O manual de instruções que ninguém nos deu

  • Paulo Fradinho
  • 17 Novembro 2025

No final do dia, a melhor forma de reduzir custos em saúde não é limitar o acesso aos cuidados. É ensinar os colaboradores a usar este acesso de forma inteligente.

Compramos um telemóvel novo e passamos horas a explorar cada funcionalidade. Temos um seguro de saúde da empresa e… Continuamos a usá-lo como se fosse 2005.

A Joana evita ir ao fisioterapeuta porque “não é nada de grave”. Três meses depois precisa de uma cirurgia às costas. O António, que está na mesma equipa, vai às urgências cada vez que tem uma dor de cabeça.

Não é que sejam irresponsáveis. Simplesmente ninguém lhes deu o manual de instruções. É como ter uma biblioteca gigantesca em casa e não saber ler. O recurso está lá, mas não sabemos aproveitá-lo.

Os custos dos seguros de saúde continuam a aumentar. E devem subir 10,3% já este ano, segundo um estudo recente da Coverflex. É como quando o supermercado dobra o preço do leite. Não há muito que possamos fazer.

Não controlamos os preços. Mas, podemos ensinar as pessoas a navegar melhor no sistema de saúde: a saber qual é o caminho mais direto para resolver cada problema – sem andar às voltas.

Ter colaboradores que saibam distinguir entre uma urgência real e uma dor que passa facilmente com um paracetamol, depois de uma recomendação de uma consulta online. Ter colaboradores que fazem rastreios em vez de tratamentos.

Não precisamos de transformar o escritório numa faculdade de medicina. Basta criar momentos simples. Uma formação com especialistas em saúde, desafios de bem-estar, benefícios que fomentam a saúde e a prática de atividade física, ou até guias práticos sobre quando vale a pena ir às urgências.

Na Coverflex, percebemos que a flexibilidade é também isto: dar às pessoas as ferramentas certas para tomarem decisões informadas sobre a saúde e o bem-estar. Porque, no final do dia, a melhor forma de reduzir custos em saúde não é limitar o acesso aos cuidados. É ensinar os colaboradores a usar este acesso de forma inteligente.

E, quem sabe, talvez assim o ChatGPT possa finalmente colocar baixa.

  • Paulo Fradinho
  • Head of Insurance/Business Development na Coverflex

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