5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

DBRS dita o futuro de Portugal, o BCP deixa de ser uma penny stock e a Jerónimo Martins dá o pontapé de início na época de resultados nacional.

São os canadianos da DBRS quem tem mantido a dívida portuguesa no cesto de compras do Banco Central Europeu (BCE) mas se cortarem esta sexta-feira o rating da dívida nacional tudo muda. Portugal deixa de estar no radar das aquisições do banco central. Além disso, pode ajustar o seu lote de ações do BCP até ao final da sessão, isto antes da fusão de 75 títulos num só.

A sentença da DBRS

Mario Draghi foi claro: se a DBRS cortar esta sexta-feira o rating de Portugal, as obrigações nacionais deixam de estar elegíveis para o programa de compra de ativos do BCE. Para os mercados, porém, a declaração foi encarada com relativa tranquilidade. Os juros da dívida portuguesa subiam muito ligeiramente, num sinal de que os investidores não estão à espera de grandes surpresas quando a agência canadiana atualizar a notação portuguesa.

BCP deixa de ser ‘penny stock’

O BCP vai proceder ao agrupamento de ações na próxima segunda-feira. A operação vai fundir 75 ações numa só e, a partir da próxima semana, cada título vai passar a valer mais de 1,3 euros — valor que dependerá da cotação de fecho. Se quiser evitar que sobrem ações, tem até final da sessão desta sexta-feira para ajustar o seu lote. Se não o fizer, o banco pagará uma contrapartida de 2,57 cêntimos por cada ação que sobrar.

Jerónimo Martins revela lucros

Arranca esta sexta-feira a temporada de resultados no PSI-20. Cabe à dona da cadeia de supermercados Pingo Doce, a Jerónimo Martins, prestar as contas relativas ao terceiro trimestre do ano e deixar projeções quanto ao resto do ano. Os analistas do CaixaBI antecipam lucros de 338 milhões de euros no trimestre, cerca de três vezes mais do que no mesmo período do ano passado.

Confiança na Zona Euro

É revelado o indicador da Comissão Europeia sobre a confiança do consumidor na Zona Euro em outubro. A expectativa dos analistas sondados pela agência Bloomberg sugere uma melhoria ténue do sentimento dos consumidores da região da moeda única face ao mês passado.

McDonalds presta contas

A multinacional cadeia de restaurantes fast food McDonalds revela os resultados trimestrais em Wall Street. Também as grandes empresas como a Daimler e a General Electric estão entre as companhias norte-americanas que prestam contas.

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Hipermercados devem 15 milhões de euros de taxa de segurança alimentar

  • Lusa
  • 4 Outubro 2016

Deste montante, 9,2 milhões são devidos pela Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce. Há mais de 500 ações em tribunal contra a cobrança desta taxa.

As grandes superfícies devem ao Estado cerca de 15 milhões de euros relativos à taxa de segurança alimentar, disse, esta terça-feira, o ministro da Agricultura, Desenvolvimento e Florestas, Capoulas Santos, na Assembleia da República.

“Há cerca de 15 milhões por cobrar e mais 6,3 milhões de euros de uma faturação que ainda não está totalmente vencida” relativos a 2016, adiantou o ministro durante uma audição na comissão parlamentar de Agricultura.

Fonte do gabinete de Capoulas Santos esclareceu que este montante é relativo a 9,7 milhões de euros de dívidas apuradas entre 2012 e 2015 (dos quais 9,2 milhões de euros pertencem à Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce), mais 6,3 milhões de euros relativos à primeira tranche de 2016.

O ministro da Agricultura acrescentou ainda que “há mais de cinco centenas de ações entradas em tribunal contra a cobrança desta taxa” e que o elevado montante por cobrar coloca problemas de tesouraria na Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) para onde são canalizadas as receitas. “Esperamos que os tribunais funcionem”, comentou.

A taxa de segurança alimentar, criada pela ex-ministra da Agricultura do Governo de Passos Coelho, Assunção Cristas, aplica-se aos estabelecimentos de comércio alimentar ou misto que tenham uma área de venda superior a 2000 metros quadrados, como os hipermercados, deixando de fora os pequenos retalhistas.

A taxa foi contestada desde o início pelos operadores da grande distribuição e alguns, como a Jerónimo Martins, ainda não pagaram qualquer verba, optando por recorrer aos tribunais.

As outras empresas optaram pelo pagamento dos valores devidos, avançando ao mesmo tempo para a impugnação em tribunal. No final de 2015, corriam nos Tribunais Administrativos e Fiscais 550 processos, mais 17 nos Tribunais Tributários.

As receitas da taxa servem para financiar, através da DGAV, o Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar que apoia vários tipos de ações no âmbito da segurança alimentar, da proteção e sanidade animal, da proteção vegetal e fitossanidade, prevenção e erradicação das doenças dos animais e plantas, entre outros objetivos.

Capoulas Santos esteve a ser ouvido na Assembleia da República, a pedido do PSD e do PCP, sobre questões relacionadas com a sanidade animal e com o SIRCA (Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração).

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Venda da participada Monterroio traz mais-valia de 75 milhões de euros à Jerónimo Martins

  • Juliana Nogueira Santos
  • 30 Setembro 2016

A decisão tomada esta terça-feira veio oficializar o negócio anunciado em julho, que se efetivou nos 310 milhões de euros.

A venda da participada Monterroio – Industry & Investments B.V. trouxe uma mais-valia de 75 milhões de euros ao grupo Jerónimo Martins. Em comunicado, o grupo oficializa a venda de 100% do capital da sua subsidiária à Sociedade Francisco Manuel dos Santos – BV, decisão tomada pela administração a 27 de julho.

O grupo informa também que “a conclusão da transação implicou o recebimento imediato (…) do montante total de 310 milhões de euros”, valor pelo qual foi efetivada a venda.

A Monterroio é a sub-holding da Sociedade que controla os negócios na indústria e serviços e detém 45% da parceria entre a Jerónimo Martins e Unilever, 45% da Gallo Worldwide e 51% da Hussel, entre outros.

Sendo a Sociedade Francisco Manuel dos Santos – BV detentora de 56,1% do capital da Jerónimo Martins, esta venda insere-se “na estratégia da SFMS de realizar investimentos diretos no setor industrial através da aquisição de ativos operacionais em mercados que a SFMS conhece bem”, como afirmado no comunicado lançado em julho deste ano.

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Fed anima bolsas, BPI destaca-se em Lisboa

Reserva Federal norte-americana reforçou otimismo dos investidores em torno de mais estímulos da parte dos bancos centrais em todo mundo.

O PSI-20, o principal índice português, fechou a valorizar 1,36% até 4.611,69 pontos, provando a terceira sessão de ganhos esta semana.

Em termos individuais, destaque para as ações do BPI, que dispararam mais de 3,5% para ajustar a cotação no mercado ao preço oferecido pelo CaixaBank na Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o banco português. Fechou nos 1,13 euros.

Com desempenhos bastante positivos fecharam ainda a Mota-Engil (+3,51%), Jerónimo Martins (2,93%) e Semapa (+2,53%), numa sessão em que 14 cotadas encerraram com sinal verde. Apenas quatro cotadas registaram perdas.

Lisboa acompanhou assim os ganhos observados um pouco por toda a Europa. Em Frankfurt e Paris as valorizações foram superiores a 2%, enquanto as praças de Milão e Madrid somaram mais de 1%, impulsionadas pela expectativa de que a Reserva Federal norte-americana vai manter uma política monetária expansiva, seguindo o exemplo do Banco do Japão.

“Yellen deixou a porta aberta para um aumento em dezembro, contudo acabou também por rever em baixa as perspetivas de crescimento para este ano, bem como os números relativos aos mercados de trabalho”, referiu Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB Portugal. “Os investidores olham para o mercado com mais otimismo, parecendo haver condições para que o crescimento económico das maiores economias do mundo continue no bom caminho”, acrescentou.

"Yellen deixou a porta aberta para um aumento em dezembro, contudo acabou também por rever em baixa as perspetivas de crescimento para este ano, bem como os números relativos aos mercados de trabalho.”

Pedro Ricardo Santos, gestor da XTB Portugal

No mercado do petróleo, o barril de ‘brent’, referência para Portugal, valorizava 1,88% até 47,71 dólares, enquanto o contrato genérico de crude ganhava 2,45% até 46,45 dólares por barril, isto depois de revelado que as reservas nos EUA caíram na semana passada para mínimos de fevereiro, num sinal de maior consumo na principal economia mundial.

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