Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 217 milhões de euros

  • ECO
  • 25 Março 2025

O jackpot desta terça-feira é de 217 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 217 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 25 de março:

Números: 1, 3, 18, 33 e 36

Estrelas: 2 e 6

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Arbitragem do processo da ANA contra o Estado prorrogada por seis meses

  • Lusa
  • 25 Março 2025

A ANA invoca o direito à reposição do equilíbrio financeiro dos contratos de concessão, no valor de 210 milhões de euros, depois das medidas da pandemia covid-19.

O processo que a ANA – Aeroportos de Portugal intentou contra o Estado português, em tribunal arbitral, foi prorrogado seis meses, estando agora previsto para 9 de agosto, segundo uma resposta do gabinete do primeiro-ministro ao deputado António Filipe.

Na resposta, publicada no site da Assembleia da República, após uma questão de António Filipe, do PCP, ao primeiro-ministro, tendo em conta o processo da ANA contra o Estado, pedindo um reequilíbrio financeiro de cerca de 210 milhões de euros, o gabinete de Luís Montenegro lembrou que esta questão começou ainda no anterior Governo.

“O XXIV Governo Constitucional manteve a posição do anterior executivo no que toca ao Processo Arbitral, com base nos pareceres das distintas entidades competentes, tendo apenas acompanhado a tramitação processual, entretanto, ocorrida, a intervenção subsequente compreendeu a manutenção da posição inequívoca de que não se verifica fundamento para qualquer indemnização ou deferimento do pedido de REF [reequilíbrio financeiro], assegurando, em todas as instâncias, a defesa intransigente dos interesses do Estado e dos contribuintes portugueses”, indicou.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro, em 31 de maio de 2024 foi apresentada a contestação do Estado e indicado o árbitro do Estado e “em 9 de agosto de 2024 ocorreu a comunicação às partes da aceitação do terceiro árbitro”. Houve depois uma notificação “para apresentação de proposta conjunta de guião de prova” e “subsequentes despachos de prorrogação do prazo respetivo” tendo o prazo final sido “situado em 7 de fevereiro de 2025”.

Já “em 05 de dezembro de 2024 foi comunicado pelo Tribunal Arbitral, que o prazo de arbitragem foi prorrogado por um período de seis meses, situando-se em 09 de agosto de 2025. “Assim e face ao cronograma apresentado é possível inferir que ainda não foi, nem poderia ter sido, proferida decisão final”, indicou.

Segundo o relatório do Orçamento do Estado para 2025, continua o litígio entre o Estado e a ANA ─ Aeroportos de Portugal, sendo que a empresa “intentou uma ação arbitral com fundamento na verificação de uma situação de alteração relevante da lei decorrente da adoção, pelo Estado português, de medidas de combate à pandemia de covid-19, invocando direito à reposição do equilíbrio financeiro dos contratos de concessão e quantificando o valor da condenação do Estado em 210 milhões de euros”, um valor “inferior ao valor reclamado no pedido de reequilíbrio financeiro apresentado, que estava quantificado em 214 milhões de euros”.

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ERSE vai criar grupo de trabalho para apoiar promoção do biometano

  • Lusa
  • 25 Março 2025

O presidente do regulador da energia explicou que vai “criar um grupo de trabalho onde vão participar os produtores, os operadores de rede e a regulação”.

O presidente do regulador do setor da energia, Pedro Verdelho, revelou que vão criar um grupo de trabalho para apoiar no desenvolvimento das regras para a produção do biometano em Portugal.

O Plano de Ação para o Biometano, que estabelece o objetivo de substituir quase 10% do gás natural por este gás verde até 2030, foi aprovado em Conselho de Ministros em 15 de março de 2024. Porém, ainda não há conclusões concretas do grupo de trabalho criado nesse âmbito.

“Estamos a tentar descarbonizar o setor do gás há 10 anos, mas é mais fácil descarbonizar o setor elétrico do que moléculas”, lembrou o responsável da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), referindo-se à tecnologia usada para o biometano, durante a conferência Qualificar Portugal para uma economia do biometano, que decorre no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

“Estamos a falar de uma tecnologia e instalações complexas”, disse, acrescentando que outra das barreiras da promoção deste gás renovável são “as enormes barreiras à sua entrada, isto é, no acesso ao mercado”. Enquanto regulador, garantiu que estão a fazer “tudo” para agilizar o processo. “Estamos a falar de uma tecnologia que intercepta várias áreas da governação e os produtores têm muitas dificuldades em lidar com essa materialidade”, apontou.

Como o biometano é produzido a partir de resíduos urbanos ou do setor agropecuário, envolve várias áreas de atividade. Mas para tentar agilizar o desenvolvimento do mercado, a ERSE vai “criar um grupo de trabalho onde vão participar os produtores, os operadores de rede e a regulação”. O presidente da Erse referiu que “é expectável que o processo de transição energética seja diferente entre regiões europeias”.

“Claro que a Península Ibérica é beneficiada na produção de energia renovável, com maior destaque para o vetor de eletricidade. E é por aqui que temos de começar”, lembrou. “Do ponto de vista do biometano”, continuou, “a Península Ibérica é um deserto, mas estamos a falar de uma tecnologia que é difícil, é muito dependente do recurso que tem uma sazonalidade enorme. Mas temos a felicidade de aprender com os melhores”, disse.

França, por exemplo, tem sido apontada como um dos mercados com melhores resultados na implementação do biometano, com a Gaz Réseau Distribution France (GRDF), maior distribuidora, a ligar cerca de três novas unidades de biometano por semana à sua rede de distribuição.

Por cá, apesar de a legislação e regulamentação para as unidades de produção de hidrogénio e biometano ainda estarem a ser desenvolvidas, a Floene, que gere nove das onze concessões de gás em Portugal, já recebeu cerca de 230 pedidos de injeção de gases renováveis na rede, dos quais 33% para biometano.

No que toca ao custo da implementação do biometano, Pedro Verdelho sublinhou que “é evidente que tem, sobretudo numa fase inicial”. Na eletricidade há um futuro risonho e no gás [com base em combustíveis fósseis] há incerteza e risco. Há um problema de sustentabilidade do setor”, alertou.

“O setor do gás é para a indústria”, que é o maior consumidor, e a indústria “tem que competir no mercado internacional. Enquanto no processo de descarbonização do setor elétrico todo o sobrecusto foi pago pelos consumidores domésticos, no gás não temos isso”, referiu.

Apesar do consumo doméstico de gás representar 3% ou 4%, vale 50% do negócio das redes. Ou seja, “podemos perder nos próximos anos 50% do financiamento das redes, a sustentabilidade é um problema”, avisa. “Isto leva-nos a chamar a atenção para a descarbonização das moléculas que é fundamental, mas o financiamento deve ser uma preocupação para tornar o caminho virtuoso e sustentável”, referiu.

Apesar destes alertas, o presidente da ERSE diz estar “otimista” sobre o futuro do biometano e o papel que pode vir a ter. “Temos de ser otimistas, mas realistas. Caso contrário vamos entrar em depressão. Mas vamos aprender com os outros, acho que está na altura de agarrar o biometano”, concluiu.

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Lukashenko empossado como Presidente da Bielorrússia pela sétima vez

  • Lusa
  • 25 Março 2025

"Temos mais democracia do que aqueles que se apresentam como modelos", disse o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, durante a sétima tomada de posse.

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que foi esta terça-feira empossado para um sétimo mandato consecutivo, garantiu às forças da oposição que não “terão apoio público” nem “futuro” no país.

“Não têm nem terão apoio público, não têm futuro. Temos mais democracia do que aqueles que se apresentam como modelos”, declarou Lukashenko durante a cerimónia de tomada de posse no Palácio da Independência em Minsk, ao prestar juramento sobre a Constituição do seu país, que governa desde 1994 e que deverá liderar até 2030.

Milhares de apoiantes de Lukashenko assistiram à cerimónia, durante a qual o Presidente denunciou os seus críticos como “fantoches estrangeiros”.

“Metade do mundo está a sonhar com a nossa ‘ditadura’, a ditadura dos negócios reais e dos interesses do nosso povo (…) Temos tudo em ordem em termos de liberdade de imprensa e temos mais democracia do que aqueles que dizem defendê-la”, sublinhou Lukashenko, de 70 anos.

O vosso Presidente nunca vos abandonou e nunca vos abandonará, não vos trairá e não fugirá. Vocês são toda a minha vida. No dia 26 de janeiro [data das eleições], atravessámos mais uma etapa histórica, fizemo-lo com confiança e sabedoria, sem nos afastarmos do caminho que percorremos há um terço de século”, frisou.

Centenas de pessoas manifestaram-se hoje no estrangeiro contra Lukashenko, que completou três décadas no poder o ano passado, e para assinalar o aniversário da curta independência da Bielorrússia em 1918, após o colapso do Império Russo. Vários membros da oposição, que têm sido presos ou exilados no estrangeiro durante o regime de Lukashenko, numa tentativa de reprimir a dissidência e a liberdade de expressão, denunciaram a autenticidade das eleições.

“As eleições realizaram-se num contexto de uma profunda crise dos direitos humanos, numa atmosfera de medo total causada pela repressão contra a sociedade civil, os meios de comunicação social independentes, a oposição e a dissidência”, denunciou o principal grupo de defesa dos direitos humanos do país, Viasna, em conjunto com 10 outros grupos bielorrussos de defesa dos direitos humanos, que condenaram a “manutenção ilegítima” de Lukashenko no poder.

A líder da oposição no exílio, Sviatlana Tsikhanouskaya, que fugiu da Bielorrússia depois de se ter candidatado contra Lukashenko em 2020, prometeu continuar a lutar pela liberdade do país. “O nosso objetivo é libertarmo-nos da ocupação russa e com a tirania de Lukashenko e fazer regressar a Bielorrússia à família das nações europeias”, declarou Tsikhanouskaya num discurso no parlamento lituano.

Às eleições presidenciais de 2020 seguiram-se meses de protestos maciços sem precedentes no país de nove milhões de habitantes, cuja repressão resultou na detenção de mais de 65.000 pessoas, no espancamento de milhares de manifestantes pela polícia e o encerramento e ilegalização dos meios de comunicação social independentes e das organizações não-governamentais (ONG).

Sobre estes protestos, Lukashenko disse que “não permitirá que a liberdade de expressão seja utilizada como um bastão para destruir o próprio país”. Após as eleições de 2020, as principais figuras da oposição foram presas ou fugiram do país. Ativistas dos direitos humanos afirmam que a Bielorrússia tem cerca de 1.300 presos políticos, incluindo o Prémio Nobel da Paz Ales Bialiatski, fundador do Viasna.

A Comissão Central de Eleições da Bielorrússia declarou Lukashenko como vencedor das eleições presidenciais de 26 de janeiro com cerca de 87% dos votos. Lukashenko governa o país desde 1994, apoiado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no poder na Rússia há mais de 20 anos.

O Presidente da Bielorrússia permitiu a Moscovo utilizar o território do país para invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, mais tarde, albergou armas nucleares táticas da Rússia.

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Nova administração do Metro do Porto decidida pelo próximo Governo

  • Lusa
  • 25 Março 2025

O ministério das "Infraestruturas e Habitação não pretende avançar com nomeações de gestores públicos até ao final da vigência deste Governo", indica o Governo.

A nomeação da nova administração e o lançamento do concurso para a nova subconcessão do Metro do Porto serão decididos pelo próximo Governo, já que o atual está em gestão, disse esta terça-feira à Lusa fonte do Ministério das Infraestruturas.

Em resposta a uma questão da Lusa sobre a nomeação da nova administração do Metro do Porto, fonte do Ministério das Infraestruturas e Habitação respondeu que “face ao contexto atual, a área governativa das Infraestruturas e Habitação não pretende avançar com nomeações de gestores públicos até ao final da vigência deste Governo”.

Em causa está a nomeação de uma nova administração para a Metro do Porto, já que a atual, liderada por Tiago Braga, terminou o mandato no final de 2024 mas mantém-se em funções desde então, situação que se deverá prolongar.

Já quanto ao lançamento do concurso público para o novo contrato de subconcessão para operar o Metro do Porto, o ministério liderado por Miguel Pinto Luz também respondeu que “tendo em conta o contexto político, o Governo não irá tomar qualquer decisão sobre este assunto”.

Esta terça, a Lusa noticiou que a Metro do Porto prorrogou o contrato de subconcessão com o operador ViaPorto, por três meses, pelo valor de 10,9 milhões de euros, de acordo com informação publicada no portal de contratação pública Base.

“Pelo presente aditamento, as partes acordam reciprocamente em prorrogar o prazo de execução do contrato pelo prazo de 03 meses (três meses), devendo o mesmo vigorar até junho de 2025”, pode ler-se no aditamento ao Contrato de Subconcessão do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, como é oficialmente designado.

De acordo com o documento, “o preço estimado do presente aditamento é de 10.936.688,07 euros”, preço a que acresce o IVA, levando o preço do total da subconcessão iniciada em 2018 dos anteriormente previstos 204,3 milhões de euros para os 215,3 milhões de euros.

A despesa foi prevista pela Portaria 176/2025/2, publicada em Diário da República (DR) em 05 de março. A atual subconcessão terminava este mês. Em outubro do ano passado, a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) do Ministério das Finanças constituiu uma equipa de projeto para preparar uma nova subconcessão do Metro do Porto.

Em causa está a “constituição de uma equipa de projeto para dar início ao estudo e à preparação de uma nova parceria para a subconcessão da operação e manutenção do sistema de metro ligeiro na Área Metropolitana do Porto”, refere o sumário do despacho. O atual contrato de subconcessão, que está atribuída à ViaPorto, do grupo Barraqueiro, teve início em 2018 e a nova subconcessão prosseguirá o modelo de parceria público-privada (PPP).

Atualmente, a Metro do Porto conta com seis linhas em operação e 85 estações, espalhadas pelos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar, Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Estão em construção a Linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto), e a Linha Rubi (H), entre Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia) e Casa da Música (Porto).

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Alqueva é “projeto virtuoso que se paga a si próprio”, diz ministro

  • Lusa
  • 25 Março 2025

O ministro José Manuel Fernandes lembra que a gestora do Alqueva "dá de receita fiscal, por ano, 339 milhões de euros, ou seja, ajuda o OE, ajuda ao Estado social de Portugal”.

O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, considerou esta terça-feira que o Alqueva, no Alentejo, é um projeto virtuoso que, entre outros benefícios, paga-se a si próprio e ainda dá “retorno económico” ao Estado.

“O investimento feito em projetos como o do Alqueva traz retorno económico. São projetos virtuosos, que se pagam a si próprios e que inclusivamente ajudam o Orçamento do Estado (OE)”, afirmou o governante, em declarações aos jornalistas. José Manuel Fernandes falava, na sede da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), em Beja, no final da apresentação de um estudo sobre o impacto económico do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA).

Considerando que investimentos como o Alqueva “são essenciais”, o ministro destacou que o projeto contribui para a competitividade, coesão territorial, indústria e abastecimento urbano e industrial de água. “Mas há um ponto importante. É que dá de receita fiscal, por ano, 339 milhões de euros, ou seja, ajuda o OE, ajuda ao Estado social de Portugal”, sublinhou, assumindo que, neste tipo de projetos, “o custo é não investir”.

Questionado sobre se o projeto Alqueva falhou no desenvolvimento do turismo na região, José Manuel Fernandes discordou, argumentando que este setor só não aumentou “ao ritmo [a] que cresceu a agricultura”. Para o desenvolvimento do turismo, “é importante também ter outro tipo de investimentos, como as vias de ligação”, defendeu, lembrando que o Governo aprovou recentemente a ligação da Autoestrada 26 (A26) a Beja.

Sobre o despovoamento da região, o governante defendeu que, apesar da existência do Alqueva, “a coesão territorial tem de ser elaborada e concretizada por várias políticas”, como acessibilidades, serviços públicos, entre outras. Já o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, na sua intervenção antes da apresentação do estudo, realçou que o Alqueva “levou a um aumento do valor acrescentado bruto (VAB) da produtividade e do número de grandes empresas”.

“Não basta ter investimento público, é preciso saber depois atrair investimento privado com estratégia”, disse, evidenciando que o aumento do número de grandes empresas no território “é um dos fatores de transformação do Alqueva”.

“Se há coisa que está estudado na economia portuguesa é que as grandes empresas têm muito mais produtividade que as pequenas”, prosseguiu, acrescentando que “uma grande empresa em Portugal é três vezes mais produtiva que uma pequena”.

Já o presidente da EDIA, José Pedro Salema, considerou aos jornalistas que o EFMA é “o catalisador da atividade económica da região” e “um investimento virtuoso porque teve efeitos multiplicativos na economia”.

O objetivo não é gerar dividendos para entregar ao Estado. É gerar desenvolvimento numa região e o que vimos com este estudo é que conseguimos concretizar a nossa missão, porque o retorno da economia, da coesão, do emprego foi conseguido”, sublinhou. Em relação ao turismo, o responsável argumentou que o desenvolvimento desta área foi “espetacular”, assinalando a existência de unidades turísticas que são um exemplo a nível mundial.

“Aquele modelo que se imaginou, há uns anos, com milhares de camas, de facto, não se concretizou. Temos um turismo de pequena dimensão, mas de melhor qualidade e, porventura, muito mais sustentável também”, concluiu. De acordo com o estudo, o Alqueva já gerou receitas fiscais próximas dos três mil milhões de euros, o que ultrapassa os quase 2,5 mil milhões de investimento total público na infraestrutura.

Entre outras conclusões, o trabalho salienta que, entre 1995 e 2028, considerando as previsões de investimento, os resultados permitem apurar um contributo acumulado de 27 mil milhões de euros para a produção nacional, 12 mil milhões de euros de VAB, cinco mil milhões de euros em remunerações e 22.569 empregos.

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Zurich Portugal faz nova aposta em seguros de Vida proteção

A seguradora suíça quer crescer 8% por ano em seguros de vida proteção a nível global e Tim Bailey, responsável desta linha negócio, esteve em Portugal a motivar a operação nacional para o objetivo.

A visita a Portugal de Tim Bailey, CEO Zurich’s Global Life Protection Business, trouxe as novidades da companhia de seguros para os seguros de Vida Proteção, os de Risco Puro, os que tradicionalmente pagam em caso de morte da pessoa segura, mas que hoje em dia são muito mais que isso. Ana Paulo, Head of Life Zurich Portugal, também acredita no futuro destes produtos numa fase em que as taxas de juro estão a baixar e os seguros financeiros – que tiveram um ótimo ano de 2024 também para a Zurich – podem perder competitividade. Os responsáveis falaram em exclusivo com ECOseguros.

Tim Bailey: “Numa sociedade a envelhecer, damos atenção à educação financeira, ao planeamento intergeracional e à consciência desse envelhecimento”.Hugo Amaral/ECO

Tim Bailey, que aponta 8% como crescimento anual do segmento de Vida Proteção na Zurich, vê oportunidades de crescimento para todo o ramo Vida: “Estamos focados em poupança e proteção e, em proteção, temos vários fatores de crescimento como fazerem parte do aumento de benefícios atribuídos pelas empresas aos seus colaboradores, maior número de proprietários das suas próprias casas, bem como cobertura de hipotecas e empréstimos pessoais”, disse.

O responsável global da Zurich acredita na prosperidade do negócio: “Na verdade para os seguros de vida proteção, 2024 foi um ano recorde na Zurich e representou 28% dos lucros do grupo o que é uma boa proporção”, disse, “foi um crescimento forte nos nossos mercados principais e menor em mercados mais pequenos”.

“Também a Covid-19 e maior literacia financeira destacaram a necessidade de proteção por seguros de vida, também há um aumento dos custos com saúde, e todos estes fatores são vistos por nós como de tendência de crescimento nos seguros de vida proteção”, acrescentou.

Ana Paulo: “Treinamos mediadores para melhorarem a sua literacia financeira para, de forma holística, dar-lhes capacidades para oferecerem a cada cliente os produtos mais adequados”.Hugo Amaral/ECO

Se os seguros vitalícios poderão ser um próximo passo da oferta Tim Bailey não é perentório. “Oferecemos seguros vitalícios em alguns mercados e gradualmente estamos a constatar necessidades de produtos que acompanhem as pessoas ao longo das suas vidas, nomeadamente em idades mais avançadas. No entanto, para enfrentar uma sociedade em envelhecimento damos atenção à educação financeira, ao planeamento intergeracional e à consciência desse envelhecimento que são elementos importantes do debate”.

Quanto a novas valências dos seguros de Vida proteção, Bailey explica que a Zurich “pensa mais em coberturas não só em caso de morte, mas em casos de doenças críticas, doenças crónicas e invalidez. São coberturas para dar paz de espírito financeira em caso de um evento na família”.

A Zurich Portugal aproveitou o momento para anunciar que vai lançar em abril uma nova cobertura complementar de proteção de rendimentos que pagará uma incapacidade temporária para o trabalho, para ajudar em momentos de doenças longas com consequências de paragem de atividade por muito tempo.

Bailey acredita que existe outro segmento de mercado em que a Zurich poderá melhorar a oferta é em empresas: “A oferta de seguros Vida proteção é comum nas grandes empresas europeias e gradualmente está a chegar até a pequenas PME, em muitos mercados está a ser um caminho de crescimento”, afirmou.

Contar com os distribuidores para dar passos em frente

“Queremos mediadores de seguros para quem a educação financeira e o planeamento financeiro dos seus clientes sejam importantes, eles têm um papel muito relevante no encontrar uma cobertura certa para as pessoas”, comentou Tim Bailey, “por esse motivo mantemos os processos de subscrição simples e suaves, não só para os clientes mas também para agentes, corretores e bancos e com o suporte tecnológico que já temos estamos a conseguir coberturas à medida de vários segmentos e de diferentes fases da vida”, conclui.

Ana Paulo confirma essa atitude em Portugal: “Continuamos a desenvolver a literacia financeira com os canais de distribuição e com os clientes finais. Se os distribuidores souberem explicar bem o que são produtos poupança e produtos proteção, que perseguem objetivos diferentes, podem mais rapidamente fazer ver aos clientes qual o mais adequado para ele. Pode ser para a família, para um projeto, para um complemento de reforma, ou para outra finalidade importante para cada um”,

A responsável pelo ramo Vida da Zurich Portugal explica que a companhia treina os agentes para diferentes produtos, para diferentes temas, diferentes tópicos “para aumentarem o seu conhecimento, melhorarem a sua literacia financeira, de forma holística, para dar capacidades para oferecer a cada cliente os produtos mais adequados”.

O posicionamento do ramo Vida em Portugal é descrito por Ana Paulo: “Focamos em proteção e poupança e dentro da poupança também em produtos unit linked. Claro que em Portugal os produtos de rendimento e capital garantido são importantes porque termos um perfil de cliente muito conservador” – adianta “mas na Zurich é importante desenvolver unit linked, porque produtos de rendimentos garantidos estão indexados a taxas de juro e quando estas baixam tornam-se produtos menos rentáveis para os clientes”, disse, reforçando que “a oferta de unit linked permite aos nossos clientes diversificar e aceder com pequenos prémios a produtos com maiores rendimentos”, conclui.

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Fusão no têxtil. TMG Acabamentos Têxteis junta-se à britânica RTS Textiles em união “estratégica”

O novo grupo, liderado pela RTS, vai incluir a TMG – Acabamentos Têxteis e a Sapphire Textile Mills Limited, unindo as três empresas numa "fusão estratégica" para reforçar a posição no mercado.

A portuguesa TMG – Acabamentos Têxteis, do grupo TMG, a RTS Textiles Limited e a paquistanesa Sapphire Textile Mills (STM) uniram-se numa “fusão estratégica”, passando a integrar uma empresa liderada pela RTS, que mantém as três empresas como acionistas. A fusão, concretizada esta segunda-feira, dia 24 de março, tem como objetivo combinar o conhecimento das três empresas para reforçar a expansão no mercado.

“Num movimento estratégico alinhado com a nossa visão de longo prazo, a RTS Textiles Ltd (RTS) tem o prazer de anunciar que estamos a reunir todas as nossas operações e parceiros de joint venture sob uma única entidade unificada, a RTS Textiles Group Ltd (RTS Group). Este novo grupo global de referência nos mercados de vestuário profissional e têxteis de proteção será liderado pela RTS, com participações da TMG – Acabamentos Têxteis S.A. (TMG) e da Sapphire Textile Mills Limited (STM)”, explicam as três empresas num comunicado conjunto.

“Esta fusão representa um momento decisivo para a nossa indústria e para todos os nossos parceiros. Ao unir a experiência, o legado e a inovação da RTS, TMG e STM, estamos a estabelecer uma base mais forte para o crescimento e a oferecer um valor incomparável aos nossos clientes em todo o mundo”, comentou Manuel Gonçalves, Administrador da TMG.

Conferência "Os Novos Desafios do Comércio Internacional" - 07JUN22
Manuel Gonçalves, administrador TMG, argumenta que esta fusão vai permitir que o novo grupo se torne uma referência no setor.Ricardo Castelo/ECO

O responsável refere ainda que a “visão partilhada de excelência e compromisso com a inovação na indústria têxtil garantirá que a RTS Textiles Group se torne uma referência em qualidade, sustentabilidade e inovação nos têxteis para vestuário profissional e proteção.”

As empresas referem, no comunicado publicado no site, que “esta nova fusão estratégica integrada reforçará ainda mais a força combinada das três empresas”, adiantando que não haverá alterações nos projetos em curso ou nos compromissos existentes com os clientes.

O grupo vai englobar todas as marcas e operações detidas a 100% pela RTS, incluindo a Carrington Textiles, Pincroft e Alltex, bem como a propriedade total da CTI, MGC e Melchior. A liderança da nova empresa ficará a cargo da atual equipa de gestão da RTS, “garantindo continuidade e a manutenção de relações sólidas com os clientes”.

Esta fusão surge como uma decisão “lógica” para as empresas, após anos de colaboração, que começou, em 2017, quando a TMG e a RTS formaram uma joint-venture sob o nome de MGC em Portugal, e em 2021 a STM e a RTS iniciaram uma parceria estratégica no âmbito da CTI na Ásia.

O comunicado realça ainda a complementaridade das competências de cada empresa. Enquanto a RTS é reconhecida pelos seus tecidos de alto desempenho com resistência ao fogo (FR) para o setor de EPI e tecidos impressos em tela rotativa para o mercado militar, a TMG é especialista na tecelagem e no tingimento e acabamento de tecidos de alta qualidade, servindo uma ampla variedade de aplicações no setor de vestuário profissional.

Já a STM, indica o comunicado, distingue-se “pela integração vertical, com foco na fiação, tecelagem, tingimento e acabamento de têxteis para vestuário profissional”.

 

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Zelensky diz que “é cedo” para saber se a trégua com a Rússia vai funcionar

  • Lusa
  • 25 Março 2025

O presidente ucraniano acredita que a trégua com a Rússia, para a circulação no Mar Negro, tenha início logo que os Estados Unidos publiquem os compromissos assinados em Riade.

O Presidente ucraniano afirmou esta terça-feira que “é cedo” para saber se a trégua com a Rússia no mar Negro vai funcionar, embora elogie “os passos certos”, e espera que entre em vigor logo que a mediação norte-americana a publique.

É muito cedo para saber se vai funcionar, mas estas foram as reuniões certas, as decisões certas, os passos certos. Ninguém depois disto pode acusar a Ucrânia de não se mover em direção à paz sustentável”, declarou Volodymyr Zelensky em conferência de imprensa em Kiev, após o acordo divulgado pela Casa Branca.

Questionado sobre a data em que deverá entrar em vigor a trégua definida nos acordos alcançados nas negociações na Arábia Saudita, Zelensky acredita que tenha início logo que os Estados Unidos publiquem os compromissos assinados em Riade. A parte russa indicara anteriormente que exige o levantamento das sanções ocidentais impostas ao setor agrícola como condição para o início da suspensão das ações militares no mar Negro, informou o Kremlin em comunicado.

Na conferência de imprensa, Zelensky opôs-se porém a qualquer “enfraquecimento das sanções” internacionais contra a Rússia, depois de a Casa Branca ter referido que Washington está pronta para ajudar Moscovo a facilitar o acesso dos produtos agrícolas e fertilizantes russos ao mercado global.

“Acreditamos que se trata de um enfraquecimento das sanções”, comentou o líder ucraniano, indicando que esta possibilidade não estava na agenda da delegação ucraniana e foi levantada pelos Estados Unidos. O Presidente da Ucrânia anunciou também que as partes irão realizar novas reuniões o mais breve possível para estabelecer os detalhes técnicos para a implementação dos acordos e a monitorização e controlo do seu cumprimento.

Zelensky levantou a possibilidade de os países europeus e a Turquia se juntarem aos esforços de verificação do entendimento juntamente com os EUA, e disse que o lado ucraniano informaria imediatamente Washington sobre quaisquer violações russas.

O Presidente ucraniano negou que a delegação de Kiev, liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, tenha discutido uma possível distribuição de territórios ilegalmente anexados pela Rússia, embora tenha dito que os Estados Unidos provavelmente discutiram o assunto com os negociadores do Kremlin.

Noutra frente negocial, Zelensky revelou que Os Estados Unidos propuseram o texto de um novo acordo sobre os minérios do seu país. “Ontem [segunda-feira], a minha equipa informou-me sobre o novo acordo. Este é um acordo de grande escala, tal como previsto pelo lado americano. É assim que eles o veem. Passou por etapas anteriores, como o acordo-quadro (…) Agora, os Estados Unidos propuseram um acordo importante imediatamente”, disse Zelensky, citado a este respeito pela agência Ukrinform.

Os Estados Unidos anunciaram um entendimento com as delegações ucraniana e russa para uma trégua dos combates no mar Negro, no âmbito das negociações na Arábia Saudita sobre o conflito na Ucrânia.

Os dois países concordaram “garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no mar Negro”, afirmou a Casa Branca, que fez o anúncio do acordo com Kiev e Moscovo em declarações separadas. Nos textos, Washington indicou também que as partes deram o seu acordo para “desenvolver medidas” com vista a proibir os ataques às instalações energéticas russas e ucranianas.

Em relação à Rússia, os Estados Unidos comprometeram-se a ajudar a restaurar o acesso ao “mercado global de exportações agrícolas e de fertilizantes”, bem como a facilitar o acesso aos portos e aos sistemas de pagamento destas transações. Sobre a Ucrânia, a administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu “ajudar a concretizar a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis e o regresso de crianças ucranianas transferidas à força” para território russo.

“Os Estados Unidos vão continuar a facilitar as negociações entre os dois lados para alcançar uma solução pacífica, consistente com os acordos alcançados em Riade”, acrescentou a Casa Branca, na sequência das negociações com os representantes de Kiev e Moscovo, iniciadas no domingo na capital saudita.

A Rússia já tinha exigido “garantias claras de segurança” à Ucrânia para retomar a implementação da Iniciativa do mar Negro, que vigorou no primeiro ano do conflito, em 2022.

A Iniciativa do Mar Negro, uma trégua marítima assinada em junho de 2022 e em vigor durante um ano, com envolvimento das Nações Unidas e da Turquia, permitiu a exportação de milhões de toneladas de cereais e outros produtos alimentares dos portos ucranianos, bloqueados com o início da invasão russa.

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António Vitorino, Elisa Ferreira e Fernando Araújo nos mini Estados Gerais do PS

Antigos ministros de Guterres e o ex-CEO do SNS vão ser nome chave nas cinco prioridades do programa com que o PS concorre às legislativas: habitação e saúde, trabalho, defesa, ambiente e justiça.

Fernando Araújo, Elisa Ferreira, António Vitorino vão liderar os mini Estados Gerais do PS de Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, convocou três nomes fortes para os mini Estados Gerais do PS: um histórico militante, António Vitorino, e dois independentes, Elisa Ferreira e Fernando Araújo, apurou o ECO junto de fonte partidária socialista. Os antigos ministros de Guterres e o ex-CEO do SNS, respetivamente, vão participar de forma ativa nas mesas setoriais dos encontros de preparação do programa eleitoral para as legislativas de 18 de maio. E são a forma como Pedro Nuno Santos quer mostrar capacidade de atração junto da sociedade civil.

Contactada oficialmente pelo ECO, fonte do gabinete do secretário-geral do PS não quis responder se António Vitorino e Elisa Ferreira vão fazer parte das mesas. No entanto, confirmou a presença de Fernando Araújo na sessão desta quarta-feira, dedicada à saúde, e remeteu a divulgação da lista dos participantes das restantes sessões para as vésperas dos respetivos painéis.

As cinco prioridades já foram anunciadas por Pedro Nuno Santos: habitação e saúde; economia e trabalho; defesa e política externa; ambiente e transição climática; justiça e segurança. Para ajudar a elaborar o programa com que o PS concorre às eleições, o partido vai realizar sessões temáticas ou mini Estados Gerais, que vão contar com a participação de Vitorino, Elisa Ferreira e Araújo. Os encontros, à porta fechada, arrancam já esta quarta-feira e terminam na próxima semana, a 1 de abril.

Com provas dadas a nível nacional e internacional, António Vitorino, que tem sido apontado como eventual candidato às Presidenciais apoiado pelo PS, terá um papel fundamental em áreas transversais defesa, segurança e imigração. O socialista foi ministro da Presidência e depois da Defesa, durante o primeiro Governo de António Guterres (1995-1997). Antes, assumiu o cargo de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares no curto mandato (1983-1985) do Executivo de bloco central (PS/PSD), liderado por Mário Soares.

Vitorino foi ainda secretário-adjunto do Governador (1986-1987) de Macau e passou pelo Tribunal Constitucional, entre 1989 e 1994, como juiz conselheiro, eleito pelo Parlamento por indicação do PS. Entre 1999 e 2004, exerceu funções como comissário europeu, tendo ficado responsável pelo pilar da Justiça e Assuntos Internos. E, a 29 de junho de 2018, foi eleito pelos estados-membros da União Europeia diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, iniciando funções em outubro de 2018 para um mandato de cinco anos, que terminou em 2023.

Elisa Ferreira participará nas mesas de discussão da economia e trabalho. Foi ministra do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002, no primeiro e segundo executivos de António Guterres, respetivamente.

Depois de ter sido eurodeputada, entre 2004 e 2016, Elisa Ferreira foi vice-governadora do Banco de Portugal com a área da supervisão e, posteriormente, foi escolhida pelo então primeiro-ministro, António Costa, para comissária europeia com a pasta da Coesão e Reformas, cargo que exerceu até 2024.

Fernando Araújo, o primeiro diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), será o mentor dos mini Estados Gerais nas áreas sociais, designadamente saúde. Designado CEO do SNS, no final de 2022, pelo anterior Governo de maioria absoluta socialista de António Costa, acabaria por bater com a porta, no ano passado, quando o Executivo de Luís Montenegro tomou posse, alegando que não queria tornar-se um obstáculo ao Ministério da Saúde de Ana Paula Martins.

Antes de aceitar o cargo de CEO do SNS, Araújo presidiu, entre 2019 e 2022, ao conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário São João, no Porto, naquele que foi o período mais tenso marcado pela pandemia da covid-19. Foi ainda secretário de Estado adjunto e da Saúde, entre 2015 e 2018, quando Adalberto Campos Fernandes assumiu a pasta.

O tiro de partido para a elaboração do programa eleitoral do PS foi dado na sexta-feira passada por Pedro Nuno Santos, quando anunciou as cinco áreas chave do programa eleitoral que vai resultar das conclusões que saírem de sessões, que se irão realizar entre 26 de março e 1 de abril. Este é o calendário: dia 26 será dedicado a habitação; 27 a trabalho, salários e economia; 29 a defesa; 31 a ambiente; e 1 de abril a justiça e segurança. António Vitorino, Elisa Ferreira e Fernando Araújo vão comandar os trabalhos destes mini-Estados Gerais.

Um dos grandes objetivos que deverá constar no programa eleitoral passa pela melhoria dos salários, não apenas do ordenado mínimo mas também dos vencimentos médios, sublinhou o líder socialista, na passada sexta-feira. Considerando que o acordo plurianual para a valorização dos rendimentos assinado pelo anterior Executivo “é insuficiente”, o PS vai propor uma atualização das metas, indicou Pedro Nuno Santos.

De recordar que o pacto subscrito no ano passado colocou a retribuição mínima a subir até aos 1.020 euros até 2028. Mas Pedro Nuno Santos não quis, para já, revelar qual será a proposta dos socialistas, sendo que, no programa com que concorreu às legislativas do ano passado, a fasquia estava nos 1.000 euros.

Habitação acessível “não só para os mais carenciados”, mas também para a classe média, é outra das prioridades do programa eleitoral, porque a falta de casas a custos comportáveis pelos portugueses “é um dos maiores dramas nacionais”, assinalou. A este propósito, salientou que Portugal “teve o maior crescimento dos preços da habitação da última década”.

“A política externa e investimento em defesa” também é uma das áreas mais importantes que estarão no programa eleitoral e que tem sido “desvalorizada pelo primeiro-ministro”, anotou Pedro Nuno Santos.

De lembrar que a União Europeia já instou os Estados-membros a gastarem mais em defesa, tendo em conta o contexto internacional, designadamente a postura dos EUA e a guerra na Ucrânia. E, para isso, criou um programa que permite não só atribuir empréstimos, no valor global de 150 mil milhões de euros, mas também flexibilizar as regras de disciplina orçamental. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, já disse que só iria acionar esta cláusula de escape antes das eleições depois de consensualizar a medida com o PS.

“O território, o ambiente, a transição climática” são outras áreas “fundamentais”, e que estarão no programa eleitoral do PS. “A política climática não tem de ser adversária de uma vida justa, pode ser uma oportunidade de desenvolvimento”, defendeu.

Por fim, os socialistas vão “discutir a justiça, a celeridade da justiça, a ética e transparência na política e a segurança interna”, adiantou. “Esta é uma área fundamental para os governos do PS. Um país menos seguro é um país menos livre”, destacou. Pedro Nuno Santos afirmou que “o policiamento de proximidade é uma das bandeiras do PS, mas não só”.

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É oficial. PSD e CDS fecham acordo para governar a Madeira

Apesar da perda de um mandato nas legislativas regionais de domingo, igualando o pior registo em quase 50 anos, o deputado do CDS-PP é decisivo para que o PSD-Madeira possa governar em maioria.

O PSD e o CDS-PP na Madeira formalizaram, ao final da tarde desta terça-feira, o acordo que assegura uma maioria parlamentar na região, somando os 23 mandatos obtidos pelo PSD e o mandato único dos centristas. Com esta aliança, o centrista José Manuel Rodrigues irá integrar o Governo como secretário regional da Economia, lugar até aqui ocupado por Eduardo Jesus.

“Este acordo corresponde à vontade manifestada pelo povo madeirense nas eleições de ter estabilidade política e um Governo para quatro anos na nossa região”, afirmou José Manuel Rodrigues, líder do CDS-PP na região.

“O CDS que nos últimos anos foi sempre um referencial de estabilidade e de governabilidade na Madeira, volta a mostrar o seu sentido de responsabilidade, assegurando uma maioria parlamentar para aprovação do programa do Governo, para aprovação dos orçamentos anuais, dos planos de investimento e das reformas políticas, económicas e sociais necessárias ao desenvolvimento regional”, acrescentou.

O acordo “será cumprido pelos dois partidos”, assegura o social-democrata, que reedita uma maioria do PSD com apoio do CDS-PP.

Dirigindo-se a José Manuel Rodrigues como “futuro colega de Governo”, Miguel Albuquerque salientou que o “histórico de acordos de incidência parlamentar e governativa com o CDS sempre foram cumpridos” e deixou a convicção de que aquele agora firmado “será integralmente cumprido por ambos os partidos”.

A ligação implica alguns compromissos, com destaque para uma nova lei de incompatibilidades para os titulares de cargos públicos regionais. Os dois partidos irão trabalhar para uma revisão da constituição da República com maiores poderes para as autonomias e revisão da lei das finanças regionais – “obrigando o Estado a cumprir o princípio da continuidade territorial, a cobrir os custos de insularidade e possibilidade de criação de um sistema fiscal próprio na Madeira”, avançou o centrista.

A assinatura do acordo decorreu com a presença dos dois líderes partidários, os quais acertaram a possibilidade de negociação de coligações em futuras eleições. “Este é um bom acordo para os dois partidos”, considera o líder do CDS-PP. Com a entrada de José Manuel Rodrigues no Governo, a representação do partido na Assembleia Regional será feita pela deputada Sara Madalena.

As eleições de domingo determinaram a vitória do PSD com 43,4% dos votos e 23 mandatos. O partido foi a escolha de mais 13 mil eleitores do que nas legislativas regionais de 2024. O Juntos Pelo Povo (JPP) teve 21% e conquistou 11 mandatos. O PS caiu para terceira força política, com 15,4% e oito mandatos. O Chega alcançou três lugares na Assembleia Legislativa Regional, com 5,5%. CDS-PP com 3% e Iniciativa Liberal com 2,2% ficaram ambas com um mandato. Apesar da perda de um deputado, o CDS acabou por ser determinante para formar maioria.

O PAN perdeu o lugar que tinha no parlamento regional e o PCP e Bloco de Esquerda voltaram a não conseguir eleger.

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Portugal é o 33º país com mais empresas valiosas per capita

Ocupa a 26ª posição em termos de 'billion dollar companies' por quilómetro quadrado e o 33º lugar na tabela por cada milhão de habitantes, de acordo com o ranking elaborado pela Best Brokers.

Portugal está na 26ª posição em termos de empresas billion dollar por km2 e no 33º lugar por cada milhão de habitantes, de acordo com o ranking elaborado pela Best Brokers, que analisa apenas as empresas que estão em bolsa e deixa de lado os unicórnios privados.

O destaque deve-se às empresas que mais pesam no PSI, entre as quais a EDP e EDP Renováveis, Galp, Jerónimo Martins ou BCP.

 

Enquanto os Estados Unidos acolhem o maior número de empresas em bolsa que valem milhares de milhões (1873 empresas), o Mónaco, o Luxemburgo e a Islândia têm a maior quantia de negócios ‘bilionários’ per capita. Só o microestado na costa do Mediterrâneo, com menos de 40 mil pessoas, tem três empresas valiosas de capital aberto. Curiosamente, são todas ligadas ao transporte marítimo, que fornecem e/ou gerem navios de carga.

“Da mesma forma, o Luxemburgo, que, juntamente com o Mónaco, é um dos microestados mais notáveis da Europa (devido ao seu território e à dimensão da sua população), tem um grande número de empresas de milhares de milhões de dólares per capita”, escreve Paul Hoffman, especialista em mercados financeiros da Best Brokers.

“No entanto, se olharmos para as nações maiores, podemos ver que os países da Europa Ocidental e da Escandinávia têm algumas das maiores concentrações de empresas de elevada capitalização. A Suíça ocupa o 4º lugar, com 13,8 empresas por milhão de cidadãos, seguida pela Suécia, em 5º lugar, com 10,5 empresas por milhão de pessoas”, assinala o relatório.

Já a Noruega ocupa a 8ª posição com 7,6 empresas por milhão de habitantes, enquanto a Dinamarca apresenta-se pouco depois – na 10ª posição – com 6,7 empresas por milhão de habitantes.

A tabela da empresa de trading Best Brokers foi elaborada através de dados da CompaniesMarketCap, através da qual foram identificadas 5.522 empresas cotadas com uma capitalização de mercado de mais de mil milhões de dólares. A recolha de informação também abrangeu o CIA World Factbook e Banco Mundial, além das Nações Unidas ou fontes estatísticas oficiais dos países sobre demografia.

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