LALIGA afirma que continua a sua luta contra a fraude audiovisual e vence três batalhas judiciais nos tribunais espanhóis

  • Servimedia
  • 12 Julho 2024

A LALIGA emitiu um comunicado no qual destaca que recebeu recentemente "a notificação de três sentenças condenatórias que exemplificam a sua luta pela defesa dos direitos audiovisuais da concorrência.

Segundo o relatório, a primeira delas é uma sentença do 15º Tribunal Penal de Madrid, nº 262/2024, de 27 de junho “que condena dois vendedores de descodificadores fraudulentamente alterados como autores de um crime continuado contra o mercado e os consumidores, impondo a cada um deles uma pena de 6 meses de prisão e 6 meses de multa de 3 euros por dia (540 euros). Para além da multa e da pena de prisão, a sentença condena os arguidos a pagar 20.000 euros de responsabilidade civil à LALIGA e à MEDIAPRO, que actuaram como procuradores privados no processo”.

A segunda condenação teve lugar em Málaga e, de acordo com o comunicado de imprensa, “condena um operador como responsável por um delito contra o mercado e os consumidores com uma pena de prisão de 6 meses e uma multa de 6 euros por dia (1.080 euros). Além disso, a sentença condena o arguido a pagar 15.000 euros de responsabilidade civil à LALIGA, à MEDIAPRO e às TELECOMUNICAÇÕES PÚBLICAS ANDALUZAS”.

A terceira e última teve lugar em Barcelona pelo 28º Tribunal Penal de Barcelona, que “condenou o vendedor de descodificadores fraudulentamente alterados como autor de um crime continuado contra o mercado e os consumidores a um ano de prisão e a uma multa de 5 euros por dia (1.350 euros). Além disso, a sentença condena o arguido a pagar 1.328,63 euros à LALIGA, a título de responsabilidade civil”.

A federação espanhola de futebol assinala que estas sentenças “confirmam a posição da LALIGA perante os delitos de fraude audiovisual que implicam o roubo dos direitos dos Clubes na competição com o consequente risco para a viabilidade futura da Competição”.

Da mesma forma, o órgão presidido por Javier Tebas assinalou que “a LALIGA tem o equipamento, a tecnologia e o conhecimento necessários para enfrentar esta luta”, no entanto, apela a que sejam necessárias “ferramentas legais que permitam bloquear o conteúdo de forma rápida e ágil durante o jogo, e não quando o evento ao vivo já tiver terminado”.

Acrescentou que, no domínio da luta contra a fraude audiovisual, a LALIGA se posiciona como “líder e referência mundial”, prestando “serviços de proteção de conteúdos audiovisuais a empresas como: Wimbledon (Reino Unido), Dorna Sports (Espanha e Itália), A3Media (Espanha), Liga Femenina (Espanha), Pro-League (Bélgica), Sky Sports (México)”.

 

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Empresas impedidas de deduzir IVA de carregadores de automóveis elétricos

Código do imposto não permite abater as despesas com a aquisição e instalação desses equipamentos. Apenas o custo com a eletricidade consumida é dedutível, indica a Autoridade Tributária.

As empresas não podem deduzir o IVA da compra e instalação de carregadores de automóveis elétricos. Apenas o custo com a energia consumida pode ser abatida, segundo uma informação vinculativa da Autoridade Tributária publicada esta semana no Portal das Finanças.

Uma empresa questionou o Fisco se podia deduzir o IVA das despesas com a aquisição de “dois carregadores elétricos que foram instalados na empresa, para carregar as viaturas pertencentes ao ativo da empresa, podendo os mesmos ser utilizado pelas viaturas de funcionários e/ou clientes”, lê-se na mesma nota.

Depois de analisar o código do imposto, a AT explicou que, no âmbito da Fiscalidade Verde, a lei permite a dedução dos custo com “a aquisição de viaturas elétricas”, porém “a aquisição dos referidos carregadores elétricos ainda que diretamente relacionados com veículos elétricos não está contemplada”, de acordo com o n.º2 do artigo 21.º do CIVA, segundo o despacho de 27 de outubro do ano passado, assinado pela diretora de serviços do IVA da AT, Cláudia Afecto Dias, mas só agora divulgado.

Ainda assim, o mesmo artigo do imposto “contempla uma exceção, segundo a qual pode ser deduzido o imposto suportado em ‘despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-in‘”, indica a AT. “Desta forma, apenas o IVA suportado na aquisição de eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou hibridas plug-in é passível de direito à dedução” de acordo com a mesma orientação.

Em conclusão, a Autoridade Tributária escreve que estão “excluídos do direito à dedução” “o imposto suportado na aquisição e instalação dos carregadores elétricos”.

“No entanto, o IVA suportado na aquisição de eletricidade para utilização em viaturas elétricas, desde que cumpridos os requisitos gerais do direito à dedução, é dedutível“, ressalva.

O Fisco salienta que, “o direito à dedução deveria, em princípio, contemplar a totalidade do IVA suportado a montante, qualquer que fosse a natureza dos inputs mas, porque esse direito está relacionado com a realização de operações tributáveis, sempre que as aquisições se destinam a operações isentas ou fora do campo de incidência do IVA […] tal direito à dedução não se verifica”.

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Biden engana-se e apresenta Zelensky como “President Putin”

O presidente do Estados Unidos falava no final da cimeira da NATO. Ao apresentar o presidente da Ucrânia, enganou-se e disse "President Putin".

Senhoras e senhores, Presidente Putin“, disse Joe Biden, quando queria apresentar o presidente ucraniano, Volodmyr Zelensky, na final da cimeira da NATO, em Washington.

“Presidente Zelensky. Estou tão concentrado em derrotar o Putin”, disse o presidente americano para se corrigir.

A gafe ocorreu pouco antes de uma conferência de imprensa muito aguardada em que Biden espera aliviar os receios dos colegas democratas de que já não tem capacidade para derrotar o republicano Donald Trump nas eleições de novembro, ou para continuar no cargo de alta pressão durante mais um mandato de quatro anos.

Até ao momento, 13 dos 213 democratas da Câmara dos Representantes e um dos 51 democratas do Senado apelaram publicamente ao Presidente para que se retire da corrida.

A campanha de Biden tem estado sob pressão há duas semanas, desde o seu fraco desempenho no debate contra Trump, o seu rival republicano de 78 anos.

Esta segunda-feira, numa carta dirigida aos democratas do Congresso, Biden recusou, uma vez mais, desistir da reeleição presidencial apelando à união do partido e diz-se comprometido a manter-se na corrida à Casa Branca e a derrotar Donald Trump.

Na missiva, de duas páginas, realçou que foi escolhido por mais de 14 milhões de eleitores democratas e apela para que parem de pressionar para que desista da corrida à Casa Branca. “Qualquer enfraquecimento da determinação ou falta de clareza sobre a tarefa que temos pela frente só ajuda Trump e prejudica-nos. É hora de nos unirmos, avançarmos como um partido unificado e derrotar Donald Trump“, escreveu.

(Notícia atualizada às 23h32)

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Governo lança lista de colocação dos professores

  • ECO
  • 11 Julho 2024

Os professores tem agora até dia 18 de julho para aceitar a colocação.

O ministério da Educação, Ciência e Inovação acaba de lançar, online, a lista de colocação dos professores para o próximo ano letivo 2024/2025. Os professores candidatos têm agora cinco dias, entre os dias 12 e 18 de julho, para aceitar a colocação.

O ministro da pasta, Fernando Alexandre, tinha garantido na segunda-feira que as listas – de admissão, exclusão, colocação, não colocação, de retirados e de desistências, ao concurso interno e do concurso externo – seriam conhecidas ainda esta semana.

“Estamos, em conjunto com todos os serviços do ministério, a fazer o melhor possível para que o planeamento e todas as fases que são necessárias, e são de bastante complexidade, para que o início do ano letivo possa decorrer com o máximo de normalidade”, disse na altura o governante. Na mesma declaração aos jornalista, Fernando Alexandre pediu aos diretores das escolas para fazerem “um esforço” de forma a que as aulas “comecem, efetivamente, no dia 12 de setembro”.

As listas podem ser consultadas aqui.

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FNS2024: “Companhias devem reinventar os seguros e oferecer coisas diferentes”

  • ECO Seguros
  • 11 Julho 2024

Incentivos fiscais, produtos seguradores reinventados e colaboração pública e privada na prevenção da saúde foram alguns dos temas debatidos por importantes distribuidores de seguros. Veja aqui.

Os responsáveis por influentes distribuidoras de seguros pediram mais incentivos fiscais para empresas de modo a que atribuam um seguro de saúde aos trabalhadores, que as companhias devem reinventar os seus produtos e defendem ainda chamar o setor público de saúde a colaborar mais com as seguradoras de forma a existir um papel ativo de todos na promoção da saúde. O painel “Sustentabilidade do ecossistema dos seguros de saúde”, decorreu no 3.º Fórum Nacional de Seguros, uma organização do ECOseguros e da Zest.

O Painel moderado por Rui Costa, Coordenador do Canal Agentes da Saúde Prime, contou com Sofia Oliveira, da área da Saúde, Vida e AP’s na IBK – Mediação de Seguros, Fernando Duarte, diretor-geral da João Mata Corretores e Consultores de Seguros, Pedro Caramez, consultor LinkedIn, vendas e networking, Rui Meireles, diretor de Seguros de Pessoas na MDS Portugal e Paulo Almeida, da comissão de gestão executiva – distribuição Norte da Verspieren Portugal.

Veja o painel na íntegra aqui:

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Marca da Ageas lança solução de painéis solares para casas

  • ECO Seguros
  • 11 Julho 2024

O produto é resultado de uma parceria com a Bling Energy e disponibiliza dois modelos de venda: ou a compra imediata ou através de uma mensalidade fixa e que após 20 anos é propriedade do cliente.

A Livo anunciou o lançamento de uma nova solução de painéis solares para habitações. Segundo comunicado da marca do Grupo Ageas o produto é controlado pelo smartphone e é um método que oferece alta eficiência energética.

João Jerónimo, Diretor Geral da Livo: “Este lançamento marca um momento importante no objetivo de sermos uma referência em soluções sustentáveis para as casas dos portugueses”.

Esta solução de tecnologia fotovoltaica alinha-se com o objetivo da empresa em tornar-se líder em soluções sustentáveis. “Este lançamento marca um momento importante no objetivo de sermos uma referência em soluções sustentáveis para as casas dos portugueses, oferecendo aos Clientes a melhor experiência-benefício e, evidentemente, uma melhor qualidade de vida”, afirmou João Jerónimo, Diretor Geral da Livo.

O produto é resultado de uma parceria com a Bling Energy e disponibiliza dois modelos de venda. O primeiro é o da subscrição, com mensalidade fixa, sem investimento inicial que após vinte anos torna-se propriedade do cliente. O cliente pode também adquirir este produto através da compra imediata do mesmo, pagando também a instalação dos painéis fotovoltaicos.

A marga da Ageas disponibiliza ainda uma avaliação às necessidades energéticas dos clientes, analisando o consumo de eletricidade da habitação e personalizada a solução de painéis solares, mas também de baterias e dos carregadores de veículos elétricos.

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Savannah otimista sobre “potencial” do lítio após as últimas perfurações

Os resultados das mais recentes perfurações "confirmam" potencial de expansão do lítio na mina do Barroso, em Boticas.

A Savannah Resources está otimista em relação ao “potencial” do lítio na mina do Barroso, em Boticas (distrito de Vila Real), após os resultados das mais recentes perfurações. A empresa considera tratar-se do “depósito de lítio […] mais significativo da Europa“.

“Os resultados que anunciamos hoje, provenientes de furos em Pinheiro, NOA e Reservatório, confirmam o duplo potencial, destacado por resultados anteriores, de que estes corpos de minério contenham áreas de mineralização de maior teor do que as anteriormente identificadas e se estendam em várias direções”, refere o diretor técnico da Savannah, Dale Ferguson, num comunicado.

Projeto para explorar lítio na mina do Barroso11 julho, 2024

 

Em maio, a empresa tinha anunciado que a próxima fase de atividades no terreno estava prevista para o início do verão e que, em paralelo, a equipa iria continuar a efetuar trabalhos de hidrogeologia e de monitorização ambiental.

O projeto de lítio do Barroso prevê a criação de 300 empregos diretos e perto de 2.000 empregos indiretos na região e que conta, atualmente, com cerca de duas dezenas da região. Na última semana, o ECO avançou que a Savannah deveria ser a próxima líder do consórcio que vai criar uma cadeia de valor de baterias de lítio em Portugal, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, apurou o ECO.

O projeto tem sido alvo de muita contestação popular. Em Covas do Barroso, durante quase seis meses, houve uma organização de piquetes para impedir o avanço das máquinas da empresa.

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Rússia condena colocação de mísseis de longo alcance dos EUA na Europa

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

"Todos os atributos da Guerra Fria estão a regressar, com um confronto direto", acusou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

O Kremlin condenou esta quinta-feira a decisão dos Estados Unidos de instalar mísseis de longo alcance na Alemanha, denunciando um regresso “à Guerra Fria”, em pleno conflito armado na Ucrânia. “A Alemanha, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido estão a participar diretamente no conflito à volta da Ucrânia. Todos os atributos da Guerra Fria estão a regressar, com um confronto direto”, acusou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

“Tudo isto é feito para garantir a nossa derrota estratégica no campo de batalha”, argumentou Peskov, questionado por um jornalista da televisão pública russa.

“Isto não é motivo para sermos pessimistas. Pelo contrário, é um motivo para nos unirmos e utilizarmos todo o nosso enorme potencial e cumprirmos todos os objetivos que nos propusemos no âmbito da operação militar especial na Ucrânia”, acrescentou Peskov, recorrendo ao termo empregue pelo Kremlin para a invasão de território ucraniano iniciada há quase dois anos e meio.

A Casa Branca anunciou na quarta-feira que os Estados Unidos iriam implantar novas armas na Alemanha, de forma ocasional, a partir de 2026, permitindo ataques a locais mais distantes do que aqueles que possuem os sistemas norte-americanos atualmente posicionados na Europa.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu esta decisão, perante os receios de uma nova corrida armamentista. “Isto faz parte da dissuasão e garante a paz. Trata-se de uma decisão necessária e importante, tomada no momento certo”, explicou Scholz, à margem da recente cimeira da NATO em Washington.

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Portugal “não vai falhar” plano de investimento em defesa, promete Montenegro

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

Luís Montenegro defende a criação de um "novo cluster" nas indústrias de defesa em Portugal.

O primeiro-ministro assegurou esta quinta-feira que Portugal “não vai falhar” o plano de investimento em defesa apresentado na cimeira da NATO e assumiu como objetivo estratégico do Governo criar um novo cluster na economia centrado na indústria de defesa. Luís Montenegro fez uma declaração à comunicação social portuguesa no último dia da cimeira da NATO, entre as reuniões do Conselho do Atlântico Norte com os parceiros da União Europeia e da Ásia-Pacífico e a reunião do Conselho NATO-Ucrânia.

“Esta foi uma cimeira onde Portugal veio transmitir de forma credível, de forma empenhada, para não falhar, um plano de investimentos que seja adequado ao compromisso estabelecido dentro da NATO”, disse, referindo-se à meta que já anunciou de atingir, em 2029, um investimento na defesa de cerca de 6.000 milhões de euros que corresponda aos 2% do PIB acordados entre os aliados.

O primeiro-ministro afirmou que esse esforço financeiro e militar será feito de “variadíssimas formas”, ao nível dos recursos humanos e de um plano de investimento em equipamentos, para que Portugal assuma o seu papel de “membro efetivo” da NATO não só no plano político, diplomático, mas também do esforço militar.

“E também do ponto de vista de um objetivo estratégico que o Governo assume: fazer das indústrias de defesa e de todas aquelas que se interligam com ela uma oportunidade para termos um novo cluster na nossa economia, onde possamos ser competitivos aproveitando a capacidade tecnológica, cientifica para estarmos na vanguarda da inovação”, referiu.

Na cimeira que assinala os 75 anos da Aliança Atlântica, Montenegro destacou o encontro o encontro com representantes das instituições europeias e com os parceiros da NATO da região do Indo-Pacífico, a Austrália, a Nova Zelândia, o Japão e a Coreia do Sul. “Em todas estas oportunidades tem sido reafirmada toda a disponibilidade e todo o empenho da NATO e dos seus parceiros em estar ao lado da Ucrânia, não permitindo nunca esta agressão sem justificação da Rússia à soberania de um Estado”, reafirmou.

Montenegro salientou que a NATO é “uma organização de defesa”, mas também de proteção dos valores da democracia e de respeito pelos direitos humanos. “Hoje defender a segurança dos Estados-membros da NATO não passa apenas e só por operações militares, por prontidão das nossas forças para poder eventualmente acudir a alguma zona de conflito, a algum ataque que coloque em causa a segurança dos Estados-membros”, considerou.

O primeiro-ministro realçou que essa segurança é “colocada em crise noutras dimensões”, sendo necessário estabelecer “políticas concretas” em áreas como o espaço digital, a cibersegurança ou a a desinformação. “Sabemos que há países que têm um esforço concertado nesse domínio, que também influencia aquilo que é a análise que fazemos da guerra na Ucrânia”, afirmou.

Em relação a este país, reiterou o compromisso de Portugal continuar a contribuir “para o esforço de apoio militar, de apoio político, de apoio técnico, de treino ou manutenção de vários equipamentos das forças ucranianas”, mas também financeiro. Esta semana, na cimeira de Washington, Montenegro já tinha afirmado que o apoio do país à Ucrânia irá atingir 220 milhões de euros este ano, valor que se repetirá em 2025.

“Onde há um ataque a um Estado-membro ou que coloque em causa a segurança de um Estado-membro, nós devemos encarar isso como um ataque a todos nós”, vincou.

No final da cimeira da NATO, hoje à tarde, o primeiro-ministro português dará ainda uma conferência de imprensa, acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que também esteve em Washington, regressará mais cedo a Portugal para representar o Governo na visita oficial da princesa das Astúrias na sexta-feira.

Portugal é um dos 12 países da Europa e da América do Norte que fundaram a NATO em 1949.

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SIC investe 2,5 milhões de euros na dona da bilheteira online BOL

A estação televisiva, do grupo empresa, adquiriu uma participação indireta de 27% na Etnaga, sociedade que detém a bilheteira online BOL.

A SIC comprou, por 2,5 milhões de euros, uma participação indireta de 27% na empresa que detém a bilheteira online BOL, comunicou esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O investimento realizado pela SIC ascende a, aproximadamente, 2,5 milhões de euros, correspondendo a uma participação indireta de 27% na Etnaga – Consultores Sistemas de Informação, Lda.”, sociedade que desenvolve a sua atividade predominantemente na área da venda especializada e reserva de bilhetes através de plataforma própria (a bilheteira online BOL)”, segundo a mesma nota.

A estação televisiva, pertencente ao grupo Impresa, que também detém o Expresso, esclarece que “este investimento enquadra-se no âmbito da estratégia anteriormente definida, que estabeleceu como objetivos prioritários acelerar a transformação digital e diversificar as fontes de receita da SIC”.

O investimento foi realizado em “conjunto com o fundo CREST II – FCR, fundo de investimento de capital de risco, gerido e representado pela Crest Capital Partners, SCR, S.A.”, detalhou. No total, a SIC e este fundo “adquiriram indiretamente uma participação conjunta de 90% do capital social da Etnaga”, segundo a mesma notificação aos mercados.

(Notícia atualizada às 20h05)

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ASF reconhece trabalho que sugere método para calcular Risk adjustment

  • ECO Seguros
  • 11 Julho 2024

O Prémio Investigação ASF foi criado para incentivar o estudo e investigação sobre o funcionamento do mercado dos seguros e também de fundos de pensões. Este ano ganhou Diogo Filipe Jerónimo Rodrigues

O Prémio Investigação ASF 2023/2024 foi atribuído ao trabalho A Model for Risk adjustment for Longevity risk in Life Insurance under IFRS 17 [Um modelo para o ajustamento do risco para o risco de longevidade em Seguros de Vida ao abrigo da IFRS 17, tradução livre] realizado por Diogo Filipe Jerónimo Rodrigues, consultor na equipa Risk and Actorial Services da consultora Risk Ernst & Young. Trata-se do seu Trabalho Final de Mestrado do curso Actorial Science pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG).

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, Diogo Filipe Jerónimo Rodrigues, consultor na equipa Risk and Actorial Services da consultora Risk Ernst & Young e vencedor do Prémio Investigação ASF 2023/2024 e João Andrade e Silva, presidente do Júri.

Segundo comunicado, a Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) atribuiu o prémio esta terça-feira no auditório do órgão regulador na conferência “A Inteligência Artificial nos Seguros e Fundos de Pensões: principais desafios éticos, regulatórios e tecnológicos”.

Nesta terceira edição o júri distinguiu outros dois trabalhos com Menções Honrosas, nomeadamente, Are we prepared to cover a future pandemic? Essay of a Portuguese health insurance portfolio [Estamos preparados para cobrir uma futura pandemia? Uma tese sobre o portefólio do setor segurador na saúde em Portugal, tradução livre] por Maria do Carmo Ornelas, Alfredo Duarte Egídio dos Reis, Maria Garcia de Castro e Marli Amorim Ferreira e “Metodologias de cálculo para estimação das provisões para sinistros em anos de ocorrência futuros”, da autoria de Ana Domingues.

O trabalho galardoado visa propor um modelo para “o Risk Adjustment no risco de longevidade em produtos vida, considerando a sua inclusão no novo relato financeiro aplicável aos contratos de seguro ─ IFRS17″, lê-se no comunicado.

Importa salientar que este é um concurso anual que este ano foi dedicado ao tema “Economia, Matemática e Tecnologia”. Esta iniciativa surgiu para promover o estudo no mercado segurador. “O que moveu a ASF nesta iniciativa foi a vontade de dar um contributo para promover o interesse do estudo e da investigação sobre o funcionamento dos mercados dos seguros e dos fundos de pensões, desafiando a academia e a sociedade em geral.” disse Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da ASF, no discurso de abertura.

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Governo trava regresso de milhares de professores à Caixa Geral de Aposentações

Trabalhadores precários, forçados a interromper a atividade por um dia ou um ano, não vão poder reinscrever-se. Decreto baseia-se num acórdão mais restrito e contraria centenas de sentenças.

Milhares de professores da escola pública com contratos precários, no passado, e que viram a carreira interrompida por um dia ou um ano, contra a sua vontade, não vão poder reinscrever-se na Caixa Geral de Aposentações (CGA), segundo o decreto aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Trabalhadores das autarquias e das forças armadas também serão afetados.

O diploma baseia-se num acórdão mais restrito e contraria centenas de decisões de tribunais que foram favoráveis ao regresso de trabalhadores que saíram do Estado e voltaram mais tarde. A Fenprof admite contestar junto do Tribunal Constitucional.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, foi claro, esta quinta-feira, quando explicou que só é garantido “o direito de reinscrição aos trabalhadores que tenham continuidade material no exercício de funções públicas”. Por isso, “há uma série de casos que não estão incluídos na garantia”, ressalvou, no final do Conselho de Ministros.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro. JOÃO RELVAS/LUSAJOÃO RELVAS/LUSA

O diploma do Governo baseia-se num acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) de 6 de março 2014 que restringe a possibilidade de voltar ao regime de proteção social da Função Pública aos trabalhadores com continuidade do vínculo público, mesmo que tenha havido mudança de instituição, sabe o ECO com base na documentação que a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, apresentou aos grupos parlamentares para justificar o decreto interpretativo da lei da CGA.

O caso, julgado pelo STA, diz respeito a um professor, subscritor da CGA “sem nunca ter interrompido o vínculo com a Administração Pública”, lê-se no acórdão. “Deixou um cargo de equiparado a professor adjunto da carreira do ensino superior politécnico do Instituto Superior de Engenharia do Porto a 31 de agosto de 2006, na modalidade de contrato administrativo de provimento e passou, a partir de 1 de setembro de 2006, a exercer outro, na mesma modalidade contratual, neste caso, na Universidade da Madeira“, de acordo com o processo.

Uma vez que a CGA deixou de aceitar novas subscrições a partir de 1 de janeiro de 2006, aquele professor, ao mudar de instituto, perdeu acesso ao regime. Porém, e uma vez que não existiu quebra de vínculo com a Administração Pública nem alteração da modalidade contratual”, o STA decidiu que o docente tem “direito à manutenção da inscrição e da qualidade de subscritor da Caixa Geral de Aposentações”.

Só faria sentido esta alteração para quem nunca quis sair da Função Pública, mas, por terem trocado da entidade A para a B, posteriormente a 2005, perderam o direito à CGA. Outras situações estão excluídas da garantia.

António Leitão Amaro, ministro da Presidência

“Só faria sentido esta alteração para quem nunca quis sair da Função Pública, mas, por terem trocado da entidade A para a B, posteriormente a 2005, perderam o direito à CGA. Outras situações estão excluídas da garantia”, sublinhou Leitão Amaro.

Mas “isto poderá deixar de foram mais de seis mil professores que tinham contratos precários, a termo, foram forçados a interromper a atividade por um dia ou um mês ou porque as colocações se atrasaram ou porque os vínculos terminaram e foram depois novamente contratados”, revelou ao ECO o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.

Por exemplo, “um docente que estava na CGA e, depois de 1 de janeiro de 2006, viu o seu contrato terminar, e passados uns meses, foi reintegrado numa escola, está a conseguir, neste momento, reinscrever-se no regime de proteção social da Função Pública, porque há centenas de sentenças transitadas em julgado favoráveis”, indicou.

“A nova lei que o Governo aprovou vai impedir o entendimento mais abrangente da lei, é uma perversão das decisões dos tribunais, porque se baseia apenas no acórdão de 2014 cujo argumento é a continuidade do vínculo público”, esclareceu Mário Nogueira.

O ECO questionou o Executivo se, efetivamente, os funcionários públicos que viram a sua carreira interrompida contra a sua vontade, por terem tido contratos a prazo, não poderão regressar ao regime da proteção social da Função Pública, mas fonte oficial do Ministério do Trabalho, que tutela esta área, referiu apenas que “não tem esclarecimentos adicionais e remete para o comunicado do Conselho de Ministros”.

Na nota do Conselho Ministros, lê-se que o Governo “aprovou um decreto-lei que, em linha com decisão do Supremo Tribunal Administrativo, clarifica a interpretação da Lei n.º 60/2005, de 29 de dezembro, no que respeita a convergência do regime de proteção da função pública (Caixa Geral de Aposentações) com o regime geral da Segurança Social, garantindo o direito de reinscrição aos trabalhadores que tenham continuidade material no exercício de funções públicas”. Ou seja, não pode haver interrupções ou descontinuidade no vínculo.

Impacto orçamental da medida “não está quantificado”

Sobre o impacto orçamental da medida, o gabinete da ministra indicou que “não está quantificado”, acrescentando que “a maioria dos trabalhadores” que poderão voltar a registar-se na CGA “são professores, mas também há funcionários das autarquias e das Forças Armadas”.

“A partir do momento em que a lei for publicada, os trabalhadores que estavam na CGA e saíram ou porque ficaram no desemprego ou porque foram para o setor privado já não vão poder reinscrever-se”, sinalizou o líder da Fenprof que admite “contestar o diploma junto do Tribunal Constitucional.

A partir do momento em que a lei for publicada, os trabalhadores que estavam na CGA e saíram ou porque ficaram no desemprego ou porque foram para o setor privado já não vão poder reinscrever-se.

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof

Uma das razões que levaram os funcionários públicos a querer voltar à CGA tem a ver com o regime das baixas por doença, que é mais benéfico do que o da Segurança Social. Assim, na Caixa Geral de Aposentações, nos três primeiros dias de incapacidade, não há direito a compensação alguma, sendo que a partir do 4.º e até ao 30.º dia de baixa o trabalhador recebe 90% do ordenado. Na Segurança Social, os primeiros três dias também não são remunerados, mas a partir daí e até ao 30.º dia, o subsídio corresponde a apenas 55% do salário.

A partir de 1 de janeiro de 2006, a CGA passou a ser um sistema fechado e deixou de receber novos subscritores. Assim, os trabalhadores que iniciaram ou reiniciaram funções depois de 31 de dezembro de 2005 passaram a estar inscritos no regime geral da Segurança Social.

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