Bolieiro recandidato a líder do PSD/Açores

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

"Temos, pois, uma liderança fundada na consistência, na estabilidade, na honra à palavra dada. Manter-me-ei sempre assim. Sou, pois, recandidato com convicção", disse o presidente do PSD/Açores.

O presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, vai candidatar-se a um novo mandato à frente dos sociais-democratas açorianos nas eleições de sábado, prometendo manter o diálogo para assegurar a estabilidade política na região. “Temos, pois, uma liderança fundada na consistência, na estabilidade, na honra à palavra dada. Manter-me-ei sempre assim. Sou, pois, recandidato com convicção, com espírito de missão, com orgulho e responsabilidade”, declarou.

Bolieiro, que preside ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) desde 2020, falava esta terça-feira na apresentação da recandidatura à liderança do PSD/Açores, na sede do partido, em Ponta Delgada. O social-democrata considerou o “diálogo e a concertação política e social” como “indispensáveis à estabilidade” num contexto de “geometria variável” na Assembleia Regional.

“É bem sabido que a minha liderança e a do PSD na coligação [PSD/CDS-PP/PPM] e na governação dos Açores não tem uma maioria absoluta no parlamento. Pude demonstrar, com humildade democrática, disponibilidade para o diálogo e concertação”, reforçou. Questionado sobre a possibilidade de acordos com o CDS-PP e PPM para as próximas autárquicas, Bolieiro lembrou que as alianças pré-eleitorais estão previstas no acordo de coligação, mas realçou que a decisão cabe às estruturas partidárias concelhias.

“Há, obviamente, nos termos do acordo da coligação a aposta em projetos políticos municipais e de freguesia que possam ser ganhadores credíveis e confiáveis, mas essa decisão, no final do dia, é das estruturas respetivas”, ressalvou. Bolieiro, que lidera o PSD/Açores desde 2019, evocou as “imensas dificuldades” sentidas pela governação regional nos últimos anos devido ao legado deixado pelos executivos do PS e ao “contexto global e nacional”.

“O meu foco não é a minha permanência no poder. Eu nunca fui focado no egoísmo protagonista da minha pessoa, mas sim do meu espírito de missão de servir o desenvolvimento dos Açores”, salientou. O recandidato a líder da estrutura regional social-democrata disse “acreditar fortemente” que o desenvolvimento dos Açores pode beneficiar da “posição geoestratégica” da região, defendendo a aposta na “ciência, tecnologia e inovação”.

“Os Açores foram sempre considerados na base da sua posição geoestratégica em função da geografia e da condição territorial terrestre. Falta acrescentar – e é este o grande desafio do nosso futuro – à capacidade territorial terrestre a capacidade territorial espacial e marítima”. Já sobre os indicadores sociais do arquipélago, José Manuel Bolieiro sinalizou que existem problemas que são “dificuldades de gerações” e apontou a educação e a saúde como “grandes prioridades para o elevador social”.

“Sob a minha liderança, a coligação [PSD/CDS-PP/PPM] é coesa, firme nos seus propósitos estratégicos e consolidou políticas públicas assertivas na dimensão da mudança de paradigma que estamos a realizar. Eu sou pessoa de compromissos e de honrar a palavra”, acrescentou.

As eleições para a liderança do PSD/Açores vão decorrer no próximo sábado e o congresso regional deverá acontecer de 25 a 27 de outubro. O congresso regional do partido estava previsto para 21 e 22 de setembro, mas, por coincidir com as datas do congresso nacional, José Manuel Bolieiro revelou que a intenção é alterar a reunião magna para outubro.

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VW reestrutura equipa de liderança do hub tech em Portugal

O novo CEO será responsável pelos três centros tecnológicos da marca automóvel alemã, em Lisboa e Porto, que tem um total de 650 pessoas.

Felix Krueger é o novo CEO da Volkswagen Digital Solutions (VWDS), o hub tecnológico da marca automóvel alemã em Portugal. O até aqui responsável máximo, Juergen Reimann, assume como co-managing director, partilhando agora a gestão do hub com 650 pessoas em Lisboa e, desde abril, no Porto.

“Esta reestruturação reforça a nossa capacidade de inovar e de crescer num ambiente tecnológico em constante evolução. Com esta equipa de liderança renovada, estamos preparados para enfrentar os desafios futuros e continuar a entregar soluções digitais de excelência para o Grupo Volkswagen,” afirma Felix Krueger, novo CEO da VWDS, citado em comunicado.

Felix Krueger é o novo CEO da Volkswagen Digital Solutions

A reorganização, justifica a empresa, “visa otimizar as funções existentes sem deixar vagas por preencher, assegurando que todas as áreas críticas permanecem bem suportadas.”

O novo CEO mantém o cargo que ocupava até aqui como Tech Unit Director da MAN Digital Hub. Licenciado em administração de empresas (BA), em gestão de serviços pela DHBW Heidenheim, Felix Krueger iniciou a sua carreira como consultor de IT, desempenhou vários cargos de gestão na Logica CMG, na Daimler e, mais recentemente, na MAN Truck & Bus SE. “O seu foco está na digitalização, transformação e colaboração global.”

A reorganização passou ainda por outras áreas de liderança. Teresa Relvas, que até aqui liderava as corporate functions e a equipa de RH, passa a director of People, Brand & Communication. Além das suas responsabilidades na área de pessoas, acumula agora com as de marca e comunicação.

Nuno Fernandes assume como director of Finance & Operations, acumulando as responsabilidades de direção de operações, tendo um “papel crucial na gestão financeira e operacional, assegurando a continuidade e o crescimento sustentável da VWDS.”

Jan-Hendrik Jagla mantém-se como Tech Unit Director da SDC:PT (Software Development Center de Portugal); Gonçalo Gomes como Tech Unit Director da CODE (Core Operations and Development) e Sara Loja continua a liderar a área de Information Security & Compliance.

“A VWDS continua a reforçar as suas equipas de tech units e equipas centrais com novas contratações, alinhadas com a sua estratégia de crescimento e inovação”, refere a empresa, sem detalhar, quando questionada, objetivos de novas contratações.

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IL anuncia voto contra Orçamento da Madeira por ser “despesista e assistencialista”

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O deputado único da IL no parlamento da Madeira, Nuno Morna, vai votar contra o Orçamento da região para 2024 na generalidade e apresentou 10 propostas de alteração que poderão mudar a sua posição.

O deputado único da IL no parlamento da Madeira, Nuno Morna, disse esta terça-feira que vai votar contra o Orçamento da região para 2024 na generalidade e apresentou 10 propostas de alteração que poderão mudar a posição na votação final global.

“Depois de uma leitura muito mais apurada do Orçamento, não mudámos de ideias. Infelizmente, este reflete uma abordagem despesista, assistencialista e ‘subsidiarista’, características de um pendor claramente socialista que não traz nada de novo, perpetuando o mais do mesmo“, afirmou.

Nuno Morna falava em conferência de imprensa na Assembleia Legislativa da Madeira, onde as propostas de Orçamento da região, no valor de 2.195 milhões de euros, e do Plano de Investimentos para 2024, orçado em 877,9 milhões de euros, vão ser debatidas entre quarta e sexta-feira.

“Há três votos no Orçamento. O primeiro voto é um voto na generalidade, ou seja, vamos votar aquilo que recebemos do Governo [PSD]. Se eu digo que aquilo não tem nada de liberal e é um Orçamento socialista, o nosso voto é claramente contra na generalidade”, esclareceu o deputado da Iniciativa Liberal.

Nuno Norma disse, no entanto, que sua posição na votação final global fica dependente da discussão na especialidade de dez propostas apresentadas pelo partido, entre as quais a redução de 30% em todos os escalões do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), conforme prevê a Lei das Finanças Regionais.

Na Madeira, este diferencial fiscal já está em vigor nos quatro primeiros escalões e, de acordo com a proposta de Orçamento para 2024, apresentada pelo executivo minoritário social-democrata, passará a abranger também o 5.º escalão, com efeitos retroativas a janeiro.

Entre as propostas de alteração indicadas pela IL consta a simplificação e desburocratização administrativa, a criação de mecanismos para utilizar contentores que saem da Madeira vazios com vista a obter preços que aumentem a competitividade das exportações e a criação do portal da transparência.

Os liberais defendem também mecanismos de gestão e controlo do fluxo turístico nos locais de maior procura, a avaliação da despesa pública ao nível do setor empresarial tutelado pela região, a vinculação automática dos professores contratados após quatro contratos consecutivos e a criação de um registo de saúde eletrónico.

Em relação à proposta de Orçamento apresentada pelo executivo minoritário social-democrata, Nuno Morna critica, entre outros aspetos, o facto de alocar 1.533 milhões de euros (cerca de 70,8%) a despesas de funcionamento, o que diz revelar uma “administração pesada e ineficiente”.

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José Maria Cabral Sacadura é o novo sócio de Fiscal da Cuatrecasas

A Cuatrecasas reforçou a área de Fiscal com a integração de José Maria Cabral Sacadura, na qualidade de sócio. O advogado transita da TELLES.

A Cuatrecasas reforçou a área de Fiscal com a integração de José Maria Cabral Sacadura, na qualidade de sócio. Segundo o escritório, esta incorporação vem consolidar o “posicionamento estratégico” da firma na área, nomeadamente a nível da fiscalidade internacional e estruturação de transações.

A entrada de José Maria Cabral Sacadura, além de reforçar a nossa área de Fiscal, reitera o nosso foco no segmento do mercado das operações mais complexas e inovadoras e dos clientes mais relevantes do mercado. Esta incorporação está perfeitamente alinhada com a estratégia de crescimento que traçámos e que temos vindo a implementar”, sublinha em comunicado Nuno Sá Carvalho, managing partner da Cuatrecasas em Portugal.

Com mais de 16 anos de experiência, o advogado tem-se dedicado a assessorar grupos nacionais e internacionais, com enfoque na indústria de asset management e private equity. José Maria Cabral Sacadura transita da TELLES.

A excelência técnica, o caráter inovador e vocação internacional tornam a Cuatrecasas um projeto ímpar. É um enorme orgulho poder juntar-me a esta equipa e contribuir para o seu sucesso”, refere o novo sócio.

Já a sócia coordenadora de Fiscal, Serena Cabrita Neto, destaca que com esta contratação a equipa de Fiscal da Cuatrecasas “reforça a sua aposta na área transacional e financeira, ilustrando da melhor forma o seu projeto de ser uma equipa de referência para as empresas nacionais e estrangeiras”.

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Venda da Somincor. “Não se avizinha nada de bom”, diz sindicato

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

"Pensamos que não é nada do outro mundo, porque a venda de empresas acontece todos os dias em todo o lado”, disse, por seu turno, o autarca de Castro Verde.

O presidente da Câmara de Castro Verde (Beja) disse esta terça-feira esperar que a possível venda da empresa da mina de Neves-Corvo, situada no concelho, seja “um ato de gestão normal”, enquanto o sindicato do setor manifestou preocupação. “Temos pouca informação sobre os termos do negócio e como é que vai avançar, mas pensamos que não é nada do outro mundo, porque a venda de empresas acontece todos os dias em todo o lado”, afirmou à agência Lusa o autarca de Castro Verde, António José Brito.

Falando sobre a eventual venda da Somincor, subsidiária do grupo Lundin Mining que explora a mina de Neves-Corvo, o presidente do município disse compreender estas intenções, dada a alta rentabilidade e importância social e económica da empresa. “É legítimo que a Lundin Mining tenha a perceção de, tendo um ativo tão importante e valioso, o poder rentabilizar e, naturalmente, entendemos isso como um ato de gestão normal no seio de um grande grupo económico”, realçou.

Assinalando que “a Somincor é a maior empregadora do concelho de Castro Verde”, o autarca alentejano mostrou-se convicto de que, caso o negócio se concretize, se siga “um quadro de normalidade e de responsabilidade”. “Precisamos de ter uma expectativa de bom senso e tranquilidade de que todo este processo decorrerá dentro da maior normalidade e, nesse sentido, continuaremos a ter uma empresa muito sólida, geradora de emprego e de riqueza”, salientou.

António José Brito lembrou que, há cerca de 20 anos, a empresa “passou por um processo semelhante”, quando a Lundin Mining a comprou à Eurozinc, e que, também nessa altura, “houve muita especulação” sobre o futuro. “A empresa continuou a fazer o seu caminho e, agora, também é a nossa confiança que continue a fazer o seu caminho, com a maior normalidade e independentemente destes processos, que acontecem em todo o lado e com todas as empresas”, acrescentou.

Já o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Albino Pereira, tem uma opinião diferente, uma vez que considerou que “não se avizinha nada de bom”. “De certeza absoluta que não será bom para os trabalhadores, pois, quem vier, virá com vontade de ‘passar a limpo’ os direitos que os trabalhadores têm. Isso já foi tentado no passado e agora será mais do mesmo”, disse.

Albino Pereira aludiu mesmo ao que sucedeu quando entraram novos proprietários nas minas de Aljustrel, também no distrito de Beja, em que foram propostos aos trabalhadores “ordenados pouco acima do ordenado mínimo nacional”. “Isso para um mineiro é uma desgraça”, reforçou.

O dirigente sindical acrescentou que “quem vier a seguir quererá ‘fazer uma limpeza’ – como se costuma dizer – e pôr tudo à vontade deles”. “É um procedimento normal em qualquer compra de património”, notou. Perante a eventual venda da concessionária da mina de Neves-Corvo, o STIM pretende “marcar uma reunião com a administração”, anunciou o coordenador, Albino Pereira.

A Somincor já confirmou, em comunicado enviado à Lusa, “a existência de contactos exploratórios” para a venda da sua operação em Portugal. O comunicado da concessionária da mina de Neves-Corvo surge depois de uma notícia, divulgada pelo jornal “ECO”, a dar conta da pretensão da Lundin Mining vender a empresa mineira sediada no distrito de Beja.

De acordo com a notícia do “ECO”, a fase de apresentação de propostas pela mina de Neves-Corvo termina na quarta-feira, numa operação que estará a ser conduzida pelo Banque de Montréal. Constituída em 24 de julho de 1980, a Somincor é a concessionária da mina de Neves-Corvo, que produz, sobretudo, concentrados de cobre e de zinco, assim como prata e chumbo, e onde trabalham cerca de 2.000 pessoas.

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PSD quer saber quem ajudou a Casa da Moeda a pagar dividendo extra ao Estado

PSD pede lista de clientes da Casa da Moeda que pagaram dívidas no valor global de nove milhões de euros, permitindo que a empresa não tenha sofrido problemas de tesouraria apesar do dividendo extra.

O PSD quer saber quais os clientes da Imprensa Nacional – Casa da Moeda que pagaram dívidas vencidas no valor global de cerca de nove milhões de euros, um montante próximo do dividendo extraordinário entregue pela empresa ao Estado no final de dezembro de 2023.

Num requerimento endereçado ao ministro da Presidência, entregue esta terça-feira no parlamento e a que o ECO teve acesso, os deputados sociais-democratas pedem documentação adicional relativa à Casa da Moeda, após a presidente da empresa, Dora Moita, ter afastado numa audição no parlamento “ingerência política” no pedido de dividendos extraordinários do Estado.

O grupo parlamentar do PSD solicita o envio “urgente” dos nomes dos clientes da Casa da Moeda “que procederam a pagamentos antes do previsto pela empresa quando elaborou os três cenários de distribuição extraordinária de dividendos contidos nos e-mails de 26/12/2023 dirigidos à Parpública e à tutela, respetivos montantes e datas”.

Os deputados ‘laranja’ requerem ainda o balancete final analítico a 31 de dezembro de 2023 da Casa da Moeda e o balancete acumulado analítico.

Em causa estão as declarações da presidente da Casa da Moeda, numa audição em 11 de julho no parlamento a pedido do CDS-PP. A responsável da empresa afirmou que não sentiu dificuldades de tesouraria no primeiro trimestre, não tendo sido necessário recorrer a nenhum tipo de endividamento.

O PSD recorda que esta posição é distinta da assumida no cenário para um dividendo extraordinário de 10 milhões de euros. No parlamento, Dora Moita explicou que a mudança se deveu ao pagamento de verbas significativas por parte de alguns clientes públicos com os quais não contava.

“O que aconteceu foi que grandes clientes, em determinada altura, pagaram dividas vencidas numa verba que ascendeu a praticamente nove milhões de euros”, indicou, acrescentando que esta informação não era conhecida quando as estimativas foram elaboradas.

O PSD recorda agora que, em dezembro de 2023, a Casa da Moeda salientava o “grau de risco elevado” sobre as receitas do primeiro trimestre, uma vez que os principais clientes da empresa são entidades públicas, que dependem do Orçamento do Estado, pelo que o dividendo extraordinário pedido então pelo Ministério das Finanças poderia implicar “uma muito provável pressão sobre a tesouraria da empresa ao longo do ano” e “a necessidade provável de recurso a financiamento de curto e/ou médio/longo prazo”.

A audição de Dora Moita ocorreu a par com outra ao ex-presidente da Águas de Portugal e outra ao presidente da NAV, na sequência dos dividendos destas empresas públicas e o impacto na redução da dívida pública. O tema entrou em discussão após uma análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) ter classificado de “artificial” a diminuição da dívida.

Inicialmente, a Casa da Moeda transferiu dividendos extraordinários no valor de cinco milhões de euros, mas acabaram por ser transferidos mais cinco milhões de euros, elevando o total para 10 milhões de euros.

As transferências de dividendos extraordinários da Casa da Moeda, Águas de Portugal e NAV no final do ano passado têm estado “debaixo de fogo”, com o PSD e o CDS-PP a criticarem a gestão do anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, para reduzir a dívida pública.

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Bloco de Esquerda anuncia voto contra o Orçamento do Estado 2025

"É um orçamento que tira recursos de baixo para entregar em cima sem resolver nenhum dos problemas do país", justificou Mariana Mariana Mortágua, para anunciar que o Bloco vai votar contra o OE.

O Bloco de Esquerda (BE) vai votar contra Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), por considerar que o documento “cria desigualdades” e não resolve “nenhum dos problemas do país”, anunciou esta terça-feira Mariana Mortágua.

“Este é um orçamento que vira o país ao contrário. É um orçamento de desigualdades. É um orçamento que tira recursos de baixo para entregar em cima sem resolver nenhum dos problemas do país”, justificou a coordenadora bloquista.

Mariana Mortágua indica ainda que o BE se opõe ao “rumo de política que o Governo do PSD tem decidido” para o país e diz não compreender “como é que este orçamento, esta política, este rumo pode ser caucionado por partidos que dizem rejeitar esse caminho de direita”.

Apesar de anunciar o voto contra, o Bloco de Esquerda garante que vai a São Bento reunir-se com o primeiro-ministro e que apresentará o caderno de encargos do partido.

Luís Montenegro vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar, tendo em vista dar o “tiro” de partida das negociações do OE2025, que tem que ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro, e num contexto em que o Governo da Aliança Democrática é minoritário.

Ainda antes da divulgação destes encontros pelo gabinete do Chefe de Governo, o líder do Chega tinha anunciado que o partido foi convidado pelo Executivo para uma reunião na sexta-feira sobre o Orçamento do Estado e avisou que o Governo “deve decidir rapidamente com quem e de que forma quer fazer as negociações”. “Isto não significa que o Governo não tenha que ouvir todos e que negociar com todos”, indicou André Ventura, sublinhando que impossível ter um Orçamento que agrade ao Chega e ao PS”.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h36)

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Enfermeiros fazem greve nacional a 2 de agosto

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses salientou ser "obrigatório que a valorização dos enfermeiros e a melhoria das suas condições de trabalho se inicie já a 18 de julho".

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) convocou esta terça-feira uma greve para 2 de agosto, alegando que a apresentação da proposta de alteração das grelhas salariais “continua por cumprir”. “O compromisso de apresentação de uma proposta de alteração à grelha, por parte do Ministério da Saúde, continua por cumprir”, salientou o sindicato, ao adiantar que a paralisação vai abranger os turnos da manhã e da tarde.

Em comunicado, o SEP salientou ainda ser “obrigatório que a valorização dos enfermeiros e a melhoria das suas condições de trabalho se inicie já a 18 de julho”, dia do arranque das negociações com o Ministério da Saúde, após as duas partes terem acordado, no início do mês, o protocolo negocial, ou seja, o calendário e as matérias a negociar.

Segundo o sindicato, a resolução das “injustiças relativas” a que esses profissionais estão sujeitos passa por orientações para as administrações das Unidades Locais de Saúde, o que continua por “cumprir, colocando em causa o desenvolvimento profissional e salarial dos enfermeiros”. O SEP alega também que os enfermeiros são convocados, a nível nacional, para trabalharem horas a mais que, na “maior parte dos casos, não são pagas ou são pagas como trabalho normal”.

“É obrigatório que lhes seja permitido” tempo de descanso, reivindica a estrutura sindical, ao alertar que o sistemático recurso a trabalho extraordinário para colmatar a carência de enfermeiros agrava o “risco e a penosidade do exercício da profissão”. O SEP defendeu ainda as 35 horas semanais como o regime de trabalho dos enfermeiros.

Nas últimas semanas, têm-se realizado várias greves setoriais de enfermeiros, caso de paralisações nos centros de saúde da região de Lisboa e nos hospitais privados. Ainda na área da Saúde, a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) já convocou uma greve nacional para 23 e 24 de julho, depois de ter manifestado o seu desacordo com o calendário proposto pelo Governo para as negociações das tabelas salariais.

Além desta greve nacional, a Fnam também marcou uma paralisação ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários a partir de 23 de julho e até 31 de agosto.

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Macron aceita demissão de Gabriel Attal. Equipa fica em funções até “nomeação de um novo governo”

  • ECO
  • 16 Julho 2024

Presidente francês revela que aceitou o pedido de demissão do executivo de Gabriel Attal, que ficará responsável pelos assuntos correntes "até à nomeação de um novo governo".

Depois de a esquerda francesa ter apresentado Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra, o presidente francês “aceitou” a demissão do governo liderado por Gabriel Attal, que ficará responsável pelos assuntos correntes “até à nomeação de um novo governo”, adianta o Eliseu, em comunicado.

O governo liderado por Gabriel Attal renunciou oficialmente na terça-feira, mas continuará responsável pelos assuntos correntes “até à nomeação de um novo governo”. “Para que este período termine o mais rapidamente possível, cabe às forças da República trabalhar em conjunto para construir uma unidade em torno de projetos e ações ao serviço do povo francês”, sublinha ainda a presidência francesa na nota emitida esta terça-feira.

Esta manhã, Emmanuel Macron tinha informado o governo, reunido em Conselho de Ministros, que aceitaria a demissão do primeiro-ministro e da sua equipa no final do dia. Recorde-se que depois das eleições, Gabriel Attal apresentou a demissão como primeiro-ministro, mas esta não foi aceite, dado que o presidente francês pediu a Attal que continuasse a ser primeiro-ministro até que fosse encontrada uma solução capaz de “assegurar a estabilidade do país”.

O pedido acabou por ser aceite esta terça-feira, dia em que os socialistas, comunistas e ecologistas franceses apresentaram o nome da economista e diplomata Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra, apesar de esta proposta não ter sido bem recebida pelo partido França Insubmissa (LFI), de Jean-Luc Mélenchon.

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Montenegro inicia negociações com os partidos sobre OE2025 na próxima sexta

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

As reuniões vão realizar-se na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e começarão às 10:00 com o PAN, seguindo-se o Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e PSD-CDS.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar “sobre o Orçamento do Estado para 2025”.

De acordo com uma nota à imprensa, as reuniões vão realizar-se na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e começarão às 10:00 com o PAN, seguindo-se Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e, por último, uma reunião conjunta com PSD e CDS-PP às 18:30.

O Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue no parlamento até 10 de outubro e os 80 deputados que suportam o executivo minoritário PSD/CDS-PP não são suficientes para a sua aprovação, sendo necessária ou a abstenção do PS (78 deputados) ou o voto favorável da bancada do Chega (50 parlamentares).

Na segunda-feira, a Comissão Política Nacional do PS mandatou o secretário-geral para iniciar um diálogo com o Governo em relação ao Orçamento do Estado, assegurando “boa-fé” nas negociações e recusando “linhas vermelhas”. À saída da reunião, Pedro Nuno Santos disse esperar que a iniciativa parte do executivo.

Ainda antes da divulgação da nota pelo gabinete do primeiro-ministro, já o presidente do Chega, André Ventura, tinha anunciado que o partido foi convidado pelo Governo para uma reunião na sexta-feira sobre o Orçamento do Estado para 2025, e insistiu que o executivo “tem de escolher” com que partido vai negociar. “É impossível ter um orçamento que agrade ao Chega e ao PS”, defendeu.

De acordo com a nota, a deputada única do PAN será recebida às 10:00, o Livre às 11:00, o PCP às 12:00, o BE às 14:00, a IL às 15:00, o Chega às 16:00, o PS às 17:00 e PSD/CDS-PP às 18:30. A divulgação destes encontros acontece um dia antes do debate do estado da nação, marcado para quarta-feira às 09:00, na Assembleia da República.

Na semana passada, num Conselho Nacional do PSD, o líder social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que, se o PS estiver a fazer jogo sobre a negociação do Orçamento, então tenha a coragem de deitar abaixo o Governo. “Querem ver vertidas nas propostas orçamentais algumas das suas propostas, sim, têm parceria. Se por um acaso tudo isto não passar de um jogo, então tenham a coragem de deitar abaixo o Governo, porque nós cá estaremos para poder dizer aos portugueses o que é que está em causa”, disse.

Um dia depois, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o primeiro-ministro de ter feito uma “ameaça de eleições” no dia em que os socialistas tinham mostrado disponibilidade para negociar e viabilizar o Orçamento do Estado. “No mesmo dia em a líder parlamentar [Alexandra Leitão] usa a palavra viabilizar [o Orçamento do Estado], o líder do Governo, o primeiro-ministro ameaça com eleições, desafia para a apresentação de uma moção de censura”, criticou Pedro Nuno Santos no encerramento das jornadas parlamentares do PS, em Castelo Branco.

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Programa televisivo MasterChef e RTP Marcas lançam linha de refeições prontas

  • + M
  • 16 Julho 2024

Arroz malandrinho de bacalhau com coentros, arroz caldoso de rabo de boi, biryani de frango e massa com frango e a cebola caramelizada são as refeições que vão ser disponibilizadas numa primeira fase.

O programa televisivo MasterChef Portugal lançou uma linha de refeições com receitas dos finalistas. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a RTP Marcas (área de branded content da RTP) e com a marca Tá Pronto.

Arroz malandrinho de bacalhau com coentros, arroz caldoso de rabo de boi, biryani de frango e massa com frango e cebola caramelizada são as refeições que, numa primeira fase, vão estar disponíveis nas prateleiras e site do supermercado El Corte Inglés e do Supercor. O objetivo passa por aumentar a gama de oferta com novos pratos ainda este ano.

“Estamos muito felizes com esta parceria. É a primeira vez que o MasterChef Portugal tem um produto de licenciamento criado pelos concorrentes, na área alimentar, com venda numa grande superfície. É um caminho que queremos estender a diversos segmentos”, diz citada em comunicado Isabel Magalhães, diretora comercial da Banijay Portugal, grupo dono da produtora do programa Shine Iberia Portugal.

Já Hélder Marques, diretor-geral da Shine Iberia Portugal, refere que “esta é só mais uma prova de que existem possibilidades de integração e que a comunicação de uma marca dentro de um programa de televisão pode ir muito além do ecrã“.

A RTP desenvolveu recentemente a “RTP Marcas“, enquanto área de branded content, visando “potenciar o valor das marcas e dos seus parceiros”, bem como “humanizar as marcas e dar vida às histórias autênticas, dando-lhes voz e visibilidade”.

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Carlos Martins reforça na Martifer e irmãos passam a controlar 48% do capital

Com a efetivação da aquisição de 4,19% do capital pela sociedade controlada pelo "chairman" da Martifer, a "holding" dos irmãos Martins passou a controlar mais de 48% do capital.

A sociedade Black and Blue Investments, controlada por Carlos Martins, “chairman” da Martifer, efetivou o acordo de aquisição de 4,19% do capital da empresa por 6,285 milhões de euros, que havia sido anunciado em fevereiro, ao empresário Mário Ferreira. Com a efetivação desta compra, os irmãos Martins, que têm vindo a reforçar na empresa nos últimos anos, passam a controlar mais de 48% do capital.

Carlos Martins passa agora a ser titular de 5.451.853 ações representativas de 5,4519% do capital social e 5,5754% dos direitos de voto da empresa através da Black and Blue Investimentos, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O acordo agora concretizado – oficialmente, a empresa não divulgou o nome do vendedor – tinha como objetivo a compra de 4,19 milhões de ações da empresa de estruturas metálicas de Viana do Castelo, através do pagamento de 1,50 euros por cada ação, numa operação que foi realizada fora do mercado. Este valor, acordado em fevereiro, está abaixo do preço de cotação atual dos títulos, que negoceiam em torno de 1,6 euros.

A I’M SGPS, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, a quem são imputadas as participações e direitos de voto dos irmãos Martins e da Black and Blue Investimentos, passa assim a deter mais de 48 milhões de ações da Martifer, correspondentes a 48,0878% do capital e 49,1775% dos direitos de voto.

 

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