Afinal, preço regulado do gás sobe ‘apenas’ 1,5% em outubro
A proposta divulgada no final de março apontava para uma subida de 4%. O impacto nas faturas das famílias será desta forma entre 21 a 36 cêntimos.
O preço do gás no mercado regulado vai subir 1,5% a partir de 1 de outubro de 2025 e até 30 de setembro do ano seguinte, informou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) esta segunda-feira.
Estão sujeitos a esta variação os cerca de 440 mil consumidores domésticos que permaneciam, no final de fevereiro de 2025, no mercado regulado.
De acordo com a proposta divulgada no final de março, o “novo ano gás” deveria contar com preços 4% acima do ano anterior. Contudo, a subida aprovada acabou por ser menor, explica o regulador, dada a diminuição, em cerca de 9%, da previsão do preço de aquisição do gás natural pelos comercializadores de último recurso (CUR).
Os valores previstos desceram tendo em conta “o decréscimo do preço do petróleo, entretanto ocorrido nos mercados de futuros”, lê-se na nota divulgada junto da imprensa.
Por detrás do aumento de preços está uma subida numa componente a tarifa de acesso às redes, que custará mais 34 cêntimos por quilowatt-hora no ano que se aproxima. Esta componente é definida pelo regulador tanto para o mercado regulado como para o mercado livre.
Também os consumidores não-domésticos vão sentir aumentos na tarifa de acesso às redes, que sobe de 3 cêntimos a 15 cêntimos por quilowatt-hora.
Fatura sobe até 36 cêntimos
O impacto na fatura do gás natural (incluindo taxas e impostos), para as tipologias de consumo mais representativas (casal sem filhos e casal com dois filhos), traduz-se num aumento entre os 36 cêntimos e os 21 cêntimos na fatura mensal.
Os preços de venda a clientes finais do mercado regulado observarão desta forma, no conjunto dos últimos cinco anos, uma variação média anual de 4,6% no preço final. Nos últimos cinco anos, a variação mais baixa verificou-se para o ano gás 2023-2024, de 13%, e a mais elevada diz respeito a 2022-2023, de 10,7%.
Os clientes com tarifa social, quer no mercado regulado, quer no mercado livre, continuam a usufruir de um desconto de 31,2%, calculado por referência aos preços de venda a clientes finais do mercado regulado.
(Notícia atualizada pela última vez às 20:10)
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