Água Serra da Estrela lança programa de comunicação focado na sustentabilidade

A sustentabilidade, que já fazia parte do posicionamento da Água Serra da Estrela, assume agora um eixo mais central com este programa. Ana Rita Martins, marketing manager, explica a estratégia.

Para Que Nunca Acabe” — é este o nome do programa de comunicação lançado pela Água Serra da Estrela que pretende agregar todo o trabalho desenvolvido pela marca no campo da sustentabilidade e da preservação da Serra da Estrela.

“É um novo programa de comunicação que vai servir como agregador daquilo que a marca tem vindo a fazer — mas também daquilo que quer fazer no futuro — dentro do seu compromisso relacionado com a preservação da Serra da Estrela e com a resposta concreta aos desafios crescentes que a mesma enfrenta, como os incêndios, as alterações climáticas ou a ação humana”, explica Ana Rita Martins, marketing manager da marca, ao +M.

“Acaba por ser um reforço do compromisso com a preservação da origem da marca, que é a Serra da Estrela. Dentro daquilo que era o seu posicionamento, a marca já trabalhava os pilares da origem, da pureza, da água e da sustentabilidade, mas o que fazemos agora com este programa é trazer a sustentabilidade, não como pilar isolado, mas como algo mais estruturado que está no centro da estratégia e que acaba por abranger tudo o que a marca vai fazer“, acrescenta.

Ou seja, a sustentabilidade, que já fazia parte do posicionamento da marca, assume agora um eixo mais central através desta plataforma de comunicação, “com um programa mais concreto, que pretende ter medidas mais concretas, não apenas de curto prazo, e que traduzem um compromisso mais estruturado com aquilo que a marca tem vindo a fazer pontualmente”.

A comunicação deste programa vai ser feita “acima de tudo através dos milhões de embalagens” que a marca coloca à disposição do público. “Aproveitámos o lançamento deste programa para fazer um pequeno lifting de imagem à sua identidade, pelo que todas as embalagens que estão agora a começar a chegar ao mercado têm integrado o selo ‘Para que Nunca Acabe’ e um QR Code que remete para o site, onde o consumidor pode acompanhar tudo o que a marca vai fazendo”, refere Ana Rita Martins.

Além disso, a marca vai apostar em iniciativas a nível local mas também em comunicação outdoor e digital, para dar visibilidade ao programa a nível nacional. “Esta é uma iniciativa naturalmente mais orientada para a comunidade local, mas queremos que tenha também uma propagação a nível nacional e que possa de facto impactar aquele que é o comportamento dos consumidores na preservação da origem da nossa água“, diz a marketing manager.

Ana Rita Martins, marketing manager da Água Serra da Estrela.

O programa assenta em três eixos, o da redução da pegada hídrica e da pegada de carbono da marca, o da regeneração da floresta, com a revitalização de práticas tradicionais que protegem a Serra da Estrela, e o da mobilização das comunidades locais e dos consumidores para adotarem comportamentos responsáveis e participarem em ações que gerem uma mudança positiva.

Hoje em dia falamos em regeneração e não em reflorestação uma vez que a regeneração vai muito além da reflorestação, na medida em que liga toda a vertente de preparar, plantar e proteger a floresta, mas também os aquíferos e a biodiversidade que está inserida no ecossistema da Serra da Estrela”, concretiza Ana Rita Martins, sobre um dos eixos.

Em relação à redução da pegada de carbono — e tendo em conta que as embalagens “acabam por ser o calcanhar de Aquiles” da marca no campo da sustentabilidade — a Água Serra da Estrela vai estender o uso de plástico 100% reciclado, que já usava nos seus garrafões de seis litros desde 2021, a todo o seu portefólio de embalagens.

Vamos ser a primeira marca a ter o portefólio todo com embalagens feitas de plástico 100% reciclado. E apelamos a que o consumidor não quebre este ciclo e faça parte deste movimento de economia circular, através da reciclagem das embalagens“, sublinha Ana Rita Martins, referindo que a medida vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem anualmente.

No âmbito do projeto, a marca procedeu também à auscultação das partes interessadas, como colaboradores, parceiros de embalagem ou entidades locais, tendo como objetivo integrar aquilo que são as principais preocupações em relação à Serra da Estrela.

A agência Brand Me foi a responsável pelo packaging e identidade visual usada na plataforma, enquanto a Flesh512 foi a responsável pelo spot divulgado nas redes sociais. Já na auscultação das partes interessadas e da comunidade local, a Água Serra da Estrela contou com o apoio da Futurista.

Em matéria de investimento com este programa, Ana Rita Martins não divulga valores, mas refere que o mesmo éadequado àquilo que é o investimento de uma marca de águas lisas” e que o mesmo “tem mais a ver com aquilo que a marca pode devolver à comunidade”, tendo em conta que se trata de um programa relacionado com a sustentabilidade.

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Chinesa Aosheng instala fábrica de 18 milhões em Valongo com 200 novos empregos

A fábrica que está em construção no novo parque logístico Panattoni será a primeira unidade internacional da Aosheng fora da China.

A Aosheng vai instalar uma fábrica de componentes em fibra de carbono para pás de turbinas eólicas no parque logístico Panattoni Park, situado em Valongo. A unidade industrial representa um investimento de 17,6 milhões de euros e vai criar 200 novos postos de trabalho.

“A Panattoni Iberia, o principal promotor imobiliário logístico-industrial da Europa, acaba de anunciar o arrendamento de uma unidade de 12.492 metros quadrados no armazém sul do PanattoniPark Porto Valongo à Aosheng, empresa especializada em soluções para os setores da energia eólica, automóvel, equipamentos médicos e eletrónica”, refere em comunicado.

“É a primeira vez que a Aosheng estabelece presença fora da China”, destaca o CEO da Aosheng, citado na mesma nota. “Acreditamos que a nossa escolha sobre o Panattoni Park Porto Valongo para o desenvolvimento da nossa primeira unidade de produção internacional irá acelerar a nossa visão de melhorar os prazos de entrega para os nossos clientes na Europa, aproximando-nos e aumentando a nossa competitividade no mercado da energia eólica”, refere Johnny Xu.

“Este acordo reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento de infraestruturas logísticas de última geração em Portugal”, afirma o diretor-geral da Panattoni para Espanha e Portugal. “O Panattoni Park Porto Valongo foi concebido a pensar nas necessidades atuais e futuras dos nossos clientes, pelo que estamos convictos de que proporcionará à Aosheng uma base estratégica para potenciar o seu crescimento e desenvolvimento no país”, diz Gustavo Cardozo.

A 11 de março a Câmara Municipal de Valongo recebeu o presidente da empresa chinesa Johnny Xu, um dos maiores fabricantes mundiais de componentes para o setor das energias eólicas. Nessa altura, a autarquia liderada por José Manuel Ribeiro adiantou que o arranque das operações da nova fábrica está previsto para 2026 e que o recrutamento dos novos funcionários será iniciado durante este ano.

O Panattoni Park Valongo representou um investimento de 50 milhões de euros e foi projetado para ser o maior projeto logístico do Norte do país. O promotor imobiliário refere ainda que o parque tem uma área bruta locável de 76.170 metros quadrados, sendo que “mais de 50% da área já se encontra arrendada”.

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Deloitte Legal assessora venda da Gramperfil

A equipa da Deloitte Legal envolvida na operação foi liderada pelo sócio da área de Societário e M&A Miguel Koch Rua e contou com o apoio da associada Eduarda Alves da Costa.

A Deloitte Legal assessorou os sócios da Gramperfil, empresa portuguesa de transformação de aço e alumínio, na venda da totalidade do seu capital social à subsidiária espanhola do grupo brasileiro Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

“A CSN, um dos maiores players globais no setor do aço e metalurgia, expande a sua presença em Portugal e fortalece a sua posição no mercado europeu. Já a Gramperfil, ganha novas oportunidades de crescimento e internacionalização”, refere a firma em comunicado.

A equipa da Deloitte Legal envolvida na operação foi liderada pelo sócio da área de Societário e M&A Miguel Koch Rua e contou com o apoio da associada Eduarda Alves da Costa.

“Esta operação reflete a experiência da Deloitte Legal em transações de M&A e compromisso em apoiar o crescimento e sucesso dos nossos clientes”, sublinha o sócio.

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Entrevista a Miguel Miranda. Edição de abril da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 8 Abril 2025

Na Advocatus de abril pode ler a entrevista a Miguel Miranda, managing partner da PRA, e especiais sobre a entrada das consultoras no setor da advocacia, data centers e a neutralidade carbónica.

Managing partner desde 2021 e responsável da área de Competition & EU na PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Miguel Miranda fundou o escritório em 2005. É membro da Comissão de Concorrência da ICC, da task force “Private Enforcement” – International Chamber of Commerce (Paris) e árbitro do Centro de Arbitragem Comercial do Instituto de Arbitragem Comercial.

O sócio do escritório que está prestes a completar 25 anos – já com oito escritórios próprios e perto de 230 pessoas – fala da estratégia internacional do escritório a três anos, da mudança de instalações deste ano, da faturação de 13 milhões de euros e ainda da criação da projeto iGenerator, uma iniciativa da PRA que reúne uma equipa multidisciplinar de 17 juristas para temas como inteligência artificial, blockchain, metaverso e criptoativos.

Miguel Miranda, sócio da PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

A entrada das consultoras no mercado da advocacia em Portugal está a transformar o setor. A Deloitte Legal, a EY Law e a PwC Legal apostaram num modelo multidisciplinar, integrando serviços jurídicos com consultoria estratégica para oferecer soluções completas aos clientes. Garantem à Advocatus que mantêm a independência, o segredo profissional e a gestão de conflitos de interesse. Sobre o futuro das multidisciplinares, as opiniões dividem-se, mas muitos acreditam que esse modelo ganhará relevância no panorama jurídico nacional.

Nesta edição pode também ler um especial sobre data centers. O crescimento de data centers em Portugal está a atrair investimentos significativos, prevendo-se mais de 12 mil milhões de euros nos próximos cinco anos. No entanto, este desenvolvimento enfrenta desafios jurídicos e regulatórios, especialmente no que toca ao licenciamento, proteção de dados e sustentabilidade. As sociedades de advogados estão a especializar-se nesta área emergente, criando equipas multidisciplinares para assessorar clientes e aproveitar as novas oportunidades de negócio.

Portugal tem como meta alcançar a neutralidade carbónica até 2050. Apesar dos avanços e incentivos, a burocracia, a complexidade do licenciamento e a dispersão legislativa ainda representam desafios para a transição energética. Advogados defendem a simplificação do quadro regulatório, o reforço de incentivos fiscais e financeiros e um maior investimento em infraestruturas para acelerar o processo e garantir um futuro sustentável. Um especial que pode ler nesta edição.

A diferença salarial entre homens e mulheres em Portugal diminuiu em 2023, mas as mulheres ainda ganham cerca de 11% a menos. Há uma nova Diretiva Europeia sobre Transparência Salarial a chegar e as empresas têm novos requisitos a cumprir. No setor da advocacia, os líderes garantem que não há discriminação salarial, embora reconheçam que a progressão na carreira das mulheres pode ser mais lenta devido a fatores como a maternidade.

Mónica Lemos, consultora sénior da Franco Zibaia, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Mónica Lemos é a advogada do mês desta edição. A consultora sénior da Franco Zibaia revela as razões pela qual se mudou para este novo escritório e garante que a integração tem sido “ótima”. Sobre a área de Direito do Ambiente, admite que os desafios refletem a “crescente complexidade das questões ambientais e climáticas” e que considera que a Administração Pública ambiental, ao invés de ser “diabolizada”, deve ser ajudada.

Rui Alves Pereira, sócio fundador da Rui Alves Pereira & Associados, fez um balanço dos cinco anos de atividade da boutique. Admite que querem alargar as áreas de atuação, mas sublinha que um dos principais desafios que enfrentam é o recrutamento de associados com experiência no Direito da Família e das Sucessões. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

Rui Alves Pereira & AssociadosHugo Amaral/ECO

O Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (“TCRS”) decidiu, por sentença o processo que opunha a Federação Portuguesa de Grossistas de Tabaco (“FPGT”), representada pela Sérvulo & Associados, à Autoridade da Concorrência (“AdC”). Em causa estava mais uma decisão tomada pela AdC em sede de controlo de concentrações, em desrespeito pelos pressupostos de facto em que se estrutura o mercado de distribuição de produtos de tabaco em Portugal. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 165.ª edição.

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Junitec é a “Júnior Empresa do Ano” em Portugal

Estudantes do Instituto Superior Técnico distinguidos pela Junior Enterprises (JE) Portugal pelo impacto e empenho que tiveram durante 2024.

A Junitec – Júnior Empresa do Instituto Superior Técnico de Lisboa foi eleita, pelo quarto ano consecutivo, “Júnior Empresa do Ano” e, adicionalmente, recebeu pela quinta vez a distinção de “Júnior Empresa Mais Inovadora”, nos prémios JeniAL Awards atribuídos pela Junior Enterprises (JE) Portugal.

Os jeniAL Awards 2025 representam o culminar do empenho e do impacto gerado por cada júnior empresa ao longo de 2024, refletindo o valor acrescentado para a academia, tecido empresarial e sociedade”, refere Francisco Gaspar, presidente da JE Portugal, citado num comunicado.

A Junitec destacou-se, durante o último ano, por ter atingido uma faturação recorde de mais de 200 mil euros e lançado o primeiro relatório ESG por uma júnior empresa em Portugal e na Europa, refletindo, assim, o seu compromisso com a responsabilidade ambiental e social.

“Receber estes prémios é uma honra que reforça o valor do nosso trabalho e o impacto que geramos, mas também o nosso compromisso de continuar a inovar e de fazer crescer no ecossistema júnior nacional”, assinala Carlos Rebelo, presidente da Junitec, a mais antiga júnior empresa em Portugal.

Fundada em 1990 por cinco estudantes do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, a Junitec – Júnior Empresa soma agora 79 membros dos mais diversos cursos desta universidade, prestando serviços na área da consultoria tecnológica em empresas do mercado. Os alunos não auferem ordenado, sendo todos os lucros canalizados para formação e desenvolvimento pessoal dos empreendedores desta organização sem fins lucrativos.

A empresa nasceu no seio académico para estabelecer uma ligação entre a comunidade estudantil e o mundo empresarial português, colocando os alunos em contacto com o ambiente real de trabalho.

A Junitec foi ainda finalista nas categorias de “Júnior Empresa Mais Socialmente Responsável” e de “Projeto do Ano”, com o projeto desenvolvido para a Hitachi Portugal.

Os jeniAL Awards 2025 representam o culminar do empenho e do impacto gerado por cada júnior empresa ao longo de 2024, refletindo o valor acrescentado para a academia, tecido empresarial e sociedade.

Francisco Gaspar

Presidente da Junior Enterprises (JE) Portugal

Um painel de jurados constituído por profissionais do setor empresarial (70%), elementos da direção da Junior Enterprises Portugal (20%) e pelas restantes Júnior Empresas (10%) selecionou os premiados.

Na categoria principal, “Júnior Empresa do Ano”, o júri foi constituído por Sara Batista, da EY – Portugal, Ana Monteiro, da BeXC, e Etelvina Nabais, do INOVA Quality Hub. Já na distinção de “Júnior Empresa Mais Inovadora”, a avaliação esteve a cargo de João Ramos, da Glintt Global, Catarina Correia, da Unicorn Factory Lisboa, e Bruno Campo, da Fundação da Juventude.

 

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Von der Leyen pede a Pequim para evitar “nova escalada” na questão das tarifas

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

Numa conversa telefónica com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, a presidente da Comissão Europeia destacou ainda o acesso das empresas, produtos e serviços europeus ao mercado da China.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu que se “evite uma escalada” na sequência das tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos, durante uma conversa telefónica com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

Segundo um comunicado do executivo comunitário, durante o telefonema, “a presidente apelou a uma solução negociada para a situação atual, sublinhando a necessidade de evitar uma nova escalada”.

Von der Leyen apontou também a importância vital da estabilidade e da previsibilidade para a economia mundial.

Em resposta à perturbação generalizada causada pelos direitos aduaneiros dos Estados Unidos, a líder do executivo comunitário sublinhou a responsabilidade da Europa e da China, “enquanto dois dos maiores mercados mundiais”, de apoiar um sistema comercial sólido e reformado, livre, justo e assente em condições de concorrência equitativas.

Recordou igualmente a urgência de soluções estruturais para reequilibrar as relações comerciais bilaterais e garantir um melhor acesso das empresas, produtos e serviços europeus ao mercado chinês.

Por último, Ursula von der Leyen reafirmou junto do primeiro-ministro chinês o apoio firme da UE a uma paz justa e duradoura na Ucrânia, salientando que as condições de paz devem ser determinadas pela Ucrânia. Convidou a China a intensificar os seus esforços para contribuir de forma significativa para o processo de paz.

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Portugal Ventures investe 5,5 milhões de euros em startups de Leiria

A terceira edição da Call Leiria Crescimento decorre até 18 de maio. As duas edições anteriores receberam 89 candidaturas, tendo sido investidas quatro.

Bhout, Glartek, Leadzai e a Mantis AI são as quatro startups investidas pela Portugal Ventures no âmbito das duas edições da Call Leiria Crescimento, num total de 5,5 milhões de euros. As candidaturas para a terceira edição arrancam esta terça e decorrem até 18 de maio.

“A conclusão destas quatro operações de investimento representa uma forte aposta no potencial empreendedor da Região de Leiria, que queremos continuar a promover e apoiar nesta nova edição da Call Leiria Crescimento. Reforçamos o nosso portefólio, temos mais investimentos na região em pipeline e queremos que o Fundo Regional de Leiria seja um exemplo a replicar em outras regiões do país. Vamos continuar a explorar o potencial de inovação de Leiria, investindo em empresas inovadoras, que tragam valor acrescentado para a região”, diz Pedro de Mello Breyner, vogal do executivo da Portugal Ventures, citado em comunicado.

As duas primeiras edições desta iniciativa, que decorreram entre junho e janeiro, receberam 89 candidaturas, com um montante de investimento solicitado de 64,1 milhões de euros. Os projetos submetidos foram maioritariamente dos setores de digital & tecnologia e indústria & tecnologia.

As startups Bhout (onde a Portugal Ventures já tinha investido em 2022 no âmbito da Call INNOV-ID), Glartek, Leadzai e a Mantis AI foram as investidas através destas duas calls, num total de 5,5 milhões de euros.

A Portugal Ventures não revela qual o montante atribuído a cada uma das startups. “Os contratos de investimento estão protegidos por cláusulas de confidencialidade, pelo que não poderemos divulgar o montante por startup”, diz fonte oficial da sociedade de capital de risco do Banco Português de Fomento (BPF).

Mas as regras da call preveem um investimento entre 250 mil euros a 1,5 milhões de euros por empresa, nas fases seed, startup, later stage venture (séries A, B e C), com sede na Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) ou que aí pretendam estabelecer-se com presença e operações significativas.

Nova call até 18 de maio

Os investimentos foram realizados pela Portugal Ventures através do Fundo de Capital de Risco “Região de Leiria Crescimento”, uma parceria entre o BPF, no âmbito do Programa de Venture Capital apoiado pelo PRR, a NERLEI CCI e empresas da Região de Leiria, e a partir de hoje, 8 de abril, arrancam as candidaturas para uma terceira edição, a decorrer até 18 de maio.

“As empresas candidatas deverão enquadrar-se no verticais de investimento da Portugal Ventures: Digital & Tecnologia, Indústria & Tecnologia, Tecnologias da Saúde e Turismo; bem como atuar nas seguintes áreas: Economia verde e eficiência energética; TIC e Smart mobility; Ciências da Vida e Biotecnologia; Outros projetos de impacto“, refere a Portugal Ventures, em comunicado.

O objetivo é permitir acesso a financiamento a capital de risco a “projetos empresariais para a criação de empresas em fase de arranque”, a projetos de “crescimento, expansão e internacionalização”, para desenvolvimento de novos produtos ou “promoção do investimento de empresas maduras em projetos de inovação e investigação, desenvolvimento de ligações e sinergias entre empresas, centros de I&D e o ensino superior.

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Euribor desce a 3, 6 e 12 meses para novos mínimos de mais de dois anos

  • Lusa
  • 8 Abril 2025

Esta terça-feira, a taxa Euribor desceu em todos os prazos: a três meses para 2,293%, a seis meses para 2,193% e a 12 meses para 2,107%.

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses para mínimos desde janeiro de 2023 e novembro e setembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,293%, ficou acima da taxa a seis meses (2,193%) e da taxa a 12 meses (2,107%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou, ao ser fixada em 2,193%, menos 0,082 pontos e um novo mínimo desde 01 de novembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,107%, menos 0,103 pontos e um novo mínimo desde 13 de setembro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, desceu, ao ser fixada em 2,293%, menos 0,069 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores. A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo dá prémio de 65 milhões aos funcionários do Fisco pela cobrança coerciva de impostos

Trabalhadores da Autoridade Tributária voltam a receber 5% da receita das cobranças coercivas, a percentagem máxima prevista na lei, segundo a portaria assinada pelo Ministério das Finanças.

Os trabalhadores da Autoridade Tributária (AT) vão receber um bónus de 5% da cobrança coerciva de impostos realizada em 2023, a percentagem máxima prevista na lei, segundo uma portaria do Ministério das Finanças publicada esta terça-feira em Diário da República. Como nesse ano, o Estado teve um encaixe de 1.294,9 milhões de euros, os funcionários do Fisco terão direito a um prémio de 64,7 milhões de euros, uma subida de 21% face aos 53,6 milhões de euros que tinham ganho no ano anterior.

“A atribuição de tal receita resulta da avaliação do desempenho e produtividade dos serviços da AT, em função do grau de execução dos planos de atividades, bem como do cumprimento dos objetivos globais definidos”, justifica o diploma, assinado pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte.

Assim, “atendendo à importância e inadiabilidade da determinação da percentagem a afetar ao Fundo de Estabilização Tributário (FET)”, o Governo, pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, decidiu tranferir a percentagem máxima prevista na lei, “fixada em 5% do montante constante da declaração anual do diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira de 31 de janeiro de 2024, relativamente ao ano de 2023″, estabelece a mesma portaria.

O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) relativa a esse ano.

Para este acréscimo contribuíram, essencialmente, o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), com um acréscimo de 24,3%, o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), com um aumento de 15,2%, e nos juros de mora, de 34,8%. Apenas se observou um decréscimo pouco significativo na recuperação de dívidas relativas ao Imposto do Selo (IS) e nas reposições não abatidas nos pagamentos, de 23,1% e 37,8%, respetivamente, o correspondente a cerca de 3,4 e 0,4 milhões de euros.

O IRS é o imposto com o maior peso das dívidas fiscais recuperadas (29,7%), totalizando 384,8 milhões de euros, seguido pelo IRC (14,8%), com um total de 191,2 milhões de euros, e pelo IVA (23,3%), que ascendeu a 301,3 milhões de euros. Por outro lado, as reposições não abatidas nos pagamentos têm o menor peso das dívidas fiscais recuperadas (0,1%), seguida pelo imposto do selo (1%).

De acordo com a CGE, a receita por cobrar pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) – passado o prazo de cobrança voluntária – ascendeu a 26.757,7 milhões de euros no final de 2023, representando um aumento de 10,2% face ao valor de 2022. O documento indica que “para esta evolução contribuiu o aumento de 721,4 milhões de euros (+10,1%) da dívida ativa e de 1726,6 milhões de euros (+19,9%) da dívida incobrável”.

No final de 2023, 29,9% da carteira correspondia a dívida ativa, 31,6% a suspensa e 38,9% classificada como incobrável.

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Fábrica Siemens de Corroios ‘carrega’ autocarros elétricos em Itália

  • Joana Abrantes Gomes
  • 8 Abril 2025

Unidade portuguesa da multinacional alemã, que exporta 95% da produção e emprega 4.000 pessoas, selecionada para fornecer pontos de carregamento a operadora de transportes públicos na Toscânia.

A unidade da alemã Siemens em Corroios foi selecionada como parceira tecnológica de dois projetos de mobilidade elétrica em Itália, designadamente o fornecimento de pontos de carregamento à Autolinee Toscane, um operador de transportes públicos nas cidades de Florença, Prato e Lucca, e a implementação de infraestrutura de carregamento avançada para mais de 120 localizações da IPLANET.

No caso da parceria com a Autolinee Toscane, o projeto inclui um total de 73 pontos de carregamento SICHARGE UC, produzidos na fábrica de Corroios da Siemens e capazes de fornecer 100 e 150 kW de potência. O suficiente para carregar, se necessário, um autocarro em apenas duas ou três horas, diz a empresa.

Adicionalmente, a Siemens é responsável pelo fornecimento dos sistemas de distribuição elétrica em média e baixa tensão, com interruptores com módulos IoT. A empresa forneceu ainda o DepotFinity, uma plataforma de software para monitorizar, reportar, programar e gerir as operações de carregamento nos entrepostos.

No que toca ao projeto com a IPLANET, uma fornecedora de soluções para a transição energética, a Siemens foi encarregada de equipar mais de 120 locais de logística com infraestruturas avançadas de carregamento, sistemas integrados de ponto de venda (POS) em conformidade com o Regulamento de Infraestruturas de Combustíveis Alternativos (AFIR), ativação através de aplicação ou código QR e ecrãs interativos que asseguram a acessibilidade, inclusive para utilizadores com incapacidades.

A rede, segundo a empresa, inclui centenas de pontos de carregamento de potência entre 300 e 450 kW, monitorizados à distância através de canais de conectividade independentes.

Os locais também incorporam sistemas da Siemens de distribuição elétrica em média e baixa tensão, subestações e capacidade de telecontrolo, permitindo, deste modo, a integração de fontes de energia renováveis. Além disso, algumas das áreas de serviço chave-na-mão — que incluem instalações fotovoltaicas, sistemas de armazenamento de energia por baterias e instalações para carregamento de veículos elétricos pesados — já estão operacionais.

Em comunicado, a multinacional germânica indica que a fábrica de Corroios exporta cerca de 95% da sua produção de carregadores para veículos elétricos para diversos países, da Áustria à Austrália, passando pela Grã-Bretanha e Grécia. Em setembro, a unidade portuguesa da Siemens empregava 4.003 pessoas.

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Fundos britânico e alemão vão investir 100 milhões em Portugal. Aquisições começam em Vila Franca de Xira

O objetivo da Patron Capital Partners e da Inbright é construir uma carteira de parques de negócios e logísticos. Alto Business Park na Póvoa de Santa Iria, que era da ECS, foi o primeiro escolhido.

Os fundos imobiliários britânico Patron Capital Partners e alemão Inbright anunciaram esta terça-feira que lançaram um novo programa de investimento de 100 milhões de euros para Portugal. O objetivo é construir uma carteira de ativos ligada a parques de negócios (“light industrial”) e logísticos.

A verba será destinada à aquisição de imóveis com potencial de valorização e estrategicamente localizados em Portugal, especialmente nas regiões da Grande Lisboa e Grande Porto, que sejam sustentáveis ou possam ser renovados com os novos padrões de eficiência energética.

A primeira compra já foi concluída: o Alto Business Park, um parque industrial/logístico com 16.259 metros quadrados de área bruta locável, situado na Póvoa de Santa Iria, em Vila Franca de Xira, na Área Metropolitana de Lisboa.

Anteriormente detido pelos fundos geridos pela private equity ECS, encontra-se atualmente 90% ocupado. O principal arrendatário é uma entidade pública (Turismo de Portugal), mas entre os inquilinos estão também empresas como a a Global Póvoa (serviços para condomínios), a Pinto & Cruz (manutenção de elevadores) e o ginásio Petit Gym.

“O setor light industrial e logístico em Portugal representa uma oportunidade de investimento atrativa, impulsionada por um conjunto de fatores positivos, incluindo uma oferta limitada de espaços modernos e eficientes. Com uma taxa de desocupação inferior a 5% e um pipeline restrito de novos projetos, além de um stock envelhecido e não alinhado com os padrões ESG, o mercado apresenta um contexto favorável para investidores com experiência em gestão de ativos”, consideram os investidores internacionais.

O programa de 100 milhões de euros é a segunda parceria entre a Patron Capital e a Inbright, promotora e gestora especializado em parques industriais e logísticos, após a anterior – de 250 milhões de euros – na Alemanha (Colónia, Hamburgo e Mainz). Neste caso, ainda decorre há novas aquisições em curso na maior economia da Europa.

Apesar de o foco em Portugal serem as grandes metrópoles, os investidores preveem “aquisições seletivas” noutras regiões dinâmicas a nível económico, embora não adiantem detalhes.

“Identificamos um potencial significativo no mercado industrial ligeiro e logístico em Portugal, impulsionado por uma procura robusta de ocupantes que buscam espaços modernos, eficientes e de alta qualidade”, garante Jonatas Szkurnik, sócio sénior e diretor de Investimento na Patron Capital, acrescentando que existe “uma crescente procura” por parte de empresas que pretendem soluções de sale & leaseback, permitindo-lhes libertar capital para reinvestir nos seus principais negócios.

O CEO da ECS, que vendeu o ativo, afirmou que, durante todo o processo, a sociedade trabalhou “de forma construtiva e orientada para resultados”. “A abordagem sólida e a elevada especialização destes investidores dão-nos confiança de que o ativo vendido continuará a prosperar e a contribuir positivamente para o mercado industrial ligeiro e logístico em Portugal”, referiu Manuel Noronha Andrade.

A venda realizou-se através de um veículo de propósito específico (SPV) gerido pela ECS Capital. A consultora NewCycle e a sociedade de advogados TFRA assessoraram o comprador, enquanto a promotora CBRE e o escritório CVG Lawyers representaram o vendedor nesta transação.

“Esta primeira aquisição em Portugal reflete o foco do programa em ativos localizados em zonas estratégicas, com elevado potencial de valorização através de uma gestão de ativos ativa e reabilitação sustentável”, concluiu o managing partner na Inbright Portugal, Christoph

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“Sobretaxação” das renováveis está a inviabilizar projetos, alerta APREN. Novo IMI é “absurdo”

Sobre se a nova taxa de IMI sobre renováveis está a ser acelerada no sentido de estar pronta a tempo das eleições autárquicas, Amaral Jorge é perentório: "Parece-me óbvio que sim".

O presidente da APREN, Pedro Amaral Jorge, afirma que “o setor está a começar a ter dificuldade em financiar os projetos”. Alerta também que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) que o PS propõe aplicar sobre as renováveis é “absurdo” e uma medida feita a pensar nas autárquicas.

Perante o atual quadro fiscal, os projetos que ainda não se financiaram “têm muita dificuldade em que isso aconteça”, indica o líder da APREN. Em relação ao IMI sobre as renováveis, “não parece uma medida anti-investimento; é-o, claramente”, critica Pedro Amaral Jorge, assumindo que esta iniciativa pode não só afugentar investidores como pô-los a aguardar” até terem visibilidade sobre este novo risco.

Já alguns dos que estão em operação, e que estão comprometidos com reembolsos periódicos, não estão a conseguir dar resposta às respetivas obrigações. Amaral Jorge aponta que, no início de 2024, existiram casos em que os promotores tiveram de renegociar maturidades para não entrarem em default — isto é, para manterem a viabilidade económica.

A APREN aponta que a Contribuição Extraordinária do Setor Energético (CESE) exige cerca de 35 milhões a 40 milhões de euros anuais ao setor, que a E-Redes entrega aos municípios 303 milhões de euros a cada ano, que os promotores com tarifas feed-in ou regime cap and floor pagam 2,5% sobre as receitas aos municípios e o clawback exige cerca de 30 milhões.

“Não sei a que propósito há uma leitura de que o setor elétrico renovável é um setor de taxas de retorno de investimento mirabolantes. Não é”, argumenta.

Nova taxa é “absurda” e feita à medida das autárquicas

“Há a sensação que o setor elétrico tem sempre mais uma fatia para poder colocar. Isso está exaurido há algum tempo”, considera Amaral Jorge. E mostra-se avesso à taxa de IMI que está em cima da mesa, por proposta do PS, que pretende taxar ativos renováveis.

É um total absurdo taxar com IMI os centros eletroprodutores renováveis“, defende Pedro Amaral Jorge. A associação defende que estes centros “nunca” deveriam ser taxados em sede de património, mas sim de rendimento. De acordo com o mesmo, houve algumas empresas associadas que fizeram cálculos e o IMI, tal como está no projeto de lei, pode representar mais 2,5% sobre as receitas brutas.

Sobre se a nova taxa está a ser acelerada no sentido de estar pronta a tempo das eleições autárquicas, Amaral Jorge é perentório: “Parece-me óbvio que sim.” A APREN diz-se “completamente disponível” para negociar com os municípios, e afirma que já expôs a sua posição ao Governo e aos grupos parlamentares do PSD e PS, mas ainda não obteve resposta.

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