Broseta: firma ibérica contrata mais cinco advogados com faturação de 21,5 milhões

Em 2016, a sociedade faturou 14,7 milhões e em 2017 16,3 milhões. Já em 2018, ano em que se tornou uma firma ibérica, passou para os 21,5 milhões de euros.

A fusão não é de hoje mas no mês em que comemoram dois anos de ‘casamento’, a Broseta e a sociedade de advogados dos portugueses Álvaro Roquette Morais e Pedro Guerra fazem um balanço. Assumem que a faturação aumentou com a integração do escritório português (passou de 16,3 para 21,5 milhões) e escolheram o lema “ambição de crescer” para 2020.

Para já, no último semestre de 2019, contrataram três advogados e dois em regime de ‘Of Counsel’. Foi em março de 2018 que a Broseta integrou na sua estrutura a sociedade portuguesa, seguindo-se a abertura de um escritório próprio em Zurique, e a construção da Rede Legal Ibero-Americana, visando assessorar clientes nos mercados da América Latina.

Uma verdadeira fusão e não apenas uma aliança já que “Broseta aparece em primeiro lugar na designação da nossa sociedade. Somos, mesmo, uma sociedade ibérica e trabalhamos muitos clientes em conjunto, ao nível do direito europeu e transnacional. Há muitas áreas do direito que não estão confinadas às nossas fronteiras! Quantas vezes não temos um dos advogados do nosso escritório em Lisboa em call com um colega espanhol a trabalharem para encontrarem soluções para clientes de outras nacionalidades ou para empresas que operam em imensas jurisdições diferentes? Além disso, o movimento é permanente, todas as semanas alguém de Lisboa está em Madrid e o inverso também é verdade”, segundo explicou Álvaro Roquette Morais, managing partner da Broseta em Portugal, em declarações à Advocatus.

“Ambição de crescer” com a entrada de três advogados e dois consultores especializados: Proteção de Dados, Cibersegurança, Telecomunicações, Tecnologia, e Direito Bancário e Financeiro e Contratação Pública são atualmente as áreas de aposta.

Se tivesse que escolher uma só área de aposta para 2020 seria ICT (informação, Comunicações, Tecnologia). A informação, os dados e os meios pelos quais circulam e são armazenados são competências que estão no nosso ADN”, sublinha Álvaro Roquette Morais.

Em 2016 e 2017, a Broseta faturou, respetivamente, 14,7 milhões de euros e 16,3 milhões de euros. Em 2018, ano em que Portugal passou a contribuir para a faturação global da sociedade, esta cifrou-se nos 21,5 milhões de euros. 2019 deverá registar, no conjunto da sociedade, um crescimento superior a dois dígitos, posicionando a faturação em valores próximos dos 25 milhões de euros, segundo fonte do escritório explicou à Advocatus.

“A expressão de Portugal no quadro global de faturação da Broseta é ainda reduzido, mas acredito que no decurso dos próximos três anos, com a nossa estratégia de crescimento assente na constituição de uma equipa de advogados de excelência em áreas core aqui em Lisboa, a par da parceria virtuosa que temos com o nosso escritório correspondente em Luanda, seremos capazes de nos afirmar como um pólo gerador de valor acrescentado para a sociedade no seu todo”, adianta Roquette Morais. Com este objetivo em perspetiva, a Broseta reforça a sua equipa em Portugal e acredita que, neste ano, voltará “ativamente a recrutar talento”.

Atualmente com 160 advogados distribuídos por Madrid, Valência e Lisboa, a Broseta defende não ter qualquer complexo com o tema ‘faturação’. “Não ter complexos ajuda! Como ajuda, claro que sim, estarmos integrados no mercado ibérico, mas também termos um modelo de gestão que aposta na transparência e acreditarmos que as organizações desempenham um papel social que vai para além da geração de lucro para os seus acionistas. As empresas que atuam no mundo de hoje, com tantos desafios, só ganham em ter uma cultura de transparência. A transparência, aliás, é em si mesma uma causa. Não trabalhamos com qualquer cliente, fazemos uma avaliação de risco, cumprimos com todas as regras de KYC (know your client). Hoje em dia, só não acede a informação empresarial e às contas das empresas e das sociedades, quem não quer. A informação é pública, de que me vale tentar mantê-la reservada?”, questiona o managing partner.

As empresas que atuam no mundo de hoje, com tantos desafios, só ganham em ter uma cultura de transparência. A transparência, aliás, é em si mesma uma causa.

Álvaro Roquette Morais

Managing Partner da Broseta

Para 2020, o escritório quer apostar em recrutar talento, “jovens advogados que queiram crescer numa organização ibérica, mas com uma vocação global, que tem uma rede de parcerias muito interessante na américa latina e Brasil. Para isso estamos a criar procedimentos de recrutamento, alinhar os planos de carreira e formação com as práticas espanholas, fazer mais parcerias com universidades, organizações da sociedade civil, ou seja, subirmos um degrau no nível de exigência”, explica o sócio.

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