Marcelo tenciona convocar Conselho de Estado sobre segurança

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

O Presidente da República espera pelo final de março para, perante os dados definitivos do Relatório de Segurança Interna, depois examinar as datas para um Conselho de Estado.

O Presidente da República anunciou esta quinta-feira que tenciona vir a convocar uma reunião do Conselho de Estado sobre segurança, como pediu o presidente do Chega, André Ventura, após a divulgação do Relatório Anual de Segurança Interna.

Em declarações à comunicação social, na Culturgest, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “soube hoje que o Relatório de Segurança Interna vai ser divulgado, entregue na Assembleia da República no final de março, com dados que são importantes, dados definitivos sobre matéria de segurança”.

“E, portanto, vou esperar pelo final de março para, perante os dados definitivos do Relatório de Segurança Interna, depois examinar as datas e ponderar qual é a melhor data para vir a convocar um Conselho de Estado”, acrescentou.

Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa comunicou aos jornalistas que já tinha recebido respostas dos conselheiros de Estado sobre a carta, que lhes remeteu, com um pedido do presidente do Chega, André Ventura, de uma reunião sobre segurança, que iria analisar e ponderar.

Fui recebendo as respostas, as últimas das quais chegaram em cima do Conselho na última sexta-feira, e disse que iria analisá-las, iria ponderar. Estamos no começo do ano, normalmente há dois, três conselhos por semestre”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Palácio de Belém.

“Portanto, irei ponderar. Ainda há muito tempo para decidir sobre as futuras reuniões do Conselho”, acrescentou, na terça-feira da semana passada.

Na altura, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que a reunião seguinte do Conselho de Estado marcada, que se realizou nesta quarta-feira, com a participação de Mário Draghi, antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), correspondia a “um compromisso do ano anterior, com um convite feito há muito tempo.

Antes disso, surgiu a necessidade de se reunir o Conselho de Estado, nos termos da Constituição, em 17 de janeiro, para a dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira – encontro no qual André Ventura não participou por não chegar a tempo.

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Reprogramação do PRR ‘sacrifica’ casas, metros, barragem do Pisão e dessalinizadora do Algarve

Haverá um reforço de verbas ao nível dos equipamentos para a Saúde, para a ciência e a criação de um novo instrumento financeiro para financiar a inovação empresarial na reprogramação do PRR.

O Governo vai reduzir o número de casas a preços acessíveis que vão ser financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no exercício de reprogramação da bazuca que via ser entregue em Bruxelas e que ainda está “em processo de conclusão”. A opção foi manter a dimensão da bazuca (22,2 mil milhões de euros), mas como o prazo de execução limite é de junho de 2026, a opção foi também retirar do PRR a linha Violeta do Metro de Lisboa, parte da linha vermelha, a barragem do Pisão, já que as obras ainda nem começaram e a dessalizadora do Algarve.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, apresentou esta quinta-feira a reprogramação do PRR aos deputados na Comissão eventual de acompanhamento da execução do PRR e PT2030. O responsável revelou em contrapartida que haverá um reforço de verbas ao nível dos equipamentos para a Saúde, para a ciência e a criação de um novo instrumento financeiro para financiar a inovação empresarial.

Hélder Reis admitiu que o exercício de reprogramação não será entregue em janeiro, como inicialmente apontado, mas “de domingo não passa”.

“Posso terminar às 18h00 de Lisboa, mas então já são 19h00 em Bruxelas e não estará lá ninguém para receber o documento, por isso posso aproveitar o sábado para trabalhar. De domingo não passa”, garantiu. O responsável frisou, por isso, que os valores que estão as ser apresentados aos deputados podem sofrer ainda alguns ajustes.

À componente da habitação vão ser retirados 391 milhões de euros. Das 6.800 casas do parque habitacional a custos acessíveis apenas 3.300 serão financiadas pelo PRR, o financiamento das restantes será assegurado através de um empréstimo BEI. “O problema é não ter havido a procura que se pretendia para estas habitações”, explicou Hélder Reis. “Em causa estão empréstimos aos municípios e a procura foi inferior àquela que se pretendia e como se inicialmente”, acrescentou, dizendo que no “programa de habitação a renda acessível há sempre vicissitudes dentro e fora da máquina do Estado”.

Já ao nível da gestão hídrica serão retirados 224,4 milhões de euros. A Barragem do Pisão já não vai ser financiadas pelo PRR e a dessalinizadora do Algarve e a barragem do Pomarão também vão ter de encontrar fontes de financiamento alternativas.

Dois terços do dinheiro que se poupa na habitação vai ser investido na saúde”, explicou o responsável, nomeadamente para a compra de equipamentos para as Unidades Locais de Saúde (ULS), uma novidade que o ministro da Coesão já tinha dado e que permite uma mais rápida execução porque não depende da realização de obras. Em causa está um reforço de 334 milhões de euros, quase tanto como o montante inicialmente alocado. É na mesma lógica que se insere no reforço de 157,1 milhões de euros para a ciência, verbas que servirão para equipar as universidades com computadores e material mais moderno.

Outro dos grandes ‘vencedores’ da reprogramação é a capitalização de empresas. São mais 434 milhões de euros, mas não são para o Banco de Fomento, garantiu Hélder Reis. “Estão 1.300 milhões do PRR e lá ficam 1.300 milhões”, frisou, desvanecendo assim a dúvida de que os atrasos na execução das verbas por parte do Banco de Fomento pudessem resultar num corte das verbas.

Mas isto não significa que a reprogramação não traga também novidades para a instituição agora liderada por Gonçalo Regalado. O banco terá cerca de 800 milhões de euros para os seus programas sendo o restante alocado ao Investe EU para que o Ministério da Economia e o BPF o possam usar “a favor das empresas, mas permite o cumprimento de marcos e metas de uma forma mais rápida e usar o dinheiro por um período que vai além de 2026”, disse Hélder Reis, corroborando as afirmações do Ministro da Agricultura no ECO dos Fundos.

A ditadura dos prazos levou ainda a que a construção de dois barcos elétricos para a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores também vai saltar fora do financiamento do PRR porque o concurso foi lançado por três vezes e acabou por não ser escolhido nenhum candidato, até porque as especificidades técnicas eram excessivas, segundo o responsável já tinha explicado.

Mas o navio de investigação multifuncional, na região Autónoma da Madeira, cujo concurso também teve problemas mantém-se porque o Executivo está “confiante que ainda se vai concretizar”. Estes dois investimentos faziam parte do sexto pedido de pagamento já entregue em Bruxelas e eram dois dos quatro marcos que ficaram por cumprir.

Governo esperava mais do faseamento de projetos

Hélder Reis repetiu, por inúmeras vezes, que o objetivo do Executivo é levar a cabo todos os “projetos que são estruturantes para o país”. Simplesmente não serão financiados pelo PRR. O Portugal 2030, que vai ser reprogramado a seguir, os empréstimos do Banco Europeu de Investimento e o Orçamento do Estado são as soluções alternativas ao financiamento da bazuca, enumerou.

“Posso assegurar, com ou sem reprogramação, tudo farei para cumprir o que nos comprometemos com o país. Se vamos conseguir ou não? Não o posso garantir, porque a dimensão do que não controlamos é superior à dimensão do que controlamos”, sublinhou o secretário de Estado que tem a ser cargo a reprogramação. Hélder Reis deixou ainda a porta aberta a novas reprogramações, “se a CE assim o permitir”.

No que diz respeito à possibilidade de fasear as obras – serem parcialmente financiadas pelo PRR e depois por outros fundos ou fontes de financiamento – Hélder Reis reconheceu que o Executivo esperava “ter podido ir mais além do que acabou por se concretizar”. “A Barragem do Pisão chegou a estar toda faseada para se ver qual a parte que se conseguia ir até junho de 2026. Quis o destino, independentemente de, a semana passada, um tribunal ter decidido que uma das declarações de impacte ambiental tinha sido anulada, é preciso no final do projeto uma declara DNSH (do no significant harm) que só se consegue passar após conclusão do projeto”, explicou. Esta exigência do Tribunal de Contas Europeu inviabilizou fazer-se o quer que fosse nos faseamentos, constatou.

O mesmo já não se passa com os metros. A linha vermelha do Metro de Lisboa poderá recorrer a esta figura do faseamento. Assim, são libertados do PRR 72 milhões de euros. Já a linha violeta, o metro de superfície que liga Odivelas a Loures vai sair integramente do PRR, um projeto que ascende a 390 milhões de euros, porque no final do ano, no concurso público, “surgiram duas candidaturas pelo dobro do preço de referência”. Estes dois projetos reduzem 462 milhões de euros ao capítulo da mobilidade sustentável. Mas, por outro lado, entram 66,4 milhões para a “digitalização do transporte ferroviário”, onde se encaixam projetos de sinalética e outras infraestruturas tecnológicas.

No exercício de reprogramação há ainda dois investimentos que entram. São destinados 137 milhões da componente Repower EU para a compra de 390 autocarros elétricos para o país, “o que elevará para 835 os autocarros elétricos financiados pelo PRR” e são 78 milhões de euros para reforçar o programa E-lar para “ajudar as pessoas mais vulneráveis a trocar equipamentos que, do ponto de vista climáticos não são os ideais”.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h47)

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Jaime Antunes deixa vice-presidência do Benfica e administração da SAD

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

Jaime Antunes, em carta enviada à direção do clube no início desta semana, terá alegadamente mostrado desacordo com a gestão do futebol e a política desportiva.

Jaime Antunes deixou a vice-presidência do Benfica e a administração da SAD ‘encarnada’, informou esta quinta-feira o clube e a sociedade desportiva benfiquista, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O Sport Lisboa e Benfica informa que Jaime Antunes apresentou ao presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), José Pereira da Costa, a renúncia ao cargo de vice-presidente do clube. Pessoalmente, esta tarde, informou igualmente o presidente da direção, Rui Costa, invocando razões de ordem pessoal”, lê-se no sítio oficial do clube na Internet, acrescentando que “José Francisco Gandarez assume de imediato a condição de vice-presidente efetivo”.

No mesmo comunicado, o emblema das ‘águias’ “agradece ao vice-presidente Jaime Antunes todo o enorme contributo para o clube ao longo destes anos, com particular relevância no processo de revisão dos Estatutos, o qual se encontra concluído no que à responsabilidade da direção diz respeito, estando agora na MAG para votação final global, bem como nas diferentes iniciativas encetadas na área das infraestruturas, como o projeto de alargamento do Estádio da Luz para os 70 mil lugares”.

“A Sport Lisboa e Benfica — Futebol, SAD informa (…) que Jaime Rodrigues Antunes apresentou, em 30 de janeiro de 2025, renúncia ao cargo de Vogal do Conselho de Administração da Benfica SAD”, lê-se no comunicado da sociedade ‘encarnada’ enviado à CMVM.

O economista, candidato à presidência do Benfica em 2003, então derrotado por Luís Filipe Vieira, acabou por integrar a lista do antigo líder ‘encarnado’ no ato eleitoral de 2020, para o quadriénio 2020-2024, como vice-presidente suplente, tornando-se efetivo em julho de 2021, na sequência da renúncia do empresário, devido ao processo ‘Cartão Vermelho’, que investigou negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.

De acordo com a estação televisiva CNN, Jaime Antunes demitiu-se da vice-presidência ‘encarnada’ em carta enviada à direção do clube no início desta semana, alegadamente em desacordo com a gestão do futebol e a política desportiva. Jaime Antunes é o segundo ‘vice’ eleito em 09 de outubro de 2021 na lista encabeçada pelo atual presidente Rui Costa a deixar a direção, depois de Luís Mendes, que detinha a pasta financeira, em junho do ano passado.

Essa saída levou à efetividade do ‘vice’ Rui do Passo, restando, como suplente na lista de Rui Costa, o a partir de hoje efetivo José Francisco Gandarez, que já integra a administração da SAD desde a remodelação desencadeada pela demissão de Luís Mendes, em setembro último.

Na mesma altura, Fernando Seara também abandonou a presidência da Mesa da Assembleia Geral, durante uma reunião magna sobre a revisão estatutária do clube, que ainda não foi concluída.

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Marcelo decidiu não voltar a pronunciar-se sobre o caso gémeas por falta de “novos dados”

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

"Está tomada a decisão: não me pronuncio, por falta de matéria sobre a qual me pronunciar", anunciou o Presidente da República.

O Presidente da República anunciou esta quinta-feira que decidiu não voltar a pronunciar-se sobre o chamado caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria por não terem surgido novos dados relacionados com qualquer intervenção sua.

“Fiz a minha ponderação e, perante o facto de não haver novos dados de facto que respeitem a qualquer intervenção do Presidente da República, entendi que não há matéria sobre a qual me pronunciar”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Culturgest, em Lisboa.

O chefe de Estado referiu que esperou “este tempo todo, um ano e meio, que surgissem novos factos, que eventualmente tivessem a ver com a intervenção do Presidente da República” e terminados os testemunhos na comissão parlamentar de inquérito “não apareceu, até agora, nenhum facto”.

“Está tomada a decisão: não me pronuncio, por falta de matéria sobre a qual me pronunciar. E, portanto, vou enviar ao senhor presidente da Assembleia da República – é o mínimo de cortesia que é devido – a minha resposta”, acrescentou o Presidente da República.

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Álvaro Sobrinho confirma ser o rosto por detrás do fundo que controlou a Global Media

  • + M
  • 30 Janeiro 2025

A informação é avançada por uma investigação SIC/Expresso, à qual o empresário angolano admitiu ser acionista do fundo que assumiu o controlo do grupo.

Está desfeito o mistério. Álvaro Sobrinho era o rosto por detrás do fundo que controlou entre meados de 2023 e o verão do ano passado a Global Media (GMG), dona do Diário de Noticias e na altura também do Jornal de Notícias e da TSF.

A informação é avançada por uma investigação SIC/Expresso, à qual o empresário angolano admitiu ser acionista do fundo que assumiu o controlo do grupo.

A versão de Sobrinho destaca os problemas de liquidez que o GMG enfrentava, situação que, afirma, serviu de pretexto ao desafio que dois representantes do GMG, Luís Bernardo e José Paulo Fafe, lhe colocaram. Os dois consultores de comunicação perguntaram ao empresário angolano se este teria interesse em investir no GMG. Álvaro Sobrinho diz-nos que negou o convite, mas, em contrapartida, abriu a porta do WOF a Fafe e a Luís Bernardo”, escrevem os títulos da Impresa.

Os donos do fundo, recorde-se, nunca foram divulgados, levando inclusive a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a abrir uma investigação que levou à suspensão dos direitos de voto e patrimoniais do World Opportunity Fund na Global Media.

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Chefe da diplomacia dos EUA avisa que Trump quer mesmo comprar a Gronelândia

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

"Não é uma brincadeira", assegurou o novo chefe da diplomacia dos EUA. "O Presidente Trump deixou claro o que pretende fazer, que é comprar", adiantou Marco Rubio.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, avisou esta quinta-feira que o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, está a falar a sério quando afirma que pretende comprar o território autónomo dinamarquês da Gronelândia.

“Não é uma brincadeira”, assegurou o chefe da diplomacia de Washington num programa de rádio SiriusXM, acrescentando que “o Presidente Trump deixou claro o que pretende fazer, que é comprar”. Segundo Rubio, “não se trata de adquirir terras por adquirir terras”, mas do “interesse dos Estados Unidos e a questão deve ser resolvida”, insistindo que “não é uma piada”.

Donald Trump, que tomou posse em 20 de janeiro para um novo mandato na Casa Branca, disse que a Dinamarca, aliada da NATO, acabará por recuar em relação à Gronelândia, embora Copenhaga reafirme que o território autónomo e rico em recursos não está à venda.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou na terça-feira ter recebido “um apoio muito forte” dos seus homólogos europeus durante a sua viagem pela Europa, face aos objetivos de Trump. Rubio manifestou ainda a preocupação de que a China, que tem também ambições no Ártico, possa ganhar terreno na Gronelândia.

“É bastante realista pensar que os chineses acabarão, talvez até a curto prazo, por tentar fazer com a Gronelândia o que fizeram com o Canal do Panamá e outros locais”, declarou o secretário de Estado, referindo-se à intenção do Presidente norte-americano de assumir o controlo daquela infraestrutura vital para o comércio global.

Donald Trump disse pela primeira vez que queria comprar a Gronelândia em 2019, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, uma oferta que tanto o território autónomo como a Dinamarca rejeitaram. Esta ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.

Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação. Os EUA mantêm uma base militar no norte da Gronelândia ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.

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Governo aprova designação de Álvaro Almeida para diretor executivo do SNS

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

Álvaro Almeida, após "pronúncia favorável da Cresap, tem luz verde para iniciar um mandato de três anos à frente da direção-executiva do SNS.

O Governo aprovou esta quinta-feira a designação de Álvaro Almeida para diretor executivo do SNS nos próximos três, na sequência da pronúncia favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

Em comunicado, o executivo adiantou que o Conselho de Ministros, que se reuniu em Lisboa, aprovou uma resolução que “designa o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, para um mandato de três anos, após a pronúncia favorável da CReSAP”.

O nome de Álvaro Almeida tinha sido anunciado pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, em 21 de janeiro, quatro dias depois de o médico militar António Gandra d’Almeida ter apresentado a demissão do cargo, na sequência de uma investigação jornalística sobre acumulação de funções.

Economista e professor universitário, o novo diretor executivo do SNS foi deputado do PSD na Assembleia da República e não é primeira vez que assume pastas ligadas à saúde. Candidato à Câmara Municipal do Porto nas autárquicas de 2017, Álvaro Santos Almeida, de 60 anos, liderou a Entidade Reguladora da Saúde entre 2005 e 2010 e, em 2015, assumiu a Administração Regional de Saúde do Norte.

O substituto de António Gandra D’ Almeida tem um doutoramento em Economia pela London School of Economics and Science e é professor associado na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Na Porto Business School é diretor da Pós-Graduação em Gestão e Direção de Serviços de Saúde.

Gandra D´Almeida anunciou a sua demissão depois de a SIC ter noticiado que acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão e que terá recebido por esses turnos mais de 200 mil euros.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou uma inspeção à eventual acumulação de funções públicas e privadas de António Gandra d’Almeida nos períodos em que foi diretor do INEM do Norte e diretor executivo do SNS.

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Governo aprova lei de execução do OE para uma “gestão responsável das finanças públicas”

Foi aprovado o diploma que define as normas de execução do OE para 2025. Diploma quer acelerar a substituição de trabalhadores das empresas públicas sem colocar em causa o equilíbrio orçamental.

O Governo aprovou esta quinta-feira o decreto-lei que estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). A indicação consta do comunicado do Conselho de Ministros, divulgado após o fim da reunião. Diploma quer agilizar a substituição e contratação de trabalhadores das empresas públicas sem colocar em causa o equilíbrio orçamental.

O diploma reflete “o compromisso do Governo em promover uma gestão responsável das finanças públicas, de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável e inclusivo de Portugal”, refere o comunicado. O Executivo sublinha ainda que o decreto-lei está “alinhado com as prioridades estratégicas do país” e “visa garantir um controlo eficiente e transparente da execução orçamental”.

O objetivo passa por assegurar o controlo adequado da execução orçamental, um elemento essencial ao cumprimento do OE2025, em vigor desde 1 de janeiro.

O comunicado detalha que, para uma boa gestão das contas públicas, será necessário avançar com:

a) a simplificação de todos os programas orçamentais, permitindo o aumento da capacidade gestionária por parte dos programas orçamentais;

b) a simplificação e celeridade do processo associado às “pensões de preço de sangue”;

c) a agilização da substituição e do recrutamento de trabalhadores do setor empresarial do Estado, sem pôr em causa o equilíbrio orçamental.

O teor do decreto-lei do Orçamento (DLEO) só será conhecido após a publicação em Diário da República, que terá ainda de ser promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O OE2025 foi aprovado na votação final global com votos favoráveis dos dois partidos que suportam o Governo, PSD e CDS-PP, a abstenção do PS e o voto contra do Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN.

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É oficial. Conselho consultivo do Banco de Portugal tem quatro novos membros

Conselho de Ministros deu 'luz verde' aos nomes de Ferreira Leite, Cecília Meireles, Filipe Santos e João Pedro Nunes propostos pelo ministro das Finanças.

O Governo aprovou esta quinta-feira os quatro nomes propostos pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, para o Conselho Consultivo do Banco de Portugal (BdP). Como avançado pelo ECO, a antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, Cecília Meireles, secretária-geral da ATIC e antiga secretária de Estado do Turismo no Governo de Pedro Passos Coelho, Filipe Santos, dean da Católica Business School, e João Pedro Nunes, professor de Finanças do ISCTE, são os nomes escolhidos.

O Conselho de Ministros “procede à designação, sob proposta do Ministro de Estado e das Finanças, de Manuela Ferreira Leite, Filipe Simões, Cecília Meireles e João Pedro Nunes para o Conselho Consultivo do Banco de Portugal, para um mandato de três anos”, adianta em comunicado.

O conselho consultivo é presidido pelo governador, integra os vice-governadores, os antigos governadores, o presidente do conselho de auditoria do banco central e “quatro personalidades de reconhecida competência em matérias económico-financeiras e empresariais”. Fazem ainda parte deste órgão o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), o presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público e representantes das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, que são designados pelos governos regionais.

De acordo com os estatutos, “o conselho consultivo pronuncia-se, não vinculadamente, sobre o relatório anual da atividade do Banco de Portugal, a atuação do banco decorrente das funções que lhe estão cometidas e sobre os assuntos que lhe forem submetidos pelo governador ou pelo conselho de administração”.

Como o ECO explicou aqui, o conselho consultivo já não tinha as quatro personalidades independentes desde 2020, após a demissão de Francisco Louçã e de João Talone, nomeados em 2017. Louçã, à data, entendeu dever sair por ter sido nomeado pelo então ministro das Finanças, Mário Centeno, quando era expectável que este viesse a ser nomeado governador, tal como veio a suceder.

Em 2007, Mário Centeno, enquanto ministro das Finanças, além de Louçã e de Talone, escolheu Francisco Murteira Nabo, ex-ministro de António Guterres e ex-presidente da Galp e da PT, e Luís Nazaré, ex-presidente dos CTT e da Plataforma de Meios Privados.

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Indústria do turismo em Portugal superou no ano passado metas de 2027

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

“Em 2024, vamos superar aquilo que eram as metas que tínhamos em 2027, [que era] chegarmos aos 27 mil milhões de euros [de receita] e aos 30 milhões de turistas internacionais”, disse Pedro Machado.

A indústria do turismo em Portugal superou, no ano passado, as metas que estavam previstas “para 2027”, com cerca de 30 milhões de turistas internacionais, revelou esta quinta-feira o secretário de Estado da tutela, Pedro Machado.

Em 2024, vamos superar aquilo que eram as metas que tínhamos em 2027, [que era] chegarmos aos 27 mil milhões de euros [de receita] e aos 30 milhões de turistas internacionais”, disse à agência Lusa o governante, em Almodôvar, no distrito de Beja, à margem da assinatura de contratos no âmbito da Agenda do Turismo para o Interior.

De acordo com o secretário de Estado do Turismo, baseado nos dados que já tem sobre 2024, Portugal deverá “superar as metas que tinham sido traçadas” para o setor, “o que traduz um crescimento em fluxo entre os 4% e os 6% e em receitas entre os 9% e os 11%”. Pedro Machado acrescentou que “Portugal continua a ser um país de referência em dois ou três produtos” turísticos, “em particular a gastronomia, cultura e os vinhos”.

“Não é por acaso que Portugal ganha, em 2024, o estatuto de melhor destino do mundo de enoturismo”, frisou. A par disso, continuou, também o golfe e o turismo equestre têm potenciado o crescimento da atividade turística em Portugal. “Portugal tem hoje um pipeline de novos investimentos na indústria do turismo equestre”, os quais “representam centenas de milhões de euros”, sublinhou.

Para o governante, a localização do país no contexto europeu, distante de conflitos bélicos, também tem beneficiado esta indústria. “O valor da segurança que Portugal tem, o valor da saúde ou da perceção da saúde que existe, com padrões europeus, sobretudo nos mercados estrangeiros, e a hospitalidade portuguesa fazem toda a diferença em relação a outras geografias”, afirmou.

Questionado pela Lusa sobre as expectativas do Governo relativamente ao setor do turismo em 2025, o secretário de Estado assumiu que a ambição passa por “consolidar crescimento em cima das metas de 2024”.

“Estimamos um crescimento na ordem dos 4% a 5% para 2025, com base em testemunhos que temos hoje na indústria do golfe” ou nas “reservas ao nível da hotelaria, o que faz antever um ano promissor”, concluiu.

 

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Sondagem. Gouveia e Melo e Ventura podem disputar segunda volta nas presidenciais

Almirante lidera as intenções de voto. O líder do Chega surge na segunda posição, Seguro ou Vitorino seguem em terceiro e Marques Mendes aparece em quarto lugar.

O almirante Henrique Gouveia e Melo lidera as intenções de voto às eleições presidenciais, mas não deve escapar a uma segunda volta com André Ventura, que surge na segunda posição, segundo uma sondagem do ICS/ISCTE, feita para o Expresso e a SIC com base em 805 entrevistas presenciais válidas. António José Seguro ou António Vitorino seguem em terceiro e Marques Mendes aparece em quarto lugar, apontam os dados divulgados esta quinta-feira.

Com 15% dos inquiridos a dizerem ainda não saber em quem votar, Gouveia e Melo segue destacado na frente com 25% das intenções de voto, o que, mesmo com uma margem de erro de 3,5%, não chega para vencer à primeira volta.

Bastante abaixo, e com percentagens semelhantes entre si, surge André Ventura com 16% das intenções de voto, António José Seguro com 15%, que passa a 14% quando o nome testado é António Vitorino, e Marques Mendes com 13%. O exercício foi feito apenas com os nomes dos candidatos, ou potenciais candidatos, que já são dados como praticamente certos, assumindo-se ainda assim a hipótese de haver outros apoiados por cada um dos restantes partidos (BE, IL, PCP, CDS e PAN), de acordo com o semanário.

O eleitor de Gouveia e Melo é bastante homogéneo: é mais escolhido por homens, é o preferido por idosos, sendo exatamente proporcio­nal nos diferentes graus de escolaridade, rendimento e ideologia. É de longe o mais forte entre os eleitores sem preferência partidária, que são de resto a fatia ainda mais indecisa.

O almirante apanha perto de um terço dos eleitores do PSD e do PS (35% e 30%), sendo apenas mais fraco entre os simpatizantes do Chega (12%). Ou seja, o eleitorado do Chega cerra mais fileiras à volta de Ventura (85%) do que os eleitores do PSD à volta de Marques Mendes (48%) ou os do PS em torno quer de Seguro quer de Vitorino (45%).

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Trabalhadores da Cabelte em Gaia em greve na sexta-feira por melhores salários

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

Os trabalhadores reivindicam melhores salários, a criação da quinta diuturnidade e o pagamento das horas noturnas a partir das 20:00.

Os trabalhadores da Cabelte das instalações de Arcozelo, em Vila Nova de Gaia, vão estão em greve na sexta-feira entre as 13:00 e as 17:00, reclamando por melhores condições salariais, revelou esta quinta-feira à Lusa o dirigente sindical.

Segundo Joaquim Fernandes, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadores, Energia e Atividades do Ambiente do Norte, os trabalhadores reivindicam melhores salários, a criação da quinta diuturnidade e o pagamento das horas noturnas a partir das 20:00.

O horário escolhido para a concentração, explicou, visa abranger os trabalhadores do primeiro e segundo turnos, sendo que o primeiro termina às 12:00 e o segundo começa às 16:00. Segundo Joaquim Fernandes, a “empresa há muito que deixou de querer negociar aumentos, argumentando que tem investimentos previstos e que não pode corresponder”.

O responsável do sindicato estima reunir cerca de 500 trabalhadores em frente às instalações em Arcozelo, descontentes com uma administração que no último relatório “aprovou lucros de 16 milhões de euros e pagou apenas 14 milhões em salários”. A Lusa tentou uma reação da administração da empresa, mas não foi possível obter.

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