Tecnológica de origem checa tem como objetivo a médio prazo recrutar equipas de Produto, Engenharia e Vendas para o centro de Lisboa. Abrir centros em outras zonas do país "será sempre opção".
A tecnológica Manta prepara-se para investir 1 milhão de euros no seu primeiro hub em Portugal. A plataforma global de data lineage quer recrutar 50 talentos em Portugal, mas “com o objetivo de alcançar as 150 pessoas no espaço de dois anos”. Colaboradores serão integrados num modelo híbrido de trabalho.
Depois de Praga e Dublin, Lisboa será a terceira cidade europeia a receber um centro da empresa checa, com escritórios ainda em Nova Iorque e Florida. Com 1.500 m2, o Centro de Engenharia e Produto em Lisboa inaugura no outono.
“Nesta fase o Centro de Engenharia e de Produto em Portugal visa dar apoio a serviços a outros países. Com o talento especializado de excelência que o país oferece, o nosso principal objetivo atualmente passa pelo recrutamento de, essencialmente, profissionais ligados à área de TI que nos permita aumentar o nosso portefólio de clientes”, adianta Cláudia Leitão, vp of people & culture da Manta, à Pessoas.
O hub de Lisboa é o primeiro da companhia no país, mas a tecnológica admite que poderá vir a instalar outros em outras zonas do país. “Será sempre uma opção. Portugal oferece uma pool de talento muito rica, não só em Lisboa, mas também em muitas outras zonas do país como Aveiro, Porto, Braga, entre outras”, admite a responsável de pessoas da tecnológica.
“O objetivo da Manta para Portugal é desenvolver um Centro de Engenharia e de Produto de excelência, através da construção de uma equipa sólida com profissionais altamente técnicos que nos permita desenvolver a nossa plataforma de forma a trazer inovação aos nossos clientes”, diz Cláudia Leitão.
“Existem vários planos de desenvolvimento de novas funcionalidades do produto no curto/médio prazo, para os quais esta equipa será fundamental. Os nossos clientes são essencialmente o segmento corporate, grandes empresas multinacionais, com uma expressão significativa nos Estados Unidos, no entanto o nosso foco será também desenvolver negócio na EMEA”, refere a vp of people & culture da tecnológica.
Fundada em 2016, na República Checa, com sede nos EUA, a Manta é uma plataforma que permite a gestão dos fluxos de dados de uma organização, através de data lineage, ajudando a acelera a resolução de incidentes e apresentar e desenhar um mapa completo de todos os fluxos de dados.
Preparam-se para abrir o primeiro escritório em Portugal. O que determinou a escolha do país?
A Manta optou por Portugal para abrir o seu Centro de Engenharia e Produto devido às inúmeras características positivas que o país oferece, nomeadamente talento. Com o evoluir da transformação digital que se tem verificado no mercado de trabalho é muito importante recrutar profissionais que apresentam não apenas competências técnicas, mas também comportais. E achamos que no nosso setor de atividade, o mercado nacional combina muito bem estas duas componentes, as hard skills, como o talento especializado das tecnologias da informação, e as soft skills, a nível comportamental.
Querem contratar até 50 profissionais até ao final do ano. Quais os objetivos a médio prazo ao nível de recrutamento?
Exatamente. Até ao final do ano a Manta tem como objetivo contratar cerca de 50 pessoas, que nos vai permitir expandir o nosso negócio e construir uma equipa de engenharia sólida. A atividade principal da Manta permite às empresas aumentarem o seu conhecimento sobre o ambiente de dados e através da solução que oferecemos às empresas com todos os fluxos de dados é que possam ter uma visão mais completa dos seus sistemas e a forma como estão ligadas, e a tomarem melhores decisões com base nesse conhecimento. E, com base na nossa atividade, temos como objetivo a médio prazo recrutar equipas de Produto, Engenharia e Vendas que venham contribuir para a expansão, contando crescer até às 50 pessoas em 2022, mas com o objetivo de alcançar as 150 no espaço de dois anos.
Que perfis procuram?
Até ao final do ano temos como meta contratar cerca de 50 profissionais nacionais em diversas áreas, como Java Developers, DevOps engineers, Product Managers, People & Culture Business Partners, Compensation & Benefits experts, Accountants, Trainers, Support Engineers, Integration Consultants, Channel Sales Managers, Customer Success Managers, entre outros.
O primeiro centro é em Lisboa. Admitem abrir hubs em outras zonas do país?
Temos falado muito sobre este tema e será sempre uma opção. Portugal oferece uma pool de talento muito rica, não só em Lisboa, mas também em muitas outras zonas do país como Aveiro, Porto, Braga, entre outras.
Temos como objetivo a médio prazo recrutar equipas de Produto, Engenharia e Vendas que venham contribuir para a expansão, contando crescer até às 50 pessoas em 2022, mas com o objetivo de alcançar as 150 no espaço de dois anos.
O hub visa apoiar o desenvolvimento da companhia no mercado nacional ou a prestação de serviços para outros mercados?
Num documento recente, a previsão da Gartner é que, até 2020, a maioria dos use cases de dados e análises exigirá a ligação a fontes de dados, levando as empresas a duplicar os seus investimentos em soluções de gestão de metadados. Os ativos em dados e informação tornam-se cada vez mais essenciais em todas as organizações e nesta fase o Centro de Engenharia e de Produto em Portugal visa dar apoio a serviços a outros países. Com o talento especializado de excelência que o país oferece, o nosso principal objetivo atualmente passa pelo recrutamento de, essencialmente, profissionais ligados à área de TI que nos permita aumentar o nosso portefólio de clientes.
Escassez de talento e pressão salarial são temas recorrentes no setor tech. Que estratégias estão a desenvolver — ao nível de pacote salarial e benefícios — para garantir que atraem o talento que necessitam?
A Manta promove uma estratégia de people & culture que se centra fundamentalmente nas pessoas e no desenvolvimento do seu potencial. Todas as componentes salariais e de benefícios são fundamentais para entrar em competição num mercado cada vez mais exigente, mas o que marca a diferença é a forma como as empresas desenvolvem, reconhecem, apoiam e promovem as suas pessoas. Desenvolver políticas que se centram nas pessoas e permitir que tenham as ferramentas para realização pessoal é cada vez mais um elemento diferenciador, que nos permite olhar para os colaboradores como indivíduos com necessidades e ambições especificas e há que conhecer esses elementos diferenciadores para podermos estar não só numa frente competitiva a nível de compensação, mas também de desenvolvimento individual.
Estamos a desenvolver novos escritórios que reflitam de forma inequívoca o que é para nós trabalhar na MANTA. Escritórios vibrantes, ágeis e divertidos, com muitos espaços colaborativos e menos salas de equipas. Não será nunca um ambiente open space completo, mas sim vários ambientes fluidos que se misturam entre si e que promovem a colaboração e partilha em total segurança.
Os colaboradores encontram um escritório a funcionar em modelo híbrido. Na prática, o que está previsto?
O importante é reconhecer as necessidades específicas de cada equipa e de cada indivíduo e encontrar o equilíbrio perfeito entre ambas. Não há uma regra fixa, há sim uma recomendação de garantir a presença no escritório pelo menos duas vezes por semana, mas não será nunca uma imposição. Cada equipa tem as suas necessidades e dinâmicas específicas que devem ser respeitadas. Não temos uma filosofia fully remote, mas sim um registo híbrido, que pretende aliar o melhor dos dois mundos em termos de flexibilidade e colaboração.
Como adaptaram o espaço de escritório a esse modelo?
Os escritórios da Manta estão também a passar por um momento significativo de transição. O trabalho remoto tem sido uma premissa em todas as localizações nos últimos dois anos e neste momento sentimos a necessidade de trazer uma nova vida e dinâmica. Estamos a desenvolver novos escritórios que reflitam de forma inequívoca o que é para nós trabalhar na MANTA. Escritórios vibrantes, ágeis e divertidos, com muitos espaços colaborativos e menos salas de equipas. Não será nunca um ambiente open space completo, mas sim vários ambientes fluidos que se misturam entre si e que promovem a colaboração e partilha em total segurança.
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Tecnológica Manta investe 1 milhão em hub em Lisboa. Quer contratar 150 pessoas em dois anos
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