Mais de 300 imigrantes detidos nas primeiras 24 horas de Trump na Casa Branca

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

O 'czar' da fronteira, Tom Homan, anunciou que a detenção de "308 criminosos graves" no primeiro dia de Donald Trump como presidente dos EUA.

A agência federal de Imigração e Alfândega norte-americana (ICE, na sigla em inglês) deteve 308 imigrantes irregulares no primeiro dia completo de Donald Trump na Presidência, indicou o responsável pela fronteira.

“Na terça-feira, nas últimas 24 horas, o ICE prendeu 308 criminosos graves. Alguns eram homicidas, outros violadores de crianças. Logo, o ICE está a fazer o seu trabalho (…). Um trabalho excelente no terreno e continuarão a fazê-lo a cada dia”, indicou à rede Fox News Tom Homan, o ‘czar’ da fronteira, termo como é conhecido o responsável pela fronteira do novo Governo.

Questionado sobre o que é que poderá motivar uma intervenção do ICE, Homan frisou que “basta estar no país ilegalmente” para ser procurado ou abordado pelos agentes.

“Nada na lei de imigração diz que a pessoa precisa de ter cometido um crime grave para ser removida do país” onde está de forma irregular, disse o responsável, reforçando que qualquer pessoa que estiver ilegalmente nos Estados Unidos poderá ser visitada pelos agentes do ICE e, eventualmente, deportada.

Contudo, explicou que, nesta primeira fase, os esforços estão concentrados “nos piores primeiro”, referindo-se a imigrantes criminosos que representem uma “ameaça para a segurança” da sociedade e dos Estados Unidos.

Donald Trump garantiu na segunda-feira, no seu discurso de tomada de posse, que irá expulsar “milhões e milhões” de imigrantes ilegais, uma das principais promessas da sua campanha eleitoral, durante a qual prometeu levar a cabo a “maior deportação em massa da história” do país.

Há cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos, segundo estimativas do Departamento de Segurança Interna de 2022, o ano mais recente com dados disponíveis – embora Trump tenha afirmado, sem provas, que o número real é cerca do dobro.

Homan prometeu implementar o plano de imigração do segundo mandato de Trump, inclusive em “cidades santuário” – onde existem leis locais e estaduais que protegem a população indocumentada e que acabam por ser um refúgio para pessoas que ainda não conseguiram regularizar a sua situação.

Newark, localizada no estado norte-americano de Nova Jérsia e que acolhe uma das mais significativas comunidades portuguesas nos Estados Unidos, é uma das várias “cidades santuário” do país e onde tem crescido o receio de uma intervenção do ICE sob a nova administração de Donald Trump.

Homan disse numa outra entrevista que os agentes do ICE compilaram uma “folha de alvos” de imigrantes ilegais com antecedentes criminais que pretendem prender e deportar.

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Tribunal rejeita pedido de seguradora para arquivar queixa por discriminação

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2025

O juiz indicou que para tomar uma decisão completa sobre o caso é necessário ter provas orais sobre o que aconteceu, e que um conflito entre os factos só poderia ser resolvido através de uma audiência

Um tribunal do trabalho rejeitou o pedido apresentado pela seguradora Marshmallow Technology para não dar seguimento à queixa apresentada por um ex-diretor financeiro que alega que foi despedido por discriminação direta por deficiência, avançou o Insurance Business Mag.

Andrew McCartney, ex-diretor financeiro da seguradora, alega que o seu despedimento esteve relacionado com a sua esposa ter sido diagnosticada com cancro da mama (foi submetida a cirurgia enquanto McCartney ainda trabalhava na Marshmellow).

Além de ter apresentado queixa em tribunal pelas circunstâncias do seu despedimento, também o fez porque meses depois de terminado o seu vínculo laboral com a empresa, solicitou que se iniciasse um processo formal de queixa, o qual a empresa alegadamente recusou.

A seguradora negou estas alegações, afirma que McCartney foi despedido pelo seu desempenho insuficiente e que o processo formal de queixas apenas se aplica a funcionários ativos, logo, o ex-diretor financeiro já não podia recorrer a esse procedimento, visto que já não fazia parte da empresa.

Após uma audiência preliminar, o juiz Andrew Jack, além de rejeitar o pedido da seguradora para arquivar a queixa apresentada, também rejeitou a queixa de discriminação direta por deficiência em relação à alegada falha da empresa em iniciar um processo formal de queixa. “Não há nenhuma ligação inteligível entre ter um parceiro com deficiência e recusar iniciar procedimentos de queixa”, afirmou.

Não obstante, o juiz indicou que para tomar uma decisão completa sobre o caso, era necessário obter provas orais sobre o que realmente aconteceu, e que um conflito entre os factos só poderia ser resolvido através de uma audiência.

“Não considero que a queixa de discriminação direta por deficiência em relação ao despedimento não tenha uma perspetiva razoável de sucesso”, decidiu o juiz. “O caso do reclamante em relação ao seu despedimento não está conclusivamente refutado nem é total e inexplicavelmente inconsistente com documentos contemporâneos não contestados”, indicou.

McCartney contestou a veracidade dos documentos apresentados pela empresa, que continham registos de reuniões, bem como as cartas de despedimento que o informavam de que o seu desempenho era insuficiente.

“Existem questões centrais de facto que dependerão de provas orais e não devem ser decididas sem ouvir essas provas orais”, acrescentou o juiz. “A razão para o despedimento é a principal disputa entre as partes, e essa disputa só pode ser resolvida ouvindo os responsáveis pela decisão.”

O juiz também afirmou que a alegação de McCartney de que sofreu danos emocionais devido à rejeição do seu pedido não conseguiu demonstrar prejuízo.

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Conheça os prestadores de serviços de seguros ‘Escolha do Consumidor 2025’

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2025

Três prestadores de serviços cobertos por seguros foram escolhidos pelos consumidores nas categorias de hospital privado, reparação e substituição de vidro automóvel e laboratório de análises clínicas

Há três prestadores de serviços ao setor dos seguros que foram nomeados como ‘Escolha do Consumidor’ na 13.ª edição do concurso: a Glassdrive, Lusíadas Saúde e a Joaquim Chaves Saúde.

A Glassdrive, marca do Grupo Saint-Gobain, destacou-se pelo 12.º ano consecutivo na categoria onde é especialista – reparação e substituição de vidro automóvel – com nota global de 77,3%, ficando à frente das cinco marcas avaliadas. Segundo a marca, tem acordos com a maioria das empresas de seguro em Portugal sendo que serviços que presta podem estar cobertos por contratos de seguro.

“Este reconhecimento inspira-nos a continuar a elevar os padrões do setor, sempre com foco na satisfação e confiança dos consumidores,” sublinha Rita Bastos, Diretora-Geral da Glassdrive e da Sekurit Service Portugal.

Por sua vez, a Lusíadas Saúde ficou em primeiro lugar entre as cinco marcas avaliadas na categoria de hospitais privados com nota global de 83,3%. A empresa tem parceria com a Global Seguros, Lusitania, Nossa (Seguros Angola), Popular Seguros – prestando os serviços para os seus seguradoras através da gestora de seguros e planos de saúde AdvanceCare. Ainda tem parceria com a da Médis (seguradora de saúde da Ageas Portugal), Allianz, KeepWells e Multicare (marca do Grupo Fidelidade).

Com a maior nota global dos três prestadores, a Joaquim Chaves Saúde destacou-se das outras duas marcas avaliadas na categoria de laboratório de análises clínicas com uma nota global de 85%. Segundo publicado no seu sítio da internet, tem acordos com a Cimpor, Açoreana Seguros, Logo, Lusitania, Companhia de Seguros Popular, Generali Tranquilidade, Mudum, Mgen, NOSSA, Una Seguros, Allianz, Future Healthcare, Aegon Santander Seguros, Saúde Prime, Victoria Seguros, Médis, Mútua Saúde e RNA Medical.

A “Escolha do Consumidor” é um sistema de avaliação e classificação de marcas com base na satisfação e aceitação que geram junto dos consumidores. Para chegar aos resultados identifica os atributos os consumidores mais valorizam em cada categoria, depois é atribuída classificação aos atributos mais valorizados e, por fim, é feita “avaliação da experiência com as principais marcas da categoria, avaliando-as e pontuando-as em relação ao seu desempenho nos atributos mais valorizados”.

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Vasco Girão Severo sai da Ageas para gerir grupo Concentra em Portugal

O gestor vai expandir a atividade no mercado português e consolidar resultados sólidos. O grupo espanhol já detém em Portugal a Melior, a Portinsurance e a Median.

O grupo espanhol Concentra acaba de nomear Vasco Girão Severo como Deputy Head of Portugal, função que assumiu oficialmente no dia 13 de janeiro reportando diretamente ao CEO, José Luis Ocon. O gestor era até agora Head of New Patnership no Grupo Ageas onde estava há mais de nove anos.

Vasco Girão Severo saiu do grupo Ageas para “continuar a trajetória de crescimento e inovação” do grupo de distribuição de seguros Concentra.

Segundo informação do grupo Concentra, “terá a missão de liderar mudanças organizacionais, expandir a atividade no mercado português e consolidar resultados sólidos, colocando o desenvolvimento das pessoas no centro da estratégia”. Vasco Severo conta com uma equipa de direção composta por Daniel Tabanez, José Dantas, João Almeida-Santos, Pedro Athouguia e Nuno Fidalgo.

O Grupo Concentra realiza intermediação de seguros e resseguros na Iberia, operando através de várias marcas em três linhas de negócio: retalho, grossista e extensão de garantias. Em Portugal detém a Portinsurance, a Median e Melior.

José Luis Ocon, CEO do Grupo Concentra, afirmou: “A experiência e visão estratégica de Vasco são exatamente o que precisamos para continuar a nossa trajetória de crescimento e inovação. A sua dedicação ao desenvolvimento das pessoas será um pilar essencial para o sucesso sustentável da nossa operação em Portugal.”

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Abriu o espaço realista do Museu Virtual do Seguro

Fica no Barreiro, na antiga CUF, é um espaço cheio de documentos e memórias visuais dos seguros em Portugal. Vitor Alegria do CHAPAS explica. Veja a Fotogaleria.

O Museu Virtual do Seguro tem um novo espaço, agora realista, na nova cidade dos arquivos, localizada nas antigas instalações da CUF, e depois Quimigal, no Barreiro.

Vitor Alegria, responsável pelo Museu do Seguro, vai dinamizar o espaço físico com iniciativas que provam a proximidade dos seguros com a vida das pessoas.Hugo Amaral/ECO

São mais de 800 peças museológicas, para além de uma biblioteca e hemeroteca com todas as muitas publicações já recolhidas pelos membros do Clube Chapas. É visitável às quartas feiras com marcação prévia e prepara para breve uma exposição Garagem dos Sinistros, em que num cenário de um automóvel e de uma moto destruídos em acidentes reais, a gente dos seguros chama-lhes perda total, serão sensibilizados jovens e mais velhos através de conversa animadas de especialistas de médicos a peritos.

Situada paredes meias com o arquivo histórico Ephemera, tanto promovida pelo historiador político Pacheco Pereira, este tem em Vitor Alegria – responsável pelo Museu do Seguro/Clube Chapas-, um par na promoção desta renovada cidade pós-industrial que ainda agrega o Arquivo da Fundação Amélia de Mello, Museu Industrial, Espaço Memória e o Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra.

A ideia começou há 13 anos com entusiastas reunidos na fundação do CHAPAS -Clube História e Acervo Português da Actividade Seguradora, e Vitor Alegria tem capitaneado uma equipa de recolha, tratamento e arquivo documental e icónico que trace a importância dos seguros ao longo da história.

Depois de uma página Facebook que já acolheu mais de 10 mil posts com elementos históricos e de um site, denominado Museu Virtual dos Seguros, chegou o momento de criar um espaço físico para homenagear os seguros.

Os seguros estiveram sempre ligados à vida das pessoas ao longo da história de Portugal ”, diz Vitor Alegria, lembrando que o primeiro seguro foi feito e assinado por Dom Dinis em 1294, já protegendo os pioneiros navegadores em busca de comércio fora de Portugal.

O Clube Chapas continua a motivar e a receber doações das muitas recordações, documentos, imagens e ícones, que os portugueses que tiveram familiares e ancestrais ligados aos seguros detêm sem saber o que lhes fazer. Garante Vitor Alegria que serão bem tratadas e respeitadas.

Para preparar uma visita, veja a página do Facebook do Clube Chapas, o site do clube ou o site do próprio Museu Virtual do Seguro.

E Veja a Fotogaleria:

 

 

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Ex-administrador do BPP condenado a 13 anos e meio de prisão em cúmulo jurídico

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

Paulo Guichard já cumpriu mais de dois anos e meio de prisão no âmbito de uma condenação a quatro anos e oito meses de prisão por falsidade informática e falsificação de documento.

O antigo administrador do BPP Paulo Guichard foi condenado a uma pena em cúmulo jurídico de 13 anos e seis meses de prisão, decisão que será alvo de recurso para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), adiantou a defesa.

De acordo com o advogado Nuno Brandão, que representa o antigo administrador Paulo Guichard, o juízo central criminal de Lisboa determinou na passada semana um cúmulo jurídico de 13 anos e seis meses de prisão, que substitui as condenações por crimes em três processos relacionados com o colapso do antigo Banco Privado Português (BPP).

Paulo Guichard já cumpriu mais de dois anos e meio de prisão no âmbito de uma condenação a quatro anos e oito meses de prisão por falsidade informática e falsificação de documento num processo com decisão em 2018 e no qual foram também condenados o antigo presidente do BPP João Rendeiro, que entretanto morreu, e Salvador Fezas Vital, também ex-administrador.

Paulo Guichard foi ainda condenado em maio de 2021, tal como Fezas Vital, a uma pena de nove anos e seis meses de prisão por fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais, e, num terceiro processo, a três anos de prisão, por burla qualificada no caso do embaixador jubilado Júlio Mascarenhas.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. Apesar da sua pequena dimensão, teve importantes repercussões devido a potenciais efeitos de contágio ao restante sistema quando se vivia uma crise financeira.

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Empresários apoiam criação de área metropolitana do Minho contra “visão minifundiária”

Captação de investimento, mobilidade e desenvolvimento urbanístico são “decisões estruturais” que devem ser tomadas ao nível intermunicipal. AEMinho quer tema “sufragado” na campanha das autárquicas.

Depois de as comunidades intermunicipais (CIM) do Cávado e Ave terem assinado um acordo que prevê a concertação de projetos e ações conjuntas em várias áreas, com o autarca de Braga a falar de um “passo” para a criação da área metropolitana do Minho, os empresários da região elogiam a ideia que pode fazer com que “as grandes decisões estruturais sejam tomadas (…) numa dimensão intermunicipal”.

“É crucial entender a região como um todo e dar uma resposta mais efetiva e, acima de tudo, mais eficiente àquilo que são as suas necessidades, quer em termos de opções estratégicas na captação de investimento, quer em questões como a mobilidade, a mobilidade laboral ou até o próprio desenvolvimento urbanístico, apostando em clusters mais industriais”, refere a Associação Empresarial do Minho (AEMinho).

Ramiro Brito, presidente da Associação Empresarial do MinhoNuno Sampaio

E a campanha para as eleições autárquicas agendadas para o outono deste ano são “um bom momento” para debater o tema, sublinha o presidente, Ramiro Brito, lançando o “repto” aos candidatos dos municípios dos distritos de Braga e Viana do Castelo para “manifestarem as suas posições para que ele também possa, de forma indireta, ser sufragado” na próxima ida às urnas.

Em comunicado, o líder da AEMinho defende que “é estrutural para a região” que haja maior coordenação de políticas e que “as opções estratégicas da mesma sejam tomadas como um todo e não com uma visão minimalista e minifundiária de cada concelho”.

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R.Power vai investir em três novas centrais solares em Portugal

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

Em 2025, a empresa polaca dará início à construção de três novos projetos em Paião, Feira e Trancoso. Hoje o portfólio da R.Power em Portugal abrange oito centrais fotovoltaicas.

A R.Power anunciou esta quarta-feira que vai reforçar o investimento em Portugal com a construção de três novas centrais solares em Paião, Feira e Trancoso e com o arranque da operação de dois projetos em Lagos e Portimão. Com este passo, a empresa polaca quer duplicar a capacidade do portfólio instalado em Portugal para 100 megawatt-pico(Mwp).

“Em 2025, a R.Power dará início à construção de três novos projetos em Paião, Feira e Trancoso, com uma capacidade combinada de 43 MWp. Estes projetos irão gerar 80 GWh [Giwatt-hora] de energia anualmente”, detalha a produtora de energia renovável em comunicado.

Até ao final do primeiro trimestre deste ano, a empresa planeia ainda colocar em operação novos projetos com uma capacidade total de 10 MWp em Lagos e Portimão, o que aumentará a produção anual em mais 20 GWh, anunciou a empresa em comunicado.

Simultaneamente, a produtora anunciou que tem planos para “expandir a sua presença na Península Ibérica com novos investimentos em Espanha e em tecnologias de armazenamento de energia”. A Lusa pediu mais informações e dados sobre estes investimentos, mas ainda não obteve respostas da R.Power.

Atualmente, a R.Power gere um portfólio de cerca de 50 MWp em Portugal, abrangendo oito centrais fotovoltaicas localizadas em Terena, Sertã, Mosteiros, Tremês, Alhais, Elvas, Mação e Arada. “Estas instalações já produzem aproximadamente 100 GWh de energia verde, anualmente, fornecendo eletricidade a milhares de lares”, segundo o mesmo documento.

“Portugal é um dos mercados-chave na nossa estratégia de desenvolvimento. Estamos empenhados em alcançar os nossos objetivos de construir uma capacidade total de 100 MWp nesta região da Europa, consolidando ainda mais a nossa posição como o maior investidor polaco no setor das energias renováveis no continente europeu”, afirma Przemek Pięta, cofundador e presidente executivo da R.Power.

O responsável destaca ainda que a expansão no mercado ibérico “é um passo estratégico” para a empresa. “Em Espanha, estamos a iniciar a construção de projetos com uma capacidade total de 23 MWp, que produzirão mais de 45 GWh anualmente”, acrescentou.

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Musk critica investimento em inteligência artificial de Trump

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

OpenAI, Oracle e SoftBank anunciaram esta quarta-feira a criação da Stargate, num investimento de 500 mil milhões. Musk afirma que sabe de "fonte segura" que as empresas "não têm dinheiro".

Elon Musk criticou esta quarta-feira o projeto de Donald Trump para um investimento privado maciço em inteligência artificial (IA), afirmando que os parceiros desta nova empresa “não têm dinheiro” para o financiar, uma afirmação contestada pelo CEO da OpenAI, Sam Altman.

Num evento na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou a criação de uma nova entidade, a “Stargate”, que planeia investir “pelo menos 500 mil milhões de dólares” em infraestrutura ligada à IA. A “Stargate” resulta de uma parceria formada pela OpenAI, Oracle e SoftBank.

O CEO da SoftBank disse que a joint venture “começaria por investir 100 mil milhões de dólares imediatamente”, com o intuito de alcançar os 500 mil milhões em quatro anos. “Eles não têm dinheiro” para financiar este projeto, escreveu Elon Musk, numa publicação na sua conta da rede social X. “A SoftBank só tem garantidos 10 mil milhões de dólares”, disse, acrescentando: “Sei de fonte segura”.

O dono da Tesla gastou 277 milhões de dólares do seu próprio bolso para financiar a campanha de Donald Trump e foi incumbido de uma missão extra governamental para reduzir a despesa pública. “Falso, como provavelmente sabe”, reagiu o CEO da OpenAI, Sam Altman, também na rede social X, a estas acusações, oferecendo a Elon Musk a possibilidade de “visitar o primeiro local atualmente em construção”.

“Compreendo que o que é bom para o país nem sempre é bom para as vossas empresas, mas espero que, nas novas funções, ponham os Estados Unidos em primeiro lugar”, acrescentou Sam Altman.

Apontado como o homem mais rico do mundo, Elon Musk é um dos cofundadores da OpenAI e ataca regularmente Sam Altman, criticando-o em particular por se ter desviado da missão inicial da ‘startup’, que se centrava no desenvolvimento racional da IA.

A nova entidade, a “Stargate” ocupa-se principalmente da construção de centros e processamento de dados. Elon Musk está também envolvido na corrida à IA e as empresas que controla, nomeadamente a Tesla, têm investido fortemente nesta área.

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Candidatura a Património da Unesco do Queijo Serra da Estrela prevista para o verão

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

Em julho de 2024, 17 municípios da região do Queijo Serra da Estrela assinaram um protocolo de cooperação para a elaboração da candidatura à Unesco da salvaguarda daquele produto regional.

A Estrelacoop – Cooperativa Produtores de Queijo Serra da Estrela DOP prevê entregar no final do verão deste ano a candidatura do Queijo Serra da Estrela a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da Unesco.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da cooperativa, Joaquim Lé de Matos, na apresentação da feira Tábua e Sabores da Beira, em Tábua, no interior do distrito de Coimbra, que integra a Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela.

A salvaguarda do fabrico do Queijo da Serra da Estrela a Património Cultural e Imaterial da Humanidade é um trabalho que já está muito avançado e posso dizer, não caindo em promessas, que está tudo comprometido para entregarmos este verão as candidaturas junto do Estado português e na Unesco”, disse o responsável.

Em julho de 2024, 17 municípios da região do Queijo Serra da Estrela assinaram um protocolo de cooperação para a elaboração da candidatura à Unesco da salvaguarda daquele produto regional, com coordenação técnica e científica de Paulo Lima, que também foi responsável pelas candidaturas do Fado, do Cante Alentejano, do Fabrico de Chocalhos e da Morna (música tradicional de Cabo Verde).

O acordo envolveu também a Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE). No total, a EstrelaCoop, a ANCOSE e os 17 municípios, que pertencem a três comunidades intermunicipais (CIM) – Beiras e Serra da Estrela, Viseu Dão Lafões e Região de Coimbra – financiam “em quase 80 mil euros a candidatura”.

A candidatura à Unesco para salvaguarda do fabrico do Queijo Serra da Estrela a Património Cultural e Imaterial da Humanidade pretende preservar toda a fileira do queijo, nomeadamente “o trabalho árduo dos produtores e, sobretudo, dos pastores”, tornando a atividade mais rentável para atrair jovens para o setor.

Outra salvaguarda necessária relaciona-se com o número de efetivos da raça autóctone da Serra da Estrela, que tem de ser [ovelha] Bordaleira ou Churra Mondegueira, porque, segundo os dados existentes, está a haver uma diminuição de ano para ano.

No entanto, o presidente da Estrelacoop salientou que, fruto do trabalho realizado pela ANCOSE e pelos pastores, aquelas raças não estão em vias de extinção graças ao Queijo Serra da Estrela, embora se tenha registado uma diminuição do número de ovelhas “não muito significativa” e, consequentemente, da produção de leite de Denominação de Origem Protegida (DOP).

“Nestes três últimos anos, a produção de Queijo Serra da Estrela tem andando entre 160 e 180 toneladas, com uma procura muito superior à produção”, frisou Joaquim Lé de Matos, salientando que o número de produtores na última década se manteve estável.

Para o dirigente, este é um motivo de satisfação já que a Estrelacoop não pretende criar escala na produção do Queijo Serra da Estrela por se tratar de “um produto único genuíno, que se pretende preservar”.

A região demarcada da produção Queijo da Serra da Estrela abrange os municípios de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu. Destes concelhos, só Arganil ficou de fora do protocolo de financiamento da candidatura à Unesco.

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Grupo alemão Bertelsmann fecha acordo para usar ChatGPT

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

Na RTL Alemanha, os jornalistas serão apoiados pela tecnologia da OpenAI e as equipas de marketing da Penguin Random House poderão emitir recomendações personalizadas de livros nas redes sociais.

A gigante alemã de media Bertelsmann, dona da rádio RTL, anunciou que chegou a um acordo com a OpenAI para utilizar o ChatGPT, reforçando o uso da inteligência artificial (IA) nas suas atividades.

Segundo o acordo, Bertelsmann irá utilizar o ChatGPT para “tornar mais eficientes os processos existentes no trabalho diário (…) nos setores de media, nos serviços e educação“, indicou o grupo, que também detém a editora Penguin Random House, em comunicado.

Na RTL Alemanha, os jornalistas serão apoiados pela tecnologia da OpenAI e as equipas de marketing da Penguin Random House poderão emitir recomendações personalizadas de livros nas redes sociais, o que impulsionará as vendas desta editora, segundo o grupo.

A Bertelsmann não referiu eventuais consequências nos postos de trabalho.

Um dos precursores da utilização da IA, o concorrente alemão Axel Springer, por seu lado, anunciou cortes de empregos nos seus jornais diários Bild e Die Welt no início de 2023, alegando que a inteligência artificial poderia agora “substituir” certas tarefas, como a edição de conteúdos.

“Queremos ser uma empresa de media de vanguarda”, disse um porta-voz da Bertelsmann à AFP. Como o grupo não é uma empresa tecnológica, precisa de “parceiros e a OpenAI é um deles”, acrescentou a mesma fonte, sem revelar o valor da transação.

Ao contrário de Axel Springer, a Bertelsmann não será paga pela OpenAI, que não obtém quaisquer direitos sobre os arquivos do grupo.

Outros meios de comunicação social celebraram acordos que permitem aos atores de IA utilizar os seus conteúdos, como a AFP com a tecnológica francesa Mistral, ou o diário Le Monde, do grupo espanhol Prisa Media (El País, As) e o diário económico britânico Financial Times com a OpenAI.

Contrariamente a estes acordos, outros media, como o diário norte-americano The New York Times, optaram pelo braço de ferro e estão a levar os atores de IA a tribunal, acusando-os de usar conteúdo retirado da Internet sem pagar.

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EDP Renováveis aumenta produção em 6% em 2024. América do Norte representa 55%

A maior parte da produção de energia renovável da EDP Renováveis ocorreu na América do Norte (55%), enquanto a Europa representou mais de um terço (32%).

A EDP Renováveis (EDPR) registou um aumento de 6% na produção de energia no ano passado, comparativamente a 2023, informou esta terça-feira a subsidiária do grupo EDP num relatório publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A produção de energia renovável da empresa, também liderada por Miguel Stilwell de Andrade, teve um crescimento para 36,6 Terawatts-hora (TWh), ligeiramente acima do intervalo entre 35 e 36 TWh que estava previsto na apresentação de resultados dos primeiros nove meses de 2023.

A maior parte da produção foi na América do Norte (55%), que se destacou após uma subida homóloga de 17% causada por “novas adições” e pela recuperação das condições de vento, enquanto a Europa representou mais de um terço (32%), mas caiu 1% devido a transações de rotação de ativos.

“Em termos de mix de tecnologias, 85% foi produção de energia eólica onshore, e a produção de energia solar aumentou de 8% em 2023 para 15% da produção em 2024, com a tecnologia solar a representar 74% do total das adições de capacidade em 2024. A produção de energia é líquida, não refletindo a atividade de gestão flexível da capacidade de armazenamento/baterias”, informa a EDPR.

Os dados operacionais previsionais de 2024, divulgados esta tarde, mostram também que a EDP Renováveis anexou um recorde de 3,8 gigawatts (GW) de capacidade renovável ano passado, em linha com a previsão até setembro, o que significou um acréscimo de 17% face a 2023.

A casa-mãe EDP viu a produção de eletricidade aumentar 2% em 2024, em relação ao ano anterior, com as energias renováveis a representarem quase o total, mais de 95%.

“A estratégia de investimento em energias renováveis, complementadas com tecnologias flexíveis como a bombagem hídrica, baterias e centrais a gás, assim como a forte redução da produção a carvão permitiu aumentar o peso de renováveis na produção de eletricidade da EDP a um forte ritmo face a 74% em 2022 e 87% em 2023, com um contributo decisivo para a transição energética”, esclareceu a elétrica, no mesmo documento enviado à CMVM.

As empresas pesaram nas vendas em Portugal e Espanha. No mercado ibérico, o volume de eletricidade comercializado recuou 9%, em termos homólogos, porque se registou uma queda dos volumes vendidos a clientes empresariais.

Notícia atualizada às 18h56

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