Apesar da turbulência, Portugal paga menos para emitir 1.047 milhões em dívida a 5 e 12 anos

Num dia em que as obrigações soberanas estão a ser severamente castigadas pela guerra comercial, o IGCP conseguiu pagar juros mais baixos para emitir dívida com maturidades em 2030 e 2037.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) pagou esta quarta-feira juros mais baixos para emitir um total de 1.047 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a cinco e a 12 anos, apesar de um contexto no qual a turbulência nos mercados provocada pela guerra comercial contagia também os ativos de dívida soberana.

No leilão realizado esta quarta-feira, o IGCP vendeu 586 milhões de euros em OT com maturidade em 2037, tendo pago uma taxa de juro de 3,416%. No mercado secundário, a yield desta maturidade negociava nos 3,48% antes do leilão. Na última colocação de uma maturidade semelhante, de 13 anos a 14 de março deste ano, o IGCP pagou uma taxa de 3,633%.

No prazo de fevereiro de 2030, o Tesouro pagou uma taxa de colocação de 2,347%, menos que os 2,9% ao qual as obrigações negoceiam no mercado secundário.

O montante total indicativo era de entre mil e 1.250 milhões de euros. Em termos de procura, foi de 2,01 vezes a oferta nas OT com maturidade em 2037, e de 2,26 vezes na mais curta.

Os mercados financeiros estão a atravessar um período de elevada tensão, marcado por uma correção acentuada nas ações e, sobretudo, por uma queda significativa nos preços das obrigações, acompanhada de uma subida repentina e persistente das yields.

“A dívida soberana tem registado uma elevada volatilidade nas últimas sessões, resultado do anúncio das tarifas impostas por Donald Trump e a dificuldade dos mercados em avaliar plenamente o impacto das mesmas”, referiu Filipe Silva, Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, sobre as emissões de OT.

“Prevê-se que o consumo seja afetado, que a inflação aumente e que possa ocorrer um abrandamento da economia global, caso não se verifiquem avanços nas negociações”, adiantou.

As yields das obrigações do Tesouro dos EUA (Treasuries) têm mostrado uma resistência inesperada, com a yield a 10 anos primeiramente a cair para níveis abaixo dos 4% no dia a seguir ao anúncio das tarifas de Trump (atingindo o valor mais baixo desde outubro), para posteriormente disparar para uma taxa média ponderada de 4,37%, a que negoceia atualmente. Mas esta quarta-feira, as yields das Treasuries a 10 anos estão a subir 11,8 pontos base, depois de na terça-feira terem subido 10,3 pontos base e na segunda-feira escalado 16,6 pontos base.

[Notícia atualizada às 11h07]

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Forte subida dos juros das obrigações dos EUA assusta investidores

Os mercados estão novamente em ebulição esta quarta-feira com a queda das obrigações e a subida das yields. Trump arrisca transformar incerteza em caos económico, alertam os especialistas.

Os mercados financeiros estão a atravessar um período de elevada tensão, marcado por uma correção acentuada nas ações e, sobretudo, por uma queda significativa nos preços das obrigações, acompanhada de uma subida repentina e persistente das yields.

Este movimento, que desafia as normas tradicionais de refúgio em tempos de instabilidade económica, está a gerar preocupações profundas entre investidores e economistas esta quarta-feira, justamente no dia em que entra em vigor as tarifas mais elevadas sobre as importações dos EUA de vários países do mundo.

As yields das obrigações do Tesouro dos EUA (Treasuries) têm mostrado uma resistência inesperada, com a yield a 10 anos primeiramente a cair para níveis abaixo dos 4% no dia a seguir ao anúncio das tarifas de Trump (atingindo o valor mais baixo desde outubro), para posteriormente disparar para uma taxa média ponderada de 4,38%, a que negoceia atualmente. Só esta quarta-feira, as yields das Treasuries a 10 anos estão a subir 11,8 pontos base, depois de na terça-feira terem subido 10,3 pontos base e na segunda-feira escalado 16,6 pontos base.

A mesma pressão está a ser sentida nas obrigações com maturidades mais longas. É disso exemplo as Treasuries a 30 anos, que em três dias acumulam um aumento da yield de 44,7 pontos base, e estão atualmente a negociar nos 4,85%, segundo o benchmark destas obrigações recolhido pela Refinitiv. É preciso recuar a 7 de janeiro de 1982 para se assistir a uma subida tão repentina e forte das yields das Treasuries a 30 anos, segundo o analista Jim Bianco.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Este comportamento é particularmente significativo porque, em períodos de stress nos mercados acionistas, as obrigações soberanas costumam funcionar como ativos de refúgio, registando subidas nos preços e quedas nas yields. Desta vez, o cenário é diferente. “A administração Trump pode estar a brincar com nitroglicerina líquida”, refere o reconhecido investidor Ed Yardeni, da Yardeni Associates, ao Financial Times, esta quarta-feira.

Os efeitos desta crise não se resumem ao mercado acionista e obrigacionista dos EUA. Estão a ser sentidos além-fronteiras. No Reino Unido, as yields das obrigações a 30 anos sobem atualmente 13,5 pontos base para 5,48%, o nível mais alto desde 1998.

A origem desta turbulência reside na política comercial agressiva promovida por parte da Administração de Donald Trump marcada por um aumento generalizado e cego das tarifas comerciais. Estas medidas estão a criar incerteza sobre o crescimento económico global e a alimentar receios de inflação persistente. “Os mercados estão condicionados para reverter à média; não estão preparados para ruturas de paradigma”, refere Elida Rhenals, da AXA Investment Managers, ao The Wall Street Journal. Este cenário tem levado os investidores a provocar uma onda de venda de Treasuries no mercado esta quarta-feira, numa corrida por maior liquidez.

Outro fator preocupante que está a assustar os investidores é o défice orçamental dos EUA, que já ultrapassa os 6% do PIB e uma dívida pública superior a 37 biliões de dólares. O aumento das yields reflete também receios sobre a capacidade do governo norte-americano em refinanciar esta dívida num eventual cenário de recessão. Ben Wiltshire, estratega de taxas de juro no Citi, afirmou que “o sell-off pode estar a sinalizar uma mudança de regime onde os Treasuries já não são o porto seguro global no mercado obrigacionista”.

Além disso, um leilão recente de Treasuries a três anos encontrou pouca procura, com os dealers primários a absorverem uma percentagem maior do que o habitual neste tipo de operações. Este resultado negativo aumentou o nervosismo dos investidores nos mercados obrigacionistas, que esta quarta-feira estarão particularmente atentos ao resultado de um leilão a 10 anos de 39 mil milhões de dólares, que terá lugar nas próximas horas.

As yields elevadas nas obrigações aumentam o custo de oportunidade para investir em ações, limitando qualquer recuperação nos mercados acionistas.

Os efeitos desta crise não se resumem ao mercado acionista e obrigacionista dos EUA. Estão a ser sentidos além-fronteiras. No Reino Unido, as yields das obrigações a 30 anos sobem atualmente 13,5 pontos base para 5,48%, o nível mais alto desde 1998. No Japão, as yields das obrigações governamentais de longo prazo também registaram aumentos significativos, com os títulos a 30 anos a negociarem perto dos 2,7%, o valor mais elevado desde agosto de 2004.

Os títulos de dívida da República também não passam impunes a esta tempestade, com a curva de rendimentos de Portugal a mostrar uma subida generalizada da yield das obrigações do Tesouro a mais de sete anos.

As obrigações do Tesouro a 10 anos, por exemplo, registam atualmente uma subida de 1,4 pontos base para os 3,256%. Já a yield da linha a 12 anos (OT 4.1% 15abr2037), que será esta quarta-feira será alvo de um leilão de dívida, num valor indicativo em 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros, regista uma subida de 2,9 pontos base, estando a negociar nos 3,48%; enquanto a taxa da obrigação a 5 anos (OT 3,875% 15fev2030) — a outra das duas linhas que o IGCP utilizará para emitir dívida esta quarta-feira –, está a registar uma correção de 2,6 pontos base para os 2,9%.

Estes movimentos estão a criar um ambiente de incerteza nos mercados financeiros globais e a provocar grandes desafios aos investidores. Por um lado, as yields elevadas nas obrigações aumentam o custo de oportunidade para investir em ações, limitando qualquer recuperação nos mercados acionistas. Por outro lado, estas dinâmicas alimentam receios de uma recessão nos EUA e noutras economias desenvolvidas. Além disso, há uma mudança na perceção dos Treasuries como ativos seguros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exposição promovida pelo BPI dedicada à inteligência artificial chega ao Porto

  • + M
  • 9 Abril 2025

A exposição que pretende ser uma "viagem imersiva pelo impacto da inteligência artificial" em diversas áreas, instala-se na sede do BPI, no Porto, entre 9 de abril e 1 de junho.

Após ter atraído mais de 13 mil visitantes em Lisboa, a exposição BPI “AI Innovation Garden”, dedicada à inteligência artificial (IA), ruma ao Porto.

Com o objetivo de oferecer uma “viagem imersiva pelo impacto da inteligência artificial na educação, sociedade, negócios e criatividade“, a exposição instala-se na sede do BPI, na Avenida da Boavista, entre 9 de abril e 1 de junho.

Na “primeira exposição dedicada à inteligência artificial em Portugal”, é apresentada uma “série de ferramentas inovadoras” que permite ao público explorar o “potencial transformador” da IA.

A BPI “AI Innovation Garden” é destinada a estudantes, profissionais, empreendedores e curiosos que queiram compreender como a IA está a moldar o futuro. “Enquanto todos falam sobre os perigos da IA, nós mostramos as suas possibilidades concretas”, diz Hugo Silva, CEO da agência portuguesa United Creative e um dos curadores e idealizadores da exposição, citado em comunicado.

Enquanto exposição dedicada à IA, a BPI “AI Innovation Garden” permite ao público explorar o potencial transformador da IA em diversas áreas.

Na área “AI Business”, os visitantes podem “criar uma empresa completa em 10 minutos, do logótipo a um plano de negócios que permite identificar os concorrentes na sua região e projetar resultados financeiros para os próximos 5 anos”, refere-se em nota de imprensa.

Já no “AI Jobs” é possível descobrir qual o impacto da IA em cada profissão numa “plataforma exclusiva que calcula a percentagem de exposição de qualquer profissão à automação por IA, identifica planos alternativos de carreira e até mede o potencial dos seus hobbies como futura fonte de rendimento, fornecendo um relatório personalizado que pode ser partilhado por email”.

É também possível gravar um vídeo em 17 segundos onde os visitantes se podem ver a falar instantaneamente em qualquer idioma, experimentar um simulador de terapia em realidade virtual, transformar textos em projetos arquitetónicos completos, com plantas e vistas 3D em apenas alguns minutos ou testar o primeiro mouse do mundo com IA incorporada, capaz de redigir e-mails e traduzir textos com um simples clique.

Aprender os “10 mandamentos” para criar prompts eficientes, comparar os principais chatbots do mercado e conhecer as suas vantagens e limitações, transformar textos complexos em podcasts naturais com duas vozes que debatem o assunto de forma dinâmica ou experimentar uma ferramenta que analisa até 50 documentos em simultâneo são outras das funcionalidades que podem ser testadas pelos visitantes.

A entrada na exposição é gratuita, mediante inscrição prévia que pode ser feita aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

China garante “vontade firme e recursos abundantes” para responder a Trump

  • Lusa e ECO
  • 9 Abril 2025

Pequim sublinha que “não há vencedores numa guerra comercial” e que “a China não quer uma”, mas que “não ficará de braços cruzados se os direitos legítimos do seu povo forem violados”.

O Governo chinês assegurou esta quarta-feira que tem “uma vontade firme” e “recursos abundantes” para responder com determinação se os Estados Unidos insistirem em “intensificar ainda mais as suas medidas económicas e comerciais restritivas”.

Com vontade firme e recursos abundantes, a China tomará resolutamente contramedidas e lutará até ao fim”, disse o Ministério do Comércio chinês, num comunicado difundido esta quarta-feira.

O ministério reiterou que “não há vencedores numa guerra comercial” e que “a China não quer uma”, mas “não ficará de braços cruzados se os direitos legítimos do seu povo forem violados”.

Xi JinpingLusa

O Governo chinês publicou na terça-feira um livro branco em que defende a posição da China nas suas relações económicas e comerciais com os Estados Unidos.

No documento, a China afirma que “ambos os países são uma oportunidade e não uma ameaça um para o outro” e apela a Washington para que elimine “imediatamente” a “imposição unilateral de tarifas”.

O documento insta ainda os EUA a “reforçar o diálogo, gerir as diferenças e promover a cooperação” e sublinha que Pequim está “disposta a comunicar” com Washington “sobre as principais questões económicas e comerciais bilaterais e a abordar as suas preocupações através do diálogo e de consultas em pé de igualdade”.

Trump ordenou na terça-feira a aplicação de uma tarifa adicional de 50% sobre os produtos chineses, elevando o total das taxas para 104%.

Pequim anunciou anteriormente uma taxa de 34% sobre os produtos norte-americanos, depois de Trump ter imposto uma taxa na mesma percentagem sobre os produtos chineses.

Trump afirmou que Pequim quer desesperadamente um acordo, mas disse que Pequim não sabe como começar a negociar, sublinhando que a Casa Branca está à espera de um telefonema do seu homólogo chinês, Xi Jinping.

Nas possíveis futuras negociações entre Pequim e Washington está também o futuro das operações da aplicação TikTok nos EUA, que o Governo de Trump exigiu que se desligue da sua empresa-mãe, a chinesa ByteDance, para poder operar em território norte-americano.

Xi Jinping defende que China deve reforçar laços com países vizinhos

O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou esta quarta-feira ao “reforço dos laços estratégicos com os países vizinhos”, na sua primeira aparição pública desde que Donald Trump aumentou para 104% as taxas alfandegárias sobre a China.

Xi, que não mencionou o Presidente norte-americano, instou os seus funcionários, durante uma reunião de trabalho, a melhorarem as relações com os países vizinhos “através de uma gestão adequada das diferenças”, com vista a “reforçar os laços nas cadeias de abastecimento”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.

As relações da China com os países vizinhos estão “no seu melhor nível na História moderna” e, ao mesmo tempo, Pequim está a entrar “numa fase crucial profundamente interligada com as mudanças na dinâmica regional e nos desenvolvimentos globais”, observou.

O líder chinês defendeu que a diplomacia da China com os seus vizinhos se baseará na construção de uma “comunidade de futuro partilhado”, um dos chavões mais repetidos pelos líderes do Partido Comunista Chinês (PCC) em que se defende que a prosperidade só é sustentável se as nações trabalharem em conjunto.

Na reunião foi salientado igualmente que a China deve reforçar o seu sentido de responsabilidade e manter uma “diplomacia de vizinhança de amizade, sinceridade, benefício mútuo e inclusividade”.

Foi igualmente sublinhado que a China deve “apoiar os países da região a manterem as suas próprias vias de desenvolvimento e a gerirem corretamente os conflitos e as diferenças”.

“Devemos construir uma rede de interconexão de alto nível e reforçar a cooperação nas cadeias industriais e de abastecimento”, acrescentou o líder chinês, frisando a importância de “manter conjuntamente a estabilidade regional e cooperar em matéria de segurança e aplicação da lei”.

O líder chinês não fez qualquer referência aos Estados Unidos e Pequim tem sublinhado até agora que não vai ceder às tarifas de Trump.

Trump ordenou na terça-feira a aplicação de uma tarifa adicional de 50% sobre os produtos chineses, elevando o total das taxas alfandegárias para 104%.

Pequim anunciou anteriormente uma taxa de 34% sobre os produtos norte-americanos, depois de Trump ter imposto uma taxa na mesma percentagem sobre os produtos chineses.

Trump afirmou que Pequim quer “desesperadamente” um acordo, mas disse que a China não sabe “como começar” a negociar e sublinhou que a Casa Branca está à espera de um telefonema de Xi Jinping.

Nas possíveis futuras negociações entre Pequim e Washington está também o futuro das operações da aplicação TikTok nos EUA, que o Governo de Trump exigiu que se desligue da sua empresa-mãe, a chinesa ByteDance, para poder operar em território norte-americano.

Banco central da China pede aos credores estatais que reduzam compra de dólares

O banco central da China não vai permitir quedas acentuadas do yuan e, por isso, pediu aos principais bancos estatais que reduzam as compras de dólares norte-americanos, segundo avança a Reuters.

A diretiva das autoridades chinesas surge num momento em que o yuan enfrenta fortes pressões no sentido da baixa, na sequência das tarifas impostas pelos EUA aos produtos chineses e das medidas de retaliação de Pequim.

O Banco Popular da China (PBOC) enviou a orientação aos bancos estatais esta semana, pedindo-lhes que retenham as compras de dólares norte-americanos para as suas contas proprietárias.

Os grandes bancos também foram instruídos a aumentar as verificações ao executar ordens de compra de dólares para os seus clientes, num movimento que os mercados interpretam como uma forma de o banco central conter as negociações especulativas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Volta a tempestade às bolsas europeias e asiáticas. Lisboa tomba mais de 2% com todas as cotadas no vermelho

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Abril 2025

Da Europa à Ásia, as bolsas voltam a acordar em forte queda, no dia em que as tarifas recíprocas anunciadas na semana passada por Donald Trump entraram em vigor.

Os mercados voltaram a acordar em forte baixa esta quarta-feira, dia em que entraram em vigor as tarifas anunciadas por Donald Trump há uma semana.

O índice pan-europeu Stoxx 600 cai 2,73%, enquanto o espanhol IBEX 35 recua 2,17%, o francês CAC 40 desvaloriza 2,32%, o alemão DAX cede 2,10% e o britânico FTSE 100 perde 1,91%. Em Lisboa, o PSI está a ceder 1,91%, com a Galp e a EDP Renováveis a liderarem as perdas, ambas de mais de 3%.

Também as bolsas asiáticas voltaram a cair esta quarta-feira, dia em que entra em vigor o último conjunto de tarifas dos Estados Unidos, incluindo uma taxa de 104% sobre as importações chinesas. A bolsa de Tóquio fechou a sessão em queda acentuada, com o principal índice (Nikkei) a perder mais de 5%. O ministro das Finanças japonês, Katsunobu Kato, indicou que a taxa de câmbio entre o dólar e o iene vai estar em cima da mesa nas negociações com os EUA sobre as tarifas.

Naquela que tem sido uma verdadeira montanha-russa, as principais bolsas nova-iorquinas fecharam na terça-feira com perdas expressivas. A sessão começou com fortes ganhos – o S&P 500 chegou a subir 4% –, que ao longo dia se evaporaram com as declarações que chegavam da Casa Branca. A confirmação de tarifas de 104% contra produtos importados da China, que entraram em vigor esta madrugada (às 5h, hora de Lisboa), inverteu o humor dos investidores.

Já as cotações do petróleo nos mercados internacionais estão também em queda. O barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações europeias, desvaloriza 2,20%, para 61,43 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, cai 2,50%, para 58,08 dólares.

O ouro está a valorizar 1,20%, para 3.020 dólares por onça.

O Banco Popular da China voltou a fixar uma taxa de câmbio interna mais baixa para o yuan, colocando o valor da moeda para o seu nível mais baixo desde 2007. O PBoC permitiu gradualmente a depreciação do yuan nos últimos dias, com o objetivo de aliviar o impacto das tarifas dos EUA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Nuno pede que não se dispersem votos à esquerda, Mortágua critica “bala de prata”

  • Lusa
  • 9 Abril 2025

No debate entre o secretário-geral do PS e a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, os temas da habitação, defesa e imigração marcaram as principais diferenças entre os dois líderes.

O líder socialista apelou a que não se dispersem votos à esquerda porque só a vitória do PS permite uma alternativa à AD, tendo a coordenadora bloquista criticado que a “bala de prata” de Pedro Nuno Santos seja Luís Montenegro.

No debate entre o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, – a estreia de ambos nos frente a frente para as legislativas – habitação, defesa e imigração marcaram as principais diferenças entre os dois líderes, que concordaram nas críticas aquilo que consideram ser a inação do Governo português perante as tarifas dos Estados Unidos.

Na reta final, o tema da governabilidade marcou duas visões distintas, com Pedro Nuno Santos a afirmar que “só haverá alternativa à AD se o PS vencer estas eleições”, recordando que em 2024 o Presidente da República convidou o partido mais votado a formar Governo.

Quero pedir ao povo português e aos eleitores que votam à esquerda para não dispersarem votos porque nós hoje podíamos ter um Governo do PS e não ter a AD a governar se não tivesse havido a dispersão de votos que tivemos há um ano”, apelou, recordando que o PS perdeu por cerca de 50 mil votos e o BE teve nessas eleições cerca de 280 mil votos.

Na resposta, Mariana Mortágua contrapôs esta ideia porque, segundo dia, o “primeiro lugar não determina nada”. “Aquilo que Pedro Nuno Santos está a dizer quando diz que quer ser o mais votado e que espera uma viabilização do PSD é que tem uma bala de prata e que a bala de prata de Pedro Nuno Santos é Luís Montenegro”, criticou.

Segundo a líder bloquista, o líder do PS está à espera que o primeiro-ministro, que todos os dias acusa de “não ser confiável”, lhe “dê a confiança para governar com base no seu apoio”. Sobre a disponibilidade do BE para um acordo pós-eleitoral, tal como em 2015, Mortágua respondeu que “há sempre”.

PS diz que não vai reverter isenção fiscal para jovens na compra de casa

Um dos temas em que as divergências entre antigos parceiros de geringonça foram mais evidentes foi na questão da habitação.

Pedro Nuno Santos criticou as medidas “aparentemente bondosas” do Governo, como a isenção do IMT e do imposto de selo para os jovens na compra de casa, por não terem sido acompanhadas pelo aumento do lado oferta e por isso terem feito acelerar os preços, reiterando que os socialistas não as querem reverter, mas sim garantir que aumenta a construção em Portugal.

Aproveitando para defender a medida do programa eleitoral para usar parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos para financiar construção pelas autarquias, o líder do PS criticou a proposta do BE sobre o teto das rendas por poder “trazer problemas mais graves” e considerou que os bloquistas não têm uma solução para aumentar o parque habitacional.

Mariana Mortágua criticou que PS e PSD discutam inaugurações de casas quando o preço a habitação que as pessoas estão a pagar aumentou 9% em 2024, contrapondo que um dos problemas da construção é que o seu ritmo não é compatível com as necessidades que as pessoas têm hoje.

Insistindo que é preciso baixar as rendas, a líder do BE referiu que a proposta dos tetos às rendas resulta na Holanda, onde os socialistas a defenderam, enquanto Pedro Nuno Santos replicou que “noutros países não funcionou”.

Quanto à imigração, o líder do PS aproveitou para criticar executivo por ter feito “mais uma ação de propaganda despudorada” para “ataque ao Governo anterior do PS”, numa matéria onde considerou ser possível “construir-se consensos” entre PSD e PS, referindo que “muitas das linhas deste plano de ação são de continuidade com aquilo que o Governo anterior vinha fazendo”, defendendo que o país precisa de “uma imigração regulada”.

Já Mortágua afirmou que o BE não cede num “princípio básico” que é quem está em Portugal poder regularizar-se, acusando o PS de estar “a abdicar desse princípio em nome de um outro”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Eletricidade gratuita” nas novas construções é requisito?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 9 Abril 2025

A energia solar está a tornar-se essencial nas novas construções. Além de reduzir custos, promove sustentabilidade e pode aumentar o valor dos imóveis desde a fase do projeto.

Com a crescente exigência de soluções mais sustentáveis no setor da construção, a integração de sistemas fotovoltaicos em novas edificações está a tornar-se uma prática cada vez mais comum — e, em muitos casos, obrigatória. A energia solar, muitas vezes chamada de “eletricidade gratuita”, é um recurso com potencial para redefinir o modo como se consome e produz energia a partir de casas e edifícios.

A utilização de painéis solares, telhados solares (que integram as células fotovoltaicas diretamente na cobertura do edifício) e sistemas de armazenamento permitem não só uma maior eficiência energética, como também a possibilidade de reduzir significativamente a dependência da rede elétrica tradicional.

Para os consumidores, esta independência representa uma poupança real na fatura de eletricidade e proteção face à volatilidade dos preços da energia. Já para promotores e investidores, a incorporação desta solução pode representar um diferencial competitivo, com impacto direto na valorização do imóvel.

Além dos benefícios económicos, os ganhos ambientais são evidentes: menor pegada de carbono, utilização de uma fonte limpa e renovável e contribuição direta para os objetivos de neutralidade climática.

Neste cenário, empresas com experiência no setor energético desempenham um papel essencial. A Voltalia, especialista em energias renováveis, disponibiliza soluções chave na mão para novas construções, garantindo a instalação eficiente de sistemas fotovoltaicos — tanto em projetos residenciais como em empreendimentos de maior escala.

As suas soluções incluem desde o autoconsumo de energia com painéis solares, até carports solares para grandes espaços, maximizando o uso da energia limpa gerada. Além disso, a empresa também tem baterias de armazenamento para aumentar a independência energética, permitindo o uso da energia gerada mesmo após o pôr-do-sol.

Com presença em vários mercados e um histórico sólido em energia solar, a Voltalia posiciona-se como parceira estratégica na transição energética, ajudando promotores, construtores e consumidores a preparar-se para um futuro onde a eletricidade limpa e acessível é parte integrante da construção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Young Lions já tem vencedores. Conheça os representantes de Portugal na competição internacional

  • + M
  • 9 Abril 2025

Depois de no fim de semana responderem aos briefings das sete categorias a concurso, os finalistas defenderam as suas propostas perante os jurados. Em junho, vencedores representam o país em Cannes.

Está escolhida a comitiva que vai representar Portugal a competição internacional Young Lions, durante o Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, em junho.

Durante o último fim de semana, mais de 50 finalistas nas áreas de marketing, digital, relações públicas, imprensa/outdoor, design, filme e media responderam aos briefings lançados pela Bellissimo Cafés, Worten, Nuvem Vitória, Betclic, Jardim Zoológico, Turismo de Portugal e Nos.

Seguiu-se, na segunda e terça-feira, a apresentação das suas propostas ao painel de jurados, constituído por vários profissionais dos diferentes setores, que selecionaram as ideias que mais se destacaram em cada categoria.

Comum a três dos briefings apresentados foi a necessidade de apelar a uma nova geração de consumidores. Na categoria Digital, apresentando soluções para que a Worten seja mais “cool” aos olhos da Geração Z, Mariana Santos e Maria Vaz da Silva, da Havas, sagraram-se vencedoras.

Também a Nos, na categoria de Media, desafiou as equipas a criar um diálogo entre a WTF e a Geração Z, com Débora Jaime, da Arena, e João Santos, da Buzz Mosquito, a apresentarem a melhor resposta. Bruno Loureiro e Joana Luís, da Via Verde, destacaram-se na área do Marketing, ao desenvolver uma proposta que aproxime a Bellissimo de um target mais jovem, descreve a organização.

A convite da MOP, a União Zoófila optou por uma abordagem emocional, solicitando, em Design, uma sugestão de key visual para uma campanha de incentivo à adoção de animais, e em PR, a Nuvem Vitória, escolheu uma estratégia de promoção do 10º aniversário da associação. O “troféu” das duas categorias foi entregue a Michelle Silva, da Judas, e Carolina Gonçalves, da BAR Ogilvy, e Sofia Tavares de Carvalho e Matilde Ribeirinho, da Havas, respetivamente.

Mariana Laurência e Carlos Alberto, da ACNE, apresentaram a melhor proposta para alargar o dinamismo da campanha “Aposto que não és capaz”, da Betclic, em Imprensa/Outdoor. Por fim, o Turismo de Portugal desafiou as duplas da categoria de Filme a retratar o país como um destino de união e alegria, com a dupla Beatriz Roque e João Bronze, da BBDO TBWA a obter o primeiro lugar.

Duplas Vencedoras:

Media (Briefing: Nos)

  1. Débora Jaime (Arena) + João Santos (Buzz Mosquito)
  2. Margarida Brilhante + Bernardo Graça (Mindshare)
  3. Filipa Serra da Silva (Initiative) + Mariana de Oliveira Duque (Arena Media)

PR (Briefing: Nuvem Vitória)

  1. Sofia Tavares de Carvalho + Matilde Ribeirinho (Havas)
  2. Salomé Souto + Marisa Esteves (Nervo)
  3. Beatriz Raposo + Rita Paulo (LLYC)

Marketing (Briefing: Bellissimo)

  1. Bruno Loureiro + Joana Luís (Via Verde)
  2. Esmeralda Moreira (Lidl) + Luís Girão (Future School)
  3. Diogo Alves (ERA Portugal) + Rita Brígico (Simplefy)

Filme (Briefing: Turismo de Portugal)

  1. Beatriz Roque + João Bronze (BBDO TBWA)
  2. Catarina Araújo (Uzina) + Joana Antunes (Fuel)
  3. Francisco Urgueira + Duarte Cunha (NOSSA)

Imprensa/Outdoor (Briefing: Betclic)

  1. Mariana Laurência + Carlos Alberto (ACNE Lisboa)
  2. André Cabral (O Escritório) + Luís Ferreira Borges (Stream & Tough Guy)
  3. Manuel Stock + Vasco Ribeiro da Cunha (Dentsu Creative Portugal)

Digital (Briefing: Worten)

  1. Mariana Santos + Maria Vaz da Silva (Havas)
  2. Nuno Miguel Coelho (ACNE Lisboa) + Tomás Toste (Bar Ogilvy)
  3. Pedro Silva + Welzimar Silva (Fuel)

Design (Briefing: Jardim Zoológico)

  1. Michelle Silva (Judas) + Carolina Gonçalves (BAR Ogilvy)
  2. David Canaes (Fuel) + Francisco Roque do Vale (O Escritório)
  3. Pedro Rodrigues (McCann Lisboa) + Romeu Ribeiro (Judas)

 

“Esta edição dos Tangity Young Lions Portugal que agora termina foi a prova de que os jovens talentos têm plena consciência de que a vida dura muito pouco para deixar passar a oportunidade de evoluir a nível profissional e pessoal”, refere Ana Paula Costa, representante dos Lions Festivals em Portugal.

“A campanha de promoção dos Young Lions deste ano “A vida dura muito pouco” lembra-nos que o talento não pode esperar por reconhecimento póstumo. Os vencedores deste ano personificaram essa urgência criativa com as ótimas propostas que recebemos”, acrescenta Vasco Perestrelo, CEO da MOP.

“Levam consigo não apenas as suas ideias, mas a mensagem de que a criatividade portuguesa é audaz, imediata e pronta para deixar a sua marca. Estamos confiantes de que farão jus ao legado de sucesso que a Portugal tem tido na competição”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguro de responsabilidade é um escudo para as empresas

  • Conteúdo Patrocinado
  • 9 Abril 2025

Litígios não são exclusividade das grandes empresas, mas uma realidade para as PME. Rui Ferraz, da SABSEG Seguros, revela como qualquer negócio pode preparar-se para evitar prejuízos.

Proteger os ativos e a reputação do negócio é uma regra de ouro para qualquer empresário, em particular numa época em que o litígio custa milhões de euros todos os anos às organizações. No terceiro episódio do podcast Empresas Protegidas, uma iniciativa do ECO com apoio da SABSEG Seguros, o especialista Rui Ferraz explicou como podem os negócios proteger-se contra este risco. “As coisas vão acontecer. É uma questão de saber quando”, apontou o diretor de Oferta e Projetos Especiais da SABSEG Seguros.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Ao contrário do que se possa pensar, o litígio pode surgir em várias frentes e não é um desafio exclusivo das grandes empresas ou marcas. “As pessoas têm tendência para achar que quando acontece, acontece às empresas grandes. Não é assim”, explicou. A exposição ao risco vai desde situações mais previsíveis, como acidentes em estabelecimentos comerciais, até questões técnicas, ambientais ou digitais.

Rui Ferraz, diretor de Oferta e Projetos Especiais da SABSEG Seguros, é o terceiro convidado do podcast Empresas Protegidas

Enquanto uma grande empresa tem, à partida, “grandes esquadrões de advogados” e “disponibilidade financeira” para fazer face a litigância, uma PME “muitas vezes tem dificuldade em recuperar”. A prevenção, sugere o especialista, começa com uma equipa especializada na área de atuação da empresa, assessoria jurídica e proteção seguradora.

O que aconselhamos sempre, na SABSEG, é que [os empresários] falem com alguém especializado nessa área. Há muita coisa a ter em conta”, assinalou. Desde logo, a atividade da empresa – se trabalha em B2B2C, se é um profissional liberal ou se a preocupação é o risco cibernético, por exemplo.

“Se for um importador de bens de fora da União Europeia, na prática é responsável por esse bem. Se esse bem não estiver em condições e isso causar um dano a um cliente, é responsável por ele”, exemplifica Rui Ferraz.

Em todos os casos, o perito salientou que o seguro atua como um instrumento de prevenção, proteção e, muitas vezes, como um ativo reputacional. “É uma mais-valia. É uma maneira de mostrar que se importam e é uma maneira de mostrar que efetivamente pensam no seu cliente”, afirmou.

Rui Ferraz deu exemplos de setores em que a responsabilidade profissional é crítica, como engenharia, arquitetura, contabilidade, consultoria ou saúde, e como é que o mercado segurador, e em particular as corretoras, pode ajudar. “Temos de começar por colocar questões aos clientes, depois é nossa função ir ao mercado, ver as soluções que existem e aconselhar”, detalhou.

A mensagem é clara: nenhuma empresa está imune aos riscos legais, independentemente da sua dimensão ou sector de atuação. Adotar uma postura preventiva e contar com assessoria de especialistas pode ser a chave para garantir a continuidade do negócio em cenários adversos.

Parte do nosso trabalho não é só pagar um sinistro, é também aconselhar melhorias. Fazemos esse aconselhamento de forma gratuita”, concluiu Rui Ferraz.

Assista à conversa completa aqui:

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: tarifas, ‘cheques’ elétricos e impostos

  • ECO
  • 9 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo está a preparar um plano de 2.000 milhões de euros que inclui o reforço de linhas de crédito à exportação e de seguros de crédito, bem como apoios à diversificação de mercados, competitividade e inovação, para mitigar o impacto das tarifas norte-americanas. Nas reuniões com o Executivo, as associações empresariais pediram prudência à Europa na resposta a Donald Trump. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Governo prepara apoio de mais de 2.000 milhões para mitigar tarifas

Na sequência da entrada em vigor das tarifas norte-americanas esta quarta-feira, o Governo começou a reunir-se com as associações empresariais para abordar o possível impacto das taxas na economia nacional. Só na terça-feira, foram ouvidas 17 associações e confederações empresariais que enfatizaram a necessidade de “rapidez” na implementação de medidas de apoio. Do lado do Executivo, está a ser preparado um plano de mais de 2.000 milhões de euros que inclui o reforço de linhas de crédito à exportação e de seguros de crédito, bem como apoios à diversificação de mercados, competitividade e inovação.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Empresários pedem prudência à Europa na resposta às taxas de Trump

Responder “com contundência” aos EUA, mas com “juízo”. Esta foi a mensagem principal que os industriais portugueses levaram ao ministro da Economia sobre a resposta a dar às tarifas de Donald Trump. Argumentam que a União Europeia não deve ficar calada, mas também deve defender os interesses de consumidores e empresas europeias, até porque enquanto as taxas se agravam só do lado dos EUA, quem paga a fatura é a economia norte-americana.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Já esgotaram todos os ‘cheques’ para veículos elétricos

Os apoios para a aquisição de carros elétricos e bicicletas convencionais esgotaram em dois dias. Passada uma semana da abertura das candidaturas, já não há mesmo “cheques” disponíveis em nenhuma das categorias ao incentivo, ou seja, também para as bicicletas elétricas, bicicletas de carga, motas e dispositivos de mobilidade pessoal já há mais pedidos do que aqueles que foram disponibilizados pelo Executivo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Finanças permitem doar IRS a fundação do Estado com Joe Berardo

A Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo (FAMC-CB) faz parte da lista de 5.273 entidades às quais pode ser doado 1% do IRS na declaração de rendimentos referentes a 2024. A extinção da instituição que juntou o Estado e Joe Berardo foi aprovada pelo anterior Governo e foi concluída no início do ano passado. A consignação do imposto, sem custos para o contribuinte, poderá ser feita até 30 de junho, quando termina a campanha deste ano.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Receita com impostos do tabaco sobe 50%

Nos primeiros dois meses do ano, o Estado arrecadou 240 milhões de euros de imposto sobre o tabaco, mais 50% (cerca de 80 milhões de euros) face aos 160 milhões de euros arrecadados no mesmo período de 2024. Esta subida parece estranha num contexto em que a receita total do ano passado até caiu 2,5% face a 2023, mas a principal explicação está no aumento da receita com o tabaco tradicional: o que foi introduzido no mercado só em janeiro quase triplicou o de 2024.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dia em direto nos mercados e na economia – 9 de abril

  • ECO
  • 9 Abril 2025

Ao longo desta quarta-feira, 9 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Justiça dos EUA reduz pressão sobre empresas de criptoativos

Departamento de Justiça dos EUA abandona processos contra empresas de criptoativos e dissolve equipa de fiscalização. Entre os mais beneficiados estão as exchanges como a Binance e a Coinbase.

O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) anunciou uma nova política que limita significativamente os processos judiciais contra empresas de criptoativos. Num memorando assinado na segunda-feira pelo Procurador-Geral Adjunto Todd Blanche (que foi também advogado de Donald Trump) é refletida uma mudança estratégica alinhada com as prioridades da Administração de Donald Trump, que tem demonstrado um forte apoio ao crescimento do universo dos criptoativos.

A nova política põe fim à prática conhecida como “regulação por processos”, onde empresas de criptoativos eram frequentemente alvo de ações judiciais por violações regulatórias cometidas pelos seus utilizadores.

Segundo o memorando, “o Departamento de Justiça não é um regulador de ativos digitais” e, portanto, não deve impor estruturas regulatórias através do sistema penal. O documento sublinha ainda que a Administração anterior utilizou o DoJ para implementar uma estratégia “imprudente e mal concebida” neste setor.

A partir de agora, o foco do DoJ será redirecionado para investigações e processos criminais que envolvam crimes graves, como financiamento de terrorismo, tráfico de drogas e de seres humanos, bem como para fraudes financeiras que prejudicam diretamente os investidores. “As investigações do Departamento devem concentrar-se em indivíduos que vitimizam investidores ou utilizam ativos digitais para cometer crimes”, lê-se no diploma.

Uma das mudanças mais significativas é a decisão de não processar empresas como as bolsas (exchanges) de criptativos como a Binance e a Coinbase, os serviços de mixing e tumbling (operações que recorrem a fundos de diferentes utilizadores para esconder a origem e o destino das transações, garantindo maior anonimato e dificultando o rastreamento) e as carteiras offline pelo uso indevido das suas plataformas por terceiros. “O Departamento não irá avançar com ações contra as plataformas utilizadas por organizações criminosas para conduzir atividades ilegais”, esclarece Todd Blanche no memorando.

Sob a nova política, os procuradores não poderão, por exemplo, apresentar acusações baseadas em leis como o Bank Secrecy Act (leis de combate ao branqueamento de capitais nos EUA) ou o Securities Act (leis de combate a atividades fraudulentas nos mercados financeiros) sem provas claras de intenção criminosa.

Como parte desta reorientação, o DoJ anunciou a dissolução da sua equipa de fiscalização de criptoativos (NCET), criada durante a administração Joe Biden. Outros departamentos especializados também irão cessar atividades relacionadas com a aplicação da lei no setor cripto para se concentrarem noutras prioridades, como fraudes relacionadas com imigração e contratos públicos.

A decisão do Procurador-Geral reflete também a afinidade do presidente dos EUA com os criptoativos. Em março, Trump voltou a reiterar o seu compromisso em apoiar o crescimento da indústria cripto como parte da sua estratégia económica, salietando que “é uma oportunidade enorme para o crescimento económico e a inovação no nosso setor financeiro”. O memorando de Todd Blanche enfatiza esta política, sublinhando que esta nova política é necessária para garantir “um ambiente digital vibrante e inclusivo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.