Transporte público gratuito para os portuenses. Pedro Duarte apresenta candidatura com dez apostas

Tornar transportes públicos gratuitos para todos os portuenses custará 25 milhões de euros, amealhados com taxa turística, tarifa de estacionamento e fundos europeus, prometeu Pedro Duarte.

O ex-ministro Pedro Duarte apresentou ao final da tarde desta terça-feira a sua candidatura à presidência da Câmara Municipal do Porto, com um programa de “dez apostas”, formulando a intenção de promover “um Porto mais justo onde todos têm acesso a saúde, a educação e a oportunidades”. Desde logo, com transportes públicos gratuitos para todos os portuenses, envolvendo o metro, STCP, metrobus, CP, UNIR e futuro transporte fluvial. A medida custará 25 milhões de euros por ano, financiada com programas europeus e os aumentos da tarifa de estacionamento para não residentes e da taxa turística. Esta ficará, numa primeira fase, um euro mais alta, atingindo os mesmos quatro euros praticados em Lisboa, mas durante o mandato poderá ser elevada até aos cinco euros.

Ainda na mobilidade, haverá “mais ciclovias seguras”, caso venha a ser eleito, prometeu. Outro anúncio de intenções foi o de um serviço municipal de saúde, com ligação entre hospitais, universidade e centros de investigação, com a ambição de tornar a cidade “um modelo à escala nacional e internacional ao nível dos cuidados primários de excelência ao serviço da população”.

Na habitação, será reduzida a dimensão de alguns bairros sociais “sem disrupções” nem expulsão de “ninguém”. “Não podemos tolerar que na nossa cidade haja espaços intransitáveis para quem não é do bairro”, disse. Mas o candidato do PSD, CDS e Iniciativa Liberal não pormenorizou a forma como o fará.

Outras ambições são a plantação de 15 mil árvores no primeiro mandato e a promoção de um “turismo inteligente que respeita quem” visita o Porto, “mas acima de tudo quem aqui vive”, apontou. Na ocasião, afirmou, sem especificar qualquer medida: “Seremos seletivos e muito cuidadosos a gerir o impacto do turismo, apostando no retorno económico do mesmo.” Ficam ainda prometidos o apoio à infância e à velhice, a atração de jovens empreendedores e investigadores e “tirar das ruas as centenas de sem-abrigo que a cidade alberga”.

Pedro Duarte, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares JOSÉ COELHO/LUSA

Duarte promete dar uso aos edifícios devolutos do Estado central e do município para “gerar mais oferta no mercado”. Nos bairros sociais, onde vive 13% da população do Porto, enquanto a média nacional não chega aos 3%, o candidato diz que o Porto é “de longe o município do país com mais população a viver em bairros sociais, que nalguns casos, pela sua dimensão, se tornaram em verdadeiros guetos afogados no meio da cidade. Queremos que a habitação social seja um orgulho, não uma ameaça para a cidade”.

“A cultura estará no centro do nosso projeto, porque a cultura não é um luxo, é uma necessidade, é ela que nos une, desafia, liberta”. Este é o primeiro compromisso da candidatura de Pedro Duarte à Câmara do Porto, segundo as palavras do próprio, no discurso efetuado ao final da tarde desta terça-feira frente à Torre dos Clérigos. O cabeça de lista da candidatura do PSD, CDS e Iniciativa Liberal quer “levar a cultura a todos. A todos os bairros, a todas as idades a todos os públicos. Porque cultura também é justiça social” e “liberdade”, disse o ex-ministro do primeiro Governo de Luís Montenegro. “Queremos executar um programa que crie emprego, que atraia talento, que combata a desigualdade, que reforce o orgulho coletivo através da nossa cultura”.

“A decisão não apenas política, é antes de tudo pessoal, emocional — é, se quiserem, romântica. Antes de ser um projeto para a cidade, esta candidatura é, em certo sentido, uma história de amor. Eu sou do Porto, foi aqui que nasci, que cresci, que fui pai, que me fiz pessoa. Foi aqui que aprendi a ser livre, a ser justo, a ser independente, a não virar a cara à luta e a saber dizer presente quando a cidade chama”, disse. Duarte explica a candidatura como “uma forma de devolver ao Porto tudo o que o Porto me deu”.

O candidato começou por agradecer ao seu mandatário, Valente de Oliveira, que considerou “uma grande inspiração”, e seguiu para Marta Massada, do movimento “Independentes do Porto”, que “simboliza a força única das mulheres do Porto”. Massada, médica, professora universitária e ex-comentadora do programa de futebol da RTP3 Trio D’Ataque (onde defendia as cores do Futebol Clube do Porto), surge como porta-voz do movimento que recolheu 700 assinaturas e que junta figuras como a irmã de Rui Moreira, Bárbara Moreira, Vasco Ribeiro, ex-chefe de gabinete do ainda presidente da autarquia, ou Francisco Ramos, ligado às vitórias de Rui Moreira e que é o diretor de campanha do candidato do PSD, CDS e Iniciativa Liberal.

Pedro Duarte disse querer “um Porto de esperança, onde se pode viver, estudar, trabalhar e formar família sem ser empurrado para outras paragens”.

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Vitor Gonçalves é o novo diretor de informação da RTP

  • Lusa
  • 24 Junho 2025

O sucessor de António José Teixeira é jornalista no canal público há 33 anos, foi diretor-adjunto e correspondente em Washington. Assina neste momento o programa Grande Entrevista às quartas-feiras.

O jornalista Vitor Gonçalves é o novo diretor de informação da RTP, que substituirá no cargo António José Teixeira, afastado na segunda-feira pelo Conselho de Administração da empresa pública de televisão, disse à Lusa fonte da empresa.

Vitor Gonçalves, de 56 anos, é jornalista na RTP há 33 anos, tendo sido diretor-adjunto e correspondente da televisão pública em Washington. Assina neste momento o programa Grande Entrevista, às quartas-feiras, na RTP3.

A direção de informação da RTP, até então liderada por António José Teixeira, foi demitida esta tarde. António José Teixeira era diretor de informação da RTP há mais de cinco anos, tendo sido indigitado para o cargo a 7 de janeiro de 2020. Já terá sido feito um convite para a substituição.

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Anacom abre processo contra Dense Air por esta não ter usado as licenças 5G

  • Lusa
  • 24 Junho 2025

A empresa adquiriu espetro 5G, mas não lançou serviços no prazo que estava previsto. Agora, é alvo de um procedimento administrativo de incumprimento do regulador.

A Anacom abriu um procedimento administrativo de incumprimento à Dense Air por a empresa não ter iniciado até 26 de novembro a oferta de serviços prevista no leilão 5G.

O regulador aprovou em 23 de junho o sentido provável de decisão (SPD) relativo ao procedimento administrativo de incumprimento aberto contra a Dense Air Portugal (Dense Air), “atendendo a que a empresa não iniciou, até 26 de novembro de 2024, a oferta de serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público mediante a utilização das frequências que lhe foram consignadas no título Anacom n.º 05/2021, no âmbito do Leilão 5G”, lê-se no documento.

A Anacom exige à Dense Air “a cessação imediata do incumprimento que se verifica, passando a utilizar as frequências de 40 MHz na faixa de frequências dos 3,6 GHZ (3.400-3.800 MHz), que foram atribuídas através do leilão 5G”, mediante oferta de serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público e que apresente ao regulador, no prazo de três dias úteis, “elementos comprovativos de que passou a utilizar essas frequências, no modo previsto naquele título e naquele averbamento”.

Caso se mantenha o incumprimento – que a Anacom classifica de “grave e reiterado” – “das condições daquele direito de utilização de frequências [DUF], que lhe foi atribuído em sequência do leilão 5G, determinar a revogação desse direito, consubstanciado no título Anacom n.º 05/2021 e no averbamento ao mesmo de 23.01.2024″.

Delibera ainda “submeter o presente projeto de decisão à audiência prévia da Dense Air, para que, querendo” relativamente a três pontos da decisão, “se pronuncie por escrito no prazo de dez dias úteis”.

De acordo com as regras do leilão, a Dense Air deveria ter lançado a sua oferta comercial até 26 de novembro do ano passado, o que não sucedeu.

Na altura da atribuição do 5G, os operadores criticaram a posição da Anacom não só por não ter obrigado a Dense Air a devolver o espectro que tinha, como também por ter permitido que participasse no leilão, uma vez que a empresa estava em incumprimento das suas obrigações.

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A demissão da direção de informação da RTP, a reestruturação e o plano estratégico

Além de demitir a direção de informação, a RTP avançou também com uma reestruturação, sendo eliminadas 11 direções. Veja as alterações e recorde o plano estratégico da empresa.

No dia em que é conhecida a demissão da direção de informação da RTP liderada por António José Teixeira, a administração anunciou também internamente, como avançou o +M, uma reestruturação na empresa. O organograma da RTP vai passar assim a estar organizado em quatro grandes áreas: corporativa (10 direções), operações (quatro direções), conteúdos temáticos (sete direções) e conteúdos programáticos (sete direções). São assim eliminadas 11 direções, passando-se de 39 para 28.

Nesta nova organização, a RTP passa a ter 23 diretores (com cinco direções em acumulação), que comparam com os atuais 30 diretores e diretores adjuntos a reportar ao conselho de administração.

No seu “Projeto Estratégico 2024-2026“, a RTP já identificava como “fatores críticos de sucesso” uma “nova organização e novos processos”, o que passa por “rever o organograma, para maior capacidade de decisão, agilidade e reduzir silos”, pela criação de comités multidisciplinares permanentes, focados na transição digital (editorial de informação, para maiores sinergias e capacidade multiplataforma, conteúdos temáticos, para adequar os conteúdos às plataformas de consumo, produção e tecnologia, para novos processos produtivos e ferramentas, recursos humanos, para novas formas de trabalhar e novas competências).

Nomeadamente, e ainda dentro da informação, o Plano Estratégico previa a criação de um Comité Editorial de Informação, com o objetivo de “definir uma abordagem sinérgica e integrada na produção de informação para multiplataforma, mantendo a capacidade de desenvolver os formatos específicos das plataformas de televisão, rádio e digitais”.

O mesmo documento, que observava que “ter uma informação de elevada qualidade e confiança é o principal motor do Serviço Público de Media”, previa ainda a ampliação da redação para “facilitar novos processos e sinergias multiplataforma”, e a revisão dos processos administrativos “para tomada de decisão mais ágil”.

Além disso, apontava já para a renovação da “imagem da informação, multiplataforma” e para “novos estúdios de televisão”, assim como vaticinava a revisão da “estratégia global de marcas RTP, particularmente na informação, e respetiva comunicação e métricas de avaliação”.

Outra das medidas referidas no documento é a do desenvolvimento de “mais processos internos e barómetros e estudos externos de avaliação da qualidade dos conteúdos, nomeadamente do rigor, independência, sobriedade, pluralismo e confiança na informação”, assim como identificar e implementar “medidas de melhoria”.

No documento adiantava-se também que a RTP iria “acelerar o processo de transformação digital“, sendo que para agilizar o processo seriam “simplificadas as estruturas de direção da RTP, conferindo assim às primeiras linhas de direção uma maior capacidade de coordenação e implementação dos projetos de desenvolvimento e eficiência”.

No âmbito da renovação e qualificação dos trabalhadores, o plano elegia também como fatores críticos de sucesso o lançamento de um plano de saídas e novas contratações “com competências digitais”, a realização de um programa de formação “multiplataforma, inteligência artificial e funções técnicas” e manutenção da paz social, com “maior participação, mecanismos de motivação e maior transparência na comunicação”.

Recorde-se que a primeira fase do plano de saídas voluntárias da RTP, cujas candidaturas terminaram a 18 de abril, contou com mais de 130 candidatos, um número que se situou “acima do previsto”. O custo previsto para esta fase situava-se na ordem dos 5,5 milhões de euros. Uma segunda fase de saídas voluntárias está prevista para o final do ano, mas dependerá de financiamento.

Para implementar um plano “tão ambicioso de transformação empresarial, com investimentos elevados de renovação tecnológica e na renovação do quadro de pessoal, é necessário contar com o apoio do acionista” — ou seja, o Estado –, lê-se ainda no “Projeto Estratégico 2024-2026”, que se divide entre seis pilares estratégicos (informação, inovação, organização multiplataforma, literacia mediática, proximidade à sociedade e gestão responsável).

Recorde-se que no início de março a estação celebrou com o Governo um novo contrato de concessão do serviço público de media. O documento passou a permitir à administração da RTP proceder ao lançamento e ao encerramento de serviços de programas televisivos e radiofónicos, mas acolhendo os pareceres da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e do Conselho Geral Independente, prevê o parecer prévio, mas não vinculativo, do Conselho de Opinião.

Em relação à publicidade, manteve-se a recomendação de que a RTP1 “deve ser tendencialmente” não financiada por publicidade televisiva comercial, “não podendo esta, em qualquer circunstância, exceder 12 minutos em cada período de 2 horas”. Ou seja, em vez dos anteriores seis minutos por hora, a estação mantém os 12 minutos para o espaço de duas horas, mas com liberdade para os distribuir de outra forma.

O novo contrato de concessão do serviço público de media foi encarado como um “sinal de confiança” em quem gere a RTP pelo então ministro com a tutela da comunicação social, Pedro Duarte, na cerimónia de assinatura do contrato. O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares defendeu que para haver independência na informação e programação, “é importante que também haja independência nos próprios meios de gestão, recursos alocados e na capacidade da empresa se organizar de uma determinada maneira”.

A RTP fechou 2024 com resultados líquidos positivos pelo décimo quinto ano consecutivo, no valor de 341 mil euros. Em 2023 o lucro tinha sido de 2,5 milhões.

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PS francês anuncia moção de censura ao Governo por reforma das pensões

  • Lusa
  • 24 Junho 2025

O Partido Socialista francês vai apresentar uma moção de censura ao Governo de François Bayrou, após o fracasso nas negociações da reforma das pensões de 2023.

O Partido Socialista francês anunciou que vai apresentar uma moção de censura ao Governo de François Bayrou, após o fracasso nas negociações da reforma das pensões de 2023.

O anúncio da moção, que deverá ser apoiada pela esquerda, vem lançar alguma incerteza sobre o futuro do primeiro-ministro, porque caso o partido de extrema-direita União Nacional (RN, sigla em francês) de Marine Le Pen decidir, contra todas as probabilidades, apoiar a moção, o Governo cairá, como aconteceu em dezembro de 2024 com o anterior primeiro-ministro Michel Barnier.

A moção foi anunciada pelo chefe do grupo parlamentar do PS na Assembleia Nacional francesa, Boris Vallaud, que justificou a decisão com a recusa de Bayrou em levar esta reforma ao parlamento para que todos os pontos pudessem ser discutidos, especialmente o elemento central, que é o aumento da idade mínima de reforma de 62 para 64 anos.

Vallaud considerou que, ao recusar-se a reabrir um debate parlamentar sobre este e outros aspetos da lei, Bayrou está a quebrar o compromisso assumido no início do mandato, em dezembro, e que impediu anteriormente os socialistas de apoiarem outra moção de censura de iniciativa do partido de esquerda radical França Insubmissa (LFI) de Jean-Luc Mélenchon.

“O respeito pela palavra dada é a base do sistema democrático”, salientou o deputado socialista, acrescentando que Bayrou “assumiu compromissos que não cumpriu, tanto nesta como noutras matérias”.

Bayrou tentou defender-se, alegando que Vallaud não teve em conta a totalidade do compromisso, que era o de levar ao parlamento as propostas que resultassem das negociações entre sindicatos e empregadores, mas na condição do equilíbrio financeiro da reforma de 2023 não ser posto em causa.

“Manterei e o Governo manterá, e espero que os deputados também mantenham o imperativo da responsabilidade moral que temos para com as gerações futuras”, afirmou o chefe do Governo francês.

Há quatro meses, o primeiro-ministro francês lançou negociações entre sindicatos e empregadores com um mediador para procurar um compromisso, que terminou na segunda-feira à noite sem sucesso.

No entanto, Bayrou decidiu convocar, a partir da manhã desta terça-feira, os parceiros sociais que participaram nas discussões e aceitaram a reforma aos 64 anos “para ver se podiam salvar os acordos parciais que estavam prestes a conduzir a um acordo definitivo”.

“A minha convicção é que, embora muito difícil, há uma saída para este impasse”, afirmou Bayrou, confiante em chegar a um texto para submeter ao parlamento, advertindo que o documento terá de garantir o equilíbrio financeiro do sistema de pensões.

Os sindicatos que estiveram nas negociações acabaram por aceitar a alteração da idade mínima de reforma de 62 para 64 anos, fixada pela lei de 2023, aprovada sem votação no parlamento e depois de meses de protestos em massa nas ruas. Contudo, apenas com uma série de contrapartidas em que o patronato não aceitou ceder, ou pelo menos não o suficiente.

Embora com aproximação em algumas questões, o verdadeiro ponto de discórdia foi se os empregos que envolvem tarefas árduas, como levantar cargas, vibrações ou gestos repetitivos, devem permitir a reforma antecipada, tal como exigido pelos sindicatos.

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Identificadas 181 “gazelas” na região Centro. CCDR revela lista com quase 700 milhões de faturação

Lista da CCDR mostra preponderância do turismo. Mais de 90% das “gazelas” são pequenas e microempresas, numa mistura que vai de pequenos restaurantes às duas empresas que faturam dezenas de milhões.

Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em entrevista ao podcast "ECO dos Fundos" - 31OUT24
Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, assinala que com as 181 empresas agora identificadas sobe para 869 o número de empresas Gazela listadas na região centro desde 2012, primeiro ano da iniciativa da CCDRHugo Amaral/ECO

A zona centro acolheu, no último ano, 181 empresas gazela, mais 35% do que as da listagem anterior organizada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), entidade que aponta um acumulado de quase 700 milhões de euros de faturação acumulada. O valor supera em mais de cinco vezes o verificado pelas “gazelas” da região em 2020, ano em que o país acordou para a pandemia de Covid-19.

Os critérios estabelecidos pela CCDR-Centro para a compilação que realiza há 13 anos são a soma de pelo menos meio milhão de euros de faturação, um crescimento do volume de negócios acima de 20% em todos os anos de 2021 a 2023, um mínimo de dez trabalhadores e nascimento societário de 2015 a 2020.

Entre o total de duas dezenas de agrupamentos setoriais, a restauração e hotelaria regista o mais notório ganho de dimensão entre as empresas gazela da região centro, uma posição que encaixa na prevalência crescente do turismo na economia nacional. O máximo que o turismo havia conseguido desde o início da década eram os 9% do total em 2023, mas no ano passado já contava por 19% do total, com 35 empresas, o que o tornou no maior agrupamento setorial da lista.

Num reflexo do tecido empresarial nacional, 82% são de pequena dimensão, às quais se juntam mais 10% de microempresas.

Pelo contrário, das “gazelas” de 2024, apenas duas entram na categoria de grande empresa. Uma é a CS Wind Portugal, braço nacional da maior fabricante mundial de torres eólicas, sedeada em Sever do Vouga, a outra a FTD-Alimentação, S.A. Esta, criada em janeiro de 2017, é parte do grupo FTD, fundado em 1979 em Vila Nova de Paiva e conhecido pelos fumeiros Terras do Demo. A dupla é também a de maior crescimento anual médio do volume de negócios, o qual duplicou de 2020 para 2023.

Isabel Damasceno, presidente da CCDR Centro, assinala, em comunicado, que, “com estas 181 empresas, eleva-se para 869 o número de empresas que, ao longo dos últimos treze anos, alcançaram esta distinção, que reconhece as suas capacidades de inovação, de criação de emprego, de dinamização do mercado e de estímulo ao desenvolvimento económico nos territórios onde se inserem”.

A ajudar na performance financeira estão os fundos europeus, com os quais 60 empresas viram aprovados financiamentos de 46 milhões de euros, num total de 87,5 milhões de euros de investimentos aprovados em 97 candidaturas.

Dos vários programas, o Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo registou a maior procura e volume de investimento, destaca o relatório agora disponibilizado pela CCDR-Centro, com 23 candidaturas apresentadas por 17 empresas gazela e 40 milhões de euros angariados junto da União Europeia.

A região de Aveiro, que era a mais fértil em empresas Gazela desde 2019, primeiro ano constante no estudo, tornou-se em 2024 a terceira, após a subida de Coimbra a segunda e Leiria a líder na zona centro. Uma posição que nunca, nos 13 anos da listagem da CCDR Centro, havia sido ocupada por Leiria.

Leiria vence também na dimensão municipal, ao acolher 23 empresas com o reconhecimento Gazela, seguida de Coimbra e Ourém, com 14 cada, e Aveiro e Torres Vedras, ambas com uma dezena.

No total de 181 empresas gazela, 72 exportam os seus produtos, movimento gerador de 186 milhões de euros em 2023. Na região de Aveiro, 62% da faturação das empresas provêm precisamente do exterior, acima de Leiria (46%) e Coimbra (40,5%), enquanto no lado oposto encontramos as Beiras, abaixo de 3%.

Para a análise de 2024, a CCDR-Centro recorreu aos dados do ano anterior obtidos pelas empresas criadas entre 2015 e 2020. O último ano do intervalo, aquele em que despontou a pandemia de COVID-19, é aquele em que menos destas empresas foram constituídas (15%) e 2019 aquele com maior número (19%).

Em termos de território, no total de 100 concelhos, há agora 60 municípios da região centro com gazelas à solta.

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Ex-McKinsey vai liderar transformação da Ageas em Portugal

Bruno Dinis vai ser membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal enquanto Chief Transformation & Innovation Officer (CTIO).

O Grupo Ageas Portugal acaba de nomear de Bruno Dinis como membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva enquanto Chief Transformation & Innovation Officer (CTIO). Esta nova posição reflete “o compromisso do Grupo em reforçar os pilares de transformação e inovação, fundamentais para a concretização do seu plano estratégico”, afirma comunicado da empresa. O novo CTIO assume o cargo no dia 1 de julho de 2025.

Bruno Dinis, novo Chief Transformation & Innovation Officer (CTIO) do Grupo Ageas, entra no começo de novo ciclo estratégico.

 

Bruno Dinis terá como missão liderar o programa de Transformação do Grupo Ageas Portugal, assegurando a coordenação transversal das atividades e recursos necessários para a sua execução.

Bruno Dinis tem uma experiência acumulada ao longo de quase 20 anos na consultora McKinsey, onde atuou como Managing Partner em Portugal e esteve na área de serviços financeiros na Península Ibérica, liderando a prática de seguros na região.

O seu percurso profissional na McKinsey concentrou-se nos setores de seguros, banca e pagamentos na Europa, incluindo também a participação em projetos na América Latina e na Ásia.

Entre as suas principais competências o grupo Ageas destaca “a análise, definição e execução de planos de crescimento e de transformação, frequentemente apoiados em digitalização e Inteligência Artificial”.

Bruno Dinis salienta entrar numa nova fase estratégica que o Grupo Ageas Portugal inicia em Portugal, “colaborando com todos para materializar o potencial de uma empresa com uma posição ímpar no mercado e cumprir com as expectativas de proteção que os clientes nos depositam”.

Para Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, “a experiência e visão estratégica do Bruno Dinis serão elementos-chave para impulsionar a transformação e inovação que o Grupo ambiciona neste novo ciclo”.

Esta é a segunda nomeação para a Comissão Executiva da gestão Luis Menezes, após a entrada, no passado dia 9 de junho de 2025, de André Rufino para o cargo de Chief Operations Officer (COO).

Segundo a própria empresa, o Grupo Ageas Portugal conta atualmente com 1.399 Colaboradores e 2.061 Mediadores que servem cerca de 1.9 milhões de Clientes através das marcas Ageas Seguros, Ageas Pensões, Médis, Ocidental e Seguro Directo. Além dos seguros, o Grupo conta com a Clínica Médis e a Ageas Repara.

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ERSE aprova piloto para injeção de hidrogénio na rede de gás

  • Lusa
  • 24 Junho 2025

Com a duração de 18 meses, o projeto consiste na injeção de hidrogénio pela REN Gasodutos num troço da Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG), abastecendo um conjunto de clientes em Braga.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou esta segunda-feira a aprovação de um projeto-piloto de injeção de hidrogénio na rede de gás, que será promovido pela REN Gasodutos.

Denominado “Injeção de hidrogénio para testes na Rede Nacional de Transporte de Gás”, o ensaio insere-se no Regulamento da Qualidade de Serviço dos setores elétrico e do gás, e é apontado como um passo decisivo para a descarbonização do setor energético e para a preparação das redes nacionais para a futura integração de gases renováveis em escala comercial.

“Este é um projeto de investigação e de demonstração, enquadrado no Programa H2REN, para dar resposta às orientações de política energética nacional e europeia no campo do hidrogénio, nomeadamente no Plano Nacional do Hidrogénio”, explica o regulador em comunicado.

Com a duração de 18 meses, o projeto consiste na injeção de hidrogénio num troço da Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG), para posterior veiculação na rede de distribuição da REN Portgás e, assim, abastecer um conjunto de clientes no distrito de Braga com uma mistura de hidrogénio e gás natural.

O ensaio pretende, em primeiro lugar, avaliar em ambiente controlado o comportamento das infraestruturas já preparadas para operar com misturas que contenham até 10% de hidrogénio. Em paralelo, serão testados os procedimentos de articulação entre os operadores das redes de transporte e de distribuição na injeção de gases renováveis, bem como um novo sistema desenvolvido para controlo da qualidade do gás na rede de distribuição.

“A experiência e as recomendações que venham a resultar do projeto-piloto terão reflexo na implementação e consolidação dos processos de ligação para injeção de hidrogénio nas redes, no regime comercial, e permitirão avaliar em ambiente controlado e em diferentes regimes de operação o desempenho de uma Estação de Mistura e Injeção (EMI), equipamento associado às instalações de produção de gases renováveis, como o hidrogénio”, detalha a ERSE.

Ao longo do projeto, a REN Gasodutos compromete-se a divulgar informação sobre a evolução e os resultados obtidos, além de acompanhar e informar os clientes que receberão a mistura de hidrogénio e gás natural. Uma vez que os níveis previstos de concentração de hidrogénio estão de acordo com os limites de operação dos equipamentos para a queima de gás natural, não se preveem constrangimentos para os clientes, assegura o regulador.

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LLYC contrata Ana Margarida Ximenes como diretora sénior de corporate affairs

  • + M
  • 24 Junho 2025

Com cerca de 25 anos de carreira, a profissional vai ser diretora sénior de Corporate Affairs, área que integra serviços como reputação e liderança, comunicação financeira, ESG e gestão de crise.

Ana Margarida Ximenes, até 2023 presidente da Atrevia e, mais recentemente, partner da Lift, integrou a equipa da LLYC como diretora sénior de Corporate Affairs. “A incorporação da Ana é um momento-chave para a nossa operação. Junta-se a nós uma líder com visão estratégica, experiência sólida e capacidade transformadora, que vem reforçar a nossa equipa num mercado que pede cada vez mais exigente”, justifica citada em comunicado Marlene Gaspar, diretora-geral da agência.

Ana Margarida Ximenes vai reportar a Marlene Gaspar, e colaborará de forma próxima com Maria Eça, Europe Public Affairs, Advocacy & Corporate Diplomacy Director, e com Nuno Cunha, Corporate Affairs Manager. A sua atuação estará também alinhada com a estratégia da região europeia, liderada por Jorge López Zafra, Partner & Europe Corporate Affairs General Director, descreve a agência em comunicado.

Num tempo em que a comunicação é cada vez mais estratégica para a reputação e sustentabilidade das organizações, integrar a equipa da LLYC representa uma oportunidade única de contribuir para transformar desafios em impacto positivo. Estou entusiasmada por fazer parte de um projeto que alia inovação, talento e visão global”, refere Ana Margarida Ximenes, profissional com mais de 25 anos de experiência em comunicação corporativa, reputação, gestão de crise, comunicação interna e financeira, saúde, relações públicas e projetos de diversidade e inclusão.

A área de Corporate Affairs integra serviços como reputação e liderança, comunicação financeira, ESG, gestão de crise, assuntos públicos, saúde, entre outros.

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Investigadores apresentam roteiro interativo da democracia participativa em Portugal

  • Lusa
  • 24 Junho 2025

Base de dados será lançada em fevereiro, numa colaboração do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa com a Fundação Calouste Gulbenkian.

Investigadores da Universidade de Lisboa vão lançar uma base de dados e um mapa interativo com a evolução das práticas de democracia participativa em Portugal desde o 25 de Abril, tais como orçamentos participativos ou assembleias de jovens.

Esta base de dados e mapa interativo vão ser lançados em fevereiro de 2026 no âmbito do projeto “Inovações Democráticas em Portugal”, um estudo que está a ser realizado por uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências Sociais (ICS), da Universidade de Lisboa, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Numa conferência de apresentação dos resultados preliminares deste estudo, em Lisboa, o investigador do ICS Roberto Falanga destacou que essa base de dados e mapa interativo têm o intuito de ser um “serviço para o público” e estarão disponíveis no ‘site’ inovacoes-democraticas.pt, que foi lançado nesta terça-feira.

A base de dados irá agregar todas as práticas de democracia participativa, como orçamentos participativos, assembleias de jovens ou fóruns sobre ordenamento territorial, que existiram em Portugal nos primeiros 50 anos de democracia, entre 25 de Abril de 1974 e 2024.

Já o mapa interativo irá mostrar a evolução dessas práticas no território português ao longo do tempo, podendo verificar-se, por exemplo, quais foram os instrumentos de democracia participativa que foram utilizados numa determinada cidade ou localidade.

Para agregar os dados relativos a estas práticas, a equipa de investigadores está a fazer uma pesquisa que só irá terminar em fevereiro de 2026 – motivo pelo qual só nessa altura é que a base de dados e o mapa interativo serão disponibilizados – e que consiste em inquéritos a municípios, análise de artigos da imprensa regional e da Agência Lusa e, após as eleições autárquicas do outono, investigação nos arquivos municipais de Lisboa, Porto e Évora.

De acordo com os dados preliminares deste estudo, baseado numa pesquisa de três meses, verifica-se que, nos últimos dez anos, as práticas de democracia participativa têm conhecido uma dispersão geográfico em todo o país, apesar de serem mais recorrentes nos municípios do litoral e com maior densidade populacional, como Lisboa, Cascais ou Loures.

Essas práticas têm sido sobretudo promovidas para “resolver problemas” da população, não sendo utilizadas para avaliar políticas públicas ou definir uma “agenda futura coletiva”, segundo disse à agência Lusa Roberto Falanga.

As áreas de políticas públicas onde essas práticas têm sido mais recorrentes são, segundo os resultados preliminares do estudo, a cidadania e a democracia, as finanças e a economia, com os orçamentos participativos, e a educação, através da organização de assembleias municipais com jovens e crianças.

Na abertura desta conferência, a investigadora principal do ICS Marina Costa Lobo destacou a importância deste projeto numa altura em que se vive um “tempo de crise das democracias” e se assiste a um “refluxo democrático” tanto em democracias consolidadas como em países que saíram recentemente de ditaduras.

Nesse contexto, Marina Costa Lobo salientou que a qualidade da democracia é um tema central para o ICS e o instituto tenciona partilhar a sua investigação e conhecimento sobre esse tema com a sociedade.

“Gostaríamos de continuar, enquanto ICS, a contribuir para a qualidade da democracia não só nos estudos que fazemos, mas também na forma como conseguimos transferir conhecimento para a sociedade que possa também contribuir, de alguma forma, modestamente, para essa qualidade da democracia em Portugal”, referiu.

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Startups portuguesas exploram expansão para a China

  • ECO Seguros
  • 24 Junho 2025

Três startups portuguesas e uma brasileira foram escolhidas para ir a um roadshow à Ásia no âmbito de uma iniciativa promovida pela Fidelidade. Parceiras com a Fuson, tentam alargar influência.

O programa internacional de inovação Protechting, promovido pela Fidelidade, Luz Saúde e Fosun Foundation, encerrou a sua 7.ª edição com um roadshow de 10 dias por quatro cidades-chave da inovação asiática: Xangai, Macau, Shenzhen e Hong Kong. O evento marcou o reforço da presença internacional do programa, que tem vindo a destacar-se como plataforma de colaboração entre startups e grandes empresas.

Participantes da 7.ª edição do roadshow de 10 dias do Protechting no Innovation Hub em Shenzhen.Fidelidade

As start-ups LoopOS, OWLplaces, Granter (todas portuguesas) e a brasileira SleepUp foram as selecionadas para esta edição e apresentaram as suas soluções tecnológicas a investidores e parceiros estratégicos em vários encontros com empresas como Alibaba, Lenovo, Fosun Capital, Peak Re e Tencent.

A LoopOS, por exemplo, desenvolveu uma solução de economia circular e já está a realizar um piloto com a Fidelidade, perspetivando replicar o modelo em outras empresas do grupo Fosun. “Participar no roadshow foi essencial para testar a nossa preparação a um mercado tão complexo como o chinês. Estar no terreno ajudou-nos a identificar oportunidades concretas com parceiros como Alibaba, Lenovo e Fosun”, afirmou Ricardo Morgado, CTO da LoopOS.

Na área ambiental, a OWLplaces destacou-se com a sua plataforma de monitorização da pegada de carbono no setor imobiliário, já em negociação com o Shanghai BFC Bund Financial Center. Já a Granter, especializada na gestão de candidaturas a fundos públicos, aproveitou o evento para explorar adaptações ao ecossistema chinês de inovação.

A startup brasileira SleepUp, com uma aplicação digital para tratar distúrbios do sono, já tem parcerias locais na China e pretende agora expandir com o apoio da Fosun Health. “O roadshow impulsionou o nosso foco estratégico na China, vamos estudar a entrada da empresa na região e explorar oportunidades comerciais e regulatórias”, afirmou Renata Bonaldi, CEO da empresa.

Durante o BEYOND Expo 2025, um dos maiores eventos de inovação da Ásia, o Protechting foi distinguido com o prémio “Best Choice Awards” entre mais de 300 nomeações, reforçando o reconhecimento internacional da iniciativa.

Desde 2016, o programa já recebeu mais de 1.000 candidaturas de 55 países e gerou mais de 50 projetos-piloto. “A 7.ª edição do Protechting está a ser a mais impactante de sempre, não só pelo destaque internacional, mas sobretudo pelo número de pilotos que estamos a conseguir desenvolver”, destacou Daniel Riscado, da Fidelidade, sublinhando o papel do Protechting na transformação de ideias em soluções com potencial global.

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Allianz Partners Portugal reforça seguro de cancelamento de bilhetes para festivais

  • ECO Seguros
  • 24 Junho 2025

A partir de agora o seguro vai além de cobrir imprevistos relacionados apenas com questões profissionais, acidentes ou problemas de saúde e abrange qualquer acontecimento súbito e imprevisto.

A Allianz Partners Portugal anunciou em comunicado a extensão das coberturas oferecidas pelo seguro de bilheteira para incluir a cobertura para imprevistos. Este produto reembolsa o segurado que não possa assistir ao festival de música adquirido por motivos determinados no contrato.

Cláudia Godinho, Business Development Manager da Allianz Partners Portugal. “A cobertura para imprevistos que incluímos no seguro de bilheteira é uma vantagem acrescida do nosso produto, que está assim ainda mais completo”.

Ou seja, a partir de agora o seguro vai além de cobrir imprevistos relacionados apenas com questões profissionais, acidentes ou problemas de saúde e abrange qualquer acontecimento súbito e imprevisto, exterior à vontade do segurado – uma solução cada vez mais procurada no mercado -, indica Cláudia Godinho, Business Development Manager da Allianz Partners Portugal.

Por exemplo, se o cliente perder a chave do carro e para resolver esse problema não pode ir ao evento é agora abrangido pelo seguro de bilheteira.

Os festivais de música captam cada vez mais o interesse dos consumidores. Segundo dados avançados pela Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) 2024 foi um ano recorde no setor com 358 festivais realizados em todo o país, sendo o verão o período preferencial, altura em que aumenta a procura por seguros de bilheteira que a seguradora vende através dos seus parceiros.

“Estamos conscientes do forte apelo dos festivais de música em Portugal, que, de acordo com os dados da Aporfest, contaram com mais de 2,5 milhões de espetadores em 2024. Sabemos o quão importante é desfrutar destes momentos sem preocupações, razão pela qual o seguro de bilheteira é uma solução interessante e que regista uma procura maior”, refere Cláudia Godinho. “A cobertura para imprevistos que incluímos no seguro de bilheteira é uma vantagem acrescida do nosso produto, que está assim ainda mais completo”, conclui.

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