Bancos avançam com garantia pública, apesar de ainda não estar disponível

Caixa e Banco CTT antecipam-se à entrada em vigor da garantia pública do crédito à habitação para os jovens, disponibilizando simulações de financiamento na sua rede de agências.

Alguns bancos estão a antecipar-se à implementação oficial da garantia pública para crédito à habitação jovem, oferecendo já simulações de financiamento a 100% do valor do imóvel, tal como irá permitir a garantia do Estado.

Embora esta medida não esteja formalmente disponível, alguns bancos procuram preparar o terreno para que, quando a medida entrar efetivamente em vigor, os jovens possam imediatamente avançar com a contratualização dos empréstimos à habitação e, assim, comprar a sua primeira casa sem a necessidade de terem capitais próprios.

Uma das 17 instituições que aderiram ao protocolo da garantia pública e que está a promover essa prática comercial é a Caixa Geral de Depósitos (Caixa), disponibilizando simulações a potenciais clientes sob o produto “CH Jovens Garantia Estado”.

Esta informação consta nas Fichas de Informação Normalizada Europeia (FINE) obtidas pelo ECO junto de jovens que recorreram a intermediários de crédito com acordos com a Caixa e a agências do banco público para obter propostas de financiamento.

A simulação está disponível apenas para a rede de agências Caixa, onde o cliente pode obter um atendimento personalizado e especializado, recebendo no fim da simulação um documento adicional com o resumo desta oferta e pode, se desejar, dar o seu acordo a um contacto futuro, assim que a garantia estiver em vigor e em comercialização.

Fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos

Contactada pelo ECO, a Caixa esclareceu que estas simulações têm como objetivo principal permitir aos clientes avaliar o cumprimento das condições de elegibilidade e dos rácios de solvabilidade (DSTI e ASC) para esta oferta específica.

“A simulação está disponível apenas para a rede de agências Caixa, onde o cliente pode obter um atendimento personalizado e especializado, recebendo no fim da simulação um documento adicional com o resumo desta oferta e pode, se desejar, dar o seu acordo a um contacto futuro, assim que a garantia estiver em vigor e em comercialização”, refere fonte oficial da Caixa.

Assim, através desta iniciativa, a Caixa pretende antecipar-se na aplicação da garantia pública, colocando-se em posição de contratualizar os empréstimos à habitação com a garantia do Estado assim que a medida estiver em vigor — que deverá acontecer até ao final do ano, segundo o ministro das Finanças. “Quando estiver em vigor a garantia para os jovens, esta simulação poderá ser realizada também no site da Caixa e a resposta da CGD será vinculativa”, refere ainda fonte oficial da Caixa.

Adesão significativa das instituições financeiras

A garantia pública para os jovens comprarem a primeira casa teve uma adesão expressiva por parte do setor bancário, com 17 instituições de crédito a manifestarem interesse em participar nesta iniciativa governamental.

Na “disponibilização” antecipada da medida aos jovens, a Caixa não está sozinha. O ECO sabe que também o Banco CTT está a disponibilizar simulações de crédito à habitação com financiamento a 100% do valor do imóvel. E, tal como sucede com a Caixa, essas simulações não são possíveis de obter no simulador online das instituições.

“O Banco CTT, tendo em conta a já prevista aprovação oficial da garantia bancária, que se espera para breve, está a aceitar manifestações de interesse para melhor apoiar os seus clientes na hora de escolherem o crédito à habitação”, refere fonte oficial do banco dos Correios ao ECO.

Estas movimentações por parte da Caixa e do Banco CTT indicam uma tendência do setor para se preparar para a implementação efetiva da medida. Além disso, esta iniciativa poderá potencialmente, levar a uma maior competitividade nas condições oferecidas aos jovens.

No entanto, é importante salientar que, nesta fase preliminar, as simulações e informações fornecidas pelos bancos não são ainda vinculativas e podem estar sujeitas a ajustes quando a garantia pública for oficialmente implementada. Desde logo porque, para operacionalizar a medida, falta ainda definir a parcela dos 1.200 milhões de euros que o Governo irá disponibilizar no âmbito da garantia pública que caberá a cada uma das 17 instituições de crédito que aderiram à garantia.

“Nenhuma manifestação de interesse será contratualizada antes da garantia bancária ser formalmente aprovada”, adianta o Banco CTT ao ECO.

Além disso, para aceder à garantia pública, os jovens terão de cumprir um conjunto específico de condições, que visam assegurar que o apoio é direcionado para quem realmente necessita.

  • Limite de idade: Os candidatos devem ter entre 18 e 35 anos de idade, inclusive. No caso de casais, basta que um dos elementos cumpra este requisito.
  • Residência fiscal: É obrigatório ter domicílio fiscal em Portugal, por forma a garantir que o apoio beneficia residentes no país.
  • Rendimentos: Os candidatos não podem auferir rendimentos coletáveis anuais acima dos 80 mil euros, correspondendo ao 8.º escalão do IRS. Esta medida visa direcionar o apoio para jovens com rendimentos médios ou baixos.
  • Primeira habitação: Os candidatos não podem ser proprietários de outros imóveis. A casa a adquirir deve destinar-se a habitação própria e permanente, sendo a primeira aquisição do candidato.
  • Taxa de esforço: A concessão do crédito à habitação está sujeita ao cumprimento da medida macroprudencial do Banco de Portugal que existe um rácio de DSTI (debt service-to-income ratio) não superior a 50%. Isto significa que para uma família obter um empréstimo à habitação, o total das prestações mensais de todos os empréstimos detidos pelo agregado familiar não pode exceder 50% do seu rendimento mensal líquido. E para efeitos do cálculo do DSTI nos empréstimos à habitação de taxa variável ou mista a mais de 10 anos, os bancos devem considerar um aumento de 1,5 pontos percentuais da sobre a Taxa Anual Nominal (TAN) do contrato.
  • Valor do imóvel: O montante de aquisição do imóvel não pode exceder os 450 mil euros. Este limite foi estabelecido para evitar que a garantia seja utilizada na compra de imóveis de luxo.
  • Prazo do empréstimo: A maturidade máxima do crédito à habitação é de 40 anos, não podendo ultrapassar a data em que o mutuário mais velho complete 70 anos de idade.
  • Papel do Estado: A garantia pública cobre até 15% do valor de aquisição do imóvel, permitindo assim o financiamento até 100% do valor da habitação. Para esse efeito, o Estado entra como fiador dos 15% do empréstimo à habitação, e pressupõe que a garantia pessoal do Estado dure dez anos desde a celebração do contrato de crédito.

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Mario Draghi marca presença no Conselho de Estado em janeiro

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

O antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do BCE será convidado no primeiro Conselho de Estado de 2025, encontro no qual falará sobre a competitividade europeia.

Mario Draghi, antigo primeiro-ministro e italiano e ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), vai marcar presença na reunião do Conselho Estado, órgão consultivo do chefe de Estado, em janeiro de 2025. A novidade foi avançada por Marcelo Rebelo de Sousa, durante o discurso de encerramento da CNN International Summit, em Lisboa.

Uma palavra especial para alguém que está a chegar, o Presidente Mário Draghi, que virá, aliás, convidado em janeiro, uma vez mais, ao Conselho de Estado, para falar do seu relatório e da sua visão da Europa e do mundo“, cita a Sic Notícias, o anúncio do presidente da República, referindo que a Europa “tem de reformar os seus sistemas políticos, económicos, sociais, nacionais obsoletos ou de moroso ajustamento”.

O antigo governante italiano é um dos convidados de honra do jantar da conferência da CNN Portugal, que serviu para assinalar os três anos de transmissão do canal, e no qual discursará sobre o futuro da Europa e o relatório sobre a competitividade do bloco, apresentado em setembro à Comissão Europeia.

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Marcelo condecorou Costa com grã-cruz da Ordem Militar de Cristo

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

A atribuição desta condecoração acontece a poucos dias de António Costa tomar posse como presidente do Conselho Europeu.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou esta segunda-feira o anterior primeiro-ministro, António Costa, com a grã-cruz da Ordem Militar de Cristo, numa cerimónia no Palácio de Belém, sem divulgação prévia.

A atribuição desta condecoração, quatro dias antes de António Costa tomar posse como presidente do Conselho Europeu, foi anunciada através de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet, acompanhada por fotografias.

“Em cerimónia realizada no Palácio de Belém, o Presidente da República condecorou, com a grã-cruz da Ordem Militar de Cristo, o anterior primeiro-ministro, António Costa, que entre 2015 e 2024 chefiou os XXI, XXII e XIII governos constitucionais”, lê-se na nota.

As fotografias mostram António Costa a receber a condecoração, na presença da sua família, na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém.

Em 2018, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou ter sondado Pedro Passos Coelho para lhe atribuir esta mesma condecoração, que costuma ser atribuída a antigos primeiros-ministros, mas que o ex-presidente do PSD recusou.

A Ordem Militar de Cristo destina-se a distinguir destacados serviços prestados ao país no exercício das funções de soberania.

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“Não, não há turismo a mais e precisamos de continuar a crescer”, diz governante

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

O Secretário de Estado Turismo, Pedro Machado, quer o setor a combater "mitos urbanos", como "turismo em excesso" ou "associar o turismo a baixas qualificações e baixos salários”.

O secretário de Estado do Turismo disse esta segunda-feira, em Faro, que o setor tem de combater “mitos urbanos” relacionados com turismo em excesso, falta de qualificações e baixos salários, e ameaça dos imigrantes aos empregos dos portugueses. “Sendo uma indústria que representa 20% do produto interno [bruto], sendo uma indústria que é transversal e aquela que mais cresce, é do meu ponto de vista um mau serviço que se deixa prestar ao país se nós não combatermos estes mitos urbanos”, disse Pedro Machado.

O governante falava na sétima e última sessão do ciclo de conferências “Estratégia Turismo 2035: construir o turismo do futuro”, no âmbito do processo de construção da Estratégia de Turismo 2035, que sucede à Estratégia de Turismo 2027. Este referencial estratégico para o turismo em Portugal e os números recordes de dormidas nos últimos anos “têm de ser uma oportunidade para quebrarmos alguns mitos urbanos” ligados ao setor, sustentou o secretário de Estado, que abordou especificamente três temas.

O primeiro mito urbano, referiu, “é que há turismo a mais”. “De todo, é bom termos consciência disto. Faz parte de uma certa elite caviar dizer que em Portugal há turismo a mais, porque incomoda nalguns sítios. Não, não há turismo a mais e precisamos de continuar a crescer”, avaliou.

Segundo Pedro Machado, o turismo é uma “indústria poderosa”, que exporta “em qualquer um dos nossos recantos, não apenas nos destinos mais maduros, não apenas nas marcas mais consagradas”, e essa transversalidade do setor tem de ser realçada.

O segundo mito urbano, prosseguiu, “é associar o turismo a baixas qualificações e baixos salários”, ou “a pessoas que não sabem fazer mais nada”.

O secretário de Estado do Turismo lembrou que, atualmente, mais de 54% [das pessoas] que trabalham no setor do turismo têm qualificações de ensino secundário ou ensino superior e que, enquanto a economia do país cresceu nos últimos seis anos entre 2% a 2,3%, “os salários médios cresceram acima dos 5%”.

O terceiro mito urbano, indicou o governante, “é o da ameaça dos migrantes que chegam a Portugal num país que não tem capacidade objetiva de responder a este crescimento com os seus próprios”.

“Portugal não tem portugueses suficientes que possam hoje estar ao serviço da indústria do turismo, se não tivermos a mais-valia de podermos agregar pessoas de outras nacionalidades. Ponto. Não temos. É um facto, não vale a pena discutir o assunto”, frisou Pedro Machado.

Considerando que é possível discutir “se é mais Cabo Verde, se é mais Angola, se é mais Moçambique, se é mais Brasil, se é mais Nepal, se é mais Índia, se é mais Uruguai”, o secretário de Estado sustentou que é preciso “acabar com esse mito de que os estrangeiros que chegam a Portugal vêm pôr em risco os empregos dos portugueses que cá estão” e que é necessário “reforçar uma capacidade de absorção qualificada e capacitada”.

Pedro Machado manifestou-se ainda “satisfeito e orgulhoso” pelos 19 galardões atribuídos a Portugal na 31.ª edição dos World Travel Awards, os chamados “Óscares” do turismo, em cerimónia realizada no domingo, no Funchal.

Portugal está num momento francamente positivo. Esse momento positivo resulta da excelência das suas empresas, dos seus empresários e, estou certo, do reconhecimento internacional do serviço que estamos. Esperamos todos que isso possa significar crescimento e crescimento em valor”, disse aos jornalistas.

O governante espera que, com a Estratégia de Turismo 2035, o país aproveite a oportunidade para “continuar a fazer crescer” o setor, “em qualidade e de forma sustentável”.

Depois de concluídas as conferências regionais, vão realizar-se reuniões temáticas, aprofundando mais dimensões na construção da Estratégia Turismo 2035, que deverá estar pronta em janeiro de 2025, para depois ser validada pelo Governo, sujeita a discussão pública e aprovada oficialmente em fevereiro do próximo ano, segundo o calendário previsto.

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Montenegro duvida de “aumento real” de casos de violência doméstica

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

"Não quero, repito, chocar ninguém, mas tenho consciência de que o aumento a que assistimos em alguns anos não significa um aumento real, significa um aumento de conhecimento", diz o líder do Governo.

O primeiro-ministro manifestou-se esta segunda-feira convicto de que o aumento dos casos de violência doméstica se deve ao facto de haver mais denúncias e não a um “aumento real” e garantiu o empenho do seu Governo em combater o fenómeno.

Num discurso na sessão de encerramento da conferência “Combate à violência contra mulheres e violência doméstica”, na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, Luís Montenegro afirmou que o crime de violência doméstica “é muitas vezes um crime silencioso” e, referindo que não queria “chocar ninguém”, disse ter dúvidas de que o aumento no número de casos que se regista nas estatísticas “signifique o aumento da criminalidade tipificada para a violência doméstica”.

“Porque um dos fenómenos que aconteceu nos últimos anos foi precisamente que muita coisa saiu do armário onde estava escondida. Eu não quero, repito, chocar ninguém, mas tenho consciência de que o aumento a que assistimos em alguns anos não significa um aumento real, significa um aumento de conhecimento”, disse, acrescentando que está convencido de que a sociedade portuguesa “já foi muito pior desse ponto de vista”.

Neste discurso, feito no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, Montenegro garantiu que o “Governo está empenhado em poder aproveitar todas as suas áreas de ação para, de uma forma transversal e multissetorial, contribuir para detetar a ocorrência do crime, punir os seus responsáveis e, acima de tudo, proteger as vítimas”.

Montenegro frisou que, atualmente, o Governo está atuar na frente da prevenção e de apoio às vítimas, alegando que está a fazer talvez “o maior investimento de sempre” nessa vertente, e salientando que estabeleceu como objetivo rever o modelo de avaliação e gestão do grau de risco das vítimas.

Além disso, o primeiro-ministro afirmou que o Governo pretende “criar uma linha de financiamento direcionada às organizações não-governamentais (ONG)” que trabalhar no setor do combate à violência doméstica, além da criação de um fundo de financiamento para a capacitação educativa das crianças.

“Também queremos implementar um programa especializado de apoio aos familiares, em particular crianças e adolescentes de vítimas mortais de violência doméstica”, anunciou, salientando que seria um “passo significativo para poder, de alguma maneira, diminuir o impacto de uma ocorrência tão trágica que, infelizmente, a violência doméstica traz”.

“É desejo também meu que possam diminuir ano após ano”, disse. Na sua intervenção, o chefe do executivo qualificou o crime de violência doméstica como um “crime de terror”, salientando que é “continuado”, muitas vezes não é denunciado, e “ocorre todos os dias, confrontando a vítima com a maior sensação de insegurança que um ser humano pode ter”.

“É viver dentro do medo. Francamente, não há nada que possa mobilizar mais um responsável político que contribuir para erradicar, diminuir, atenuar, consoante a grandeza possível das nossas ações e atos, uma dimensão tão significativa da ofensa aos valores básicos de respeito pela cidadania e pelos direitos das pessoas”, disse.

Montenegro salientou que o combate à violência doméstica vai ser “sempre uma batalha incessante, que não provoca resultados imediatos e que será sempre uma tarefa inacabada”.

Nós sabemos que esta luta nunca vai acabar, nunca. Mas a responsabilidade que temos é que, quando legarmos aos outros que virão a seguir a nós, possamos entregar uma situação melhor do que aquela que encontrámos”, disse.

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Marcos Perestrello eleito presidente da Assembleia Parlamentar da NATO

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

Marcos Perestrello, atualmente vice-presidente da Assembleia da República, foi secretário de Estado da Defesa Nacional no Governo de António Costa.

O deputado socialista Marcos Perestrello foi eleito esta segunda-feira presidente da Assembleia Parlamentar da NATO durante a sessão anual da organização, que decorreu em Montreal, no Canadá.

Marcos Perestrello, que é atualmente vice-presidente da Assembleia da República e já era vice da Assembleia Parlamentar da NATO, foi secretário de Estado da Defesa Nacional no XXI Governo Constitucional, o primeiro dos três executivos liderados por António Costa, depois de ter ocupado função idêntica no tempo de José Sócrates.

O PS emitiu uma nota em que se congratula com a eleição de Marcos Perestrello, considerando que representa “um reconhecimento internacional da competência, dedicação e experiência política” do deputado e “reforça a presença de Portugal em instâncias internacionais de relevância”.

Advogado de formação, de 53 anos, Marcos Perestrello tem, segundo o PS, “uma longa carreira dedicada ao serviço público e à política nacional e internacional”

Deputado à Assembleia da República pelo PS desde 2005, tendo posteriormente desempenhou também as funções de secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, entre 2009 e 2011, e de secretário de Estado da Defesa Nacional, entre 2015 e 2019.

“A eleição de Marcos Perestrello reflete o compromisso do Partido Socialista com a defesa dos valores democráticos, da segurança coletiva e do reforço da cooperação internacional no seio da NATO. Acreditamos que, sob a sua liderança, a Assembleia Parlamentar da NATO continuará a desempenhar um papel importante na promoção da paz, da segurança e da estabilidade global”, lê-se na nota divulgada pelos socialistas.

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Marcelo promete ser neutro em relação a eleições e nem coloca cenário de legislativas

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

O Presidente promete "neutralidade rigorosa" nas eleições. "É o que vou ser, no ano que vem, em relação às locais. É aquilo que eu serei em relação a pré-campanhas presidenciais", disse.

O Presidente da República prometeu esta segunda-feira “neutralidade rigorosa” em relação às próximas eleições, a propósito das presidenciais, e afirmou que nem coloca o cenário de novas legislativas até ao fim deste seu mandato.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à saída de um hotel de Lisboa, onde participou numa conferência da CNN Portugal, escusou-se a confirmar se já foi informado pelo Governo de que o almirante Henrique Gouveia e Melo não quer ser reconduzido na chefia da Armada.

Interrogado sobre a possibilidade de Gouveia e Melo ser candidato presidencial e eventualmente vir a haver um militar Presidente da República, o chefe de Estado respondeu: “Sabem que uma coisa que eu não faço é comentar eleições. Nem eleições locais, nem eleições europeias, nem eleições parlamentares e, por maioria de razão, eleições presidenciais”.

“O Presidente da República deve ser aí de uma neutralidade rigorosa, e é isso que eu tenho sido. É o que vou ser, no ano que vem, em relação às locais. É aquilo que eu estarei em relação a pré-campanhas presidenciais”, prometeu, acrescentando: “Espero que não haja legislativas, portanto não coloco a questão em relação às legislativas”.

As próximas eleições presidenciais deverão realizar-se em janeiro de 2026. O segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa irá terminar em 9 de março desse ano. Seis meses antes, o Presidente da República perde o poder de dissolução do parlamento.

Sobre a nomeação do chefe do Estado-Maior da Armada, Marcelo Rebelo de Sousa limitou-se a referir “pura e simplesmente” que o processo começa “daqui a dois dias, isto é, um mês antes do termo do mandato”, realçando que cabe ao Governo a proposta e que o Presidente da República “é o último interveniente”.

O almirante Henrique Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a covid-19, tomou posse como chefe do Estado-Maior da Armada em 27 de dezembro de 2021, e está prestes a cumprir os três anos de mandato. Nos termos da Constituição, compete ao Presidente da República, nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) e os chefes dos três ramos militares.

A Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas estabelece que o CEMGFA e os chefes de Estado-Maior dos ramos são nomeados “por um período de três anos, prorrogável por dois anos, sem prejuízo da faculdade de exoneração a todo o tempo e da exoneração por limite de idade”.

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Lucro líquido da Fidelidade cai 5% até setembro, mas negócio segurador melhora

A subida da rentabilidade técnica dos seguros foi afetada pela queda nos investimentos registados nos primeiros nove meses do ano, em termos homólogos.

A Fidelidade registou resultados líquidos de 152 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 4,9% face ao mesmo período no ano passado, empurrados pelos resultados menos animadores dos investimentos, indica a seguradora líder no mercado português no último relatório financeiro.

2ª Conferência Anual ECOSeguros - 28OUT21
Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, destaca que a melhoria do ‘rating’ da Fidelidade pela Fitch em setembro “contribui para o desenvolvimento de um ciclo virtuoso de reforço da rentabilidade. Por exemplo, reforça os esforços da Fidelidade para se tornar um agente-chave no mercado de poupanças e reformas e permite a otimização dos programas de resseguro dos nossos negócios internacionais.”Henrique Casinhas/ECO

Os resultados líquidos das seguradoras dependem dos resultados técnicos, que se referem à venda de seguros, e dos resultados dos investimentos que fazem.

Nesse sentido, subiu 36,5% para 321 milhões de euros dos lucros técnicos nos primeiros nove meses do ano face aos registados no período homólogo. Já os resultados dos investimentos caíram 57,4% para 54 milhões de euros em termos homólogos. A companhia justifica a queda dos investimentos com a desvalorização do valor de imóveis que detém e pelos juros técnicos pagos aos detentores de produtos de capitalização financeira.

Importa referir que para o apuramento do resultado líquido, há outras métricas que são relevantes além dos lucros técnicos e dos resultados dos investimentos, “nomeadamente custos não alocados e relacionados com a atividade seguradora, impostos e ainda interesses minoritários relativos aos lucros obtidos em operações onde a Fidelidade não detém uma participação de 100%”, indica fonte oficial da Fidelidade ao Eco seguros. Daí a soma dos lucros ser diferente dos resultados líquidos.

Não obstante, a rentabilidade na produção de seguros traduziu-se numa melhoria de 1,6 p.p (pontos percentuais) no rácio combinado para 90,2% ao longo dos primeiros nove meses do ano.

Importa referir que o rácio combinado demonstra se a seguradora está a lucrar com a subscrição de seguros: quando o rácio é superior a 100% significa que está a pagar mais dinheiro pelos sinistros e despesas do que recebe de prémios, e a situação a inversa, por isso positiva, quando o rácio é inferior a 100%.

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, assinala que a subida do ‘rating‘ de longo prazo da seguradora de A para A+ pela agência Fitch e a emissão em maio de RT1 (obrigações perpétuas subordinadas ‘Restricted Tier 1’) alinham-se com as três prioridades estratégicas da companhia para reforçar retorno sobre capital próprio (conhecido por return on equity, ROE): “otimizar o capital e melhorar a solvência, reforçar a rentabilidade e ajustar a alocação de ativos da nossa carteira de investimento”.

Segundo o responsável, relacionam-se com a estratégia da Fidelidade uma vez que “a justificação da Fitch para a melhoria da classificação destacou os avanços na alocação estratégica de ativos da Fidelidade e o aumento da solvência – impulsionado pela emissão de RT1″. Assim como, “a melhoria contribui para o desenvolvimento de um ciclo virtuoso de reforço da rentabilidade. Por exemplo, reforça os esforços da Fidelidade para se tornar um interveniente-chave no mercado de poupanças e reformas e permite a otimização dos programas de resseguro dos nossos negócios internacionais“, refere o responsável.

Prémios emitidos sobem empurrados pelas operações em Portugal

os prémios brutos emitidos nos primeiros 9 meses do ano subiram 15,8% em termos homólogos, ou seja, 4.345 milhões de euros, sustentado pelas operações totais em Portugal que subiram 20% e pelas operações internacionais do segmento Vida, que valorizam 15,2% em termos homólogos.

No ramo Vida, a seguradora emitiu 1.958 milhões de euros em prémios, ou seja, mais 25% de seguros do que no ano passado, “apoiado pelo crescimento tanto nas operações em Portugal como internacionais”, lê-se no relatório.

Enquanto a valorização do ramo vida no estrangeiro foi impulsionada pelo crescimento do negócio unit-linked da The Prosperity Company e a expansão de dois dígitos do negócio vida risco. Em Portugal, os prémios do ramo vida valorizaram 30%, “resultado do sucesso das campanhas comerciais do ramo Vida Finanças em bancassurance, no rápido crescimento da aplicação Fidelidade Savings, e dos canais tradicionais da rede de agentes durante o terceiro trimestre de 2024″.

No ramo Não Vida, foram emitidos 2.386 milhões de euros em prémios até setembro, mais 9,2% em termos homólogos. Subida “suportada por um aumento de 12,9% da atividade em Portugal, cujos quatro ramos principais, Acidentes de Trabalho, Saúde, Automóvel e Incêndio e Outros Danos, registaram crescimentos significativos de repricing e do crescimento orgânico do mercado”. Lá fora, o crescimento da emissão dos prémios Não Vida foi de 1,6%.

Importa referir que a Fidelidade mantém a liderança nos primeiros nove meses do ano no mercado português, com uma quota de mercado de 29,2%, segundo resultados agregados pelo Ecoseguros.

(Peça atualizada às 12h00 justificando melhor a diferença entre a soma dos lucros e resultados líquidos apresentados. Substituído APP Fidelidade por Fidelidade Savings)

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Coindu fecha no final de dezembro em Arcos de Valdevez e deixa 350 pessoas sem emprego

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

O encerramento da fábrica de componentes para o setor automóvel acontece cerca de um mês após a compra da empresa pelo grupo italiano Mastrotto.

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) revelou esta segunda-feira que a unidade fabril da Coindu em Arcos de Valdevez vai encerrar no final do mês de dezembro e deixar sem emprego cerca de 350 trabalhadores. Contactado pela agência Lusa, o presidente do SIMA, José Simões, adiantou que o encerramento da unidade de Arcos de Valdevez do fabricante de componentes para o setor automóvel, foi comunicado no domingo ao sindicato e, reafirmado esta segunda à sua advogada.

Em comunicado enviado às redações, o SIMA, destaca que, “além do impacto em cada um dos diretamente atingidos” o encerramento da fábrica de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, “terá um impacto negativo na comunidade e, na região onde a empresa se localiza”. A agência Lusa contactou a administração da Coindu, mas ainda não obteve resposta.

O encerramento da fábrica da Coindu de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, acontece cerca de um mês após a compra da empresa pelo grupo italiano Mastrotto. “Este processo foi levado a cabo sem qualquer informação e consulta aos trabalhadores, numa completa ilegalidade sem que qualquer ação das autoridades competentes”, destaca o SIMA.

Em 15 de outubro último, o Gruppo Mastrotto, fundado em 1958 na Itália, anunciou, em comunicado, a aquisição de “uma participação maioritária na Coindu – Componentes Para A Indústria Automóvel, SA , por meio de uma contribuição de capital para apoiar o relançamento do negócio”.

“Esta transação faz com que a Coindu se torne parte de um grupo líder da indústria de couro, consolidando a sua estabilidade financeira e operacional. Para o Gruppo Mastrotto, esta operação visa avançar a integração vertical, aumentando a capacidade da empresa de oferecer soluções de ponta a ponta para os interiores dos automóveis e, fortalecendo sua posição competitiva no mercado global”, lê-se da nota.

O Gruppo Mastrotto acrescenta estar, tal como a Coindu, “comprometido em expandir sua presença em segmentos de mercado de luxo”. Em Portugal, a Coindu, fundada em 1988, tem unidades fabris em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, e em Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, empregando no total cerca de 2.000 trabalhadores.

A empresa é especializada na produção de capas para assentos de automóveis e peças decorativas de superfície para interiores. Na nota enviada à imprensa, o SIMA refere que “desde que o grupo Mastrotto adquiriu a maioria da empresa Coindu que se fala que a unidade dos Arcos de Valdevez seria vendida, havendo já visitas à empresa por parte de uma outra empresa vizinha”.

“Curiosamente, a empresa comunica a sua intenção de proceder a um despedimento de mais de três dezenas de trabalhadores em virtude do encerramento da unidade no final de 2024, resultado da não concretização da obtenção do novo projeto que era esperado”, revela o SIMA.

Face a esta situação, o “SIMA pondera as medidas que irá adotar quer a nível legal, quer de apoio aos trabalhadores afetados”. “Que fique claro que não está excluída qualquer medida. A empresa tem de tomar consciência de que este processo irá respeitar todos os trâmites legais, nos prazos previstos e, não os que são mais convenientes para a empresa”.

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APS lança cursos dedicados ao setor segurador em dezembro

  • ECO Seguros
  • 25 Novembro 2024

Desde estatística e atuariado para não atuários até ao workshop dedicado às implicações para o mercado português da 6.ª diretiva sobre o seguro automóvel, conheça as datas e conteúdos preparados.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou os cursos preparados pela academia APS para dezembro. Desde estatística e atuariado para não atuários até ao workshop dedicado às implicações para o mercado português da 6.ª diretiva sobre o seguro automóvel, conheça as datas, conteúdos e formatos dos cursos que a associação preparou:

  • Estatística e atuariado para não atuários – Ramos Não Vida será em formato digital nos dias 5, 6, 9 e 10 de dezembro entre as 9h15 e 13h00. Oferece uma introdução aos métodos atuariais e estatísticos aplicáveis ao setor segurador nos ramos Não Vida. Lecionado por Filipe Charters de Azevedo, CEO da Data XL e da Safe-Crop, o curso divide-se em quatro segmentos, nomeadamente: Fundamentos económicos dos seguros; Desconstrução do prémio de seguro; Cálculo do prémio de risco; e Reservas;
  • Resseguro avançado está marcado para as 9h00 às 13h00 nos dias 6 e 9 de dezembro em formato online e a 10 e 11 de dezembro presencialmente na sede da APS. O curso aborda formas e tipos de resseguro e os seus impactos na gestão de capital e risco de uma seguradora. Lecionado por Maria Manuel Carvalho, coordenadora da divisão de Riscos e Estabilidade financeira da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) aborda “aspetos práticos na gestão do resseguro bem como as novas exigências decorrentes do regime Solvência II no que toca ao sistema de governo das empresas de seguros”. Por fim, é realizada uma breve abordagem ao processo de análise inerente à otimização de estruturas de resseguro.
  • Cláusulas abusivas nos contratos de seguro celebrados com os consumidores está reservado para dia 12 de dezembro das 10h00 às 12h00 e dá as duas opções para aceder aos seus conteúdos, presencialmente na APS ou online. Para os formandos serem capazes de dominar as cláusulas abusivas, será realizada a “análise da jurisprudência dos tribunais portugueses e na transmissão de conhecimentos doutrinários sobre o tema das cláusulas abusivas”. Rui Paulo Coutinho de Mascarenhas Ataíde, professor auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) e presidente da Direção do Instituto de Direito do Consumo da FDUL vai guiar a aula.
  • Workshop | 6.ª Diretiva sobre seguro automóvel – implicações para o mercado português decorre presencialmente na sede da APS em Lisboa no dia 17 de dezembro das 10h00 às 12h30. O workshop levado a cabo por Maria José Rangel de Mesquita, professora associada com agregação da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) visa transmitir o “contexto que suscitou a publicação da 6.ª Diretiva Automóvel, em particular ao nível jurisprudencial, assim como os principais temas objeto de alteração. Ao longo da sessão serão apresentados alguns acórdãos e debatidos os principais aspetos da Diretiva com implicações para o mercado segurador português”.

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Há uma nova associação dedicada à fintech e insurtech

  • ECO Seguros
  • 25 Novembro 2024

O objetivo do FIF é promover o debate, reflexão, partilha e interação dos processos e metodologias de inovação entre os diferentes intervenientes do mercado.

Há uma nova associação de direito privado sem fins lucrativos dedicado com setor financeiro com o lançamento do Fórum InsurTech e FinTech Portugal (FIF).

Segundo comunicado pela própria, o objetivo da associação é promover o debate, reflexão, partilha e interação dos processos e metodologias de inovação entre os diferentes intervenientes do mercado.

Inovações principalmente impactantes no setor financeiro, principalmente banca e seguros, pagamentos, regulação e supervisão destes dois setores e ainda da saúde.

Alinhado com o objetivo mencionado, quer ainda ser um fórum de divulgação de soluções e case studies inovadores relativos com o mercado nacional e internacional, através da organização de eventos e webinares, “assim como pela veiculação através das diversas organizações que lhe são próximas, nomeadamente congéneres de outros países, destacando-se a Madfintech (Madrid), o MiaHub, muito forte no Oeste dos Estados Unidos e em toda a América Latina, e o TDI_The Digital Insurer”, lê-se no comunicado.

Há varias parcerias em negociação e está já garantida a da PWC Portugal. Segundo publicado do site, é já parceiro da Madfintech, Miami Hub, Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas (APBC) e TDI – The Digital Insurer.

De acordo com a associação, a sua missão “inclui ainda discussão de abordagens que levem a padrões de boas práticas, de ética e de ESG nas empresas Fintech, InsurTech e HealthTech em Portugal, em particular nas suas associadas.”.

A maioria dos elementos dos órgãos desta associação fizeram parte da extinta Associação Fintech e InsurTech em Portugal (AFIP), que realizaram, em colaboração com a Madfintech, os Fóruns Ibérico InsurTech desde 2021. Entre os titulares de órgãos sociais, aqueles dedicados principalmente aos fóruns insurtech pertenceram todos à AFIP e são:

  • Miriam Nicolau da Costa senior advisor da Crowe Advisory Portugal e oferece consultoria de marketing e seguros é presidente da direção
  • Paulo Padilha, vogal da direção e presidente do grupo INSURTECH, conta com 30 anos de experiência como prestador e consultor de soluções para companhias de seguros e fundos de pensões. É atualmente CIO (Chief Information Officer) da PRÉVOIR Portugal.
  • Nuno Luís Sapateiro, presidente da Assembleia Geral, é sócio e faz parte da equipa de direito financeiro, seguros e aeronáutico da Abreu Advogados, reunindo mais de 15 anos de experiência nos setores segurador e aeronáutico.
  • Paulo Bracons é presidente do Conselho Fiscal. Há de 30 anos no setor segurador em funções executivas de topo, dirigindo desde o departamento de gestão global passando por finanças, estratégia, marketing, vendas até recursos humanas, tendo passado pela Fidelidade, Guardian Royal Exchange, AXA Portugal, Saham Angola Seguros / Grupo Sanlam. Atualmente é consultor financeiro e ainda diretor do curso “Inovação e Transformação em Seguros” da Católica Lisbon.
  • João Paulo Matos, 2.º secretário da assembleia geral. Atualmente é managing partners da Paxjos e conta com mais de 30 anos de experiência no setor financeiro (banca de retalho, private equity) e em consultoria de gestão (estratégia e operações), respetivamente como administrador não executivo, administrador executivo, diretor financeiro, analista e como consultor sénior e diretor.

A FIF apresenta-se pela primeira vez publicamente esta segunda-feira no fórum iberoamericano, em Madrid, uma iniciativa conjunta entre Madfintech, Ecofin, FIF – Associação Fórum InsurTech Fintech Portugal.

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Seguros automóvel aumentam 6% em 2024

  • ECO Seguros
  • 25 Novembro 2024

Prémios ficaram abaixo da inflação porque o confinamento reduziu o risco de sinistro permitindo a estabilidade de preços, depois "por serem amortecidas por acordos com prestadores" e pela concorrência

Os preços do seguro automóvel devem duplicar este ano face ao crescimento que registaram no último ano – passando de uma subida superior a 2,7% entre 2022 e 2023 para um crescimento estimado de 6% este ano em termos homólogos aponta a Associação Portuguesa de Seguros (APS), admitindo que este crescimento “se mantenha razoavelmente estável até ao final do ano”, à boleia de um agravamento dos encargos com sinistros., segundo avançou o Jornal de Negócios (acesso pago).

Em 2022 a taxa de inflação média anual em Portugal fixou-se em 7,8% em termos homólogos, o valor mais elevado nos últimos 30 anos, empurrada pela guerra no continente europeu. No entanto, não se refletiu nos preços dos seguros. Em 2022, o prémio médio emitido por veículo era 230,6 euros, uma subida de 0,9% face ao ano anterior, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

“A razão fundamental [para ligeira subida num cenário de inflação elevada] é que durante o período mais intenso da pandemia a circulação automóvel reduziu-se substancialmente, sobretudo por força dos confinamentos, e a correspondente redução da exposição ao risco refletiu-se, de facto, numa contenção da frequência de sinistros”, assinalou a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Segundo a APS, a “conjuntura começou a alterar-se em 2022 e depois 2023, período que coincidiu também com o agravamento da inflação, mas estas pressões não foram totalmente refletidas nos prémios, quer por serem amortecidas por acordos com prestadores, quer por força das dinâmicas do mercado concorrencial, com benefício para o consumidor”. Entre 2022 e 2023, o prémio emitido médio por veículo aumentou para 236,9 euros, ou seja, mais 2,7%.

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