O Ano de 2022, de A a Z
Da Argentina a Zelenski, as escolhas de A a Z sobre o ano de 2022.
Sintetizar um ano de calendário de A a Z não é simples.
Argentina: venceu o Campeonato do Mundo de Futebol, tornando-se tricampeã mundial, com um futebol atraente e eficaz. No plano desportivo, é o ano da Argentina.
Bicentenário da Independência: o dia 7 de setembro de 2022 assinalou 200 anos da Independência do Brasil, na sequência do célebre “Grito do Ipiranga”, de D. Pedro. Foi assim que nasceu este grande país!
Cristiano Ronaldo: o ano de 2022 marca o princípio da retirada de um enorme desportista. Não deixará de ser um GOAT, mas este foi, certamente, o seu pior ano desportivo.
Desgoverno: quando nada o fazia prever, e depois de o PS ter conquistado uma maioria absoluta, o Governo mostra sinais de algum cansaço, descoordenação e desgoverno. O Primeiro-Ministro tem a experiência e a habilidade para se recentrar e recuperar o prestígio do Governo, mas para o efeito tem de se focar mais na vida (interna) do país.
Energia: as alterações climáticas e a crescimento inusitado do respetivo preço transformaram a energia na principal commodity de 2022. O gás russo, que tanto beneficiou a Europa, tornou-se tóxico e proibitivo.
Fusão nuclear: os cientistas do Laboratório Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, anunciaram ter atingido o chamado equilíbrio de energia científico, isto é, ter conseguido produzir mais energia a partir da fusão do que a própria energia do laser usada para a impulsionar. A ser assim, estamos perante a maior descoberta do século.
Guerra: o ano de 2022 ficou marcado, pela negativa, pela Guerra da Ucrânia, que tem devastado a vida de milhares de famílias, incluindo velhos, mulheres e crianças. Uma tragédia.
Humanidade: uma nova Guerra às portas da Europa faz-nos recordar o essencial – a natureza humana não é um garante de humanidade; por vezes, é sinónimo de crueldade e brutalidade.
Inflação: este foi o ano da inflação, que atingiu valores históricos; 2022 marca a maior taxa de inflação do século XXI e o regresso a níveis que já não se viam há três décadas, pondo em risco a estabilidade social.
Joe Biden: assumiu a liderança contra a invasão da Ucrânia e recolocou os EUA como o farol das democracias ocidentais, recordando (mais uma vez) a sua importância na defesa do Velho Continente.
Kylian Mbappé: não ganhou o Campeonato do Mundo de Futebol, mas foi o melhor marcador do torneio e o que mais se destacou; parece ser, sem margem para dúvidas, o sucessor da dupla Messi-Ronaldo.
Lula da Silva: recuperar a Presidência do Brasil depois de ter estado preso (sem um due process of law) e fazê-lo através de eleições livres e democráticas contra aqueles que o prenderam, é obra! Este é o ano de Luís Inácio Lula da Silva!
Messi: venceu, finalmente, o troféu que tanto ambicionava: tornou-se campeão do Mundo de Futebol. Já nada lhe falta.
NATO: por força da Guerra da Ucrânia e depois de Donald Trump a ter desvalorizado e diminuído, o ano de 2022 marca o seu recrudescimento e o assinalar da sua importância.
Operação Militar Especial: foi esta a terminologia utilizada por Putin para caracterizar a invasão da Ucrânia. Se era essa a sua intenção inicial, cedo terá percebido que o que parecia simples se transformou num inferno. Um inferno para a Ucrânia e para os seus cidadãos, mas também para os militares russos, que nunca anteciparam tantas dificuldades no terreno.
Pelé: morreu o eterno Rei do Futebol. O mais carismático; o mais iluminado; o mais habilidoso; o que mais brilhou; e o mais medalhado de sempre, com três títulos mundiais. Todos se vergam perante a memória do “camisa número 10!”
Qatar: para o bem e para o mal, nunca se falou tanto do Qatar como neste ano. Acolheu o campeonato do Mundo de Futebol, afirmando-se no espaço mediático. Mas o país foi, também, objeto de denúncias de graves violações dos direitos humanos e de práticas de corrupção, nomeadamente a propósito da organização deste evento.
Roe vs. Wade: o ano ficou marcado pela decisão do Supremo Tribunal Federal dos EUA, que reverteu a decisão que permitia o aborto. Com esta decisão, regressou-se à situação que existia antes de 1973, quando cada Estado Federado era livre de proibir (ou não) a realização da interrupção voluntária da gravidez. É o caso judicial do ano.
Salman Rushdie: o escritor britânico, autor do livro “Os versos satânicos” e ameaçado de morte pelo regime do Irão na década de 80, foi barbaramente atacado no Estado de Nova York. Sobreviveu, mas esteve à beira da morte. A liberdade de expressão foi ameaçada.
Twitter: o ano de 2022 marca a compra do Twitter pelo multimilionário Elon Musk, por US$ 44 bilhões, que declarou que “o pássaro está livre”. O futuro dir-nos-á se é uma verdadeira “libertação”, ou se pelo contrário o “pássaro” vai passar a ser o promotor de mais “fake news”…
Ucrânia: este é o ano da Ucrânia, do seu povo e da sua resistência à invasão russa. Sem que nada o fizesse prever, a Ucrânia tornou-se também o palco do que pode ser uma perigosa guerra mundial, que põe em confronto dois grandes blocos: o Ocidente e as democracias liberais, de um lado, e a Rússia e a China, no polo oposto. Há que gerir o conflito com pinças, sem o escalar.
Verstappen: sagrou-se bicampeão mundial de F1 em 2022, após vencer o GP do Japão. Foi o ano da consagração e da confirmação deste jovem piloto – o “holandês voador”.
Warriors: os Golden State recuperaram o título da NBA, ao vencer os Boston Celtics. Stephen Curry foi nomeado o MVP do torneio e os Warriors juntaram-se ao grupo seleto de equipas – a par dos Celtics e dos Lakers – com mais de 7 títulos da NBA!
Xi Jinping: foi reeleito secretário-geral do Partido Comunista da China (PCC) e ficará mais cinco anos à frente do Congresso. Por esta via, tornou-se o mais poderoso líder da República Popular da China desde Mao Tse-Tung, que ficou no poder de 1949 até 1959. Xi foi o primeiro líder a conseguir um terceiro mandato como Secretário-Geral do PCC.
Ye: é o novo nome utilizado pelo polémico cantor, rapper e estilista americano Kanye West, que anunciou (este ano) a sua putativa candidatura às eleições de Presidente dos Estados Unidos da América, em 2024. Fê-lo no meio de polémicos comentários antissemitas e depois de ter convidado Donald Trump para ser seu Vice-Presidente (!). A democracia tem esta grandeza: até admite pseudo-políticos circenses….
Z: este é, decididamente, o ano da última letra do alfabeto. Por um lado, é o ano de Zelensky, que do nada se converteu no líder mundial mais carismático, mais mediático e mais destemido. Um exímio comunicador e um acérrimo defensor da soberania ucraniana. No polo oposto, “Z” é o símbolo utilizado pelo exército russo invasor.
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