OCDE defende política orçamental prudente na Zona Euro e vê PIB a crescer 1,3% em 2025

Instituição prevê crescimento da economia do euro de 0,8% este ano e de 1,3% em 2025 e recomenda que países reconstruam almofadas orçamentais para enfrentar eventuais choques futuros.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recomendou esta quarta-feira que os países da Zona Euro adotem políticas orçamentais prudentes e reconstruam almofadas orçamentais. A instituição melhorou ligeiramente a previsão de crescimento do bloco da moeda única este ano para 0,8% e manteve a de 2025 em 1,3%.

No “OCDE Economic Outlook”, a instituição melhora em uma décima a projeção do bloco para 2024 face a setembro e prevê que o crescimento acelere para 1,3% em 2025 e 1,5% em 2026, apoiado por uma recuperação da procura interna.

Na ótica da instituição, o consumo privado será apoiado por aumentos salariais e pelo crescimento sustentado do rendimento disponível real, enquanto o investimento privado deverá beneficiar de condições de crédito mais favoráveis. Ainda assim, espera que o crescimento salarial diminua gradualmente, à medida que as pressões sobre os custos do trabalho diminuam, ajudando a inflação subjacente a aproximar-se de 2% no segundo semestre de 2025.

A OCDE defende ainda que “é necessária uma política orçamental prudente para reconstruir os almofadas orçamentais e apoiar a menor restritividade da orientação da política monetária em curso à medida que a inflação regressa à meta”. Neste sentido, advogam que as medidas de apoio à crise energética e à inflação sejam gradualmente retiradas até 2026.

As novas regras orçamentais europeias proporcionam um quadro político centrado na sustentabilidade da dívida e planos de despesas plurianuais“, considera. Alerta ainda que a política monetária restritiva não deve ser retirada prematuramente, de modo a garantir que a inflação seja reduzida de forma duradoura.

Adverte ainda que para garantir condições de concorrência equitativas e uma utilização eficaz dos fundos públicos, as regras em matéria de auxílios estatais “não devem ser ainda mais flexibilizadas” e considera que a escassez de mão-de-obra poderia ser atenuada atraindo trabalhadores altamente qualificados de países terceiros e reduzindo os encargos regulamentares e administrativos sobre a mobilidade laboral dentro da União Europeia.

Destaca também que as necessidades de investimento associadas à segurança energética e à descarbonização na Zona Euro são consideráveis.

Fonte: OCDE

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Argentina acaba com saúde e ensino público gratuito para não residentes

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2024

Executivo de Javier Milei vai ainda facilitar às universidades a cobrança de propinas aos estudantes estrangeiros não residentes, somando "uma fonte de rendimento" às instituições de ensino superior.

O Governo argentino anunciou alterações ao regime migratório, visando pôr fim aos cuidados de saúde públicos gratuitos e à isenção das propinas universitárias para estrangeiros não residentes.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, revelou aos jornalistas que o Governo vai “estabelecer o fim da assistência médica gratuita para estrangeiros”. A medida tem como objetivo poupar dinheiro e evitar “viagens de saúde”, explicou, referindo-se ao turismo médico.

O porta-voz não especificou que modificação seria feita à Lei da Imigração, mas o alcance do anúncio é relativo, porque na Argentina federal a saúde é da responsabilidade das províncias, e quatro destas já começaram a cobrar aos não residentes pelos serviços públicos.

Num deles, a província de Salta (norte), na fronteira com a Bolívia e o Paraguai, esta medida implementada desde março reduziu o atendimento a estrangeiros em 95% e permitiu poupar 60 milhões de pesos (cerca de 60 mil euros), observou Adorni, citado pela agência France-Presse (AFP).

A província de Buenos Aires, governada pelo centro-esquerda (oposição), denunciou a visão do Governo ultraliberal do Presidente Javier Milei sobre o “direito à saúde e (o) papel do Estado”, e afirmou que manterá o acesso público gratuito à saúde para não residentes.

O porta-voz presidencial anunciou ainda que o Governo vai facilitar às universidades nacionais a “cobrança de propinas aos estudantes estrangeiros não residentes”, o que constituirá “uma fonte de rendimento para os estabelecimentos de ensino superior”.

Segundo dados ministeriais, cerca de 123 mil estrangeiros estudavam em 2022 em universidades argentinas, incluindo 104.998 alunos até à licenciatura – limite de entrada gratuita para estrangeiros – ou 4,1% do total.

Académicos e advogados levantaram dúvidas sobre o anúncio do Governo, com o constitucionalista Félix Lonigro a garantir que é necessária uma votação parlamentar para alterar a lei do ensino superior. O reitor da Faculdade de Ciências da Universidade de Buenos Aires Guillermo Duran lembrou que para estudar os estrangeiros já devem ter algum tipo de autorização de residência.

A Argentina tem uma tradição bem estabelecida de excelência – embora em declínio – nos seus sistemas públicos de saúde e educação, bem como uma política de migração acolhedora, tendo sido historicamente um país de elevada imigração.

O porta-voz presidencial saudou esta receção histórica aos migrantes que fez do país “uma grande nação”, mas estimou que ao longo do tempo “a doutrina das garantias migratórias causou desastres”.

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Hoje nas notícias: rendas, reformas e professores

  • ECO
  • 4 Dezembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Mais de 50 mil pessoas perderam o direito ao apoio extraordinário à renda ao longo deste ano, devido, sobretudo, à cessação de contratos de arrendamento. As famílias em Portugal têm cerca de 38 mil milhões de euros em poupanças para a reforma investidos em ativos financeiros. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Mais de 50 mil pessoas perderam direito ao apoio à renda em 2024

Mais de 50 mil pessoas perderam o direito ao apoio extraordinário à renda ao longo deste ano, o que representa uma queda superior a 20% face às 258.661 pessoas que beneficiavam deste subsídio no final de 2023. A cessação de contratos de arrendamento é o principal motivo para esta diminuição. No entanto, apesar do menor número de beneficiários, os montantes dos apoios atribuídos estão a aumentar — neste momento, o valor médio é de 120,80 euros –, bem como o número de pessoas que recebe o valor máximo permitido no âmbito desta medida. Por esta altura, segundo os dados do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), o apoio está a ser atribuído a 205.395 beneficiários.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Famílias têm 38 mil milhões investidos para a reforma

As famílias residentes em Portugal têm cerca de 38 mil milhões de euros em poupanças para a reforma investidos em ativos financeiros, o que representava, no final do ano passado, 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em termos de peso na economia, Portugal surge na 23.ª posição entre 37 países analisados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no relatório “Mercados de Pensões em foco”. Face a 2001, quando os ativos investidos para a reforma representavam 10,9% do PIB português, verificou-se uma melhoria de 2,8 pontos percentuais.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo quer professores a concorrer a áreas maiores

O Ministério da Educação e os sindicatos dos professores voltam a reunir-se na quinta-feira, com a proposta de novas regras para alargar a dimensão das áreas geográficas a que os professores do quadro têm de concorrer em cima da mesa das negociações. A avançar esta alteração, serão afetados mais de 20 mil docentes colocados em quadros de zona pedagógica (QZP) e que ficam, assim, obrigados a concorrer a quatro QZP em caso de insuficiência letiva (com um horário inferior a nove horas letivas).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Operação Marquês: Constitucional recusa recursos de Granadeiro para evitar julgamento

Henrique Granadeiro, ex-líder da Portugal Telecom, escapou ao julgamento na decisão instrutória da Operação Marquês, mas em janeiro o Tribunal da Relação de Lisboa pronunciou-o por cinco crimes. O empresário tentou por duas vezes anular a pronúncia para julgamento, alegando uma inconstitucionalidade no acórdão, mas não teve êxito em nenhuma das ocasiões, com o Tribunal Constitucional a rejeitar os argumentos da defesa. Deste modo, Granadeiro vai ter de responder por um crime de corrupção, dois de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Acordos do Governo de Montenegro atenuam contestação social

2023 foi um ano de máximos históricos desde, pelo menos, 2005, no que toca ao número de pré-avisos de greve. Os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) e da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) mostram que os 673 pré-avisos de greve contabilizados nos primeiros dez meses de 2024 ficam 35% abaixo do registado no mesmo período do ano passado (1.915). Os sindicatos consideram que os acordos setoriais que o Governo de Luís Montenegro tem vindo a assinar com a Função Pública desde que tomou posse, as medidas para os pensionistas e o compromisso assumido com os privados no acordo de rendimentos contribuíram para esta redução, mas os politólogos acrescentam que a mudança do partido no poder também terão ajudado a pacificar a contestação.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

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“A Prosegur investiu cerca de 420 milhões de euros em inovação para o setor de segurança”

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  • 4 Dezembro 2024

Gonçalo Morgado, Diretor-Geral da Prosegur Security, explica quais os principais desafios da segurança híbrida, como está o mudar o setor e quais são as inovações que moldarão o futuro da segurança.

A Prosegur Security destaca-se pela sua capacidade de integrar inovação tecnológica, talento humano e análise de dados numa abordagem que redefine os padrões da segurança empresarial.

Sob a liderança de Gonçalo Morgado, Diretor-Geral da empresa, o conceito de “segurança híbrida” ganha protagonismo como uma solução multidimensional, capaz de oferecer proteção personalizada e eficaz num mundo cada vez mais complexo e interconectado.

Nesta entrevista, Gonçalo Morgado explica como a Prosegur está a transformar o setor, quais os principais desafios deste modelo e as inovações que moldarão o futuro da segurança.

Como é que a Prosegur define o conceito de segurança híbrida e quais são os principais benefícios que traz para os clientes?

A Prosegur Security apresentou o termo segurança híbrida para nomear o seu modelo de segurança que integra três pilares fundamentais: o talento humano, a tecnologia avançada e a gestão inteligente de dados. Esta nova abordagem permite oferecer soluções de segurança multidimensional, mais abrangentes e adaptativas, desenhadas à medida das necessidades de cada cliente, mitigando e atuando sobre os riscos identificados em cada momento.

No centro deste modelo está Centro de Operações de Segurança Inteligente (iSOC), uma rede que combina especialistas em segurança com ferramentas tecnológicas de última geração e a análise de dados em tempo real para a obtenção de informação contextualizada que retroalimenta as nossas operações no terreno.

Este modelo permitiu à Prosegur desenhar e implementar soluções de segurança personalizadas que já foram adotadas por mais de 35% dos seus clientes, destacando-se pela sua flexibilidade, resiliência e capacidade de evolução contínua.

Gonçalo Morgado, Diretor-Geral da Prosegur Security

Que papel desempenham tecnologias como a inteligência artificial na integração entre soluções digitais e equipas físicas?

As tecnologias mais avançadas já fazem parte dos processos operacionais e dos serviços de segurança quotidianos. No caso específico da Prosegur Security, destaca-se o uso da inteligência artificial (IA) e machine learning, acompanhado de outras tecnologias como vídeo analytics e cloud computing nas suas operações do dia a dia. Estas permitem, por exemplo, ajudar a gerir e contextualizar grandes volumes de dados coletados por sensores e outros dispositivos, fornecendo informação crítica sobre possíveis riscos. Esses dados são cruciais para melhorar a resposta da segurança, como por exemplo no caso dos drones equipados com IA, que podem operar em ambientes complexos e non human friendly, antecipando-se as ameaças por meio de algoritmos de predição e gestão de informações em tempo real.

Quais são os maiores desafios operacionais na implementação de um modelo híbrido? Quais são as soluções?

A implementação de um modelo de segurança híbrida apresenta desafios, como a integração eficaz das tecnologias nas operações humanas, a formação especializada das equipas e a gestão da mudança organizacional.

A Prosegur, com a sua experiência, tem abordado com sucesso esses desafios por meio de uma combinação de estratégias, incluindo o investimento em infraestrutura tecnológica avançada, o reforço do seu ecossistema de parceiros, programas de formação contínua/upskilling para os seus colaboradores e a criação e implementação de protocolos adaptativos que permitem às pessoas e à tecnologia trabalhar em sinergia.

Como é que a Prosegur prepara as suas equipas para atuarem num ambiente de segurança híbrida, onde tecnologia e intervenção humana coexistem?

Sendo as pessoas um dos eixos do modelo híbrido da Prosegur Security, nos últimos anos, assistimos a uma transformação profunda de paradigma, com a digitalização e a automação a ganharem destaque nas nossas atividades. Este novo cenário exigiu uma grande mudança nas competências requeridas, e por consequência, no tipo de profissionais necessários. Atualmente é preciso não só alguém que entenda as ameaças físicas, mas que também seja capaz de lidar com riscos cibernéticos, tecnologia avançada e uma gestão mais proativa da segurança.

Hoje incorporam a nossa actividade também profissionais altamente especializados que combinam áreas como tecnologia da informação, análise de risco e comportamento humano. Esta abordagem multidisciplinar permite-nos desenvolver soluções híbridas mais completas e integradas. A capacidade de entender as interações entre o mundo físico e digital é um fator diferenciador neste novo panorama da segurança. Por isso, a importância dos nossos programas de formação e capacitação anteriormente referidos e da nossa estratégia de atração de novos talentos que temos posto em prática.

Qual é a visão da Prosegur para o futuro da segurança híbrida e que inovações podem ser esperadas nos próximos anos?

A Prosegur investiu cerca de 420 milhões de euros em inovação para o setor de segurança, o que nos capacitou a oferecer serviços inovadores, personalizados e de valor agregado em mais de 30 países e mercados.

Para os próximos anos, e para além de tudo o que o avanço tecnológico já trouxe e vai continua a trazer, talvez realçar três tendências a que, entendo, iremos assistir: por um lado, a um aumento das capacidades preditivas dos sistemas de segurança, por outro, à necessidade de adaptação dos modelos de segurança dos nossos clientes às necessidades impostas pelos novos modelos de organização do trabalho (remoto/híbrido) e por fim, o maior alinhamento da segurança empresarial com os objetivos de sustentabilidade e responsabilidade social das empresas. Para eles, a Prosegur, com o seu modelo de Segurança Híbrida, entende estar preparada para dar resposta.

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“Como ser empreendedor de sucesso” com Sara do Ó

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  • 4 Dezembro 2024

A Chairwoman da ÓCapital, Sara do Ó, é a terceira convidada para o videocast Leadership Bites by KW.

O terceiro episódio de “Leadership Bites” – videocast sobre liderança, pessoas, empresas, empreendedorismo e inovação – tem como convidada a Chairwoman da ÓCapital, Sara do Ó. Produzido pela Keller Williams para celebrar os 10 anos em Portugal, “Leadership Bites” tem ligação a todos os setores de atividade. Sob os mais variados temas, o projeto tem como objetivo descobrir e partilhar, através de testemunhos de alguns thought leaders nacionais, fórmulas e caminhos para o sucesso, em diferentes áreas da vida. No ar todas as quartas-feiras, a condução deste videocast cabe a Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal.

Neste episódio, Sara do Ó partilha a sua definição de liderança, conceito que, para a fundadora do Grupo Your, se vai transformando ao longo da vida. Para Sara do Ó, liderar é servir – desempenhar um papel e servir, não só os interesses da empresa, mas também os interesses individuais de cada colaborador. Valoriza os skills emocionais, a atenção ao próximo e o recurso ao amor como critérios de gestão e acredita que são conceitos cada vez mais presentes nas empresas.

Sara do Ó, Chairwoman da ÓCapital e Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal.

Sabe que os melhores líderes falham muito antes de atingirem os seus objetivos e que, ainda assim, continuamos a não estar tradicionalmente formatados para falhar, enquanto sociedade. Para a Chairwoman da ÓCapital, empreender é saber lidar com a incerteza e aceitar que, para a mesma situação, podemos definir vários planos. Temos é de agir porque a excelência vem da ação e é ao longo do caminho que o processo se vai ajustando.

Para Sara do Ó, emoção e intuição são pilares da liderança. Abraça a sua sensibilidade como uma força, e recorre à emoção e à verdade para gerir decisões e relações. Acredita que empresas devem ir além do lucro, deixando um legado significativo. É nesta noção de continuidade, de construir algo que lhe vai sobreviver, que encontra alento, comemorando cada vitória, afinal, não basta ser-se focado, tem de se ser feliz ao longo do caminho.

Assista ao episódio completo aqui:

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“A segurança física e digital têm de estar interligadas”

  • ECO
  • 4 Dezembro 2024

Gonçalo Morgado, diretor-geral da Prosegur Security, relembra que apesar da segurança digital ser fundamental, não nos podemos esquecer da sua base física.

O futuro da segurança passa pela integração de esforços entre o setor público, privado e a sociedade. Com riscos mais complexos e interligados, a construção de resiliência e a adaptação à mudança são fundamentais para enfrentar os desafios emergentes.

No contexto de uma transformação tecnológica sem precedentes, a segurança — tanto física quanto digital — tornou-se uma necessidade essencial para indivíduos, empresas e governos.

Durante a segunda edição da Prosegur Talks, onde se debateu a segurança no futuro, João Duque, professor catedrático de finanças e Presidente do ISEG, destacou que a mudança sempre foi inerente à gestão de negócios e às empresas que não só se querem manter, mas que também querem crescer. No entanto, por estarmos num momento de transição, o atual paradigma tecnológico apresenta novos desafios. De acordo com o professor, quem está à frente de uma empresa pode não saber exatamente para onde segue, mas sabe que não vai exatamente pelo mesmo caminho que tem percorrido desde então.

“A democracia não tem de ser oposta ao desenvolvimento tecnológico e a uma determinação em relação a certos objetivos”, afirmou Jorge Bacelar Gouveia

Por outro lado, a incorporação massiva de tecnologia nos negócios e na vida pessoal expõe-nos a riscos inéditos. Segundo João Duque, “cada vez mais as nossas memórias são digitais”, o que aumenta a necessidade de sistemas de segurança e, também, a vulnerabilidade, em caso de ataques.

O papel da legislação e do estado

Jorge Bacelar Gouveia, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, sublinhou a importância de uma governança robusta para gerir o ciberespaço. O professor reconhece avanços na legislação, mas aponta falhas nas práticas do próprio Estado. “Às vezes o próprio Estado nem dá o exemplo. Por um lado, não se sabe atualizar com os melhores programas para se defender dos ataques informáticos. E, depois, não se fiscaliza e não aplica coimas a si próprio quando deteta instituições que não cumprem essas regras de segurança”, afirma.

Para Jorge Bacelar Gouveia, estas lacunas são agravadas pela dificuldade do direito acompanhar a velocidade das transformações tecnológicas. “O direito, normalmente, vai sempre atrás da realidade social, mas, neste caso, se ficar muito para trás, a realidade social acaba por fazer aquilo que quiser e com danos para as pessoas”, diz.

A importância da segurança física e digital

Gonçalo Morgado, diretor-geral da Prosegur Security, abordou a interligação inevitável entre segurança física e digital, destacando que “tudo o que tem a ver com o digital também tem uma base física”, o que exige soluções híbridas que atendam às novas dimensões do risco global.

"Hoje em dia, a segurança é multidimensional. Nessa perspetiva temos de mitigar quais são os riscos do ecossistema que está a nossa volta e dos nossos clientes”

Gonçalo Morgado, diretor-geral da Prosegur Security

“Atualmente, tratar da segurança digital é um tema crítico e fundamental, mas nunca podemos desligar daquilo que é a base física, porque tudo está baseado em estruturas físicas. A segurança física e digital têm de estar interligadas”, explica o diretor.

Além disso, Gonçalo Morgado abordou o facto do Índice de Incerteza Global, projetado pelo FMI, ter aumentado de forma acentuada nos últimos 20 anos e alertou para a questão de que “as empresas estão expostas a um conjunto de riscos cada vez mais globais”. “Hoje em dia, a segurança é multidimensional. Nessa perspetiva temos de mitigar quais são os riscos do ecossistema que está a nossa volta e dos nossos clientes”, explica.

Neste sentido e dentro de um contexto europeu onde as tensões geopolíticas ganham cada vez mais destaque, João Duque abordou questão da falta de estratégia da Europa para competir com as potências tecnológicas dos Estados Unidos e da China. Para o professor, a democracia “não tem de ser oposta ao desenvolvimento tecnológico e a uma determinação em relação a certos objetivos”, explica.

Apesar dos desafios, Jorge Bacelar Gouveia vê avanços na defesa europeia e no investimento em novas tecnologias, afirmando que há um consenso crescente sobre a importância da segurança digital.

Assista ao vídeo completo aqui:

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Factorenergia celebra o seu 25º aniversário reivindicando o seu “espírito empreendedor e o seu compromisso com a sustentabilidade”

  • Servimedia
  • 4 Dezembro 2024

A empresa salienta que a Factorenergia foi pioneira “ao romper com os moldes e obter a licença para operar no mercado energético espanhol, abrindo caminho para outras empresas que se seguiriam”.

A Factorenergia, o primeiro distribuidor independente a entrar no mercado grossista de eletricidade em Espanha, comemorou o seu 25º aniversário na Real Fábrica de Tapices de Madrid, reivindicando o seu “espírito empreendedor e o seu compromisso com a sustentabilidade”, segundo a empresa.

O evento, que se realizou ontem, contou com a presença do Secretário de Estado da Ciência, Inovação e Universidades do Governo, Juan Cruz Cigudosa; da Secretária da Indústria, Rebeca Torró; e do Diretor-Geral da Economia da Comunidade de Madrid, Juan Manuel López Zafra.

A empresa salienta que a Factorenergia foi pioneira “ao romper com os moldes e obter a licença para operar no mercado energético espanhol, abrindo caminho para muitas outras empresas que se seguiriam”. “Promovemos a liberalização do mercado e hoje somos uma empresa sólida e solvente, com planos para o futuro que consolidam o nosso projeto”, afirmou Emili Rousaud, CEO e fundador da empresa.

No seu discurso, Rousaud destacou o facto de a Factorenergia ser uma empresa magnífica graças ao grupo de pessoas, preparadas e empenhadas, que dedicam o seu dia a dia a promover um projeto que tem na inovação tecnológica e na internacionalização os seus motores de crescimento. Teve ainda algumas palavras para os afectados pela DANA, com quem manifestou o seu empenho e ajuda, e recordou que a Factorenergia, desde a sua fundação, dois anos após a assinatura do Protocolo de Quioto, estabeleceu como sua missão colocar o cliente no centro e promover a utilização de energias renováveis para travar as alterações climáticas.

Por sua vez, o Secretário de Estado da Ciência, Juan Cruz Cigudosa, destacou o 25º aniversário da Factorenergia por ser uma empresa que assumiu claramente o compromisso de mudar as coisas. “Vocês são um exemplo de visão empresarial; empreender num setor regulado, tão bem armado do ponto de vista regulatório como é o setor elétrico, é um grande êxito”. Elogiou o compromisso da Factorenergia com a sustentabilidade, com uma sociedade que defende a prosperidade partilhada, e por liderar um projeto empresarial eficiente, acessível e a pensar no futuro de todos.

O Diretor-Geral da Economia da Comunidade de Madrid, Juan Manuel López Zafra, fez um discurso de boas-vindas e destacou o marco que estes 25 anos representam para a Factorenergia. “Estão numa comunidade que partilha convosco muitos valores, como a sustentabilidade, a liberdade e a colaboração”.

Projeto sólido

A Factorenergia tem mais de 300.000 clientes, 14 escritórios em Espanha e Portugal e uma força de trabalho de mais de 400 funcionários. A empresa também consolidou a sua presença internacional, com filiais em países como México, Chile, Bulgária e Portugal, e está a expandir os seus planos com aberturas em Marrocos e Colômbia em 2025, além de estar em processo de prospeção no Brasil, de acordo com a empresa de energia.

“A expansão internacional sempre foi um pilar estratégico para a Factorenergia. Com presença em vários países e novos planos em Marrocos, Colômbia e Brasil, queremos levar o nosso modelo sustentável e transparente a mercados onde a necessidade de soluções energéticas inovadoras é cada vez mais premente. Esta visão leva-nos a continuar a crescer e a liderar a mudança no sector energético global”, afirma Rousaud.

Por ocasião destes 25 anos, a Factorenergia quis compilar toda a sua trajetória no livro ‘La FE del emprendedor’, escrito pelo jornalista Manuel López Torrents, que narra a trajetória da empresa e do seu fundador. “Em ‘La FE del emprendedor’ (Lid Editorial) descreve-se como, em 1999, alguns sócios jovens e entusiastas se registaram como a primeira empresa comercial após a liberalização do mercado da energia, com a visão de transformar o sector. Hoje, estamos a celebrar 25 anos de crescimento e continuamos empenhados num futuro baseado na sustentabilidade, na inovação e na proximidade com os nossos clientes”, afirmou Rousaud.

No epílogo, Rousaud resume que o livro é “uma história de empreendedorismo, de queimar os barcos para construir um sonho, da importância dos valores e de como é essencial ter uma equipa de pessoas boas, talentosas e empenhadas”.

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“Baby Pelones” da Fundação Juegaterapia celebram 10 anos de acompanhamento de crianças com cancro

  • Servimedia
  • 4 Dezembro 2024

Os “Baby Pelones” celebram o seu décimo aniversário com um balanço de números e lançam uma campanha onde recolhem, num vídeo de testemunhos, felicitações de crianças com cancro e embaixadores famosos.

Durante dez anos, juntamente com outras colaborações de parceiros, entidades e empresas, permitiram que a Fundação Juegaterapia, uma organização que trabalha desde 2010 para cuidar de crianças em tratamento oncológico, inaugurasse 50 projetos de humanização em 23 hospitais e continuasse a acompanhar crianças em tratamento oncológico.

Graças à venda de “Baby Pelones”, foram também abertas seis bolsas de investigação em oncologia infantil. Desde a criação da primeira bolsa com o CNIO em 2016, foram financiadas investigações fundamentais, como a que visa o Sarcoma de Ewing com GEIS, cujo financiamento ascendeu a 200 000 euros graças à venda do Bebé Pelón de Elena Huelva, embaixadora e imagem desta boneca.

Os “Baby Pelones” nasceram como uma boneca solidária que representa um dos momentos mais difíceis do tratamento do cancro: a queda do cabelo. Tornou-se a boneca solidária mais vendida, atingindo mais de 2.000.000 de unidades nesta década, tornando-se um símbolo da luta contra o cancro infantil.

Fabricada pela empresa de brinquedos Arias, em Alicante, tem sido apoiada por embaixadores como Alejandro Sanz, Shakira, Manuel Carrasco, Laura Pausini e Sara Carbonero, que doaram a sua imagem de forma altruísta para promover a causa. E com o envolvimento da Disney, foi possível criar edições especiais com personagens dos seus filmes, como Princesas, Frozen e O Rei Leão. Com este apoio, a Fundação Juegaterapia lançou 36 modelos diferentes de Baby Pelones.

“Os Baby Pelones continuarão a ser o motor de novos projetos para que as crianças em tratamento oncológico possam continuar a desfrutar da sua infância. “Estas bonecas continuam a ser oferecidas às crianças em tratamento nos hospitais de todo o mundo, para lhes dizer, em voz baixa e com o seu delicioso aroma a baunilha, que nunca, nunca, nunca estarão sozinhas”, afirma Mónica Esteban, presidente da Fundação Juegaterapia.

Segundo Esteban, “os Baby Pelones tornaram-se um símbolo da luta contra o cancro, porque, graças aos nossos distribuidores solidários, são comprados para as crianças, mas também para animar aquele amigo cuja quimioterapia não está a correr bem ou aquele colega de trabalho a quem foi recentemente diagnosticado um cancro”. Com eles, há 10 anos que espalham a esperança e a ilusão nos hospitais de toda a Espanha.

Para Elena Morán, terapeuta lúdica da Fundação Juegaterapia, “os Baby Pelones têm um profundo impacto emocional e psicológico. Ver a sua realidade refletida num brinquedo ajuda as crianças a sentirem-se compreendidas e menos sozinhas. Além disso, brincar com estes bonecos permite-lhes exprimir as suas doenças e o seu sofrimento, libertar emoções e adaptar-se melhor à sua situação. Este processo oferece-lhes perspetivas novas e mais adaptativas, favorecendo um enfrentamento ótimo e resiliente da sua doença”.

María explica que, após a recaída da sua filha Alba, de 12 anos, “a queda do cabelo foi o momento mais difícil. Tivemos de retirar os espelhos que tínhamos em casa para que ela não se pudesse ver. Fui à Fundação Juegaterapia para a ajudar a ultrapassar os seus medos e complexos, e foi aí que criaram a figura do Bebé Pelones, a pensar nela. Estamos muito gratos à Juegaterapia por esta ajuda e apoio”.

A Fundação Juegaterapia trabalha para garantir que os espaços hospitalares pediátricos se preocupam com o bem-estar emocional das crianças em tratamento e das suas famílias. Projetos como cinemas, jardins, estações lunares e unidades de cor, entre outros, visam transformar os hospitais em locais mais amigáveis.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 4 de dezembro

  • ECO
  • 4 Dezembro 2024

Ao longo desta quarta-feira, 4 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Huawei Spain Academy reforça as competências digitais em Espanha

  • Servimedia
  • 4 Dezembro 2024

A Huawei Spain Academy, uma instituição de formação, foi criada com o objetivo de promover o talento e as competências digitais, a sustentabilidade e a cibersegurança dos cidadãos em Espanha.

A Huawei Espanha apresentou em Madrid a Huawei Spain Academy, uma instituição de formação que foi criada com o objetivo de promover o talento e as competências digitais, a sustentabilidade e a cibersegurança dos cidadãos em Espanha. O objetivo é beneficiar cerca de 50.000 pessoas nos próximos cinco anos com este projeto, como explica a empresa em comunicado.

Através desta iniciativa, a primeira da empresa na Europa, a Huawei disse que vai oferecer uma grande variedade de recursos e conteúdos destinados a impulsionar a formação de pessoas com diferentes perfis, melhorando a sua empregabilidade e ajudando a reduzir o fosso digital. Terá 3.000 cursos e programas de formação multidisciplinares, ministrados por mais de 300 especialistas internacionais e 50 locais, disponíveis tanto online como presencialmente. Para o efeito, foram estabelecidas parcerias com mais de 20 universidades e organizações, bem como com instituições públicas e privadas.

Um vasto leque de atividades compõe os quatro pilares desta instituição educativa: centros de formação, plataforma académica, Campus Huawei e programas de ação social. É de salientar que, no âmbito do projeto, a Huawei criou um novo espaço de aprendizagem com mais de 400 m2, localizado na localidade madrilena de San Sebastián de los Reyes.

A cerimónia de apresentação da Academia Huawei Espanha contou com a presença de Yao Jing, Embaixador da China em Espanha; Chang Hexi, Conselheiro para os Assuntos Económicos e Comerciais da Embaixada da China em Espanha; Miguel López-Valverde, Ministro da Digitalização da Comunidade de Madrid; Gerardo Gutiérrez Ardoy, Diretor-Geral do Serviço Público de Emprego do Estado (SEPE); Andrés Yin, CEO e Presidente da Huawei Iberia, e Carmen González Gens, Vice-Presidente da Huawei Espanha.

“Estamos muito entusiasmados com o lançamento da nossa Huawei Spain Academy, um projeto com o qual queremos continuar a contribuir para a promoção do talento digital em Espanha”, afirmou Andrés Yin Hui, CEO da Huawei Iberia. Também agradeceu a todas as organizações e instituições, tanto públicas como privadas, que colaboraram nesta iniciativa e que, com isso, “ajudarão a transformar Espanha e os seus cidadãos em referências no campo tecnológico na Europa”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 4 Dezembro 2024

Moções de censura contra o Governo francês vão a votos. INE e BdP divulgam dados sobre habitação e IGCP realiza dois leilões de BT.

O futuro do governo francês, liderado por Michel Barnier, depende dos resultados da votação às moções de censura marcadas para hoje. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga dados sobre a evolução das taxas de juro no crédito habitação e o Banco de Portugal (BdP) publica dados sobre os preços da construção de novas casas. Também a IGCP volta ao mercado obrigacionista com a emissão de BT a 5 e 12 meses.

Decide-se o futuro do Governo de França

O debate e a votação das moções de censura contra o Governo de França apresentadas pela esquerda francesa e pelo partido da extrema-direita Rassemblement National (RN) estão agendados para as 16 horas (15 horas em Lisboa). O partido de Marine Le Pen, Nova Frente Popular (NFP), anunciou que vai votar a favor da moção apresentada pelos partidos da esquerda o que, confirmando-se, levará à queda do Governo de Michel Barnier. As moções foram apresentadas após o primeiro-ministro francês ter recorrido ao n.º 3 do artigo 49.º da Constituição para conseguir aprovar o Orçamento da Segurança Social para o próximo ano, face à ausência de maioria na Assembleia Nacional.

Audição de Ricardo Ferreira Reis no Parlamento

O economista Ricardo Ferreira Reis, indigitado vice-presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, será ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação. Esta etapa precede o parecer positivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), a quem o Governo pediu a avaliação curricular e de adequação de competências da personalidade indigitada para vogal do Conselho de Administração da AMT.

Como evolui a taxa de juro no crédito à habitação?

O Banco de Portugal (BdP) revela os indicadores das taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos relativos a outubro. Segundo o último relatório mensal, a taxa de juro média de novos contratos de crédito à habitação voltou a descer, fixando-se em 3,37% em setembro. O BdP divulga ainda dados relativos ao crédito habitação e a fatores autónomos de liquidez de novembro.

Está mais caro construir novas casas?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar o índice de custos de construção de habitação nova de outubro. Segundo os últimos dados divulgados, os custos tinham subido 3,3% em Portugal em setembro face ao mesmo mês no ano anterior. Já a OCDE divulga o ‘Economic Outlook’ e o índice do preço dos consumidores. Enquanto o Conselho das Finanças Públicas (CFP) publica relatório “Setor Empresarial Regional 2022-2023”.

IGCP volta ao mercado obrigacionista com BT a 5 e 12 meses

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT), a cinco meses e a 12 meses, com maturidades a 16 de maio de 2025 e 21 de novembro de 2025, num montante indicativo global entre 1.250 milhões de euros e 1.500 milhões de euros.

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Insucesso no empréstimo obrigacionista coloca pressão sobre FC Porto

SAD portista apenas conseguiu 21 milhões dos 30 milhões de euros que pretendia captar junto dos adeptos. Analistas justificam insucesso da operação com desconfiança em relação às contas do dragão.

A SAD do FC Porto conseguiu financiar-se em 21 milhões de euros no empréstimo obrigacionista, mas deveriam ter entrado 30 milhões nos cofres dos portistas. São nove milhões a menos que vão colocar maior pressão sobre as contas já de si depauperadas do dragão, que foi, de resto, uma das razões que justificaram o falhanço desta operação, consideram os especialistas ouvidos pelo ECO.

“Este financiamento serve normalmente para apoiar a tesouraria necessária para o dia-a-dia, pelo que significa menor disponibilidade financeira”, aponta Daniel Sá, diretor executivo do IPAM.

Paulo Reis Mourão, professor do Departamento de Economia da Universidade do Minho, acrescenta que a administração liderada por André Villas-Boas terá agora de procurar uma alternativa para preencher as necessidades de financiamento da SAD azul-e-branca.

“Instrumentos como a renegociação de contratos de direitos de imagem e televisivos, a captação de investidores de âmbito internacional, e a rentabilização dos intangíveis são mecanismos imediatos que de qualquer modo estarão ligados a um controlo mais incisivo das despesas de todo o clube”, frisou o docente universitário.

A braços com uma crise financeira, Villas-Boas tem procurado injetar dinheiro na SAD para fazer face à pressão de tesouraria que tem enfrentado desde que tomou posse em maio, após um longo reinado de 40 anos de Pinto da Costa. O próprio emprestou 500 mil euros do seu bolso face situação de urgência no Dragão.

As contas mostram um buraco de 120 milhões de euros nos capitais próprios da SAD azul-e-branca no final de junho, e Villas-Boas está a renegociar a dívida que ascende a 520 milhões (uma boa parte dela de curto prazo). No mês passado captou 115 milhões de euros junto de investidores americanos e no verão fechou a venda de 30% dos direitos do estadio num negócio que pode render 100 milhões.

"Este financiamento serve normalmente para apoiar a tesouraria necessária para o dia-a-dia, pelo que significa menor disponibilidade financeira.”

Daniel Sá

Diretor do IPAM

Adeptos desconfiados e divididos

O FC Porto anunciou na segunda-feira que a procura no empréstimo obrigacionista atingiu apenas 70% do objetivo dos 30 milhões de euros, numa oferta à qual acorreram pouco mais de 1.300 investidores — contra uma média superior a 4.000 investidores que participaram em anteriores operações, de acordo com os dados disponibilizados pela Euronext.

Tanto Daniel Sá como Paulo Reis Mourão não duvidam que a desconfiança em relação à situação financeira da SAD afastou muitos dos que no passado já compraram obrigações dos dragões.

“Os investidores não terão confiado o suficiente nesta proposta de empréstimo obrigacionista. Quem investe quer retorno pelo que esta não terá tido a atratividade desejada. As indefinições e frágil situação financeira do FC Porto poderão levar a esta insegurança dos investidores”, explica Daniel Sá.

Para Paulo Reis Mourão, “este insucesso mostra que o mercado do grande investidor portista está polarizado ou dividido” entre os apoiantes de Villas-Boas e de Pinto da Costa. “Numa imagem, a direção de André Villas-Boas tem a simpatia popular, mas parece não ter ainda convencido a aristocracia financeira”, frisa o docente da Universidade do Minho.

"Numa imagem, a direção de André Villas-Boas tem a simpatia popular, mas parece não ter ainda convencido a aristocracia financeira.”

Paulo Reis Mourão

Professor do Departamento de Economia da Universidade do Minho

Portistas superam fasquia dos 400 milhões

Com esta operação, a SAD portista já conseguiu financiar-se em mais de 400 milhões de euros através do mercado de capitais desde 2003, quando entrou na bolsa, revelam os dados da gestora da bolsa portuguesa.

Nos últimos anos, o mercado tem substituído a banca no que diz respeito ao financiamento dos três grandes e com grande sucesso: no seu conjunto os investidores já emprestaram mais de 1,2 mil milhões a FC Porto, Benfica e Sporting nas últimas duas décadas.

O registo histórico deste tipo de operações mostra que, não sendo habitual, já tivemos casos de SAD que não conseguiram levantar o dinheiro que pretendiam, como aconteceu com o Sporting em 2018, no rescaldo do fim de mandato turbulento de Bruno de Carvalho à frente dos leões.

Da mesma forma que, naquela altura, os mercados colocaram à prova a capacidade da direção de Francisco Varandas à frente dos leões, também poderão estar a “testar a maturidade financeira” de Villas-Boas, observa Paulo Reis Mourão.

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