Depressão Martinho. Duas estradas continuam cortadas após noite “muito mais calma”

  • Lusa
  • 21 Março 2025

Proteção civil registou 23 ocorrências durante a madrugada relacionadas com a situação meteorológica adversa, que envolveram 29 operacionais e 27 meios terrestres. Ligações no Algarve ainda fechadas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 00:00 e as 06:00 desta sexta-feira 23 ocorrências relacionadas com a passagem da depressão Martinho, que contrasta com a noite anterior, com milhares de ocorrências.

No entanto, as estradas nacionais 120, que liga Alcácer do Sal a Lagos, e a 396, que serve a zona industrial de Loulé (Algarve), mantinham-se cortadas ao início da manhã devido ao mau tempo, informou a GNR.

Segundo a mesma fonte, estas são as duas únicas estradas nacionais que ainda se mantêm cortadas por causa do mau tempo, depois de uma noite “mais calma”.

Na quinta-feira, a Infraestruturas de Portugal (IP) informou sobre o corte da EN 120 no concelho de Aljezur, distrito de Faro, devido ao risco de deslizamento causado pelo mau tempo.

Enquanto a EN 120 liga Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, a Lagos, no distrito de Faro, a EN 396 serve a zona industrial de Loulé e é paralela à variante que liga Loulé a Quarteira (Algarve).

Mobilizados dezenas de operacionais e meios terrestres

Numa informação publicada na rede social Facebook, a ANEPC indica que foram registadas 23 ocorrências relacionadas com a situação meteorológica adversa, que envolveram 29 operacionais e 27 meios terrestres.

Contactada pela agência Lusa, fonte da ANEPC disse que “a noite foi muito mais calma comparativamente ao dia anterior”.

A Proteção Civil contabilizou 8.600 ocorrências em Portugal continental, entre as 00:00 de quarta-feira e as 22:00 de quinta-feira, devido à passagem da depressão, em que a região mais afetada foi a de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo a ANEPC, a tipologia de ocorrências com maior incidência foi a queda de árvores, a totalizar 4.751 ocorrências, seguido de queda de estruturas, 2.251 e limpezas de via com 1.389.

Das 8.600 ocorrências registadas pela Proteção Civil, as áreas mais afetadas foram as regiões de Lisboa e Vale do Tejo, com 5.250 e a região Centro com um total de 1.722.

A passagem da depressão provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.

Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.

Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.

O cenário de chuva e vento fortes vai manter-se até sábado, segundo as autoridades.

DD (TAB)// SB

Lusa/Fim

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Lucas de Múrcia ‘come’ uvas sem grainha da Vale da Rosa

  • ECO
  • 21 Março 2025

Grupo espanhol de frutas e legumes fica a mandar na conhecida produtora de Ferreira do Alentejo, que avançou com um Processo Especial de Revitalização com dívidas de 17 milhões de euros à banca.

O grupo de frutas e legumes Lucas, com sede em Múrcia (Espanha), vai ficar com a maioria do capital da Vale da Rosa – Sociedade Agrícola, conhecida produtora alentejana de uvas sem grainha, que entrou em Processo Especial de Revitalização (PER).

Segundo o Jornal Económico (acesso pago), o comendador António Silvestre Ferreira, que manterá uma posição minoritária na empresa, fechou acordo com o grupo espanhol fundado por Manuel Lucas González após ter estado em negociações com o fundo de capital de risco da Crest Capital (Crest Agro).

Somando os empréstimos feitos à sociedade Vale da Rosa e à subsidiária Uval, o grupo de Ferreira do Alentejo, que é um dos maiores empregadores da região, tem uma dívida à banca de cerca de 17 milhões de euros, com o BPI à cabeça. Na lista de credores estão também CGD, BCP, BBVA, Santander, Novobanco, Bankinter e Montepio.

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Liderança no feminino. É preciso legislação que empurre as mulheres a chegarem lá

Para ter mulheres na liderança é importante tê-las nas empresas desde o início, e mantê-las. Mas uma mulher, se lhe faltar apenas uma competência em dez para um cargo, já não vai a jogo.

Faço parte daquele clube que era: quotas não, nem pensar. Acredito na meritocracia. Enganei-me. Lamento. Tive de rever a minha posição.” Quem o diz é Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde. Uma opinião partilhada por Manuela Vaz, CEO da Accenture Portugal, e Sara do Ó, CEO da Ó Capital e chairwoman Grupo Your que integraram o painel do Mulheres com ECO sobre liderança no feminino.

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“Da mesma forma que acredito que a política pública, na área do ambiente, onde trabalho, é importante para alinhar comportamentos e para traçar caminhos para atingirmos objetivos, como por exemplo temos na Sociedade de Ponto Verde para a reciclagem das embalagens, também acredito que é preciso legislação que defina e preveja numerus clausus e quotas, porque isso é a sinalização de um caminho que é preciso empurrar para se chegar lá”, afirma Ana Trigo Morais, cuja empresa que dirige tem 73% de mulheres.

Reconhecendo que a imposição de quotas nas empresas cotadas até já deu alguns resultados, as três CEO consideram que ainda há um caminho a fazer em outras áreas. “As quotas não são um objetivo, mas são instrumentais para se criar espaço e oportunidade” para as mulheres, diz Ana Trigo Morais.

São uma ferramenta altamente aceleradora”, corrobora Sara do Ó. “A temática veio para cima da mesa, a reflexão foi ponderada, está à vista”, acrescenta.

E mesmo que nas grandes empresas muitas mulheres tenham funções não executivas nos conselhos de administração, a chairwoman do Grupo Your considera que ainda assim é “uma oportunidade para as mulheres estarem sentadas à mesa”.

“Executivas ou não, têm um espaço de atuação, têm uma visibilidade”, acrescentou.

“Acredito muito na meritocracia e digo sempre que, qualquer coisa que nos ponham na mão, temos de a fazer muito bem”, defende Manuela Vaz. A CEO da Accenture Portugal reconhece, contudo, que “ainda hoje as mulheres sentem que tem de provar mais”.

“Só quando se sentem super preparadas é que realmente se candidatam a uma posição de liderança”, diz.

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Hoje 44% da força de trabalho da Accenture são mulheres, mas nem sempre foi assim, até porque continua a haver dificuldade de recrutamento de mulheres nos cursos STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Um problema que exige uma sensibilização nas escolas desde tenra idade, diz a CEO. “Fazendo sempre bem, fui sendo sempre capaz de ter mais responsabilidade, naturalmente, porque a queria. É preciso querê-la e ir atrás dela”, diz Manuela Vaz.

As mulheres precisam de querer ter uma missão, ter um sentido de caminho. Precisam de querer ser líderes, precisam de querer gostar de liderar equipas ou acreditar que elas podem fazer diferente”, corrobora Ana Trigo Morais.

Mas as mulheres nem sempre acreditam em si. “Se tenho um lugar disponível para o qual são precisas dez competências, um homem, se tiver oito, acha incrível, candidata-se, e acredita que vai ganhar e que o cargo é seu. Uma mulher, se lhe faltar apenas uma acha que não é tão boa e já não vai a jogo”, conta Sara do Ó, relatando um exemplo do Grupo Your cujos colaboradores são 80% mulheres. “Costumo sempre contar isto porque é algo que temos todos de refletir”, explica.

Para ter mulheres na liderança é importante tê-las desde o início nas empresas, e mantê-las, sublinha Manuela Vaz. “Para empresas como a nossa onde é importante ter paridade, termos uma gestão diversa, com pessoas com backgrounds diferentes, temos de ter mulheres desde o início. Se não, depois quando quisermos que sejam líderes, se não cresceram connosco não as vamos encontrar”, afirma a CEO, rematando que é também fundamental “não as perder pelo caminho”.

Quando voltam da maternidade, é preciso ter mais atenção, ter um olhar atento, explicar exatamente qual é o contributo para a organização, a avaliação de desempenho, porque é aí que pode ser um momento de inflexão e é aí que não as podemos perder”, complementa Sara do Ó.

Resistir ao sentimento de culpa

A decisão de ser mãe é algo que não tem de pesar nas oportunidades, nem no desempenho profissional das mulheres. Manuela Vaz, em tom de brincadeira, diz que “uma das decisões mais importantes de carreira é o parceiro”.

“Tendo a pessoa certa e ajustando-nos e gerindo a agenda complicada de forma partilhada, ou o suporte certo, seja ele qual for, as coisas, naturalmente, são possíveis”, diz a CEO da Accenture Portugal.

“Estou genuinamente convencida que não somos piores mães se tivermos um trabalho exigente”, diz Manuela Vaz. “Antes pelo contrário.” “É um caminho que fazemos”, acrescenta Ana Trigo Morais. “Mas temos de resistir a este sentimento de culpa”, alerta Sara do Ó. Embora reconheçam que a sociedade cobra um modelo de maternidade que, por ventura, já não se adequa aos dias de hoje, a CEO da Ó Capital ressalva: “Cobra se deixarmos”.

“O contexto vem até nós, mas depois somos nós que trabalhamos interiormente para que as coisas nos afetem ou não. Obviamente que temos de trabalhar um bocadinho esta resistência à culpa, o aceitar que não há perfeição. Não somos super líderes, nem super mães. Isso não existe. Existe um equilíbrio que se vai ajustando”, explica.

“O tema da culpa vai-se gerindo ao longo da vida”, afirma Ana Trigo Morais, contando como se sentia “ave rara quando ia colocar a lancheira dos filhos à cantina, às 8h00 da manhã”, já de blazer e saltos altos para enfrentar o dia de trabalho.

A única coisa que ainda sinto é algum preconceito subtil que, à partida, uma mulher bem-sucedida, que se dedica ao trabalho, que se realiza profissionalmente, pode eventualmente ser negligente em casa”, reconhece Sara do Ó, sublinhando que “tempo de presença não é sinónimo de qualidade”.

Um preconceito que é combatido quando os próprios filhos veem as mães como um modelo a seguir. “A minha filha mais velha, que nem é particularmente expansiva, quando assumi esta responsabilidade [liderança da Accenture Portugal], disse-me: ‘Mãe, tu tens noção que temos imenso orgulho em ti, não tens?’”

“As coisas já são realmente bastante diferentes”, admite a CEO da Sociedade Ponto Verde, elencando as mudanças ao nível da “preponderância, divisão de tarefas, papéis”.

Fico muito satisfeita de ver isso e de ver que eles também podem olhar para nós como um exemplo, uma prova de as coisas são possíveis”, remata.

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Hoje nas notícias: EDP, dividendos e uvas sem grainha

  • ECO
  • 21 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Perto de 7% dos trabalhadores da EDP em Portugal foram convidados a sair da empresa. As cotadas do PSI propõem-se a pagar 2,86 mil milhões de euros aos seus acionistas. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

EDP quer cortar até 7% dos trabalhadores em Portugal

A EDP, o maior grupo da Bolsa portuguesa, tem estado debaixo de fogo pela perda de capitalização dos últimos meses. Dentro de portas, o índice de confiança dos trabalhadores na administração deteriorou-se substancialmente no ano passado, em que terminou com menos 3,4% de trabalhadores. É uma redução que não deverá ficar por aqui, já que a elétrica convidou a sair mais de uma centena de trabalhadores em Portugal por rescisões amigáveis e cerca de 300 por reformas antecipadas, num total equivalente a cerca de 7% da sua força de trabalho no mercado nacional.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Cotadas do PSI dão 2,9 mil milhões a acionistas. Dividendos sobem mesmo com lucros em queda

Apesar de os lucros do ano passado das 13 cotadas do PSI terem encolhido, a remuneração acionista vai aumentar em quase 8% face ao ano passado. As empresas do principal índice nacional que já anunciaram as suas políticas de dividendos (as exceções são a Ibersol e a Altri) propõem-se a pagar 2,86 mil milhões de euros, dando continuação à tendência de subida que se tem vindo a registar desde 2021.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Espanhóis ficam com maioria do capital das uvas Vale da Rosa

O grupo espanhol Lucas de Múrcia, fundado por Manuel Lucas González, localizada em El Raal (Murcia), vai ficar com a maioria do capital da Vale da Rosa – Sociedade Agrícola, mantendo-se no capital, com uma posição minoritária, o atual acionista António Silvestre Ferreira. O grupo Vale da Rosa entrou em Processo Especial de Revitalização (PER), com uma dívida à banca que ronda os 17 milhões de euros, somando os empréstimos feitos à sociedade Vale da Rosa e à subsidiária Uval.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Sondagem: AD à frente do PS, indecisos batem recorde e atingem os 39%

A primeira sondagem feita após o debate da moção de con­fiança que ditou a queda do Governo, realizada pelo ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC e cujo trabalho de campo foi realizado entre 12 e 17 de março, mostra a Aliança Democrática com 20% de intenção de voto direta, surgindo à frente do PS, que se fica pelos 15%. Mas os eleitores que dizem não saber em quem votar atingiram um recorde de 39%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Governo quer investir 246 milhões ao ano até 2050 para rentabilizar a floresta

O Governo, ainda que em gestão, vai apresentar o designado Plano de Intervenção para a Floresta, que tem como objetivo principal rentabilizar o setor e mitigar o risco de incêndios e reduzir a área ardida. Além de um investimento médio anual de 246 milhões de euros até 2050 na floresta, o Executivo quer também aprovar medidas relacionadas com a propriedade de terrenos florestais como, por exemplo, estabelecer um período máximo para, depois do óbito do titular de um determinado terreno, ser feita a habilitação de herdeiros.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

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Aeroporto de Heathrow (Londres) encerrado devido a falha de energia. Canceladas 18 ligações em Lisboa

  • Lusa
  • 21 Março 2025

Heathrow, o maior aeroporto da Europa em termos de tráfego de passageiros, vai estar encerrado durante o dia de hoje devido a uma falha de energia após um incêndio numa subestação elétrica.

O aeroporto de Lisboa cancelou 18 das 22 partidas e chegadas de voos de e para o aeroporto londrino de Heathrow previstas para esta sexta-feira, de acordo com o portal da operadora do aeroporto na Internet.

A ANA – Aeroportos de Portugal recomenda aos passageiros com voos para o aeroporto de Heathrow, em Londres, que verifiquem o estado do voo junto das companhias aéreas antes de se deslocarem para o aeroporto.

“Devido a limitações no Aeroporto de Heathrow, em Londres, os voos de e para este aeroporto estão a sofrer alterações”, referiu a ANA, numa informação aos passageiros, enviada à Lusa, onde recomenda a quem tenha voos com destino àquele aeroporto londrino que verifique o estado da ligação “junto das companhias aéreas antes de se deslocarem para o aeroporto”.

Heathrow, o maior aeroporto da Europa em termos de tráfego de passageiros, vai estar encerrado durante o dia de hoje devido a uma falha de energia após um incêndio numa subestação elétrica.

“Heathrow está a sofrer uma falha de energia significativa. Para garantir a segurança dos nossos passageiros e colegas, Heathrow estará encerrado até às 23:59 [mesma hora em Lisboa] do dia 21 de março”, disse a operadora do aeroporto.

Pelo menos 1.350 voos de e para Heathrow já foram afetados, incluindo vários voos de cidades dos Estados Unidos que foram cancelados, informou o serviço de rastreamento de voos FlightRadar 24.

Alguns voos que já estavam no ar foram desviados para o Aeroporto de Gatwick, também em Londres, o Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e o Aeroporto de Shannon, na Irlanda.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, a Heathrow Airport Holdings recomendou que os passageiros não se desloquem para o aeroporto e aconselhou-os a contactarem a companhia aérea para obterem mais informações.

“Esperamos interrupções significativas nos próximos dias”, admitiu a operadora.

A empresa disse que vai fazer uma atualização das operações quando tiver mais informações sobre a retoma no fornecimento de energia.

A companhia ferroviária britânica National Rail cancelou todos os comboios de e para o aeroporto.

O Corpo de Bombeiros de Londres informou que um transformador dentro de uma subestação elétrica em Hayes, no oeste de Londres, está em chamas, e mobilizou uma dúzia de equipas e cerca de 70 bombeiros “que estão atualmente a combater o incêndio”.

O vice-comissário Pat Goulbourne explicou que o incêndio “causou uma falha de energia que afetou um grande número de casas e empresas locais” e que estão a “trabalhar em estreita colaboração com parceiros para minimizar os incómodos”.

Segundo a imprensa local, a polícia retirou 29 pessoas de habitações situadas junto à subestação e, como medida de precaução, estabeleceu um perímetro de segurança de 200 metros, resultando na retirada de mais 150 pessoas. Devido à quantidade de fumo, os moradores foram aconselhados a manter as janelas e portas fechadas.

“Este é um incidente altamente visível e significativo, e os nossos bombeiros estão a trabalhar incansavelmente em condições desafiantes para controlar o incêndio o mais rapidamente possível”, disse Goulbourne, antes de salientar que a causa do incêndio ainda é desconhecida.

A elétrica Scottish and Southern Electricity Networks disse na rede social X que a falha de energia afetou mais de 16.300 casas.

Entretanto, o ministro da Energia do Reino Unido já descreveu o incêndio como “catastrófico”, adianto ainda que o gerador de reserva do aeroporto também foi afetado pelo incêndio.

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As centrais de dessalinização sauditas promovem a sustentabilidade e a proteção do abastecimento de água

  • Servimedia
  • 21 Março 2025

A prioridade do país é a conservação dos recursos naturais através de iniciativas inovadoras e de energias renováveis.

Por ocasião do Dia Mundial da Água, diferentes projetos em todo o mundo apelam à implementação de novas ferramentas para proteger o ambiente e os recursos hídricos. Neste contexto, a Arábia Saudita, na sequência da sua Visão 2030, reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade e a gestão eficiente dos recursos hídricos através de dois dos seus principais projetos no setor da dessalinização: as centrais de dessalinização de Rabigh e Al-Khafji.

Estes projetos são fundamentais para garantir o abastecimento de água potável do país, sem perder de vista o seu objetivo de reduzir a dependência de fontes de energia fósseis, como o petróleo.

Colocada em funcionamento em 2018 e localizada na parte norte do país, a Central de Dessalinização de AlKhafji é o maior projeto de dessalinização de água alimentado por energia solar do mundo, satisfazendo as necessidades de água da região de uma forma inovadora e sustentável.

Para tal, implementa um sistema revolucionário que converte água salgada em água potável e, ao mesmo tempo, gera energia limpa para o país. A utilização de painéis solares na central permite à Arábia Saudita reduzir as suas emissões de carbono e facilita a transição para uma energia mais ecológica e sustentável.

A central tem capacidade para produzir até 90 000 m³ de água potável por dia e utiliza tecnologia de ponta desenvolvida no país. Trata-se de um projeto que exemplifica a utilização da tecnologia e da inovação com o objetivo de reduzir a dependência das fontes de energia tradicionais e o custo por metro cúbico por dia de água potável. Por sua vez, a central de AlKhafji procura desenvolver novas tecnologias locais de osmose inversa e de células solares.

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Na costa do Mar Vermelho, encontra-se uma das principais iniciativas da Arábia Saudita na luta contra a escassez de água, a fábrica de dessalinização de Rabigh, que implementa tecnologias de ponta e procura revolucionar a forma como a Arábia Saudita processa a dessalinização da água.

Em particular, a central destaca-se pela utilização de refrigeração por absorção cristalina à escala industrial, o que não só a torna mais eficiente, como também reduz o impacto ambiental com zero retorno de sal. A Rabigh tem capacidade para produzir até 5.000 m³ de água dessalinizada e 700 kg de sal por dia, tudo isto com um consumo de apenas 3,5 MW de energia térmica e 1,5 MW de energia elétrica.

A Rabigh pretende promover a colaboração a nível global e local para aplicar tecnologias avançadas no processo de dessalinização, apoiando simultaneamente os talentos locais através de várias ações de formação.

A sustentabilidade, impulsionada por projetos como sistemas inovadores de gestão de recursos hídricos, é um dos pilares fundamentais da Visão 2030, a estratégia que orienta o progresso da Arábia Saudita. O país procura reforçar a sua posição de líder mundial, diversificando simultaneamente a sua economia e melhorando a vida dos seus cidadãos, “construindo um futuro em que o bem-estar social é a principal prioridade”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 21 de março

  • ECO
  • 21 Março 2025

Ao longo desta sexta-feira, 21 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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“Damsel” de Juan Carlos Fresnadillo é o filme mais visto de 2024 em todo o mundo

  • Servimedia
  • 21 Março 2025

O êxito de bilheteira da Netflix do realizador das Canárias registou mais de 174 milhões de visualizações.

“Damsel”, o mais recente êxito de bilheteira da Netflix, realizado por Juan Carlos Fresnadillo, atingiu um marco sem precedentes na história do entretenimento. De acordo com os números oficiais publicados nos relatórios semestrais da plataforma, o filme registou um total de 174,1 milhões de visualizações, o que o torna a produção audiovisual mais vista do planeta em 2024, ultrapassando qualquer outro filme ou série televisiva lançada no mesmo período.

Este feito confirma o impacto global de “Damsel”, uma história de fantasia protagonizada por Millie Bobby Brown, que lidera um elenco de atores de renome, incluindo Angela Bassett, Robin Wright, Ray Winstone, Nick Robinson, Shohreh Aghdashloo e Brooke Carter. O filme, que estreou na Netflix em 8 de março de 2024, tem mantido uma impressionante corrida na plataforma, consolidando-se como um fenómeno indiscutível de visualização durante quase um ano.

O enredo de “Damsel” segue a história de uma jovem rapariga que é enganada e oferecida como sacrifício a um dragão, apenas para descobrir que tem de lutar pela sua sobrevivência num mundo implacável. A combinação de uma narrativa intensa, efeitos visuais deslumbrantes e uma realização magistral fizeram do filme uma referência no género fantasia-aventura.

Juan Carlos Fresnadillo, conhecido pelo seu domínio do género thriller e fantasia, tem sido elogiado pela sua capacidade de reinventar contos clássicos com uma abordagem inovadora e visualmente deslumbrante. “Desde o início, sabíamos que ‘Damsel’ tinha o potencial de se ligar ao público a um nível universal. Ver que o filme chegou a tantas pessoas em todo o mundo é realmente emocionante”, disse o realizador.

No ranking das produções mais vistas em todo o mundo, divulgado pela plataforma norte-americana nas últimas horas, o filme “Damsel”, de Juan Carlos Fresnadillo, destaca-se em primeiro lugar, com 174,1 milhões. Segue-se-lhe “Equipaje de mano” (Transportar), de outro cineasta espanhol, Jaume Collet-Serra, com 137,3 milhões de visualizações. O terceiro lugar é ocupado por “The Union”, de Julian Farino, com 131,1 milhões de visualizações. Em quarto lugar está o filme “Lift: A First Class Heist”, realizado por Gary Gray, com 129,4 milhões de visualizações. Em quinto lugar está “Rebel Ridge”, com um total de 129 milhões de visualizações. O sexto lugar é ocupado por “Fool Me Once”, com 107,5 milhões de visualizações. E em sétimo lugar está “La sociedad de la nieve” (A sociedade da neve), do catalão Juan Antonio Bayona, com 103,8 milhões de visualizações. É a primeira vez na história do cinema espanhol que três realizadores espanhóis aparecem no ranking dos filmes mais vistos no mundo durante o mesmo período de tempo.

Juan Carlos Fresnadillo estreou-se com “Esposados” em 1996, que se tornou a primeira curta-metragem espanhola a ser nomeada para um Óscar de Hollywood. A sua primeira longa-metragem, “Intacto”, foi também um grande sucesso internacional. A sua primeira incursão na grande indústria europeia foi com a realização de “28 Weeks Later”, seguido de “Intruders”, todos eles com um elenco de figuras internacionais proeminentes e uma produção ambiciosa. O seu último filme tornou-se o maior sucesso da Netflix até à data.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 21 Março 2025

INE divulga dados dos preços das casas, Montenegro apresenta plano para a floresta, ministro da Economia debate desafios da economia, Novobanco aprova dividendos e o reúne conselho do BEI.

No mesmo dia em que o INE divulga os dados sobre a evolução dos preços das casas no último trimestre do ano passado, Luís Montenegro apresenta o plano de ação para a floresta e o ministro da Economia debate sobre os desafios da economia portuguesa no atual contexto internacional. O Novo Banco estreia-se na distribuição de dividendos e reúne-se o conselho de administração do Banco Europeu de Investimento (BEI).

Como evoluíram os preços das casas no final de 2024?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar o índice dos preços da habitação relativos ao 4.º trimestre de 2024. Segundo os últimos dados divulgados, os preços subiram 9,8% em termos homólogos no terceiro trimestre do ano passado e mais dois pontos percentuais acima da taxa de crescimento registada no trimestre anterior. É preciso recuar ao quarto trimestre de 2022 para assistir a um aumento homólogo tão expressivo. O órgão de estatística europeu, Eurostat, vai divulgar os resultados do inquérito comunitário à inovação, de 2022, e os dados das importações comunitárias de produtos energéticos. O Eurostat e o Banco de Portugal (BdP) vão ainda divulgar dados da balança de pagamentos de janeiro da União Europeia e Portugal, respetivamente.

Acionistas do Novobanco reúnem-se em assembleia-geral

Os acionistas do Novobanco devem aprovar, em assembleia geral, os lucros do banco e a distribuição de dividendos de 224,6 milhões de euros ou 60% do lucro do ano passado. O banco tem ainda disponível 3,3 mil milhões de euros para distribuir ao longo dos próximos três anos, pelos acionistas Lone Star (75%), Fundo de Resolução (13,54%) e Estado (11,46%).

Reunião do conselho de administração do Banco Europeu do Investimento

O conselho de administração do Banco Europeu de Investimento (BEI) vai reunir nesta sexta-feira. A presidente do BEI, Nadia Calviño, disse que a instituição está pronta para mais investimentos em defesa, tendo já proposto um alívio nas restrições ao investimento e o fim do limite nesta área. Em cima da mesa estão investimentos dedicados a uso militar, como quartéis e instalações de armazenamento, veículos terrestres e aéreos, drones e helicópteros, radares e satélites, aviónica avançada, entre outros.

Ministro da Economia debate os “Desafios da Economia Portuguesa no atual contexto internacional”

O ministro da Economia, Pedro Reis, irá falar sobre os “Desafios da Economia Portuguesa no atual contexto internacional” durante um almoço-debate que se realiza no Sheraton Lisboa Hotel & Spa. O evento, organizado pelo Internacional Club of Portugal, terá início às 12h.

Montenegro apresenta plano de ação para a floresta

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai apresentar o Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050. A apresentação conta com a presença dos ministros da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho e terá lugar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em Vila Real.

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Instituto Coordenadas descreve a colaboração da Presvet entre farmacêuticos e veterinários como vital

  • Servimedia
  • 21 Março 2025

O Instituto Coordenadas considera “vital” a colaboração entre farmácias e veterinários promovida pelo Presvet na dispensa de medicamentos.

Como explica o Instituto Coordenadas, a divisão oficial de papéis entre veterinários e farmacêuticos na prescrição e dispensa de medicamentos para uso animal foi estabelecida no início do século, com a Lei 44/2003.

“A chegada do Real Decreto 666/2024 veio reforçar este modelo, com a implementação do Sistema de Prescrição Veterinária Eletrónica (Presvet), que introduz alterações que estão a redefinir a governação da saúde nesta área. Entre elas, o Instituto Coordenadas destaca no seu recente relatório como particularmente relevante “a separação funcional entre os atos de prescrição e dispensa de medicamentos para uso animal, uma alteração regulamentar que consolida as farmácias como um elemento-chave na cadeia de controlo do medicamento e reforça a transparência na prática veterinária”.

Com a entrada em vigor do sistema, a 2 de janeiro de 2025, os médicos veterinários devem passar a emitir receitas eletrónicas validadas pelo microchip do animal, enquanto as farmácias ficam exclusivamente responsáveis pela dispensa de medicamentos, incluindo a guarda de estupefacientes e a preparação de fórmulas magistrais veterinárias. A nova divisão de competências, respaldada por acordos interprofissionais anteriores, proporciona, segundo o Instituto Coordenadas, maior rastreabilidade e controle de todo o ciclo do medicamento, evitando a sobreposição de funções e superando possíveis conflitos de interesse.

“O modelo é um avanço significativo na construção de um sistema de saúde pública integrado e sustentável”, afirmam os especialistas do Instituto Coordenadas. No relatório, reforçam ainda que a plataforma Presvet “permite detetar prescrições inadequadas ou excessivas através da rastreabilidade digital obrigatória ligada ao microchip do animal”.

CONTROLO DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS

De acordo com o Instituto Coordenadas, as farmácias comunitárias estão a consolidar o seu papel de garante da transparência e do rigoroso controlo na dispensa de medicamentos para uso animal. “O novo sistema Presvet coloca as farmácias como atores-chave, responsáveis não só pela entrega dos medicamentos prescritos eletronicamente, mas também pela gestão centralizada do stock e pela correta custódia de estupefacientes e fórmulas magistrais.

Acrescenta que, desde o seu lançamento, a plataforma permite “seguir as prescrições veterinárias, garantindo a rastreabilidade total do medicamento, uma condição essencial para o cumprimento dos objetivos europeus de redução de 50% da utilização de antimicrobianos nos animais até 2030. Este controlo abrangente está em conformidade com a Diretiva 2021/1100, que exige que os Estados-Membros disponham de sistemas centralizados de monitorização dos medicamentos para animais”.

Além disso, a interoperabilidade do Presvet com os sistemas europeus de vigilância sanitária, como o EARS-Vet e a Rede de Alerta Rápido para Alimentos para Consumo Humano e Animal (Rasff), “reforça a posição da Espanha como um país empenhado na segurança sanitária transfronteiriça e na governação sanitária coordenada a nível da UE”, refere o relatório.

Para facilitar a correta implementação do sistema, o Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação declarou 2025 como o ano de transição progressiva. Durante este período, está prevista uma moratória na aplicação de sanções e um investimento específico de 15 milhões de euros para promover a digitalização das clínicas veterinárias e farmácias rurais, garantindo que a adaptação ao novo modelo é equitativa em todo o território.

O relatório do Instituto Coordenadas conclui que “a colaboração fluida e transparente entre veterinários e farmacêuticos é essencial para consolidar uma saúde pública abrangente, baseada na rastreabilidade e na prevenção. O Presvet estrutura esta cooperação em torno de critérios objetivos de controlo e segurança, lançando as bases para um modelo de saúde robusto, alinhado com os desafios europeus e globais na luta contra a resistência antimicrobiana e na proteção da saúde pública”, salienta.

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“Ausência de limites aumenta a responsabilidade da agência”, diz Tiago Simões

A estratégia da Betclic Portugal, a centralidade da criatividade para fazer crescer o negócio e a relação com as agências são alguns dos temas abordado em entrevista a Tiago Simões.

 

Em publicidade, o mais importante é jogar pelo seguro ou arriscar? Tiago Simões não hesita. “No caso do Betclic é claramente arriscar. Aliás, o risco faz parte do nosso negócio, é central. O mundo do risco, o mundo dos limites, é muito naquilo que o nosso negócio se centra e é também por isso que faz muito sentido uma marca como esta arriscar”, responde o country manager da Betclic Portugal, cargo que ocupa desde dezembro.

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A minha função tem muito de marketeer. Para além do tema do negócio, o tema do marketing é completamente central naquilo que é a gestão da marca em Portugal”, explica o ex-diretor de marketing da Sonae MC. “Há aqui motivos pessoais, queria muito conhecer uma empresa digital, como é a Betclic. E ter oportunidade de o fazer numa marca com a pujança, criatividade e diferenciação que a Betclic tem tido, é uma oportunidade incrível”, diz sobre as novas funções. “A Sonae é uma empresa espetacular. O objetivo de muita gente em Portugal é trabalhar lá. Comecei aí, mas queria conhecer outros contextos”, conta em entrevista ao +M.

Tenho tido ao longo da minha carreira a sorte de estar sempre em mercados muito competitivos e com marcas que estão numa arena agressiva do ponto de vista de ambição e de competitividade. Aconteceu nas telecomunicações, nos supermercados e agora no mercado betting”, onde, acredita, “será seguramente da capacidade de surfar essa onda da atenção que o setor tem, da capacidade de investimento e, principalmente, de termos concorrentes à altura — que claramente estão com uma postura séria e responsável e também a investir no mercado –, que vai continuar a nascer o sucesso”.

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Na Betclic, “há objetivos grandes do ponto de vista de negócio. O mercado é muitíssimo competitivo e, portanto, faz sentido continuar o trabalho que tem sido feito e defender a posição de liderança”, aponta. Para tal, a aposta na construção de marca e na criatividade são centrais, explica Tiago Simões.

Nestes três setores, telecomunicações, distribuição e gaming, “a parte de marketing, de comunicação, de criatividade, está muito ligada ao sucesso comercial”. Num setor com limitações horárias e geográficas em termos de comunicação, o patrocinador principal da Liga Portugal — e a partir deste ano também do Millennium Estoril Open — aponta a criatividade como fator de diferenciação.

Podemos ser muito irreverentes, podemos ser muito urbanos, muito moderninhos, mas o tema do bom gosto, de conhecer os limites e pisá-los, mas não os ultrapassar, é muito importante.

“É a tal história do blue ocean e red ocean. A nossa capacidade de encontrar blue oceans, sejam eles criativos, sejam eles de meios e de sítios onde estamos presentes, é mais desafiante, no sentido em que são mais difíceis de encontrar. Mas quando os encontramos, e acho que a Betclic tem conseguido, dá-nos um gozo brutal”. “A concorrência está muito nos mesmos registos”, observa.

Com três grandes campanhas lançadas nos últimos dois meses, assinadas pela FunnyHow (marca), pela Coming Soon (jogo) e pela Dentsu (futebol), que começa agora o trabalho com a marca — e salientando o papel da produtora 78 –, Tiago Simões aponta a relação com as agências como crucial para o sucesso da construção de marca e, logo, da operação. “A marca Betlic não seria o que é sem os criativos, sem a produtora que está connosco desde o início, é um caminho que tem sido construído”.

As pessoas quando olham para um filme na televisão, mesmo sem ver a marca, hoje já conseguem suspeitar ou ter a certeza que aquilo é um filme de Betclic e isso é um orgulho grande. É construção de marca à séria”, defende.

O reconhecimento da indústria, que se traduz no número de prémios ganhos, é apontado como sendo “muito sedutor” para as agências. “Há muitas agências a querer muito trabalhar connosco, o que é uma honra para a equipa que o conseguiu. Há uma grande capacidade de atração de talento criativo a querer trabalhar esta marca, porque percebem que aqui não há muitos limites”, conta.

Há limites horários, há outro tipo de limites, mas a marca pode basicamente fazer aquilo que achamos que faz sentido que a marca faça. Tem pisado o risco muitas vezes, mas os resultados têm sido muito bons. É sempre de uma forma muito inteligente, divertida, responsável e com bom gosto, que é uma coisa sempre muito importante. Podemos ser muito irreverentes, podemos ser muito urbanos, muito moderninhos, mas o tema do bom gosto, de conhecer os limites e pisá-los, mas não os ultrapassar, é muito importante”, avalia.

Há filmes, no percurso da marca, “que têm sido desafiantes do ponto de vista da sua aprovação. Quem os aprovou, aprovou-os com coragem”, resume.

Quem está no marketing tem de procurar essa intimidade com as agências. Isso cria-se com informação, com discussão, com abertura para errar, com conversas, com copos, com estarmos em muitas situações diferentes, com muitas discussões e com uma discussão muito séria.

Com três meses de empresa, Tiago Simões acredita que a ausência de limites aumenta a responsabilidade das agências. Nunca é apresentada uma ideia maluca por ser maluca, há sempre um racional, há sempre uma lógica. A exigência que a equipa construiu ao longo destes anos para com os criativos é assim. Não temos limites e por isso vamos lá ser mais responsáveis, vamos lá perceber porque estamos a meter uma pessoa toda nua a correr em frente a um carro ou a correr num campo de padel, como por exemplo acontece nesta última campanha. Acontecem coisas loucas, mas, tipicamente, esta ausência de limites, traz ainda mais responsabilidade”, frisa.

E a agência ideal? “É a agência que está connosco e que sente a marca, que a vive e transpira connosco, que dorme uma sesta connosco. É mesmo essa, porque é aquela que nos vai percebendo todos os dias. É impossível que muitas destas coisas apareçam, sem haver essa intimidade. “Quem está no marketing tem que procurar essa intimidade com as agências. Isso cria-se com informação, com discussão, com abertura para errar, com conversas, com copos, com estarmos em muitas situações diferentes, com muitas discussões e com uma discussão muito séria”, responde. “Não se pense que é por um homem andar a correr nu campo de padel que a conversa é menos séria, porque a conversa sobre isso é muito séria, ainda é mais séria e isso é muito fixe”, conta.

A estratégia da Betclic Portugal, a centralidade da criatividade para fazer crescer o negócio, a forma como se posiciona nos diferentes territórios, a relação com as agências e o desafio dos media, no qual defende que os anunciantes devem estar envolvidos, são alguns dos temas que pode ver/ouvir na íntegra, em vídeo ou podcast.

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Grupos de media “são os maiores inimigos de si próprios”

Tiago Simões, country manager da Betclic, defende que o desafio dos media devia ser discutido entre grupos. "Enquanto marcas grandes e anunciantes, temos de estar envolvidos na discussão."

A saúde dos media é uma preocupação “gigante” para Tiago Simões. “Sim, acho que os meios de comunicação social conseguem responder” às necessidades dos anunciantes, começa por apontar, mas a sua transformação, até para competir com as plataformas internacionais, constitui “um grande desafio” diz o country manager da Betclic Portugal.

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“Estamos a viver um momento no qual o papel da comunicação social é grande, importante e positivo. O momento é muito negativo, mas ainda bem que há jornalistas que nos ajudam a perceber as coisas que se passam para depois podermos avaliar”, realça.

A preocupação tem a ver com a própria democracia e com questões sociais, mas também com o que os media representam para as marcas.

Precisamos muito desses meios para termos parcerias, para desenvolvermos projetos. Se esses meios não existirem… Acho que também temos de perceber a nossa dimensão à escala de um Netflix, de um Max ou de uma Amazon. É muito pequena. A disponibilidade para se relacionarem com as maiores marcas a operar em Portugal vai ser muito baixa”, concretiza.

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O desafio dos media, defende, é também um desafio dos anunciantes. “Enquanto marcas grandes e anunciantes, temos de estar envolvidos na discussão de uma solução, que precisamos de encontrar”, diz. Se estão? “Queremos estar, mas não existe uma discussão ainda estruturada, centralizada, organizada. Aí os grupos são os maiores inimigos de si próprios”, atira.

Enquanto marcas grandes e anunciantes, temos que estar envolvidos na discussão de uma solução, que precisamos de encontrar.

Devia-se discutir isto de uma forma organizada, pública e concertada entre todos, Mas, tal como existe nas indústrias grandes em que tenho estado, às vezes, há alguma dificuldade em falar-se com a concorrência. Mas, como neste caso é para a sobrevivência da indústria, parece-me central que isso aconteça”, defende o também ex presidente da Associação Portuguesa de Anunciantes.

Tiago Simões defende uma espécie de joint venture dos grupos de comunicação em Portugal. “Aquilo que me parece mais óbvio é juntarem-se, para haver uma central de conteúdos portugueses, para que eu pague X por mês e possa ter acesso ao ECO, ao Observador, ao Público e ao Expresso”, dá como exemplo. “Se calhar haver também algum apoio estatal um bocadinho mais independente, através, por exemplo, do financiamento dessa mensalidade para jovens”, acrescenta.

“Para que continue haver jornalismo e dinheiro para os jornalistas e, no caso, os anunciantes — que é o que nos traz aqui –, para conseguirmos ter parceiros, para construirmos projetos editoriais e branded content e chegarmos às pessoas de uma forma diferente”, “acho que a indústria se devia organizar para pensar isto de uma forma mais profunda”, reforça em entrevista ao +M.

A estratégia da Betclic Portugal, a importância da criatividade no negócio ou a relação com as agências são outros dos temas abordados e aos quais pode assistir na íntegra no vídeo.

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