Luxo nos carris: experiências ferroviárias únicas na Austrália, Arábia Saudita e África do Sul

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  • 26 Julho 2024

Os comboios redefinem a experiência turística de alto nível.

Visitar países longínquos é uma das opções preferidas dos turistas quando decidem a sua escapadela de verão. Uma tendência emergente entre os viajantes é dar um toque especial a estas viagens, viajando para diferentes destinos de comboio. Ao longo da história, as viagens de comboio evocam grandes aventuras e, quando se trata de um comboio de luxo, a experiência é inesquecível.

Este meio de transporte oferece a oportunidade de explorar paisagens incríveis, saborear uma gastronomia excecional e mergulhar em culturas únicas, tudo isto com um conforto e um serviço de cinco estrelas. O Ghan, na Austrália, o Dream of the Desert Train, na Arábia Saudita, e o Rovos Rail, na África do Sul, são exemplos perfeitos deste luxo sobre carris.

THE GHAN, UMA VIAGEM ÉPICA PELA AUSTRÁLIA

O Ghan oferece aos viajantes a oportunidade de atravessar o continente australiano de sul a norte, de Adelaide a Darwin, numa viagem que combina aventura, conforto e luxo. A viagem clássica dura quatro dias e três noites, percorrendo aproximadamente 2.979 quilómetros.

O comboio dispõe de várias categorias de alojamento, cada uma concebida para proporcionar o máximo conforto. Além disso, as carruagens-restaurante oferecem menus gourmet preparados com ingredientes locais frescos. A partir do conforto das suas cabinas, os passageiros podem desfrutar das paisagens em mutação que vão desde o deserto árido até às colinas verdejantes do Território do Norte.

A viagem inclui paragens em locais emblemáticos, como Alice Springs, onde os passageiros podem explorar a cultura aborígene e desfrutar de visitas guiadas à deslumbrante paisagem do Red Centre. Em Katherine, podem explorar o Nitmiluk National Park, conhecido pelos seus desfiladeiros de cortar a respiração e pelas oportunidades de observação da vida selvagem. O Ghan não é apenas uma viagem de comboio, é uma imersão total na Austrália.

COMBOIO DOS SONHOS DO DESERTO, ATRAVÉS DO CORAÇÃO DA ARÁBIA SAUDITA

A Arábia Saudita, conhecida pela sua rica cultura e vastos desertos, está a emergir como um destino de viagem de luxo, com ofertas como o Dream of the Desert Train, que promete proporcionar uma experiência de viagem única através das suas paisagens desérticas de cortar a respiração.

Embora o seu lançamento esteja previsto para 2025, o Comboio do Sonho do Deserto já está a preparar-se para ser uma experiência de luxo ao nível dos comboios mais exclusivos do mundo. Prevê-se que percorra uma distância de cerca de 1.300 quilómetros, começando na capital Riade e passando por alguns dos centros históricos e culturais mais emblemáticos do país, como a antiga cidade de AlUla e Hail, culminando em Qurayyat. O comboio efectuará também excursões exclusivas a destinos históricos e culturais com guias especializados.

O Comboio do Sonho do Deserto oferecerá aos seus passageiros 40 suites privadas com uma decoração inspirada na cultura local, equipadas com todo o conforto, incluindo casas de banho privadas e ar condicionado. Os 82 passageiros poderão desfrutar de uma gastronomia excecional, com menus concebidos por chefes de renome que combinam a cozinha tradicional saudita e internacional. Além disso, poderão desfrutar a bordo de eventos especiais, como noites temáticas com música e dança tradicionais ou degustações de chá e café árabes.

ROVOS RAIL, A BELEZA DO SUL DE ÁFRICA

Considerado um dos comboios mais luxuosos do mundo, o Rovos Rail oferece uma experiência de viagem que combina o esplendor do velho mundo com os melhores confortos. Desde a sua criação em 1989, a Rovos Rail tem sido sinónimo de luxo e elegância, viajando não só na África do Sul, mas também noutros países da África Austral, como a Namíbia, a Tanzânia e a Zâmbia.

A Rovos Rail opera várias rotas, incluindo a popular viagem de três dias entre Pretória e a Cidade do Cabo. Os comboios estão equipados com suites de luxo, cada uma com casa de banho privativa e serviço de mordomo. Os restaurantes a bordo oferecem menus de quatro pratos que realçam a rica diversidade gastronómica da África do Sul, acompanhados por alguns dos melhores vinhos do país. Os passageiros podem relaxar na carruagem lounge ou na carruagem observatório, apreciando a paisagem e a oportunidade de socializar com outros viajantes.

As excursões durante a viagem incluem visitas a locais históricos, como as minas de diamantes de Kimberley, passeios pelas famosas vinhas de Stellenbosch e safaris para observar a incrível vida selvagem africana. Além disso, são organizados a bordo eventos especiais, como palestras sobre a história e a geografia do caminho-de-ferro e sobre as culturas locais.

Os comboios de luxo na Austrália, Arábia Saudita e África do Sul oferecem aos viajantes experiências únicas que combinam conforto, exclusividade e a oportunidade de explorar paisagens de cortar a respiração e culturas diversas. Desde o vasto outback australiano até aos desertos da Arábia Saudita e à beleza da África do Sul, estes comboios não são apenas um meio de transporte, mas uma janela para alguns dos lugares mais extraordinários do mundo.

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Cox Energy atinge receitas de 109 milhões, Ebitda de 23 milhões e lucro líquido de 5,3 milhões no primeiro semestre do ano

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  • 26 Julho 2024

A empresa alcança resultados históricos graças à contribuição positiva dos ativos da empresa em funcionamento.

A Cox Energy, empresa de energia verticalmente integrada, cotada na Bolsa Institucional de Valores do México (BIVA) e na BME Growth em Espanha, divulgou os seus resultados financeiros para o primeiro semestre de 2024, que indicam que alcançou resultados recorde para o período, com receitas superiores a 109 milhões de euros, mais 95 milhões do que no mesmo período do ano anterior.

O Ebitda atingiu 23 milhões de euros, com uma margem sobre as vendas de 21%, e o resultado líquido ultrapassou os 5,3 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, valores recorde para a Empresa.

Por atividade, 57% das receitas da empresa provêm da divisão de produção, 26% da atividade de comercialização de energia e autoconsumo e 17% dos serviços de engenharia e procurement prestados pela Cox Energy.

A carteira da empresa inclui quatro activos energéticos em funcionamento, que contribuíram para impulsionar os resultados do primeiro semestre: a central de São João no Brasil (bioenergia), que representou 33% das receitas, a central de hibridação térmica SPP1 na Argélia (24% do volume de negócios) e a central fotovoltaica de San Javier no Chile.

A Cox assinou recentemente um acordo para a aquisição de 51% da central solar térmica Khi Solar One (África do Sul), que se tornará a central solar térmica mais alta do continente africano, com 205 metros de altura (na pendência da aprovação do governo local). Os restantes 49% estão nas mãos de parceiros locais. Trata-se de uma central solar térmica única de 50 MW com torre central e tecnologia de campo heliostática e armazenamento térmico. A Khi Solar One começou a funcionar em 2016 e é atualmente uma das principais instalações solares térmicas da África do Sul e a primeira central em torre a entrar em funcionamento no continente africano.

A Cox Energy irá operar e manter a central até 2036. A equipa de operação e manutenção de 85 pessoas da Khi Solar One será responsável pela execução de um programa de melhorias na central para otimizar o seu desempenho. Estas melhorias terão início em agosto deste ano e terão uma duração estimada de 12 meses. Espera-se que estas acções melhorem os actuais 100 GWh por ano de produção em mais de 30%.

A central tem um CAE de 20 anos (com vencimento em 2036) assinado com a Eskom, uma empresa pública de energia sul-africana, com garantia governamental e é financiada através de Project Finance com instituições multilaterais sul-africanas (DBSA e IDC) e internacionais (BEI, IFC, FMO e Proparco).

Para além destes activos operacionais, a Cox Energy tem mais de 3,6 GW de activos em várias fases de desenvolvimento. A carteira de projectos em desenvolvimento inclui mais de 60 projectos em diferentes geografias (1,8 GW nas Américas, 936 MW em Espanha e 885 MW em África).

SERVIÇOS DE ENGENHARIA

Os serviços de engenharia prestados pela Cox Energy registaram um forte crescimento ao longo do período em análise, representando no final do primeiro semestre do ano 17% das receitas (19 milhões de euros).

É de salientar a boa evolução da carteira de contratos de serviços de engenharia assinados e pendentes de execução. Atualmente, de janeiro a julho, foram adjudicados à empresa novos contratos em Espanha, África do Sul e Marrocos no valor de mais de 267 milhões de euros, cuja execução está prevista para os próximos 12-18 meses.

Como parte da estratégia regional da Cox Energy, durante o primeiro semestre do ano a empresa conseguiu rodar 54 MW para a China Three Gorges, como parte do acordo alcançado em 2023 para vender 619 MW em Espanha, onde 250 MW já foram rodados em estado COD.

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Prosegur Cash aumenta resultado líquido em 4,5% para 39 milhões de euros

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  • 26 Julho 2024

As vendas aumentaram 1,9%, para 998 milhões de euros, impulsionadas por “um desempenho orgânico excecional em todas as geografias” onde a Prosegur Cash opera, refere a empresa em comunicado.

A Prosegur Cash obteve um resultado líquido de 39 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa um crescimento de 4,5% face ao mesmo período do ano anterior.

As vendas aumentaram 1,9%, para 998 milhões de euros, impulsionadas por “um desempenho orgânico excecional em todas as geografias” onde a Prosegur Cash opera, refere a empresa em comunicado na sexta-feira.

O EBITA no período consolidado até junho de 2024 atingiu 113 milhões de euros, com uma margem de 11,3%, o que representa uma melhoria trimestral de 120 pontos base, apesar do efeito adverso das moedas. Além disso, a Prosegur Cash gerou, no segundo trimestre de 2024, um free cash flow de 28 milhões de euros. Quanto à dívida líquida, esta atingiu 926 milhões de euros no final do semestre.

Os produtos de transformação da Prosegur Cash atingiram o valor recorde de 318 milhões de euros, representando 31,8% das vendas totais da empresa no primeiro semestre de 2024, mais 11,7% do que no mesmo período do ano anterior. Em particular, o crescimento de dois dígitos foi observado no serviço Cash Today, uma solução de digitalização de dinheiro, e no negócio de câmbio, Forex, que recentemente abriu operações em Singapura e na Nova Zelândia.

ÁREAS GEOGRÁFICAS

Por regiões, a América Latina continua a representar a maior parte das vendas do grupo, representando 62% das receitas totais, com 619 milhões de euros no primeiro semestre. A penetração dos produtos de transformação aumentou para 33,2% das vendas totais, registando um crescimento de 10% em relação ao primeiro semestre de 2023.

A Europa representou 32% do total de vendas. As receitas aumentaram 12% para 321 milhões de EUR, com um crescimento orgânico de 9,4%. Os produtos de transformação tiveram um bom desempenho, com um crescimento de dois dígitos de 24,9%. Por último, a região Ásia-Pacífico representou 6% das vendas totais, com um crescimento orgânico de 11%.

A empresa destaca como um marco para reforçar o seu balanço o registo de um programa de notas promissórias no Mercado de Renda Fixa AIAF, denominado Prosegur Cash 2024 AIAF Promissory Note Programme, com um saldo máximo de até 400 milhões de euros. Este programa será utilizado como complemento dos canais de financiamento tradicionais utilizados nos últimos anos, com o objetivo de diversificar as fontes de financiamento da empresa e, assim, reforçar a sua liquidez.

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Mais de 85% dos espanhóis não sabem que o controlo da ingestão de líquidos é o maior desafio de verão para pessoas com doença renal grave

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  • 26 Julho 2024

A doença indica que os rins estão danificados e não funcionam a um ritmo adequado, impedindo-os de manter a saúde do organismo.

Mais de 85% dos espanhóis não consideram o controlo da ingestão de líquidos como o maior desafio para as pessoas com doença renal crónica (DRC) avançada durante o verão, de acordo com um inquérito à população realizado pela Aliança Boehringer Ingelheim e Lilly com o apoio social da Alcer, Cardioalianza e FEDE.

A DRC é uma doença que indica que os rins estão danificados e não funcionam a um ritmo adequado, impedindo-os de manter a saúde do organismo. Em Espanha, afeta 1 em cada 7 adultos, o que reflete uma prevalência de 15%, e é mais comum nos homens, nas pessoas mais velhas e nas pessoas com doenças cardiovasculares.

Mais de 86% dos inquiridos não consideram a dificuldade de manter uma dieta pobre em sal e potássio como um dos principais desafios durante as férias e apenas 20% dos inquiridos consideram que manter-se fresco e evitar o sobreaquecimento é o maior desafio para as pessoas com DRC durante o verão.

Além disso, cerca de 17% dos inquiridos entre os 25 e os 34 anos e aproximadamente 15% dos inquiridos entre os 55 e os 65 anos consideram que o desafio mais difícil para as pessoas com DRC é manter estas restrições alimentares durante o verão. Durante as férias, há um aumento das refeições fora de casa, o que complica a gestão da dieta. Muitas vezes, a comida oferecida nos restaurantes e nos eventos sociais não corresponde às restrições necessárias, o que pode levar a desajustes no seu controlo nutricional, sublinha o inquérito.

Mais de 1 em cada 5 espanhóis considera que a coisa mais difícil para as pessoas com esta doença gerir no verão é garantir o acesso aos serviços de saúde. Durante este período, os doentes podem ficar sem o seu médico especialista habitual. Sem estes cuidados de qualidade, os doentes podem ter dificuldades em aceder aos seus tratamentos regulares, como a diálise e a monitorização contínua que a sua doença exige. Além disso, a familiaridade e o conhecimento pormenorizado que o seu médico habitual tem sobre a sua história clínica e necessidades específicas são cruciais para a gestão adequada da DRC.

Para enfrentar estes desafios, recomenda-se que os doentes com DRC mantenham uma hidratação adequada6 , bebendo água em pequenas quantidades ao longo do dia, sob a supervisão do seu médico, para evitar a sobrecarga de fluidos. É essencial monitorizar regularmente os níveis de electrólitos e seguir as recomendações dietéticas do especialista para manter o equilíbrio necessário.

“O maior perigo é a desidratação, especialmente nas vagas de calor. A este respeito, deve ter-se especial cuidado com os doentes idosos, que perdem a sensação de sede e são mais suscetíveis a este risco, pelo que é importante que os seus familiares e prestadores de cuidados estejam conscientes desta condição e estejam atentos à ingestão adequada de líquidos e à hidratação adequada do doente. A hipotensão e a hipotensão ortostática (“tonturas ao levantar-se do sofá ou da cama”) podem piorar a função renal, uma vez que chega menos sangue aos rins”, afirma a Dra. Noemí Pérez de León, médica de família e coordenadora do grupo de trabalho de Nefro-Urologia da Semergen.

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Son Net e Son Vell, os dois alojamentos exclusivos das Baleares selecionados na lista Forbes dos 20 pequenos hotéis de charme do mundo

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  • 26 Julho 2024

Uma seleção exclusiva de alojamentos “imperdíveis e inesquecíveis” em todo o mundo, juntamente com hotéis nos lugares mais idílicos e remotos do planeta, escolheu dois hotéis nas Ilhas Baleares.

As Ilhas Baleares são um dos destinos turísticos mais populares em Espanha, tanto para viajantes nacionais como internacionais. Só em 2023, 17,8 milhões de turistas visitaram as ilhas, um recorde histórico que, de acordo com dados de reservas de hotéis e previsões de diferentes organizações, poderá ser novamente ultrapassado, atingindo quase 20 milhões de visitantes este ano.

Apesar do afluxo maciço de turistas, as ilhas continuam a ter espaços e estabelecimentos exclusivos, longe da azáfama, que permitem desfrutar de paz e relaxamento num dos melhores enclaves do Mediterrâneo e do mundo.

Esta é a lista Forbes dos 20 pequenos hotéis de charme do mundo. Uma seleção exclusiva de alojamentos “imperdíveis e inesquecíveis” em todo o mundo que, juntamente com hotéis exclusivos nos lugares mais idílicos e remotos do planeta, também escolheu dois hotéis nas Ilhas Baleares. Mais concretamente, o Grand Hotel Son Net, em Maiorca, e o Son Vell, by Vestige Collection, em Menorca, dois estabelecimentos que partilham com o resto da lista o facto de terem um número reduzido de quartos para que o cliente “se sinta em casa”, mas sem “renunciar ao luxo dos maiores”.

O Grand Hotel Son Net, no coração da serra de Tramuntana, é o empreendimento maiorquino dos proprietários da Finca Cortesín, um emblema do luxo em Marbella. Os seus 31 quartos e suites estão divididos entre uma mansão do século XVII, perfeitamente restaurada, e quatro casas de campo. O hotel está situado numa propriedade de 57 hectares com a sua própria vinha e magníficos jardins e oferece instalações bem cuidadas com três piscinas e dois restaurantes. Tanto o interior como as áreas comuns foram decorados pelo designer de interiores Lorenzo Castillo.

O Son Vell é o primeiro hotel da Coleção Vestige, especializada na recuperação de edifícios e propriedades históricas para lhes dar uma segunda vida sob a forma de alojamento exclusivo. Localizado em Menorca, a apenas 20 minutos de Ciudadela e a 10 minutos a pé da própria propriedade da enseada de Son Vell, está situado numa propriedade de 180 hectares com jardins bem cuidados e acesso ao Camí de Cavalls. As suas 33 suites exclusivas e quartos espaçosos estão distribuídos entre uma casa senhorial original do século XVIII e uma série de edifícios agrícolas tradicionais que foram meticulosamente restaurados para oferecer o máximo conforto.

Já considerado um dos alojamentos mais exclusivos da ilha, o Son Vell também possui uma piscina espetacular e oferece aos seus hóspedes experiências como excursões a cavalo a partir do hotel, cinema de verão ao ar livre, piqueniques e passeios de barco, entre outras. Os seus restaurantes Sa Clarisa e Vermell, geridos pelo chefe local Joan Bagur, também estão abertos aos hóspedes fora do hotel e oferecem cozinha tradicional de Menorca com produtos locais.

Esta lista da Forbes inclui também outros hotéis espanhóis, como o Palácio de Arriluce em Bilbau, A Quinta Da Auga em Santiago de Compostela e a Casa Palacio Don Ramón em Sevilha.

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Lucros da EDP Renováveis disparam 163% no semestre com aumento da energia produzida

Crescimento de 5% da produção ajuda a explicar forte aumento dos lucros da elétrica, bem como os ganhos da rotação de ativos, apesar de um aumento dos custos financeiros.

O primeiro semestre fica marcado por um forte crescimento dos lucros da EDP Renováveis EDP 0,56% . A empresa viu o resultado líquido na primeira metade do ano disparar 163%, atingindo os 210 milhões de euros, por comparação com os 80 milhões conseguidos no primeiro semestre do ano passado.

Segundo a empresa, esta melhoria reflete “a recuperação do desempenho operacional e os ganhos de rotação de ativos, apesar da subida de 64 milhões de euros dos custos financeiros”. O resultado líquido inclui ainda “um impacto negativo de 46 milhões de euros relacionado com projetos em desenvolvimento na Colômbia”, refere o relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nos seis meses até junho, a EDP Renováveis realizou três transações no âmbito da estratégia de “rotação de ativos” — nos EUA, Canadá e Itália — “num total de 0,8 GW de capacidade renovável”, que contribuíram com 171 milhões de euros de ganhos para o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações). Este cresceu 26% na comparação homóloga e totalizou 960 milhões de euros no semestre.

A EDP Renováveis destaca ainda o contributo da subida de 5% observada na produção de energia renovável, que totalizou 18,9 TWh (terawatts-hora), com o mercado da América do Norte a registar, de longe, o maior crescimento da produção, na ordem dos 15%. Esta variação compara com um aumento menor, de 4%, na geração elétrica na Europa e um decréscimo acentuado de 41% no mercado da América do Sul.

Preço das ações da EDP Renováveis em Lisboa:

No período, a elétrica também beneficiou da estabilização do preço médio de venda nos 60,6 euros por MWh (megawatt-hora), um aumento marginal face à primeira metade do ano passado. Os preços “mais baixos” na Europa foram “compensados pela geração com coberturas a preços competitivos e o desempenho de preço positivo na América do Norte”.

Assim, a EDP Renováveis conseguiu vendas de eletricidade de 1.145 milhões de euros no período em apreço, mais 5% do que no semestre homólogo, mas as receitas totais diminuíram 1%, para 1.209 milhões. A empresa explica que este recuo está relacionado com um impacto de 34 milhões de euros na Colômbia, “custos de unwinding de coberturas na Roménia de 26 milhões de euros” e um impacto contabilístico nos contratos de aquisição de energia avaliado em 18 milhões de euros.

Apesar do já referido aumento dos custos financeiros, os custos operacionais da EDP Renováveis no primeiro semestre desagravaram-se em 1%, para 509 milhões de euros. Enquanto isso, o investimento bruto totalizou 1,6 mil milhões de euros, com mais de 80% deste montante a ser aplicado na Europa e na América do Norte, mercados que a empresa vê como sendo “de baixo risco”.

Enquanto isso, a dívida líquida da EDP Renováveis aumentou 1,7 mil milhões de euros face a dezembro de 2023, para 7,5 mil milhões de euros, “refletindo os investimentos de caixa feitos no período, com mais rotação de ativos e rendimentos de tax equity esperados para o final do ano, compensando a evolução dos investimentos a ser realizados durante o ano”.

(Notícia atualizada pela última vez às 7h54)

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Estrela e Foz são as freguesias de Lisboa e Porto com maiores desigualdades de rendimentos

Estrela e Foz registaram as maiores desigualdades de rendimentos entre as freguesias dos municípios de Lisboa e do Porto, respetivamente, enquanto Marvila e Ramalde as menores.

A Estrela e a Foz são as freguesias de Lisboa e Porto, respetivamente, que registam maior desigualdade de rendimentos nos dois municípios, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

As estatísticas divulgadas na quinta-feira revelam que, em 2022, os municípios de Lisboa e do Porto registaram uma maior desigualdade na distribuição do rendimento face à média nacional (35,7%). O coeficiente de Gini – que mede a distribuição de rendimentos, assumindo valores entre 0 (quando todas as pessoas têm igual rendimento) e 100 (caso todo o rendimento se concentre numa única pessoa) – foi de 42,5% em Lisboa e 41,8% no Porto.

Em Lisboa, a freguesia da Estrela foi aquela que registou maior desigualdade de rendimentos (47,7%), enquanto Marvila foi a que apresentou a menor (32,3%), segundo este indicador.

Fonte: INE

Considerando os valores medianos de rendimento líquido por pessoa, verifica-se também que, em 2022, 12 das 24 freguesias de Lisboa apresentaram valores superiores ao do município (13.809 euros), destacando-se as freguesias do Lumiar (20.777 euros) e Parque das Nações (20.129 euros) com os maiores valores.

Destas 12, seis apresentaram também coeficientes de Gini do rendimento líquido por pessoa superiores ao valor do município (42,5%): Parque das Nações (42,7%), Belém (44,1%), Avenidas Novas (45,3%), Estrela (47,7%), Campo de Ourique (43,0%) e Santo António (47,5%).

Por outro lado, as freguesias de Misericórdia, Santa Maria Maior, Arroios e Campolide apresentaram maiores níveis de desigualdade do que Lisboa, ainda que valores medianos de rendimento líquido inferiores ao do município.

No município do Porto, a União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde foi aquela em que a desigualdade de rendimentos era mais acentuada, encontrando-se no polo oposto Ramalde, com o coeficiente de Gini a fixar-se em 45% e 39,7%, respetivamente.

Fonte: INE

A União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (16.824 euros) e a União de freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos (13.531 euros e 43,2%) destacavam-se também por apresentarem os rendimentos medianos e coeficientes de Gini por pessoa mais elevados entre as sete freguesias do município do Porto (11.975 euros e 41,8%).

Os dados do INE indicam ainda que as freguesias de Paranhos, Bonfim, Campanhã e a União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória registaram, simultaneamente, rendimentos medianos e níveis de desigualdade inferiores aos do Porto.

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5 coisas que vão marcar o dia

É dia de reunião do Conselho de Ministros. INE divulga dados sobre a habitação e procura turística. Lá fora, arrancam os Jogos Olímpicos Paris 2024 e decorre a reunião do grupo G20.

Por cá, é dia de reunião do Conselho de Ministros e o INE divulga dados sobre a habitação e procura turística. Lá fora, arrancam os Jogos Olímpicos Paris 2024 e decorre a reunião do grupo G20.

EDP Renováveis apresenta resultados

A EDP Renováveis (EDPR) apresenta os resultados do primeiro semestre antes da abertura da Euronext Lisbon. No primeiro trimestre deste ano, o resultado líquido ascendeu a 68 milhões (+4% em termos homólogos), impactado por uma menor contribuição do top line e pelo aumento de impostos, devido ao tratamento fiscal dos ganhos com rotação de ativos, e compensado por uma redução dos custos financeiros líquidos e dos interesses não controláveis (-11% em termos homólogos)”, adiantou a energética.

INE divulga procura turística

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta sexta-feira um inquérito à Avaliação Bancária na Habitação de junho assim como os dados relativos à procura turística dos residentes referente ao primeiro trimestre deste ano.

Governo discute defesa em Conselho de Ministros

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, preside ao Conselho de Ministros que se reúne a partir das 10h00 desta sexta-feira, no Forte de São Julião, em Oeiras. O Governo deve debater e decidir sobre assuntos de Defesa.

Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris

Arrancam esta sexta-feira os Jogos Olímpicos Paris 2024, em França, que se prolongam até 11 de agosto deste ano. A cerimónia de abertura, com uma delegação portuguesa, acontece às 19h30 locais (18h30 em Lisboa) com desfile em barcos pelo rio Sena, com partida na ponte de Austerlitz. O canoísta Fernando Pimenta e a atleta Ana Cabecinha são os porta-estandartes de Portugal.

Reunião do G20 termina no Brasil

Termina esta sexta-feira a reunião do grupo G20, no Brasil. Portugal participa como membro observador durante este ano, representado pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito.

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Fixar tetos para ministérios antes do Orçamento do Estado é “inútil”, diz UTAO

O Governo aprova esta sexta-feira os plafonds para 2025, mas a UTAO alerta que, como essa obrigação não tem sido cumprida, "a regra é inútil para disciplinar a execução das contas públicas".

O Governo de Luís Montenegro deverá aprovar esta sexta-feira os limites de despesa dos vários ministérios para o Orçamento do Estado para 2025, uma obrigação que já deveria ter sido cumprida com a proposta de lei das Grandes Opções do Plano 2024-2028, que deu entrada no Parlamento a 2 de julho. Porém, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) alerta que “a regra é inútil para disciplinar o desenho e a execução das contas públicas”, tendo em conta que tem sido reiteradamente violada, lê-se no relatório de apreciação à Conta Geral do Estado de 2023.

Apesar de o estudo se reportar à execução de 2023, da tutela de Fernando Medina, na altura ministro das Finanças, a entidade liderada por Rui Baleiras chama a atenção que este “escrutínio” serve também “para enriquecer o debate político que se aproxima sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 e a primeira geração do Programa Orçamental Estrutural de Médio Prazo”.

A UTAO lembra que a quarta alteração à Lei de Enquadramento Orçamental, introduzida em abril de 2022, continuou a indicar a necessidade de apresentação dos tetos de despesa para o ano seguinte, antes da entrega do Orçamento do Estado. Porém, tal exigência “não terá nenhuma eficácia prática”, conclui.

“Na realidade, só servirá para dar trabalho aos técnicos do Ministério das Finanças que tiverem de o continuar a elaborar, pois aquela alteração veio dizer que basta uma simples declaração do Governo no relatório que acompanha cada proposta do Orçamento do Estado para afastar a imperatividade dos tetos que estiverem na lei das Grandes Opções”., argumentam os peritos. “A única regra genuinamente nacional de disciplina orçamental é um mero emblema formal”, critica a UTAO.

Por isso, “este instrumento de condicionamento dos orçamentos anuais com preocupações de médio prazo para nada de útil serve; aliás, revela a mesma ineficácia que teve o seu antecessor, o Quadro Plurianual de Programação Orçamental (QPPO)“, lê-se no mesmo documento. E, “nem com tanta possibilidade de excecionamento, os tetos legalmente vinculativos são cumpridos“, notam os peritos. “Como está, será preferível assumir a sua revogação. Ao menos, poupava-se o trabalho dos técnicos do Ministério das Finanças que, todos os anos, ainda têm que o elaborar”, defende a UTAO.

Nem os prazos para entrega dos quadros de despesa nem os seus limites têm sido cumpridos. O Executivo da Aliança Democrática (AD) ainda não entregou os tetos de despesa para 2025 e esses quadros já deveriam acompanhar as Grandes Opções do Plano 2024-2028. Mas não é a primeira vez que um Governo viola as regras orçamentais.

A UTAO indica que, em 2023, quando estava Fernando Medina ao leme das Finanças do Executivo de António Costa, “não foi respeitada a obrigação legal de o Quadro Plurianual das Despesas públicas (QPDP) fixar imperativamente os tetos de despesa a observar pelo Orçamento do Estado (OE) de 2023 antes da proposta deste orçamento começar sequer a ser elaborada”.

A Lei de Enquadramento Orçamental manda a Assembleia da República aprovar até 15 de maio de 2022 a lei das Grande Opções, da qual consta obrigatoriamente o QPDP aplicável ao período 2022 a 2026. Ora a lei das Grandes Opções “só foi aprovada, curiosamente, na mesma altura em que o OE para 2023 foi fechado na Assembleia da República”, lê-se no mesmo relatório.

“Situação tão ou mais estranha foi o facto de nem sequer alguns tetos aprovados pela Assembleia da República para o Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) respeitarem integralmente os tetos desse QPDP“, sinaliza a mesma entidade. Por exemplo, o Orçamento do Estado para 2023 “cumpriu o teto global de despesa fixado no QPDP para o conjunto dos setores Administração Central e Segurança Social”, mas “o mesmo não sucedeu em alguns programas orçamentais”. Os especialistas em Finanças Públicas constatam que “avultam as ultrapassagens do teto imperativo atribuídas aos programas Finanças (892 milhões de euros) e Ensinos Básicos e Secundário e Administração escolar (690 milhões de euros)”.

Governo de Costa gastou quase mais 6 mil milhões face ao previsto

Para além disso, da análise da UTAO à execução do Orçamento do Estado para 2023 face aos tetos de despesa que tinham sido fixados, constata-se que o Governo de António Costa ultrapassou os limites de despesa em seis ministérios, representando um desvio de 5.971 milhões de euros.

Os ministérios do Trabalho e da Saúde foram os que sofreram maior variação, de 4.174 milhões e de 1.246 milhões, respetivamente, representando as duas rubricas 90,8% ou 5.420 milhões de euros da diferença global.

“Comparando a execução do Orçamento do Estado para 2023 com os tetos imperativos fixados no Quadro Plurianual das Despesas Públicas (QPDP), conclui-se que […] alguns programas orçamentais violaram os limites fixados na regra nacional de despesa”, alerta a entidade liderada por Rui Baleiras.

Em concreto, “houve seis programas orçamentais que ultrapassaram o limite de despesa”. No item relativo a Órgãos de Soberania, o Estado gastou mais 19 milhões de euros do que o previsto, na Representação Externa, o limite foi ultrapassado em 278 milhões, na área da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o desvio foi de 240 milhões, no Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a despesa adicional ascendeu a 4.174 milhões, na Saúde atingiu os 1.246 milhões e, na Agricultura e Alimentação, foi de 14 milhões de euros, de acordo com a contabilização feito pelo ECO a partir dos dados disponibilizados pelos peritos que apoiam os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

Fonte: Relatório da UTAO sobre a Conta Geral do Estado de 2023

Em sentido inverso, foram respeitados os plafonds, determinados pelo Quadro Plurianual das Despesas Públicas, na Administração Central e Segurança Social, cuja despesa ascendeu a “256.419 milhões de euros, em 2023, situando-se abaixo do limite fixado, de 339.870 milhões de euros”, aponta a UTAO. Ou seja, neste caso, o Estado gastou menos 83.451 milhões do que o estimado.

UTAO critica ingerência das Finanças na gestão das entidades públicas

Neste relatório, a UTAO tem um capítulo inteiro dedicado à “intromissão do poder político na gestão das entidades públicas”, designadamente através dos chamados instrumentos não convencionais de controlo de despesa, que passam por entraves à contratação de pessoal e aquisição de bens serviços em prejuízo da eficiência dos serviços públicos.

Por isso, e a cerca de dois meses e meio da apresentação do Orçamento do Estado para 2025, a UTAO indica que esta análise “pode ser usada pelos legisladores para preparar uma lei orçamental para 2025 mais amiga da eficácia na gestão pública e da qualidade dos serviços prestados pelo setor público aos cidadãos e à economia portuguesa”.

A UTAO considera que os mecanismos não convencionais de limitação de despesa das entidades públicas não têm utilidade alguma e têm “efeitos nocivos sobre a gestão pública e a qualidade dos serviços prestados pelo setor público”. “Em 2023, permaneceram em vigor restrições à autonomia das entidades públicas, em todos os subsetores das Administrações Públicas e no setor público empresarial, para contratar serviços e recrutar recursos humanos”, lê-se no mesmo relatório. A UTAO lembra que “a contratação de trabalhadores” depende “de parecer favorável do membro do Governo de que depende o serviço ou organismo em causa e de autorização dos membros do Governo responsáveis pelas áreas de Finanças e Administração Pública”.

Por isso, “a autonomia dos órgãos de gestão de empresas do setor público empresarial para decidir a substituição de trabalhadores continuou a ser fortemente condicionada em 2023”. “Os encargos com contratos de aquisição de serviços foram igualmente condicionados na lei orçamental de 2023, de forma idêntica ao que havia ocorrido no exercício orçamental de 2022. Para além da sujeição às restrições aplicáveis a aquisições de serviços em geral, a aquisição de serviços cujos objetos tenham sido estudos, pareceres, projetos e consultoria continuaram abrangidos por restrições específicas em 2023. Por fim, a celebração ou renovação de contratos de aquisição de serviços na modalidade de tarefa ou avença esteve dependente de parecer prévio vinculativo a emitir por três responsáveis políticos: membros do Governo responsáveis pelo setor, pela área da Administração Pública e pela área das Finanças”, observa o organismo, coordenado por Rui Baleiras.

A utilização destas restrições remonta a 2011 e tem sido repetida anualmente sem alterações significativas, lamenta a UTAO. Porém, “a eliminação destas restrições não aumentaria a despesa agregada face às dotações aprovadas pela Assembleia da República, seja a despesa nas rubricas pessoal e aquisição de serviços, seja a despesa total de cada entidade pública”, defende.

Alguns instrumentos, sublinha a UTAO, “introduzem limites à despesa inferiores aos tetos de despesa aprovados pela Assembleia da República”. “Se a intenção do legislador é limitar a despesa, questiona-se por que é que o proponente dos Orçamentos do Estado não se limita a fazer isso mesmo nos mapas orçamentais que envia para a Assembleia da República? Seria mais transparente e rigoroso na fixação das restrições orçamentais individuais para cada serviço/organismo”, sugere.

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Travão nos resultados das empresas confirma abrandamento da economia e ameaça máximos das bolsas

As empresas do setor tecnológico lideram as descidas tanto nos EUA como na Europa, com os investidores preocupados com o nível de avaliações destas empresas.

Não poderia ter começado pior a época de apresentação de resultados do segundo trimestre. A divulgação de números abaixo das estimativas dos analistas e a revisão em baixa de perspetivas de crescimento vieram confirmar que o menor dinamismo da economia começa a refletir-se no consumo, arrastando as bolsas europeias e americanas. Isto num momento em que as avaliações bolsistas vinham a negociar próximas de máximos. As praças norte-americanas viveram na quarta-feira a sua pior sessão desde 2022, arrastadas pelas tecnológicas, cujo valor tem sido impulsionado pela febre da inteligência artificial (IA).

Apenas numa sessão, o índice tecnológico Nasdaq viu evaporar-se, esta quarta-feira, um bilião de dólares em valor de mercado, pressionado pelas quedas acima de 5% da Alphabet e do tombo de 12% da Tesla, após ambas as empresas terem apresentado os números do segundo trimestre, com os resultados a desapontarem, o que alimentou a preocupação de que o frenesim da inteligência artificial (IA) possa ter levado as ações para níveis de negociação demasiados elevados. Desde o último recorde de 10 de julho, este índice de Wall Street perde mais de 8%.

Depois dos EUA, esta quinta foram as praças europeias a provar o veneno dos resultados, ao encerrarem em queda, depois de terem tocado mínimos de dois meses durante a sessão. Empresas desde o setor tecnológico, ao retalho, luxo, passando pelo automóvel vieram apresentar contas que contribuíram para aumentar as preocupações dos investidores em relação à capacidade de aumentar receitas por parte das cotadas, numa economia que dá sinais de abrandamento. A recuperação da economia perdeu força em julho, com as duas maiores economias da Zona Euro a darem sinais preocupantes, abrindo margem para o BCE cortar as taxas de juro em setembro.

Também nos EUA, os consumidores começam a mostrar-se mais cautelosos nas suas escolhas de consumo, num momento em que a Reserva Federal dos EUA continua a resistir a iniciar um ciclo de descidas de juros. Tudo isto num mundo marcado por vários conflitos, que conduziu a um agravamento de custos, e à espera do desfecho das presidenciais nos EUA.

“A ‘earnings seasons’ tem tido surpresas dos dois lados, mas deverá continuar a evidenciar um dinamismo económico fraco, sobretudo ao nível do consumo das famílias e dos bens duradouros quer pelas famílias quer pelas empresas”, explica Filipe Garcia, presidente da IMF. O economista acrescenta que “a desaceleração da china também é um fator importante”, enquanto “as taxas de juro altas vão fazendo também mossa. Por outro lado, também terão sido geradas expectativas difíceis de cumprir de forma contínua.”

Até agora, cerca de um terço das empresas do S&P 500 apresentaram as contas do segundo trimestre, sendo que apenas 43% das companhias conseguiram bater as estimativas dos analistas, a percentagem mais baixa em cinco anos, segundo revelam dados compilados pela Bloomberg Intelligence.

Os múltiplos na IA estão em parte exagerados e sujeitos a um ‘check’ de realidade.

Guillermo Hernández Sampere

“Se a economia começar a desacelerar, a velocidade da desaceleração torna-se essencial. Uma desaceleração mais rápida teria implicações negativas nos lucros e aumentaria a probabilidade de uma liquidação nos mercados de ações e de crédito”, escreve o economista Torsten Slok, da Apollo Global Management, numa nota a clientes, publicada esta quinta. Filipe Garcia realça que esta descida das bolsas “pode ser apenas e só uma correção natural e ‘saudável’ do mercado o que não quer dizer que não possa causar dor. Muitas vezes a inversão do ciclo de taxas de juro, de contracionista para expansionista sinaliza mudanças de ciclo nos mercados de ações, mas realmente é cedo para dizer se estamos perante uma correção de alguns dias ou mais do que isso, embora eu esteja mais inclinado para esta última.”

Para Guillermo Hernández Sampere, “head of trading” da Manfred Piontke, “a correção [das bolsas] deve-se às avaliações exageradas em algumas companhias”. O mesmo especialista nota, em respostas ao ECO, que “os múltiplos na IA estão em parte exagerados e sujeitos a um ‘check’ de realidade”.

Não é propriamente um contexto favorável à tomada de risco, até porque temos a 2ª economia do mundo a não responder a estímulos, pelo menos duas guerras importantes em aberto e muita polarização política no mundo ocidental.

Filipe Garcia

Presidente da IMF

Também Filipe Garcia concorda que “o ritmo de subida das empresas tecnológicas estava a ser muito acelerado e havia muitos avisos e métricas de comparação com o que foi visto em 2000 aquando das dot.com” No entanto, “isto não significa que “a festa tenha acabado”, mas a correção faz todo o sentido e vai obrigar a revisitar e validar muitas das teses de investimento, nomeadamente no que diz respeito à IA”, explica, acrescentando que está a acontecer uma rotação para outros negócios, nomeadamente das chamadas 7 magníficas [Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Meta Platforms, Nvidia e Tesla] para cotadas de menor dimensão.

“Também é preciso ter em mente que estamos em pleno período de campanha nos EUA, um processo que já teve direito a uma tentativa de assassinato de um candidato e a desistência de outro. Não é propriamente um contexto favorável à tomada de risco, até porque temos a 2ª economia do mundo a não responder a estímulos, pelo menos duas guerras importantes em aberto e muita polarização política no mundo ocidental”, justifica.

O clima político intenso parece ter causado uma mudança notável no mercado, passando de ações de tecnologia proeminentes para ações cíclicas, de defesa e de pequena capitalização”, adiantou à Reuters Jeff O’Connor, responsável da Liquidnet.

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PS espera que Governo cumpra “a palavra” e reduza as tabelas de retenção na fonte do IRS com efeitos a janeiro

Socialistas têm a "expectativa" de que o Governo faça retroagir a janeiro os efeitos da descida do imposto na redução dos descontos, tal como anunciou. Mas o primeiro-ministro mantém-se em silêncio.

“Palavra dada, palavra honrada”. A expressão foi repetida vezes sem conta pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o debate do estado da nação, no Parlamento, na semana passada. E, se assim é, o PS tem a “expectativa de que o Governo cumpra a palavra e faça retroagir a janeiro a redução das tabelas de retenção na fonte em sede de IRS, depois de o Presidente da República ter promulgado o diploma da descida das taxas do imposto para 2024″, da autoria do PS, afirmou ao ECO o deputado e vice-presidente da bancada parlamentar socialista, António Mendonça Mendes. “Não se trata de uma exigência, mas do cumprimento de que foi prometido”, vincou o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem fugido à questão sobre se avança já ou não com a redução dos descontos que trabalhadores e pensionistas fazem para o Fisco e tão pouco faz menção à retroatividade prometida, aquando da aprovação, em Conselho de Ministros, da proposta que reduz as taxas de IRS até ao 8.º escalão e que acabou por ser chumbada pelo Parlamento em detrimento de um projeto de lei do PS que passou com a abstenção do Chega.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o debate sobre o Estado da Nação, na Assembleia da República, em Lisboa, 17 de julho de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSAANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Na visita a Angola, que terminou esta quinta-feira, o chefe do Executivo foi questionado por diversas vezes pelos jornalistas se iria refletir já a descida do imposto nas tabelas de retenção na fonte e a última resposta foi esta: “Estou sem rede”. Montenegro usou as dificuldades das estações de televisão em enviar as imagens para Lisboa para ironizar sobre o estado de espírito do Governo. Fontes do Executivo contactadas pelo ECO indicam que “tudo está em aberto”.

Para o PS, “o Governo deveria fazer refletir no imediato a descida do IRS nas tabelas de retenção na fonte, como ditam as boas práticas de política fiscal”, defende António Mendonça Mendes, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

“A retroatividade a janeiro não é uma exigência, mas tendo em conta a promessa do Governo, seria expectável que o fizessem”, afirmou o deputado. “É uma questão de palavra, O PSD sempre defendeu o ajustamento às regras do imposto e disse que, uma vez que a sua descida fosse aprovada, iria repercutir nas tabelas de retenção na fonte”, afirmou Mendonça Mendes.

Para além disso, o PS tem defendido que a sua proposta, que obteve luz verde de Belém, respeita os limites de redução de receita, propostos pelo Governo, para a redução do IRS e que seriam de 348 milhões de euros, em 2024, através da diminuição das retenções este ano, e de 115 milhões, em 2025, por via da liquidação do imposto.

O Governo tem-se mostrado, contudo, na defensiva. Em reação à promulgação do diploma pelo Chefe do Estado, Luís Montenegro pediu uma “clarificação” sobre o que PS e Chega pretendem em relação às tabelas de retenção na fonte. O secretário-geral dos socialistas, Pedro Nuno Santos, considerou logo uma não questão: “A partir deste momento, não há nenhuma razão para que o Governo não repercuta já a redução de IRS, em 2024”. Já o partido de André Ventura tenciona apresentar um projeto de resolução na Assembleia da República que recomende o Governo a refletir nas tabelas de retenção na fonte deste ano a descida do IRS.

De salientar que a retenção na fonte, vulgarmente designada de descontos, funciona como uma espécie de pagamento por conta ou adiantamento ao Estado. Ou seja, se um funcionário ou pensionista retiver mais do que a taxa do imposto depois recebe um reembolso mais avultado ou liquida menos IRS no ano seguinte.

Aquando da aprovação da proposta do Governo, em Conselho de Ministro, para a redução do IRS até ao 8.º escalão, o Executivo tinha garantido que, a ser aprovada pelo Parlamento, iria avançar com a retroatividade da descida das tabelas de retenção na fonte a janeiro. Isto implicaria que as empresas, no caso dos salários, e a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações, no caso das pensões do privado e da Função Pública, respetivamente, procedessem a acertos no valor que retiveram todos os meses desde janeiro, devolvendo a trabalhadores e reformados o valor que foi descontado a mais.

O Parlamento acabou por rejeitar a proposta do Executivo e passou um projeto do PS com a ajuda da abstenção do Chega e que dita uma redução das taxas do imposto entre 0,25 e 1,5 pontos face à tabela em vigor até ao 6.º escalão, isto é, até rendimentos mensais brutos até cerca de 3.100 euros.

Apesar de Luís Montenegro ainda não revelar a decisão que será tomada pelo Executivo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta quinta-feira, que espera que o Governo reflita a descida do imposto já este ano, por via da redução das tabelas de retenção na fonte.

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Coreanos das eólicas constroem nova fábrica de 300 milhões e 1.000 empregos em Aveiro

Porto de Aveiro concessiona mais dois lotes à CS Wind, onde a líder mundial de torres eólicas vai erguer uma fábrica de fundações offshore flutuantes. Será a quarta em Portugal, onde já emprega 1.200.

A gigante sul-coreana CS Wind, maior fabricante mundial de torres eólicas, acaba de assegurar mais duas parcelas de terreno com uma área total de 121.362 metros quadrados, contíguas às atuais instalações da empresa na Zona de Atividades Logísticas e Industriais (ZALI) do Porto de Aveiro, onde já tem em funcionamento duas unidades industriais dedicadas ao fabrico de equipamentos para produção de energia eólica offshore.

Em declarações ao ECO, Bruno Martins Azevedo, diretor de vendas e projetos da CS Wind Portugal, avança que a subsidiária do grupo asiático concorreu a este concurso público, lançado em fevereiro, “de forma a garantir as áreas necessárias à sua expansão e construção de uma nova unidade industrial com tecnologia de ponta para o fabrico de componentes eólicos offshore, nomeadamente fundações offshore flutuantes”.

“O investimento previsto dependerá do output necessário e [resultante] dos programas e objetivos nacionais a instalar em termos de GW e do período para os mesmos, mas estimamos um investimento a rondar os 200 a 300 milhões de euros nesta nova unidade, e prevemos criar cerca de 1.000 novos empregos”, adianta o porta-voz da empresa, que já assegura atualmente mais de 1.200 postos de trabalho em Portugal.

Estimamos um investimento a rondar os 200 a 300 milhões de euros nesta nova unidade, e prevemos criar cerca de 1.000 novos empregos.

Bruno Martins Azevedo

Diretor de vendas e projetos da CS Wind Portugal

Esta será a quarta fábrica portuguesa da multinacional que em fevereiro de 2022 assumiu o controlo total da ASM Industries, que já era líder nacional no fabrico de torres eólicas, depois de comprar a participação de 40% que ainda estava nas mãos de Adelino da Costa Matos, que deixou então o cargo de CEO. No verão de 2021, a WAM Investments, controlada pelo filho do histórico industrial metalúrgico Adelino da Silva Matos já tinha vendido por 46,5 milhões de euros uma participação de 60% na empresa aveirense.

Coreanos da CS Wind já têm duas fábricas na Zona de Atividades Logísticas e Industriais do Porto de Aveiro

A fábrica original na ZALI do Porto de Aveiro, inaugurada em 2019, produz torres eólicas offshore e partes de fundações offshore fixas (monopiles). Em maio deste ano, num investimento avaliado em 120 milhões e já realizado pelos novos acionistas, inaugurou ali uma segunda unidade, com o triplo de capacidade, dedicada a 100% ao fabrico dos modelos maiores e mais modernos de torres eólicas offshore. Passou então a ter capacidade para produzir semanalmente 3.300 toneladas, o equivalente a cerca de 200 torres eólicas offshore por ano.

Quando este novo projeto para o fabrico de fundações offshore estiver em funcionamento, a CS Wind estima “duplicar a tonelagem” que produz atualmente no Porto de Aveiro. Além disso, esta quarta unidade garantirá a “aplicação do know-how exclusivo que tem no fabrico de fundações offshore flutuantes a nível nacional, conseguido com o fabrico de duas das três plataformas flutuantes que fazem parte do WindFloat Atlantic, instalado ao largo de Viana do Castelo”.

Bruno Martins Azevedo, diretor de vendas e projetos da CS Wind Portugal

Por outro lado, acrescenta Bruno Martins Azevedo, estará também “preparada, se o mercado e as diretrizes políticas assim o indicarem, para outras fundações e componentes offshore de forma a dar suporte ao desenvolvimento dos projetos eólicos offshore em Portugal, mas também de forma a tornar a CS Wind Portugal e o Porto de Aveiro num hub de referência a nível europeu e mundial na área do fabrico de componentes eólicos offshore de grandes dimensões e complexidade”.

Concessão rende 2,2 milhões por ano ao Porto de Aveiro

Com origem na década de 1980, a multinacional que adotou o pseudónimo usado pelo filho do fundador (“ChoongSan”) – significa “uma montanha pesada que pode suportar todas as dificuldades” – faturou em Portugal cerca de 110 milhões de euros no ano passado. A reboque destes novos investimentos, o plano de negócios desenhado pela companhia sediada em Seul prevê aumentar as vendas no país para 257 milhões de euros em 2024 e chegar aos 400 milhões de euros em 2025.

Além das duas unidades de produção no Porto de Aveiro especializadas no segmento offshore (para instalar no mar), a partir das quais exporta estes equipamentos por via marítima para vários países europeus e para os EUA, a CS Wind detém ainda uma fábrica no concelho vizinho de Sever do Vouga. Adquirida igualmente ao grupo A. Silva Matos, é ali que produz as torres eólicas para instalar em terra (onshore) e foi recentemente alvo de um investimento de 15 milhões de euros para aumentar a capacidade de produção e a área de armazenamento.

Planta de localização das três novas parcelas que o Porto de Aveiro disponibilizou para unidades fabris do setor eólico offshore.

Na ZALI do Porto de Aveiro passará agora a ocupar uma área total de 414.332 metros quadrados, depois da assinatura do contrato a 16 de julho. Atribuída por um período de 30 anos e prevendo a possibilidade de uma única prorrogação por um prazo adicional de 10 anos, a concessão vai render 2,184 milhões de euros por ano à administração portuária liderada por Eduardo Feio, antigo presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

O concurso publicado, lançado com a intenção de atrair mais investimentos industriais ligados à indústria eólica offshore flutuante, disponibilizou ainda um terceiro terreno (parcela C). No entanto, a Administração do Porto de Aveiro (APA) acabou por não receber qualquer proposta por esse terreno com uma área de 70.728 metros quadrados e com uma frente de cais de 200 metros, a ser construído pelo futuro concessionário.

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