Walking Dead ressuscita ações da AMC

Se este domingo foi um dia penoso para os fãs de Walking Dead, que estiveram cerca de seis meses à espera da nova temporada da série e receberam um presente envenenado, os investidores da AMC tiveram direito ao melhor presente dos últimos cinco meses.

Na televisão, a história ganhou reviravoltas surpreendentes — calma, não vamos contar o que aconteceu, este é um artigo livre de spoilers. O Twitter explodiu com reações de fãs que não acreditavam no que viam. De gritos escritos, a emojis revoltados e gifs de mágoa, as armas foram todas utilizadas.

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Do outro lado, quem tem títulos da AMC Networks, a empresa mãe do canal que transmite a série pós-apocalíptica, o AMC ficou muito mais calmo. As ações subiram até máximos de cinco meses, tendo-se colocado nos 54 dólares, uma escalada de 6,9%.

O episódio deste domingo foi visto por 17 milhões de pessoas, mais 3,3 milhões do que a estreia da temporada anterior, audiência que fez com os títulos sofressem a maior alteração desde maio. O cenário anual estava a afigurar-se bastante negativo, com quedas na casa dos 32 pontos percentuais, revelando as preocupações dos investidores em relação ao futuro da televisão paga.

É claro o sucesso não só desta série, como da criação de conteúdo original que tem levado as cadeias de televisão a apostar cada vez mais nestes formatos. A pressão das novas plataformas de streaming, que se apresentam como soluções mais baratas e com mais diversidade, tem sido também um impulso decisivo.

A AMC Networks conta com um valor de mercado de 3,8 mil milhões de dólares, numa altura em que o panorama das telecomunicações está em sobressalto com o possível negócio da AT&T com a Time Warner Inc.