Universal Music e Spotify celebram novo acordo. Contrato incluirá novos níveis de subscrição

  • + M
  • 27 Janeiro 2025

O contrato inclui mudanças no modelo de negócios do Spotify, com novos níveis de subscrição e integração de outros conteúdos. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados.

A Universal Music e o Spotify celebraram um novo acordo de distribuição plurianual para músicas gravadas e direitos de autor, tendo em vista o “crescimento, inovação e sucesso de artistas e compositores”.

Segundo referem num comunicado conjunto, o contrato inclui mudanças no modelo de negócios do Spotify, como novos níveis de subscrição e a integração de outros conteúdos musicais e não musicais. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados.

Artistas, compositores e consumidores vão beneficiar de novas ofertas, novos níveis de subscrição, agrupamento de conteúdos musicais e não musicais e um mais rico catálogo de conteúdo áudio e visual“, lê-se no comunicado, onde se acrescenta que a colaboração entre as duas empresas irá posicionar a indústria para um “contínuo crescimento e retenção de assinantes“.

Além disso, estes novos acordos renovam o compromisso das empresas em políticas que se centrem nos artistas, para que estes “continuem a ser devidamente recompensados” ​​pela sua quota-parte de engagement com o público e para que estes permaneçam protegidos de fraudes nas plataformas.

“Este acordo promove e amplia a colaboração com o Spotify, avançando em princípios que se centram nos artistas, para impulsionar uma maior monetização para os artistas e compositores, bem como aprimorar as ofertas de produtos para os consumidores”, diz Lucian Grainge, chairman e CEO do Universal Music Group, citado em comunicado.

Já Daniel Ek, fundador e CEO do Spotify, entende que “a inovação constante é a chave para tornar as assinaturas de música pagas ainda mais atraentes” para um amplo público mundial, o que vai permitir entregar “recompensas recorde” aos artistas e compositores.

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Sindicato da PSP apresenta ação em tribunal contra MAI e Ministério das Finanças

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia apresentou exige a publicação da lista dos polícias que podem passar à pré-reforma.

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia apresentou esta segunda-feira uma ação no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa contra os ministérios da Administração Interna e Finanças para exigir a publicação da lista dos polícias que podem passar à pré-reforma.

“A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), após diversas interpelações junto dos Ministérios da Administração Interna e Finanças, no sentido de ser publicado o número de efetivo para passagem à situação de pré-aposentação e, não logrando qualquer resposta desses ministérios, apresentou hoje no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, uma ação de intimação contra o Ministério da Administração Interna e o Ministério das Finanças”, refere a ASPP, em comunicado.

Com esta ação em tribunal, o maior sindicato da PSP quer a publicação urgente do despacho que fixa o contingente de polícias da PSP que em 2024 reuniam as condições para entrar na situação de pré-aposentação. O presidente da ASPP, Paulo Santos, disse à Lusa que o despacho já devia ter sido publicado no ano passado.

A ASPP convocou uma concentração em frente ao Ministério das Finanças, para sexta-feira, para exigir a publicação do despacho, referente a 2024, para a passagem à pré-aposentação dos profissionais. De acordo com a ASPP/PSP, há milhares de profissionais que cumprem os requisitos e já demonstraram desejo de passar à pré-aposentação.

Em novembro, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, disse que na PSP estavam em condições para entrar na pré-aposentação 4.125 polícias àquela data.

A questão da pré-aposentação é um das principais reivindicações dos sindicatos, que contestam os atuais critérios, alegando que, devido à falta de efetivo na polícia, muito poucos agentes entram anualmente na pré-reforma, ficando de fora muitos que reúnem os requisitos.

Segundo os sindicatos da PSP, atualmente quem vai para a pré-reforma são essencialmente os polícias com mais de 60 anos, embora os requisitos sejam 55 anos de idade e 36 anos de serviço.

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Bankinter apresenta o “Clube dos Quase” em campanha onde recorre ao humor

  • + M
  • 27 Janeiro 2025

Com conceito criativo da Altavia Pixel e produção da Fast Forward, a campanha pretende criar um sentimento de identificação nos espectadores e contribuir para uma reflexão e tomada de decisão.

O Bankinter recorre ao humor na sua nova campanha para desafiar os portugueses a trocarem de banco e a despertarem para as condições que oferece nas suas contas, isentas de comissões e remuneradas.

Sob o mote “Não fique pelo quase”, no spot apresenta-se o “Clube dos Quase”, um grupo de apoio fictício onde diferentes pessoas partilham o facto de terem estado prestes a optar por condições bancárias favoráveis, mas que acabaram por não o fazer. É nesse contexto que um dos intervenientes anuncia que finalmente mudou para o Bankinter, devido às suas condições mais atrativas.

Com conceito criativo da Altavia Pixel Portugal, a campanha quer “despertar” os portugueses para as condições da Conta Mais Ordenado e da Conta Bankinter Online, contas à ordem do Bankinter, isentas de comissões e remuneradas. No ar até 17 de fevereiro em televisão e redes sociais, conta com produção da Fast Forward e planeamento de meios da Havas Media.

Com esta campanha o Bankinter pretende assim “criar um sentimento de identificação nos espectadores e contribuir para uma reflexão e tomada de decisão, destacando duas contas à ordem premiadas nos últimos anos“, refere-se em nota de imprensa.

“A relação de proximidade com os clientes, as soluções inovadoras e competitivas, bem como a forma criativa de comunicarmos, são características indissociáveis do Bankinter. É neste contexto que surge esta nova campanha, mais emocional e disruptiva, que destaca duas soluções diferenciadas no mercado, que se adequam às necessidades cada vez mais atuais dos clientes, que procuram uma conta sem custos e que ao mesmo tempo lhes permita rentabilizar os seus depósitos“, diz Alberto Ramos, country manager do Bankinter em Portugal, citado em comunicado.

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Câmara de Lisboa atribui 30 casas de arrendamento acessível

"Desde o início do mandato já entregámos 2.352 habitações, das quais 955 em renda acessível", diz Carlos Moedas.

A Câmara Municipal de Lisboa vai atribuir mais 30 casas de arrendamento acessível, com valores mensais a partir dos 150 euros, que se somam às 955 habitações que já foram entregues aos munícipes desde o início do mandato do autarca Carlos Moedas.

O município abriu esta segunda-feira o concurso extraordinário do Programa de Renda Acessível para sortear estas 30 habitações municipais, com tipologias entre T0 e T3, a residentes no concelho de Lisboa que aufiram rendimentos inferiores ao salário mínimo (entre 6.111,12 euros e 10.639 euros anuais).

Estamos a realizar um esforço sem precedentes para proporcionar respostas aos graves problemas que os lisboetas enfrentam nesta área, com medidas diversificadas e muito concretas.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Desde o início do mandato já entregámos 2.352 habitações, das quais 955 em renda acessível. Com o concurso que agora abrimos, vamos atribuir mais 30, garantindo a 30 famílias a oportunidade de residir em Lisboa, em habitações dignas e com rendas acessíveis”, detalha o autarca social-democrata.

“Estamos a realizar um esforço sem precedentes para proporcionar respostas aos graves problemas que os lisboetas enfrentam nesta área, com medidas diversificadas e muito concretas”, frisa Carlos Moedas.

As candidaturas podem ser apresentadas até às 17 horas do dia 24 de fevereiro deste ano.

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Governo anuncia auditoria ao INEM

Auditoria vai avaliar as condições e atuação dos serviços de emergência médica desde 2021. Relatório deverá ser divulgado pela IGF até ao final de março.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins determinam que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) realize uma auditoria ao funcionamento do INEM, abrangendo os anos desde 2021. Os resultados deverão ser conhecidos até ao final de março.

Em comunicado conjunto divulgado esta segunda-feira, os Ministérios adiantam que a auditoria irá debruçar-se “nos domínios organizacional, administrativo e financeiro, no que concerne à gestão e avaliação dos recursos humanos e da realização da despesa, que concorram para o desenvolvimento da sua atividade“.

A auditoria irá abranger os anos decorridos desde 2021, “sem prejuízo da possibilidade de abranger períodos anteriores, sempre que tal se afigure necessário”. O relatório com os resultados deverá ser apresentado pela IGF até ao final do mês de março.

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Dupla de arquitetos minhotos ‘reveste’ negócio com entulho das obras

Dois arquitetos transformam o entulho das obras como telhas, tijolos, cimento e pedras em materiais de revestimento. O projeto Matterpieces já desviou 50 toneladas de resíduos dos aterros.

Após seis anos a exercerem em Viena, na Áustria, os arquitetos Patrícia Gomes e Luís Lima decidiram regressar a Portugal em 2020 para tentar “redefinir” o futuro dos materiais de construção. A dupla criou o projeto Matterpieces, que transforma os desperdícios da construção, como telhas, tijolos, cimento e pedras, em novos materiais de revestimento e até mobiliário.

“A construção é uma das indústrias mais poluentes do planeta, responsável por 50% da extração de matérias-primas do solo, um terço dos resíduos gerados em todo o mundo e 38% das emissões de carbono para a atmosfera”, contextualiza a cofundadora da Matterpieces, natural de Braga.

Apercebendo-se disso, diz Patrícia Gomes, licenciada em Arquitetura na Universidade do Minho, começaram por incorporar desperdícios de obra nos projetos de arquitetura, mas “rapidamente” perceberam que “para fazer a diferença” não se podiam limitar a processar apenas quilos de resíduos – teriam de começar a pensar em toneladas.

Fundado em 2022 na garagem dos pais dos fundadores, o projeto Matterpieces já desviou 50 toneladas de resíduos dos aterros. Nos próximos dois anos, os responsáveis estimam ultrapassar as 360 toneladas processadas, um número que já “reflete o compromisso em reduzir a extração de matérias-primas”.

“Estamos a inaugurar um novo ciclo na arquitetura e construção. Por um lado, a recolher resíduos de obras, a tratá-los e transformá-los em novos materiais que são estéticos, funcionais e, por isso mesmo, competitivos. Por outro, a implementar uma estratégia circular colaborativa que reúne empresas de demolição, gestão de resíduos, arquitetos, construtores e produtores de materiais para alcançar um objetivo comum, a construção circular”, resume Patrícia Gomes.

Com o entulho da obra, refere em comunicado, a Matterpieces disponibiliza 13 texturas em catálogo, disponíveis em painéis ou ladrilhos, com diferentes tipos de acabamento. A cofundadora adianta ao ECO que os revestimentos custam 65 euros por metro quadrado.

De forma a adaptar o método de fabrico a uma escala industrial, a Matterpieces estabeleceu parcerias com empresas de demolição e gestão de resíduos, como a Costa Almeida Ambiente e a Zircom. E uma “colaboração estreita” com a RMC de Aveiro, onde a dupla transforma o entulho em novos materiais.

A internacionalização é o próximo passo na estratégia dos jovens empreendedores nortenhos. “O objetivo consiste em estabelecer parcerias estratégicas noutros pontos do globo e reutilizar os desperdícios que são gerados em diferentes geografias de forma local”, conclui o vimaranense Luís Lima, cofundador da Matterpieces.

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Acesso a incentivo de 2025 para grandes produções de cinema e audiovisual abre na 2.ª feira

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Esta fase de candidatura anual ao cash refund abre numa altura em que não foi ainda atingido o teto máximo dos 20 milhões de euros de dotação do programa anterior, que abriu a 16 de setembro de 2024.

O programa de incentivo financeiro às grandes produções de cinema e audiovisual (cash refund) abre uma nova fase de candidaturas na próxima segunda-feira, com uma dotação de 20 milhões de euros, anunciou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

De acordo com o ICA, a partir das 10h00 da próxima segunda-feira, 3 de fevereiro, podem ser submetidos online os “requerimentos de admissão ao incentivo financeiro à grande produção cinematográfica e audiovisual”, designado cash refund.

As normas de mecanismo estipulam que, em cada ano civil, o incentivo seja atribuído aos projetos elegíveis por ordem de entrada, “até ao limite das disponibilidades financeiras de cada exercício”.

Esta fase de candidatura anual ao cash refund abre numa altura em que não foi ainda atingido o teto máximo dos 20 milhões de euros de dotação do programa anterior, que abriu a 16 de setembro de 2024. Na plataforma onde deve ser feita a candidatura, o ICA revela que o montante global requerido em 2024 pelos candidatos está atualmente nos 11,1 milhões de euros.

No entanto, não foi ainda atribuída qualquer verba aos projetos considerados elegíveis, nem divulgada a lista dos candidatos.

Este incentivo cash refund “destina-se a apoiar produções cinematográficas que efetuem em território nacional, pelo menos, 2.500.000 [de euros] de despesas elegíveis“, como se lê na portaria com as normas de acesso a este mecanismo.

São consideradas despesas elegíveis, por exemplo, “remunerações de autores, atores, técnicos e outro pessoal afeto à produção da obra cinematográfica ou audiovisual” e recurso a equipamento como “câmaras, iluminação, equipamento de som” comprado ou alugado em Portugal.

Este mecanismo “permite, assim, diversificar as produções a realizar em território nacional, de forma complementar ao incentivo à produção cinematográfica e audiovisual [designado ‘cash rebate’] no âmbito do Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema (FATC) e dar resposta à procura muito elevada pelo incentivo do FATC nos anos de 2022 e 2023”, pode ler-se no mesmo texto da portaria.

O FATC foi criado em 2018 para apoiar e financiar iniciativas que reforcem a vertente turística do país e inclui um mecanismo de incentivo (cash rebate) para a rodagem de produções de cinema e audiovisual em Portugal.

Segundo um estudo encomendado pelo Governo anterior sobre o FATC, divulgado em março de 2023, o sistema de cash rebate apoiou 168 projetos de cinema e audiovisual, com um investimento total de 238,1 milhões de euros, dos quais 128,7 milhões de euros foram de investimento estrangeiro. O total do montante de incentivo foi de 64,3 milhões de euros, referia o estudo.

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Custos dos instrumentos financeiros não devem comprometer retorno, recomenda a CMVM

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

O regulador dos mercados aponta que deve existir documentação a fundamentar estes custos, bem como a realização de análises sobre a coerência entre os custos e o retorno potencial.

Os intermediários financeiros devem seguir um conjunto de boas práticas, nomeadamente tendo em conta que os custos dos instrumentos financeiros não devem comprometer o retorno esperado, segundo recomenda a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A CMVM quer incentivar os intermediários financeiros a oferecer instrumentos financeiros que tenham ‘Value for Money’, tendo por isso lançado esta segunda-feira uma circular com um conjunto de boas práticas, que têm também em vista reforçar a proteção dos investidores.

Seguindo o princípio de que os custos e encargos não devem comprometer as expectativas de retorno do instrumento financeiro, a CMVM aponta que deve existir documentação a fundamentar estes custos, bem como a realização de análises sobre a coerência entre os custos e o retorno potencial.

No que diz respeito às necessidades do mercado-alvo, a CMVM salienta que não é uma boa prática a “distribuição de instrumentos financeiros com elevados custos e encargos iniciais junto de investidores que pretendem um horizonte de investimento curto, por não permitirem diluir os custos e encargos num período de investimento alargado”.

O regulador alerta ainda que “desvios desproporcionais nos custos e encargos devem ser justificados pelos benefícios esperados subjacentes ao produto”.

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Banco de Portugal fecha acordo com Fidelidade para construir sede na antiga Feira Popular

Tal como o ECO avançou em outubro, a nova sede do Banco de Portugal vai ser erguida nos terrenos da antiga Feira Popular, em Lisboa. Obras ficam concluídas em 2027.

O Banco de Portugal fechou o acordo com a seguradora Fidelidade para a construção da sua nova sede nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, Lisboa, confirmando uma notícia avançada pelo ECO em outubro. As obras ficam concluídas no terceiro trimestre de 2027.

Em comunicado, o supervisor liderado por Mário Centeno adianta que “a formalização está sujeita à conclusão satisfatória das negociações e à obtenção das aprovações necessárias“.

Não foram revelados valores do negócio, embora o ECO tenha adiantado em outubro que o negócio poderia superar os 240 milhões de euros. Na altura, o ECO noticiou que o supervisor estava a analisar duas opções neste momento: concentrar tudo num espaço de até 30 mil metros quadrados onde estava o antigo parque de diversões; ou ocupar apenas 10 mil metros e ficar com o Edifício Marconi, que fica ao lado e para onde se vai mudar temporariamente.

O projeto deverá estar concluído no terceiro trimestre de 2027 e “representa o culminar de um processo com várias décadas de procura da melhor solução para uma localização única do espaço de escritórios na cidade de Lisboa“, adianta a entidade reguladora.

“É como o novo aeroporto…”

O desejo de mudança do supervisor é antigo e a centralização dos serviços visa responder a um esforço de racionalização de custos. Atualmente, as instalações do Banco de Portugal encontram-se espalhadas por quatro localizações de Lisboa, onde trabalham cerca de 1.500 dos 1.700 trabalhadores do banco: a sede (Rua do Comércio), o Edifício Portugal (Avenida Almirante Reis), Rua Castilho e Avenida da República.

“Para um banco central, por questões de segurança, para proteção não só das condições de trabalho, mas também de informação e valores que o Banco de Portugal tem à sua guarda, isto leva a um grau de despesa e de ineficiência muito elevado”, referiu Mário Centeno na conferência de apresentação do relatório do conselho de administração de 2023.

“Há mais de 40 anos, mais ou menos o mesmo tempo que o aeroporto, que o Banco de Portugal discute, debate e procura soluções para as suas instalações. O Banco de Portugal não tem história de ter tido instalações únicas em Lisboa”, acrescentou.

Enquanto não encontra uma solução estrutural para o seu problema, o supervisor decidiu instalar-se temporariamente no Edifício Marconi, que fica ao lado dos antigos terrenos da Feira Popular.

Fidelidade rentabiliza terrenos

A Fidelidade comprou os terrenos da antiga Feira Popular em 2018 por cerca de 270 milhões de euros. A seguradora adquiriu três parcelas de terreno naquela zona, sendo que uma delas (Parcela C, praticamente colada à linha de comboio) já está ocupada com a futura sede da seguradora – chegou a sondar o mercado com vista a uma potencial venda, mas desistiu do processo.

Sobram dois lotes de terreno, ocupando uma área conjunta de mais de 70 mil metros quadrados, e que serão destinados a comércio e serviços (Parcela A, onde vai ser edificada a nova sede do Banco de Portugal) e comércio, serviços e habitação (Parcela B), sendo que as obras ainda se encontram numa fase muito inicial.

Num comunicado separado a confirmar o acordo, a Fidelidade salienta que o projeto de Entrecampos “representa uma visão revitalizadora daquela área central de Lisboa, criando um marco urbano que combina sustentabilidade, design contemporâneo e funcionalidade”. Revela ainda que os arquitetos Ana Costa, Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura, ambos laureados com o Prémio Pritzker, vão ser os responsáveis pelos edifícios residenciais.

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DeepSeek. Como a China abalou os investidores em inteligência artificial

O sucesso inesperado da empresa chinesa, que superou o ChatGPT nos EUA, precipitou um sell-off nas gigantes tecnológicas. Soluções "low cost" de IA são uma ameaça a gigantes como a Nvidia?

Tem um ano, é chinesa e precisou apenas de 5,6 milhões de dólares para abalar o domínio das gigantes de inteligência artificial (IA) dos Estados Unidos e os milhares de milhões investidos pelas tecnológicas. A DeepSeek apresentou um modelo de IA “low cost”, que concorre com o ChatGPT e acelerou uma forte correção nas ações das empresas tecnológicas e de semicondutores, lançando dúvidas sobre o valor das cotações do setor.

Quando o tema é inteligência artificial, os EUA assumem-se sempre como o mercado que domina esta tecnologia. Gigantes como a Nvidia, a Alphabet ou a Microsoft são inevitavelmente os nomes que saltam, mas esta segunda-feira apresentou aos investidores um novo player na IA, que vem concorrer diretamente com estas companhias e com o domínio — até aqui — incontestável dos EUA: a DeepSeek.

A startup chinesa, criada por Liang Wenfeng, lançou um novo modelo de IA chamado R1, uma versão mais barata do ChatGPT, que gerou grande popularidade nos EUA e que está a deixar os investidores mundiais em alerta. “O novo modelo da startup chinesa de IA é económico e funciona com chips de capacidade reduzida. O desenvolvimento levanta questões sobre as elevadas avaliações das principais empresas de IA, como a Nvidia, e o caso de investimento para toda a cadeia de fornecimento de IA”, escreve o Saxo Bank, num comentário publicado esta segunda-feira.

O modelo apresentado pela DeepSeek vem contrariar as elevadas necessidades de investimento defendidas pelo setor. Na semana passada, a Meta anunciou que vai investir mais de 65 mil milhões de dólares este ano no desenvolvimento de IA. Já Sam Altman, CEO da OpenAI, disse no ano passado que a indústria da IA ​​vai necessitar de biliões de dólares em investimentos para apoiar o desenvolvimento de chips muito procurados, necessários para alimentar os centros de dados de electricidade que gerem os modelos complexos do setor.

“Potencialmente, esta tecnologia pode ser um game changer e questões estão a ser colocadas sobre as enormes quantidades de dinheiro que os players do setor tecnológico tradicional, as chamadas 7 Magníficas, têm alocado ao desenvolvimento de IA“, argumenta o ING. Os especialistas destacam que o surgimento da startup chinesa apresenta um “grande desafio” ao setor

“A DeepSeek parece mostrar agora que podemos fazer mais com o poder computacional existente do que se pensava anteriormente. Além disso, a DeepSeek está a disponibilizar o seu modelo gratuitamente”, acrescenta o ING, acrescentando que “o mercado precisa de avaliar uma taxa de adoção mais lenta da computação de alto desempenho e das receitas das empresas que vendem modelos de IA”, isto num momento em que estas empresas negoceiam com níveis de avaliação elevados.

Os analistas recordam que a ASML, por exemplo, negoceia com um rácio do lucro por ação (PER) de 33,6 vezes e a Nvidia apresenta um PER de 48,5 vezes.

As tecnológicas estão a ser fortemente castigadas pelo surgimento desta alternativa, com o tecnológico Nasdaq a afundar mais de 3,5%, arrastado pelas quedas de empresas como a Nvidia, a líder do setor, que segue a tombar mais de 17%, para mínimos de quatro meses, ou da Microsoft e Alphabet, com quedas próximas de 3,5%. Também o setor tecnológico europeu esteve a sentir o impacto deste selloff, com o índice europeu para o setor a recuar 5,8%, o pior desempenho desde 15 de outubro.

E as quedas poderão não ficar por aqui. “Não espero que as empresas ocidentais instalem software de IA chinês, mas os EUA não vão ser o único player na competição global“, adianta Guillermo Hernández Sampere, “head of trading” da Manfred Piontke, ao ECO.

Apesar do pessimismo que domina este início de semana, os analistas do ING alertam que é preciso alguma cautela, notando que as coisas “podem mudar rapidamente”. “Ainda há incerteza sobre como exatamente a DeepSeek funciona, se é segura e quão robusto é”, avisam.

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Porto e Gondomar redesenham fronteiras dos concelhos. Moreira diz que não faziam sentido

Porto e Gondomar repõem fronteiras e trocam territórios. A cidade Invicta ganha 221,4 mil metros quadrados que inclui a Quinta de Villar d’Allen e o concelho vizinho recebe 138 mil m2 de área.

Ainda falta a publicação em Diário da República, mas finalmente “o Porto passará a ter uma fronteira normal e articulada com Gondomar” depois de, em 2012, não ter havido “grande empenho [dos municípios] em impedir a anormalidade” da delimitação administrativa que está em vigor, assinalou o presidente da câmara portuense, Rui Moreira.

O Executivo aprovou, por unanimidade, esta segunda-feira a reposição da fronteira entre os dois concelhos vizinhos depois de os municípios terem chegado a acordo. Porto e Gondomar vão, assim, trocar parcelas em zonas de fronteira dos dois concelhos que contemplam a zona a Norte da Estrada da Circunvalação, Pêgo Negro, Areias, zona a Sul das Areias, área a sul da Rua Oito de Setembro, zona a Sul da Granja (EN208), Quinta Villar d’Allen e a parcela contígua, junto à EN108.

Não fazia qualquer sentido e tinha um conjunto de anomalias que ninguém percebia.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

A Invicta ganha 221,4 mil metros quadrados de território, que inclui 68 habitações e 15 imóveis de comércio e serviços. E conquista a Quinta de Villar d’Allen para regozijo de Rui Moreira, assegurando que a autarquia portuense “tem recursos e meios para olhar por aquela propriedade, com uma raiz histórica”.

Já Gondomar recebe quase 138 mil metros quadrados de território com 67 casas, e um espaço de comércio e serviços.

A atual Carta Administrativa Oficial de Portugal “não fazia qualquer sentido e tinha um conjunto de anomalias que ninguém percebia, como acontecia na fronteira na zona Norte”, vincou o presidente da câmara do Porto, durante a reunião do Executivo desta segunda-feira.

Também o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, considerou que se fez justiça. “Estamos a racionalizar uma fronteira que não era lógica, que tinha sido alterada de forma unilateral pelo Estado”.

Depois de aprovado pelas respetivas assembleias municipais, a alteração da Carta Administrativa Oficial de Portugal segue para a Assembleia da República.

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Generali abre unidade para atacar empresas na Índia

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2025

O foco do governo indiano no desenvolvimento de infraestruturas e o apoio contínuo ao setor industrial motivaram a Generali a entrar no mercado com produtos para empresas.

O Grupo Generali, ao qual pertence a Generali Tranquilidade, estabeleceu no primeiro dia do ano a unidade de negócios Global Corporate & Commercial (GC&C) Índia dentro da Future Generali India Insurance, reforçando assim a sua presença no segmento de seguros corporativos e comerciais que está “em rápido crescimento na Índia”.

O forte foco do governo indiano no desenvolvimento de infraestruturas e o apoio contínuo ao setor da manufatura apresentam uma oportunidade significativa para a Generali entrar no mercado com a sua gama de produtos GC&C”, explicou Rob Leonardi, regional officer da Generali Ásia. “A perspetiva positiva para os próximos anos torna este movimento um investimento estratégico e de longo prazo numa das economias mais dinâmicas do mundo”, afirma.

Segundo comunicado pelo grupo italiano, Shib Shankar Saha foi nomeado head da GC&C Índia e reporta diretamente a Axel Roesner, head da GC&C Ásia.

A nova unidade de negócios está preparada para oferecer soluções de seguros personalizadas para empresas de média e grande dimensão. Entre a sua oferta, encontram-se soluções de seguros de propriedade, responsabilidade civil, linhas financeiras, engenharia, marítimos, cibernéticos e paramétricos para empresas multinacionais e nacionais, bem como serviços de consultoria de risco.

A Generali está confiante que o “vasto conhecimento local da Generali” e a sua ampla rede global vão alavancar a posição da GC&C Índia em apoiar as empresas “num ambiente de negócios em rápida evolução”.

“Como um interveniente de destaque no mercado indiano, já estabelecemos uma forte presença no segmento corporativo e comercial local, e acreditamos que as nossas novas capacidades irão reforçar ainda mais o nosso foco e melhorar a nossa capacidade de subscrever riscos críticos para apoiar o crescimento da nação”, afirmou Anup Rau, MD & CEO da Future Generali India Insurance. “Estamos confiantes de que a GC&C Índia não só aprimorará a nossa proposta de valor para o cliente, como também ajudará a expandir o mercado.”, acrescentou.

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