Exportações de componentes automóveis caem 3,8% até junho

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

"A tendência de queda da produção para o mercado externo continua a ser negativa”, indica AFIA. As “encomendas provenientes da Europa continuam a ser menores do que foram no ano anterior”, acrescenta.

As exportações de componentes automóveis caíram 3,8% no primeiro semestre deste ano, para 6.400 milhões de euros, em termos homólogos, devido à “queda das vendas da indústria europeia”, adiantou a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel. Num comunicado, divulgado esta sexta-feira, a entidade deu conta ainda de uma queda, no mês de junho, face ao período homólogo, de 11% para 1.000 milhões de euros.

“A tendência de queda da produção para o mercado externo continua a ser negativa”, explicou, indicando que as “encomendas provenientes da Europa continuam a ser menores do que foram no ano anterior”.

Desta forma, “as exportações de componentes nacionais para a indústria automóvel totalizaram em junho 1.000 milhões de euros, registando uma derrapagem de 11% face ao mesmo mês do ano passado”, sendo que no acumulado das exportações até junho, o setor atingiu os 6.400 milhões de euros, uma diminuição de 3,8% em comparação com o mesmo período de 2023.

“Este comportamento é essencialmente determinado pela queda das vendas da indústria europeia”, destacou, indicando que representa 88,5% das vendas, e, com uma queda de 5,1%, condiciona “a produção da indústria nacional de componentes”, disse a AFIA. Segundo a associação, “Espanha continua a liderar a lista dos principais destinos dos componentes fabricados em Portugal, registando uma quota de 27,9%, seguida da Alemanha e França com 23,4% e 8,3%, respetivamente”.

A associação referiu, no entanto, que as exportações de componentes automóveis se mantêm responsáveis por 16% das exportações nacionais de bens transacionáveis.

Estes resultados deixam-nos pouco otimistas em relação aos tempos que se aproximam, reforçando a necessidade de rever em baixa as expectativas de crescimento que tínhamos inicialmente previsto para 2024”, disse o presidente da AFIA, José Couto, citado na mesma nota. Segundo o dirigente associativo, “esta situação afeta toda a Europa, logo por arrasto afeta Portugal”, porque o país está dependente da produção europeia.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 50 milhões

  • ECO
  • 9 Agosto 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 50 milhões de euros, depois de no último sorteio não ter havido vencedor.

O novo sorteio do Euromilhões decorreu esta sexta-feira, com jackpot de 50 milhões de euros depois de nenhum apostador ter acertado na chave da última terça-feira. Já o segundo prémio (121.482,33 euros) saiu em Portugal.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 9 de agosto:

Números: 21, 23, 25, 33 e 44

Estrelas: 4 e 10

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Confagri pede “solução equitativa e justa” para a destilação

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

O secretário-geral da Confagri defende ser urgente encontrar uma solução que consiga colmatar os prejuízos que as regiões irão sofrer, “de forma a abranger as características específicas de cada uma".

A confederação das cooperativas agrícolas pediu esta sexta-feira uma “solução justa” para a destilação de crise, notando que os 15 milhões de euros em causa têm de ser distribuídos de acordo com as especificidades de cada região.

“Tendo acompanhado, de perto, a preocupação da Fenadegas [Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal] nos últimos meses em relação aos excedentes de vinho, a Confagri [Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal] não pode deixar de considerar que a distribuição dos 15.000.000 euros autorizados para a destilação de crise tem de ser feita de forma mais equitativa e justa”, apontou, em comunicado.

Para a Confagri, esta distribuição deve compreender as especificidades de cada região e as dificuldades dos produtores. A confederação pediu ainda que não exista uma discriminação negativa entre regiões e produtores, lembrando que todos pagam quotas ao IVV – Instituto da Vinha e do Vinho.

Citado na mesma nota, o secretário-geral da Confagri, Nuno Serra, defendeu ser urgente encontrar uma solução que consiga colmatar os prejuízos que as regiões irão sofrer, “de forma a abranger as características específicas de cada uma”. Para Nuno Serra, existem “condições suficientes e ao alcance do Governo” para garantir um valor mais justo e equitativo, relembrando que a dotação total do apoio pode ser majorada em 200% pelo Estado.

A Fenadegas contestou o preço pago pelo litro de vinho destilado, notando ser um “total desrespeito” pelas denominações de origem, e antecipou a revolta dos agricultores. Na quinta-feira, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, disse que não quer “andar a pôr as regiões umas contra as outras” devido ao preço por litro da destilação do vinho, admitindo que há diferenças na produção.

“Eu não quero andar aqui a pôr as regiões umas contra as outras, mas é verdade que a produção de vinho numa região é diferente da de outra região”, referiu o governante, que falava aos jornalistas em Matosinhos. “Se perguntar a uma região se aceitava que o que ela paga e que está cativado pudesse ir para outra, tenho dúvidas que houvesse essa aceitação e é impossível termos um algoritmo que traduzisse com absoluta justiça” aquilo que é “o preço por litro”.

A Comissão Europeia anunciou, em julho, a atribuição de 15 milhões de euros da União Europeia (UE) para apoiar produtores de vinho portugueses com graves perturbações do mercado, num ‘bolo’ total de 77 milhões de euros para quatro países. Em comunicado, o executivo comunitário disse ter proposto aos Estados-membros, que o aceitaram, a mobilização de 15 milhões de euros da reserva agrícola da UE para “apoiar produtores de vinho portugueses que enfrentam graves perturbações do mercado”.

Este montante insere-se dentro de uma soma total de 77 milhões de euros que também apoiará agricultores dos setores frutícola, hortícola e vitivinícola da Áustria, da República Checa e da Polónia, recentemente afetados por acontecimentos climáticos adversos sem precedentes, acrescenta a instituição, sendo que os quatro países em causa podem complementar este apoio da UE até 200% com fundos nacionais.

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Governo português exige libertação “imediata” de ex-governador luso-venezuelano

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

Paulo Rangel afirma que Dávila Barrios foi detido "de modo arbitrário e com saúde precária" e exige a "libertação dos opositores políticos detidos".

O Governo português exigiu esta sexta-feira às autoridades venezuelanas “a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios, político da oposição e ex-governador do Estado de Merida, com nacionalidade portuguesa”.

Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros português afirma que “Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE”. No texto, Paulo Rangel afirma que Dávila Barrios foi detido quinta-feira, “de modo arbitrário e com saúde precária”.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse à Lusa que dois luso-venezuelanos se encontram detidos na Venezuela devido à sua participação em manifestações contra Nicolás Maduro, estando o Governo português a acompanhar o caso.

Trata-se de um homem e uma mulher que foram detidos durante esta semana, quando participavam em atos que “o regime considera ilegais”, afirmou José Cesário. Os detidos têm nacionalidade venezuelana e portuguesa, sendo, para já, os únicos detidos de que o Governo tem conhecimento.

Entretanto, fonte familiar disse à Lusa que foi detido um outro luso-venezuelano, um jovem que se encontra numa dependência policial na localidade de Puerto Cabello, estado de Carabobo (centro-norte do país), depois de ter sido apanhado pela polícia, juntamente com outras pessoas, durante uma manifestação pacífica de contestação aos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, vive uma crise eleitoral após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter atribuído a vitória a Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de cerca de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.

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Tribunal admite que Ricardo Salgado está impossibilitado de depor face ao Alzheimer

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

A posição consta de um despacho num processo cível do Estado contra o ex-banqueiro e a sua mulher, na sequência da coima de 3,7 milhões de euros aplicada pelo Tribunal da Concorrência.

O tribunal cível de Cascais reconheceu que o antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado, não está em condições de depor em audiência de julgamento devido à doença de Alzheimer que lhe foi diagnosticada.

A posição consta de um despacho num processo cível do Estado contra o ex-banqueiro e a sua mulher, na sequência da coima de 3,7 milhões de euros aplicada pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão. Neste caso, o Ministério Público (MP) tinha pedido para serem prestadas declarações de parte pelos réus – um meio de prova que visa a confissão judicial.

Confirma-se a impossibilidade do réu em comparecer em tribunal por motivo de doença a fim de prestar depoimento de parte, não tanto por razões físicas, uma vez que a sua deslocação e presença em audiência de julgamento é possível – ainda que careça de ajuda de terceiras pessoas que o auxiliem em termos materiais (…) –, mas antes em termos de utilidade e finalidade deste meio de prova”, pode ler-se no despacho de julho do tribunal de Cascais.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, o MP entendia que, apesar de os relatórios das perícias neurológicas a que o ex-banqueiro foi sujeito reconhecerem a existência da doença e o seu previsível agravamento, continuava a haver interesse na produção de prova em audiência, uma vez que o depoimento seria livremente aproveitado pelo tribunal.

No entanto, o tribunal salientou que a valorização desse depoimento enquanto meio para uma confissão só seria possível se as declarações fossem inequívocas e sem vícios.

Destacou também que as avaliações médicas realizadas não garantiam que as declarações fossem totalmente fidedignas perante a degradação cognitiva de Ricardo Salgado, que, segundo uma das perícias citadas no despacho, apresenta um quadro de “demência moderada”, o segundo estádio de doença mais grave entre quatro possíveis e que prevê a dependência de terceiros para algumas atividades básicas.

“Entende-se que a situação de saúde comprovadamente apresentada pelo réu constitui um motivo válido e suficiente para concluir pela impossibilidade do depoimento de parte ser prestado em sede de audiência de julgamento”, refere o documento, que, por outro lado, autorizou o depoimento da mulher, Maria João Salgado, e agendou a audiência de julgamento para 20 de novembro.

Ricardo Salgado, de 80 anos, foi condenado em junho a seis anos e três meses de prisão no Caso EDP por corrupção e branqueamento. Além desta condenação, o ex-banqueiro viu também ser-lhe aplicada uma pena de oito anos de prisão no processo separado do caso Operação Marquês por abuso de confiança, estando as duas decisões em fase de recurso.

A defesa do ex-banqueiro impediu a prestação de declarações em julgamento nos dois casos, apesar de Salgado ter comparecido quando foi chamado pelo Juízo Central Criminal de Lisboa. O ex-presidente do BES e do GES é ainda arguido em vários processos-crime, tendo já sido acusado pelo MP no caso BESA, no processo do saco azul do GES, no caso de corrupção ligado ao Banco do Brasil e no processo das ligações do GES à Venezuela.

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#1 Liga Portugal 24/25, e abre-se a porta

A Liga Portugal 24/25 arranca esta sexta-feira em Alvalade com o Sporting/Rio Ave. O que se pode esperar deste campeonato nacional de futebol?

É hora de vestir a camisola, o cachecol e discutir com os amigos sobre futebol. Saudades? Hoje, depois de um belo dia na praia ou trabalho, voltamos a dar as boas-vindas à Liga Portugal, que começa com o Sporting x Rio Ave a dar o pontapé-de-saída. Os leões querem naturalmente defender o título e também dar uma resposta à derrota complicada frente ao FC Porto na Supertaça. Já o Rio Ave procura surpreender. Esta é uma breve antevisão sobre a Liga Portugal 2024/25, especialmente no que toca ao Campeão, Equipa e Jogador a terem em conta. Vamos a isso!

4 Cantos da Liga Portugal 24/25

Campeão: Sporting

70 anos depois, podemos ter o Sporting novamente bicampeão. Na conferência de imprensa de antevisão, Rúben Amorim voltou a reforçar que esse é o objetivo e certamente vai lutar por isso. Terá pela frente um FC Porto de Vítor Bruno (mudança estrutural, mas já ganhou uma guerra) e o SL Benfica de Roger Schmidt, que teve um ano complicado e foi ao mercado.

Entre os três grandes, o Sporting é talvez de momento a equipa mais consolidada. Vem de ser campeão (desenvolve positivamente a relação jogadores-adeptos), continua com Rúben Amorim e um 11 muito semelhante ao ano passado, com dinâmicas trabalhadas. Há pressão também. É importante dizer que a Liga Portugal é uma prova fundamental em consistência e ainda não se viu praticamente nada dos três. Portanto, adivinhar o campeão é uma tarefa difícil e tudo pode mudar rapidamente.

Equipa a ter debaixo de olho: Vitória SC

Desde que Rui Borges assumiu o comando técnico do Vitória SC, a equipa fez seis jogos. Ganhou os seis, marcou 14 golos e não sofreu nenhum (!). Leva pouco tempo de trabalho, mas já mostra resultados (sobretudo com maior personalidade no panorama ofensivo) e será interessante perceber se mantém o bom nível no campeonato. Recordar que Rui Borges estreou-se como treinador na Primeira Liga somente na temporada passada e também registou um belo trabalho, ao serviço do Moreirense. O primeiro jogo do Vitória SC é fora de casa frente ao Arouca no dia 12 de agosto (segunda-feira) pelas 20h15. Acrescento também o FC Porto de Vítor Bruno, devido à reestruturação interna, estreia como treinador principal e já com uma conquista. Na Supertaça, fez uma leitura muito boa do jogo ao intervalo e teve muita influência no resultado.

Jogador a ter debaixo de olho: Gianluca Prestianni

Há muitos jogadores que poderiam estar nesta categoria, como por exemplo Geovany Quenda (Sporting), Rodrigo Mora e Vasco Sousa (FC Porto) que dão sinais de crescimento a olhos vistos e com aposta dos seus treinadores. Isto falando nos três grandes. Destaco Gianluca Prestianni, jovem extremo argentino de 18 anos, pelo que fez nos últimos jogos.

Passou de um jogador sem espaço e em vias de ser emprestado para um dos melhores jogadores da pré-temporada. Assumiu e convenceu. Deu que falar e mostrou que pode acrescentar muito ao Benfica, que ainda está a definir algumas dinâmicas ofensivas. Pode ganhar estatuto. Recordar que chegou na temporada passada e, em 2023/24, apenas fez um jogo pela equipa principal das águias.

Antevisão ao jogo inaugural Sporting x Rio Ave

Rúben Amorim e Luís Freire, dois treinadores interessantes, vão se enfrentar no primeiro jogo da Liga Portugal 2024/25. Nesta temporada, observou-se uma nova nuance do Sporting: dois alas ao mesmo tempo para dar maior alento ofensivo, porém ainda falta aprimorar a organização defensiva. E em relação ao adversário Rio Ave que se reforçou neste mercado, Ruben Amorim acredita que pode haver surpresas e destacou a saída a quatro e as bolas paradas. Como foi referido, o Sporting procura dar uma resposta e esta é a noite para isso: começar o campeonato com o pé direito é fundamental. Mencionar que o Sporting não perde com o Rio Ave há oito jogos (cinco vitórias e três empates). Que comecem os jogos.

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Governo cria grupo de trabalho para melhorar qualidade do ar

O grupo tem 18 meses para desenvolver um plano de ação que mitigue "a exposição da população a altos níveis de dióxido de azoto". Portugal foi condenado, em 2023, por "uma década em incumprimento".

O Governo criou um grupo de trabalho para melhorar a qualidade do ar nas áreas do país que “registam níveis elevados de dióxido de azoto e excedem os limites estabelecidos pela legislação europeia e nacional”. Este grupo tem um prazo de 18 meses para desenvolver um plano de ação depois de Portugal ter sido condenado, em 2023, por “uma década em incumprimento“.

Numa iniciativa conjunta dos ministérios do Ambiente e Energia, da Coesão Territorial e das Infraestruturas e Habitação, esta medida surge como “resposta à urgente necessidade de mitigar os níveis de poluição atmosférica nas zonas mais afetadas”, detalha a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

Entre os principais objetivos deste grupo de trabalho estão a elaboração e desenvolvimento de planos de qualidade do ar, assim como a identificação de novas ações de modo a cumprir os objetivos de qualidade do ar no mais curto espaço de tempo.

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Caso EDP. Defesa de Ricardo Salgado também recorre para a Relação e pede absolvição

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

Face ao diagnóstico de doença de Alzheimer que foi reconhecido por perícias médicas, a defesa invoca ainda a nulidade do julgamento e a extinção/arquivamento do processo.

A defesa do ex-banqueiro Ricardo Salgado apresentou no Tribunal da Relação de Lisboa o recurso da condenação a seis anos e três meses de prisão no Caso EDP, reclamando a absolvição do antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES).

Segundo o recurso enviado esta semana e a que a Lusa teve hoje acesso, os advogados de Ricardo Salgado exigem a revogação do acórdão do Juízo Central Criminal de Lisboa, que, em junho, considerou o ex-banqueiro culpado dos crimes de corrupção ativa e branqueamento. Porém, face ao diagnóstico de doença de Alzheimer que foi reconhecido por perícias médicas, a defesa invoca ainda a nulidade do julgamento e a extinção/arquivamento do processo.

Para os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce, a decisão de condenar Ricardo Salgado neste processo representa “um exercício completamente arbitrário” por parte do tribunal, ao considerar que os juízes assentaram a tese de corrupção do ex-ministro da Economia Manuel Pinho pelo ex-banqueiro “em pré-juízos totalmente especulativos sem qualquer base probatória mínima”.

Não há nota de qualquer intervenção – direta ou indireta – nos processos decisórios relativos às matérias que o tribunal decidiu ‘eleger’ como fundamento da alegada corrupção”, pode ler-se no documento, em alusão à alegada intervenção de Salgado sobre Manuel Pinho nos processos ligados à Herdade da Comporta, ao projeto do Pinheirinho, à operação da Brisa ou à candidatura para a Ryder Cup.

Sobre o suposto pacto corruptivo estabelecido com o ex-governante aquando da saída deste para o Governo, em 2005, que o tribunal considerou provado e alicerçado no pagamento de 500 mil euros e nas transferências mensais de cerca de 15 mil euros para uma conta offshore ligada a Manuel Pinho, o recurso contesta a interpretação do tribunal sobre a prova indireta e que a existência de “dúvida razoável” sobre esta matéria deveria levar à absolvição.

“A presunção ‘imediata’ que o tribunal faz de que as transferências da esfera do GES para a esfera do arguido Manuel Pinho só podem corresponder à execução de um pacto corruptivo, não tem qualquer solidez e é, manifestamente, abusiva”, referem. O documento deixa ainda duras críticas aos juízes do julgamento por uma “total desconsideração da situação clínica” de Ricardo Salgado.

A defesa do ex-banqueiro, de 80 anos, assegura que o silêncio por parte do arguido no tribunal “não foi uma opção livre e consciente do próprio”, mas sim uma consequência da doença de Alzheimer, e apontou uma “saga justiceira imparável” contra Salgado, com violações da Constituição e da Convenção Europeia dos Direitos do Homem.

O tribunal tentou passar a ideia de que há uma espécie de ‘alzheimerzinho’”, pode ler-se no documento, que acrescenta: “Não podendo exercer a sua defesa de forma plena e sem limitações em face da sua doença, não poderia ter sido submetido a qualquer julgamento. Ao não ter entendido assim, o tribunal julgou uma pessoa que não se pode defender e violou, manifestamente, os mais elementares direitos e garantias fundamentais de defesa”.

Também esta sexta-feira foi conhecido o recurso do ex-ministro Manuel Pinho sobre este processo, no qual foi condenado a uma pena de 10 anos de prisão por corrupção passiva, fraude e branqueamento. O acórdão ditou ainda a condenação da sua mulher, Alexandra Pinho, a uma pena suspensa de quatro anos e oito meses por fraude e branqueamento.

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Avião cai no interior do estado brasileiro de São Paulo

  • Lusa e ECO
  • 9 Agosto 2024

A aeronave , com 61 pessoas a bordo, despenhou-se às 17:25, em Lisboa, no município brasileiro de Vinhedo, no Estado de São Paulo. Lula da Silva confirmou que não havia sobreviventes.

Um avião caiu esta sexta-feira no interior do estado brasileiro de São Paulo. Na informação inicial, o presidente Lula da Silva confirmou que não havia sobreviventes entre os 58 passageiros e quatro tripulantes que seguiam na aeronave ATR-72 que se despenhou numa zona residencial.

A companhia aérea Voepass Linhas Aéreas corrigiu, entretanto, que o voo COO 2283 tinha 57 passageiros e não 58 como foi avançado. A Voepass acrescentou que todos os sistemas do aparelho estavam “aptos para a realização da operação”.

A avião bimotor despenhou-se às 13:25 (17:25 em Lisboa) no município brasileiro de Vinhedo, no Estado de São Paulo, enquanto fazia o trajeto entre o aeroporto de Cascavel, no estado do Paraná, e Guarulhos, estado de São Paulo. Em menos de dois minutos, o avião caiu cerca de 17 mil pés. Na zona residencial de Vinhedo não há vítimas a registar.

Marcelo Rebelo de Sousa, segundo uma nota publicada no site da Presidência, já enviou uma mensagem de “solidariedade e pêsames” a Lula e um “abraço fraterno e de sentimentos pela perda de tantas vidas humanas”.

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro lamentou “profundamente” o acidente aéreo, segundo uma publicação na rede social X (antigo Twitter).

(Notícia atualizada às 22h11 com mais informação)

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Pesca. Embarcações vão poder ter mais de 40% de tripulantes migrantes

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

"Aquilo que pretendemos é tirar partido da economia do mar", justifica o ministro. Assim, as regras passam a permitir que os proprietários das embarcações não "sejam multados" por ter mais migrantes.

O ministro da Agricultura esclareceu esta sexta-feira que a flexibilização das regras aprovadas em Conselho de Ministros, na quinta-feira, possibilitará que as embarcações de pesca possam ter mais de 40% de tripulantes imigrantes desde que “devidamente justificado”.

Temos tido embarcações que têm sido multadas porque têm um número de não nacionais em termos percentuais superior àquilo que a lei permite. Aquilo que pretendemos é tirar partido da economia do mar, das nossas potencialidades e darmos competitividade às nossas embarcações e permitir que possam ir para o mar sem que os respetivos proprietários sejam multados”, explicou José Manuel Fernandes, à entrada para um encontro com membros da Associação de Armadores de Pesca do Norte, em Vila do Conde.

Para que as embarcações tenham mais de 40% de tripulantes imigrantes é, no entanto, necessário “provar que não há mão-de-obra disponível localmente para poder fazer esse trabalho”. “Neste momento, infelizmente, não temos a mão-de-obra que devíamos ter em vários setores, nomeadamente, no [setor] primário, por isso é que também estamos à procura de atrair jovens pescadores”, afirmou o governante.

Questionado sobre o reconhecimento das células marítimas dos tripulantes imigrantes, o ministro assegurou ser uma das preocupações do Governo e que a alteração legislativa contempla esse reconhecimento. Também questionado sobre quando é que a medida entrará em vigor, o ministro disse estar “certo que todos os grupos políticos estão de acordo com este objetivo”, cuja meta é não se perder competitividade e se ter comunidades “devidamente integradas e onde possam ser reconhecidas as suas qualificações para que possam trabalhar”.

No encontro em Vila do Conde, José Manuel Fernandes apresentou as recentes medidas do Governo para atrair os jovens para o setor da pesca, entre as quais, o aviso de 4,3 milhões de euros para que os jovens pescadores possam adquirir a sua embarcação e constituir a sua empresa, mas também os fundos do Mar 2020 e do Portugal 2030.

Lembrando que o setor tem um défice de 218 milhões de euros e que é intenção do Governo diminui-lo, o governante destacou que este é “um setor estratégico e estruturante”. Aos jornalistas, José Manuel Fernandes destacou também a necessidade de o rendimento dos pescadores ser aumentando, considerando “injusto o que recebem”.

“Na cadeia de valor eles não podem ser os predadores”, observou, defendendo ser obrigação do Estado reforçar a atratividade deste setor, assim como promover a renovação geracional.

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Israel mata mais um líder do Hamas em ataque no Líbano

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

O carro em que Al Hajj seguia foi atingido por um drone perto de uma esquadra de polícia na entrada sul da cidade, localizada a mais de 50 quilómetros da fronteira com Israel.

Um ataque de ‘drone’, atribuído a Israel, matou esta sexta-feira Samer al Hajj, líder do Hamas no campo de refugiados de Ain el Helu, no Líbano, quando viajava na cidade de Sidon, informou a agência de notícias estatal libanesa.

O carro em que Al Hajj seguia foi atingido por um drone perto de uma esquadra de polícia na entrada sul da cidade, localizada a mais de 50 quilómetros da fronteira com Israel, de acordo com relatos da agência noticiosa libanesa. Ain el Helu, criado em 1948 nos arredores de Sidon, é o maior campo de refugiados palestinianos no Líbano.

Desde o início da guerra em Gaza, em outubro passado, Israel levou a cabo alguns assassínios seletivos contra membros do movimento islamita Hamas residentes no Líbano, incluindo o número dois da organização, Saleh al Arouri, assassinado em janeiro passado nos arredores de Beirute.

No entanto, os ataques seletivos israelitas tendem a ser dirigidos principalmente contra combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah, com o qual Israel tem estado envolvido num intenso fogo cruzado após o início do conflito no enclave palestiniano, em 7 de outubro. Esta sexta, dois alegados membros do Hezbollah morreram num outro ataque com drones contra a cidade de Naqoura, também no sul do Líbano.

Israel intensificou a sua campanha de assassínios seletivos contra o Líbano nos últimos dias, coincidindo com uma escalada da tensão regional e enquanto aguarda uma resposta prometida do movimento xiita Hezbollah a um outro atentado bombista que há 10 dias matou o seu principal comandante militar, Fuad Shukr.

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Ordem dos Médicos reconhece “momento difícil” do SNS

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

O bastonário explicou que as equipas mínimas estão definidas mas admitiu que a ordem vai ter que voltar a esta matéria. "Obviamente que a maternidade pode estar aberta com algumas restrições", diz.

A Ordem dos Médicos vai analisar “todas as matérias” para ajudar a resolver o “momento difícil” que o SNS atravessa, afirmou esta sexta-feira o bastonário, referindo que é preciso garantir aspetos essenciais como a segurança das grávidas.

Em declarações à agência Lusa no final de uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, Carlos Cortes adiantou que foram debatidos uma “série de assuntos”, como a criação especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, a contratação de médicos para as Unidades Locais de Saúde e a “situação difícil” nas urgências. “Isso tudo foi falado (…) a ministra mostrou-se preocupada com a situação, reconheceu e agradeceu a disponibilidade da Ordem dos Médicos (OM)”, contou.

Questionado sobre as propostas do presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, de mexer na equipa tipo da Urgência de Ginecologia-Obstetrícia e Bloco de Partos e dar mais autonomia aos enfermeiros especialistas, proposta também feita pela Ordem dos Enfermeiros, o bastonário disse que “todas as matérias estão em cima da mesa”. “Tudo o que for para ajudar a resolver este momento difícil que o SNS atravessa está tudo em cima da mesa para ser analisado”.

Mas há três aspetos que para a ordem “são absolutamente essenciais”, nomeadamente a manutenção dos critérios de qualidade na prestação dos cuidados de saúde, a segurança dos doentes, neste caso das grávidas, e a liderança médica, salientou. No que respeita à possibilidade do alargamento das competências dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica para os partos de baixo risco, Carlos Corte observou que só se sabe se “um parto corre bem depois de ele ter acontecido”.

Há situações que podem parecer perfeitamente inócuas, mas que em minutos, para não dizer num minuto, se tornam situações dramáticas e, portanto, eu quero que as grávidas estejam sempre em condições de segurança e essa segurança é fundamentalmente dada pela coordenação médica”, argumentou, ressalvando, contudo, que irá analisar e “ver aquilo que se pode fazer”.

Relativamente às “equipas tipo”, o bastonário explicou que as equipas mínimas estão definidas e publicadas em regulamento do Diário da Republica, mas reconheceu que a ordem vai ter que voltar a esta matéria porque o regulamento foi publicado em 2022, mas já tinha sido elaborado em 2018.

Outra questão que disse que tem que ser clarificada, na sequência de uma questão levantada pelo diretor executivo do SNS, relaciona-se com as equipas de urgência, nomeadamente o que estão habilitadas a poder desenvolver quando são insuficientes.

“Não posso dizer que se fecha uma maternidade porque em vez de ter cinco obstetras, tem quatro. Obviamente que a maternidade pode estar aberta com algumas restrições, é uma abertura condicionada, e é isso que a Ordem dos Médicos vai definir, porque sabemos que no país há urgências obstétricas que abrem com dois ou três obstetras e há outras que nas mesmas situações fecham”, observou, defendendo que esta matéria tem de ser uniformizada.

Por isso, por uma questão de qualidade e de segurança das grávidas a ordem vai definir “muito bem aquilo que pode ser feito ou não com equipas abaixo daquilo que são as equipas tipo que oferecem toda a segurança”, sustentou. Carlos Cortes acrescentou que pediu reuniões esta semana com o diretor executivo do SNS, António Gandra d´Almeida, e com a ministra para ajudar a resolver estes problemas.

“Temos um conjunto de dossiers em cima da mesa que tem a ver com o acesso, com o aprofundamento da qualidade da prestação dos cuidados de saúde” e “um conjunto de peritos, que são muitos”, ao serviço da Direção Executiva e do Ministério da Saúde, disse.

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