
Como será a gestão financeira no futuro?
Assistimos à consolidação do modelo do trabalho remoto ou híbrido, o que tem exigido uma nova abordagem à gestão das equipas: uma abordagem mais flexível, empática e com o foco na comunicação.
A gestão financeira está a evoluir rapidamente e o futuro promete uma gestão cada vez mais remota e automatizada. Hoje, assistimos à consolidação do modelo do trabalho remoto ou híbrido, com alguns dias no escritório e outros em casa, o que tem exigido uma nova abordagem à gestão das equipas: uma abordagem mais flexível, empática e com o foco na comunicação, muitas vezes virtual. Para se adaptarem a esta nova realidade, as organizações devem munir-se das ferramentas necessárias para garantir um acesso remoto e em tempo real à informação. Em paralelo, a incorporação de novas tecnologias com vista à automatização de processos – como a Inteligência Artificial e o RPA (Automação Robótica de Processos) -, será a base de um novo paradigma de gestão financeira. E é precisamente aqui que as ferramentas cloud têm um papel fundamental, quer para possibilitar o trabalho remoto e agilizar o acesso em tempo real a todos os dados de negócio, quer para automatizar processos.
O impacto da gestão remota na gestão financeira
Após a drástica mudança que levou a que o trabalho remoto se tornasse uma realidade para grande parte das empresas, tornou-se claro que, em muitos casos, a produtividade das equipas até aumentou. Por essa razão, esta é uma tendência crescente e os gestores terão de se apoiar na tecnologia para suportar este novo modelo de trabalho.
Da mesma forma, este modelo sem fronteiras e sem necessidade de presença física proporcionou uma maior facilidade de acesso ao talento, na medida em que as empresas podem trabalhar com os melhores talentos independente do local onde se encontram.
Face à crescente procura por modelos de trabalho remoto e híbrido, as ferramentas cloud tornam possível que os colaboradores acedam aos dados empresariais a partir de qualquer lugar, com definições pré-configuradas. Esta flexibilidade garante uma colaboração sem falhas e um fluxo de trabalho mais eficiente, mesmo quando as equipas estão geograficamente dispersas. À medida que as empresas adotam modelos de trabalho remoto, as soluções cloud afirmam-se como um aliado fundamental que permite aos gestores financeiros executarem as suas tarefas de forma eficaz a partir de distintos lugares. As vantagens são claras: maior acessibilidade, custos reduzidos, segurança redobrada, maior mobilidade, manutenção facilitada e flexibilidade garantida.
Mas afinal, o que é a automatização aplicada às finanças?
De forma simplificada, a automatização de processos financeiros é suportada por software que automatiza várias tarefas administrativas que são parte do dia a dia das equipas financeiras, com o propósito de reduzir a intervenção humana, eliminar erros e agilizar processos. Como exemplo, temos a automatização das tarefas relacionadas com o processamento dos mapas fiscais. Com um software de gestão cloud, os mapas fiscais estão sempre prontos e a integração com os serviços da Autoridade Tributária é automática.
Na realidade, existem vários benefícios associados à gestão automatizada na área das Finanças, como a redução do tempo necessário para executar tarefas administrativas, maior precisão e rigor no processamento dos dados e possibilidade de libertar as equipas para tarefas de maior valor, como a análise de dados, planeamento estratégico, forecasting ou gestão de informação crítica para a tomada de decisões.
Para que tal seja possível, existem hoje várias tecnologias que são utilizadas na automatização de processos financeiros, que são capazes de analisar dados de forma autónoma e tomar decisões baseadas em instruções predefinidas, assim como prever futuros cenários com o apoio dos dados disponíveis. Além disso, temos a chegada dos robôs ao mundo da gestão financeira, sistemas capazes de gerir de forma autónoma processos repetitivos como o processamento de salários, com base em regras definidas pela equipa financeira. Tudo isto só é possível graças às novas tecnologias como a Inteligência Artificial, Machine Learning e RPA (Automação Robótica de Processos).
É inevitável assumir que toda esta tecnologia e automatização tem um grande impacto na atividade de vários profissionais. O âmbito funcional do gestor financeiro vai sofrer mudanças com a introdução destes sistemas, mas o insight mais importante a reter é que as tarefas repetitivas, com pouco valor acrescentado e que, normalmente, exigem muito tempo – tempo esse que poderia ser aplicado de forma mais inteligente – vão deixar de ser responsabilidade das pessoas. E isto é vantajoso, sem dúvida!
O papel do gestor financeiro do futuro será suportado por tecnologia que lhe dará todos os dados para que possa decidir rapidamente e de forma consolidada, com o apoio de uma equipa mais focada na análise dos dados do que na sua obtenção e estruturação. Essa tarefa de recolha e estruturação dos dados será responsabilidade da tecnologia, a bola de cristal que irá permitir ao gestor financeiro apostar na previsão e planeamento do futuro do negócio.
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