Combinação de trabalho e lazer já é uma realidade nas viagens empresariais
Viagens de um dia e de uma noite estão a diminuir drasticamente, com um aumento das viagens de vários dias para cobrir uma série de objetivos do colaborador que viaja, incluindo o lazer.
As típicas viagens de negócios, em que o colaborador que viaja apenas conhece o destino, o aeroporto, o salão de convenções e o alojamento no hotel têm os dias contados.
No último ano, temos vindo a assistir ao aumento do bleisure (business & leisure), a combinação de viagens de negócios que são prolongadas para acrescentar dias de lazer e relaxamento. Esta é, de resto, uma tendência que tem ganho cada vez mais adeptos em Portugal e nos restantes países europeus: segundo o último relatório da Global Business Travel Association (GBTA), 82% dos viajantes de negócios europeus querem combinar trabalho e lazer e 40% das empresas já receberam pedidos nesse sentido.
Hoje em dia, as viagens são planeadas com maior intencionalidade e para cobrir vários objetivos; não apenas um. Consequentemente, e tal como confirmado pelos dados da GBTA, as viagens de um dia e de uma noite estão a diminuir drasticamente, com um aumento das viagens de vários dias e de várias noites para cobrir uma série de objetivos do colaborador que viaja, incluindo o lazer. É o caso, por exemplo, dos congressos, que são normalmente organizados em locais onde se podem praticar atividades turísticas e de lazer.
O bleisure faz, assim, parte das novas tendências das viagens de negócios pós-pandemia. Após a Covid-19, os colaboradores passaram a exigir um maior controlo das suas decisões e nas viagens isso não é exceção: estes não querem ser ‘amarrados’, exigem uma melhor experiência de viagem e querem políticas personalizadas em que a tecnologia seja um fator determinante.
As empresas que promovam o bleisure estão a responder a um ambiente de trabalho mais flexível e mais digital e marcado por novas relações de confiança entre elas e os seus colaboradores.
Para as empresas, o facto de um viajante poder organizar a sua viagem de forma a poder prolongá-la (tirando o fim de semana, por exemplo) e aproveitá-la para fazer turismo ou partilhar uma estadia com o seu parceiro ou família é uma forma de acrescentar valor à sua equipa, e de os colaboradores poderem combinar trabalho com lazer ou família; o que, em última análise, ajuda a conciliar a vida profissional e familiar e contribui para uma maior motivação.
A combinação de trabalho e lazer é, então, uma boa ferramenta para reforçar a estratégia empresarial e melhorar a satisfação dos colaboradores que viajam por motivos profissionais que acaba por resultar num aumento da produtividade empresarial. Ao mesmo tempo, esta tendência exige que as empresas modifiquem as suas políticas de viagens para incluir esta modalidade.
Termino esta reflexão, dizendo acredito que as empresas precisam de começar a regular o bleisure para dar uma resposta adequada a esta procura. A fusão entre lazer e negócios requer uma mudança de mentalidade e um tratamento personalizado compatível com a máxima conetividade e as novas tecnologias. São ferramentas como o Destinux que permitem regular estes critérios, para que os colaboradores que viajam possam reservar em nome da empresa (reservas de trabalho) ou em nome próprio (reservas de lazer), ações que implicam critérios diferentes, regras de faturação diferentes e uma forma de pagamento diferente.
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