para a concretização de novos hospitais, como o novo hospital de Sintra. “Não só foi difícil conquistar estes compromissos, tal era a resistência do Governo, como vários dos compromissos assumidos não chegaram a ser concretizados ou foram-no de forma muito insuficiente”, lamentou, apontando como exemplo a contratação de profissionais “muito aquém das necessidades e das possibilidades”.

Ao contrário do que por aí vão dizendo, há profissionais para contratar. O que falta são as condições para que muitos deles se mantenham ou ingressem no Serviço Nacional de Saúde”, defendeu, recordando a proposta da CDU de criação imediata de um regime de dedicação exclusiva “em que se aumente em 50% a remuneração base de médicos e enfermeiros e em 25% a contagem do tempo de serviço para a progressão da carreira”.

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Legislativas. Administração Interna recebe segunda-feira partidos para discutir votação

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2022

Francisca Van Dunem tem previstos encontros a partir das 10h00 com os partidos com assento na AR para discutir "as condições do exercício" do direito de voto nas eleições legislativas de dia 30.

A ministra da Administração Interna vai reunir-se na segunda-feira com os partidos com representação parlamentar para discutir “as condições do exercício” do direito de voto nas eleições legislativas de dia 30, anunciou este domingo a tutela.

O primeiro-ministro, António Costa, tinha dito em Elvas que o Governo vai ouvir os partidos para se encontrarem “as melhores soluções” para que, apesar do aumento do número de infeções por SARS-CoV-2, “o maior número de pessoas possa votar”.

António Costa realçou que as soluções a adotar para os casos de pessoas em isolamento terão que ter em conta as normas, notando que “a lei limita os horários e várias das possibilidades que têm sido aventadas”, sem precisar quais. “Não podendo haver alteração da lei, temos que, dentro do quadro da lei, encontrar as melhores soluções para garantir o fundamental, que é que o maior número de pessoas possa votar”, insistiu.

Por outro lado, o chefe do Governo frisou que o atual número de casos de Covid-19 demonstra que “o risco que era previsto no início da semana passada tem vindo a minorar”, esperando que “a reabertura com cautela na segunda-feira, não prejudique esta evolução”.

Segundo um comunicado do Ministério da Administração Interna, na manhã de segunda-feira Francisca Van Dunem tem previstos encontros de meia hora cada um a partir das 10h00, começando com a Iniciativa Liberal, seguida do Chega, Verdes, PAN e CDS. À tarde, estão previstos encontros com uma hora de duração, começando às 15h00 com o PCP, seguido do Bloco de Esquerda, PSD e PS.

Portugal regista este domingo mais 61 pessoas internadas com Covid-19, num total de 1.449, e 26.419 novos casos de infeção e 22 mortes nas últimas 24 horas, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde. Em unidades de cuidados intensivos, encontram-se internados 150, menos três do que no sábado, e os casos diários de infeção baixaram de 31.541, no sábado, para 26.419. Desde março de 2020, morreram 19.113 pessoas e foram contabilizados 1.639.846 casos de infeção em Portugal, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A Covid-19, doença respiratória provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 detetado no final de 2019 na China, provocou 5.478.486 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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Fidelidade lança tablet para ligar seniores aos familiares e assegurar acesso a serviços

  • ECO Seguros
  • 9 Janeiro 2022

O dispositivo, vendido com ou sem seguro associado, traz internet e videochamadas ilimitadas e reúne funcionalidades como comunicação e entretenimento e acesso a serviços de assistência e apoio.

O “ALÔ by Fidelidade” é a mais recente solução tecnológica da seguradora, “dedicada exclusivamente a combater o isolamento social e a fomentar a inclusão tecnológica da população com mais de 65 anos“, sobretudo no atual contexto de pandemia.

O dispositivo, um tablet especificamente desenhado para a população sénior, pretende responder “às principais necessidades dos avós e dos pais em termos de comunicação, entretenimento e assistência médica, pessoal e ao lar no domicílio. O tablet está também ligado a uma aplicação para cuidadores, disponível nos sistemas Android e iOS, que permite um maior acompanhamento das famílias,” explica a companhia.

O ALÔ by Fidelidade é um projeto inovador que a Companhia lançou assente no compromisso de proteger as famílias portuguesas em todos os momentos da sua vida, permitindo inclusive que possam estar sempre em contacto, sobretudo considerando o momento que o país ainda vive,” realça Daniel Riscado, do Center for Transformation da Fidelidade.

Desenvolvido com tecnologia da GrandPad, o ALÔ by Fidelidade “está disponível através de um tablet com internet e videochamadas ilimitadas”, que facilita a comunicação entre a família através de um software intuitivo de acesso a diversas funcionalidades:

  • Comunicação: para videochamadas, bem como para receber e partilhar fotografias com a família e amigos (registados na aplicação do cuidador);
  • Entretenimento: jogos, música, internet, notícias, informação e álbum de fotografias;
  • Assistência e Apoio: acesso a variada rede de prestadores de serviços que disponibilizam serviços de assistência e limpeza do lar por profissionais qualificados; assistência pessoal para cuidados especiais (como transporte não urgente ou equipamento de apoio) e de bem-estar ao domicílio (como costura, engomadoria, cabeleireiro, manicure e pedicure ou entrega de refeições);

Além destes, o dispositivo proporciona ainda acesso a assistência médica com acompanhamento à distância ou ao domicílio e apoio ao cuidador, através do acompanhamento a consultas médicas ou ao domicilio após hospitalização (mediante prescrição médica) ou mesmo descanso do cuidador.

O acesso à Internet, através de Wi-Fi ou cartão de dados móveis (meo), é uma das 12 funcionalidades disponibilizadas com o tablet (ecrã de 8 polegadas). Fonte da Fidelidade disse ao ECOseguros que o software “foi sujeito a inúmeros testes de usabilidade e está, atualmente, adaptado às necessidades dos seniores permitindo, simultaneamente, ao cuidador a personalização das definições de acordo com as condições e características do utilizador.”

Atualmente a subscrição pode fazer-se em duas modalidades: subscrição com ou sem seguro de Acidentes Pessoais associado. Com seguro, o ALÔ pode ser subscrito em 8 mediadores selecionados (por exemplo Vila Viçosa, Arruda dos Vinhos, Amadora, Malveira e Lousã) ou em 8 agências da Fidelidade, entre as quais Viseu, Vila Real, Maia, Loures, Oeiras e Setúbal.

A subscrição com seguro custa ao cliente 29,90 euros por mês durante a anuidade do seguro Acidentes Pessoais. Sem seguro, existe um valor de ativação – 89,90 euros, que inclui 3 meses de subscrição e, a partir do 3º mês, os clientes pagam uma subscrição mensal. Em qualquer uma das modalidades o tablet “adota um regime de comodato durante o período de subscrição” e o produto tem fidelização de 6 meses.

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📹 O que marcará a Agenda Ambiental em 2022?

Veja no vídeo quais os principais tópicos que marcarão a Agenda Ambiental em Portugal este ano. 

Com múltiplos eventos a decorrer sobre a proteção dos oceanos em 2022, a organização ambientalista ANP/WWF coloca este assunto no topo da agenda, com destaque para a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que se realiza em junho, em Portugal.

Veja no vídeo quais os principais tópicos que marcarão a Agenda Ambiental em Portugal este ano.

http://videos.sapo.pt/DmgwqDzA2z5ZZWbu7z5L

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Horta Osório deverá ser repreendido por ter furado isolamento

  • ECO
  • 9 Janeiro 2022

Horta Osório deverá receber uma reprimenda nas próximas semanas por ter furado o isolamento em duas ocasiões.

O chairman do Credit Suisse, António Horta Osório, deverá ser repreendido pelo Conselho de Administração do banco por ter furado por diversas vezes o isolamento imposto por causa da pandemia, avança a Bloomberg, citando o suíço Tages-Anzeiger.

No final de dezembro, uma investigação promovida pelo Credit Suisse concluiu que Horta Osório tinha incumprido as regras de isolamento ao ter assistido à final do Torneio de Wimbledon em julho, no Reino Unido, apesar de estar obrigado a cumprir uma quarentena de dez dias à chegada a esse país.

Essa não foi, contudo, a primeira vez que o português não cumpriu as regras de isolamento. Horta Osório admitiu ter quebrado as normas impostas pela Suíça durante uma visita em 28 novembro, uma vez que esse país imponha uma quarentena de dez dias à chegada, mas o banqueiro deixou-o a 1 de dezembro. “Violei involuntariamente as regras de quarentena suíças ao deixar o país de forma prematura a 1 de dezembro. Lamento sinceramente este erro. Peço desculpa e irei garantir que tal não volta a acontecer“, viria a garantir o português.

Já este domingo, a Bloomberg avança que, perante estes incumprimentos, é agora provável que venha a ser aplicada uma reprimenda a Horta Osório por parte do Conselho de Administração do Credit Suisse, afastando-se a hipótese da demissão.

O Credit Suisse não quis fazer comentários sobre este caso.

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Presidente da maior seguradora da China investigado pelas autoridades

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2022

Presidente da China Life Insurance, empresa cotada nas bolsas de Hong Kong e Nova Iorque, Wang Bin é alegadamente suspeito de graves violações de disciplina e da lei chinesa.

O presidente da maior seguradora na China está a ser investigado pela comissão anticorrupção do Partido Comunista, anunciou a agência estatal em comunicado, com o Governo a manter uma campanha anticorrupção e uma limpeza do setor financeiro do país.

Wang Bin está a ser investigado por suspeita de “graves violações de disciplina e da lei”, refere a Comissão Central de Inspeção Disciplinar, num curto comunicado citado pela AFP que observa que este tipo de linguagem indicia, geralmente, acusação de corrupção iminente.

Wang Bin é presidente da China Life Insurance, cotada nas bolsas de Xangai, Hong Kong e Nova Iorque. Em outubro, a empresa reportou uma queda de 54% nos lucros do terceiro trimestre.

As ações das seguradoras foram penalizadas por receios relativamente ao setor imobiliário chinês e segundo a Bloomberg, estão também a enfrentar a diminuição do número de novos negócios e a desaceleração da economia chinesa.

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Legislativas. Costa diz que PS “está em condições” de garantir estabilidade governativa

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2022

"A resposta a essa crise política é só uma: É garantir estabilidade para os próximos quatro anos e quem está em condições de o fazer é o PS", defendeu António Costa.

O secretário-geral socialista, António Costa, considerou este domingo que o PS é o partido que “está em condições” de garantir estabilidade governativa durante os próximos quatro anos, apelando ao voto nas eleições legislativas de 30 de janeiro.

Falando aos jornalistas à margem de um encontro com apoiantes, numa unidade hoteleira de Elvas, Portalegre, o líder do PS insistiu que a crise política que originou as eleições antecipadas foi “inoportuna” e revelou “uma grande irresponsabilidade”.

A resposta a essa crise política é só uma: É garantir estabilidade para os próximos quatro anos e quem está em condições de o fazer é o PS”, sublinhou, realçando que “é fundamental” o voto nos socialistas para “garantir que isso aconteça”.

O secretário-geral do PS e também primeiro-ministro lamentou ainda que a crise política tenha sido aberta “no meio de uma pandemia” e “num momento em que era fundamental o país estar 100% concentrado na recuperação e no progresso”.

Questionado pelos jornalistas sobre uma sondagem que dá vantagem ao PS, António Costa frisou que o que “conta é mesmo a do dia das eleições”, reconhecendo, contudo, que o estudo coloca os socialistas “mais perto” de uma maioria e que espera “que isso corresponda ao sentimento que as pessoas têm”.

Desafiado pelos jornalistas a fazer um balanço dos debates televisivos com os adversários políticos, o líder dos socialistas disse que começou esta fase de pré-campanha “com toda a determinação e energia”. “Esta semana só reforçou a minha determinação e energia e a convicção de que é possível ter uma maioria”, acrescentou.

Costa, que antes visitou a fábrica Selenis, em Portalegre, falava ao lado do cabeça de lista do PS por este círculo eleitoral, Ricardo Pinheiro, do autarca de Elvas, Rondão Almeida, antigo socialista que foi eleito nas autárquicas de 2021 por um movimento independente, e do empresário Rui Nabeiro, dono do grupo Delta, entre outros.

Na sua intervenção, o secretário-geral do PS destacou os investimentos públicos que estão em curso no distrito de Portalegre, como o da Barragem do Pisão ou a construção da ligação ferroviária entre Sines e Espanha. “Toda esta faixa próxima da fronteira que nos habituamos a tratar como interior, tem um enorme potencial e nós temos que saber aproveitá-lo, se queremos crescer mais do que no passado”, afirmou.

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Seguro para banana da Madeira vai ficar mais caro

  • ECO Seguros
  • 9 Janeiro 2022

A implementação de nova norma pode significar custos administrativos acrescidos para seguradoras e distribuidores, nomeadamente ao nível da renegociação dos contratos de seguro, admite a ASF.

A autoridade de Supervisão de seguros está a pedir comentários a projeto de norma regulamentar cujo objetivo é adaptar a apólice uniforme do Seguro de Colheitas da Madeira à legislação regional que estabelece o regime do seguro de colheitas, de frutas e produtos hortícolas no âmbito dos fundos agrícolas europeus para a Região Autónoma da Madeira (RAM).

Segundo informação que acompanha o anúncio da consulta pública ao projeto normativo preparado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o Governo Regional da Madeira, através da Portaria n.º 513/2021, de 19 de agosto, alterou, em especial o regime relativo ao cálculo das perdas acumuladas para efeitos de atribuição de indemnização, subseguro e sobresseguro e, ainda, as regras de determinação do capital seguro na modalidade de contrato de seguro coletivo para a cultura da banana.

Essas alterações, explica a ASF, têm impacto no clausulado da Apólice Uniforme do Seguro de Colheitas de Frutas e Produtos Hortícolas para a RAM, a seu tempo aprovada e alterada por normativos da Supervisão dos seguros (Apólice Uniforme do Seguro de Colheitas para a Região Autónoma da Madeira). Consequentemente, a norma regulamentar agora em consulta pública procede à revisão das cláusulas da referida Apólice Uniforme, em concordância com o regime aplicável ao seguro de colheitas atualmente em vigor na Região Autónoma.

Quanto à avaliação do impacto da revisão normativa, a autoridade admite que a implementação da nova norma “poderá ter como consequência potenciais custos administrativos acrescidos para as empresas de seguros e distribuidores de seguros, relacionados designadamente com a renegociação dos contratos de seguro. No entanto, ressalva a ASF “cabe reconhecer que tais potenciais custos administrativos acrescidos resultam da aplicação de um enquadramento jurídico que ditou a revisão da referida apólice, pelo que não decorrem de opções regulamentares mais onerosas para os operadores”.

A autoridade pede aos interessados que submetam comentários sobre o projeto de norma regulamentar, por escrito, até ao dia 26 de janeiro de 2022, para o endereço habitual [[email protected]].

O projeto de Norma Regulamentar que vai alterar a apólice em causa pode ser consultado aqui.

 

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Governo consulta partidos sobre “melhores soluções” para todos poderem votar

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2022

Governo "está a contactar os diferentes partidos de forma a encontrarmos as melhores formas e soluções para garantir que o maior número de pessoas possa votar”, explicou Costa.

O Governo está a consultar os partidos políticos para se encontrarem “as melhores soluções” para que, apesar da evolução da pandemia de Covid-19, o “maior número de pessoas possa votar” nas próximas legislativas, revelou este domingo o primeiro-ministro.

“A ministra [da Administração Interna] está a contactar os diferentes partidos de forma a encontrarmos as melhores formas e soluções para garantir que o maior número de pessoas possa votar”, afirmou António Costa.

Questionado pelos jornalistas à margem de um encontro com apoiantes do PS em Elvas, distrito de Portalegre, o também secretário-geral socialista disse que a votação de pessoas em isolamento, devido à Covid-19, “é um assunto que o Ministério da Administração Interna está a tratar”.

António Costa realçou que as soluções a adotar para estes casos terão que ter em conta as normas, notando que “a lei limita os horários e várias das possibilidades que têm sido aventadas”, sem precisar quais. “Não podendo haver alteração da lei, temos que, dentro do quadro da lei, encontrar as melhores soluções para garantir o fundamental, que é o maior número de pessoas possa votar”, insistiu.

Por outro lado, o chefe do Governo frisou que o atual número de casos de Covid-19 demonstra que “o risco que era previsto no início da semana passada tem vindo a minorar”, esperando que “a reabertura com cautela na segunda-feira, não prejudique esta evolução”.

Costa lembrou ainda a nova norma publicada recentemente pela Direção-Geral da Saúde (DGS) que determina que as pessoas com dose de reforço da vacina ficam isentas de isolamento e que “só há isolamento no caso de um contacto de risco com um coabitante”. “Isto diminui muito significativamente o número de pessoas que estarão isoladas sem ameaçar a segurança de quem vai votar”, acrescentou.

A Covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já foi registada desde novembro em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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Portugal com 26.419 novos casos de Covid-19. Morreram 22 pessoas

O boletim deste domingo indica que Portugal regista 26.419 novos casos de Covid-19 e mais 22 óbitos, desde o último balanço.

Foram identificados 26.419 casos de Covid-19, nas últimas 24 horas. De acordo com o boletim divulgado este domingo pela Direção-Geral da Saúde (DGS), desde o último balanço, morreram 22 pessoas infetadas. Os internamentos subiram enquanto hospitalizações nos cuidados intensivos recuaram.

Subiu para 1.639.846 o total de infeções confirmadas em Portugal desde o início da pandemia. Destas, 26.419 foram identificadas nas últimas 24 horas: 11.370 em Lisboa e Vale do Tejo, 9.516 no Norte, 2.640 no Centro, 1.024 na Madeira, 885 no Alentejo, 698 no Algarve e 286 nos Açores.

Também o número de casos ativos aumentou. No total, estão agora nessa situação 273.961 pessoas em Portugal, mais 15.639 do que no último balanço.

Por outro lado, 10.758 portugueses recuperaram da infeção, o que significa que, desde o início da pandemia, 1.346.772 pessoas já foram dadas como recuperadas da infeção em Portugal.

O boletim deste domingo dá conta, além disso, que mais 22 pessoas morreram infetadas pelo coronavírus, nas últimas 24 horas. Destas, 11 em Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Norte, duas no Centro, duas no Alentejo, duas no Algarve e uma na Madeira. Nos Açores, não foram registados óbitos desde o último balanço.

Quanto aos internamentos, a DGS indica que há agora mais 61 utentes hospitalizados. No total, há, portanto, 1.449 pessoas internadas, neste momento. Por outro lado, o número de utentes em cuidados intensivos desceu. Há agora 150 pessoas nessa situação, menos três do que no último balanço.

Quanto ao número de contactos sob vigilância ativa, verificou-se um novo aumento. O total situa-se agora em 224.673 pessoas, mais 6.404 do que no último balanço.

O risco de transmissibilidade nacional está atualmente fixado em 1,32 e a incidência nacional situa-se em 2438,8 casos de infeção por 100.000 habitantes.

A Ómicron é já dominante em Portugal, estando a provocar uma escalada do número de casos de Covid-19. Há, contudo, menos internamentos e óbitos do que há um ano, uma vez que esta variante tende a provocar sintomas menos severos e que os portugueses beneficiam agora da proteção das vacinas.

Foi por isso que o Governo decidiu que a partir desta segunda-feira — dia que marca o fim da quinzena de “contenção” — as escolas vão reabrir. A adoção do teletrabalho continua, contudo, a ser obrigatória e os bares e as discotecas continuam encerrados até dia 14 de janeiro.

Boletim epidemiológico de 9 de janeiro:

(Notícia atualizada às 14h19)

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IL quer “redução urgente do IRS”. CDS aposta na descida a partir do segundo filho

  • ECO e Lusa
  • 9 Janeiro 2022

Iniciativa Liberal e CDS-PP apresentaram este sábado os seus programas às eleições de 30 de janeiro. Impostos estão em destaque em ambos, ainda que apostem em "caminhos" diferentes.

A poucos mais de três semanas da ida às urnas, Iniciativa Liberal (IL) e CDS-PP apresentaram os seus programas eleitorais. Querem ambos mudanças nos impostos, na saúde e até no sistema eleitoral, embora escolham “caminhos” distintos. Em comum têm, por exemplo, a vontade de privatizar a TAP.

O que propõe a Iniciativa Liberal?

A Iniciativa Liberal define como “prioridade política máxima” do seu programa eleitoral pôr “Portugal a crescer”. Isto através de “reformas estruturais” e com investimento público. O partido tem ainda como bandeiras as privatizações e a diminuição de impostos.

Na fiscalidade, a IL salienta que “é urgente reduzir o IRS, é urgente reduzir o IRC para 15% e eliminar a derrama estadual”, defendendo uma taxa de IRS única. João Cotrim de Figueiredo admitiu, contudo, que essas medidas devem ser colocadas no terreno de forma gradual. “No nosso programa está um modelo intermédio de duas taxas, para que desde logo possam subir os salários líquidos dos portugueses”, explicou o presidente do partido, na apresentação do programa.

Já quanto ao Serviço Nacional de Saúde, a IL propõe uma “reforma estrutural”, consubstanciada numa nova Lei de Bases da Saúde, “mantendo o financiamento público do sistema, mas tornando num sistema misto, com recurso a prestadores privados, sociais e públicos”. Ainda neste setor, a Iniciativa Liberal diz querer “ressuscitar Unidades de Saúde Familiar tipo B e tipo C” e a “revisitar todas as Parcerias Público-Privadas da Saúde”.

Quanto à Segurança Social, o partido propõe também “uma reforma estrutural“, com “a introdução de um pilar de recapitalização baseado na eliminação da Taxa Social Única para os empregadores que reverte diretamente, e de uma forma gradual, para o salário das pessoas”.

E para pôr o país a crescer, este partido propõe que seja exigida uma análise de custo e benefício para cada investimento público, nomeadamente no caso da TAP, “empresa que não serve o país, não serve o norte do país, não serve a coesão territorial”, sublinhou Cotrim de Figueiredo. “Nem mais um euro para a TAP e privatização da TAP logo que possível”, defendeu.

As privatizações não se ficam pela transportadora aérea, já que a IL quer também “privatizar aquilo onde o Estado não tem qualquer lógica de permanecer, seja na Caixa Geral de Depósitos, seja na RTP”.

No sistema eleitoral, a IL quer ver um sistema misto, com ciclos uninominais e um círculo nacional de compensação. E promete alterações também ao financiamento dos partidos políticos, uma vez que “não há nenhum motivo para os partidos serem tratados de uma forma mais favorável”.

A justiça é outra das áreas em destaque no programa da Iniciativa Liberal, que promete alterações de modo haja igualdade entre todos. “Não acreditamos na existência de uma justiça para pobres e uma justiça para ricos. Vamos alargar os apoios judiciários àqueles que não podem pagar a justiça”, anunciou João Cotrim de Figueiredo.

O que propõe o CDS-PP?

Intitulado “Direita Certa: Pelas mesmas razões de sempre”, o programa eleitoral do CDS-PP propõe quinze compromissos, da redução do IRC e do IRS à maior liberdade de escolha na educação e na saúde.

No que diz respeito aos impostos, o CDS-PP propõe a descida de um escalão da tabela de IRS por cada filho adicional a partir do segundo, bem como a diminuição do número de escalões do IRS e a baixa as taxas deste imposto.

Neste capítulo, o partido defende ainda a isenção integral de impostos na compra da primeira habitação e a devolução aos inquilinos jovens até aos 35 anos do imposto sobre a renda suportado pelo proprietário do imóvel.

Além disso, o CDS-PP promete fixar a taxa única de IRC em 19% e reduzi-la progressivamente ao longo da legislatura até aos 15%, bem como limitar a 30% do preço final do Imposto sobre os combustíveis.

Na área da saúde, os democratas-cristãos querem implementar uma “via verde saúde”, para que quem não for atendido em tempo útil possa fazer exames, consultas ou cirurgias no setor privado. Isto além de dotar o SNS de uma “rede de serviços de saúde mental e oral”.

Na educação, o CDS-PP quer dar às famílias um “cheque ensino” para que possam escolher as escolas dos filhos, tornar a disciplina de cidadania optativa e atribuir um subsídio de deslocação e habitação para todos os professores deslocados. Para as famílias, o partido prevê ainda a duplicação do abono de família (para 130 euros por mês) para famílias com rendimento inferiores a 27.500 euros anuais.

Noutra matéria, o CDS-PP propõe que sejam contratados 9.000 efetivos para as forças de segurança este ano, que o procurador-geral da República passe a ser nomeado pelo Parlamento e o governador do Banco de Portugal pelo Presidente da República.

No capítulo dedicado à qualidade da democracia, o CDS-PP quer ainda concretizar uma reforma eleitoral que introduza os círculos uninominais, bem como limitar a três os mandatos consecutivos dos deputados.

E na área da segurança, os democratas-cristãos pretendem também autonomizar e agravar o crime de ofensa à integridade de agentes da autoridade e rever a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

No capítulo do combate à corrupção, o CDS-PP propõe aumentar a moldura penal para os crimes da responsabilidade de titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos e a perda de mandato e inibição do exercício de cargos públicos por um período de dez anos para todos os condenados por crimes de responsabilidade e violação do dever de declaração dos seus rendimentos.

Quanto à “vida e dignidade”, os democratas-cristãos garantem querer “impedir a legalização da eutanásia” e reforçar a rede de cuidados paliativos, retomando o compromisso do vale farmácia, para fornecer medicamentos aos idosos mais carenciados.

Para os mais idosos, o CDS-PP propõe criação de um “complemento de pensão no inverno”, que visa apoiar os idosos no pagamento da fatura de eletricidade. E quer ainda a criação de um “vale cuidador”, uma comparticipação para as famílias que optem por “cuidar dos idosos em casa, no valor que suportaria com lares, centros de dia e instituições de cuidados a idosos”.

Para o mundo rural, os democratas-cristãos propõem a redução do IVA para as touradas para 6%, bem como a retirada de qualquer limite de idade para assistir, e que a gestão das florestas e pescas passe para o Ministério da Agricultura, além da criação de uma Comissão Parlamentar para as Políticas do Mar.

Com o objetivo de promover o crescimento económico, o CDS compromete-se, em linha, por exemplo, com a IL, a privatizar a TAP, mas não só. O partido também quer pôr as empresas de transporte nas mãos dos privados e triplicar o apoio às empresas previsto no Plano de Recuperação e Resiliência.

O CDS-PP assume também um compromisso com a descentralização, mas compromete-se a “votar contra qualquer projeto de regionalização”. Na área da energia, o partido inclui nos seus compromissos o de “reabrir o debate sobre a produção em Portugal de energia nuclear” e, na cultura, a “reverter o Acordo Ortográfico de 1990”.

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