IAPMEI abre quarta-feira novo aviso para apoio à eficiência energética na indústria

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O segundo aviso do concurso para apoiar a eficiência energética da indústria tem uma dotação de 32,5 milhões de euros.

A Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) anunciou que, esta quarta-feira, vai abrir o segundo aviso do concurso para apoiar a eficiência energética da indústria, com uma dotação de 32,5 milhões de euros. A medida, denominada “Apoio ao Desenvolvimento de uma Indústria Ecológica”, está inserida no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O objetivo do concurso passa por “aumentar a capacidade de produção de tecnologias orientadas para as energias renováveis, a descarbonização e a eficiência energética, em consonância com as metas do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 e com os objetivos do Plano Industrial do Pacto Ecológico Europeu”, explica a IAPMEI em comunicado.

A medida destina-se a empresas, de qualquer dimensão ou forma jurídica, que apresentem projetos de investimento inseridos em atividades económicas relacionadas com a produção de equipamentos relevantes para a transição climática ou “de componentes essenciais concebidos e utilizados principalmente como insumos diretos para a produção dos equipamentos definidos no ponto anterior”,

Também podem ser apresentados projetos relacionados com “a produção ou recuperação de matérias-primas críticas conexas necessárias para a produção dos equipamentos e componentes essenciais referidos nos pontos anteriores, excluindo mineração e extração”, detalha a Agência para a Competitividade e Inovação.

As empresas apenas podem apresentar uma candidatura, e desde que não tenham tido já uma candidatura prévia aprovada no primeiro concurso, acrescenta. As candidaturas estarão abertas de 21 de maio até às 17h59 do dia 26 de junho de 2025.

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SIC vence legislativas e CNN lidera nos canais de informação

  • + M
  • 19 Maio 2025

A SIC foi o canal mais visto e a RTP1 o que dedicou mais tempo à cobertura da noite eleitoral. Nos canais de informação, a liderança foi da CNN Portugal. Os dados em detalhe, na análise da Dentsu.

A noite de eleições é sempre um dos momentos altos na informação dos canais generalistas e de informação. As legislativas de 18 de maio não foram exceção, com todos os canais a dedicarem várias horas à votação que dá nova vitória à AD e fez do Chega a surpresa da noite.

No período mais relevante de transmissão da noite das eleições (19h00 às 2h30), a SIC liderou para o alvo adultos com 5,3% de audiência média, que resultou em 465.425 telespectadores em média e num share de 13,2%. O canal registou ainda o valor mais elevado em audiência total, com 3.363 mil telespectadores, mostra a análise da Dentu Media para o +M.

Nos canais de informação, o mais visto foi a CNN Portugal, com quatro décimas de vantagem em relação à SIC Notícias. RTP3 e News Now registam a mesma audiência média e também share de audiências, com o canal de informação da MediaLivre e ganhar vantagem na audiência total, ou seja, no número de telespectadores que passam pelo canal, independentemente do tempo de permanência (ver quadro).

Já a RTP1 liderou na duração de transmissões de programas sobre as legislativas, dedicando 8h da sua emissão ao tema. Nas suas sete transmissões, o canal acumulou 3 milhões 116 mil telespectadores, mostra a Dentsu.

A SIC, TVI e CMTV dedicaram sensivelmente o mesmo tempo na sua emissão, cerca de 5h30, ao tema, tendo a SIC obtido entre todos os canais o maior valor de audiência média por transmissão, com 605 mil telespectadores. Segue-se a TVI com 583 mil telespectadores, RTP1 com 445 mil e CMTV com 340 mil.

Em detalhe, a performance de cada um dos canais:

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CEO da CBS News pede demissão. Não concorda que dona do canal queira chegar a acordo com Trump

  • + M
  • 19 Maio 2025

A saída de Wendy McMahon acontece depois de já terem sido registadas outras saídas de altos funcionários do grupo, por divergências quanto à decisão da Paramount de chegar a acordo com Donald Trump.

Wendy McMahon, CEO da CBS News, pediu demissão, em divergência com a Paramount, dona da CBS, que está a considerar chegar a acordo com Donald Trump.

Os últimos meses têm sido desafiadores. Ficou claro que a empresa e eu discordamos sobre o caminho a seguir“, refere Wendy McMahon numa informação interna, citada pelo Financial Times.

Em causa estão assim divergências quanto ao facto de a dona da CBS querer chegar a acordo com o presidente norte-americano, que moveu um processo de 20 mil milhões de dólares contra a CBS, acusando a estação de ter editado uma entrevista a Kamala Harris no ano passado, para favorecer a candidata democrata.

Embora Kamala Harris tenha perdido as eleições, Trump não esqueceu a alegada afronta do canal e não retirou o processo. A CBS e os seus advogados dizem que o caso não tem fundamento, mas responsáveis da Paramount estarão a considerar chegar a um acordo com Donald Trump, através de um pagamento na casa das “dezenas de milhões de dólares”, para encerrar a questão.

A saída de Wendy McMahon acontece depois de já terem sido registadas outras saídas de altos funcionários do grupo, como foi o caso de Bill Owens, produtor-executivo do programa “60 Minutes”, que também pediu demissão a 22 de abril.

Recorde-se também que a Paramount se encontra a aguardar a aprovação do governo de Donald Trump para uma fusão com o estúdio Skydance. O acordo está a ser analisado há vários meses.

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Seguros automóvel da Zurich vendidos pelos concessionários do Santander Consumer Finance Portugal

  • ECO Seguros
  • 19 Maio 2025

Para além do seguro automóvel de responsabilidade civil, foi desenvolvida uma oferta flexível que os concessionários podem adaptar às necessidades específicas de proteção dos clientes.

A Zurich Portugal estabeleceu uma parceria com o Santander Consumer Finance Portugal (SCF) para a venda seguros automóvel aos clientes desde o momento que adquirem o veículo com recurso a crédito bancário.

Miguel Mendes, diretor da área de seguros do Santander Consumer Finance Portugal e Jorge Duarte Pinto, head of sales and distribution da Zurich Portugal consideram que da parceria resultará uma melhor experiência do cliente.

De acordo com o comunicado das duas entidades, a distribuição dos seguros será feita através da rede de concessionários parceiros do SCF, que atuam também como mediadores de seguros.

Esta nova solução vem complementar os seguros de proteção já disponibilizados pelo SCF. Para além do seguro automóvel de responsabilidade civil, obrigatório, foi desenvolvida uma oferta flexível que os concessionários podem adaptar às necessidades específicas de proteção dos clientes.

A disponibilização de seguros incorporados no momento da aquisição do veículo vai contribuir para simplificar o processo de compra e tornar a experiência mais conveniente, eficiente e integrada”, afirma Jorge Duarte Pinto, head of sales and distribution da Zurich Portugal. Destaca ainda que, ao facilitar o acesso ao seguro e ao disponibilizar soluções personalizadas, a seguradora está a reforçar o serviço prestado aos clientes.

Também Miguel Mendes, diretor da área de seguros do Santander Consumer Finance Portugal, considera que esta colaboração representa mais um passo na missão da empresa de oferecer soluções cada vez mais completas, simples e centradas nas necessidades dos clientes. “Ao integrar o seguro automóvel diretamente no processo de aquisição e financiamento do veículo, estamos a tornar a experiência mais fluida, segura e conveniente, reforçando o valor acrescentado que oferecemos aos nossos parceiros e clientes”, afirma o responsável.

A Zurich Portugal faz parte do Grupo Zurich, sétimo maior segurador de Portugal em 2024 com mais de 618 milhões de euros em prémios emitidos.

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Compreender a reforma do seguro automóvel tem curso na APS

  • ECO Seguros
  • 19 Maio 2025

Os impactos práticos no tratamento de sinistros e na responsabilidade da recente reforma legislativa do Decreto-Lei n.º 26/2025 e os mais recentes desenvolvimentos jurisprudenciais, estarão no curso.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e o Instituto do Direito do Consumo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa organizam esta formação especializada, dedicada ao Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil Automóvel, com enfoque na reforma legislativa introduzida pelo Decreto-Lei n.º 26/2025 e nos mais recentes desenvolvimentos jurisprudenciais.

“Num momento de transformação normativa e reforço dos direitos dos lesados, é essencial que os profissionais do setor dominem as alterações ao regime legal e compreendam os impactos práticos no tratamento de sinistros e na responsabilidade das seguradoras”, justifica a APS a oportunidade e necessidade desta formação.

O curso tem a coordenação dos Professores José Alberto Vieira por Rui de Mascarenhas Ataíde e é assegurado por um corpo docente composto por docentes universitários, juristas e especialistas do setor segurador com experiência na área do contencioso de responsabilidade civil automóvel e na gestão de sinistros.

Com um modelo modular e flexível, os participantes poderão optar entre frequentar o curso completo ou módulos específicos ou sessões avulsas, ajustando a formação aos seus interesses e disponibilidade.

As matérias serão ministradas online em duas fases. O Módulo I – A Reforma Legal do Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil Automóvel decorre de 27 e 29 de maio enquanto o Módulo II – Temas Especiais de Seguro Automóvel terá lugar de 3 de junho a 10 de julho.

Pode inscrever-se aqui .

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Nem todos foram felizes na sua terra. Veja como se votou nos lugares de onde vêm os líderes dos partidos

Ventura só precisou de meia dúzia de anos para ser o mais votado na mais populosa freguesia do país. Mortágua não chega às quatro dezenas de concidadãos. E os outros? Veja aqui.

Uma dezena de partidos, incluindo o CDS-PP, dentro da coligação AD, vai sentar os seus deputados em São Bento nesta legislatura, mas nem todos levam na bagagem o título de “melhor filho da terra”. Se Luís Montenegro e André Ventura podem ir agradecer aos seus concidadãos pelas vitórias claras, Pedro Nuno Santos deverá estar bem mais cabisbaixo quando chegar ao concelho que o viu nascer, que preferiu colocar as fichas no concorrente laranja.

O primeiro-ministro cessante terá de fazer uma viagem dupla para deixar agradecimentos: à terra onde nasceu e, depois, à freguesia duriense onde brincava na quinta do avô.

Já o líder do Chega, em quem Pedro Passos Coelho fez recair a escolha para candidato autárquico em Loures em abril de 2017, lançando-o na ribalta política, deu os primeiros passos na vida noutro subúrbio de Lisboa, na mais populosa freguesia do país, Algueirão Mem-Martins. Ali, território do concelho de Sintra, Ventura levou a melhor sobre todos os adversários.

Saiba ainda como votaram os concidadãos de Rui Rocha, adotado por Nogueiró, os alfacinhas Rui Tavares e Inês Sousa Real, o setubalense de adoção Paulo Raimundo, a bejense Mariana Mortágua, o madeirense Filipe Sousa e o famalicense Nuno Melo.

Luís Montenegro

Nascido no Porto, mas criado em Espinho, onde tem residência no edifício que continua a ser sede da polémica Spinumviva, o primeiro-ministro cessante conseguiu ali um resultado sólido para a AD, distanciando a coligação dos socialistas e quase igualando o somatório do PS e do Chega. No concelho de Espinho, a AD somou a preferência de 8.072 eleitores, equivalente a 40% do total. O PS obteve 5.116 (25,35%) e o Chega 3.154 (15,6%). Há um ano, a coligação AD vencera por apenas 47 votos.

Entre as duas eleições legislativas, a AD amealhou mais 1.300 votos, o PS perdeu mais de 1.500 e o Chega, terceira força partidária na terra onde Montenegro cresceu, teve um impulso de 500 votos. No que toca à mobilização, os espinhenses ficaram marginalmente aquém da participação do ano passado.

A história de vida do primeiro-ministro cruza-se também com a freguesia de Barrô, no concelho de Resende, onde em criança brincava na quinta do avô materno. Aí, a AD teve praticamente metade dos votos, bem acima do PS. Em 353 eleitores, alcançou mais 77 que os socialistas. Há um ano, a diferença era de nove. Nas legislativas de 2022, era o PS quem liderava, por 15.

Nuno Melo, líder do CDS-PP, na noite eleitoral das legislativas de 2025. Hugo Amaral/ECO

Nuno Melo

Natural de Famalicão, no distrito de Braga, o líder do CDS-PP entrou nas listas da AD como número dois… pelo Porto. Foi eleito este domingo neste círculo eleitoral, logo atrás do social-democrata Paulo Rangel. A AD, coligação do PSD e CDS-PP, venceu em Famalicão, com 36,2% (1881 votos), acima dos 24,6% do PS e 21,9% do Chega.

Na sua freguesia natal, Joane, a coligação alcançou 1.881 votos, equivalentes a 35,5%, acima dos 1.466 votos do PS (27,7%). A última vez que o CDS-PP concorreu sozinho a legislativas, em 2022, a freguesia de Nuno Melo não valeu mais de 87 votos ao partido então liderado por Francisco Rodrigues dos Santos, que se viria a demitir após o desaire eleitoral que deixou os centristas fora do parlamento nacional.

Pedro Nuno SantosJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O líder socialista acabou por deixar o PS ser superado na sua terra natal, São João da Madeira. No histórico legislativo da década, 2022 é um oásis perante a derrocada deste domingo. Naquela que foi a histórica maioria absoluta de António Costa, São João da Madeira contribuiu com 5.225 votos (45,3%), acima dos 3.499 votos do PSD (30,3%). O Chega estava então em quinto lugar nos resultados finais da terra de Pedro Nuno Santos, com 447 votos, abaixo do Bloco de Esquerda e da Iniciativa Liberal.

Em 2024, já com Pedro Nuno Santos à frente dos socialistas, o PS aguentou a liderança, mas baixou para 37,4%, escolhido por 4.989 eleitores. O PSD do “vizinho” Luís Montenegro, com 29,3% (3911 votos) aparecia de novo em segundo em São João da Madeira, e a fechar o pódio vinha o Chega, com 13% (1726), mais do dobro da IL e quase o triplo do BE.

No domingo, Pedro Nuno “entregou” a sua terra à coligação encabeçada pelo espinhense Montenegro, por uma diferença de 321 votos. O Livre, refira-se, teve 485.

André Ventura

André Ventura, criado no Algueirão Mem-Martins, concelho de Sintra, tem vindo a conquistar o voto dos eleitores da sua freguesia, a mais populosa do país, ao longo desta década. Neste domingo, o Chega, formado em 2019, tornou-se o partido mais votado, com uma subida de cerca de 1.557 votos, ao passo que o PS, partido que governa a freguesia, perdeu 2.110 votos face às legislativas de há um ano. Com isto, em termos de legislativas, o PS passou de primeira a terceira força partidária na terra de Ventura, baixando para 8.150 votos, contra 9.892 do Chega.

Nesta freguesia do concelho de Sintra, o PS viu-se ultrapassado também pela AD, por uma diferença de 249 votos. Olhando para o total do município liderado por Basílio Horta, eleito pelo PS para o terceiro mandato na câmara de Sintra em 2021, o Chega repete a façanha de vencer e relegar o PS para terceira força política. Se no ano passado, o Chega estava a 16 mil votos dos socialistas e atrás da AD por mais de 2.500 votos, neste domingo dominou: 52.868 votos para os cheganos, 50.263 para a coligação de centro-direita e 48.297 para o PS.

Na comparação com os resultados das legislativas de 2022, realizadas há três anos e três meses, a viragem com o município onde Ventura nasceu é ainda mais estrondosa para o balanço do PS. Com António Costa a liderar os socialistas, Sintra contribuiu com mais de 81 mil votos para a segunda maioria absoluta de sempre do partido (após a de José Sócrates em 2005).

Menos de 40 meses depois, o PS tomba de 44% dos votos para 23,8%. Em volume de votos, os socialistas baixaram dos 81 mil votos da maioria de Costa, para pouco mais de 48 mil votos com Pedro Nuno Santos. Já Ventura, quase chega aos 53 mil votos. Em 2022, não atingira os 18 mil, mas no ano passado superou os 44 mil.

Rui RochaANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Nascido no Lobito, em 1970, Rui Rocha é um bracarense “de adoção” desde 1978. Em Braga foi recebido na freguesia de Nogueiró Tenões, onde a IL, com 13,8%, superou o Chega por 91 votos, convencendo 511 concidadãos de Rocha. Já no concelho, a IL alcançou 9,5%, sendo a quarta força partidária, mesma posição que assegura no distrito onde o seu líder foi eleito, e onde não vai além dos 6,8%.

Esta percentagem foi mais do dobro do obtido pela IL no distrito por onde o seu líder foi eleito. Tanto na freguesia como no distrito, a Iniciativa Liberal supera a soma da esquerda, excetuando o PS.

No global do distrito de Braga, a IL é a quarta força política, com 36.687 votos, o suficiente para eleger Rocha para o Parlamento, num dos 19 lugares destinados aos candidatos por Braga. A AD leva oito deputados para São Bento, enquanto o PS e o Chega repartem os dez restantes.

Face a 2024, a maior diferença está na repartição de deputados, com troca de um neste domingo entre PS e Chega, após os primeiros perderem mais de 30 mil votos e os segundos assegurarem um crescimento de cerca de 26 mil.

Por seu lado, o partido de Rocha manteve o quarto lugar e aumentou a votação em 2.700. Já o PSD permanece como líder no distrito de onde é natural o seu secretário-geral, Hugo Soares, mantém os oito deputados e aumentou o apoio com mais 13 mil eleitores, para um total de 198 mil votos.

Rui Tavares

Nascido em Lisboa, por onde foi eleito para a Assembleia da República, o fundador e líder do partido consegue um forte resultado, com 9,4% e 29.605 votos.

Acima, o Chega, com 14,5% (45.740), o PS, com 23,3% (73.366) e a AD, com 31,65% e 99.641 votos. Somando os seus votos ao PS, teriam ultrapassado a AD em quase 4.000 votos – uma nota que poderá acender o debate de possível coligação entre a candidatura de Alexandra Leitão e o partido de Rui Tavares nas autárquicas deste ano. Ainda que, num exercício similar de aritmética simples, somando a IL à AD, daria vitória inequívoca para a direita.

Olhando para as legislativas de 2024, Tavares subiu na votação tal como os partidos Chega e IL. Já a AD e o PS caíram, juntos, cerca de 8.000 votos, o equivalente ao ganho do Chega, ou à soma do crescimento da IL e do Livre.

Paulo RaimundoLusa

Nascido na linha de Cascais, onde os pais trabalhavam no Estoril Futebol Clube, o líder do PCP cedo rumou a Setúbal, onde começou na escola na freguesia rural do Sado. Ali, neste domingo, comparando com 2024, a coligação PCP-PEV não só perdeu a terceira posição nas votações para a AD, como assistiu à ascensão do Chega como a força mais votada, relegando o PS para segundo.

A mesma ordem se estabeleceu no concelho, onde o Chega liderou as preferências, com 27,3%, acima dos 24,1% dos socialistas, os 22,5% da coligação de centro-direita e os 5,9% dos comunistas.

Já na globalidade do distrito de Setúbal, a relação de forças entre os dois maiores partidos alterou-se de forma substancial: o Chega não só passou a primeiro, superando o PS, como somou dois deputados eleitos, totalizando seis, enquanto o PS recuou outros tantos, para cinco. O PCP-PEV manteve um lugar parlamentar pelo círculo de Setúbal. Neste caso, não se trata de Paulo Raimundo, que corria por Lisboa, mas de Paula Silva.

Mariana MortáguaHUGO DELGADO/LUSA

Nascida em Alvito no ano em que Portugal entrou na CEE (hoje União Europeia), a líder do Bloco de Esquerda (BE) esteve nas segundas legislativas enquanto líder do partido. Neste domingo, em Alvito, o BE teve 3,07% dos votos, quase um décimo do obtido pelo Chega, vencedor nestas legislativas.

Há um ano, Mariana Mortágua teve os votos de 84 eleitores e neste domingo foram 37. Na liderança, o Chega, com 28,3%, seguido do PS (27%), da AD (21%) e do PCP-PEV, com 11,62%, mais do triplo dos votos depositados para o BE.

Em todo o distrito do Baixo Alentejo, o Bloco ficou-se por 1,85%, 1.365 votos, menos do que em 2015 conseguira apenas no concelho de Beja, e muito abaixo dos 4,41% de há um ano, ou dos 8,2% de 2015.

No resultado nacional, o BE teve 2% dos votos, muito aquém dos 8,61% obtidos em 2015, ano em que elegeu 19 deputados e foi parte essencial da “geringonça”. Desses 19 de um partido que começou a eleger em 1999 – na altura com dois assentos no Parlamento – resta, em São Bento, uma única deputada, Mariana Mortágua.

Inês Sousa RealMANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Com 1,99% no distrito de Lisboa e 1,82% no concelho da capital, é na análise mais micro, à freguesia onde nasceu Inês Sousa Real, Alcântara, que o PAN tem o resultado mais modesto nesta análise, 1,65%. Local onde o PS teve 41%, o PSD 23% e a IL foi a terceira força partidária, com 9,7%, o PAN tem uma votação modesta, como, aliás, se verificou ao longo do país, onde não passou de 1,53%.

Apesar de tudo, Sousa Real conseguiu, in extremis, fazer-se eleger novamente como deputada única do PAN em São Bento.

Filipe SousaLusa

Fundador do Juntos Pelo Povo, com o seu irmão Élvio, este dissidente do PS, que chegou a presidir à junta da freguesia onde nasceu pelos socialistas, é, tal como o seu jovem partido, novato na Assembleia da República. Na freguesia de Gaula, no concelho madeirense de Santa Cruz, o JPP repetiu a vitória obtida nas legislativas de 2024, com 38,6%. A AD somou 27,8%, o Chega atingiu 16,2% e o PS ficou-se pelos 8,2%.

Já no concelho de Santa Cruz, a AD levou a melhor sobre o JPP, como já tinha acontecido há um ano. Dos quatro primeiros, o PS aprofundou o seu papel de quarta força partidária, com menos cinco pontos percentuais (para 10,05%), enquanto os três primeiros ganharam força eleitoral. O PSD teve 32,8%, o JPP 24,6% e o Chega alcançou 20,84%, o dobro dos socialistas.

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REN aumenta limite da importação de energia de Espanha nas horas de sol

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

As importações de energia de Espanha serão limitadas a 1.500 MW entre as 09:00 e as 20:00, “não existindo restrições nas restantes horas, durante o período de 19 a 26 de maio”.

A REN – Redes Energéticas Nacionais decidiu aumentar o limite das importações de eletricidade de Espanha a partir desta segunda-feira nas horas de sol e retirar as restrições em vigor para as restantes, na sequência do apagão de abril.

De acordo com a mais recente decisão da REN, que após o apagão em 28 de abril optou por restringir as compras de energia a partir do país vizinho, a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha, no sentido importador, será limitada a 1.500 MW entre as 09:00 e as 20:00, “não existindo restrições nas restantes horas, durante o período de 19 a 26 de maio”, lê-se na nota publicada pela gestora da rede elétrica no seu site.

Até agora, as importações estavam limitadas a 1.000 MW entre as 09:00 e as 19:00 e a 2.200 MW nas restantes horas, ou seja, fora das horas de sol.

Estas medidas implementadas pela gestora das redes elétricas fazem parte do processo de estabilização em curso do mercado ibérico de eletricidade (Mibel), após o corte generalizado no abastecimento elétrico em 28 de abril que deixou Portugal e Espanha praticamente sem eletricidade, bem como uma parte do território de França.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão. A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E, na sigla em inglês) anunciou a criação de um comité para investigar as causas deste apagão, que classificou como “excecional e grave”, e que deixou Portugal e Espanha às escuras.

Este painel de peritos terá de elaborar um relatório factual que constituirá a base do relatório final até o prazo máximo de 28 de outubro deste ano. Já o relatório final sobre a investigação do incidente deverá ser publicado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2026.

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Curso de formação atrai profissionais brasileiros a Portugal

Esta é a segunda vez que a iniciativa se realiza na cidade e conta com o patrocínio da Prévoir e MDS e aborda as práticas europeias em produtos e distribuição em seguros.

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) do Brasil trouxe para o Porto profissionais do setor segurador vindos de norte a sul do Brasil para conhecer o mercado segurador português. Esta é a segunda vez que a iniciativa se realiza na cidade e conta com o patrocínio da Prévoir e MDS e aborda as práticas europeias em produtos e distribuição em seguros. O curso arrancou esta manhã e decorre até esta sexta-feira na Católica Porto Business School.

Luiz Ferraz, CEO da Prévoir, durante sua intervenção na iniciativa da ENS na Católica, focou-se no mercado segurador europeu e português.

Há essencialmente três fatores que justificam a participação de 21 profissionais nesta imersão internacional: compreender como é possível tornar-se distribuidor de seguros em Portugal, conhecer mais produtos noutros mercados e melhores práticas de distribuição de seguros, e a construção de relações profissionais na Europa, experiência internacional valorizada pelas empresas brasileiras.

Renato Gonçalves é responsável pela coordenação académica do curso. Com o apoio da Prévoir, teve acesso às ferramentas que lhe permitiram tornar-se mediador de seguros no país — atividade que já exerce, dedicando-se sobretudo à venda de seguros online a imigrantes brasileiros a residir no país.

“É um curso inédito no mercado de seguros em Portugal” que habilita os formandos a saber como se podem tornar mediadores de seguros em Portugal, explica Renato Gonçalves. Um dos requisitos fundamentais para a creditação é a posse da nacionalidade portuguesa, condição indispensável para o exercício da atividade. A sessão desta terça-feira “como ser um mediador de seguros em Portugal” será lecionada por Renato Gonçalves e Júlio Miranda.

O evento conta com o patrocínio da seguradora Prévoir e do grupo de corretagem MDS. Para além do apoio financeiro, ambas as entidades estiveram representadas por profissionais que integraram o painel de oradores. No primeiro dia, o CEO da MDS, José Manuel Fonseca, e o CEO da Prévoir, Luiz Ferraz, falaram sobre a evolução da MDS e o mercado segurador europeu e português, respetivamente.

Paulo Silva, Diretor Comercial da Prévoir, Renato Gonçalves, coordenador académico da iniciativa da Escola de Negócios e Seguros (ENS) no Porto e Luiz Ferraz, CEO da Prévoir.

Outras empresas do setor também estão representadas por oradores convidados, nomeadamente, lluni, Victoria, Real Vida, Doutor Finanças, Mudey. Para além das entidades patrocinadoras, o Grupo Ageas Portugal associou-se à iniciativa, acolhendo os participantes numa visita técnica às suas instalações.

O evento deverá realizar-se no mesmo formato daqui a um ano. “É ideia é voltar daqui a um ano ou daqui a seis meses consoante o interesse”. “O objetivo é voltar no mesmo formato”, com pequenas mudanças ao nível dos palestrantes, por exemplo, a estrutura é a mesma, explica o coordenador académico.

Na sua intervenção, Luiz Ferraz destacou os principais desafios do setor, entre os quais o envelhecimento da população. “O prolongamento da longevidade faz com que as pessoas queiram proteção à medida que vão perdendo autonomia física e mental”, afirmou. O CEO da Prévoir alertou ainda para as dificuldades no acesso das seguradoras ao resseguro para riscos emergentes, como a própria longevidade, bem como os impactos das alterações climáticas e os ciberataques, que se encontram entre os principais riscos enfrentados pelo setor.

Paulo Silva, diretor comercial da Prévoir, abordou as relações entre distribuidores de seguros e seguradoras, destacando temas como as comissões, os diferentes tipos de produtos e os diversos canais de distribuição — dos bancos aos mediadores tradicionais —, questões que suscitaram grande interesse entre os participantes.

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Banco de Portugal quase duplica investimento em obrigações verdes em 2024

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O peso das obrigações verdes no total de ativos financeiros próprios do Banco de Portugal passou de 4,2% em 2021 para 12,8% no final de 2024.

O Banco de Portugal (BdP) quase que duplicou em 2024 o montante investido em obrigações verdes para 1.515 milhões de euros, contra 780 milhões de euros em 2023, adiantou a instituição num relatório divulgado esta segunda-feira.

Segundo o BdP, que publicou o terceiro relatório anual de indicadores-chave de impacto ambiental dos ativos financeiros próprios, no último ano o banco central “reforçou o montante investido em obrigações verdes, sustentáveis e sociais, consolidando o contributo para o financiamento sustentável”.

Em termos absolutos, o BdP voltou a aumentar o valor em obrigações verdes, depois das subidas de 125 milhões de euros em 2022 face a 2021, de 297 milhões de euros em 2023 e, agora, de 735 milhões de euros em 2024 em relação ao ano anterior. Com estes valores, o peso no total de ativos financeiros próprios passou de 4,2% em 2021 para 12,8% no final de 2024.

O BdP assinalou que este relatório segue “as recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), em termos de estrutura, englobando quatro categorias: ‘Governo’, ‘Estratégia’, ‘Gestão de Risco’ e ‘Métricas e Objetivos’”, e incide sobre um conjunto de indicadores de impacto ambiental dos ativos financeiros próprios do Banco, denominados em euros e moeda estrangeira”.

De acordo com a entidade, estas métricas “são calculadas para os ativos financeiros próprios detidos a 31 de dezembro de cada ano, com base nos dados de emissões de carbono, dados financeiros e outros providenciados por fornecedores de dados especializados”.

O BdP revelou que no final de 2024, o total de ativos financeiros próprios do Banco abrangidos no cálculo dos indicadores-chave de impacto ambiental, excluindo saldos à vista, depósitos e instrumentos derivados, ascendia a 11.779 milhões de euros, “o que representa um aumento de 52% relativamente ao ano anterior (7739 milhões de euros)”. Este valor está alocado 88% em títulos soberanos e 12% em supranacionais e agências, acrescentou.

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PGR aguarda mais alguns dias antes de decidir sobre averiguação a Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

O PGR vai aguardar mais alguns dias pelos documentos solicitados antes de decidir o rumo da averiguação preventiva relacionada com a aquisição de um imóvel em Lisboa por parte de Pedro Nuno Santos.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai aguardar mais alguns dias pelos documentos solicitados antes de decidir o rumo a dar à averiguação preventiva relacionada com a aquisição de um imóvel em Lisboa por parte de Pedro Nuno Santos.

“As pessoas não são obrigadas a entregar os elementos que são solicitados. Mas nós admitimos que a falta de elementos pode ter a ver com a campanha eleitoral”, disse à agência Lusa o procurador-geral da República, em Faro, à margem da sessão solene do Dia do Advogado. Segundo Amadeu Guerra, a questão será “analisada mais uma vez para a semana, eventualmente ainda esta semana”.

“Não sou eu que vou fixar o prazo. São os colegas do DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal”, esclareceu Amadeu Guerra.

O Ministério Público (MP) abriu há mais de um mês uma averiguação preventiva na sequência de receção de denúncias na qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Segundo o jornal Observador, que avançou com a notícia em meados de abril, em causa estão suspeitas relacionadas com a aquisição de um imóvel em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo.

Pedro Nuno Santos durante o comício do PS na Aula Magna a propósito da campanha eleitoral para as Legislativas 2025Hugo Amaral/ECO

A averiguação preventiva “corre termos” no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual é investigada a criminalidade económico-financeira mais complexa.

De acordo com Amadeu Guerra, este caso pode ou não ter a ver com outra queixa aberta no Porto a partir de denúncias anónimas e que foi arquivado sem que tenham sido feitas diligências.

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Governo prolonga por mais um ano conclusão dos projetos de leilões solares

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Trata-se da terceira prorrogação dos prazos inicialmente definidos. O despacho acrescenta tratar-se de uma última prorrogação, improrrogável.

O Governo decidiu prolongar por mais 12 meses o prazo previsto para a conclusão dos projetos vencedores dos leilões solares de 2019 e 2020, atendendo a pedidos de vários promotores.

A decisão, formalizada através de despacho assinado pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, foi publicada hoje pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e tem como base os impactos da atual situação geopolítica e económica.

Trata-se da terceira prorrogação dos prazos inicialmente definidos. A última, em fevereiro de 2024, foi justificada com dificuldades nas cadeias de abastecimento e o contexto internacional instável. Fatores que, segundo o Governo, ainda se mantêm.

“Procedeu-se a nova prorrogação de prazos, por mais um ano”, lê-se no despacho, que acrescenta tratar-se de uma última prorrogação, improrrogável, para garantir condições de igualdade entre promotores e viabilizar a execução dos projetos em curso.

O documento sublinha ainda que, apesar de o Governo estar em gestão, a medida reveste caráter urgente e inadiável, sendo “consentânea com os poderes atribuídos a um Governo de gestão”.

“No contexto atual, considerando a situação geopolítica e os seus impactos económicos e os constrangimentos daí decorrentes, mas tendo também presente a concretização dos compromissos internacionais de Portugal em transição energética e descarbonização da economia nacional, […] considerando os vários pedidos dos promotores e no sentido de garantir a igualdade entre os interessados, justifica-se uma última prorrogação, improrrogável, de determinados prazos, o que se faz pelo presente despacho”, lê-se no documento.

O leilão de energia solar de 2019 contou com 64 concorrentes, tendo a procura sido nove vezes superior à oferta, fechando com um valor médio de 20 euros por megawatt/hora (MWh). Já os 12 lotes submetidos a concurso em 2020 foram adjudicados a seis entidades.

Neste leilão, que se realizou em 24 e 25 de agosto de 2020, foram adjudicados 670 megawatts (MW), dos quais cerca de 75% na modalidade de armazenamento (483 MW) e os restantes nas modalidades de compensação ao sistema (177 MW) e contrato por diferenças (10MW).

 

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Comité Central do PCP reúne-se terça-feira para analisar resultados eleitorais e “ação política”

  • Lusa
  • 19 Maio 2025

Esta vai ser a primeira reunião da direção comunista após as legislativas, nas quais o PCP obteve o seu pior resultado de sempre.

O Comité Central do PCP reúne-se na terça-feira para “analisar a situação política e social”, os resultados eleitorais e a “ação e iniciativa política do partido”, após a bancada parlamentar comunista ter sido reduzida para três deputados nas legislativas.

Esta informação consta de uma nota de agenda enviada pelo PCP às redações, que indica que o secretário-geral do partido, Paulo Raimundo, apresentará as conclusões da reunião em conferência de imprensa às 18:00, na sede nacional do partido, em Lisboa. Esta vai ser a primeira reunião da direção comunista após as eleições legislativas, nas quais o PCP obteve o seu pior resultado de sempre, com 3,03% e a eleição de três deputados: Paulo Raimundo, Paula Santos e Alfredo Maia.

No ano passado, numa reunião do Comité Central do partido apenas três dias após as legislativas de março de 2024, Paulo Raimundo anunciou em conferência de imprensa que o partido ia avançar com uma moção de rejeição ao programa do Governo da AD. Essa moção de rejeição viria a ser rejeitada na Assembleia da República com votos contra do PSD, Chega, CDS e PAN, abstenção do PS e os votos a favor do BE, PCP e Livre.

Este domingo, na declaração que fez após serem conhecidos os resultados eleitorais, Paulo Raimundo considerou que, perante o resultado da AD, Chega e IL nestas legislativas, é necessária “uma ação comum de democratas e patriotas” para enfrentar “a política de direita”.

Este não é o tempo para dar a mão à direita e dar suporte à sua política antipopular. Este é o tempo do combate”, vincou.

A AD venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, com 58 cada.

A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (9) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos. A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante, tal como o PAN que manteve um deputado.

O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado. Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidas a 28 de maio.

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