Bloco: CGD não pode ser liderada por quem não demonstra transparência sobre rendimentos
Catarina Martins disse que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) não pode ser gerida por quem não cumpra "deveres de transparência sobre os seus rendimentos", numa alusão à atual polémica no banco.
“Não pode estar à frente da CGD quem não quiser cumprir deveres de transparência sobre os seus rendimentos”, realçou Catarina Martins, que falava aos jornalistas em Bragança, à margem de uma visita a uma unidade hospitalar, encontro que integra as jornadas parlamentares do partido.
Toda a situação da CGD “é lamentável”, acrescentou a bloquista, numa altura em que se discute os salários da administração, nomeadamente do presidente executivo António Domingues, e uma eventual não apresentação deste da sua declaração de rendimentos como forma de escrutínio público.
“Não há razão nenhuma para quem administra o banco público ter menos obrigações de transparência que um titular de cargos políticos”, sustenta Catarina Martins.
Domingues, vincou a dirigente, não tem “condições para não apresentar” os seus rendimentos e a origem destes.
“A CGD é o banco público, o maior banco português, um banco em que todos confiamos e que devia ser notícia por boas razões”, continuou a líder do BE.
Admitindo uma “divergência” com o Governo sobre a gestão desta matéria, Catarina Martins foi mais longe: “Não devem ser os banqueiros a chantagear o Estado sobre as condições em que estão ou não a administrar o banco público”.
E prosseguiu: “Pagar salários milionários e dar todo o privilégio aos banqueiros não garantiu boa gestão de nenhum”.
Neste ponto, o BE apresentará em breve “alternativas” na procura de maior transparência nos escolhidos para o banco público, adiantou a coordenadora do partido.
O PSD anunciou hoje também querer fixar na lei os critérios da “razoabilidade e adequação” nos salários dos gestores públicos, num diploma que visa ainda garantir que a administração da CGD fica obrigada aos deveres de transparência.
Sobre este texto, a líder bloquista disse que “não resolve nada” e passa por um regressar “à lei antiga”.
“No passado já tínhamos salários milionários e problemas de responsabilização”, disse.
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