Tornar cobertura sísmica obrigatória poderá encarecer em 50 euros seguro para a casa
Importante “é fazer com que as pessoas estejam protegidas”, até porque “as poupanças das famílias portuguesas estão na sua esmagadora maioria investidas na compra de casa”, acredita presidente da APS.
Caso se torne obrigatória a cobertura dos riscos sísmicos, o preço do seguro Multirriscos obrigatório poderá subir 50 euros anualmente num seguro cujo capital médio é de 125 mil euros, segundo contas da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), apresentadas ao Expresso (acesso pago).
Quanto ao aumento do custo, o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, esclarece que o valor adicional pode ser “mais baixo em determinadas zonas, com menos risco e ligeiramente mais elevados em zonas de maior risco, como Lisboa”. Acrescenta que o mais importante “é fazer com que as pessoas estejam protegidas”, até porque “as poupanças das famílias portuguesas estão na sua esmagadora maioria investidas na compra de casa”.
“O facto de esta cobertura se tornar obrigatória torna-a mais acessível, é o princípio do mutualismo. Se houver muitos a contribuir, isso baixa o valor do prémio. O facto de tornar uma cobertura obrigatória não significa um aumento brutal do prémio”, assinalou o dirigente ao jornal.
Para o presidente da APS criar o fundo sísmico trata-se de “uma decisão política”, opinião partilhada pela presidente da Autoridade Supervisora de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Margarida Corrêa de Aguiar. Ambos indicaram ao Expresso ter esperança que no próximo ano possa haver uma decisão para que os riscos sejam partilhados entre o setor público e privado. Segundo o presidente da APS, o fundo teria uma capacidade de resposta até 8 mil milhões de euros e o Estado entraria acima desse valor.
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