Inquilinos já podem validar dados para apoio à renda

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Há 46.364 inquilinos para os quais o apoio não é atribuído de forma automática pelo IHRU, estando sujeitos a validação prévia.

O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) disponibilizou a aplicação que permite aos inquilinos proceder à validação prévia dos seus dados para que o apoio à renda lhes seja atribuído ou o valor recalculado.

Em causa está uma funcionalidade – disponível desde esta quinta-feira no Portal da Habitação – sobretudo relevante para aquelas pessoas que são elegíveis para o apoio à renda mas para as quais o apoio não é atribuído de forma oficiosa pelo IHRU, estando sujeito a validação prévia.

Estão neste caso as pessoas que apresentam um valor de rendimentos inferior à renda que pagam ou ainda as situações em que existem desconformidades entre as declarações fiscais do rendimento de rendas do senhorio, as declarações fiscais relativas ao recebimento ou faturação de rendas, as participações dos contratos de arrendamento e as declarações fiscais dos inquilinos.

Segundo dados do IHRU, em resposta à Lusa, há 46.364 inquilinos nesta situação e para os quais o apoio não é atribuído de forma automática pelo IHRU com base na informação que lhe é remetida pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Segurança Social (SS), Caixa Geral de Aposentações (CGA) e Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. (FCT).

Para efetuar esta validação prévia, os inquilinos devem aceder ao “Portal Consulta Cidadão” do Apoio Extraordinário à Renda, efetuar a autentificação no Portal Consulta Cidadão com o Cartão de Cidadão, Chave Móvel Digital ou através do NIF (utilizando a senha de acesso ao Portal das Finanças), para consultar a informação da sua situação.

“Caso não integre o universo de locatários elegíveis e entenda reunir as condições legais de elegibilidade poderá apresentar a sua reclamação e pedido de esclarecimento, corrigindo de seguida os elementos de informação na sua entidade de origem, se aplicável”, indica a informação disponível no Portal da Habitação.

O apoio à renda foi criado pela lei do Mais Habitação, que entrou em vigor em outubro de 2023. Dirige-se a pessoas cujo pagamento da renda de casa lhes exige uma taxa de esforço acima dos 35%, podendo ir no máximo até aos 200 euros mensais.

São elegíveis os contratos de arrendamento existentes até 15 de março para 2023, sendo que o atual Governo aprovou, entretanto, uma alteração à lei que permite a manutenção (ou reingresso) do apoio por parte dos inquilinos que não mudaram de casa nem de senhorio, mas que foram confrontados com uma alteração contratual para aumento de renda – o que, à luz das regras iniciais, era considerado um novo contrato e motivo para perder o apoio.

A Lusa questionou por diversas vezes o IHRU sobre o universo de inquilinos nesta situação, mas não obteve resposta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antiga country leader da Eurofirms lança consultora de recursos humanos iU Talent

Até ao final do ano, a consultora que arranca com foco no recrutamento e seleção, quer recrutar 20 profissionais para a consultora.

Sara Pimpão, antiga country leader da Eurofirms, acaba de lançar com David Sanglas uma consultora de recursos humanos, a iU Talent. Focada em recrutamento e seleção, a consultora pretende expandir a sua atuação para trabalho temporário e outsourcing. Até ao final do ano quer recrutar 20 profissionais para a consultora.

“Somos movidos pelo talento especializado, consultivo e disruptivo, que melhora diariamente e em equipa. Acreditamos que o recrutamento vai muito além de preencher vagas e que criamos impacto real nas empresas e na vida profissional das pessoas”, afirma Sara Pimpão, cofundadora na iU Talent, consultora que a antiga country leader da Eurofirms fundou juntamente com David Sanglas, antigo International Leader e country manager de Itália da Eurofirms.

Com cobertura nacional, a iU Talent diz apostar “num modelo inovador de recrutamento, estando em contacto constante com clientes e candidatos, para garantir processos seletivos ágeis e eficazes, de mãos dadas com a inteligência artificial”, libertando os quadros da consultora para se “focarem no que realmente interessa: o contacto humano e a tomada de decisões estratégicas.”

“O compromisso com os 4 C (candidatos, colaboradores, clientes e colegas) é o que nos faz avançar e, por isso, contamos com a melhor tecnologia. Crescemos em conjunto e somos felizes no nosso local de trabalho, celebrando as conquistas de todos os que nos rodeiam”, afirma David Sanglas, citado em comunicado.

Focada numa primeira fase em recrutamento e seleção, a consultora pretende expandir a sua atuação para trabalho temporário e outsourcing, bem como contratar até ao final do ano mais 20 colaboradores, reforçando a atual equipa de cinco elementos. Procuram administrativos, gestores de operações, comerciais, técnicos de recrutamento, process managers e gestores de clientes. O modelo de trabalho é híbrido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Noruega rejeita criticas de associação portuguesa sobre bacalhau russo

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

A empresa pública, Norwegian Seafood Council, explica que "o aumento dos preços resulta do funcionamento normal dos mercados numa situação em que há menos produto disponível e uma procura elevada".

O Norwegian Seafood Council (NSC), empresa pública que pertence ao Ministério do Comércio, Indústrias e Pescas da Noruega, rejeitou críticas da portuguesa Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) sobre a importação de bacalhau da Rússia.

Em declarações, por escrito, à Lusa, o NSC respondeu a críticas da AIB, que acusou alguns industriais noruegueses de “falta de ética” e “concorrência desleal” devido à “continuação da importação de bacalhau russo pela Noruega, isento de direitos aduaneiros, que é depois reprocessado e exportado para a Europa”, num comunicado divulgado esta quarta-feira.

A associação explicava assim a sua decisão de não participar no seminário “O Futuro do Bacalhau”, que decorreu na quarta-feira, em Lisboa, promovido pelo NSC. “Lamentamos que a AIB e seus associados tenham optado por não estar presentes, mas ninguém tem um ‘lugar garantido’ ou pode reivindicar um espaço para intervenção”, indicou, por sua vez a empresa pública norueguesa.

“Naturalmente, nós, que trabalhamos em nome da indústria de produtos do mar da Noruega, não podemos aceitar diretrizes de uma associação comercial portuguesa que reivindique um lugar no palco”, salientou. O NSC disse que no passado teve “excelentes apresentações da AIB” e que provavelmente continuará “a contar com essas contribuições no futuro”, porque acredita “que a organização da indústria em Portugal deseja manter” um “diálogo contínuo”.

“Os produtos do mar da Noruega e, especificamente, o bacalhau, têm uma tradição secular em Portugal, e queremos continuar a fortalecer essa relação”, salientou. O NSC disse ainda que, no ano passado, se “verificou uma redução das quotas de pesca do bacalhau, uma situação que se prende com gestão de stocks e consequentemente, com a garantia de sustentabilidade e preservação da espécie”.

Para a empresa, “esta gestão é um compromisso base da Noruega, pois é essencial para garantir o futuro do bacalhau”.

“A tendência de redução das quotas mantém-se em 2025 e 2026, de acordo com dados divulgados ontem [na quarta-feira] no seminário ‘O Futuro do Bacalhau'”, sendo que “a partir de 2027 poderemos contar com uma ligeira subida das quotas, resultado do aumento dos stocks“, destacou.

Segundo o NSC, “o aumento dos preços resulta do funcionamento normal dos mercados numa situação em que há menos produto disponível e uma procura elevada”. A empresa disse ainda que, em 2024, a Noruega “exportou 283 mil toneladas para vários países sendo que Portugal foi o destinatário de 38% das mesmas com 110.304 toneladas”.

Em relação às importações da Rússia, “com quem a Noruega partilha a mesma área de pesca, representaram 35 mil toneladas. Por sua vez, Portugal também fez importações diretas da Rússia, com 26 mil toneladas”, assegurou a empresa pública norueguesa.

Já a AIB considera que, com a compra de bacalhau à Rússia pela Noruega, estas empresas estão a financiar a economia russa, “que é atualmente uma economia de guerra”, enquanto as outras indústrias europeias, incluindo as portuguesas, “cumprem rigorosamente as sanções impostas contra a Rússia”.

“A importação de bacalhau russo por parte da Noruega e a sua subsequente exportação para a União Europeia tem graves consequências”, como a distorção de mercado e inflação artificial dos preços, concorrência desleal e quebra de confiança e parcerias abaladas, referiu, no comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista blue Travel volta às bancas este sábado

Bimestral e com um preço de capa de seis euros, a publicação regressa às bancas este sábado, pela mão da Essência Company, editora da Revista de Vinhos, e, no Brasil, também da revista Gula.

A revista blue Travel, editada entre 2003 e 2011, vai ser relançada. A publicação chega às bancas este sábado, pela mão da Essência Company, editora da Revista de Vinhos e, no Brasil, também da revista Gula.

O relançamento da blue Travel é um passo natural dentro da estratégia da Essência Company para consolidar a sua presença no setor editorial. Sempre acreditámos no valor da informação de qualidade e na importância de criar conteúdos que acrescentem valor ao público”, justifica Nuno Guedes Vaz Pires, dono da editora e publisher da revista, recordando que a blue Travel “foi uma referência no jornalismo de viagens e lifestyle, e sentimos que havia espaço e necessidade para o seu regresso”.

O turismo e a cultura são áreas em constante evolução e queremos dar-lhes o destaque que merecem, sempre com o rigor, criatividade e profundidade”, acrescenta.

“Este relançamento insere-se num projeto editorial mais amplo, onde Living, Cooking, Wine e Design desempenham um papel fundamental, reforçando a nossa visão de um jornalismo especializado, atento às tendências e com uma identidade própria”, diz ainda o responsável.

Bimestral, com uma tiragem de 15 mil exemplares e sem avançar objetivos em termos de circulação paga, Nuno Guedes Vaz Pires diz que, em termos de modelo de negócio, a ideia é apostar numa abordagem multiplataforma.

“Para além da edição impressa, teremos um site atualizado diariamente, newsletters, eventos, conteúdos audiovisuais e uma loja online com experiências e produtos selecionados. Esta diversificação permite-nos criar novas fontes de receita e chegar ao público de diferentes formas, garantindo a sustentabilidade do projeto”, aponta.

Nuno Guedes Vaz Pires assume também a direção da revista, que tem Célia Lourenço como editora. O projeto gráfico é de João Oliveira e a equipa, descreve, tem cerca de 15 profissionais, entre jornalistas, fotógrafos, designers, cronistas e especialistas.

Com o lançamento do site previsto para o final de fevereiro, o objetivo é até ao final do ano chegar à televisão e rádio. “Ainda estamos a definir os parceiros de difusão, mas prevemos que os programas sejam lançados ainda este ano. O formato televisivo será focado em viagens, cultura, lifestyle e tendências, enquanto o programa de rádio trará conversas sobre destinos, experiências e novidades do setor”, antecipa.

A ligação às marcas Blue vem dos primeiros anos da revista. “Em 2006 lançamos em conjunto com a blue Media, a revista blue Wine, conhecíamos muito bem o projeto blue”, recorda.

Agora, “o título estava disponível e entendemos que era o momento certo para o trazer de volta. Fizemos um investimento estratégico para recuperar a marca e dar-lhe uma nova vida, mantendo a identidade que a tornou icónica, mas adaptando-a às novas exigências do mercado e às preferências dos leitores de hoje”, refere.

“Parar é viver” é o lema da publicação, que tem um preço de capa de seis euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Super Bock Group investe mais de 80 milhões para atingir neutralidade carbónica até 2030

O grupo cervejeiro vai criar cinco unidades de produção para autoconsumo e comunidades de energia e prevê atingir neutralidade carbónica nas suas fábricas até 2030.

O Super Bocks Group vai investir 80 milhões de euros, ao longo desta década, na descarbonização do grupo, implementando um conjunto de medidas que inclui a modernização de infraestruturas e a criação de cinco unidades de produção para autoconsumo e comunidades de energia. O objetivo da empresa com sede em Leça do Balio é atingir a neutralidade carbónica direta em todas as suas fábricas em 2030.

O investimento foi anunciado esta tarde pelo CEO da empresa, Rui Lopes Ferreira, num evento que contou com a presença do ministro da Economia, Pedro Reis, do Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, do CEO da Greenvolt, João Manso Neto, e do Presidente do Conselho de Administração do Super Bock Group, Manuel Violas. “O nosso roteiro da descarbonização vai permitir alcançar a neutralidade carbónica em todas as unidades até 2030“, adiantou Rui Lopes Ferreira.

“Este é um plano de investimentos claro e muito bem sustentado, que continua a mostrar o nosso compromisso com a sustentabilidade e foi definido após uma rigorosa avaliação da pegada de carbono e hídrica do Grupo. Por isso, priorizamos projetos pluridimensionais que seguem a hierarquia de mitigação”, destacou o líder do grupo de bebidas.

Segundo adiantou o mesmo responsável, além dos esforços para atingir emissões neutras em 2030, a empresa também pretende “intervir no chamado scope 3”, ou seja, reduzir a generalidade das emissões na cadeia de valor.

As emissões indiretas representam cerca de 90% das 450 mil toneladas de CO2 emitidas pelo grupo. “É um maior desafio porque trabalhar nas emissões indiretas exige trabalho com parceiros, fornecedores, clientes”, explicou o CEO do grupo.

Para atingir os seus objetivos, o Super Bock Group está a apostar no uso de energias renováveis, nomeadamente através da instalação de caldeiras de biomassa e painéis solares fotovoltaicos em cinco unidades, que vão produzir energia para autoconsumo e criar comunidades de energia, em parceria com o Grupo Greenvolt.

O plano de descarbonização, que conta com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), prevê a implementação de painéis solares nas unidades de Matosinhos, Santarém e nos Centros de Produção de águas minerais naturais em Pedras Salgadas, Castelo de Vide e Ladeira de Envendos, em parceria com a Greenvolt.

A par disto, o grupo está ainda a substituir o gás natural como fonte de energia e a reduzir resíduos, assim como apostar na automação, na digitalização e investimentos no contexto fabril – smart plant – e no investimento em tecnologia.

Estão ainda previstos dois projetos locais de restauro ecológico e reflorestação, em terrenos contíguos ao Pedras Salgadas Spa & Nature Park e à sua fábrica de cerveja em Leça do Balio (Quinta da Sabina), que, segundo o grupo, vão contribuir para compensar o consumo de água e as emissões de carbono.

Para o CEO do grupo, este investimento mostra que a Super Bock quer “ser a maior empresa de bebidas em Portugal que tem ambição de levar as suas marcas ao mundo de forma sustentada”.

Manuel Violas, chairman do grupo, realçou que este é um “projeto de futuro que demonstra o pioneirismo” que marca a história da empresa, que está prestes a completar 135 anos e que é líder no mercado de bebidas em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acciona, Clece, Menzies e Swissport passam à próxima fase no concurso de handling para os três aeroportos

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2025

Dos seis concorrentes, ficaram de fora a Aviator e Aviapartner, dispondo os candidatos agora de cinco dias para se pronunciarem. O concurso público lançado pela ANAC conta com mais duas fases.

Acciona, Clece, SPdH/Menzies e Swissport. Foram estas as quatro candidatas que passaram à próxima fase do concurso público internacional para a atribuição de licenças de assistência em escala (handling) nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro por um período de sete anos. Aviator e Aviapartner foram desconsideradas.

Os candidatos têm agora cinco dias para se pronunciarem. A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que lançou o concurso público internacional de handling dos três aeroportos em setembro, emitirá então a sua decisão final sobre esta fase do concurso, refere o Jornal Económico.

Segundo o Caderno de Encargos o procedimento conta com três fases (de apresentação das candidaturas e qualificação dos candidatos; de apresentação das propostas e seleção dos concorrentes; e de de atribuição das licenças), sendo que na primeira fase nenhum candidato apresentou ainda a sua proposta. Isso só acontece na segunda fase para os candidatos habilitados, sendo depois as propostas avaliadas conforme os critérios que constam do Caderno de Encargos.

Importa ter em consideração que será selecionado um prestador de serviços com capacidade para assegurar a operação nas três categorias restritas (categoria 3, 4 e 5), bem como nos três maiores aeroportos nacionais (Lisboa, Porto e Faro). Ou seja, é essencial ao bom funcionamento das três infraestruturas aeroportuárias, que o prestador de serviços selecionado tenha experiência de gestão de operações em alguma das categorias restritas, em aeroportos como elevados níveis de tráfego (como é o caso do Aeroporto Humberto Delgado), e em vários aeroportos em simultâneo, uma vez que é precisamente esse tipo de complexidade de operação que está a concurso”, refere a ANAC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PT2020 já apoiou mais de 28 mil empresas. Taxa de execução está nos 103%

Compete lidera execução com taxa de 108%. O único programa que não tem ainda a execução a 100% é a Agricultura. Além dos atrasos históricos teve um reforço de dotação.

O Portugal 2020 atingiu uma taxa execução de 103% no último trimestre de 2024 – 27,6 mil milhões de euros. É no domínio da competitividade que se concentra o maior volume de execução, 8,2 mil milhões de euros, que se traduz num apoio a 28,7 mil empresas, das quais 5,5 mil foi para internacionalizar a sua atividade.

De acordo com o boletim trimestral publicado esta sexta-feira, “a taxa de execução do Portugal 2020 no quarto trimestre situava-se nos 103%”. “No final de dezembro estavam executados 27,6 mil milhões de euros de fundos”, sendo que a dotação do PT2020 é de 26,89 mil milhões. Já a taxa de compromisso ascende a 109%.

Os beneficiários do PT2020 podiam apresentar pedidos de reembolso às autoridades de gestão até 31 de julho do ano passado. Estas, por sua vez, podiam continuar a fazer verificações de gestão, validar despesas e pagá-las e, finalmente, endereçar o último pedido de pagamento à Comissão Europeia.

De acordo com as regras, o encerramento final do PT2020 só acontecerá a 31 de maio de 2025 já depois da realização de auditorias e relatórios finais e aí, sim, será definida a taxa final de execução do Portugal 2020.

Em termos de programas operacionais, o Compete, normalmente conhecido como o programa operacional das empresas, apresenta uma taxa de execução de 108%, a mais elevadas de todas, seguido PO Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, que a par do Centro 2020, do Lisboa 2020 e Madeira 14-20, apresentam uma taxa de execução de 105%.

O único programa que não tem ainda a execução a 100% é o da Agricultura que tem neste quadro registado atrasos históricos, para além de ter tido um reforço de dotação de 1,03 mil milhões. O programa do continente tinha no final de 2024 uma taxa de execução de 98%, mas nos Açores cai para 88% e na Madeira para 81%.

O Capital Humano, historicamente o programa operacional sempre com a mais elevada taxa de execução e de compromisso, já não está na liderança (tem agora 101%), porque muitas das operações já têm enquadramento no Portugal 2030, uma vez que muitos concursos foram lançados ao abrigo do Mecanismo Extraordinário de Antecipação o que permitia que os apoios fossem pagos pelo PT2020 enquanto houvesse disponibilidade financeira e o remanescente já pelo novo quadro comunitário.

Aliás, o Pessoas 2030, o programa que sucedeu ao Capital Humano, apresentava em novembro uma taxa de execução de 15%, ou seja, 851,8 mil milhões de euros. Um valor muito superior a qualquer outro programa. Como um todo, o PT2030 apresenta uma taxa de execução de 4,5%.

Em termos de execução física, o boletim revela que, até ao final do ano passado foram apoiados quase cinco mil projetos de I&D, quase mil startups e mais de 160 mil trabalhadores em formação em contexto empresarial. Foram apoiados mais de 35 mil jovens e adultos em cursos pós-secundário, 8,3 mil bolseiros em ações de formação avançada e mais de 118 mil bolseiros de ação social no ensino superior.

Como o PT2020 ainda não está fechado, no final do ano passado, a Comissão ainda não tinha transferido a totalidade das verbas para Portugal, mas apenas 94%.

“O montante transferido pela Comissão Europeia para Portugal é o sétimo maior no conjunto dos Estados-membros, abaixo da Polónia, Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e França (países com envelopes financeiros superiores ao de Portugal)”, sublinha o boletim trimestral.

“No total, a Comissão transferiu 447,71 mil milhões de euros para os 28 Estados-membros e desse montante 5,6% foi transferido para Portugal”, acrescenta a mesma nota. Ou seja, 25,54 mil milhões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE já admite reduzir tarifas sobre importações de carros americanos

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2025

União Europeia quer evitar guerra comercial com Donald Trump e está disponível para cortar taxas alfandegárias. Informação está a ser avançada pelo Financial Times.

A União Europeia (UE) irá propor cortes nas taxas alfandegárias sobre as importações de automóveis dos EUA como parte de um acordo para evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos, noticia esta sexta-feira o Financial Times (acesso pago).

Bernd Lange, que liderou o comité de comércio no Parlamento Europeu e é uma fonte próxima no processo, disse ao jornal britânico que o bloco estava disposto a reduzir o imposto de importação de 10% para mais perto dos 2,5% cobrados pelos EUA.

“Podemos tentar chegar a um acordo antes de aumentar os custos e as tarifas”, referiu. Neste sentido, a União Europeia poderia disponibilizar-se para comprar mais gás natural liquefeito e equipamento militar dos EUA, “além de procurar reduzir as tarifas para os automóveis”, acrescentou.

Esta seria uma das formas de reduzir o excedente comercial da União Europeia com os EUA e, segundo o Financial Times, a indústria automóvel europeia apoia a medida, uma vez que o setor teme que Donald Trump cumpra a sua ameaça de impor tarifas.

O presidente dos EUA anunciou, na sexta-feira passada, que planeia avançar com taxas aduaneiras “muito significativas” para a UE. Na sala oval, em declarações aos jornalistas, Donald Trump avisou que a decisão de impor tarifas à UE era “absoluta.

A promessa surge depois de o presidente norte-americano ter lançado duras críticas a Bruxelas, sobretudo pela fiscalidade e burocracia associada ao investimento estrangeiro.

Do ponto de vista dos Estados Unidos, a UE trata-nos muito mal. Têm impostos altos”, afirmou Donald Trump, no Fórum Económico Mundial, através de videoconferência a partir de Washington D.C. “Amo a Europa. Amo os países da Europa, mas tratam-nos de forma injusta”, criticou.

(Notícia atualizada às 17h29)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra da Juventude e Modernização participa na cimeira de IA de Paris

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Cerca de uma centena de países deverão participar na cimeira mundial de inteligência artificial de Paris, que decorre entre segunda e terça-feira, com os EUA serem representados pelo vice-presidente.

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, vai participar na cimeira de inteligência artificial (IA) de Paris, confirmou esta sexta-feira à Lusa fonte oficial do ministério.

Cerca de uma centena de países deverão participar na cimeira mundial de inteligência artificial de Paris, que decorre entre segunda e terça-feira, com os Estados Unidos a serem representados pelo vice-presidente J.D. Vance. A cimeira será uma oportunidade de compromisso conjunto para desenvolver a ciência, soluções e padrões que garantam que a tecnologia serve o fundamental interesse público, de acordo com um comunicado da presidência francesa.

A IA tem um “potencial incrível e pode resolver muitos problemas muito complexos, procurando novas terapias, prevendo perigos climáticos e descobrindo novas correlações científicas através da análise de grandes conjuntos de dados”, segundo a iniciativa francesa. A cimeira deverá também “permitir progressos para abrir o acesso à inteligência artificial independente, segura e fiável a muitos, para que todos, independentemente da sua origem e conhecimento da tecnologia, a possam adotar e beneficiar dela”, lê-se no comunicado.

Com o objetivo de “reduzir a crescente exclusão digital no contexto da concentração excessiva no mercado de inteligência artificial, nas mãos de alguns atores privados, esta cimeira procurará também demonstrar os benefícios tangíveis e quotidianos que pode trazer para todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com base em projetos já trabalhados por empresas privadas e governos em todo o mundo”.

E deverá também promover “uma iniciativa de grande escala para a inteligência artificial de interesse público, para criar um ecossistema mais diversificado, aberto e acessível para todos”. Pretende-se também desenvolver sistemas de IA mais económicos e ecológicos para fazer face à transição climática e energética.

“Embora a inteligência artificial possa ajudar a combater o aquecimento global e a proteger os ecossistemas, encontra-se atualmente numa trajetória insustentável no que diz respeito à utilização de energia, especialmente em termos de consumo de energia fóssil”, refere o comunicado.

“As últimas previsões sugerem que as necessidades energéticas do setor da inteligência artificial serão dez vezes superiores em 2026 do que em 2023”, o que é insustentável.

Em resposta, a cimeira deve permitir que todos os tipos stakeholders [partes interessadas], de todos os países, se comprometam” com uma IA mais sustentável, o que significa “compromissos de utilização de energia com baixo carbono, investigação aprofundada sobre o impacto ambiental do desenvolvimento da IA e maior investimento verde, entre outros.

Além disso, esta cúpula de IA deve “garantir que a governação global da inteligência artificial é eficaz e inclusiva”. Todos os líderes internacionais devem poder discutir todas as preocupações suscitadas pela IA: “Não apenas questões essenciais de ética e segurança, mas também as de proteção das liberdades fundamentais, de combate à desinformação, de salvaguarda da propriedade intelectual, de combate à concentração de mercado e de garantia de acesso aos dados”, refere o comunicado.

Em setembro, as Nações Unidas esboçaram uma visão para esta governação global da IA num Pacto Digital Global. “Queremos agora ajudar a implementar as suas recomendações”, salienta França.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mondlane promete fundar novo partido político em Moçambique este ano

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

"Este ano vamos apresentar o nosso próprio partido. Já chega de dar boleias a 'penduras'", declarou o político moçambicano, após divergências com o partido Podemos.

O ex-candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane anunciou esta sexta-feira que vai criar o seu próprio partido, após o anúncio do fim da relação com o Podemos, com o qual teve um “acordo político” para as eleições de outubro passado.

“Este ano vamos ter o nosso próprio partido”, declarou Mondlane, sem avançar mais detalhes, falando em cima da cabine de uma viatura, perante milhares de pessoas, no centro de Chibuto, na província de Gaza, sul de Moçambique.

Em causa estão divergências entre Mondlane e a direção do partido Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), uma força política que viu a sua popularidade aumentar desde o anúncio, a 21 de agosto de 2024, do apoio à candidatura do político nas presidenciais de 9 de outubro.

“Este ano vamos apresentar o nosso próprio partido. Já chega de dar boleias a ‘penduras'”, declarou o político moçambicano, aplaudido por milhares de simpatizantes que o acompanharam pelas ruas de um dos principais distritos de uma província considerada o “bastião” do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

O “acordo político” entre Mondlane e o Podemos aconteceu pouco tempo depois de o político ter tido a sua Coligação Aliança Democrática (CAD) rejeitada pelo Conselho Constitucional por “irregularidades”.

Nas eleições de 9 de outubro, o Podemos, que nunca teve um deputado no parlamento desde a sua criação (2019), tornou-se o maior partido da oposição em Moçambique, tirando um estatuto que era da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), desde as primeiras eleições multipartidárias, em 1994.

No novo parlamento, dos 250 assentos, o Podemos tem 43, a Renamo 28 e o MDM oito, tendo a Frelimo, no poder desde a independência, a maioria parlamentar, com 171 deputados. Na terça-feira, o assessor de Mondlane, que já passou pelos três principais partidos políticos em Moçambique, anunciou o fim da relação com o Podemos, acusando aquela formação política de “vender a luta do povo”.

“Como, para nós, nem tudo na vida é dinheiro e posições, em respeito à dor de milhares de moçambicanos que pagaram com seu sangue, membros mutilados, sequestros, execuções sumárias e extrajudiciais ou ainda privação de liberdade, renunciamos [a] todos os direitos e prerrogativas a favor do partido Podemos”, lê-se num documento do autointitulado “Gabinete do Presidente Eleito pelo Povo”, assinado por Dinis Tivane, assessor de Mondlane.

No documento, o Podemos é acusado de adulterar o acordo político que existia entre as duas partes e critica-se o facto de o partido integrar a mesa de diálogo para o fim da crise pós-eleitoral que está a ser promovida pelo Presidente da República, Daniel Chapo, sem apresentar ao público “uma agenda concreta ou propor termos de referência”.

O porta-voz do Governo e ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, apelou esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa em Maputo, a que Mondlane seja parte do processo de pacificação do país, mas salientou que não se pode esperar que o político “seja convocado [ao diálogo] como se fosse um representante de um partido”, acrescentando: “O que sabemos é que ele não é de nenhum partido”.

Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas, primeiro, por Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo.

Atualmente, os protestos, em pequena escala, têm ocorrido em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e outros problemas sociais. Desde outubro, pelo menos 327 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 750 foram baleadas durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Croqueteria apresenta rebranding pela mão da Judas

  • + M
  • 7 Fevereiro 2025

A par do rebranding, a Croqueteria lançou também um novo website e abriu uma nova loja em Alvalade.

A agência Judas foi a responsável pelo rebranding da Croqueteria, que apresentou uma nova identidade de marca e assinatura “o resto é conversa”. Já presente com um espaço no Time Out Market, a marca abre agora também uma nova loja em Alvalade, em Lisboa.

“A Judas sendo Judas, claro que entregou um resultado incrível. Uma marca mais rica e mais atual, representada por um novo logótipo que celebra a nossa relação de longa data com a mostarda, e assinada pelo conceito ‘O resto é conversa’ que celebra a nossa qualidade incomparável e também o que os clientes sempre esperam da Croqueteria: uma boa desculpa para pôr a conversa em dia, ao sabor de um croquete e de uma imperial”, diz Zé Catalão, consultor criativo e estratégico da Croqueteria, citado em comunicado.

Um dos principais motivos que levou a este rebranding, segundo o responsável, passou por “fazer crescer a Croqueteria de forma coerente“, uma vez que a marca gostava de espalhar a sua “nova forma de estar” e o conceito de loja de Alvalade “por mais bairros e locais clássicos pelo país fora”.

A par do rebranding, a Croqueteria lançou também um novo website dedicado às encomendas de croquetes congelados, com entrega em Lisboa, para complementar a app já existente, refere-se em nota de imprensa.

A estes canais de entrega de congelados, junta-se ainda a opção “pronto a comer” disponível na área reservada Glovo do Time Out Market, que no futuro será alargada à presença própria da marca nestas plataformas.

A nova loja em Alvalade foi “criada de raiz” de acordo com a nova marca e conceito e desenhada para “proporcionar uma experiência mais intimista, bairrista e descontraída” aos clientes”, experiência que também foi transportada para a loja do Time Out Market, através do redesign do espaço de “fio a pavio”.

O projecto de arquitectura e de decoração de ambas as lojas esteve a cargo do atelier Matte Interior Design e as obras a cargo de Manuel Moura. Os espaços contaram ainda com uns toques de iluminação/decoração criados em parceria pela marca Casca Grossa e pelo atelier Mitó Creative Site.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Von der Leyen pede que UE “gaste melhor e em conjunto” em nova era da Defesa

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

"A Europa precisa de um aumento da defesa. A guerra moderna exige escala, tecnologia e coordenação", disse a presidente da Comissão Europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu esta sexta-feira que a União Europeia (UE) está a entrar numa “nova era” em relação à defesa, pedindo aos 27 Estados-membros que “gastem melhor e em conjunto”.

“Este novo ciclo político marca o início de uma nova era na defesa europeia”, disse a líder do executivo comunitário numa conferência de imprensa na cidade polaca de Gdansk, onde o colégio de comissários da Comissão Europeia se encontra desde quinta-feira para a habitual viagem da presidência rotativa do Conselho, desta vez ocupada pela Polónia.

Em declarações junto ao primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e quando a presidência semestral polaca se centra na questão da segurança, Ursula von der Leyen apontou, nestes quase três anos de guerra na Ucrânia na sequência da invasão russa, que a UE acelerou a sua produção militar.

Mas, frisou, “isso não é suficiente”, e exortou os 27 a “fazerem mais, mais do que nunca, gastar mais, gastar melhor e gastar em conjunto” em defesa. “Porque a Europa precisa de um aumento da defesa. A guerra moderna exige escala, tecnologia e coordenação – demasiado grande para que qualquer um dos nossos Estados-membros a possa gerir sozinho”, sublinhou.

Ursula von der Leyen admitiu serem necessários mais fundos na UE, tanto públicos como privados, bem como “maior cooperação para melhorar a interoperabilidade e reduzir os custos e legislação mais simples como em matéria de contratos públicos e mais inovação”.

A política alemã defendeu o “aumento do financiamento comum”, recordando ainda estar aberta a explorar a possibilidade de “dar mais espaço aos orçamentos nacionais” para este efeito, estudando agora um alívio dos apertados tetos das regras orçamentais comunitárias para despesas com defesa.

Reunidos informalmente na segunda-feira em Bruxelas, os líderes da União Europeia pediram à Comissão Europeia para analisar como aliviar as apertadas regras orçamentais para permitir investimentos em defesa, pedido que será estudado devido aos atuais “tempos extraordinários”, disse Ursula von der Leyen nesse dia.

Na segunda-feira decorreu na capital belga o primeiro retiro de líderes da UE, iniciativa criada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, para debates mais informais entre os chefes de Governo e de Estado europeus. O primeiro encontro foi focado na área da segurança e defesa.

Para meados de fevereiro, está prevista a apresentação do programa de trabalho da Comissão Europeia para 2025, bem como uma comunicação da instituição sobre o caminho a seguir para o próximo Quadro Financeiro Plurianual, enquanto em meados de março será publicado um Livro Branco sobre o Futuro da Defesa Europeia.

Cálculos da Comissão Europeia divulgados em junho passado revelam que são necessários investimentos adicionais na defesa de cerca de 500 mil milhões de euros durante a próxima década.

A Polónia, país vizinho da Ucrânia, assume desde 1 de janeiro passado e até 30 de junho próximo a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, com atenções focadas na segurança do bloco comunitário, numa altura de incertezas e de desafios geopolíticos causados por conflitos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.